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Anthony Giddens as consequencias da modernidade

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Capítulo 3 (pagina 73-100)
Pág. 73
-como o suporte da confiança se vincula a estes fenômenos, bem como as questões decisivas da segurança, risco e perigo no mundo moderno.Nas páginas precedentes, já relacionei a confiança, de uma maneira abstrata, ao distanciamento tempo-espaço, mas devemos agora considerar a substância das relações de confiança em condições de modernidade
-globalização e confiança
Algumas distinções conceituais
Confiança e modernidade
-Complementar a noção de desencaixe com reencaixe ou seja remodelar as relações sociais desencaixadas de forma a relacionara-las a condições de tempo e lugar
-Compromisso com rosto- relações verdadeiras que são mantidas, ou expressas, em circunstâncias de co-presença
compromisso sem rosto- desenvolvimento de fé em fichas simbólicas ou sistemas peritos nos quais tomamos em conjuntos (sistemas abstratos)
Pág. 74
tese:
-todos os mecanismos de desencaixe interagem com contextos reencaixados de ação os quais podem agir ou para sustenta-los ou para solapa-los 
e
- que todos os compromissos sem rosto estão veinculados de maneira ambiaguamente análoga àqueles que exigem a presença do rosto.
Ponto de partida:
Observação sociológica familiar de que na vida social moderna muitas pessoas a maior parte do tempo interagem com outras que lhe são estranhas
Como diz Simmel: o significado do termo “estranho” muda com o advento da modernidade
Nas culturas pré-modernas o “estranho” refere-se á “pessoa toda” isto significa alguém que vem de fora e que é potencialmente suspeito
Podem existir muitos motivos pelos quais uma pessoa que se muda para uma pequena comunidade não ganha a confiança dos restantes membros mesmo depois de alguns anos la.
Pelo contrário nas sociedades modernas não interagimos com os tais estranhos “pessoa toda” da mesma forma, em muitos cenários urbanos interagimos mais ou menos de forma continua com outros que ou não conhecemos tao bem ou não encontramos antes, esta interação assume a forma de contatos relativamente efémeros.
A variedade de encontros que compõe a vida cotidiana nem cenários anónimos na atividade social moderna é mantida em 1ª instância pelo que Goffman chamou de “desatenção civil”
Pág. 75
Duas pessoas que se aproximam e se cruzam numa calçada da cidade, pode parecer desinteressante a partida, mas isto acontece milhões de vezes por dia em uma única área urbana. Aqui acontece algo que liga aspetos aparentemente menores a nível corporal com as mais difusas características da modernidade. A “desatenção” não significa indiferença, pelo contrário demonstra cuidadosamente o que pode ser chamado de estranhamento polido. Conforme as duas pessoas se aproximam cada uma rapidamente olha de relanço o rosto da outra desviando o olhar quando se cruzam - Goffman chama a isto “abaixar faróis” mútuos- o olhar concede o reconhecimento do outro porem fixar os olhos apenas brevemente e depois quando se cruzam vincula uma atitude que visa comunicar a ausência de intenção hostil.
Esta “desatenção” parece ser uma pressuposição da confiança presumidas nestes encontros com estranhos em lugares públicos. A falta desta “desatenção” pode levar a que o nosso simples contacto visual possa ser interpretado como um “olhar de ódio”.
 O que seria um olhar de ódio? Exemplo de Goffman- os brancos no sul dos eua eram conhecidos no passado por fixar o olhar nos negros em ambientes oublicos, isto refletia uma rejeição dos direitos dos negros de participarem de certas formas na interação cotidiana com brancos.
Exemplo 2- contrariamente, uma pessoa que passa a frente de um bairro que sabe que é perigoso pode andar rapidamente e sempre a olhar para a frente de forma a evitar qualquer tipo de contacto pois o simples cruzar de olhares poderia induzir um envolvimento potencialmente hostil.
“A desatenção civil é o tipo mais básico de compromisso com rosto envolvido em encontros com estranhos em circunstâncias de modernidade.”
Esta não envolve apenas o rosto, mas também a postura e posicionamento do corpo, que mesmo subtis transmitem uma mensagem- podes confiar que eu estou sem intenções de criar hostilidades- em qualquer sitio.
A desatenção civil é confiança como “ruido de fundo”, não como coleção fortuita de sons mas sim como ritmos sociais que são cuidadosamente comedidos e controlados, esta é característica do que Goffman chama de “interação desconcentrada”
Pág. 76
Os mecanismos de interação concentrada ou encontros são muito diferentes.
Encontros sejam com estranhos, conhecidos ou íntimos também envolvem praticas generalizadas ligadas á manutenção de confiança. A transição da desatenção civil para a abertura de um encontro, como Goffman mostra é provável de possibilidades adversas para cada indivíduo envolvido.
(?)
Confiança em Sistemas Abstratos
- Giddens quer se concentrar sobre a confiabilidade
-A confiabilidade é de duas espécies: a estabelecida entre indivíduos que se conhecem bem e que baseados em relacionamentos longos criam os motivos pelos quais confiam um no outro e a Confiabilidade relativa aos mecanismos de desencaixe, a fidedignidade continua como ponto base e central da questão porem não pressupõe encontro algum com os indivíduos ou grupos que são de alguma forma responsáveis por esta relação de confiança.
“”Mas na grande maioria das instâncias tais indivíduos ou grupos estão envolvidos, e devo me referir a encontros com eles por parte 77 dos atores leigos como os pontos de acesso dos sistemas abstratos. Os pontos de acesso dos sistemas abstratos são o terreno comum dos compromissos com rosto e sem rosto.””
Pág. 77
“a natureza das instituições modernas está profundamente ligada ao mecanismo da confiança em sistemas abstratos”
Capítulo 3
 
