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Seminário Patricia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS – UNIPAM 
CURSO: PSICOLOGIA 9º 
DISCIPLINA: TOPICOS INTEGRADORES II 
PROFESSOR: PATRÍCIA DE FÁTIMA PANTALEÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO CLÍNICO: Abordagem familiar na TCC 
 
 
 
 
ANA VITÓRIA CUNHA SUCUPIRA 
CINTHIA LOUISE MONTEIRO CRUZ 
EVA CAROLLYNA DE LIMA MARTINS 
ISADORA SOARES DA SILVA 
SUELLEN CRISTINA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOS DE MINAS 
2020 
 
 
ANA VITÓRIA CUNHA SUCUPIRA 
CINTHIA LOUISE MONTEIRO CRUZ 
EVA CAROLLYNA DE LIMA MARTINS 
ISADORA SOARES DA SILVA 
SUELLEN CRISTINA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO CLÍNICO: Abordagem familiar na TCC 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial 
de avaliação na disciplina Tópicos 
Integradores II do curso de Psicologia do 
Centro Universitário de Patos de Minas, sob 
orientação do professor Mestre Patricia de 
Fátima Pantaleão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOS DE MINAS 
2020 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 – HISTÓRICO DA FAMÍLIA A. ................................................................................................................. 3 
2 - GENOGRAMA ..................................................................................................................................... 4 
3 - HIPÓTESES .......................................................................................................................................... 5 
4 - PLANEJAMENTOS DA INTERVENÇÃO ................................................................................................. 5 
5- RESULTADOS ....................................................................................................................................... 9 
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 10 
 
3 
 
 
1 – HISTÓRICO DA FAMÍLIA A. 
 Família nuclear, casal S. (35 anos?) e L. (27 anos) três filhos - L. (12 anos), M. (6 
anos) e G (6 anos) - vínculos relacionais fragilizados, principalmente entre o pai S. e a 
paciente L., caracterizado por pouca intensidade emocional e pouca proximidade. Além disso, 
os limites e fronteiras são difusos tanto em relação à família nuclear quanto a família extensa 
paterna, visto que os filhos são cuidados pela avó para que os pais possam trabalhar e esta 
exerce grade influência dentro da família. No entanto, existem fronteiras rígidas em relação à 
família extensa materna inclusive em relação a visitas. Existe pouca comunicação entre os 
membros da família, tanto entre o casal, quanto entre o pai e L. filha do casal. 
Com relação aos papéis existem alguns pontos importantes, a filha L. exerce o papel 
de mãe, além disso, exerce uma responsabilidade relevante com relação às tarefas da casa e 
com relação aos irmãos. A mãe é desorganizada, depressiva, não demonstra interesse no 
cuidado e relacionamento com os filhos, trabalha como auxiliar de serviços gerais durante o 
dia e faz o jantar a noite e todas as outras tarefas ficam destinadas ao pai S. ou a filha L. O pai 
é autoritário, exigente, organizado, trabalha durante o dia com serviços gerais e a noite auxilia 
os filhos menores nos deveres de casa. L. a filha é introvertida, tem dificuldade de expressar 
sentimentos, grande senso de responsabilidades e dificuldades de falar não para a mãe. M. e 
G. são gêmeos idênticos, são agitados, fazem psicoterapia e tem relação muito próxima com o 
pai. 
Na família não existem regras ou normas claras e explícitas. As regras são 
estabelecidas conforme o humor dos pais e relação estabelecida entre o casal. Não existem 
consistência e coerência no estabelecimento das mesmas. 
A família se encontra tanto no ciclo de vida familiar, famílias com filhos pequenos, 
quanto no ciclo familiar, famílias com filhos adolescentes. 
 
1.1 Queixa 
O motivo da procura do atendimento foi segundo a família que L. estava enfrentando 
dificuldades para lidar com a adolescência, estava rebelde, não queria realizar as tarefas 
domesticas que lhe eram destinadas, ficava isolada no quarto, além disso, quando realizava as 
tarefas que lhe eram dedicadas era visando algum interesse. 
4 
 
