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1 INTRODUÇÃO A construção de uma obra requer não somente “botar a mão na massa”, mas envolve também, o procedimento legal de permissão para construir e morar. Ao construir um imóvel ou realizar uma obra é imprescindível garantir junto à prefeitura o licenciamento de obras. Pois, se a fiscalização do governo identificar uma obra não regularizada, ela pode ser barrada, o dono do imóvel pode levar multa e, em alguns casos, a construção pode até ser demolida. Não existe uma regra única para todas as obras. Cada cidade possui exigências particulares para legalizar um imóvel, algumas exigem autorização e fiscalização do Corpo de Bombeiros, outras pedem avaliação da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Mas existem processos comuns a todos os empreendimentos, como é o caso da retirada de alvará de construção, conseguir licença de instalação de energia e água, certidão do habite-se e licença de habitação. Diante de tantas burocracias vivenciadas por construtoras na finalização e entrega de imóveis, e objetivando minimizar a improvisação diante dos obstáculos legais e operacionais, o time do Sienge, software de gestão mais utilizado no mercado da construção civil, elaborou um roteiro, com uma abordagem de todos os aspectos envolvidos no processo de licenciamento de obras. 2 ETAPAS CONSTRUTIVAS DE OBRAS RESIDENCIAIS As etapas das obras dependem das características específicas de cada uma, no entanto o trabalho tem como objetivo apresentar as etapas construtivas de obras residenciais (da marcação até a entrega final). - SERVIÇOS PRELIMINARES: Antes de colocar a construção em prática é preciso estudo e projetos que ainda vão passar por aprovação para que a obra seja iniciada. Para esse projeto ser aprovado é necessário o apoio técnico de um profissional, arquiteto ou engenheiro. Ele vai cuidar das licenças, plantas da construção, bem como legalizações da obra e custos pertinentes a essa fase inicial e provavelmente das fases seguintes também. - ESCOLHA DO TERRENO: O terreno é o princípio de tudo, sem esse nada de construção. Para escolher um terreno é importante observar a topografia, a posição em relação ao norte geográfico, a composição do solo, a infraestrutura e vizinhança. Uma vez que o projeto já esteja pronto e o profissional – engenheiro ou arquiteto – já esteja contratado, é hora de cuidar da parte de terraplanagem do terreno. Nem todos os terrenos estão preparados para receber uma obra, devido a isso, é preciso avaliar a necessidade de aterramento, entre outras exigências como: topografia do terreno; sondagem do terreno; limpeza do terreno; serviços de movimento de terra; verificação da disponibilidade de instalações provisórias; montagem do canteiro de obra; verificação das condições de vizinhança; as demolições, quando existem construções remanescentes e retirada de resíduos de demolição. 2.1 PRIMEIRA ETAPA CONSTRUTIVA: Locação da obra. É o processo de transferência dos elementos da planta baixa de uma edificação para o terreno em que será realizada a obra. Uma das etapas mais importantes para a garantia da funcionalidade e da qualidade de toda a construção. Qualquer erro durante o seu procedimento, pode causar danos aos elementos estruturais gerando trincas, fissuras e até mesmo o colapso. Por isso, é recomendado que esse serviço seja sempre acompanhado por engenheiros civis, geólogos ou topógrafos que tenham bastante experiencia nessa área. Essa transferência é realizada por meio de marcações no terreno com o auxílio de pontaletes e linhas de nylon. Existem dois métodos mais conhecidos de locação: gabarito e cavalete. 2.1.1 Locação por Método do Gabarito O passo 1 é a limpeza do terreno: O terreno deve estar limpo e escavado até a proximidade das cotas definidas no projeto de implantação da obra. É recomendado acompanhamento profissional de topografia e o uso de serviços topográficos especializados para acompanhamento da locação da obra. No passo 2 define-se as referências: Fazer a definição da referência de nível (RN) e da referência pela qual será feita a locação da obra. Conferir os eixos, divisas do terreno e alinhamento da rua, verificando estas distâncias. Para o passo 3 há marcação do gabarito: A partir da referência escolhida no terreno, deve-se marcar uma das faces do gabarito com uma trena metálica e uma linha de nylon, obedecendo a uma distância de pelo menos 1 metro da face da edificação. As demais faces do gabarito podem ser marcadas a partir da primeira face e do projeto de locação, verificando o esquadro de todos os cantos por meio do processo do triangulo retângulo. No passo 4 é executado o gabarito por meio da cravação dos pontaletes ou peças roliças, que devem estar aprumados e alinhados, faceando sempre o mesmo lado da linha de nylon, procurando manter uma distância de aproximadamente 1,5m um do outro. Figura 1 - Marcação do gabarito na locação de obra. Durante o passo 5 é feita a execução das tabeiras: Após a cravação dos pontaletes, seus topos devem ser arrematados, de maneira que formem uma linha horizontal perfeitamente nivelada, a uma altura média do solo de cerca de 1,5m. Na face interna dos pontaletes pregar tábuas também niveladas, formando a chamada “tabeira”. Ajusta-se a locação de obra, caso seja necessário, pregar sarrafos no topo dos pontaletes, travar o gabarito com mãos francesas e pintar o gabarito na cor branca. No passo 6 marca- se os elementos no gabarito: Marcar