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PRATICAS DE REATORES 2019 - final

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PR
CECE - CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS
 ENGENHARIA QUÍMICA – 5º ANO
 LAB DE ENGENHARIA QUÍMICA III 
PRÁTICA DE REATORES
Acadêmica: 
Brenda Souza
Camila Fernanda Utzig
Denise Dutra Bialeski
Juliana Santos Delava
Maria Julia Takaki Arroyo
TOLEDO/PR
14 de Abril de 2019. 
1.RESULTADOS E DISCUSSÕES
1.1 Cinética de uma reação de 2ª ordem
A partir da metodologia proposta na apostila de Laboratório de Engenharia Química III, a Tabela 1 reúne os dados de concentração e volume das substâncias utilizadas. O experimento foi conduzido à 20°C.
Tabela 1. Dados experimentais iniciais.
	Substância
	[ ] (mol/L)
	Volume (L)
	Acetato de etila
	0,02
	0,25
	
	
	
	NaOH
	
	0,25
	HCl
	
	0,025
O início da reação de saponificação se dá com após a mistura das soluções de acetato de etila (Act) e de hidróxido de sódio (NaOH). Deste modo, como o volume reacional é dobrado, as concentrações de cada solução são reduzidas à metade, uma vez que estas possuem mesmas proporções estequiométricas como vê-se na equação 1.
 (1)
A equação 1 é conhecida como reação de saponificação do acetato de etila uma reação lenta, bimolecular, na qual a ordem da reação pode variar entre 0 e 2. Assumindo que a reação de saponificação é uma reação bimolecular de primeira ordem em relação aos dois reagentes, a variação das espécies com o tempo pode ser descrita segundo a equação 2 (FOGLER, 2009).
 (2)
Entretanto, devido a proporcionalidade das espécies reagentes com concentrações iniciais iguais, pode-se aproximar o mecanismo da reação pela ção 3, assumindo que α=β.
 (3)
Na Tabela 2, são apresentados os resultados coletados em 6 intervalos de tempo durante a reação, apresentando os volumes de NaOH titulados. Todavia, como a titulação empregada seguiu o método do excesso, onde HCl é utilizado para neutralizar a reação. Como o volume de ácido utilizado foi constante – e equivalente a 25mL – a sua concentração e, por consequência, número de mols também é constante. Em vista disso, estimou-se a concentração residual de hidróxido no meio reacional de acordo com as equações 4 e 5, como mostra-se à seguir, uma vez que, devido as proporções estequiométricas 1:1 entre o ácido e a base.
 (4)
Onde “n” é o número e mols, “C” a concentração em mol/L e “V” o volume em litros.
nHCl= 0,02·0,025 mols = 0,0005mols de HCl
nNaOH=0,02·Vusado
Para t=2min: nNaOH=(0,02·13,8)/1000= 2,76E-04 mols NaOH
 (5) 
nNaOHexcesso= 0,0005mols HCl – 0,000276mols NaOH
nNaOHexcesso=2,24E-04 mols
Então, para a concentração instantânea de hidróxido de sódio, basta isolar “C” na equação 4 e empregar o volume constante e 25mL da titulação.
[NaOH]2min=C=8,96E-03/0,025=8,96E-03 mols/L
Tabela 2. Dados coletados e estimados pela titulação.
	Amostra
	t (min)
	VNaOH pipet (mL) 
	Vusado de NaOH (mL)
	nNaOH (mol)
	nNaOH excesso (mol)
	[NaoH] M
	
	
	
	
	
	
	
