A alta modernidade, conforme caracterizada por Anthony Giddens, difere da modernidade em diversos aspectos. Enquanto a modernidade é marcada pela industrialização, urbanização e racionalização da sociedade, a alta modernidade é caracterizada por uma maior reflexividade, individualização e globalização. Na alta modernidade, ocorrem transformações significativas no âmbito da família. Há uma maior diversidade de arranjos familiares, como famílias monoparentais, famílias reconstituídas e casais sem filhos. Além disso, há uma maior igualdade de gênero nas relações familiares, com uma maior participação das mulheres no mercado de trabalho e na tomada de decisões familiares. No que diz respeito à sociabilidade, a alta modernidade é marcada por uma maior fragmentação e individualização. As relações sociais tornam-se mais voláteis e menos duradouras, com uma maior ênfase na liberdade individual e na busca por satisfação pessoal. As redes sociais e a tecnologia desempenham um papel importante na forma como nos relacionamos e nos conectamos com os outros. A globalização é outro aspecto importante da alta modernidade. Com o avanço da tecnologia e das comunicações, o mundo torna-se cada vez mais interconectado e interdependente. Isso traz tanto benefícios, como a possibilidade de acesso a informações e culturas diversas, quanto desafios, como a intensificação das desigualdades globais e a perda de identidades culturais locais. Por fim, as identidades também passam por transformações na alta modernidade. As identidades tornam-se mais fluidas e flexíveis, com uma maior ênfase na construção individual da identidade. As pessoas têm mais liberdade para escolher suas identidades e expressá-las de maneiras diversas. É importante ressaltar que essas são apenas algumas das transformações que ocorrem na alta modernidade, e que existem diferentes perspectivas e teorias sobre o assunto.
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