todos os pilares, estacas e outros elementos de acordo com as definições do projeto utilizando trena metálica, esquadro, lápis de carpinteiro e pregos. E em seguida identifica-se os elementos: Identificar na tabeira os nomes dos elementos com tinta, de preferência na cor vermelha para dar maior destaque e aumentar a visibilidade das marcações. No passo 8 há definição dos eixos: Esticar um arame pelos dois eixos do elemento estrutural a ser locado (pilar, sapata, tubulão, estaca, etc). O cruzamento dos arames de cada eixo definirá a posição do elemento estrutural no terreno, por meio de um prumo de centro. Para elementos de seção circular, descer um prumo pelo centro do elemento. E por último há locação das formas: Para elementos com seção não circular como triangulares, retangulares ou poligonais, descer um prumo em cada lateral para definição da posição das faces. Cravar um piquete nos pontos definidos pelo prumo e locar as formas. 2.1.2 Locação por método de Cavaletes Esse método de locação é indicado para obras simples de pequeno porte, tendo a vantagem de utilizar menor quantidade de recursos em relação à outras técnicas. Os cavaletes são formados por duas estacas e uma travessa de onde saem os alinhamentos, conforme a imagem ao lado. A travessa deve estar nivelada e confere maior estabilidade à estrutura. A maior dificuldade deste processo é manter os cavaletes ajustados devido ao fluxo de máquinas e pessoas em seu entorno. Figura 2 - Esquema de cavaletes de locação. 2.2 SEGUNDA ETAPA CONSTRUTIVA: Infraestrutura - Fundação. Infraestrutura de uma obra pode ser definida como um conjunto de elementos estruturais que enquadram e suportam toda uma estrutura. O termo possui diversas acepções em diferentes campos, mas o mais comum é o referente aos sistemas construção de uma cidade ou região. A infraestrutura da construção civil é a parte inferior da estrutura de uma construção ou edifício que suporta e transmite cargas ao terreno. Sondagem: a construção de uma edificação começa pela sondagem do terreno sobre o qual ela será erguida. A sondagem, uma espécie de radiografia do terreno, identifica as camadas do solo e sua resistência, além de detectar a presença do lençol freático (água), informações fundamentais para que o Engenheiro projete adequadamente as fundações, que podem ser diretas e indiretas. Escolha do tipo de fundação: para a escolhado tipo de fundação interessa, portanto, saber: • Natureza e características do solo no local da obra; • Disposição, grandeza e natureza das cargas a serem transferidas ao subsolo; • Limitações dos tipos de fundações existentes no mercado e as restrições técnicas impostas a cada tipo de fundação; • Fundações e condições técnicas dos edifícios vizinhos; e • Orçamento completo (material, mão-de-obra, transporte etc.) das soluções e tipologias possíveis. 2.2.1 Fundação Direta São aquelas em que as cargas são transmitidas para o terreno através do prolongamento do pilar abaixo do nível do solo com um alargamento em sua base e se o solo firme estiver a pequena profundidade. Ex.: Sapatas corridas ou contínuas, sapatas isoladas e radier. As fundações diretas ou rasa: são aquela em que a carga da estrutura é transferida diretamente ao solo pela fundação. São executados em valas rasas, com profundidade de no máximo 2 metros, e caracterizados por blocos, alicerces, sapatas e radiers. Quando a camada resistente à carga da edificação, ou seja, onde a base da fundação está implantada, não excede a duas vezes a sua menor dimensão ou se encontre a menos de 2 m de profundidade. Figura 3 - Tipos de fundações diretas. 2.2.2 Fundação Indireta Se o solo firme estiver a grande profundidade (maior que 2 m), nas camadas mais profundas do solo, em virtude da resistência só ser alcançada em camadas de 10 m ou mais. Ex.: Estacas, tubulões. As fundações indiretas ou profundas são aquelas que transferem a carga por efeito de atrito lateral do elemento com o solo e por meio de um fuste. Estas estruturas de transmissão podem ser estacas ou tubulões. São aquelas cujas bases estão implantadas a mais de duas vezes a menor dimensão, e a mais de 2 m de profundidade. Figura 4 - Tipos de fundações indiretas e bloco de coroamento. 2.3 TERCEIRA ETAPA CONSTRUTIVA: Superestrutura – Vigas, laje e pilares. A supra estrutura ou superestrutura é a parte de uma construção que está acima do nível do solo. A engenharia civil, por sua vez, considera que a supra estrutura é a parte estrutural que se sustenta em colunas ou outros elementos de apoio. Ao projetar uma superestrutura, é necessário considerar a pressão e força que ela irá exercer na construção acabada e equilibrar isso para abordar preocupações sobre segurança. A supra estrutura compreende os elementos construtivos que são os pilares, as vigas e as lajes. Figura 5 – Elementos de superestrutura em construção. 