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TRANSMISSÃO DIAGNÓSTICO INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS TRATAMENTO PREVENÇÃO - Toxoplasma gondii - O risco de transmissão é em torno de 40%, aumentando com o passar da gestação. - Mais grave no início da gestação, mais acometimentos no feto. • 1º tri: 6-14%. • 2º tri: 29-40%. • 3º tri: 59-72%. - Risco quase 100% se a infecção ocorrer no último mês da gestação. 1. Laboratorial: ELISA, ISAGA, teste de avidez, PCR, reação Sabin Feldman. 2. Imagem: RX, TC, RM, RX tórax, ECG • IgM – e IgG – Suscetível •IgM – e IgG + Infecção prévia • IgM + e IgG – Infecção aguda: TRATAR •IgM + e IgG + Até 16s: teste de avidez Após 16s: TRATAR OBS: Teste de avidez ↑ - infecção antiga ↓ - infecção aguda - Antes 30 semanas: espiramicina até o final da gestação se concepto não infectado e iniciar investigação fetal. - Final 2º trimestre ou 3º trimestre com infecção comprovada ou altamente suspeita: sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico até o fim da gestação. *OBS: Ministério da saúde orienta associar espiramicina ao esquema tríplice! SULFADIAZINA 1500mg VO de 12/12 horas (3g/dia) PIRIMETAMINA 25mg VO de 12/12 horas (50mg/dia) ÁCIDO FOLÍNICO 10-20mg 3x/semana. Ácido folínico combate ação antifólica da pirimetamina, impedindo supressão medular. - Triagem sorológica em gestantes suscetíveis e tratamento de gestantes infectadas. - Educação higiênica à gestante: lavar alimentos, não ingerir alimentos crus ou malpassados, higienizar mãos e utensílios, evitar contato com fezes de gato, areia, jardins. TRANSMISSÃO QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS TRATAMENTO SEGUIMENTO - Treponema pallidum. - Bactéria gram negativa. - Transmitida principalmente por contato sexual, mas pode ser transmitida verticalmente ao feto durante a gestação de mulher infectada ou não tratada adequadamente. - Espiroquetas são invasivas em pele e mucosas, causando lesões muco cutâneas. - Levar em conta o estágio da sífilis materna e a duração da exposição do feto no útero. - Podem resultar em abortamento, prematuridade, natimortalidade, manifestações congênitas precoces/tardias e óbito do RN. • TESTES TREPONÊMICOS: - Indicados para monitoramento da resposta ao tratamento, já que permanecem reagentes por toda a vida. - Teste rápido, teste de hemaglutinação, FTA- Abs, ELISA. • TESTES NÃO TREPONÊMICOS: - Análise quantitativa (títulos) e qualitativa (+/-). - São indicados para diagnóstico, monitoramento da resposta ao tratamento e controle de cura. - A queda adequada de títulos é indicativo de sucesso no tratamento. - Títulos baixos (< 1:4) podem permanecer por meses ou anos. - VDRL, RPR e USR. • FTA-Abs - e VDRL - Não é sífilis OU janela imunológica. • FTA-Abs + e VDRL - Sífilis precoce OU sífilis curada (cicatriz sorológica). • FTA-Abs - e VDRL + Falso positivo (comum em colagenoses). • FTA-Abs + e VDRL + Sífilis. - Penicilina benzatina: 2,4 MI de UI, via IM, 1x/semana durante 3 semanas. - Eritromicina, ceftriaxona ou azitromicina = pode usar porém considera- se TTO NÃO ADEQUADO. - TTO adequado: penicilina benzatina, início 30 dias antes do parto, respeito ao intervalo de doses, queda do título pelo menos 2 diluições, avaliação reinfecções. - Cicatriz sorológica: título reagente com títulos baixos (1:1, 1:4). - Alérgicas à penicilina dessensibilização e após administrar normalmente. - Acompanhamento sorológico mensalmente até o parto. - Após, realizar VDRL a cada 3 meses até completar 12 meses do tratamento. - Para dizer que houve resposta ao tratamento é necessário ter queda de pelo menos 2 diluições. - OBS: O parceiro também deve ser tratado mas não é critério para considerar a gestante adequadamente tratada. TRANSMISSÃO RASTREIO MANEJO OBSTÉTRICO E VIAS DE PARTO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO AMAMENTAÇÃO NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA! - TRANSMISSÃO VERTICAL via intrauterina (integridade placentária reduzida no 3º tri), intraparto (sangue, mucosas e secreções) ou amamentação (contraindicada). - Cesariana protetora pode reduzir risco de transmissão vertical intraparto. - Gestações planejadas possuem menor risco de transmissão vertical. - Fatores de risco: grau de viremia, amamentação, infecções periparto, RPMO, prematuridade, instrumentação e via de parto. - TESTAGEM: • Pré-Natal: 1ª consulta (idealmente no 1ª trimestre) e início do 4º trimestre (28s). • Maternidade: momento do parto. • Exposição de risco/violência sexual. - GESTANTE INFECTADA: deve ser referenciada para pré- natal de alto risco ou serviço especializado, além da atenção básica. Deve ser feito seguimento clínico, laboratorial e uso de TARV. - Contagem de CD4 a cada 3 meses. • Gestante com CV desconhecida ou detectável na 34ª semana: cesariana eletiva, empelicada, a partir da 38ª semana AZT injetável IV no parto. • Gestante com CV detectável < 1000 cópias/mL na 34ª semana: parto segundo indicação obstétrica, pode ser vaginal AZT injetável IV no parto. • Gestante com CV indetectável na 34ª semana: parto segundo indicação obstétrica, preferencialmente vaginal manter TARV habitual, VO. AZT (zidovudina): administrada durante o início do TP ou até 3h da cesariana, até o clampeamento. - Se teste rápido positivo: novo teste rápido com antígeno diferente + confirmação laboratorial. - Após confirmar, solicitar CV-HIV para avaliar genotipagem do vírus e tratamento adequado. - Coletar amostra de sangue para genotipagem em todas as gestantes antes de receber TARV, mas não é necessário esperar resultado para início da TARV. • INÍCIO TARV PELA 1ª VEZ: > 12 SEMANAS: TDF + 3TC + DTG ≤ 12 SEMANAS: TDF + 3TC + EFZ (preferencial) ou TDF + 3TC + ATV/r (se resistência ou genotipagem indisponível). • USO PRÉVIO DE TARV Manter o mesmo esquema desde que não haja medicamento contraindicado na gestação. OBS: TDF = tenofovir, 3TC = lamivudina, RAL = raltegravir, DTG = dolutegravir, EFZ = efavirenz, ATV/r = atazanavir/ritonavir - Aleitamento materno CONTRAINDICADO. - Uso de preservativo durante a lactação em puérperas soronegativas. DEFINIÇÃO E FATORES DE RISCO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO CONTROLE GLICÊMICO COMPLICAÇÕES CUIDADOS NO PARTO - Intolerância à carboidratos de gravidade variável. - Uma das condições mais comuns da gestação. FATORES DE RISCO: obesidade, idade materna >25 anos, história família e/ou pessoal positiva, gemelaridade, HAS, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, macrossomia pregressa, óbito fetal sem causa aparente. - Gestação normal: ↑ de secreção de insulina materna e ↓ nos valores de glicose no jejum. - Aumento da resistência insulínica, que fica bem definida na 24ª semana. - Deve ser investigada no início e na metade dela. - Glicemia de jejum na primeira consulta pré- natal: ≥ 126: DM prévio Entre 92-125: DMG - TOTG 75g em paciente com glicemia <92 no 1º trimestre. Deve ser realizado entre 24-28 semanas: VR: 92 (GJ), 180 (1h), 153 (2h) pelo menos 1 valor alterado - Impossibilidade TOTG: repetir GJ entre 24-28 semanas. OBJETIVO: evitar cetose, garantir adequado ganho de peso materno e desenvolvimento fetal, e sobretudo prevenir desfechos perinatais adversos. NÃO FARMACOLÓGICO: - Adequação nutricional e prática de exercício físico. - Caminhada orientada de intensidade moderada, 5 ou mais dias na semana, por 30- 40 minutos. FARMACOLÓGICO: - Insulina é a primeira escolha! - NPH: ação intermediária, controle jejum e pré-prandial. - Regular: ação rápida, controle pós-prandial. - Dose inicial: 0,5 UI/kg/dia, fracionada em 2-3 aplicações. ALVOS: - Jejum < 95 - 1h pós-prandial <140 - 2hpós-prandial < 120 Gestantes em tratamento não farmacológico devem fazer o perfil glicêmico diariamente ou pelo