ASPECTOS FISICO DO BRASIL parte I

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PM-SP
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geografia Geral e do Brasil
Aspectos Físicos do Brasil – Parte I
Livro Eletrônico
LUIS CAIO RAMOS BEZERRA
Pós-graduado em Docência do Ensino Superior 
pela Faculdade Phoenix (2016) e graduado em 
Geografia pelo Centro Universitário de Brasília 
(UniCEUB) (2009). Possui mais de 10 anos de 
experiência em docência na área de geografia 
em instituições de ensino médio, superior e em 
preparatórios para vestibulares e concursos.
Atua como coordenador de ensino médio na Se-
cretária de Educação do Distrito Federal, sendo um 
dos responsáveis pelo desenvolvimento do Novo 
Ensino Médio no Distrito Federal e da implemen-
tação do Ensino Médio em Tempo Integral – EMTI 
– nas unidades escolares do Núcleo Bandeirante 
(região administrativa do Distrito Federal).
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Aspectos Físicos do Brasil – Parte I
Prof. Luis Caio Ramos Bezerra
SUMÁRIO
Aspectos Físicos: Parte 1 .............................................................................4
Localização Astral do Brasil ..........................................................................6
Zonas Climáticas ......................................................................................13
Bioma Amazônico .....................................................................................17
Bioma Caatinga ........................................................................................23
Bioma Cerrado .........................................................................................33
Bioma Pantanal ........................................................................................38
Bioma Pampa ...........................................................................................45
Bioma Mata Atlântica ................................................................................50
Questões de Concurso – lista I ...................................................................55
Gabarito – Lista I .....................................................................................67
Questões de Concurso – Lista II .................................................................73
Gabarito – Lista II ....................................................................................82
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Aspectos Físicos do Brasil – Parte I
Prof. Luis Caio Ramos Bezerra
ASPECTOS FÍSICOS: PARTE 1
Olá, meu(inha) querido(a)! Tudo bem? Tenho certeza que sim!
Na aula de hoje, iremos trabalhar os aspectos físicos do território brasileiro, mas 
não podemos nos esquecer da aula passada. Irei disponibilizar de forma extra um 
material completo a respeito da temática fuso horário. Dessa forma, você estará 
sempre assistido em relação ao conteúdo do certame.
No material atual, farei questão de buscar as últimas questões do tema apre-
sentados nas provas mais recentes, porém, como os temas são específicos, tomarei 
a liberdade de introduzir questões de vestibulares, a fim de demonstrar de forma 
ampla como as temáticas podem ser abordadas.
Então, como estamos em busca de uma aprovação o mais rápido possível, va-
mos começar a trabalhar logo o nosso tema! Lembre-se: o suporte on-line está lá 
para que seja usado, então use-o! Qualquer dúvida ou algo relacionado a nossa 
tarefa de aprovação, fale agora e seja feliz para sempre.
Iniciaremos com a motivação de uma criança que viu um playground e nele tem 
todo sorvete e chocolate que ele possa comer. Vamos lá!
Aspectos Físicos: Parte 1
• Localização astral do Brasil
 – Hemisférios
 – Porção
 – Zona climática
• Zonas climáticas
 – Definição de clima e tempo
 – Elementos de clima e fatores climáticos
 – Biomas do Brasil
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Aspectos Físicos do Brasil – Parte I
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Aspectos Físicos: Parte 2
• Bacias hidrográficas
 – Definição de bacia hidrográfica
 – Legislação pertinente à proteção ambiental
 – Principais bacias brasileiras
a) Amazônica
b) Tocantins Araguaia
c) Paraguai
d) Paraná
e) Uruguai
f) Atlântico Sul
g) Atlântico Sudeste
h) Atlântico Leste
i) Atlântico Nordeste Oriental
j) Atlântico Nordeste Ocidental
k) Parnaíba
l) São Francisco
• Relevo brasileiro
 – Origem e formação
a) Principais formas e características
b) Principais unidades de relevo
Eu sei que você se assustou. Mas não sofra antecipadamente, as questões físi-
cas da geografia são as melhores de estudar, pois o que se aprende é definitivo, não 
cabem interpretações. Pode não ser o melhor assunto em uma discussão política, 
mas é o que precisamos para a aprovação.
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Localização Astral do Brasil
Já entendemos que o Brasil é um país continental e essa definição está relacio-
nada com a extensão territorial do nosso país. Então, podemos presumir que toda 
essa extensão trará resultados únicos no nosso território.
Relembrando pela imagem a extensão do Brasil, já podemos definir que o nosso 
país está localizado em dois 3 hemisférios: hemisfério oeste; hemisfério norte (me-
nor porção); hemisfério sul. O planeta é dividido em 4 hemisférios, cada hemisfério 
representa um dos pontos cardeais, portanto as duas principais linhas imaginárias 
dividem o planeta em hemisférios são:
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• Greenwich: divide o planeta em hemisfério Leste e Oeste;
• Equador: divide o planeta em hemisférios Norte e Sul.
Existem outros termos utilizados para identificar os pontos cardeais. Essa é uma tá-
tica muito utilizada pelas bancas, a fim de levar o candidato ao erro. Então, vamos 
deixar bem claro quais são esses termos que podem complicar outros candidatos.
Norte: também chamado de Setentrional ou Boreal.
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Sul: também chamado de Meridional ou Austral.
Leste: também chamado de Oriental ou East.
Oeste: também chamado de Ocidental ou West.
Os termos em inglês são comuns em provas específicas, mas não seria um absurdo 
que tal forma fosse utilizada em um certame.
A maior parte do território brasileiro é localizado no hemisfério Sul, porém uma 
pequena parte é localizada no hemisfério norte. Além da linha do equador que corta 
o território nacional, temos também o país cortado pelo Trópico de Capricórnio.
As linhas latitudinais estão, intimamente, ligadas às zonas climáticas do planeta. 
Devido a isso, o Brasil possui tantas variedades climáticas em seu território.
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Então, quando entendemos essa relação de tamanho e localização, fica muito 
mais fácil relacionar aos diferentes tipos climáticos encontrados no país e, também, 
os diferentes fusos que temos. Além desses fatores já citados, as zonas climáticas 
irão influenciar na determinação do uso do horário de verão, quando alguns esta-
dos têm o uso de forma obrigatória e outros não.
As zonas climáticas são determinadas de acordo com a incidência de raios solares 
sobre a superfície terrestre. Como o planeta tem um geoide e possui uma inclina-
ção que varia ao longo do ano, tanto no sentido Norte como no sentido Sul, a inci-
dência solar sobre a superfície irá variar ao longo das estações do ano.
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Essas variações ocorrem em diferentes períodos do ano. Assim, em momentos 
que vivemos, o solstício, tanto de verão ou inverno, um dos hemisférios da terra 
receberá uma maior incidência de raios solares. Já durante os equinócios, o eixo 
da Terra se encontra mais perpendicular, ocorrendo, assim, uma maior distribuição 
dos raios solares.
Querido(a) aluno(a), os esquemas deixam claro que a zona tropical do planeta 
recebe uma maior quantidade de raios solares ao longo de todo o ano e, portanto, 
tem por característica (não é uma regra), apresentarem as maiores temperaturas. 