2.3.1 Lajes São estruturas que realizam a interface entre pavimentos de uma edificação, podendo dar suporte a contrapisos ou funcionar como teto. Geralmente, apoiam-se em VIGAS ou PAREDES, que por sua vez, apoiam-se em PILARES ou COLUNAS e realizam a distribuição adequada da carga da edificação. Os elementos que compõem a Estrutura da Laje são: Lajes; Vigas; Paredes; Pilares e os Apoios. Figura 6 – Elementos de superestrutura. ➢ Laje pré-moldada As lajes pré-moldadas são constituídas por vigas ou vigotas de concreto conhecidas como “trilhos”, e blocos conhecidos como lajotas ou EPS (isopor). As lajotas e os trilhos montados de modo intercalado formam a laje. O conjunto é unido com uma camada de concreto chamada capa, lançada sobre as peças. Figura 7 – Exemplo de laje pré-moldada. ➢ Laje treliçada Laje treliçada é um tipo de laje pré-moldada que possui uma estrutura de treliça como armadura, fixa a uma placa de concreto. Figura 8 – Exemplo de laje treliçada. ➢ Laje protendida A Laje Protendida é um tipo de laje pré-moldada que possui uma estrutura de cabos de aço esticados dentro de um trilho de concreto. A laje protendida permite maiores vãos entre os pilares, o que deixa o espaço tão seguro quando um de laje convencional, mas mais aberto e com maior aproveitamento do espaço. Figura 9 – Exemplo de laje protendida. ➢ Laje maciça Chama-se laje maciça a laje de concreto armado com espessura constante, moldada in loco a partir do lançamento do concreto fresco sobre um sistema de formas planas, geralmente apoiadas em todas as direções. Figura 10 – Exemplo de laje maciça. 2.3.2 Vigas Estruturas de concreto armado que vêm acima das colunas ou das paredes, na posição horizontal. Elas são responsáveis por transferir todo o peso da laje e outros elementos para as colunas, estruturando a obra como um todo. Figura 11 – Demonstração de viga. ➢ Viga convencional ou normal Viga Convencional ou Normal é um tipo de viga em que a laje fica engastada na parte SUPERIOR da mesma. Figura 12 – Representação de viga normal. ➢ Viga Invertida Viga Invertida é um tipo de viga em que a laje fica engastada na parte INFERIOR da mesma, ao contrário da viga normal. São utilizadas em situações nas quais se deseja que a viga não apareça na face inferior da laje, geralmente por questões de estética. Figura 13 – Representação de viga invertida. ➢ Viga Semi-Invertida Vigas Semi-Invertidas são empregadas em situações nas quais o pé-direito ou as esquadrias limitem a altura útil da viga e o projeto estrutural exija uma viga alta. Figura 14 – Representação de viga semi-invertida. ➢ Viga Suspensa Vigas Suspensas são vigas engastadas geralmente em pilares, porém sem o apoio direto sob elas. Figura 15 – Representação de viga suspensa. ➢ Viga Baldrame Viga Baldrame é o mesmo que baldrame. É um tipo comum de fundação para pequenas edificações, considerada um tipo de fundação rasa. Constitui-se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de concreto simples ou armado, construída diretamente no solo, que pode ter estrutura transversal tipo bloco, sem armadura transversal, dentro de uma pequena vala para receber pilares alinhados. Figura 16 – Viga baldrame executada. ➢ Viga de Respaldo Viga de Respaldo ou Cinta de Amarração é uma viga de concreto situada na última fiada da alvenaria, no encontro com a laje. Figura 17 – Viga de respaldo executada. 2.4 QUARTA ETAPA CONSTRUTIVA: Alvenaria. Alvenaria simplesmente denota o tipo de material empregado na construção. Corresponde a tijolos e afins. Madeira, steel-frame e wood-frame são outros sistemas, por exemplo. Todos estes sistemas podem ser utilizados de forma estrutural ou simplesmente de vedação. No estudo de caso apresentado, foi utilizada a estrutura de concreto armado reticulada e para vedação, alvenaria de tijolos furados de barro cozidos. Este material tem vantagens relacionadas ao baixo custo e facilidade de manuseio, porém suas desvantagens pautam um certo desperdício de material, quebra para interação com instalações elétricas e hidrossanitárias embutidas, uso significativo de argamassa, dentre outros. Ainda assim é uma opção muito viável. O bloco de concreto, que seria uma alternativa (inclusive estrutural), necessita ser modulado para melhor aproveitamento (sem quebra), para ter um custo viável deve ser empregado de forma correta, com juntas ideais e prever as instalações elétricas e hidrossanitárias sem quebra, uma vez que estas instalações devem passar pelos vãos internos dos blocos, o que requer uma mão de obra especializada e familiarizada com este material, bem como seus elementos complementares (blocos canaleta U e J, por exemplo). Figura 18 – Alvenaria executada no segundo pavimento. A execução da alvenaria se dá em 3 etapas: marcação, elevação e encunhamento (quando executada depois da estrutura – o primeiro pavimento do estudo teve encunhamento, o segundo não). A marcação é a conferência e execução do posicionamento, alinhamento, esquadro e nivelamento das paredes para execução da primeira fiada, que será a referência das demais. Mangueira de nível, nível de bolha, prumo, esquadro, linha de nylon, régua, todos esses instrumentos são utilizados neste processo. Figura 19 – Fiadas de marcação e referênciadas paredes. A segunda fiada em diante é elevada com referência na primeira fiada. O mais usual é a elevação amarrada, onde o tijolo da fiada superior é posicionado sobre dois tijolos, com seu centro alinhado à junta dos inferiores. A cada fiada são utilizadas linhas de referência traçadas a partir da colocação e nivelamento de tijolos nas extremidades de cada parede. Figura 20 – Elevação da Alvenaria utilizando a linha de referência. O encunhamento, nada mais é que o preenchimento das frestas que acabam sobrando entre a última fiada e a estrutura. Este preenchimento é usualmente feito com tijolos quebrados e argamassa ou espuma expansível. No caso apresentado, o segundo pavimento não foi executado com a mesma técnica do primeiro, onde a estrutura reticulada foi executada antes da vedação. No pavimento superior, a opção foi elevar a alvenaria até o nível desejado e a utilizar como base inferior/apoio da forma da estrutura das vigas. O que dinamizou o processo neste caso. Figura 21 – Posicionamento da armação da estrutura sobre as paredes, antes de executar as formas. 