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RESPOSTA - CASO CONCRETO SEMANA 9 - FLORICULTURA

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DION ALIF CRUZ DE SOUZA
MAT: 201510756868
Caso Concreto semana 9 
Professora: Ana Marques
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 50º DO TRABALHO DA JOÃO PESSOA-PB
Processo nº: 98.765
Reclamante: Estela
Reclamada: Floricultura Flores Bela Ltda.
Floricultura Flores Bela Ltda., Pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº (...), Endereço Eletrônico, inscrita no CNPJ nº (...), com estabelecimento no endereço (...), Cidade-Estado, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu advogado, conforme procuração em Anexo, apresentar:
CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO
Com fulcro nos artigos 847 da CLT, juntamente com o Artigo 343 do CPC, à Reclamação Trabalhista ajuizada por Estela, devidamente qualificada nos autos identificados em epígrafe, fazendo-o com base nos fatos e fundamentos jurídicos que passa expor:
1. PRELIMINARMENTE
A reclamante requer a aplicação de penalidade cominada no art. 49 da CLT contra os sócios da ré. Aduz que foi obrigada a assinar um documento autorizando a subtração mensal, contra a sua vontade, para aderir ao desconto para plano de saúde. 
Todavia, vemos que nos termos do artigo 114, IX, da Constituição Federal, é competência da justiça do trabalho processar e julgar controvérsia as decorrentes da relação de trabalho, não abrangendo penalidade Criminal:
 		Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
Com o presente exposto, vemos que a reclamante alega matéria Criminal no qual este juízo não é competente para devida matéria. Consubstanciando com o artigo 337, Inciso II do CPC, que este tem aplicação subsidiaria em questões no qual a CLT for omissa, vemos que cabe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar a incompetência absoluta e relativa. 
	Diante narrado, o pedido de penalidade criminal contra os sócios da ré não pode ser pleiteado neste juízo, em razão da incompetência absoluta da Justiça do Trabalho
2. PREJUDICIAL DO MÉRITO
2.1 DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
O Reclamante alega em sua Reclamação Trabalhista que foi contratado em 25/10/2012 e dispensada em 29/12/2017, vindo a apresentar a sua Reclamação Trabalhista apenas em 27/02/2018. 
No entanto, no sentido de estabelecer a pacificação social e a certeza jurídica, temos o inciso XXIX do artigo 7º da Constituição Federal e o artigo 11 da CLT que estabeleceram o mesmo prazo prescricional, qual seja: os últimos 5 anos de contrato, contados do ajuizamento da ação:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria:
 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
Corroborando com este entendimento temos a Súmula 308 do insigne Tribunal Superior do Trabalho que esclarece que:
 "A prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da ação (...)". Portanto, não deixa dúvidas quanto à prescrição quinquenal imposta pela Constituição Federal.
Pelo exposto, requer de Vossa Excelência, a extinção parcial do processo com Resolução do Mérito no período anterior à data de 27/02/2013.	
Diante do exposto acima, na sequência será abordado o Síntese fática e o Mérito da Ação.
3. DA SÍNTESE FÁTICA
Excelência, a reclamante alega que foi contratada pela Floricultura Flores Belas Ltda em 25.10.2012, para trabalhar como floricultora, recebendo a importância de 2 salários mínimos por mês. 
Informou a este Juízo que sua jornada de trabalho se estendia de segunda a sexta, no horário de 10 h as 20 h, com duas horas de intervalo para almoço, além de trabalhar 4 horas no sábado, de 16 às 20h, sem intervalo nos sábados. Por isso pediu direito a horas extras com adição de 50 % que a autora requereu. 
Alega também que foi teve seu contrato Extinto no dia 29.12.2017, onde recebeu todas as suas verbas devidas conforme se verifica nos documentos que seguem em anexo. 
Alega ainda a reclamante que se sentiu prejudicada por trabalhar com flores que continham espinhos, exigindo que seja aplicada uma pena contra esta empresa por se furar nos espinhos das flores que a referida Floricultora manipulava. 
	Alega a reclamante sobretudo que suas verbas resilitórias foram creditadas na sua conta 20 dias após a comunicação do aviso prévio, já que este foi concedido de forma indenizada, extrapolando o prazo legal. Por isso lhe alcança a multa do artigo 477 §8 da CLT. 
	E por fim, a reclamante alega que aderiu um desconto no plano de saúde contra sua vontade, embora assinando-o no momento que foi admitida na empresa, pelo longo período que prestou seu serviço. 
	Com tudo excelência, conforme se verifica nas alegações da reclamante, não há como prosperar tais pretensões, visto que se encontra em total desacordo com a legislação vigente, consoante será demonstrado a seguir
4. DO MÉRITO
Excelência, conforme a própria narrativa exposta pelo reclamante, alinhada aos fatos que se comprovam e a sapiência da legislação Atual aplicada aos fatos, verifica-se que a reclamante não ser detentora dos direitos que alega. Diante disto, apresento a este juízo a impugnação dos fatos e motivos pelos quais as alegações do reclamante não merecem prosperar. 
4.1 DO PLANO DE SAÚDE
MM juiz, a Reclamante afirma que foi coagida a aderir ao desconto do plano de saúde, no momento da admissão, contra sua vontade. O Documento segue em anexo, e este é o documento que prevê autorização para subtração mensal. 
Conforme se verifica no artigo 818, inciso i da CLT, estabelecem que o ônus da prova incumbe ao reclamante quanto fato constitutivo do seu direito: 
		Art. 818. O ônus da prova incumbe: 
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
Ademais, Não comprovado o vício, a Súmula 342 do TST permite o desconto do salário do empregador, conforme autorização prévia:
Súmula nº 342 do TST
DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
‘’Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico’’.
Sendo assim, o desconto a título do plano de saúde ocorreu dentro da legalidade, sem qualquer vício de vontade em relação à assinatura, já que é válida a autorização de desconto feita no momento da admissão. Não deve portanto, prosperar a alegação do reclamante
4.2 DO ADICIONAL DE PENOSIDADE
Excelência, a reclamante ainda requer o valor do adicional de penosidade na razão dos 30 % do salário base, porque, no exercício da atividade, era furada pelos espinhos das flores que manuseava. 
 