 
2 - GENOGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
 
 
3 - HIPÓTESES 
A paciente L. apresenta perfil de personalidade esquiva. Tem crenças relacionadas à 
inadequação e incompetência, fortemente associadas às criticas recebidas pelo pai. Apresenta 
estratégias compensatórias relacionadas ao perfil dependente no que referente a fazer tudo 
pelos outros, além de apresentar apego forte. Esse comportamento aderente liga-se a forma 
como a mãe se comporta dentro da dinâmica familiar. A paciente não tem assertividade, tem 
dificuldades de tomar decisões e de dizer não para as outras pessoas, 
Quanto aos modelos parentais o pai apresenta um estilo parental autoritário, além de 
apresentar um perfil obsessivo, é muito crítico, o que reforça as crenças de inadequação e 
incompetência da paciente. No que se refere à mãe, apresenta um perfil dependente e um 
estilo parental permissivo, a mãe reforça na paciente as estratégias de submissão e a crença 
desamparo. A paciente não consegue ser assertiva com os pais, devido ao seu perfil esquivo, 
então utiliza estratégias de isolamento social. 
Outro fator importante é a dinâmica do relacionamento do casal, o casal não tem 
diálogo e comunicação, existe uma forte triangulação entre o pai, a mãe e a paciente L. que é 
sempre arrastada para os conflitos entre do casal. A mãe espera que L. resolva os problemas 
conjugais do casal e sempre utiliza a paciente como uma espécie de confidente. 
 Conflitos conjugais; 
 Casal não consegue estabelecer concordância com relação a administração da casa e a 
criação dos filhos; 
 Pouca assertividade no diálogo familiar; 
 Casal tem a tendência a terceirizar suas responsabilidades em relação aos filhos; 
 Triangulação na relação pai, mãe e filha. 
 Parentalização na relação pai e M. e G. 
1.2 Acordo sobre o tratamentoFoi acordado com os pais que seriam realizadas intervenções individuais com a 
paciente L. e, além disso, intervenções com os pais para serem realizadas técnicas de 
orientação a pais. 
4 - PLANEJAMENTOS DA INTERVENÇÃO 
Sessões: 1 sessão por mês com os pais; 
Estratégia: 
 Auxiliar os pais para que resolvam seus conflitos sem a presença dos filhos; 
6 
 
 
 Reestruturar os papéis familiares, para que cada assuma seu papel dentro da dinâmica 
familiar; 
 Desenvolver em L. a capacidade de expressar assertivamente em relação aos pais 
sentimentos e emoções. 
 Auxiliar os pais a estabelecerem regras e limites claros, consistentes e coerentes no 
ambiente familiar; 
 Auxiliar no fortalecimento de vínculos entre os membros da família. 
Técnicas: 
 Orientação a pais; 
 Treino de assertividade; 
 Roleplay 
 Questionamento socrático e exame de evidências 
 
Sessão 1 
Entrevista inicial, questionamento socrático e exame de evidências. 
O objetivo desta técnica era ampliar a queixa, além de explorar a dinâmica familiar e a forma 
como os pais visualizam a filha. Para além disso, foram utilizadas alguns questionamentos 
para posicionar os pais no papel de autoridades da família, e para fazê-lo identificar a 
desigualdade na distribuição da responsabilidade dentro da casa. 
Macedo e Carrasco (apud FRAGA, 2016), dizem que a entrevista em saúde mental, é 
um recurso importante e fundamental que o psicólogo utiliza em seu trabalho. De acordo com 
Morrison (2010) uma entrevista clínica é mais que apenas incentivar os indivíduos a falarem 
sobre si mesmos. Neste sentido a entrevista caracteriza-se como uma técnica de diálogo que 
tem por finalidade fundamental possibilitar que o psicólogo busque dados sobre o seu cliente 
(MACEDO; CARRASCO apud FRAGA, 2016). 
Para se qualificar como bom entrevistador, um profissional deve saber trabalhar com 
uma gama de personalidades e de problemas tais como: deixar o paciente informativo falar 
mais livremente, orientar o divagador, estimular o silencioso e pacificar o hostil. Além disso, 
os bons entrevistadores compartilham entre si três características: adquirem o maior número 
possível de informações relevantes para o diagnóstico e para o tratamento; são breves e 
objetivos em relação ao tempo, bem como são eficazes em criar e manter um bom rapport 
com o paciente. (MORRISON, 2010). 
Após a conclusão de uma entrevista inicial o entrevistador deve ter conseguido além 
de obter informações de seu paciente, também estabelecer um bom relacionamento de 
7 
 