2.5 QUINTA ETAPA CONSTRUTIVA: Cobertura/Telhado. Telhado é o componente utilizado na construção civil a fim de realizar a cobertura de uma casa, prédio ou outra edificação. Tem função de cobrir e proteger a área interna de uma edificação, evitando a entrada de raios solares, água da chuva, vento, e animais, estética pois quando bem desenhado e projetado dá mais beleza à casa e de fazer o isolamento acústico e térmico da casa. O telhado é composto por telhas inclinadas de forma a conduzir a água da chuva para as calhas e posteriormente para o solo. Pode ser construído com diferentes tipos de telhas de acordo com a necessidade da edificação e serem confeccionados com vários materiais como pedras, madeira, cerâmica, cimento, metal, vidro, etc. O material destinado a execução de um telhado deve apresentar as seguintes condições: • Ser impermeável. • Ser resistente. • Ser inalterável quanto à forma e peso (com exceção das alterações devido às dilatações e contrações dos materiais. • Ser leve. • Ter durabilidade. • Ter custo razoável. • Ser de fácil manutenção. Um telhado é composto por vários elementos que têm a função de sustentar e fixar as telhas e transmitir os esforços do telhado para os elementos estruturais. O telhado é uma das últimas etapas de construção de uma edificação. Depois de concluída as etapas de fundação e estrutura, parte-se para a execução do projeto do telhado. Um telhado considerado seguro e econômico precisa seguir um passo a passo e normas de execução como em todas as outras etapas da obra. De acordo com o projeto, o os tipos de telhados podem ser de 1 água, quando há somente um caimento; de 2 águas, quando existem dois caimentos geralmente dividindo a edificação ao meio; de 3 águas, 4 águas ou de várias águas. A quantidade de águas ou caimentos dependerá da opção do arquiteto ou engenheiro quanto à alguma exigência técnica ou apenas estética. Figura 22 – Esquema em planta dos tipos de telhado. 2.5.1 Telhado de Madeira A estrutura de madeira recebe uma armação geralmente feita com o formato de uma tesoura aberta. Sobre esta armação colocam-se os próximos elementos de forma a montar o telhado. Figura 23 – Partes de um telhado de madeira. 2.5.2 Telhado Metálico No mercado da construção civil, o telhado metálico é avaliado por engenheiros e arquitetos como excelente material, e essa técnica, que já era implantada em estabelecimentos comerciais, está expandido para as construções residenciais. O desempenho e a viabilidade econômica do telhado metálico destacam-se no segmento de edificações. Seu funcionamento mostra o potencial de um produto moderno e versátil. Outro ponto relevante é a facilidade de transporte na entrega do equipamento. Figura 24 – Partes de um telhado metálico. 2.6 SEXTA ETAPA CONSTRUTIVA: Instalações Elétricas e Hidráulicas. 2.6.1 Instalações Elétricas No momento de construir ou reformar, é preciso estar atento a todos os detalhes, principalmente no que diz respeito às instalações. E, ter um bom planejamento do sistema elétrico é fundamental. Antes de adquirir qualquer equipamento, é muito importante ter uma planta dos pontos de eletricidade. Ou seja, definir os locais onde serão instalados as lâmpadas, as tomadas, os interruptores e o quadro de distribuição junto com os disjuntores. Figura 25 – Projeto elétrico residencial. O quadro de distribuição é o centro de toda instalação elétrica da casa. Nele, todos os fios são interligados junto aos disjuntores - um tipo de interruptor que desliga sozinho quando a corrente elétrica passa de um certo limite, evitando sobrecarga. O quadro deve ser instalado em local de fácil acesso, mas longe da cozinha ou banheiro. Já em cada cômodo é necessário definir pelo menos um ponto de luz, onde será colocada a lâmpada. Enquanto isso, os interruptores devem ser colocados próximos às portas para facilitar quando for ligar ou desligar. 2.6.2 Instalações Hidráulicas O ponto de partida para instalação hidráulica é a caixa d’água. Ela precisa ser colocada no local mais alto da casa para que possa distribuir a água para todos os cômodos. Logo após, deve-se fazer as ligações das tubulações que conduzirão a água da rua para a caixa. Portanto, é necessário também instalar um registro, que controla a entrada, a boia (que determina a pressão) e o hidrômetro, que mede o fluxo. Feito isso, é hora de demarcar as tubulações de saídas da caixa para a residência. Algumas casas utilizam apenas uma saída de água. Mas, vale ressaltar que o mais indicado é possuir duas ou três saídas, sendo uma exclusiva para o chuveiro e outra para descarga. Planejando a instalação: defina exatamente os pontos de ligação de água em cada cômodo. Determine a posição das torneiras, pias, vasos sanitários e chuveiros. É importante estar atento, pois cada parte da casa precisa de uma tubulação diferente. Tubos em PVC (policloreto de vinila) e PPR (polipropileno copolímero random), por exemplo, são indicados para circulação de água fria, como em torneiras ou vasos sanitários. Enquanto isso, canos de cobre são recomendados para água quente, destinada aos chuveiros e banheiras. É imprescindível que os materiais sejam de qualidade, o que pode evitar dores de cabeça com vazamentos. Além disso, ter um encanador encarregado do trabalho é muito importante para definir a boa distribuição de água nos cômodos. Figura 26 – Instalações hidráulicas residenciais. 