	0
	0
	0
	0
	2,00E-02
	0,00E+00
	1,00E-02
	1
	2
	13,8
	11,2
	2,76E-04
	2,24E-04
	8,96E-03
	2
	5
	14,6
	10,4
	2,92E-04
	2,08E-04
	8,32E-03
	3
	10
	16
	9
	3,20E-04
	1,80E-04
	7,20E-03
	4
	20
	17
	8
	3,40E-04
	1,60E-04
	6,40E-03
	5
	40
	18
	7
	3,60E-04
	1,40E-04
	5,60E-03
	6
	60
	18,9
	6,1
	3,78E-04
	1,22E-04
	4,88E-03
A partir dos dados de concentração em função do tempo, pode-se visualizar a cinética da reação como mostra-se na Figura 1.
Figura 1. Cinética da reação de Saponificação do Acetato de Etila.
Como esperava-se, à medida que a reação se processa, ou seja, que o tempo aumenta, os reagentes são consumidos e a concentração assume comportamento decrescente.
Para averiguar a ordem da reação, proposta pela equação 3, aplicam-se os métodos Integral e Diferencial. No método integral, chuta-se um valor para “n”, a ordem global da reação, separam-se as variáveis e resolve-se a integral, obtendo um modelo matemático linearizado. Assumindo n=2, obtém-se o comportamento descrito conforme a equação 6.
 (6) 
Os dados linearizados e o ajuste são exibidos na Tabela 3, enquanto que o comportamento gráfico é ilustrado pela Figura 2.
Avaliando a equação 5, o coeficiente angular corresponde a velocidade específica da reação em L.mol-1.min-1, enquanto que o inverso do coeficiente linear é a concentração inicial do hidróxido.
Tabela 3. Dados da linearização.
	t (min)
	1/[NaOH]
	0
	100,000
	2
	111,607
	5
	120,192
	10
	138,889
	20
	156,250
	40
	178,571
	60
	204,918
	Coef. Angular
	1,641
	Coef. Linear
	112,235
	R²
	0,9503
Analogamente à metodologia Integral, assumindo n=0, n=1 e n=3, na Tabela 4 são reunidos os valores ajustados para as velocidades específicas em cada ordem global proposta.
Tabela 4. Ajuste à diferentes ordens de reação.
	