Essa baixa variação de incidência solar nas áreas centrais faz com as áreas próxi-
mas ao Equador – baixa latitude – não tenham grandes variações da duração dos 
dias e das noites em nenhuma estação do ano; com isso, os estados brasileiros 
próximos à linha do Equador não fazem o uso do horário de verão.
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O horário de verão é utilizado no Brasil desde 1931, não foi sempre de forma inin-
terrupta e tem como principal função buscar a diminuição do consumo de energia 
no período do verão. Sabendo que, no solstício de verão, os dias têm uma duração 
maior do que as noites, o governo atrasa uma hora oficialmente, para que a popu-
lação utilize de maneira mais duradoura a luz solar.
Atualmente, existe uma corrente no Brasil que já busca o fim do horário de verão. 
Tal destino é justificado pela mudança de hábito do povo brasileiro, pois atualmente 
o horário de maior consumo de energia no verão é entre as 14 e 17 horas, ficando 
claro que o prolongamento do aproveitamento da luz solar tem causado mais trans-
torno do que economia para o sistema de produção energético brasileiro.
A zona climática de um território tem influência direta no tipo climático encon-
trado nela, porém o clima de uma região é determinado por diferentes fatores e 
elementos climáticos, não havendo uma hierarquia entre eles. O Brasil é um país 
tropical, mas nem todos os seus climas serão com essas características.
As zonas climáticas são definidas pelas suas posições latitudinais; assim, quanto 
menor a latitude, maior será a incidência de raio solar e, quanto maior a latitude, 
menor será a incidência solar; portanto, menores serão as temperaturas.
Baixa latitude: altas temperaturas.
Alta latitude: baixas temperaturas.
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O sistema de latitude irá variar de 0º – linha do Equador – a 90º – Polo Norte ou 
Sul – totalizando 180º tendo como divisão a linha do Equador.
Beleza, professor! Tudo tranquilo até agora. Mas dá para fazer um resumo aí? 
Mas é claro que sim!!!
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Até agora tudo tranquilo? Sei que você está se lembrando daquele professor, 
descolado, que vivia falando das suas viagens. Geralmente a gente só conhece os 
lugares pelos livros, mas todo professor deve ser um bom contador de histórias.
Zonas Climáticas
Como já falamos, o planeta é dividido em zonas climáticas, que estão divididas 
de acordo com as latitudes. Assim, vamos iniciar as nossas explanações sobre os 
diferentes climas encontrados no território brasileiro.
O tema território não é exclusivo da geografia. Ele é tratado por diversas ciên-
cias, entre elas, o Direito. A geografia define território como o espaço delimitado 
por fronteiras em que um Estado exerce seu direito de soberania.
Assim, vamos concentrar os estudos sobre as zonas climáticas ao território nacional.
Para entendermos a enorme variação climática que ocorre no Brasil, vamos 
entender o que é clima. Existe uma confusão muito comum entre clima e tempo, 
vamos à definição de cada um desses conceitos.
CLIMA – é a sucessão do tempo, ou seja, são os padrões observados do tempo 
atmosférico. Para a definição do clima de uma determinada região, é necessário um 
estudo dos padrões diários de, pelo menos, 30 anos.
TEMPO – tempo ou tempo atmosférico é a situação momentânea dos gases at-
mosféricos, ou seja, é o estado momentâneo de uma determinada área. Aqui em 
Brasília, costumamos viver as 4 estações do ano em um único dia. Assim, podemos 
ter uma manhã ensolarada, uma tarde chuvosa e uma noite fria, além de uma flo-
rada de ipês no inverno do Planalto Central.
Se o clima é definido pelo estudo sucessivo do tempo, e o tempo é o estado da 
atmosfera, é possível inferirque o tempo de uma determinada área é definido por di-
ferentes fatores e elementos. Um conjunto de fatores são responsáveis pela definição 
de um clima; assim, eles são divididos entre elementos climáticos e fatores climáticos.
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Irei criar uma tabela indicando cada um deles. Porém, por se tratar de um tema 
muito específico, irei apresentar qualquer explicação mais detalhada na resolução 
de questões, caso elas exijam isso.
Elementos climáticos Fatores climáticos
Temperatura Latitude
Umidade do ar Altitude
Radiação solar Maritimidade
Pressão atmosférica Massas de ar
OOs.:� trata-se de um hall enumerativo, muitos outros fatores influenciam o clima 
de uma região.
Apesar da influência natural na dinâmica climática, o homem tem sido um elemento 
importante nas mudanças climáticas vistas atualmente. As ações humanas tiveram 
um efeito muito maior no clima a partir da 1º Revolução Industrial quando a rela-
ção homem X natureza se modificou.
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1. (CESPE/AGENTE DE POLÍCIA/PC-RN/2009) O rápido aumento das temperaturas 
no mundo deverá ter um efeito devastador sobre os cultivos agrícolas nas zonas 
tropicais e subtropicais até o fim deste século. Estudo recente alerta que, se não 
houver uma adaptação ao novo clima, metade da população mundial sofrerá com 
a escassez de alimentos em 2100. Produtos primários, como o milho e o trigo, por 
exemplo, poderão sofrer reduções de 20% a 40%. As populações dessas regiões 
estão entre as mais pobres do mundo e as que apresentam um crescimento demo-
gráfico significativo. Calcula-se que 3 bilhões de pessoas vivam nessas zonas.
O Globo, 09/01/2009, p. 32 (com adaptações).
As medidas que estão sendo tomadas, em várias partes do mundo, para enfrentar 
o desafio da preservação ambiental não incluem
a) o incentivo à utilização de carros elétricos, como ocorre em Londres.
O) o estímulo ao uso de bicicletas em áreas urbanas, como acontece em Paris.
c) a ampliação das áreas destinadas à circulação de pedestres em detrimento dos 
carros.
d) a multiplicação das usinas termelétricas movidas a carvão ou a óleo combustível.
e) a produção de energia com o maior aproveitamento da energia solar e eólica.
Letra d.
Pode marcar essa com a felicidade da certeza. As termoelétricas são usinas de 
produção energéticas baseadas na queima de combustíveis fósseis, elas são res-
ponsáveis pela liberação de grande quantidade de gases tóxicos na atmosfera. O 
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Brasil tem como base de produção energética a hidroeletricidade, mas existem no 
país diversas termoelétricas que são utilizadas no período de estiagem, a fim de 
compensar a baixa produção na época.
Letra A: como sabemos, a preocupação pela preservação do meio ambiente está 
diretamente ligada ao grau de desenvolvimento social e financeiro de um povo. A 
utilização de carros elétricos ainda é pouco difundida no Brasil, porém, em países 
desenvolvidos, ela tem se mostrado uma importante alternativa para a diminuição 
da emissão de gases poluentes.
Letra B: essa ação por si só tem um efeito direto na emissão de gases que intensifi-
cam o efeito estufa como também tem impacto do sistema de trânsito das cidades.
Letra C: alguém pode me dizer como o fato de as pessoas andarem mais não iria 
propiciar uma maior preservação? Além dos efeitos no meio ambiente, a atividade 
física é vista como fator primordial para a manutenção de uma boa saúde e, por 
consequência, aumentaria a qualidade de vida dessas pessoas.
Letra E: as fontes de energia limpas são sempre bem-vindas no processo de pre-
servação do meio ambiente.
As bancas organizadoras de certames têm a tendência de associar temáticas 
ambientais com os diferentes biomas encontrados no Brasil; assim, é importante 
entender como cada bioma tem sido afetado nesse sentido. Fique de olho na sua 
região, pois vamos comentar cada uma delas!