2.7 SÉTIMA ETAPA CONSTRUTIVA: Acabamento - Esquadrias. Esquadria nada mais é que janela e/ou porta da casa ou apartamento. É um dos itens primordiais da obra. Por isso, é muito importante escolher detalhadamente os modelos e suas funcionalidades, de acordo com cada ambiente e estilo. Assim, reunimos aqui os pontos que devemos considerar na hora de instalar as esquadrias. Figura 27 – Esquadria: Porta. Há diferentes opções de esquadrias no mercado. O que determina o modelo ideal para cada ambiente é a funcionalidade e a praticidade que se deseja, além dos materiais. Basicamente, as janelas e portas podem ser de: • Alumínio – material durável e leve, além de não enferrujar. Esquadrias de alumínio são versáteis e boas opções para casas ou apartamentos à beira-mar, por exemplo. Por outro lado, em centros urbanos são muito utilizadas por serem termoacústica, ou seja, cortar do barulho externos à residência. Seu custo benefício também é um dos atrativos. • Madeira – elegantes e sofisticadas, as janelas de madeira se encaixam em qualquer abertura para janelas, quando feitas sob medida. Porém, costumam ser mais pesadas, ou seja, sua instalação deve ser cuidadosa para não danificar o material, que é natural. Além disso, tem a necessidade de manutenção constante de limpeza econservação. Figura 28 – Esquadria de madeira. • Vidro - são os sistemas apenas em vidro, em sua maioria temperados. Traz sofisticação e beleza ao ambiente. São práticos e modernos. O fator negativo é que não é possível realizar todos os tipos de abertura. Ela se encaixa perfeitamente em sistemas de abertura fixos ou de correr, por exemplo. Figura 29 – Esquadria de vidro. • PVC - são duráveis e fáceis de limpar. Podemos encontrar esquadrias de PVC em diferentes formas e cores. Com funcionalidade similar a de alumínio, este material é hermética, não permitindo a entrada de vento, poeira e água, além de também ser termoacústico. • Ferro - material muito utilizado até hoje por ter um custo baixo em relação aos demais. Entretanto, mas a manutenção do aço deve ser constante por conta da oxidação. Nesses casos, o mais indicado é utilizar tintas anti-ferrugem. A gama de opções se estende também para os sistemas de esquadrias. Entre eles, estão: de correr, indicadas para salas e cozinhas; de abrir (o clássico abre e fecha); de maximar, ou seja, esquadrias que correm lateralmente por meio do apoio do trilho no chão ou no teto; a fixa, a qual não possui movimento (normalmente para janelas de vidro); entre outros modelos. 2.8 OITAVA ETAPA CONSTRUTIVA: Acabamento - Revestimento. Os revestimentos garantem conforto e melhoram a decoração dos ambientes e podem ser usados nos pisos e nas paredes. Para que o acabamento tenha boa qualidade, é importante se atentar ao reboco, emboço e chapisco. • O chapisco é a camada mais grossa e áspera de argamassa aplicada sobre a parede diretamente em contato com os tijolos. Ela dá à parede mais atrito para que possa receber as camadas seguintes de revestimento e acabamento, segurando o material com aderência. • O emboço faz com que a superfície da parede se torne mais nivelada, permitindo a aplicação correta do reboco, além de favorecer à impermeabilização da parede. Geralmente é composto por água, cimento, areia e cal. • O reboco é a etapa final de acabamento com argamassa. Depois dele, a parede deverá ficar plana e lisa para receber as camadas de tinta ou a aplicação dos revestimentos. Figura 30 – Etapas do revestimento. https://blog.tocaobra.com.br/tipos-de-revestimento/ 2.9 NONA ETAPA CONSTRUTIVA: Acabamento - Pintura. A pintura já é a fase de acabamento da obra. Ela deverá ser feita nas áreas internas e externas, ajudando a decorar e a proteger as paredes. É importante comprar tintas próprias para cada ambiente de acordo com as condições apresentadas. Antes de começar a pintar é importante preparar muito bem as paredes. Para isso é preciso: • lixar a parede com uma lixa mais grossa para eliminar o excesso de areia; • aplicar o selador, principalmente nas paredes externas, para evitar manchas e que certos resíduos se fixem à tinta; • aplicar a massa corrida para uniformizar a parede, evitando imperfeições, fissuras, descascados e texturas desniveladas; • aplicar a tinta – são recomendadas duas demãos. Se a parede for de gesso, é recomendado aplicar o fundo preparador, que aglutina as partículas soltas e promove uma aderência melhor da tinta. 2.9.1 Pintura Interna Nas áreas internas, a tinta látex ou PVA é a mais indicada para a pintura de paredes e de teto. É uma tinta à base de água que pode ser limpa apenas com pano úmido, com secagem rápida e odor mínimo. Está disponível nos acabamentos fosco, semibrilho ou acetinada. Na área do banheiro ou da cozinha, prefira a tinta epóxi, indicada para áreas molhadas e que também pode ser usada sobre azulejos e pisos. Ela é de difícil aplicação e necessita de mão-de-obra especializada. Outra opção é a tinta super lavável, indicada principalmente para ambientes com crianças. Ela é mais resistente à limpeza e lavagens. Quem é alérgico, pode investir nas tintas inodoras, que perdem o cheiro em até 3 horas. Na hora de fazer a pintura, não se esqueça de retirar todos os espelhos das tomadas e interruptores e de cobrir os rodapés, as dobradiças das portas e os móveis. Figura 31 – Pintura interna. 