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Tecido epitelial

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Bruna França P1/ Medicina UFAL 
Tecido epitelial 
Definir e conhecer as principais 
|unçõ{s qu{ os {p�tél�os {x{ry{m 
É formado por células que revestem superfícies e 
que secretam moléculas, tendo pouca matriz 
extracelular. 
Principais funções são revestimento externo e 
interno (proteção, absorção de íons e de 
moléculas, percepção de estímulos) e secreção 
ora por células de revestimento, ora por células 
que se reúnem para constituir estruturas 
especiais: glândula. Além disso, algumas células 
tem função contrativa como as mioepiteliais. 
Características: células poliédricas devido serem 
justapostas, com muitas faces e há pouca 
substância intracelular entre elas, se aderem 
firmemente umas as outras por meio de junções 
intercelulares. O núcleo tem forma variada e 
acompanha, geralmente, a forma das células. 
Praticamente, todos os epitélios estão apoiados 
sobre o conjuntivo – esse recebe nome de lâmina 
própria em órgãos ocos. 
Porção basal: voltada ao tecido conjuntivo 
Porção apical: voltada para a cavidade ou espaço 
Con~{y{r w or�}{m zos {p�tél�os, w 
pwrt�r zos três |ol~{tos }{rm�nwt�vos 
o Ectoderma: camada germinativa mais 
externa. 
- Ectoderma superficial: dá origem a 
epiderme e seus derivados, epitélios da 
córnea e da lente (cristalino) do olho, 
órgão do esmalte e esmalte dos dentes, 
componentes da orelha interna, adeno-
hipófise, mucosa da cavidade oral e da 
parte inferior do canal anal. 
- Neuroectoderma: dá origem ao tubo 
neural e seus derivados, incluindo 
componentes do SNC, crista neural e 
seus derivados, incluindo componentes do 
SNP 
o Mesoderma: é a camada média das três 
camadas germinativas primárias do 
embrião. Dá origem a: tecido conjuntivo, 
incluindo mesênquima (tecido conjuntivo 
embrionário), o próprio tecido conjuntivo e 
tecidos conjuntivos especializados 
(cartilagem, osso, tecido adiposo, sangue, 
tecido hemocitopoético e tecido linfoide); 
músculos estriados e músculos lisos; 
coração, vasos sanguíneos e vasos 
linfáticos; baço; rins e gônodas com ductos 
genitais; mesotélio e córtex da suprarrenal. 
o Endoderma: é a camada mais interna das 
três camadas germinativas. Os derivados 
do endoderma incluem: epitélio do canal 
alimentar, epitélio das glândulas anexas 
ao sistema digestório, epitélio do 
revestimento da bexiga e a maior parte da 
uretra, epitélio do sistema respiratório, 
componentes epiteliais das glândulas 
tireoide, paratireoides e timo; parênquima 
das tonsilas; epitélio de revestimento da 
cavidade timpânica e das tubas auditivas. 
D{syr{v{r w yompos�ção { 
�mportâny�w zw lâm�nw e 
membrana basal 
Lâmina basal: entre células epiteliais e tecido 
conjuntivo subjacente. Composta por colágeno 
tipo IV, glicoproteínas (laminina e entactina) e 
proteoglicanos secretados pelos tecido epitelial. 
Se prende ao conjuntivo por meio de fibrilas de 
ancoragem (colágeno tipo VII). Tem como 
funções adesão das células epiteliais ao tecido 
conjuntivo, filtrar moléculas, influenciar a 
polaridade das células, regular a proliferação e a 
diferenciação celular pelo fato de estarem ligadas 
a fatores do crescimento, influir no metabolismo 
celular, organizar proteínas nas membranas 
plasmáticas, o que afeta transdução de sinais e 
servir como caminho e suporte para migração de 
células 
Membrana basal: camada situada abaixo dos 
epitélios, visível ao microscópio, os 
pregueamentos aumentam área de superfície e 
facilitam as interações morfológicas entre células 
adjacentes promovendo adesão. Composta por 
sulfato de heparina e colágeno tipo IV 
 Bruna França P1/ Medicina UFAL 
 
