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ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL OBJETIVOS · Diagnosticar e confirmar a gravidez · Diagnosticar doenças maternas pré-existentes, reduzindo impacto · Aconselhar/educar/apoiar a gestante e seus familiares · Identificar e minimizar os pequenos distúrbios da gravidez · Identificar e tratar precocemente as intercorrências · Estímulo ao parto normal · Anamnese e exame clínico obstétrico · Imunização · Avaliação nutricional · Prevenção e diagnóstico precoce de ca de mama e colo útero CALENDÁRIO DE CONSULTAS · Início: mais precoce possível – preferencialmente nos primeiros 120 dias · Fim: 42º dia de puerpério · Não existe alta do PN – só termina com o nascimento doconcepto · Total: mínimo 6 consultas · Até 28ª semana mensalmente · 28ª a 36ª semana quinzenalmente · 36ª a 41ª semana semanalmente PRIMEIRA CONSULTA 1. Anamnese · Idade · DUM, IG, DPP · Planejamento/aceitação gestação · Queixas · HP: comorbidades, medicamentos, ITU, alergias, internação, cirurgias, doenças ginecológicas, transfusão · HF: gemelaridade, malformações, eclampsia/pré eclampsia, câncer · HSE: tabagismo/etilismo, profissão · HGO: GPA (intercorrências, via, data, IG, aborto espontâneo/induzido, peso ao nascimento, amamentação, complicações), menarca, ciclos, sexarca, nº parceiros, parceiro atual (quem, quanto tempo, cosanguinidade), métodos contraceptivos, DSTs, infertilidade, cirurgias, última citologia, patologias mamárias 2. Exame físico geral · Peso, altura e IMC - 200g/semana 1º tri; 300-400g/semana 2º e 3º tri · Inspeção da pele e mucosas · Sinais vitais: pulso, FC, FR, T axilar, PA · Ausculta cardiopulmonar · Exame do abdome · Exame dos MMII · Pesquisa de edema – membros, face, sacro e tronco · PA: · Entre 140x90 e 160x110, sem sintomas (cefaleia, escotoma, epigastralgia), sem ganho ponderal > 500g/semana proteinúria de fita e US · >140x90 + proteinúria de fita positiva e/ou sintomas OU > 160x110 suspeita de pré-eclâmpsia grave encaminha à emergência 3. Exame físico gineco-obstétrico · Manobras de Leopold: 24-26 semanas · 1ª: delimita o fundo uterino · 2ª: define situação e posição · 3ª: avalia apresentação e mobilidade fetal · 4ª: determina o grau de penetração da apresentação na pelve e seu grau de flexão · Medida da altura uterina · 10-12 semanas: começa a ser palpado acima da sínfise púbica · 16 semanas: entre sínfise púbica e cicatriz umbilical · 20 semanas: cicatriz umbilical · 20-32 semanas: correlação direta com IG (1cm = 1 semana) · AU esperada = (IG-4) + ou - 2 · Ausculta BCF · Sonar – 10-12 semanas · Pinard – 18-20 semanas · Registro dos movimentos fetais: 18-20 semanas · Exame clínico das mamas – estática e dinâmica · Exame ginecológico · Inspeção genitais externos · Exame especular · Coleta de material para preventivo · Toque vaginal CONSULTAS SUBSEQUENTES: · Data · Idade, paridade · IG (DUM ou US) · PNRH ou PNAR (motivo, local) · Comorbidades/medicamentos em uso · Exames relevantes: GS/Rh, Coombs, toxo · Questionar: perdas vaginais, hábito urinário/intestinal, movimento fetal · Queixas · Exame: peso, PA, MUF, BCF, Leopold, toque, edema · HD · CD AVALIAÇÃO DO RISCO · Fatores de risco que in Risco Características da gestação Pré-natal Habitual - 16 – 34 anos - gravidez planejada ou desejada - intervalo interpartal > 1 ano - ausência de resultados adversos (aborto, natimorto, prematuro) Ausência de intercorrências clínicas e obstétricas na gravidez anterior e/ou atual UBS Médio - < 16 e > 34 anos - tabagismo - ITU UBS Alto Intercorrências/doenças controladas - CIUR - pré-eclâmpsia e eclampsia - DMG - HAS - cardiopatias, pneumopatias, nefropatias, endocrinopatias, hemopatias - epilepsia - ITU de repetição ou 2 pielonefrites - Obesidade mórbida ou baixo peso - Suspeita clínica de câncer (NIC III ou BIRADS III) - Doenças infecciosas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, HIV) - História de infertilidade - Gemelaridade - Alterações de LA UBS Atenção secundária e serviço de referência Muito alto (com fluxos especiais) Intercorrências/doenças não controladas - Isoimunização maternofetal - Malformações - Câncer em tratamento UBS Atenção secundária Serviço medicina fetal Fluxos (cirurgias, internações) EXAMES COMPLEMENTARES Ministério da Saúde 2012 1ª CONSULTA 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE GS/Rh Coombs indireto (se Rh-) Coombs indireto (mensal a partir de 24 semanas) Hemograma Hemograma GJ TTOG 75 glicose se GJ > 85 ou fator de risco (24-28 semanas) GJ UR/urocultura UR/urocultura VDRL VDRL Anti-HIV e TR anti-HIV Anti-HIV IgM e IgG toxoplasmose IgM e IgG toxoplasmose IgM e IgG toxoplasmose HbsAg HbsAg Eletroforese de hemoglobina (se gestante negra, HF anemia falciforme, HP anemia crônica) Citopatológico de colo de útero (se necessário) HC-UFMG 1ª CONSULTA 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE GS/Rh Coombs indireto (mensal se Rh-) Coombs indireto (mensal se Rh-) Coombs indireto (mensal se Rh-) Hemograma Hemograma Eletroforese de hemoglobina GJ TTOG se fator de risco para DM Curva GJ/1h/2h se GJ 1º < 92 em 24-28 semanas UR/urocultura (mensal se +) UR/urocultura (mensal se +) UR/urocultura (mensal se +) VDRL VDRL VDRL Anti-HIV 1 e 2 Anti-HIV 1 e 2 IgM e IgG toxoplasmose IgM e IgG toxoplasmose (suscetíveis) IgM e IgG toxoplasmose (suscetíveis) HbsAg HbsAg Citopatológico de colo de útero (se necessário) Anti-HTLV 1 e 2 Streptococcus grupo B (35-37 semanas) US Indicações: · Cálculo da IG · Verificar local de implantação do ovo · Detectar nº embriões · Avaliar morfologia, crescimento e vitalidade fetal – gráfico de crescimento inadequado, redução de movimentos fetais · Exposição da gestante · Guiar procedimento invasivo · Medir colo uterino · Hemorragia na gravidez US transvaginal A partir 6 semanas Ideal: 10-14 semanas - IG através do CNN e diâmetro do saco gestacional - Rastreamento de alterações cromossômicas através da TN · Aparência ultrassonográfica do acúmulo de líquido na região cervical posterior do feto no subcutâneo, no 1º tri · 45-84mm · Rastreamento de síndrome de Down, anomalias cromossômicas, malformações cardíacas, displasias esqueléticas, síndromes genéticas · Causas de aumento da TN: disfunção CV, congestão venosa na cabeça e região cervical, composição alterada da matriz extracelular, deficiência na drenagem linfática, anemia, hipoproteinemia fetal, infecção fetal, · Se alterado: cariotipagem, US morfológico, Eco fetal - Atestar vitalidade fetal através do BCF - Nº de fetos US morfológico 18-24 semanas - Estudar morfologia - Identificar malformações - IG calculada através do comprimento do fêmur e DBP US obstétrico 32-36 semanas - Acompanhar crescimento e vitalidade · MS: é recomendado, mas não é necessário. Sua não realização não diminui a qualidade do PN. Realizar entre 16-20 semanas. SULFATO FERROSO · Anemia fisiológica da gravidez: durante a gestação observa-se ↑hemácias ↑volume plasmático (valor máximo na segunda metade da gravidez) acarretando a hemodiluição · Anemia verdadeira: Hb < 11 e Ht < 32% - hipocromia, anisocitose · Objetivo: prevenção de baixos niveis de Hb no parto e puepério · Hb < 11 na 1ª consulta ou < 10,5 na 28ª semana tratar após avaliação etiológica da anemia · 1 cp sulfato ferroso 200mg = 40 mg de Fe elemento · Deve ser realizada entre 16-20 semanas de gestação (fase de maior produção de eritrócitos, fim da fase de náuseas) e mantida por 3 meses após parto ou aborto Hb 13,5 Sem necessidade de suplementação