(pagina 
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Pág. 73
 
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como o suporte da confiança se vincula a estes fenômenos, bem como as questões decisivas 
da segurança, risco e perigo no mundo moderno.Nas páginas precedentes, já relacionei a 
confiança, de uma maneira abstrata, ao distanciamento tempo
-
espaço, mas devemos
 
agora 
considerar a substância das relações de confiança em condições de modernidade
 
-
globalização e confiança
 
 
Algumas distinções conceituais
 
Confiança e modernidade
 
-
Complementar a noção de
 
d
esencaixe com reencaixe
 
ou seja remodelar as relações sociais 
d
esencaixadas de forma a 
relacionara
-
las
 
a condições de tempo e lugar
 
-
Compromisso com rosto
-
 
relações verdadeiras que são mantidas, ou expressas, em 
circunstâncias de co
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presença
 
compromisso sem rosto
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desenvolvimento de fé em fichas simbólicas ou sistemas
 
peritos nos 
quais tomamos em conjuntos (sistemas abstratos)
 
 
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tese:
 
-
todos os mecanismos de desencaixe interagem com contextos reencaixados de ação os quais 
podem agir ou para sustenta
-
los ou para solapa
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los 
 
e
 
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que todos os compromissos sem rosto
 
estão veinculados de maneira ambiaguamente 
análoga àqueles que exigem a presença do rosto.
 
Ponto de partida:
 
Observação sociológica familiar de que na vida social moderna muitas pessoas a maior parte 
do tempo interagem com outras que lhe são estranhas
 
Com
o diz 
Simmel:
 
o significado do termo “estranho” muda com o advento da modernidade
 
Nas culturas 
pré
-
modernas
 
o “estranho”
 
refere
-
se á “pessoa toda” isto
 
significa alguém que 
vem de fora e que é potencialmente suspeito
 
Podem existir muitos motivos pelos qua
is uma pessoa que se muda 
para uma pequena 
comunidade não ganha a confiança dos restantes membros mesmo depois de alguns anos la.
 
Pelo contrário nas 
sociedades modernas
 
não 
interagimos com os tais estranhos “pessoa toda”
 
da mesma forma, em muitos cenários 
urbanos interagimos mais ou menos de forma continua 
Capítulo 3 (pagina 73-100) 
 
Pág. 73 
-como o suporte da confiança se vincula a estes fenômenos, bem como as questões decisivas 
da segurança, risco e perigo no mundo moderno.Nas páginas precedentes, já relacionei a 
confiança, de uma maneiraabstrata, ao distanciamento tempo-espaço, mas devemos agora 
considerar a substância das relações de confiança em condições de modernidade 
-globalização e confiança 
 
Algumas distinções conceituais 
Confiança e modernidade 
-Complementar a noção de desencaixe com reencaixe ou seja remodelar as relações sociais 
desencaixadas de forma a relacionara-las a condições de tempo e lugar 
-Compromisso com rosto- relações verdadeiras que são mantidas, ou expressas, em 
circunstâncias de co-presença 
compromisso sem rosto- desenvolvimento de fé em fichas simbólicas ou sistemas peritos nos 
quais tomamos em conjuntos (sistemas abstratos) 
 
Pág. 74 
tese: 
-todos os mecanismos de desencaixe interagem com contextos reencaixados de ação os quais 
podem agir ou para sustenta-los ou para solapa-los 
e 
- que todos os compromissos sem rosto estão veinculados de maneira ambiaguamente 
análoga àqueles que exigem a presença do rosto. 
Ponto de partida: 
Observação sociológica familiar de que na vida social moderna muitas pessoas a maior parte 
do tempo interagem com outras que lhe são estranhas 
Como diz Simmel: o significado do termo “estranho” muda com o advento da modernidade 
Nas culturas pré-modernas o “estranho” refere-se á “pessoa toda” isto significa alguém que 
vem de fora e que é potencialmente suspeito 
Podem existir muitos motivos pelos quais uma pessoa que se muda para uma pequena 
comunidade não ganha a confiança dos restantes membros mesmo depois de alguns anos la. 
Pelo contrário nas sociedades modernas não interagimos com os tais estranhos “pessoa toda” 
da mesma forma, em muitos cenários urbanos interagimos mais ou menos de forma continua

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