Cada um dos Biomas Orasileiros apresentará um tipo climático específico. 
Para facilitar nossa maneira de estudar, vamos tratar cada bioma de forma isolada; 
assim, podemos nos concentrar os esforços de maneira mais direcionada.
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Os biomas brasileiros são: Amazônico; Cerrado; Mata Atlântica; Caatinga; Pan-
tanal e Pampas. Dentro de cada um desses biomas, é possível encontrar bolsões 
dos demais, pois o processo de formação da fitofisionomia de uma determinada 
região não é estanque, e sim uma sucessão.
Bioma Amazônico
O território amazônico é marcado pelo domínio de uma densa floresta equa-
torial, sendo caracterizado pela grande abundância hídrica, uma vez que a região 
possui a maior bacia hidrográfica do mundo. A bacia amazônica não é exclusiva do 
Brasil, pois a montante é na Cordilheira dos Andes, mais precisamente no Peru.
A floresta amazônica, que oferece origem ao nome do bioma, ocupa cerca de 
45% de todo o território nacional, além de espaço em mais 9 países. Trata-se de 
uma floresta latifoliada que abriga cerca 2.500 tipos de árvores e mais de 30 mil 
tipos de plantas. É uma floresta perene de grande densidade de árvores. A pecu-
liaridade dessa floresta é a grande disponibilidade hídrica; assim, ela se adaptou à 
proximidade da água, criando diferentes extratos de vegetação.
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A floresta amazônica tem uma característica peculiar: a enorme presença de 
água. Devido a esse fato, a vegetação amazônica adaptou-se a ela. Como podemos 
imaginar, no período de chuvas, os rios, canais fluviais e lagos amazônicos aumen-
tam de forma significativa o seu volume de água, fazendo com que áreas próximas 
ao curso de água, durante um período do ano, tornem-se completamente submersas.
Por tais características, a floresta amazônica pode ser dividida em 3 extratos de 
vegetação: Mata de Igapó; Mata de Várzea; Floresta de TerraFirme.
Mata de Igapó: pode ser chamada de floresta alagada devido ao fato de sua 
vegetação estar sempre submersa. Apresenta plantas de pequeno porte em com-
paração ao restante da floresta e com raízes elevadas. A vegetação é de hidrófilas, 
ou seja, são adaptadas a presença constante de água.
Mata de Várzea: assim como a mata de igapó, a região de várzea também 
sofre com o fenômeno das inundações, porém apenas em um período do ano, pois 
se encontra em uma área uma pouco mais elevada. Trata-se de uma mata fechada 
com árvores de copa alta, cerca de 20 metros em média, e de grande aproveita-
mento econômico. É na mata de várzea que encontramos espécies como Seringuei-
ra muito explorada durante o ciclo da Oorracha, até o desenvolvimento do látex 
sintético derivado do petróleo.
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Floresta de Terra Firme: pode ser chamada de caaetê e tem como caracte-
rística se encontrar relativamente distante dos cursos de água. Tem como caracte-
rística também a grande densidade e as altas copas de suas árvores. Por ficarem 
localizadas em planaltos sedimentares, não costumam ser alvo de inundações.
Existe uma diferença entre os termos mata e floresta. Matas são grupos de vege-
tações que seguem um curso de água. Já as florestas ocorrem de maneira descon-
tinua em relação aos cursos de água.
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O termo Amazônia legal é a região que engloba os seguintes estados brasileiros: 
Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Tocantins, em sua totalidade 
e parte dos Estados do Maranhão (Nordeste) e Mato Grosso (Centro-Oeste). Fique 
atento(a), pois essa região possui algumas características econômicas diferenciadas.
2. (FADESP/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PARÁ/2016) O bioma Amazônia ocupa 
quase metade do território nacional e possui uma exuberante vegetação conhecida 
como floresta Amazônica, que é divida em três tipos de mata.
Neste contexto é correto afirmar que
a) a mata de igapó localiza-se ao longo dos rios e está sujeita a inundações perió-
dicas que contribuem para a concentração de plantas de grande porte, que chegam 
a atingir até 60 metros de altura.
O) as áreas da floresta Amazônica, conhecidas como matas de terra firme ou ca-
aetê abrange a maior parte dessa floresta, onde predominam plantas como a cas-
tanheira
c) a mata de várzea ocupa os altos planaltos sedimentares, o que contribui para 
a formação de plantas de menor porte, conhecidas como higrófilas, a exemplo da 
vitória-régia.
d) o bioma Amazônia localiza-se totalmente em território nacional, abrangendo 
terras altas e baixas, onde predomina a floresta latifoliada equatorial, que é a ter-
ceira em extensão no país.
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Letra O.
a) Errado. Como já sabemos, a mata de igapó fica localizada, sim, nas margens de cursos 
de água da região, mas a sua vegetação é de pequeno porte se comparada às demais áreas 
da floresta, e as árvores de 60 metros são encontradas na floresta de terra firme.
O) Certo. Quando ouvir falar de mata de terra firma, lembre-se da Castanha do 
Para do Jatobá e, é lógico, do CAAETÊ. Item corretíssimo apresentando as caracte-
rísticas da floresta de terra firme. Não se prenda ao termo floresta ou mata, pois a 
mata atlântica segue o mar, mas também pode ser chamada de floresta atlântica 
e ambas estão corretas.
c) Errado. Muito cuidado com a maldade do examinador. Eu sei que você já viu o erro 
facilmente, pois já sabe que os planaltos sedimentares são ocupados pela floresta de 
terra firme, mas a maldade está nas plantas higrófilas. Esse tempo pode ser facilmente 
confundido com hidrófila que você já conhece. As higrófitas são plantas adaptadas à 
grande presença de umidade. Você sempre associar a mata atlântica e o fenômeno da 
serração à boa e velha neblina nas serras. Já as hidrófitas são adaptadas a inundações. 
Aí, você se lembra da sua viagem em que tinha um lago de carpas e lá você viu a vitória 
régia, planta típica amazonense de regiões alagadas.
d) Errado. Já sabemos que a floresta amazônica é compartilhada com outros 9 
países e, além disso, a floresta latifoliada equatorial é o maior domínio florestal do 
país, e não o terceiro.
O bioma amazonense é caracterizado pela sua singularidade. O clima tropical 
equatorial é o grande determinante em relação à presença da floresta equatorial. 
Apesar de uma vegetação densa de grande porte e rica em biodiversidade, a região 
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possui um solo extremamente pobre em relação aos nutrientes, contudo a floresta 
se autossustenta a partir do ciclo de decomposição de sua matéria orgânica. Soma-
do a isso, a presença abundante de água faz com a vegetação seja perene.
O clima Equatorial Tropical observado na região é caracterizado pelas altas tem-
peraturas e índices pluviométricos. A temperatura elevada ocorre principalmente 
pela proximidade com a linha do Equador, o que faz com que toda a região receba 
uma grande incidência de raios solares ao longo de todo o ano; assim, não temos, 
no bioma amazônico, uma significativa alternância entre as estações do ano.
Já o elevado índice pluviométrico, que nada mais é do que a quantidade de chuva 
que vai por metro quadrado, é decorrente da elevada evapotranspiração realizada pela 
floresta e pelo solo da região. Sim, as árvores suam! Essa evapotranspiração elevada 
faz com que exista uma grande disponibilidade de umidade no ar e, com isso e as altas 
temperaturas, ocorrem de forma rotineira as chuvas de convecção.