Realizar hemograma no final do 2º trimestre Hb 11-13,5 Sem anemia Profilaxia com sulfato ferroso (1-2cps) – 30-40 mg de Fe elemento/dia com 16-20 semanas até 3 meses após parto ou até fim da lactação Hb 8-10,9 Anemia leve/moderada - Solicita EPF - Trata com sulfato ferroso – 120-240mg de Fe elemento/dia - Repetir Hb em 30-60 dias: Se níveis em elevação mantém tto até Hb 11 (10,5 HC). Em seguida, mantém como profilaxia. Se níveis estáveis ou em redução, encaminhar ao PNAR Hb < 8 Anemia grave - Trata comsulfato ferroso – 120-240mg de Fe elemento/dia - Encaminhar ao PNAR ÁCIDO FÓLICO · Profilaxia de defeitos do tubo neural: 400 mcg/dia (manipular) 3 meses antes até 8 semanas de gestação. Doses > 400 devem ser evitadas (mascara anemia perniciosa) · Redução de risco de anemia por deficiência de ácido fólico: 1 mg/dia · Gestações múltiplas/uso de anticonvulsivantes/hemoglobinopatias: iniciar precocemente 1-2mg/dia HIV · Diagnóstico = 2 TR positivos (kits diferentes) OU ELISA + WB · Casos inconclusivos: realizar carga viral · Transmissão vertical: 25% · Tratamento de escolha: TNF + 3TC + EFZ · Se paciente já em uso de outra terapia, manter esquema se medicações não teratogênicas · Transmissão vertical: cerca de 25% · Parto: · CV < 1000: via de parto obstétrica · CV ≥ 1000 ou desconhecida: cesárea · Manter terapia tríplice durante o parto · Realizar profilaxia: AZT durante o trabalho de parto ou cesárea eletiva, pelo menos 3h antes do nascimento Dose de ataque: 2mg/kg em 1 hora Dose de manutenção: 1mg/kg 1-1h · Amamentação contraindicada HEPATITE B HBsAg negativo - Aconselhamento - Vacina - HBsAg antes do parto HBsAg positivo - Solicitar HBeAg e anti-HBc - Solicitar transaminases Se positivos · Encaminhar ao PNAR · Tto: tenofovir e lamivudina · Função hepática, PTTa e albumina trimestrais · Ig/vacina nas primeiras 12h HEPATITE C · Rastreio em pacientes de risco: presidiárias, usuárias de drogas injetáveis, tatuadas, portadoras de piercing ou com múltiplos parceiros, HIV + ou parceiro HIV +, transfusão prévia · Anti-HCV PESQUISA DE STREPTOCOCCUS BETA HEMOLÍTICO (S. agalactiae = GBS) · Coleta 35-37 semanas · Swab da cavidade vaginal e ampola retal · ATBprofilaxia durante trabalho de parto · Se cultura positiva entre 35-37 semanas · Se cultura não realizada e fatores de risco: - Trabalho de parto < 37 semanas - T intraparto > 38°C - Amniorrexe > 18h · Bacteriúria por GBS em qualquer IG (dispensa swab) · Gestantes com filhos acometidos por GBS em gestação prévia (dispensa swab) PENICILINA G CRISTALINA 5.000.000 UI EV (ataque) + 2.500.000 UI EV 4/4h até o parto AMPICILINA 2g EV (ataque) + 1g 4/4h até o parto CEFAZOLINA 2g EV (ataque) + 1g 8/8h até o parto · Contraindicações à profilaxia: · Cesárea eletiva na ausência de trabalho de parto ou RPM · Cultura negativa < 5 semanas, mesmo que fatores de risco · Gestação anterior cultura positiva TOXOPLASMOSE IgM-/IgG+ Portador Contato prévio Infecção prévia (>1ano) Toxo crônica - Abandonar rastreamento - Sorologia trimestral se imunocomprometido IgM-/IgG - Susceptível Sem contato prévio ou Infecção há poucos dias - Prevenção primária: · Lavar as mãos ao manipular alimentos · Lavar frutas/verduras/legumes · Não ingerir carnes cruas/mal cozidas/mal passadas ou embutidos · Evitar contato com terra de jardim ou usar luvas · Evitar contato com fezes de gatos · Após manusear carne crua lavar mãos e utensílios · Não consumir leite/derivados crus/não pasteurizados · Alimentar gatos com carne cozida ou ração · Lavar mãos após contato com animais - Sorologia trimestral IgM+/IgG- Infecção muito recente ou falso positivo - Iniciar tto imediatamente com ESPIRAMICINA VO 1g 8/8h - Fazer PCR de líquido amniótico: · Positivo: iniciar terapia tríplice