menos 3x/semana, com pelo menos 4 medidas. Gestantes em uso de insulina o controle deve ser diário. - O ajuste de dose deve ocorrer no mínimo de 15 dias até a 30ª semana e após semanalmente até o parto. *OBS: Antidiabéticos orais não são recomendados por falta de evidência e são utilizados em casos específicos!!! - Crescimento fetal excessivo (GIG, ≥P90, peso > 4000g); - Condições de oxigenação intrauterina (hipóxia); - Tocotraumatismos; - Hipoglicemia; - Problemas respiratórios no RN; - Obesidade e resistência insulínica (a longo prazo). *OBS: DMG não justifica indicação de cesárea! Via de parto por indicação obstétrica. Os desvios de crescimento fetal tem relação direta com a insulinemia fetal, resultante do excesso da glicose materna. - DMG bem controlado com tratamento não farmacológico não induzir antes de 39 s, conduta expectante até 40+6 se monitorada. - DMG bem controlado com tratamento farmacológico parto de 39 a 39+6. - DMG mal controlado parto a partir da 37ª semana. - Níveis de glicose intraparto: 100-120. - Glicose EV se níveis abaixo de 70. - Insulina se níveis ≥ 120 Para a maior parte dos casos a medicação deverá ser descontinuada após o parto. - Novo TOTG de 6-8 semanas após (GJ ≥ 126 ou 2h ≥ 200). DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO PRÉ-ECLÂMPSIA HELLP ECLÂMPSIA TRATAMENTO - PAS ≥ 140 mmHg - PAD ≥ 90 mmHg • HA crônica: relatada pela gestante ou identificada < 25s. • HAG: 2ª metade da gestação em gestante previamente normotensa, SEM proteinúria ou manifestação de outros sinais/sintomas relacionados à pré- eclâmspia. • Pré-eclâmpsia: hipertensão em gestante previamente normotensa a partir da 20ª semana de gestação + proteinúria significativa. • Pré-eclâmpsia sobreposta: a partir da 20ª s há piora da proteinúria já identificada, necessidade de associação de anti- hipertensivos ou aumento das doses terapêuticas, ocorrência de disfunção de órgãos- alvo. PROTEINÚRIA: pelo menos 300mg em 24h. *OBS: pré-eclâmpsia classificar sinais de gravidade. Quadros de HELLP e eclâmpsia são os de maior gravidade. • PRÉ-ECLAMPSIA SEM GRAVIDADE: orientar quanto a sinais de alarme (cefaleia intensa/persistente, alterações visuais, falta de ar ou dor abdominal epigástrica, redução MF) e controle PA alvo PA 110-140x85 mmHg. A resolução da gestação deve ser com 37s. • PRÉ-ECLAMPSIA COM GRAVIDADE: PAS ≥ 160 e PAD ≥ 110, HELLP, sinais de iminência de eclampsia, eclampsia, EAP, dor torácica, insuficiência renal indicativos de resolução da gestação! Exames: hemograma completo, DHL, bilirrubinas totais, creatinina e TGO/TGP. H: Hemólise Bilirrubinas >1,2 e DHL > 600 E: Elevadas L: Enzimas hepáticas TGO/TGP > 70 L: Baixas P: Plaquetas menor 100.000 SINTOMATOLOGIA - Mal-estar, epigastralgia, náuseas e cefaleia. *OBS: - Manter pressão no alvo. - Manter plaquetas > 50.000 para cesárea e de 20.000 para PN. *Dexametasona para resgatar plaquetopenia. - Após o parto: monitoramento em UTI, período crítico. - Presença de convulsões tônico- clônicas generalizadas, coma ou ambas, durante gestação ou puerpério. O tratamento emergencial possui como objetivo principal garantir a oxigenação materna. - NÃO indicar cesárea durante convulsão, mãe e feto acidóticos. Esperar de 4-6 horas. SULFATO DE MG - Cuidado com intoxicação! - Avaliar a cada 4h: diurese > 25, reflexos tendinosos e FR > 12. • DURANTE A GESTAÇÃO (+ comuns): - METILDOPA: 750- 2000mg/dia, 2-4x/dia - CLONIDINA: 0,2- 0,6mg/dia, 2-3x/dia. - NIFEDIPINO: 20- 120mg/dia, 1-3x/dia - HIDRALAZINA: 50- 150mg/dia, 2-3x/dia • HOSPITALAR: - SULFATO DE MAGNÉSIO: anticonvulsivante de escolha quando há risco de convulsão. Indicada profilaxia se PAS ≥ 160 e PAD ≥ 110. Neuroproteção fetal. Ataque: 4g EV 10 min. Manutenção: 1g/h EV. - HIDRALAZINA: 5mg EV - NIFEDIPINO: 10mg VO - NITROPRUSSIATO: 0,5-10mcg/kg/min.
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