Vamos lá, então, ver um resumo do Bioma!
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Os principais fatores climáticos atuantes na região são: vegetação, hidrogra-
fia, latitude e radiação. A soma desses fatores é que determina o clima do espaço 
amazônico, portanto a mudança em um único membro desse conjunto é capaz de 
desencadear diversos problemasambientais.
A fronteira agrícola é o limite de produção agropecuária, então dizer que o Brasil 
tem aumentado a sua fronteira agrícola em direção ao Norte é afirmar que as áreas 
de Floresta Equatorial têm sido substituídas por lavouras ou pastos. Porém, a região 
amazônica tem uma característica muito peculiar: a sua vida útil de produtividade 
é baixa, pois o que mantém o solo fértil e produtivo é a matéria orgânica produzida 
pela própria floresta. Assim, a retirada da cobertura vegetal para o desenvolvimen-
to agrícola causa uma perda ambiental muito maior do que o lucro obtido no curto 
espaço de tempo em que o solo se mantém fértil.
OOs.:� a matéria orgânica produzida pela vegetação é chamada de serapilheira. Em 
alguns pontos da floresta amazônica, o acúmulo de serapilheira pode chegar 
a 8 metros de altura.
Bioma Caatinga
A caatinga é o bioma típico da região semiárida brasileira e ocupa uma área de 
cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacio-
nal. Está presente de forma mais marcante nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, 
Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o Norte de 
Minas Gerais.
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O nome caatinga vem do tupi-guarani e significa mata branca, fazendo referên-
cia à vegetação desse bioma no período da seca, pois sua vegetação não é pere-
nifólia, diferentemente da floresta amazônica, e sim caducifólia, que tem como ca-
racterística a perda de suas folhas durante os períodos de seca, a fim de conservar 
líquido, evitando a evapotranspiração.
É importante salientar que um bioma não é composto unicamente de um tipo 
de vegetação. Assim como na floresta amazônica ou na caatinga, é possível en-
contrarmos bolsões de cerrado ou mesmo de mata atlântica. Isso ocorre devido a 
fatores ambientais capazes de criar microclimas, então a proximidade de um lago 
ou a altimetria diferenciada do relevo é capaz de criar as condições climáticas e 
ambientais para a ocorrência de outro tipo de vegetação.
A vegetação é composta por árvores de pequeno porte e arbustos, além das 
plantas xerófitas que são cactáceas. Todas são adaptadas à baixa disponibilidade 
hídrica, uma vez que o regime de chuvas na região é baixo ao se comparar com os 
demais biomas nacionais.
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O clima tropical semiárido da caatinga é causado, principalmente, devido à pre-
sença de formação de relevo planáltica na região litorânea, responsável por criar 
uma barreira para a entrada de massas de ar oriundas do oceano que seguem em 
direção ao continente.
A barreira física do litoral é a causadora das conhecidas chuvas orográficas que 
criam, assim, na porção litorânea do país, o clima tropical litorâneo.
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O clima tropical semiárido é caracterizado pelas altas médias térmicas anuais e 
pelo baixo índice pluviométrico em média entre 10 a 500mm anuais; além disso, a 
região contemplada por esse clima possui baixa umidade do ar ponto.
Os solos dessa região terão uma distribuição variada de minerais, isso em de-
corrência da sua origem e capacidade de retenção de água. A concentração de sa-
linidade na superfície também está ligada à capacidade de reter ou não água.
A água do sertão nordestino é salobra. Isso quer dizer que possui uma grande con-
centração de sais minerais que faz com o seu sabor e a sua qualidade para consu-
mo humano não seja possível. Existem algumas teorias a respeito de como ocorre 
essa enorme concentração de sais nas terras nordestinas. Uma delas é que o fato 
de a região ter sido, no passado, fundo oceânico, fazendo com que houvesse uma 
enorme concentração de sais no solo e, com isso, as águas que conseguem percolar 
– infiltrar – na área carregam esses sais para os depósitos subterrâneos.
3. (FADESP/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PARÁ/2016) Desde a década de 1970, 
os problemas ambientais têm sido alvos de frequentes discussões mundiais. O efei-
to estufa, o aquecimento global, o buraco na camada de ozônio, entre outros, estão 
entre as maiores preocupações ambientais da humanidade. Sobre as característi-
cas dos problemas ambientais, é correto afirmar que
a) a destruição de matas, com a queima da biomassa, e os setores de energia que 
utilizam os combustíveis fósseis são considerados uns dos principais fatores res-
ponsáveis pelo aumento do efeito estufa.
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O) o desmatamento e a construção de hidrelétricas têm contribuído para o aumento 
do buraco da camada de ozônio, devido à liberação dos clorofluorcarbonos (CFCs).
c) a concentração de gases ácidos, como o ácido sulfúrico e nitroso, e a expansão 
de áreas agrícolas decorrentes sobretudo de atividades humanas têm contribuído 
para o aumento da temperatura do planeta.
d) na atualidade o nível de poluição atmosférica tem se intensificado mais em áre-
as rurais do que nas urbanas, devido à presença de grandes aglomerações popula-
cionais e atividades agroindustriais.
Letra a.
Sei que você já estava pensando em uma questão sobre caatinga e como ela po-
deria ser cobrada. Nós vamos chegar lá! O interessante em estudar por meio de 
questões é perceber se após uma leitura detalhada de um tema você consegue 
analisar uma questão relacionada, mas não específica.
A letra A está correta. Já sabemos que a preocupação ambiental é uma realidade 
mundial, e, por isso, é tema recorrente em provas. A destruição de matas leva à 
diminuição da capacidade de filtragem dos gases poluentes. A queima de biomas-
sa (madeira, carvão vegetal) é responsável pela liberação de dióxido de carbono 
e outros gases tóxicos. A utilização de combustíveis fósseis é vista como o grande 
vilão ambiental atualmente, levando à pesquisa e desenvolvimentos de diversas 
alternativas menos poluentes.
O) Errado. Nem desmatamento nem a construção de hidroelétricas são responsá-
veis pela liberação de CFCs. Os CFCs são compostos químicos derivados do cloro e 
do carbono, eles são responsáveis pela diminuição da camada de ozônio. Em 1987, 
foi assinado o protocolo de Montreal em que os países se comprometeram a elimi-
nar o uso de clorofluorcarbonos.
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c) Errado. Os gases citados são responsáveis por outro tipo de problema ambien-
tal. Eles causam as chuvas ácidas e são decorrentes das atividades industriais e da 
queima de combustíveis fósseis.
d) Errado. Você pode até questionar se os rebanhos bovinos ao redor do mundo 
não afetam mais a temperatura do planeta, mas não poderá afirmar que as aglo-
merações populacionais estão ocorrendo nas zonas rurais. Apesar de as áreas ru-
rais estarem cada vez mais independentes em relação às cidades, o processo de 
fluxo populacional ainda se mantém em direção às áreas urbanas.
4. (FUNDEP/TÉCNICO EM LABORATÓRIO/BIOLOGIA/IFN-MG/2016) O bioma, ex-
clusivamente brasileiro, conhecido como mata branca é:
a) o Cerrado.
O) A Caatinga.
c) A Amazônia.
d) O Pantanal.