PIRIMETAMINA VO 25mg 12/12h + SULFADIAZINA VO 1500mg 12/12h + ÁCIDO FOLÍNICO VO 10 mg/dia // alterar com espiramicina · Negativo: manter espiramicina até o final da gestação - Repetir sorologia em 2-3 semanas (ver soroconversão) ou realizar IgA - US mensais · Se alterações suspeitas: hidrocefalia, calcificações cerebrais, ascite fetal, alterações de ecotextura hepática/esplênica terapia tríplice PIRIMETAMINA VO 25mg 12/12h + SULFADIAZINA VO 1500mg 12/12h + ÁCIDO FOLÍNICO VO 10 mg/dia IgM+/IgG+ Possibilidade de infecção durante gestação Gestação > 16 semanas: - Iniciar tto com ESPIRAMICINA VO 1g 8/8h - Fazer PCR de líquido amniótico: · Positivo: iniciar terapia tríplice PIRIMETAMINA VO 25mg 12/12h + SULFADIAZINA VO 1500mg 12/12h + ÁCIDO FOLÍNICO VO 10 mg/dia · Negativo: manter espiramicina até final da gestação Gestação < 16 semanas: teste de avidez de IgG na mesma amostra - Avidez alta (> 60%) abandonar rastreamento - Avidez baixa (< 30%) Iniciar tto com ESPIRAMICINA VO 1g 8/8h Fazer PCR de líquido amniótico: · Positivo: iniciar terapia tríplice PIRIMETAMINA VO 25mg 12/12h + SULFADIAZINA VO 1500mg 12/12h + ÁCIDO FOLÍNICO VO 10 mg/dia · Negativo: manter espiramicina até final da gestação US mensais · Se alterações suspeitas: hidrocefalia, calcificações cerebrais, ascite fetal, alterações de ecotextura hepática/esplênica terapia tríplice PIRIMETAMINA VO 25mg 12/12h + SULFADIAZINA VO 1500mg 12/12h + ÁCIDO FOLÍNICO VO 10 mg/dia · Notificação compulsória e encaminhamento ao PNAR · Marcadores de infecção aguda: IgA positiva; baixa avidez de IgG (< 30%); soroconversão de IgM; aumento de 4x em soros pareados nos títulos de IgG · Se diagnóstico de toxo aguda após 30 semanas de gestação: iniciar terapia tríplice · Suspeita de infecção aguda: · PCR de LA: padrão ouro · US mensal: busca de complicações fetais Alterações em qualquer um destes autorizam tto com terapia tríplice · Espiramicina: impede/retarda a passagem de T. gondii para o feto · Terapia tríplice: trata o feto · Pirimetamina: evitar antes de 20 semanas de gestação (teratogênica) · Sulfadiazina: pode causar kernicterus monitorar SÍFILIS · Teste treponêmicos: TR e FTA-Abs · Teste não treponêmico: VDRL · A partir de 1:1 é considerado reagente VDRL negativo Ausência de contato prévio ou tratamento eficaz Repetir VDRL: 3º trimestre, no parto ou pós aborto VDRL positivo Realizar teste treponêmico · FTA-Abs positivo tratar FTA-Abs negativo descarta sífilis · Notificação compulsória · Sempre realizar teste treponêmico para documentar (se negativo, suspende tto) · Sempre tratar o parceiro e orientar uso de preservativo · Tratamento: · 1ª escolha: Penicilina G benzatina 1 ampola = 1.200.000 UI · Alternativo: DOXICICLINA 100mg 12/12h por 14-30 dias; ceftriaxona 1-2g IM ou EV 10-14 dias; tetraciclina 500 mg 6/6h 14 dias · Neurossífilis: penicilina G cristalina 12.000.000-14.000.000 UI/dia 4/4h por 10 dias · Controle de cura: · VDRL mensal · Primária e secundária: títulos diminuem 4x em 3 meses · Títulos baixos e estáveis em 2 oportunidades após 1 ano = alta Sífilis primária Cancro duro (vagina, colo de útero) Tto: PENICILINA G BENZATINA 2.400.000 UI IM dose única Sífilis secundária Erupções cutâneas eritematosas generalizadas exantemáticas; pápulas palmoplantares eritemato-descamativas; alopecia; placas úmidas em vulva e períneo (condiloma plano) Tto: PENICILINA G BENZATINA 2.400.000 UI IM duas doses 7/7 dias Sífilis terciária Alterações em órgãos e sistemas: goma Tto: PENICILINA G BENZATINA 2.400.000 UI IM 3 doses 7/7 dias URINA · Fatores que favorecem ITU na gestação: estase urinária por redução de peristaltismo ureteral,maior produção de urina, glicosúria, aminoacidúria · Modificações imunológicas fazem com que a maioria dos