 
trabalho. Dentre as informações podem se destacar: relato detalhado com os sintomas atuais, 
doenças anteriores, medicamentos, relacionamentos familiares e sociais, riscos à saúde, ou 
seja, tudo que influencia a vida e a saúde mental do paciente, além de exame do estado 
mental, que é uma avaliação de pensamentos e comportamentos atuais do paciente 
(MORRISON, 2010). 
Durante o tratamento, utiliza-se a abordagem colaborativa e psicoeducativa, com 
experiências específicas de aprendizagem desenhadas com o objetivo de ensinar o paciente a: 
1. Monitorar e identificar pensamentos automáticos; 
2. Reconhecer as relações entre cognição, afeto e comportamento; 
3. Testar a validade de pensamentos automáticos e crenças nucleares; 
4. Corrigir conceitualizações tendenciosas, substituindo pensamentos distorcidos por 
cognições realistas; 
5. Identificar e alterar crenças, pressupostos ou esquemas subjacentes e padrões 
disfuncionais de pensamentos (KNAPP; BECK, 2008). 
Além da entrevista Beck (1976 apud GUIMARÃES, 2011), concorda com o exposto 
acima ao dizer que as pessoas desenvolvem e mantêm crenças básicas com as quais formam 
seu olhar sobre a visão de si próprias, do mundo e do futuro. Partindo deste ponto, terapeuta e 
paciente trabalham juntos para identificar distorções cognitivas, que são pensamentos, 
pressupostos e crenças presentes nos transtornos psicológicos. A terapia visa a modificação 
desses pensamentos e do sistema de crenças, o que resulta na melhora do humor e do 
comportamento do indivíduo. 
Nesse sentido a prática da terapia cognitiva, tem sido utilizada no tratamento de 
diversos transtornos, tais como, ansiedade generalizada, pânico, fobias, transtornos 
alimentares e outros. 
Para Chaighead et al. (1994 apud GUIMARÃES, 2011) a desconstrução de cognições 
negativas requer treinamento do paciente e uso de métodos específicos de avaliação, bem 
como questionamento de suas crenças e estilos atributivos, que incluem: 
 Distanciamento – reavaliação das crenças e dos critérios de julgamento, tornando-
os explícitos e testando sua validade. 
 Descentralização - busca de evidências de que a pessoa não é o foco de todas as 
atenções. 
Sessão 2 
Orientação a pais, treino de assertividade e roleplay 
8 
 
 
 O objetivo da referente técnica era auxiliar aos pais a se expressarem de forma clara e 
objetiva em relação aos filhos, estabelecer regras consistentes, além de treinar a inversão de 
papéis. 
O treinamento do comportamento assertivo tem como finalidade ensinar formas 
socialmente adequadas para comunicação verbal e motora de emoções. A prática assertiva 
inclui a expressão de afetos e opiniões de modo direto e a conquista de um tratamento justo, 
igualitário e livre de demandas abusivas (GUIMARÃES, 2011). 
Esta técnica consiste em orientar o paciente a emitir respostas adequadas em situações 
específicas ou treiná-lo por meio de ensaio comportamental que inclui: 
 e treino no 
reconhecimento de respostas assertivas, agressivas e passivas. 
 
 
 Treino de respostas adequadas através de ensaio comportamental (role‐playing), 
reproduzindo situações da vida real que geram desconforto. 
 
 
 melhor uso dos resultados de 
seu comportamento. 
 Experimentação programada no ambiente natural em que as situações indesejáveis 
ocorrem. 
 Apresentação de feedback ao paciente, para determinação da eficácia do 
procedimento, com análise dos antecedentes, características da resposta emitida e 
seus consequentes. 
O treinamento assertivo pode ser aplicado dentro de uma orientação a pais. Uma 
vez, que sabe-se que os pais têm papel considerável no desenvolvimento dos filhos e que seus 
estilos parentais possuem uma relação com os comportamentos das crianças, é fundamental a 
participação ativa dos pais na terapia dos filhos para se obter maiores benefícios (LOBO; 
FLACH; ANDRETTA, 2011). 
Segundo Lobo, Flach e Andretta (2011), a orientação à pais tem como objetivo de 
mudar as maneiras permissivas, punitivas e incoerentes das práticas parentais, que podem vir 
a causar algum problema na criança, para um modo comportamental parental que seja 
satisfatório na criação dos filhos. Outro objetivo nessa modalidade é melhorar os vínculos 
entre os pais e filhos (LOBO; FLACH; ANDRETTA, 2011). 
9 
 