Letra O.
Acho que esse nem vale, mas eu gosto de mostrar, às vezes, as questões que são 
só fáceis.
O Nordeste, que é a região em que temos a maior presença da caatinga, apre-
senta sub-regiões cujas características de cobertura vegetal e climáticas variam. As 
mesorregiões que compõem o território nordestino são Sertão, Meio Norte, Agreste 
e Zona da Mata. Cada uma delas possui peculiaridades que as diferenciam.
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A porção mais significativa é o Sertão, que possui o clima predominantemente 
semiárido, caracterizado pelos longos períodos de seca. A sua rede hídrica é com-
posta, principalmente, por rios temporários (também chamados de intermitentes 
ou sazonais) e a vegetação predominante é a caatinga.
O Meio Norte é uma zona ecótona transicional, ou seja, é uma área de transição 
de dois ou mais biomas. Localiza-se na porção oeste nordestina, ocupando o Ma-
ranhão e metade do Piauí, e é uma área de transição entre a floresta amazônica e 
a caatinga. É caracterizada pela Mata dos Cocais, mas nessa região também se vê 
a presença de Cerrado.
O Agreste é uma mesorregião que fica localizada entre a Zona da Mata (litoral 
nordestino) e o Sertão. Por essa característica, já podemos afirmar que se trata 
de uma zona de transição, apresentando características climáticas e vegetativas 
similares a ambas regiões que a cercam. Assim, encontramos no agreste tanto ve-
getação de Mata Atlântica como de caatinga. O clima predominante é o semiárido, 
sendo a região menos úmida que a Zona da Mata e menos seca que o Sertão.
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A Zona da Mata é a faixa litorânea da região do Nordeste. Paralela ao Oceano 
Atlântico, sua faixa de extensão corresponde entre 100 e 200km até entrarmos na 
região do Agreste, marcada pela costa do Planalto da Borborema. A Zona da Mata é 
a região que possui a maior urbanização, devido a fatores históricos, naturais e eco-
nômicos. Tais características fizeram com que, ao longo do tempo, a região sofresse 
de forma severa com o processo de desmatamento, restando atualmente apenas 
bolsões de Mata Atlântica na região. O clima é o Tropical Litorâneo com chuvas bem 
distribuídas ao longo de todo o ano e com médias de temperatura elevadas.
A seca no Nordeste sempre foi uma preocupação do governo brasileiro; assim, já 
foram apresentadas diversas soluções para a diminuição do efeito natural na re-
gião. Uma das mais excêntricas foi a retirada, física, do planalto da Borborema, a 
fim de permitir a passagem da umidade proveniente do Oceano Atlântico em dire-
ção ao Sertão. Nem precisamos nos estender sobre como tal processo teria afetado 
todo o clima brasileiro.
5. (CESPE/DIPLOMATA/INSTITUTO RIO BRANCO/2008) O agreste nordestino, região 
de transição entre a zona da mata e o sertão, é a parte mais povoada do interior do 
nordeste brasileiro, registrando-se variações populacionais nos períodos mais secos.
Errado.
O CEBRASPE, antigo CESPE, é sensacional, pois ele vem com toda construção corre-
ta falando que o agreste é a zona de transição entre a Zona da Mata e o Sertão (não 
confunda com o Meio Norte, que é a transição entre floresta amazônica e caatinga) e 
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fala que é a região mais povoada. Aí, ele deixa o item incorreto, pois fatores históricos, 
como ocupação colonial e atuais, como concentração industrial, fazem com que a Zona 
da Mata seja a região com maior densidade demográfica do Nordeste.
Além disso, a região que apresenta variações populacionais durante a seca é o 
sertão e esse movimento populacional é chamado de transumância, que é o movi-
mento dos boias-frias que seguem em direção à zona da mata para o corte de cana 
e posteriormente retornam ao sertão no período de chuva.
Para ilustrar melhor o desejo do sertanejo, vejamos esta música de Luiz Gonzaga.
No Meu Pé de Serra
Luiz Gonzaga
Lá no meu pé de serra
Deixei ficar meu coração
Ai, que saudades tenho
Eu vou voltar pro meu sertão
No meu roçado trabalhava todo dia...
6. (CESPE/PROFESSOR/ÁREA GEOGRAFIA/2018)
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https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/
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Considerando a representação precedente, que mostra a divisão das microrregiões 
do estado de Alagoas, julgue o item subsequente, no que se refere à distribuição 
geográfica dessas microrregiões e às características climáticas desse estado.
A distância em relação à linha do Equador explica os seguintes fenômenos no es-
tado de Alagoas: número elevado de horas de incidência de luz solar e distribuição 
desigual de intensidade de radiação solar ao longo do ano entre litoral e sertão, 
com menor radiação solar no litoral que no sertão, em razão da umidade oceânica.
Errado.
Como já sabemos, regiões que estão na mesma faixa de latitude recebem a mesma 
incidência de raios solares. Os fatores que vão tornar os climas tão diferentes entre 
zona da Mata e Sertão são outros como altitude, vegetação, relevo e hidrografia, 
porém a incidência solar se manterá igual na mesma faixa. Exemplo disso é que as 
médias térmicas entre Sertão e Zona da Mata são muito semelhantes.
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Bioma Cerrado
Típico, único e degradado, esses são os adjetivos mais comuns ao se falar do 
cerrado brasileiro. A região do planalto central é coberta por uma vegetação savâ-
nica (isso mesmo, tem os traços das savanas africanas), porém não pode ser clas-
sificada como de um único extrato vegetacional. A região que abrange o Cerrado 
foi a última grande fronteira agrícola a se expandir no país e atualmente é a região 
mais importante na produção de grão para o mercado externo.
O desenvolvimento econômico da região é o grande responsável pela sua de-
gradação; com isso, o cerrado é a segunda região mais ameaçada pela degradação, 
perdendo apenas para a Mata Atlântica, porém a ameaça ao Cerrado nacional é 
mais periclitante, uma vez que apenas 8,21% de sua totalidade encontra-se legal-
mente protegida. Dessa forma, a expansão de novas lavouras ainda acontece na 
região.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área 
2.036.448km², cerca de 22% do território nacional. A sua área contínua incide so-
bre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, 
Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos 
Oolsões do Amapá, Roraima e Amazonas.
Nesse espaço territorial, encontram-se as nascentes das três maiores bacias hi-
drográficas da América do Sul (Araguaia/Tocantins, São Francisco e Prata), o que 
resulta em um elevado potencial aquífero.
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O clima do cerrado é o tropical continental ou tropical semiúmido. É um 
clima alternadamente úmido e seco, com duas estações do ano bem definidas: um 
inverno frio e seco e um verão quente e chuvoso. A umidade ocorre na primavera 
e no verão com a expansão da massa Equatorial Continental. O outono e o inverno 
são secos, devido à atuação das massas de ar Polar Atlântica e Tropical Continental.
Hoje nós discutimos modelos de preservação do cerrado, alternativas para a 
expansão agrícola, mas, até pouco tempo, os solos que hoje são os maiores pro-
dutores de soja do país eram tidos como inúteis. Essa mudança é decorrente do 
desenvolvimento de técnicas e tecnologias agrícolas em função das revoluções in-
dustriais e da revolução verde, que foi responsável pela introdução de alta tecnolo-
gia na produção agropecuária.