2.9.2 Pintura Externa Nas áreas externas, a tinta acrílica é a mais indicada. Ela é parecida com a látex, porém é altamente impermeável. Também está disponível em acabamentos fosco, semibrilho e acetinado. Outra opção são as tintas emborrachadas, indicadas para cobrir trincas e pequenas fissuras. Elas são resistentes à chuva e ao sol, além de prevenirem o aparecimento de mofo, descascamento e desbotamento. Uma tinta mais econômica é a cal, que também possui fácil aplicação. Como é de uma textura mais grossa, ela consegue disfarçar bem as imperfeições. Para pintar as portas e janelas de madeira, ferro ou aço, use as tintas à base de óleo e esmalte. Essa é uma tinta bem resistente à chuva e ao sol. Outra ideia é o verniz, principalmente para a madeira. No caso de locais expostos a intempéries, use o verniz náutico. Quem quer evitar problemas posteriores, pode investir em opções como as texturas, que ajudam a proteger ainda mais as paredes externas, além de trazerem um visual diferenciado. Figura 32 – Pintura externa. 2.10 DÉCIMA ETAPA CONSTRUTIVA: Acabamento - Pisos. O assentamento de pisos cerâmicos, porcelanatos, pisos laminados, azulejos, granitos fazem parte de uma das Etapas do Planejamento de Obras. Então a escolha desses revestimentos é importante tanto para a estética do ambiente, quanto para a segurança. Por isso, tenha a ajuda de um profissional para fazer a escolha dos mesmos. Figura 33 – Assentamento de cerâmica. 3. LICENCIAMENTO DE OBRAS: Documentos necessários 3.1 ART ou RRT: Anotação de Responsabilidade Técnica e Registro de Responsabilidade Técnica. ART ou Anotação de Responsabilidade Técnica, criado pela Lei nº 6.496/77, é um documento de responsabilidade emitido pelo engenheiro responsável pela obra, com registro ativo no CREA (Conselho Regional de Engenharia). O RRT ou Registro de Responsabilidade Técnica é o mesmo documento, porém emitido pelo arquiteto com registro no CAU (Conselho de Arquitetura). O CAU é um órgão relativamente novo, criado em 2011, fruto da separação dos conselhos de classe entre arquitetos e o CREA. Por meio deste documento, formaliza-se o contrato entre o cliente e o profissional, estabelecendo as obrigações contratuais e a identificação dos responsáveis. Todos os dados de projetos, obras e serviços executados por eles ficam gravados no sistema de informação e comunicação do conselho que os representa. Isso os ajuda a compor um acervo técnico, ou seja, garante legalmente todos os direitos autorais e as remunerações, comprovando a execução de trabalhos e a existência de contratos. Para a sociedade, as ARTs e RRTs apontam quem é o responsável técnico, devidamente habilitado, que responderá civil e criminal por qualquer irregularidade das atividades. Essa é a maneira escolhida pelos conselhos de provar a situação e a experiência de carreira dos seus especialistas. Embora não evite acidentes físicos de operários ou danos ao patrimônio, esses documentos fornecem maior segurada técnica e jurídica aos contratantes. - Memorial Descritivo: é um documento que serve para descrever o imóvel que será construído. Dessa forma, nele estão reunidos as informações gerais e acabamentos. finalidade do memorial descritivo é relatar em texto o que está representado no projeto, é um registro técnico com valor legal quando assinado pelo profissional ou responsável técnico, assim como os laudos para regularização de construção existente. - Cronograma de Execução de Obra: Os melhores cronogramas de execução de obras são precisos e registram todos os detalhes. Sempre estarão presentes nos melhores planejamentos: previsão de conclusão de todas as tarefas; informações relativas ao orçamento; informações documentais da obra; como seráa execução do projeto e a previsão de entrega da obra. É assim que os melhores cronogramas de obra ajudam construtoras a contornar os desafios da finalização dos seus empreendimentos. Muitos fatores podem gerar atraso, por isso, é importante ser firme nesse controle. Por tudo isso, fazer um cronograma de execução de obra é indispensável. É ele quem pode garantir fidelidade aos seus compromissos e credibilidade a imagem do seu negócio. 3.2 Alvará de Construção Quando você vai construir um imóvel, é preciso antes pedir um alvará de construção na prefeitura. Para que esse alvará seja aprovado, o tamanho da construção e do terreno devem seguir as regras impostas pelo município. É dever da construtora entregar o projeto na prefeitura para avaliação, segundo a Lei n. 1.172/96. Primeiramente, o proprietário (ou preposto) deve comparecer à Administração Regional competente e apresentar o projeto arquitetônico com os documentos complementares, assim o processo será autuado e receberá um número. O setor de projetos e obras conferirá esses documentos e emitirá um visto sobre o projeto caso seja aprovado. Com o visto do projeto arquitetônico em mãos, o proprietário preencherá um requerimento de alvará de construção, além de juntar uma série de documentos referentes à obra, dentre eles, os projetos complementares e comprovantes de pagamento de taxas ao CREA (ART’s) ou ao CAU (RRT), A lista dos documentos exigidos, geralmente encontra-se nos sites de cada Administração Regional. Protocolado o requerimento com todos os documentos, os agentes públicos competentes da própria Administração farão uma conferência da demarcação do lote ou fração (topografia). Depois, o departamento de licenciamento analisará a documentação e os projetos complementares e caso sejam aprovados, emitirá o alvará de construção. 