	n=0
	n=1
	Coef Ang
	-7,51E-05
	-1,09E-02
	Coef Lin
	8,81E-03
	-4,73E+00
	r²
	8,33E-01
	8,99E-01
	k(min-1)
	7,51E-05
	1,09E-02
Analisando os resultados exibidos na Tabela 4, nota-se que a primeira hipótese adotada (onde n=2) foi a mais adequada às condições reacionais, uma vez que esta obteve o melhor coeficiente de correlação, com R²=0,9503. Com base no coeficiente linear, podemos então estimar o desvio dos dados à hipótese da ordem de reação proposta conforme a equação 7.
 (7) 
Figura 2. Ajuste dos dados experimentais para uma cinética de 2ª ordem.
Na Tabela 5, pode-se visualizar a diferença entre os dados experimentais e os teóricos com base na concentração inicial de hidróxido de sódio. Uma vez que todas as soluções foram preparadas manualmente – possibilitando erros de pesagem e diluição - para a realização do experimento e, considerando também que todos os reagentes encontravam-se vencidos, o desvio de 11% torna-se plausível. Ademais, como fora utilizado uma proveta para a coleta dos pontos, acrescenta um erro instrumental.
Tabela 5. Desvio entre dados experimentais e teóricos.
	[NaOH]0 teórico (M)
	[NaOH]0 exp (M)
	0,009
	0,01
	%desvio
	11
Todavia, para corroborar com os resultados propostos pelo Método Integral, aplicando o método Diferencial à equação 3, obtemos a Equação 8 que, por meio da proposição do modelo via Equações 9, 10 e 11, permite estimar a ordem de reação.
 (8)
 (9)
 (10)
 (11)
Devido a necessidade da manutenção de intervalos de tempo iguais para a aplicação das equações 9-11, houve a necessidade da exclusão dos pontos de 2, 5 e 10 minutos. Em vista disso, como não se tinha uma grande quantidade de pontos, a validação da metodologia fica comprometida, conforme nota-se pelos resultados na Tabela 6.
Tabela 6. Ordem de reação pelo método da Derivada.
	n
	r²
	2,82
	0,670
De acordo com Batalha et. al (2017) e Krüger et. al (2013), a reação de saponificação tem sua ordem variada de acordo com os procedimentos experimentais, isto é, é fortemente dependente das concentrações iniciais dos reagentes, porém, respeitando um intervalo de 0≤n≤2. Logo, a hipótese reacionária, somada à condição inicial e a série de eventos que influenciaram o experimento corroboram os resultados obtidos para n=2 via Método Integral.
De acordo com Fogler (2009), a velocidade específica da reação é uma função muito forte da temperatura, segundo descreve a equação de Arrhenius. Na Tabela 7, estão inseridos os valores de velocidades específicas em 3 temperaturas diferentes: 15, 20 e 25°C, possibilitando a obtenção dos parâmetrosA – fator de frequência – e a Energia de Ativação - a energia necessária para que a reação se processe - da equação de Arrhenius (Fogler, 2009).
Tabela 7. Parâmetros da Equação de Arrhenius.
	T
	K
	ln K
	1/T
	288,15
	0,6142
	-0,48743
	0,00347
	293,15
	1,6407
	0,495123
	0,003411
	298,15
	3,134
	1,14231
	0,003354
	A
	48,206
	Ea (kJ/molK)
	116,533
	R²
	0,988
1.2 DTR em Reator Tubular
Seguindo a metodologia exposta no roteiro experimental, na Tabela 8 encontram-se os dados coletados no reator tubular, enquanto que a Tabela 9, reúne os dados utilizados para a curva de calibração, ambos com os valores lidos de absorbância.
Tabela 8. Dados experimentais coletados no reator tubular.
	Medida
	Intervalo (s)
	Tempo (s)
	Tempo coleta(s)
	Absorbância
	1
	0
	0
	0,7
	0,095
	2
	10,12
	10,12
	10,82
	0,349
	3
	9,9
	20,02
	20,72
	0,298
	4
	10,04
	30,06
	30,76
	0,266
	5
	10,32
	40,38
	41,08
	0,222
	6
	10,02
	50,4
	51,1
	0,169
	7
	9,99
	60,39
	61,09
	0,12
	8
	9,92
	70,31
	71,01
	0,081
	9
	10,02
	80,33
	81,03
	0,048
	10
	9,9
	90,23
	90,93
	0,026
	11
	20,17
	110,4
	111,1
	0,004
	12
	20,1
	130,5
	131,2
	0
	13
	20,19
	150,69
	151,39
	0
	14
	19,94
	170,63
	171,33
	0
	15
	20,13
	190,76
	191,46
	0
	Total (s)
	334,63
Tabela 9. Dados da curva de calibração.
	Amostra
	Corante (ml)
	Água (ml)
	Absorbância
	[ ] (ml/ml)
	1
	1
	500
	0,064
	0,002
	2
	1
	250
	0,139
	0,004
	3
	2
	100
	0,662
	0,020
	4
	4
	100
	1,281
	0,038
A partir dos dados de absorbância em função da concentração, plotou-se a curva de calibração, que foi ajustada segundo a equação y=0,03x – 1E-04, com R² igual a 0,9999.
Figura 3. Curva de calibração 
Com base na coleta de dados, as Tabela 9 e 10 reúnem as informações referentes a vazão mássica do reator, bem como as dimensões do mesmo e seu tempo morto, respectivamente.
Tabela 10. Vazão Mássica no reator tubular
	Massa (g)
	Tempo (s)
	142,03
	20,14
	141,3
	20,94
	141,48
	20,47
	Média
	6,87
	Tabela 11. Dimensões do reator tubular e tempo morto.
	Diâmetro do tubo (cm)
	1,1
	Diâmetro da volta (cm)
	22
	Número de voltas
	27
	Comprimento adicional (cm)
	104,5
	Comprimento adicional antes (cm)
	55
	Comprimento do tubo (cm)
	2025,606036
	Área do tubo (cm²)
	0,950331778
	Volume do reator (cm³)
	1924,997785
	Tempo Morto (s)
	143,87
	