Os solos do Centro-Oeste brasileiro eram considerados de baixa qualidade de-
vido à sua acidez. Acidez provocada pela grande concentração de Ferro – latossolo 
vermelho – e alumínio – latossolo amarelo –, o que dificultava a produção agrícola. 
Com isso, a exploração maciça da região só se intensificou após 1940, tendo seu 
ápice em 1970 com as políticas de incentivos do governo militar, a fim de povoar e 
desenvolver a agroindústria na região.
A vegetação do cerrado é classificada, de maneira geral, como de pequeno por-
te, espaçada nos planaltos e planícies que compõem o relevo da região, caracteri-
zada por seus galhos tortos e árvores com casca grossa. Porém, como já percebe-
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mos ao estudar outros biomas, a generalização não é capaz de explicar de forma 
completa as características de uma vegetação; assim, iremos conhecer os extratos 
do cerrado.
A vegetação do cerrado apresenta fisionomias que englobam formações flores-
tais, savânicas e campestres. A distribuição da vegetação ocorre de acordo com 
a latitude e a disponibilidade hídrica do local; assim, as árvores de pequeno porte 
ocorrem em áreas onde a disponibilidade de água é mais profunda. Com isso, suas 
raízes são pivotantes, ou seja, elas precisam ir bem fundo no solo para conseguir 
água e, por isso, seu caule e sua copa são menores.
7. (FUMARC/CBM-MG/2013) “O Cerrado é o segundo maior bioma da América do 
Sul, ocupando cerca de 22% do território nacional. [...] Considerado como um 
hotspots mundiais de biodiversidade, o Cerrado apresenta extrema abundância de 
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espécies endêmicas e sofre uma excepcional perda de habitat. Contudo, inúmeras 
espécies de plantas e animais correm risco de extinção. [...] Estima-se que 20% 
das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo 
menos 137 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de ex-
tinção. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu 
alterações com a ocupação humana.” Fonte: http://www.mma.gov.br/biomas/cer-
rado Acesso em: 10/02/2013 O principal fator que proporcionou a degradação do 
Cerrado nas décadas 1960 e 1970 foi
a) o avanço da fronteira agrícola da soja.
O) o extrativismo mineral ligado à bauxita.
c) a exploração madeireira de espécies nativas.
d) a construção de açudes e hidrelétricas na região.
Letra a.
O item se torna corretíssimo, pois a banca restringe o período de avanço entre 
1960 e 1970, exatamente no auge da intervenção militar (governo militar, ditadura 
militar, governo que salvou o Brasil dos comunistas... O que você preferir), quando 
se buscava um desenvolvimento rápido para economia brasileira.
8. (CESPE/PC-GO/2016) A respeito do bioma cerrado no estado de Goiás e de sua 
ocupação nas últimas décadas, assinale a opção correta.
a) As formas de relevo pertinentes ao cerrado são um fator favorável a sua con-
servação, já que dificultam a prática da agricultura e, por consequência, a erosão 
dos solos.
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O) Os mananciais presentes no cerrado são essenciais para a economia do estado 
de Goiás e abastecem grandes bacias hidrográficas do país.
c) A biodiversidade do cerrado é pouco abundante se comparada à dos demais 
biomas brasileiros; entretanto, sua preservação deve ser meta em todos os níveis 
do governo.
d) A introdução de novas pastagens e a expansão das áreas de pecuária extensiva 
contribuíram para o aumento da diversidade de espécies vegetais e para a preser-
vaçãodos solos do cerrado.
e) As unidades de conservação criadas no estado de Goiás, como parques e re-
servas, não alcançaram seus objetivos de preservação ambiental em virtude dos 
constantes incêndios no período de estiagem.
Letra O.
a) Errado. Imagina você, agricultor, decide aumentar sua lavoura e, para isso, 
faz a limpeza da área nativa. Durante essa limpeza, você retira diversas espécies 
comerciais bacanas como aroeira ou pau-ferro e faz essa venda já para ajudar nos 
custos. Depois do terreno limpo, você percebe que ele já é plano e não precisa re-
alizar nenhuma atividade de nivelamento para lavoura. Isso seria um sonho? Não! 
Isso é o cerrado, com relevo composto de planaltos e planícies, por isso o item está 
incorreto!!!
O) Certo. Pode ser que você conheça o berço das águas, o planalto central, mas, 
se não conhece, com certeza, é influenciado pelas águas que nascem aqui, São 
Francisco, Tocantins Araguaia. Todas as grandes bacias nacionais têm origem na 
região do Centro-Oeste e, portanto, são essenciais para economia do Goiás e de 
todo o Brasil.
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c) Errado. Não é legal essa coisa de que o cerrado é savana e não tem leão. Isso 
pode confundir a cabeça das pessoas, o cerrado brasileiro é o bioma de savana que 
possui a maior biodiversidade do planeta, tanto no aspecto animal como vegetal.
d) Errado. Um dos maiores desafios da agroindústria é aumentar a produtividade 
sem aumentar a área agricultável. A busca por esse equilíbrio de desenvolvimen-
to e conservação visa a uma maior conversão da biodiversidade nativa, a fim da 
preservação e não do extermínio de biomas. Assim, agricultura moderna praticada 
no Brasil tem como objetivo a preservação, e a adição de pasto em nada ajuda na 
manutenção da biodiversidade endêmica.
e) Errado. O Cerrado faz parte do clico ecológico do fogo. Isso quer dizer que a 
fauna e a flora da região são adaptadas às queimadas. As plantas e os animais 
são adaptados ao fogo natural e, caso você queria pesquisar, é bem complicado de 
acontecer. As unidades de conservação são refúgios para a fauna e a flora, longe 
da prática tradicional de limpeza da área por meio do uso do fogo, portanto o item 
é incorreto.
Bioma Pantanal
O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. É o bio-
ma de menor extensão no Brasil. Como já sabemos, tamanho não é documento; 
então, estamos falando de uma das regiões mais ricas em biodiversidade do pla-
neta. Tem a extensão aproximada de 150.355km² ocupando cerca de 1,76% do 
território nacional.
O pantanal ocorre em uma planície aluvial e é influenciado diretamente pelos 
rios que drenam a bacia do Alto Paraguai. Trata-se de uma imensa planície, leve-
mente ondulada, com a presença rara de morros isolados e rico em pequenas de-
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pressões. O território é cortado por diversos rios, todos eles pertencentes à Bacia 
do Rio Paraguai. O relevo da região tem altimetria entre 600 e 700 metros e se 
estende até a cordilheira dos Andes.
O clima do Bioma Pantaneiro é o Tropical Continental, com duas estações do ano 
bem definidas: uma seca e outra chuvosa. Durante a seca, nos campos extensos 
cobertos por gramíneas e vegetação do cerrado, a água de superfície chega a es-
cassear, restringindo-se aos rios perenes e grandes lagoas.
No período chuvoso, a concentração de chuva e o relevo de planície, repleto de de-
pressões, levam ao encharcamento do solo e, por consequência, a inundações nas áre-
as mais baixas. Somente os terrenos mais elevados e os morros isolados sobressaem 
como verdadeiras ilhas cobertas de vegetação, nas quais muito animais se refugiam.