Duscorrer sobre a polaridade de 
yélulws {p�t{l�w�s 
A polaridade das células epiteliais significa que 
diferentes partes dessas células podem ter 
diferentes funções, fato evidenciado com a 
distribuição de organelas na porção do 
citoplasma apoiada na lâmina basal ser distinta 
da encontrada na porção livre. A membrana 
plasmática das células epiteliais pode ter 
composição molecular diferente em seus 
diferentes polos devido porções da membrana 
são mantidas por junções estreitas que impedem 
que proteínas da membrana de uma região 
passem para outra região. 
Corr{lwy�onwr ws {sp{y�wl�qwçõ{s de 
membrana com suas respectivas 
|unçõ{s 
Sup{r|íy�{ xwsolwt{rwl 
Interdigitações: estruturas associadas a 
membrana plasmática que contribuem para a 
coesão e comunicação celular – família de 
glicoproteínas transmembrana: caderinas 
Junções de oclusão/zônulas impermeáveis: são 
as mais próximas da superfície apical e vedam o 
espaço intercelular. 
Junções de adesão: circunda toda a célula e 
contribui para a aderência entre células 
adjacentes – inserção de filamentos de actina. 
- Desmossomos: promovem adesões bastante 
firmes entre as células por meio de filamentos 
intermediários de queratina (forma de botão), 
placas de ancoragem: caderina 
- Hemidesmossomos: prendem célula epitelial a 
lâmina basal - placas de ancoragem: integrinas. 
Junções GAP: Pode existir em qualquer lugar das 
membranas laterais, possibilitam intercâmbio de 
moléculas, exemplo: coordenação das 
contrações do músculo cardíaco 
 
 
 
Sup{r|íy�{ wp�ywl 
Microvilos: pequenas projeções do citoplasma 
tendo no interior moléculas de actina, é presente 
nas células que ocorrem intensa absorção, o 
glicocalix é mais espesso e em conjunto com 
esse é chamado de borda estriada. 
Estereocílios: prolongamentos longos e imóveis 
que aumentam superfície da célula, facilitando 
movimento de moléculas para dentro e para fora 
da célula, presente no epidídimo e ducto 
eferente. 
Cílios: prolongamentos dotado de motilidade, 
estão inseridos nos corpúsculos basais situados 
no ápice das células. Possuem um movimento de 
vai e vem com fonte de energia advinda do ATP. 
Presente na traqueia, tendo cerca de 240 cílios 
por célula. 
Flagelos: prolongamentos mais longos, 
delimitados um por célula, movimento ondulatório 
de batimento e são encontrados apenas no 
espermatozoide. 
Compreender os processos de 
nutr�ção, �n{rvwção { r{novwção zos 
{p�tél�os 
o NUTRIÇÃO: os tecidos epiteliais estão apoiados 
sobre um tecido conjuntivo, que serve não só 
para sustentar o epitélio, mas também para a 
sua nutrição, para trazer substâncias 
necessárias para as células glandulares 
produzirem secreção e para promover adesão 
do epitélio a estruturas subjacentes. A área de 
contato entre o epitélio e a lâmina própria pode 
ser aumentada pela existência de uma interface 
irregular entre os dois tecidos, sob forma de 
evaginações do conjuntivo, chamadas papilas. 
o INERVAÇÃO: A maioria dos tecidos epiteliais é 
ricamente inervada por terminações nervosas 
provenientes de plexos nervosos originários da 
lâmina própria. além da inervação sensorial, o 
funcionamento de muitas células epiteliais 
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secretoras depende de inervação que estimula 
ou inibe sua atividade. 
o RENOVAÇÃO: A maioria dos tecidos epiteliais 
são estruturas dinâmicas cujas células são 
continuamente renovadas por atividade 
mitótica, a taxa de renovação é variável. Em 
tecidos epiteliais de revestimento estratificados 
e pseudoestratificados as mitoses ocorrem na 
camada basal do epitélio, a camada mais 
interna próxima à lâmina basal, onde se 
encontram as células-tronco desses epitélios. 
Nos epitélios estratificados as novas células 
continuamente migram para a superfície ao 
mesmo tempo que células superficiais 
descamam 
Ent{nz{r soxr{ w or}wn�qwção 
~�stoló}�yw zws }lânzulws 
Constituídos por células especializadas na 
atividade de secreção, podendo sintetizar, 
armazenar, eliminar proteínas (ex. pâncreas), 
lipídios (glândulas adrenais e sebáceas) ou 
complexos de carboidratos e proteínas (glândulas 
salivares). 
Glândulas mamárias: secretamos três tipos de 
substâncias e glândulas sudoríparas: substâncias 
transportadas do sangue ao lúmen da glândula. 
As glândulas são sempre formadas a partir de 
epitélios de revestimento cujas células proliferam 
e invadem o tecido conjuntivo subjacente, após o 
que sofrem diferenciação adicional. As glândulas 
exócrinas mantêm sua conexão com o epitélio do 
qual se originaram. Essa conexão toma a forma 
de ductos tubulares constituídos por células 
epiteliais e, através desses duetos, 
as secreções são eliminadas, alcançando a 
superficie do corpo ou uma cavidade. 
Nas glândulas endócrinas a conexão com o 
epitélio é obliterada e reabsorvida durante o 
desenvolvimento. 
Clwss�|�ywr ws }lânzulws {xóyr�nws 
quwnto à |ormw z{ {l�m�nwção z{ 
s{yr{ção, yom {x{mplos 
Têm duas porções: uma porção secretora 
constituída por células responsáveis pelo 
processo secretório e ductos excretores que 
transportam a secreção eliminada pelas células. 
As simples têm um ducto não ramificado e as 
compostas têm ductos ramificados. 
As glândulas secretam seus produtos 
diretamente ou através de ductos ou tubos 
epiteliais que estão conectados a uma superfície. 
Os ductos podem transportar o material 
secretado em sua forma inalterada, ou podem 
modificar a secreção, concentrando-a, 
adicionando ou reabsorvendo substâncias 
constituintes Dependendo da forma de sua 
porção secretora, as glândulas simples podem 
ser tubulares (cuja porção secretora tem o 
formato de um tubo), tubulares enoveladas, 
tubulares ramificadas ou acinosas (cuja porção 
secretora é esférica ou arredondada). 
Clwss�|�ywr ws }lânzulws {xóyr�nws 
quwnto à |ormw z{ {l�m�nwção zw 
s{yr{ção, yom exemplos. 
o Merócrinas: a secreção acumulada é 
liberada pelacélula por meio de exocitose, 
sem perda de outromaterial celular. Ex.: 
pâncreas 
o Holócrinas: o produto da secreção é 
eliminado juntamente com toda a célula, 
processo que envolve a destruição das 
células repletas de secreção. Ex.: glândulas 
sebáceas 
o Apócrinas: o produto da secreção é 
descarregado junto com pequenas porções 
do citoplasma apical. Ex.: glândula mamária 
Clwss�|�ywr ws }lânzulws {nzóyr�nws 
quwnto wo wrrwn�o z{ yélulws 
secretoras 
Essas glândulas não têm ductos, e suas 
secreções são lançadas no sangue, a partir do 
tecido conjuntivo, e transportadas para o seu 
local de ação pela circulação sanguíneas, seus 
principais produtos são hormônios e podem ser 
subdivididas em: cordões anastomosados, 
entremeados por capilares sanguíneos 
(exemplares: adrenal, paratireoide, lóbulo anterior 
da hipófise) ou células que formam vesículas ou 
folículos preenchidos do material secretado 
(tireoide). 
 