episódios sejam oligossintomáticos e graves Proteinúria Traços Repetir em 15 dias Se mantiver, encaminhar para alto risco Traços + HAS e/ou edema Encaminhar para alto risco Maciça Encaminhar para alto risco Piúria/bacteriúria/ leucocitúria Cultura positiva (≥ 100.000 UFC) Tratar ITU empiricamente Solicitar antibiograma Ajustar medicação após antibiograma Se ITU de repetição/refratária – alto risco Se pielonefrite – emergência obstétrica Hematúria Com piúria Considerar ITU e tratar como acima Isolada Encaminhar para especialista Cilíndrúria Encaminhar para alto risco Outros elementos Sem condutas especiais FATOR Rh DIABETES MELLITUS HC-UFMG Se a gestante tiver realizado GJ e G2h em IG ≥ 24 sem: GLICEMIA JEJUM G 1-2H APÓS 75g DEXTROSOL GJ < 92 e G2h 140-153 Curva (resultados acima) Se fatores de risco, realizar rastreio com < 24 semanas com TTOG. ADA 2011 ·Rastreamento inicial: NÃO é mais recomendado · 24ª-28ª semanas: curva glicêmica (GJ + G1 e 2h pós 75g dextrosol) · GJ maior ou igual a 92 Um único valor alterado já confirma diagnóstico de DMG · 1h maior ou igual a 180 · 2h maior ou igual a 153 MS-2012 VACINAÇÃO Vacina dupla tipo adulto (dT) – difteria e tétano · Proteção da gestante contra tétano acidental e prevenção do tétano neonatal · Contra-indicações: - hipersensibilidade ou choque após dose anterior - hipersensibilidade aos componentes do produto - síndrome de Guillain Barré 6 sem após vacin · Efeitos adversos: - locais: dor, eritema, edema - sistêmicos: febre, cefaleia, irritabilidade, sonolência, perda de apetite e vômito · Para profilaxia do tétano neonatal a 2a dose no caso de gestantes não vacinadas ou o reforço no caso das vacinadas previamente deve ser, no mínimo, 20 dias antes do parto. · A vacina tríplice acelular do tipo adulto (dTpa) pode ser utilizada na gestante, mas é recomendada a partir de 20 semanas e tem a vantagem da vacinação contra coqueluche (Pertussis). · Não vacinadas: 1ª dose dTpa após 20 semanas, 2ª e 3ª doses dT · Necessidade de reforço: 1 dose da dTpa após 20 semanas. Sem dose registrada Gestante não vacinada e/ou situação vacinal desconhecida Iniciar o esquema o mais precoce possível 2 doses dT + 1 dose dTPa 27-36 semanas Esquema vacinal incompleto (1 ou 2 doses) Menos de 3 doses registradas Completar o esquema o mais precoce possível 1 dose dT + 1 dose de dTPa 27-36 semanas OU Somente 1 dose de dTPa 27-36 semanas Esquema vacinal completo (3 doses ou mais), independente da última dose 1 dose de dTPa 27-36 semanas Vacina contra hepatite B · Vacinar após 1º trimestre, independente da faixa etária · 3 doses: 0-30-180 dias Esquema incompleto (1 ou 2 doses) Completar o esquema Esquema completo Não deve vacinar HBsAg - Vacinar HBsAg+/HBeAg+ Vacina e Ig no neonato nas primeiras 12 horas após o parto (profilaxia da transmissão vertical) Vacina contra raiva humana · Em situações pré e pós-exposição, NÃO é contra-indicada · Receber a vacina somente se não puder evitar exposição Vacina contra febre amarela: · Não deve vacinar de rotina · Indicações: surtos, residência ou deslocamento para áreas endêmicas Vacina tríplice viral · Após vacinação, deve-se aguardar 30 dias para engravidar · Caso a gravidez ocorra nesse período ou a vacinação seja inadvertida, NÃO está indicada interrupção da gestação Vacina H1N1 · Dose única nas campanhas anuais · Qualquer idade gestacional Contraindicadas: sarampo, caxumba, rubéola, Sabin, varicela, HPV, FA SINAIS PARA PROCURAR SERVIÇO DE EMERGÊNCIA · Sangramento vaginal · Cefaleia que não melhora com analgésico comum – paracetamol Transtornos visuais · Dor abdominal · Febre · Perdas vaginais · Dificuldade respiratória · Cansaço · Contrações de 5 em 5 min · Edema de face e de mãos · Perda de movimentos fetais nas