A partir da equação da curva de calibração, que relaciona a absorbância com a concentração, foi possível determinar as concentrações para o reator tubular, com as absorbâncias apresentadas na Tabela 8. A partir dos dados de concentração do traçador em função do tempo para o reator tubular, foi possível realizar o ajuste polinomial para dar continuidade aos cálculos. A Figura 4 traz os dados experimentais e o ajuste. 
Figura 4. Concentração de traçador e ajuste polinomial para o reator tubular.
Para se obter um bom ajuste, o primeiro ponto foi retirado, e desta forma, um polinômio de grau 3 representa bem os dados, como mostra a Figura 4. A equação do ajuste é dada por:
 (12)
A partir da curva ajustada, calculou-se o denominador da Equação 13, obtendo-se como resultado, 0,8268 g/mL. Com este valor obteve-se as distribuições do tempo de residência E(t) e F(t), fazendo uso das Equações 13 e 14, além do tempo médio de residência e a variância do sistema, a partir das Equações 15 e 16.
 (13)
 (14)
 (15) 
 (16) 
 
 Obtiveram-se como resultados, para o tempo médio de residência do reator tubular, o valor de 66,35 s, para F(t), o valor de 1, e para a variância, o valor de 3376,2. A variância encontrada não caracteriza muito bem um reator tubular, visto que esse valor deveria estar mais próximo de zero do que o valor de tempo médio de residência elevado ao quadrado (FOGLER, 2009).
 O perfil E(t) encontrado está apresentado na Figura 5 (a), juntamente com os perfis para um PFR ideal (b) e um PFR com desvios (c).
	 (a)
	(b)
	 (c)
Figura 5. (a) Perfil E(t) encontrado; (b) E(t) de um PFR ideal (FOGLER, 2009); (c) E(t) de um PFR com desvios (FOGLER, 2009). 
Muitas vezes um reator real pode ser representado pela combinação de reatores ideais em série. Analisando a Figura 5 (a) e comparando com (b) e (c), pode-se dizer que na entrada do reator, o perfil E(t) se assemelha ao perfil de um reator tubular com volume morto, e em tempos maiores, ao perfil E(t) de um reator tanque com volume morto.
1.3 DTR em Reator Tanque
Seguindo a metodologia exposta no roteiro experimental, na Tabela 12 encontram-se os dados coletados no reator tanque.
Tabela 12. Dados coletados no reator tanque.
	Medida
	Intervalo (s)
	Tempo (s)
	Tempo coleta(s)
	Absorbância
	1
	0
	0
	1
	0,173
	2
	30,04
	30,04
	31,04
	0,253
	3
	29,99
	60,03
	61,03
	0,24
	4
	30,15
	90,18
	91,18
	0,229
	5
	30,11
	120,29
	121,29
	0,219
	6
	30,21
	150,5
	151,5
	0,208
	7
	30,07
	180,57
	181,57
	0,199
	8
	60,06
	240,63
	241,63
	0,182
	9
	60,12
	300,75
	301,75
	0,164
	10
	59,79
	360,54
	361,54
	0,149
	11
	60,07
	420,61
	421,61
	0,135
	12
	120,02
	540,63
	541,63
	0,112
	13
	120,16
	660,79
	661,79
	0,094
	14
	240,11
	900,9
	901,9
	0,063
	15
	240,1
	1141
	1142
	0,045
	16
	240,03
	1381,03
	1382,03
	0,033
	17
	240,75
	1621,78
	1622,78
	0,023
	18
	239,94
	1861,72
	1862,72
	0,018
	19
	119,96
	1981,68
	1982,68
	0,015
	20
	120,07
	2101,75
	2102,75
	0,013
	21
	120,01
	2221,76
	2222,76
	0,012
	22
	240
	2461,76
	2462,76
	0,008
	Total (s)
	2461,76
Com base na coleta de dados, as Tabelas 13 e 14 reúnem as informações referentes a vazão mássica do reator tanque, bem como as dimensões do mesmo e seu tempo morto, respectivamente.
Tabela 13. Vazão mássica no reator tanque.
	Massa (g)
	Tempo (s)
	274,41
	20,38
	261,39
	19,75
	251,14
	19,84
	Média
	13,11929136
Tabela 14. Dimensão do reator tanque e tempo morto.
	Volume Reator (cm³)
	Tempo morto (s)
	6000
	4,66
Como feito para o PFR, utilizou-se a curva de calibração (y=0,03x – 1E-04) para determinar as concentrações no reator tanque. As concentrações do traçador em função do tempo foram plotadas e ajustadas por um polinômio de grau 3 (Figura 6), com R² igual a 0,9999.
Figura 6. Concentração de traçador e ajuste polinomial para o reator tanque.
O primeiro ponto foi retirado para que o ajuste fosse feito, e ele é representado pela seguinte equação:
 (17)
A partir da equação 17 determinou-se o denominador da Equação 13 (integral de C(t)), obtendo-se o valor de 4,67 g/mL. Assim, determinou-se o comportamento E(t), F(t), o tempo de residência média e a variância. O tempo de residência médio foi de 560,67 s para o reator tanque, e a F(t) foi de 1. O valor encontrado para a variância foi de 2,6.105, o que caracteriza bem um CSTR visto que este valor está próximo do valor do tempo médio de residência elevado ao quadrado. A E(t) é representada na Figura 7. 
	a)
	b)
Figura 7. (a) Perfil E(t) encontrado; (b) E(t) de um CSTR ideal (FOGLER, 2009).
Comparando-se as duas imagens, a curva encontrada representa bem um CSTR, o que corrobora com o valor da variância obtida. 
Na Figura 8 está apresentada uma comparação entre as concentrações experimentais determinadas pela curva de calibração e as concentrações teóricas obtidas através do ajuste polinomial.
Figura 8. Concentrações experimentais e teóricas para o reator tanque.
Nota-se que o ajuste polinomial representou bem os dados experimentais, uma vez que a curva “concentração teórica” passa por praticamente todos os pontos experimentais.
O modelo de tanques em série é um modelo de um parâmetro ajustável, no caso, o número de tanques (N). O número de tanques deve ser ajustado para igualar o comportamento da mistura reacional real ao comportamento da mistura dentro de N CSTR’s em série. N é dado pela Equação 18:
	