	Vejamos o que diz o artigo 7º inciso XXIII, nestes termos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
Apesar de haver previsão constitucional do artigo que a mesma fundamenta seu pedido, verifica-se que ainda há ausência de regulamentação do artigo 7º, inciso XXIII, portanto, o pedido de adicional na proporção de 30 % não deve prosperar, uma vez que não há ainda legislação pertinente que regule o direito. 
4.3 DAS HORAS EXTRAS
A reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras na adição de 50%, em razão da jornada de trabalho, laborava de segunda a sexta-feira,das 10h às 20h, com intervalo de 2 horas para refeição, e aos sábados, das 16 às 20h, sem intervalo, totalizando 44 horas semanais. 
Excelência, esta empresa tem buscado agir dentro que rege a legislação, e o artigo 58 da CLT, diz:
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
Conforme se verifica, e somado ao artigo 7, inciso XIII da CF/88, conclui-se que a duração de trabalho normal não será superior às 8 horas diárias e 44 horas semanais. Importante complementar informações ao horário alegado, vejamos o que diz também o artigo 71 §2 da CLT: 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
Com a devida análise do artigo, vemos que as horas de intervalo não são computados e que as 4 horas semanais não lhe dão ao direito de horas de intervalo. Sendo assim, a reclamante não faz jus ao recebimento das horas extras pleiteadas, pois o módulo constitucional de 8 horas diárias e 44h semanais e não foi ultrapassado. 
4.4 DA MULTA DO ARTIGO 477 § 8 DA CLT
A reclamante verbera por fim que o pagamento das verbas resilitórias extrapolou o prazo legal, tendo sido pago 20 dias após a comunicação do aviso prévio. 
De fato, excelência, o pagamento se deu 20 dias após o aviso prévio. O referido artigo mencionado como sustentação do direito pelo autor prevê que os valores resilitórios deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do TERMINO do contrato de trabalho: 
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 6o A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato.
Vemos portanto, que a data do valor considerado segue conforme comunicação do AVISO PRÉVIO, e o aviso prévio deverá ser projetado no contrato de trabalho. Verifica-se que houve um pequeno equívoco por parte da reclamante ao mencionar o referido artigo. Devendo este direito requerido não prosperar perante este juízo. 
5. DA RECONVENÇÃO
5.1 REQUISITOS DA RECONVENÇÃO
Excelência, Na convergência do disposto no artigo 343, do CPC 2015, na contestação é lícito ao réu propor Reconvenção, para anunciar pretensão própria, conexa com a ação principal ou fundado na defesa, estando previstos os requisitos necessários para propor reconvenção, quais sejam: A Legitimidade ativa e passiva (as partes envolvidas no presente procedimento são as mesmas do pleito reconvencional) ; E a conexão (vez que o empregado não faz jus às horas extras pleiteadas, pleiteando direito indevido, buscando o peticionante o ressarcimento de danos dolosamente provocados pelo Reconvindo). Segue a transcrição do artigo 343, CPC:
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Demonstrados os requisitos da Reconvenção, passa-se à pretensão reconvencional.
5.2 DO PEDIDO RECONVENCIONAL
MM Juíz, a reclamante ao ser cientificada do aviso prévio teve ua reação agressiva, gritando e alegando ser injustiçada, sendo necessário que os seguranças a segurassem e a acompanhassem até a saída da empresa. Quando a Mesma saía, decidiu por animus nocendi, pegar uma pedra e atirar violentamente contra o prédio da reclamada, vindo a uma das vidraças. A empresa gastou R$ 300,00 (trezentos reais) na recolocação do vidro, conforme segue a nota fiscal em anexo. Conforme se verifica no artigo 186, juntamente com o artigo 927 do mesmo diploma legal, CC, aquele que por ato ilícito causar dano, deve repará-lo, vejamos os artigos citados, in verbis: 
		Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Tendo em vista o ocorrido narrado, requer a vossa excelência que a reclamante arque com os prejuízos no valor de R$ 300,00 (trezentos reais) relativo ao vidro quebrado pela reclamante. 
6. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Excelência, com o consequente artigo 791-A, da CLT, relativos ao advogado os horários de sucumbência, com complementariedade do Teor do § 5 do referido parágrafo, requer, perante este juízo, a condenação do reclamante-recovindo a condenação também dos ônus sumcubenciais, na proporção de 15 % a luz do que indicado nos artigos transcritos:
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.
Reconhecendo o notório senso de justiça deste juízo, vem o reconvinte requerer o reconhecimento do efetivo prejuízo pecuniário para que se dê a condenação do Reconvindo no valor acima mencionado. 
7. DOS PEDIDOS
		