últimas 24h TESTES DE VITALIDADE FETAL · Exames: · Cardiotocografia anteparto · Perfil biofísico fetal · Dopplervelocimetria · Indicações HC: · Suspeita de comprometimento fetal · Diminuição de movimentação fetal · CIUR · Após 40 semanas MEDICAMENTOS · Podem ser usados: insulina, hormônios tireoideanos, vitaminas, metildopa · Não podem ser usados: isotretinoína e sulfas · Evitar AINEs no 3º trimestre OUTRAS ORIENTAÇÕES · Dieta: hipercalórica (aumento de 300kcal/dia), hiperproteica (1g/kg/dia), hipoglicídica e hipolipídica; aumento do consumo de cálcio (1,4g/dia) · Viagens: aéreas são permitidas até 36 semanas, mediante atestado médico. Em viagens longas, usar meias compressivas e realizar movimentação frequente · Atividade sexual: evitar após intercorrências como sangramentos e risco de parto prematuro · Atividade física: manter ou iniciar atividade aeróbica regular, não extenuante; evitar atividades de alto impacto, contato físico, decúbito ventral, com risco de queda · Contraindicações: pré-eclâmpsia, HAS, TPPT prévio, RPM, insuficiência cervical, sangramento vaginal, CIUR, doença tireoideana descompensada, doença cardiopulmonar · Higiene: evitar duchas vaginais; evitar banhos quentes, de imersão e saunas na 1ª metade (risco de defeitos de tubo neural e abortamento) · Tratamento odontológico: evitar anestésico com vasoconstritor; evitar RX – se imprescindível, proteger abdome com avental de chumbo e realizar a partir do 2º trimestre · Cosmiatria: evitar tintura de cabelo no primeiro trimestre; contraindicados hidratantes com ácido glicólico e ácido retinoico · Preparo das mamas: banho de sol, usar sutiãs firmes, evitar hidratação abundante LEGISLAÇÃO · Mudança de função: permitida caso sua atual função cause problemas à saúde materno-fetal. Deve levar atestado médico comprovando a necessidade de mudança · Estabilidade no emprego: da data de confirmação da gestação até 5 meses após parto. Só pode ser demitida por justa causa. · Licença maternidade: 120 dias, a partir do 8º mês, com remuneração integral e benefícios legais. Esse período pode ser prorrogado por 2 semanas em casos comprovados por atestado médico. · Adoção de crianças < 1 ano: 120 dias · Adoção de crianças 1-4 anos: 60 dias · Adoção de crianças 4-8 anos: 30 dias · Salário-maternidade: não exige tempo mínimo de contribuição na Previdência; contribuintes facultativas/individuais requerem 10 meses de contribuição; asseguradas especiais requerem 10 meses de trabalho rural comprovados. · Após abortamento espontâneo ou legal: direito a salário maternidade por 2 semanas · Dispensa do trabalho: direito a dispensa por 2 períodos/dia de 30 minutos para amamentar até o bebê completar 6 meses. · Licença paternidade: 5 dias, logo após o nascimento Glicemia de jejum 1ª consulta < 92 92-125 ≥ 126 2 medidas DMPG GJ/1h/2h pós 75g dextrosol 24-28 semanas GJ > 92 OU G1h > 180 OU G2h > 153 OU DMG Repetir GJ GJ > 92 DMG Glicemia de jejum 1ª consulta < 85 SEM fatores de risco 85-109 GJ 24-28 semanas < 85 COM fatores de risco TTOG 75g 24-28 semanas GJ > 110 G2h > 140 DMG TTOG 75g 24-28 semanas GJ > 100 G2h > 140 DMG ≥ 110 GJ imediata GJ < 110 TTOG 24-28 semanas GJ ≥ 110 DMG ≥ 200 DMPG Gestante Rh-/DU+ Gestante Rh-/DU- Parceiro Rh+/desconhecido Cooms Indireto na 1ª consulta Positivo Negativo Gestante Rh- Parceiro Rh- Considera RH+ Fim da propedêutica Fim da propedêutica S/ risco de aloimunização Acompanhamento especializado Repetição mensal do CI a partir de 20 sem CI positivo Acompanhamento especializado CI negativo Profilaxia antenatal disponível Ig anti-D com 28 sem e até 72h após o parto se RN Rh+ Profilaxia antenatal indisponível Ig anti-D até 72h após parto se RN Rh+ e CI neg
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