	(18)
Tem-se para o sistema em estudo, N= 1,21. Desta forma, as características do reator real são semelhantes às característicasde um único CSTR ou dois CSTR’s em série. Entretanto, os valor 1,21 está mais próximo de 1, evidenciando que as características deste reator são mais próximas às características de um único CSTR. Isto pode ser confirmado pela Figura 8. 
Figura 8. Resposta de tanques em série a uma perturbação em pulso do traçador. (FOGLER, 2009).
A conversão média pelo modelo de segregação para um reator tanque é dada pela Equação 19, onde x(t) é a conversão para um reator batelada. Neste caso, a reação em questão é a inversão da sacarose, uma reação de segunda ordem, como foi mostrado. 
	
	(19)
	
	(20)
Utilizando as equações citadas anteriormente, para E(t) e x(t), os tempos coletados no experimento, e a constante de velocidade de segunda reação já determinada, tem-se que a conversão média pelo modelo de segregação é de 0,974.
1. 
1.1. 
1.2. 
1.3. 
1.4. Significados físicos dos parâmetros calculados
1.4.1. Função distribuição do tempo de residência (E(t))
A função descreve de maneira quantitativa quanto tempo os diferentes elementos do traçador permaneceram no reator. Pode ser calculada a partir de um balanço de quantidade de traçador que deixa o reator após uma perturbação no pulso de alimentação. Deste modo, pode-se dizer que a função E(t) tem seu sentido físico representado pela fração de fluido que deixa o reator no tempo t com um tempo de residência determinado entre t e t+dt. A Figura 9 demonstra graficamente a função, em que a integral da equação 13 representa a área abaixo da curva C(t).
	