Em face de todo os exposto, roga a contestante que vossa Excelência receba a presente contestação com reconvenção, dando-lhe total procedência, assim como os pedidos que seguem:
1 – O acolhimento da preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho em sede de condenação criminal, conforme artigo 337, II do CPC e Art. 114 IX da Constituição Federal;
2 – O acolhimento da prejudicial de mérito, quanto a prescrição quinquenal das pretensões anteriores a 27.02.2013, data do ajuizamento da ação, nos termos da súmula 308, I, do TST;
3 – Ultrapassada as preliminares e prejudiciais de mérito, Requer a vossa excelência, que sejam julgada procedente as impugnações elencadas no mérito, com o improcedência do plano de saúde conforme art. 818 CLT, Do adicional de penosidade conforme falta de regulamentação do art. 7 XXIII da CF, do adicional das horas extras conforme art. 58 CLT e da multa do Art. 477 §8 tendo em vista o §6 do mesmo artigo;
4 – Requer a condenação da reclamante em custas processuais e honorários advocatícios;
5 – Requer o deferimento da pretensão reconvencional, condenando a reclamante-reconvindo ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de RS 300,00 (trezentos reais) acrescidos de juros e correção monetária, bem como sua condenação ao pagamento de honorários advocatícios, com base no art. 791-A CLT, §5
8. DO VALOR DA CAUSA NA RECONVENÇÃO
Excelência, dá se o valor do pedido reconvencional o valor de R$ 300,00 (trezentos Reais). 
9. PROVAS
Requer e protesta, por fim, o direito a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial, a prova documental, testemunhal e o depoimento das partes.
 
Nestes Termos, Pede Deferimento
Local, Data
Advogado OAB/UF Nº(...)

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