3.3 Ligações Definitivas de Energia e Água Para a solicitação da certidão do habite-se, o construtor deverá estar com todas as ligações definitivas estabelecidas pelos serviços públicos. A ligação definitiva de energia e água podem ser solicitadas via telefone ou por carta protocolada contendo os dados da obra. A concessionária realizará vistoria para verificar se o projeto arquitetônico aprovado no alvará de construção corresponde à obra construída. Não havendo problemas, é ativado o fornecimento de energia e água junto à rede pública, além do esgoto. Se o empreendimento for um condomínio de prédios, por exemplo, nas áreas comuns, a ligação de energia será feita em nome da construtora, pois no período de ligação definitiva o condomínio ainda não estará estabelecido. A concessionária emitirá carta de liberação para ser entregue na entrada da solicitação do habite-se. Os nomes dos proprietários das unidades deverão ser informados à concessionária para facilitar as ligações definitivas individuais, que só serão feitas após a entrega do imóvel para cada proprietário. Estando tudo de acordo com o projeto aprovado, a concessionária emite sua carta de licença de instalação energética e hidráulica do imóvel. Dessa forma, a construtora pode solicitar a liberação da certidão do habite-se. Todas as cartas de liberação das concessionárias de serviços públicos serão parte integrante da documentação exigida pela Prefeitura Municipal para obtenção do habite-se. 3.4 Habite-se da Obra Os parâmetros legais para conclusão de uma obra, têm como ponto máximo, a solicitação da certidão do habite-se, que é emitido pela prefeitura. Ele pode ser solicitado via requerimento elaborado pelo representante legal do empreendimento, dentro do prazo de validade do alvará de licença, tendo em mãos os seguintes documentos: • Petição comunicando a conclusão da obra; • Cópia do alvará de licença; • Anuência do autor quanto à observância do seu projeto aprovado; • Prova de quitação do imposto territorial urbano; • Licença de instalações definitivas; • Escritura registrada do terreno. O prazo para vistoria e manifestação da autoridade fiscalizadora será de no máximo 15 dias a contar da data de protocolo. Após a primeira vistoria na obra, se for percebido algum problema no descumprimento do projeto, a prefeitura concede um prazo para ajustes quanto às disposições legais ou deverá ser aplicada multa pela modificação, condicionada à sua quitação para obtenção da certidão. A prefeitura municipal poderá, em alguns casos, conceder o habite-se parcial, liberando a moradia quando ela não oferecer riscos para os usuários da edificação, cujas unidades deverão ser independentes umas das outras. De maneira alguma o órgão expedirá o habite-se quando: As fachadas da edificação não estiverem concluídas; o acesso às partes concluídas estiver sem condições de uso ou for indispensável à utilização da parte concluída para acesso ao restante da obra; obra ainda em construção ou por construir. O prazo para os pedidos da licença de habitação são de no máximo 20 dias a partir da data de protocolo da entrada do pedido na prefeitura. Este prazo pode ser prorrogado em até o dobro do tempo, quando não se completarem as diligências que o processo exigir. 3.5 Certidão Negativa de Débito do INSS Após a solicitação da certidão do habite-se, o empreendedor deverá solicitar a certidão negativa de débito (CND) do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Este documento será emitido pela previdência social, para comprovar a regularidade de contribuições com a Seguridade Social. Ela só é válida quando emitida eletronicamente, e não serão assinadas ou carimbadas por servidor da previdência. O CND da construção é exigido quando da averbação da obra no cartório de registro de imóveis ou por ocasião da inscrição ou revalidação do memorial de incorporação no registro de imóveis. A previdência social fará um cálculo (ARO) do valor dos recolhimentos totais da obra tendo como base o CUB (Custo Unitário Básico), fornecido pelo SINDUSCON (Sindicato da Indústria da Construção Civil). Se o valor calculado for igual ou superior a 70% do recolhimento a certidão negativa será fornecida. No caso de valores inferiores, a parte interessada, pode recorrer junto a fiscalização com a demonstração da contabilidade da obra ou optar pôr pagar a diferença do cálculo estabelecido pelo INSS. O prazo de validade da CND é de 180 dias contados a partir data de sua emissão. O seu pedido deverá ser feito pela internet, nas agências da previdência social, com fornecimento pelo próprio interessado, do número de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CEI da referida obra. Será necessária a solicitação da sua baixa (cancelamento) junto ao INSS, para que não haja problemas no futuro. 