O clima é quente no verão, com temperatura média em torno de 32ºC, e frio e 
seco no inverno com média em torno de 21º C, ocorrendo ocasionalmente, geadas 
nos meses de junho e agosto. A precipitação pluviométrica anual está entre 1.000 
e 1.400mm, sendo dezembro e janeiro os meses mais chuvosos. No verão, entre 
outubro e maio, é a época das chuvas.
Seca Enchente Cheia Vazante
junho a setembro outubro a dezembro janeiro a março abril a maio
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Beleza, professor. O Pantanal é lindo, mas me diz o que há de tão especial?
O pantanal sofre influência de diversos biomas brasileiros e tem uma função am-
biental gigantesca, uma vez que espécies que estão em vias de extinção, em alguns 
de seus habitats no pantanal, são encontradas, de certa forma, em abundância.
O pantanal é uma área de aproveitamento econômico interessante, tendo como 
principal atividade econômica a agropecuária extensiva, que se vale dos pastos 
naturais da região; com isso, a região sofre com uma menor intervenção humana. 
Além disso, uma das atividades mais desenvolvidas na região é o turismo ecológi-
co, que depende diretamente do processo de preservação ambiental.
9. (FGV/ASSISTENTE SOCIAL-MT/2013)
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Com relação aos biomas brasileiros representados no mapa acima, assinale V para 
a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
�( )� O Bioma Amazônia e o Bioma Pantanal ocupam, juntos, mais de metade do 
território brasileiro.
�( )� O Bioma Pantanal é o de menor extensão territorial.
�( )� O Bioma Cerrado constitui a maior superfície inundável interiorana do mundo.
As afirmativas são o, respectivamente,
a) F, V e F.
O) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) F, F e V.
Letra a.
Gosto de fazer as questões de múltiplas escolhas tentando aumentar as minhas 
chances de acerto, assim vou realizar a resolução para que você tenha uma ideia 
de como faço. É o meu jeito, para mim, faz sentido, mas talvez para você não. O 
importante é tentar ajudar, vamos lá!?
A primeira afirmação diz que a Amazônia e o Pantanal ocupam, juntos, metade do 
território brasileiro. Essa informação para você é fácil, mas, na prova, você poderia 
ficar na dúvida. Quando é uma questão desse tipo, eu gosto de eliminar os itens 
a partir das minhas certezas. O item está incorreto porque o domínio amazônico 
ocupa cerca de 45% do território nacional, já o pantanal ocupa cerca de 1,19%, 
não totalizando mais de 50% do território nacional.
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Já na segunda afirmação vem a felicidade de eliminar uma quantidade enorme das 
alternativas. “O bioma Pantanal é o de menor extensão territorial.” Lindo! Já sei que 
essa é a correta, porque vi na aula do professor Caio que, dentro dos biomas bra-
sileiros, esse é o de menor extensão. Em relação a essa, eu tenho certeza!! Daí já 
vou eliminar as alternativas C e E, pois elas afirmavam que esse item está errado.
Vamos, então, para a nossa última proposição: “O bioma Cerrado constitui a maior 
superfície inundável interiorana do mundo”. Felicidade em ter estudado, pois eu 
sei que o Cerrado possui um relevo de planaltos e, portanto, só o dilúvio divino ou 
algum evento da mesma magnitude poderia inundar essa área, então a marcamos 
com falsa!
Assim, sabendo de duas das três, com certeza, vamos encontrar a sequência cor-
reta, nos restando apenas a alternativa A.
10. (FGV/IBGE/TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICA E ESTATÍSTICA/2016) “O 
Pantanal Mato-Grossense é uma planície de inundação periódica reconhecida na-
cional e internacionalmente pela exuberância de sua biodiversidade como uma das 
áreas úmidas de maior importância do globo”.
Fonte: CSR/IBAMA. Monitoramento do Bioma Pantanal 2008-2009. Brasília: MMA, 2011
O Pantanal é um sistema frágil e vem sendo ameaçado por ações antrópicas, sobre-
tudo nas últimas décadas. Uma característica natural do Pantanal e um efeito das 
ações antrópicas nos seus ecossistemas são, respectivamente:
a) a influência da massa de ar Equatorial Atlântica no regime pluviométrico; o as-
soreamento dos canais fluviais pela pecuária intensiva;
O) o predomínio da vegetação de cerrado nas áreas ciclicamente alagadas; a inci-
dência de chuvas ácidas pela expansão industrial;
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c) a preponderância de uma floresta tropical pluvial homogênea; a poluição dos 
canais fluviais pelo uso de pesticidas nas áreas agrícolas;
d) a ocorrência de duas estações climáticas bem definidas; a contaminação das 
bacias com dejetos de atividades mineradoras;
e) a escassez de nutrientes em função do ciclo de inundações; o aumento do des-
matamento pela expansão da sojicultura nas terras baixas.
Letra d.
a) Errado. A influência da massa de ar equatorial continental formada na região 
amazônica não é uma ação antrópica, pois ações antrópicas são aquelas provocadas 
pelo homem. É um fenômeno natural. Assoreamento é um problema ambiental ca-
racterizado pela morte dos rios, ocorrendo a partir do acúmulo de sedimentos no lei-
to do rio, tornando-o, por consequência, cada vez menos profundo até a sua morte.
Já a pecuária intensiva ou de confinamento não interfere diretamente nesse processo. 
Apesar de criar diversos problemas ambientais, o assoreamento não é um deles.
O) Errado. A primeira parte do item é perfeita! As áreas que sofrem a inundação 
no pantanal são compostas basicamente de gramíneas, que são, inclusive, usadas 
na pecuária extensiva da região, e a composição arbórea é de um campo sujo, típi-
co do cerrado. Mas, no pantanal, não temos grandes atividades industriais, que são 
as maiores responsáveis pela ocorrência de chuvas ácidas; são elas ou atividades 
vulcânicas. Então, item incorreto!
c) Errado. Apesar de sofrer influência direta de três importantes biomas brasilei-
ros – Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica –, não é a floresta Tropical que tem a 
preponderância do Pantanal, e os pesticidas e herbicidas são um problema para as 
grandes lavouras. A região se utiliza principalmente de pastagem natural para o 
desenvolvimento da pecuária extensiva.
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d) Certo. Chegamos ao nosso gabarito oficial, e a primeira parte da proposição não 
nos deixa dúvida: o Pantanal possui duas estações climáticas bem definidas, uma 
seca e outra chuvosa.
A segunda parte merece atenção! A região do Pantanal pode ser regionalizada 
em pantanal do Sul e do Norte para que expliquemos melhor. No pantanal do Sul, 
ocorre uma atividade mineradora importante de extração de Ouro e Diamante. Já 
o Pantanal Norte é onde o grande interesse minerador existe; é nessa região que 
está localizado o MACIÇO DO URUCUM (grave esse nome, pois ele é adorado pelos 
geógrafos brasileiros), que fica no município de Corumbá e é onde se situa uma 
das maiores jazidas de manganês da América Latina, com mais de 100 bilhões de 
toneladas e, também, as de ferro com cerca de 3 bilhões de toneladas. O manganês 
é extraído de minas subterrâneas e o ferro, em minas de céu aberto.
As atividades de mineração subterrâneas podem afetar os lençóis freáticos que 
abastecem rios, córregos e poços, contaminando a água. Portanto, item correto! 
Muita atenção nas informações. FIQUE ATENTO(A)!!!
e) Errado. A incoerência toma conta da proposição, pois ela fala em solo com baixo 
nutriente e aponta, em seguida, o aumento na cultura de soja. Item incorreto!!