 
Nesse sentido, de acordo com Pacheco, Teixeira e Gomes (1999), os pais que são 
classificados com estilo parental autoritário buscam comandar as ações e comportamentos de 
seus filhos com base em determinado padrão, desejando que as regras sejam obedecidas sem 
que haja explicações. Os pais com este estilo parental focalizam a obediência, respeito pela 
autoridade e a ordem, não incentivando a conversa com os filhos. Para Cardoso e Verissimo 
(2013), as crianças que possuem pais pertencentes a este estilo tentem a terem prejuízos 
como: ter valores mais reduzidos no autoconceito, a ser mais apreensivas, receosas, inseguras, 
agressivas, dependentes, socialmente inibidas, com dificuldades na regulação das emoções e 
insatisfação, tendem aindaa ter mais comportamentos de externalização e delinquência, e 
parecem ter níveis reduzidos de responsabilidade social. 
Os autores afirmam que os pais denominados autoritativos, são firmes nas regras 
estabelecidas. Quando as mesmas não são cumpridas, não utilizam da punição. Os mesmos 
são carinhosos, incentivam a conversa, reconhecem os direitos de ambos, encorajam a opinião 
dos filhos, validam o comportamento maduro e enfatizam a responsabilidade social. 
Cardoso e Veríssimo (2013), afirmam que os filhos de pais autoritativos parecem ser 
crianças com melhor desempenho acadêmico, mais competentes e pró-sociais e terem menos 
problemas de internalização e externalização. 
Já o estilo parental permissivo é caracterizado por pais que aceitam os 
comportamentos dos filhos e apresentam pouco controle e autoridade (CARDOSO; 
VERÍSSIMO, 2013, apud MAGNANI; STAUDT, 2018). Baumrind (1966, apud MAGNANI; 
STAUDT, 2018), afirma que estes pais, não atuam ativamente como modelos de seus filhos e 
exigem pouco deles, autorizando assim, que eles próprios controlem suas ações. 
De acordo com Cardoso e Veríssimo (2013), filhos de pais com estilo parental 
permissivo possuem comprometimento no desenvolvimento acadêmico e social, à sua 
assertividade e responsabilidade social, demonstrando dificuldades na autonomia, regulação 
das emoções, baixos níveis de autocontrole, autoconfiança, autoestima, persistência e de 
realização, imaturidade, dependência, impulsividade e agressividade, bem como mais 
comportamentos disruptivos. 
5- RESULTADOS 
Não foram realizadas todas as sessões esperadas incialmente, no entanto foram 
realizadas duas sessões, uma com ambos os pais, e outra apenas com a mãe. Os resultados 
esperados, não foram alcançados, pois, na primeira sessão o pai se mostrou resistente e 
inflexível com relação à terapia, já a mãe mostrou-se um pouco mais aberta para as perguntas 
10 
 
 
e sugestões. Não foi possível ampliar muito a queixa e nem fazer muitos questionamentos, 
uma vez que ambos estavam conversando em uma espécie de metáfora, onde um 
responsabilizava o outro pela situação da filha. 
Já na segunda sessão o pai não quis mais se engajar na terapia disse que era uma 
bobagem e que não ia mais participar, além disso, todas as sugestões e estratégias construídas 
no consultório não eram replicadas no ambiente familiar. Por fim não houve adesão da família 
ao processo terapêutico, tornando inclusive inviável o processo de melhora da paciente. 
 
6 REFERÊNCIAS 
CAMPOS, Ana Emília Rosa. Estilo parental percebido e desempenho escolar de adolescentes 
do Ensino Médio de duas escolas das redes pública e privada da cidade do Salvador (Bahia), 
Brasil. Rev. Lusófona de Educação, Lisboa , n. 7, p. 192, 2006 . Disponível em 
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-
72502006000100018&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 05 dez. 2019. 
 
CARDOSO, Jordana; VERISSIMO, Manuela. Estilos parentais e relações de vinculação. 
Aná. Psicológica, Lisboa , v. 31, n. 4, p. 393-406, dez. 2013 . Disponível em 
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-
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FALCKE, Denise; ROSA, Larissa Wolff da; STEIGLEDER, Victor Amadeu Thomazi. 
Estilos parentais em famílias com filhos em idade escolar. Gerais, Rev. Interinst. Psicol., 
Juiz de fora, v. 5, n. 2, p. 282-293, dez. 2012. Disponível em 
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FRAGA, Jéssica Buthers Lima Ferraz. As contribuições da entrevista inicial para o processo 
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