 
 Bruna França P1/ Medicina UFAL 
Conhecer sobre a morfologia e 
afinidade tintorial das célulws 
muyosws { s{rosws; yélulws 
mioepiteliais e saber classificar os 
áy�nos: 
Célula serosas: são poliédricas ou piramidais 
com núcleos arredondados e polaridade definida, 
região basal apresenta intensa basofilia 
consequente do acumulo de RER, já na região 
supranuclear há complexo de golgi bem 
desenvolvido e grânulos de secreção que se 
coram com eosina, exemplos: células acinosas 
do pâncreas e glândulas salivares parótidas. 
Células mucosas: contém numerosos grânulos 
de grande dimensão, que se coram fracamente e 
que contêm muco, o qual, por sua vez, é 
constituído por glicoproteínas intensamente 
hidrofílicas. Os grânulos de secreção preenchem 
a região apical da célula e o núcleo fica 
normalmente situado na região basal, a qual é 
rica em retículo endoplasmático granuloso. Essas 
células mucosas mostram grande variabilidade 
nas suas características morfológicas e na 
natureza química das suas secreções. 
Exemplares: células caliciformes encontradas no 
intestino e revestimento de grande parte da 
árvore respiratória. 
Células mioepiteliais: abraçam unidades 
secretoras da glândula se localizando entre 
lamina e polo basal das células secretoras e dos 
ductos. São conectadas umas as outras e aos 
tecidos epiteliais por meio de junções 
comunicantes e desmossomos. Contém 
filamentos intermediários da família da queratina 
que se coram intensamente com eosina. Função 
contrátil em volta da porção secretora ou 
condutora da glândula e assim ajudar a impelir os 
produtos de secreção para o exterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bruna França P1/ Medicina UFAL 
Clwss�|�ywr os {p�tél�os yon|orm{ w 
morfologia celular

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