	(13)
Figura 9- Gráfico da função E(t)
1.4.2. Função distribuição cumulativa do traçador (F(t))
Mede a fração que permaneceu dentro do reator até determinado tempo. Assim, a função significa a fração do fluido na corrente de saída que esteve no reator por um tempo menor do que t, e é geralmente definida para a injeção de traçador em uma perturbação do tipo degrau. A fração de fluido na corrente de saída que esteve no reator por um tempo menor do que t é representada pela Equação 14 e é exemplificada pela Figura 10.
	
	(14)
Figura 10. Representação da integral de E(t)
1.4.3. Tempo de residência médio (tm) e tempo espacial (τ)
O tempo de residência médio é o tempo médio em que as moléculas de traçador permaneceram dentro do reator, levando em consideração o tempo que cada elemento de fluido ou as moléculas levam para percorrer o reator. Este parâmetro depende de diversos fatores, tais como o fluxo do reator, que está relacionado com a velocidade das moléculas no interior do mesmo (FOGLER, 2009).
Já o tempo espacial representa o tempo ideal que as moléculas do fluido deveriam permanecer dentro do reator para atingir determinada concentração final ou conversão, considerando o tamanho do volume do reator.
1.4.4. Variância ()
Representa a dispersão de saída das moléculas do fluido em relação ao tempo médio de residência. A variância avalia o grau de mistura no reator e a dispersão do tempo de residência, sendo que quanto menor o valor deste parâmetro, mais próximo o comportamento de um reator se aproxima de um PFR (FOGLER, 2009). 
1.5.Análise do grau de mistura a partir da comparação dos resultados apresentados
Observou-se que para τ≠ tm tanto para o PFR quanto para CSTR, onde para o reator tubular indica que o mesmo não é ideal, porém, para o CSTR τ estava bem próximo tm, caracterizando bem o reste reator. No entanto, ao comparar as curvas de DTR (Figura 6), percebe-se que há uma semelhança dos modelos com o experimental para CSTR’s, mostrando que possui um bom grau de mistura. Já o PFR possivelmente apresenta volume morto, visto que tm ≪ τ.
1.6.Traçadores 
A injeção de traçadores na entrada do reator no tempo t=0 serve para medir sua concentração na saída do reator em função do tempo. A distribuição de tempos nos quais as moléculas de um fluido escoando permanecem no reator pode ser medida por meio de técnicas de injeção desses traçadores. 
Os traçadores devem apresentar propriedades físicas similares às do fluido e serem completamente solúveis na mistura, visto que estes devem se deslocar ao longo do reator com o mesmo comportamento do fluido em questão. Ainda, o traçador não pode se depositar no reator, separar-se em fases, reagir adsorver-se nas paredes do reator ou em qualquer componente interno, difundir-se em relação ao fluido e influenciar o escoamento do fluido de qualquer forma. Adicionado a todas essas condições, o traçador também deve ser fácil de medir (FOGLER, 2009). 
Segundo AZEREDO (1985) outros tipos de traçadores que poderiam ser utilizados neste experimento seriam traçadores salinos e corantes, pois podem ser empregados em estudos de pequenos escoamentos, como é o caso da prática realizada. Para que se escolha o traçador salino ou corante ideal, devem-se levar em consideração as condições citadas anteriormente. Já em outros processos químicos e bioquímicos os traçadores que poderiam ser utilizados são os traçadores fluorescentes Amidorodamina G-extra, Fluoresceina-sódica (Uranina), Rodamina B, Eosina, e o traçador radioativo Bromo 82 (AZEREDO, 1985).