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Bioma Pampa
O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 
176.496km². Isso corresponde a 63% do território brasileiro. As paisagens naturais 
do Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros rupestres e coxilhas. A 
paisagem da região é caracterizada pelo predomínio dos campos nativos, mas há 
também a presença de mata ciliares, matas de encosta, matas de pau-ferro, for-
mação arbustivas, banhados e muitas outras.
Alguns termos são comumente utilizados e, para que não fiquem dúvidas, quero 
que você conheça cada um.
Coxilha: são formações de relevo caracterizado por uma sucessão de monte e reco-
berto por pastagem natural. Esse relevo passa a sensação de um relevo ondulado.
Mata ciliar: são formações vegetacionais que acompanham cursos de água, sendo de 
grande importância na proteção e preservação dos cursos de água. As matas ciliares 
irão se diferenciar das matas de galeria pelo fato de as copas das árvores se encontra-
rem, sendo característica de áreas de nascente ou de pequenos cursos de água.
Mata de galeria: tem as mesmas características da ciliar, porém as copas das árvo-
res não se tocam. É comumente encontrada em cursos de água de maior distância 
entre as margens.
O clima da região é o suOtropical caracterizado pelas 4 estações do ano bem 
definidas. Toda a região Sul do país é caracterizada pela presença marcante desse 
clima e você que quer estagiar antes de fazer a sua viagemclássica pela Europa no 
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inverno vai primeiramente conhecer a beleza do nosso Brasil quase europeu. Lógico 
que você vai em Gramado sentir o frio serrano e beber um dos melhores vinhos do 
mundo, mas, se você não beber, vai comer chocolate muito bem também.
O clima subtropical é uma transição do clima tropical para o clima temperado, 
no qual as 4 estações do ano são muito bem definidas; portanto, lá temos: inver-
no, primavera, verão e outono. Lá as médias de temperaturas anuais giram em 
torno de 18ºC, as chuvas são bem distribuídas no ano.
Esta característica é decorrente da localização latitudinal da região que fica 
abaixo do Trópico de Capricórnio fazendo com toda a área fique na zona térmica 
temperada.
Desde o processo de colonização, a região teve como principal atividade eco-
nômica a pecuária extensiva sobre os campos nativos. Com o desenvolvimento 
econômico e tecnológico, foi buscado um melhor aproveitamento da região; com 
isso, foram sendo introduzidos novos tipos de pastagens, a fim de garantir uma 
maior produtividade. Além da pecuária, foi se desenvolvendo na região uma cultura 
agrícola e, dessa forma, iniciamos a substituição da cobertura vegetal original pelas 
grandes fazendas monocultoras, fato que acelerou o processo de degradação do 
bioma da região.
A REGIÃO de ocorrência do clima subtropical é caracterizada, também, pela pre-
sença da mata de araucária, ou floresta de araucárias, que se trata de uma cober-
tura vegetal de coníferas. Trata-se de uma região bastante desgastada e explorada, 
possuindo atualmente cerca de 2% de sua cobertura original preservada.
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11. (FCC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/ANALISTA AMBIENTAL/PIAUÍ/2016) Con-
sidere a distribuição dos Biomas brasileiros numerados no mapa a seguir.
a) 1 Caatinga; 2 Pampa; 3 Amazônia; 4 Cerrado; 5 Mata Atlântica; 6 Amazônia.
O) 1 Pampa; 2 Caatinga; 3 Pantanal; 4 Cerrado; 5 Mata Atlântica; 6 Pantanal.
c) 1 Pampa; 2 Caatinga; 3 Amazônia; 4 Pantanal; 5 Cerrado; 6 Mata Atlântica.
d) 1 Caatinga; 2 Pampa; 3 Cerrado; 4 Amazônia; 5 Mata Atlântica; 6 Pantanal.
e) 1 Caatinga; 2 Pampa; 3 Amazônia; 4 Cerrado; 5 Mata Atlântica; 6 Pantanal.
Letra e.
Uma imagem vale mais do que mil palavras:
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12. (ESAF/DNIT/ANALISTA EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES/2013) Um 
bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, 
em escala regional, com flora e fauna similares, definida pelas condições físicas 
predominantes nessas regiões. Com relação aos biomas existentes no Brasil, é in-
correto afirmar que:
a) a Amazônia é a maior reserva de biodiversidade do mundo e o maior bioma do 
Brasil, ocupando quase metade do território brasileiro.
O) o Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, cobrindo 22% do território brasi-
leiro. No Cerrado, predominam formações da savana e clima tropical quente subú-
mido, com estações seca e chuvosa bem pronunciadas.
c) o bioma Pampa está presente nos três estados da Região Sul do Brasil e é um 
bioma exclusivamente brasileiro. O pampa é marcado por clima chuvoso, sem pe-
ríodo seco regular, com ocorrência de frentes polares e de temperaturas negativas 
no inverno.
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d) a Mata Atlântica é um complexo ambiental que engloba cadeias de montanhas, 
vales, planaltos e planícies de toda a faixa continental atlântica leste brasileira, 
além de avançar sobre o Planalto Meridional até o Rio Grande do Sul.
e) a Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e ocupa cerca de 11% do ter-
ritório do país, sendo o principal bioma da Região Nordeste.
Letra c.
Vamos à análise do item incorreto. O Pampa gaúcho não está presente em três es-
tados brasileiros. De acordo com o MMA – Ministério do Meio Ambiente –, o citado 
bioma é exclusivo do estado do Rio Grande do Sul. Além disso, ele não é um bioma 
exclusivo do território brasileiro, podendo ser encontrado na Argentina e, também, 
no Uruguai. O bioma exclusivo do Brasil é o Pantanal.
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Bioma Mata Atlântica
A Mata Atlântica é composta por formações florestais nativas (Floresta Ombró-
fila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias; 
Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional 
Decidual) e ecossistemas associados (manguezais, vegetações de restingas, cam-
pos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste). Já deu para 
ver a complexidade do ecossistema.
Originalmente ocupava uma área de aproximadamente 1,3 milhão de km² em 
17 estados, ou seja, em toda a faixa litorânea. Atualmente, segundo dados do 
MMA, cerca 22% da mata original (alguns dados apontoam que atualmente possu-
ímos apenas 7% de mata atlântica preservada, sendo que esse total não é contí-
nuo, tratando-se de “manchas” de floresta descontinua) é preservada, porém não 
de forma contínua. A mata Atlântica é o bioma de maior biodiversidade do planeta 
por metro quadrado.
Desde o descobrimento, essa é a área mais explorada do país, inicialmente com 
o ciclo do Pau-Brasil. Os demais se utilizaram dessa região com o intuito de retira-
da de recursos ou de escoamento de produção. Com isso, ocorreu um desenvolvi-
mento econômico diferenciado na região, concentrado a maior parte da atividade 
industrial até meados do século XX.
A partir desse histórico de desenvolvimento urbano e econômico na área, ocor-
reu um aumento significativo em relação ao número de habitantes na região. Você 
se lembra, na primeira aula, quando eu disse que o dinheiro move o mundo?
O clima na região é o Tropical Litorâneo ou Tropical úmido. Trata-se de um cli-
ma quente e úmido, devido à maritimidade (proximidade do oceano), com chuvas 
espaçadas ao longo do ano, mas com períodos de maior concentração