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Modelo Contestação Trabalhista

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P ROBLEMA
Joana ajuizou a Reclamação Trabalhista em desfavor de seu ex-empregador Supermercado Pague Menos SA. A ação tramita perante a 2ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto, sob o n. 2211/2020. Na petição inicial, a trabalhadora Joana relata que aderiu ao plano de demissão de incentivada realizado pelo ex-empregador, com a regular participação do sindicato de classe, mediante acordo coletivo de trabalho, concordando, expressamente, em receber as verbas rescisórias e a indenização adicional. Sem fazer qualquer ressalvas no acordo, mesmo assim, após a rescisão do contrato, Joana se sentiu no prejuízo e, por isso, ajuizou a ação trabalhista, entendendo fazer jus ao recebimento de horas extras de sobrejornada, pois, conforme a peça inicial, trabalhava das 8h00 às 18h00, com 2h00 de intervalo para alimentação, de segunda a sexta-feira, e das 8h00 às 12h00, nos sábados. Além disso, Joana esclarece que passou a sofrer de depressão, por conta do trabalho, e pede a indenização por danos estéticos. A ex-empregadora foi notificada acerca da ação trabalhista.
Como advogado do ex-empregador, Supermercado Pague Menos SA, elabore a peça prático-profissional adequada.
RESPOSTA:
EGRÉGIO JUÍZO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE RIBEIRÃO PRETO, SÃO PAULO. 
Autos n. 2211/2020
SUPERMERCADO PAGUE MENOS SA, já qualificado nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe promove JOANA, por intermédio de seu procurador judicial adiante subscrito (instrumento de mandado incluso), vem com as reverências de estilo, com fulcro no artigo 847, da CLT, apresentar CONTESTAÇÃO, nos termos dos substratos fáticos e jurídicos a seguir:
1 BREVE SÍNTESE DOS FATOS
A reclamante Joana relata que aderiu ao plano de demissão de incentivada realizado pelo Reclamado, com a regular participação do sindicato de classe, mediante acordo coletivo de trabalho, concordando, expressamente, em receber as verbas rescisórias e a indenização adicional. 
Contudo, depois de reincidido o contrato, sem haver qualquer ressalva no acordo, Joana se sentiu no prejuízo e, em razão disso ingressou com a ação trabalhista. Reivindica horas extras de sobre jornada, indicando seu horário de segunda a sexta-feira das 8h00 às 18h00, com 2h00 de intervalo para alimentação, e nos sábados das 8h00 às 12h00. Ademais pede indenização por danos estéticos, alegando sofrer de depressão em decorrência do trabalho. 
2 PREJUDICIAL DE MÉRITO
2.1 Plano de demissão incentivada (PDI)
A Reclamante aderiu ao Plano de Desligamento Incentivado (PDI), com a participação regular do sindicato de classe, mediante acordo coletivo, auferindo assim além das verbas rescisórias, outras vantagens que não seriam devidas caso dispensada imotivadamente, tendo, toda via, como uma das premissas a quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, consoante previsão do artigo 477-B da CLT, trazido pela Reforma Trabalhista. 
A reclamante consentiu expressamente com o acordo e em momento algum manifestou alguma ressalva a respeito. Conforme prevê o artigo 849 do Código Civil, esse tipo de ato só é anulável em razão de dolo, coação ou erro. Neste caso não há nenhuma prova de vício de vontade que macule a transação extrajudicial. 
Posto isto, é totalmente lícito o acordo extrajudicial por meio do qual a empregada foi desligada da empresa. O mero arrependimento do empregado pela assinatura do PDI não justifica a requisição de direitos trabalhistas na Justiça, o ato de ingressar com a deferida ação torna clara a tentativa ludibria da Reclamada de obter para si vantagem, enriquecimento ilícito. 
3 DEFESA DE MÉRITO
3.1 Da inexistência de horas extras 
A Reclamante não faz jus ao pleito atinente ao pagamento de horas extras, tendo em vista a conformidade da jornada estabelecida pela Reclamante com as normas que regem o âmbito trabalhista. De acordo com a descrição da própria, sua jornada de trabalho consistia: das 8h00 às 18h00, com 2h00 de intervalo para alimentação, de segunda a sexta-feira, e das 8h00 às 12h00, nos sábados. 
Desta forma a mesma trabalhava 8 horas por dia, de segunda a sexta-feira, estando de acordo com o artigo 58 da CLT e, também, com o artigo 7º, inciso XIII da Constituição Federal. 
Logo cumpria 40 horas semanais, em um regime de 44 horas semanais, ainda sobram 4 horas de labor para cumprir, tais horas podem e eram cumpridas aos sábados, sem que seja necessário o pagamento de horas extras. 
Diante da situação exposta o pedido se faz totalmente inconcebível. 
3.2 Da não ocorrência do dano estético 
Os danos estéticos são considerados uma subcategoria inserida em danos morais, estima-se determinada violação à integridade física e à imagem da vítima, ainda que se tratando de tema totalmente amplo e sem demarcação. Isto é, para inferir tal dano, espera-se que a vítima venha a ter sofrido tal acontecimento que a tenha prejudicado fisicamente, tal fato que, venha a caracterizar uma lesão à sua imagem, à sua autoestima. 
A Reclamante diz sofrer de depressão, um quadro clínico e não estético, com isso, confirma-se que a lesão alegada não tem qualquer vinculação com a descrição de dano estético. É clara a intenção do Reclamante de obter para si vantagem, enriquecimento ilícito. 
3 CONCLUSÃO
Ante ao exposto
REQUER, de Vossa Excelência 
3.1 Que seja mantido o Plano de Desligamento Incentivado  (PDI) e a quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia
3.2 Que haja por bem em julgar improcedente os pedidos da reclamação trabalhista, quais sejam: 
a) Horas extras sobrejornada 
b) Indenização por dano estético
Condenando o reclamante no pagamento de custas e defesas processuais. 
Protesta se provar o alegado por todos os meios de prova, especialmente juntada de documentos, depoimentos testemunhais e pessoal e perícia. 
Termos em que, 
cumpridas as formalidades de praxe, 
pede-se e espera-se o deferimento. 
Local e data
OAB/SP

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