2.CONCLUSÃO
A prática da cinética de reação de 2ª ordem possuía o objetivo expressar a concentração de soda e acetato em função do volume de NaOH, gasto na titulação, bem como a normalidade da solução e o fator de correção da solução de HCl, além de determinar os parâmetros da equação de Arrhenius e calcular o k, α e β. Os dados estimados obtiveram desvios de 11% sendo plausível devido aos fatores ambientais e manuais, onde dentre os demais, possuíam todos os reagentes vencidos. Ademais, foi possível observar a cinética da reação, a partir dos gráficos apresentados, correspondendo à expectativa de consumo dos reagentes ao longo da reação, respeitando uma reação de segunda ordem pelo método integral.
Já a pratica de Determinação da distribuição do tempo de residência (DTR) em um reator de mistura possuía o foco no ajuste um polinômio que representasse os dados de concentração de traçador versus tempo, estimação do tempo de residência E(t) e F(t) além do tempo de residência médio e variância do sistema, para um reator tubular (PFR) e um reator tanque (CSTR), obtendo a conversão real alcançada, além da comparação das curvas com curvas teóricas. Para o reator tubular a variância encontrada não o caracterizou de forma adequada, bem como pela análise do grau de mistura, confirmando que o reator não é ideal, entretanto a variância do reator tanque caracterizou de forma adequada, além de que este reator apresentou uma conversão de 0,974
3.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Azevedo, S. V. Modelagem Hidrodinâmica de Decantador Primário de Esgotos utilizando-se a Técnica de Traçadores. Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro- RJ, 1985.
Batalha, K.C., Silva, G.K.M., Raiol, T.S., Cardoso Filho, J.C.A. cinética química da reação de saponificação do acetato de etila através de medidas de ph. Universidade Federal do Pará. Gramado – RS, 2017.
Fogler, H. Scott. Elementos de Engenharia das Reações Químicas, 4ª ed. Editora LTC. São Paulo: 2009
Krüger, A. G., REIS, C. S., POSTAL, K. Cinética da saponificação do Acetato de Etila - Determinação da constate de velocidade da reação, Universidade Federal do Paraná. Curitiba: 2013.
Concentração de traçador x tempo
10.819999999999999	20.72	30.759999999999998	41.08	51.099999999999994	61.089999999999996	71.009999999999991	81.029999999999987	90.929999999999993	111.1	131.19999999999999	151.38999999999999	171.32999999999998	191.45999999999998	1.0369999999999999E-2	8.8400000000000006E-3	7.8800000000000016E-3	6.5599999999999999E-3	4.9699999999999996E-3	3.5000000000000001E-3	2.33E-3	1.3399999999999998E-3	6.7999999999999994E	-4	1.9999999999999998E-5	0	0	0	0	Tempo (s)
Concentração (g/mL)
E(t)	0.7	10.819999999999999	20.72	30.759999999999998	41.08	51.099999999999994	61.089999999999996	71.009999999999991	81.029999999999987	90.929999999999993	111.1	131.19999999999999	151.38999999999999	171.32999999999998	191.45999999999998	3.3260782254217855E-3	1.2542338617317786E-2	1.0691829640992212E-2	9.5307259695722457E-37.9342084213697862E-3	6.0111304655804621E-3	4.2331904687186363E-3	2.8180953691755491E-3	1.6207072080237062E-3	8.2244843392247774E-4	2.4189659821249347E-5	0	0	0	0	Tempo (s)