3.6 Averbação da Construção Após a emissão da certidão do habite-se também pode-se averbar a construção no cartório de registro de imóveis. O interessado deverá apresentar o título a ser registrado ou averbado ao cartório competente, de acordo com a localização do imóvel. O cartório emitirá o DAJ (Documento de Arrecadação Judiciária) com o valor das custas correspondentes ao registro. O prazo para entrega do respectivo registro estará definido na guia de protocolo. Após o registro, o cartório poderá fornecer as seguintes certidões: Positiva ou negativa de propriedade; positiva de propriedade, com negativa ou positiva de ônus, de cadeia sucessória ou vintenária ou de inteiro teor. 3.7 Escritura O proprietário deverá lavrar sua escritura de valor declarado (compra e venda) para validar sua propriedade. Para isso, deverá providenciar os seguintes documentos: • Qualificação das partes (CPF, identidade, dados pessoais) ou promessa de compra e venda entre as partes; • Certidão de quitação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano); • Certidão do distribuidor do foro (em nome do vendedor); • Certidão da justiça federal (em nome do vendedor); certidãoda justiça do trabalho (em nome do vendedor); • Declaração do síndico (com firma reconhecida) que o condomínio está quitado; • Guia do ITIV (Imposto de Transmissão Intervivos). • A escritura pronta deverá ser registrada no cartório de registro de imóveis no qual está inscrito, passando a ter validade como documento. 3.8 Convenção de Condomínio Para empreendimentos residenciais outros documentos deverão ser providenciados. Um deles é a convenção de condomínio, que previamente já foi registrada em forma de minuta no registro de incorporação do empreendimento. A convenção é o contrato social do condomínio e está prevista no Código Civil. É obrigatória a sua existência para estabelecer um condomínio (art. 1.333o), assim como a elaboração do regulamento interno, que é parte integrante da convenção. Para tornar-se legal deverá ser aprovada por no mínimo 2/3 dos representantes que compõem o condomínio e deverá ser registrada no cartório de registro de imóveis. A convenção determinará: • A cota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender as despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio; • Sua forma de administração; • A competência das assembleias, forma de sua convenção e quórum exigidos para as deliberações. Todos esses itens e métodos aqui expostos têm por finalidade garantir o máximo de transparência entre a sua construtora e seus clientes e órgãos fiscais e facilitar o seu trabalho com a extensa documentação exigida pelos órgãos fiscalizadores para obter o licenciamento de obras. Dessa forma, você também evita notificações e multas. REFERÊNCIAS MARINHO, Gabriel. Etapas da obra – Tubulações complementares. Disponível em: https://gabrielmarinho.com/2017/10/09/etapas-da-obra-22-tubulacoes-eletricas-e- complementares/, acessado em: 28 de outubro de 2020. CASA & CONSTRUÇÃO. Fases da Obra – Passo 1. Disponível em: https://www.cec.com.br/blog/-fases-da-obra-passo-1?postId=81, Acessado em: 28 de outubro de 2020. FAZ FÁCIL REFORMA E CONSTRUÇÃO. Fases da Obra – Cobertura. Disponível em: https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cobertura/, Acessado em: 28 de outubro de 2020. CARMO, João. Cobertura e Telhado. Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/projeto- arquitetonico/cobertura-e-telhado, Acessado em: 28 de outubro de 2020. RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM OBRA. Alvenaria Racionalizada: primeira fiada. Disponível em: https://www.ufrgs.br/eso/content/?cat=8, Acessado em: 28 de outubro de 2020. CASA DE IRENE. Conheça as 12 etapas da construção e fique preparado para sua obra. Disponível em: https://casadeirene.com/etapas-da-construcao/, Acessado em: 28 de outubro de 2020. BLOG TOCA OBRA. Etapas de uma Obra do Inicio ao Fim. Disponível em: https://casadeirene.com/etapas-da-construcao/, Acessado em: 28 de outubro de 2020. BLOG A ARQUITETA. Conheça as 10 Etapas de uma Obra. Disponível em: https://www.aarquiteta.com.br/blog/10-etapas-de-uma-obra/, Acessado em: 28 de outubro de 2020. PLATAFORMA SIENGE. Licenciamento de Obras: Quais são os Documentos Obrigatório? Disponível em: https://www.sienge.com.br/blog/licenciamento-de- obras-quais-sao-os-documentos-obrigatorios/, Acessado em: 28 de outubro de 2020. BLOG ENTENDANTES O MUNDO DA CONSTRUÇÃO. Etapas do Planejamento de obras, quais são elas? Disponível em: https://entendaantes.com.br/etapas-do- planejamento-de-obras/, Acessado em: 28 de outubro de 2020. BLOG ENTENDANTES O MUNDO DA CONSTRUÇÃO. Fase de acabamento da construção! Disponível em: https://entendaantes.com.br/fase-de-acabamentos-da- construcao-o-guia-especial-para-voce-entenda-antes/, Acessado em: 28 de outubro de 2020. https://gabrielmarinho.com/2017/10/09/etapas-da-obra-22-tubulacoes-eletricas-e-complementares/ https://gabrielmarinho.com/2017/10/09/etapas-da-obra-22-tubulacoes-eletricas-e-complementares/ https://www.cec.com.br/blog/-fases-da-obra-passo-1?postId=81 https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cobertura/ https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/projeto-arquitetonico/cobertura-e-telhado https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/projeto-arquitetonico/cobertura-e-telhado https://www.ufrgs.br/eso/content/?cat=8 https://casadeirene.com/etapas-da-construcao/ https://casadeirene.com/etapas-da-construcao/ https://www.aarquiteta.com.br/blog/10-etapas-de-uma-obra/ https://www.sienge.com.br/blog/licenciamento-de-obras-quais-sao-os-documentos-obrigatorios/ https://www.sienge.com.br/blog/licenciamento-de-obras-quais-sao-os-documentos-obrigatorios/ https://entendaantes.com.br/etapas-do-planejamento-de-obras/ https://entendaantes.com.br/etapas-do-planejamento-de-obras/ https://entendaantes.com.br/fase-de-acabamentos-da-construcao-o-guia-especial-para-voce-entenda-antes/ https://entendaantes.com.br/fase-de-acabamentos-da-construcao-o-guia-especial-para-voce-entenda-antes/
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