E(t)
Concentração de traçador x tempo
31.04	61.03	91.18	121.29	151.5	181.57	241.63	301.75	361.54	421.61	541.63	661.79	901.9	1142	1382.03	1622.78	1862.72	1982.68	2102.75	2222.7600000000002	2462.7600000000002	7.4899999999999993E-3	7.0999999999999995E-3	6.77E-3	6.4699999999999992E-3	6.1399999999999996E-3	5.8700000000000002E-3	5.359999999999999	3E-3	4.8199999999999996E-3	4.3699999999999998E-3	3.9499999999999995E-3	3.2600000000000003E-3	2.7200000000000002E-3	1.7899999999999999E-3	1.2499999999999998E-3	8.8999999999999995E-4	5.8999999999999992E-4	4.3999999999999991E-4	3.5E-4	2.9E-4	2.5999999999999998E-4	1.3999999999999999E-4	Tempo (s)
Concentração (g/mL)
E(t)
1	31.04	61.03	91.18	121.29	151.5	181.57	241.63	301.75	361.54	421.61	541.63	661.79	901.9	1142	1382.03	1622.78	1862.72	1982.68	2102.75	2222.7600000000002	2462.7600000000002	1.0902089621792591E-3	1.6042564099651576E-3	1.5207236996999491E-3	1.4500421756293881E-3	1.3857862446561508E-3	1.3151047205855898E-3	1.2572743827096763E-3	1.1480393000551728E-3	1.0323786243033458E-3	9.3599472784348979E-4	8.4603642448095753E-4	6.982477832425119E-4	5.8258710749068483E-4	3.8339372147364915E-4	2.6773304572182198E-4	1.9062592855393728E-4	1.2636999758069999E-4	9.4242032094081336E-5	7.4965252802110176E-5	6.2114066607462718E-5	5.5688473510138982E-5	2.9986101120844066E-5	Tempo (s)
E(t)
Concentrações experimentais e teóricas
Concentração teórica	1	31.04	61.03	91.18	121.29	151.5	181.57	241.63	301.75	361.54	421.61	541.63	661.79	901.9	1142	1382.03	1622.78	1862.72	1982.68	2102.75	2222.7600000000002	2462.7600000000002	7.6791056389900001E-3	7.3570678306904471E-3	7.0455504982607255E-3	6.742262157029057E-3	6.449108357009084E-3	6.1645886514662494E-3	5.8907788317309473E-3	5.3712760638042652E-3	4.8867142582745306E-3	4.4386951176739325E-3	4.0212964404025249E-3	3.2803174660821647E-3	2.6538773260521278E-3	1.7060361390024087E-3	1.09343611912E-3	7.3222830	033565969E-4	5.379705878919604E-4	4.2784658738839829E-4	3.778464550441207E-4	3.1720518630765516E-4	2.3552481396101835E-4	-3.2900830517701256E-5	Concentração experimental	1	31.04	61.03	91.18	121.29	151.5	181.57	241.63	301.75	361.54	421.61	541.63	661.79	901.9	1142	1382.03	1622.78	1862.72	1982.68	2102.75	2222.7600000000002	2462.7600000000002	5.089999999999999E-3	7.4899999999999993E-3	7.0999999999999995E-3	6.77E-3	6.4699999999999992E-3	6.1399999999999996E-3	5.8700000000000002E-3	5.3599999999999993E-3	4.8199999999999996E-3	4.3699999999999998E-3	3.9499999999999995E-3	3.2600000000000003E-3	2.7200000000000002E-3	1.7899999999999999E-3	1.2499999999999998E-3	8.8999999999999995E-4	5.8999999999999992E-4	4.	3999999999999991E-4	3.5E-4	2.9E-4	2.5999999999999998E-4	1.3999999999999999E-4	Tempo (s)
Concentração (g/mL)
[NaOH] x t
0	2	5	10	20	40	60	0.01	8.9599999999999975E-3	8.3199999999999993E-3	7.1999999999999989	E-3	6.3999999999999994E-3	5.6000000000000017E-3	4.8799999999999989E-3	tempo (min)
[NaOH] (mol/L)
1/[NaOH] x t
0	2	5	10	20	40	60	100	111.60714285714289	120.19230769230771	138.88888888888891	156.25	178.57142857142853	204.91803278688528	tempo (min)
1/[NaOH]
Absorbância x Concentração
Calibração	
6.4000000000000001E-2	0.13900000000000001	0.66200000000000003	1.2809999999999999	1.996007984031936E-3	3.9840637450199202E-3	1.9607843137254902E-2	3.8461538461538464E-2	Concentração (g/mL)
Absorbância

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