Ciclo Cardíaco - Resumo Guyton

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Ciclo Cardíaco 
EVENTOS MECÂNICOS 
➡ Ciclo cardíaco - considerado desde o início 
de um batimento cardíaco até o início do 
próximo. 
➡ 0,8 segundos = 0,3s de sístole ventricular e 
0,5s de diástole. 
➡ Aumento da frequência cardíaca: a 
duração do ciclo cardíaco diminui, a 
duração do potencial de ação e do período 
de sístole vão diminuir também, mas em 
uma taxa menor que a diástole. Assim, o 
coração não fi ca relaxado por tempo 
sufi ciente e as câmaras não serão 
preenchidas completamente antes da 
próxima contração. 
CICLO CARDÍACO E ECG 
➡ Onda P: ocorre pela despolarização atrial, 
sendo seguida da contração dos átrios o que 
aumenta a pressão ventricular. 
➡ Ondas QRS: despolarização ventricular, 
início da contração dos ventrículos e a 
pressão dessas câmaras começa a aumentar. 
➡ Onda T: repolar ização ventr icu lar , 
relaxamento das fibras musculares dos 
ventrículos. 
ÁTRIOS: PRÉ-BOMBAS 
➡ 80% do sangue flui do átrio para o 
ventrículo antes da contração atrial. 
➡ 20% é bombeado na contração para 
terminar o enchimento dos ventrículos. 
➡ Onda a: contração atrial. 
➡ Onda c: começo da contração dos 
ventrículos, onde ocorre um pequeno refluxo 
de sangue para os átrios e abaulamento das 
válvulas AV em direção aos átrios. 
➡ Onda v: final da contração ventricular, 
fluxo lento de sangue das veias para os 
átrios enquanto as válvulas AV estão 
fechadas. 
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VENTRÍCULOS COMO BOMBAS 
ENCHIMENTO VENTRICULAR 
(DIÁSTOLE) 
1. Enchimento rápido ventricular - 
primeiro terço da diástole: durante a 
sístole ventricular, ocorre acúmulo de 
sangue nos átrios direito e esquerdo pois as 
valvas AV estão fechadas. Após o término 
da sístole, os ventrículos estão com pressão 
baixa o que permite com que o sangue, 
que está pressionado nos átrios, force as 
válvulas AV a se abrirem e assim o volume 
ventricular aumenta. 
2. Enchimento lento ventricular - 
segundo terço da diástole: quantidade 
pequena de sangue que vem das veias flui 
lenta e diretamente para os ventrículos. 
3. Sístole atrial - terceiro terço da 
diástole: contração dos átrios o que 
fornece o impulso adicional para o sangue 
(20%) fluir para os ventrículos. 
EJEÇÃO DE SANGUE 
(SÍSTOLE) 
1. Contração isovolumétrica: após o início 
da contração ventricular, ocorre o aumento 
abrupto da pressão do ventrículo, e as 
valvas AV se fecham. Mas essa pressão 
ainda não é suficiente para abrir as valvas 
semilunares aórtica e pulmonar, pois a 
pressão das artérias aorta e pulmonar é 
maior. Assim, ocorre a contração, mas não 
há fluxo do sangue para outra câmara. 
2. Ejeção rápida - primeiro terço: pressão 
dos ventrículos fica maior que das artérias, 
as valvas semilunares abrem e 70% do 
volume dos ventrículos é esvaziado. 
3. Ejeção lenta - segundo e terceiro 
terço: esvaziamento dos 30% restantes. 
Fração de ejeção: 60% do sangue do 
ventrículo no final da diástole (volume 
diastólico final) que são ejetados durante a 
sístole. 
4. R e l a x a m e n t o i s o v o l u m é t r i c o : 
relaxamento da musculatura ventricular 
após a sístole. Valvas semilunares são 
fechadas pela pressão das artérias aorta e 
pulmonar. 
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VALVAS CARDÍACAS 
VALVAS ATRIOVENTRICULARES (AV) 
➡ Tricúspide (direita) e mitral (esquerda). 
➡ Evitam o refluxo de sangue dos ventrículos 
para os átrios durante a sístole. 
➡ Possuem cordas tendíneas e músculos 
papilares ligados a elas, que se contraem 
junto com as paredes do ventrículo, puxando 
as cordas tendíneas e folhetos das valvas. 
Assim, elas não se abaulam em direção aos 
átrios. 
➡ Fechamento suave. 
VALVAS SEMILUNARES 
➡ Aórtica e pulmonar. 
➡ Impedem o refluxo da aorta e das artérias 
pulmonares para os ventrículos durante a 
diástole. 
➡ Tecido fibroso forte que forma “bolsões” que 
se enchem quando a pressão das artérias 
empurra o sangue de volta para os 
ventrículos. 
➡ Fechamento rápido. 
BULHAS CARDÍACAS 
Fechamento das valvas quando há 
variação abrupta de pressão, causa sons 
chamados de bulhas cardíacas. 
➡ Primeira bulha - início da sístole: 
contração dos ventrículos com o fechamento 
das valvas AV causam turbulência vibratória 
no sangue. Timbre baixo e duração 
relativamente longa (0,14 s). 
➡ Segunda bulha - final da sístole: 
fechamento abrupto das valvas semilunares. 
Duração de 0,11s. 
➡ Intervalo entre B1 e B2 é menor que o 
intervalo entre B2 e B1, porque a diástole é 
mais longa que a sístole. 
➡ Terceira bulha - segundo terço da 
diástole: ocorre ocasionalmente pela 
oscilação do sangue para frente e para trás 
entre as paredes dos ventrículos. Pode ser 
ocasionada por insufi ciência cardíaca 
sistólica. 
➡ Quarta bulha - contração atrial: 
causada pelo infl uxo de sangue nos 
ventrículos após a contração atrial. Pode 
acontecer pela diminuição da complacência 
ventricular e também por hipertrofi a 
ventricular esquerda. 
 
SOPROS CARDÍACOS 
Bulhas anormais. 
➡ Sopro sistólico de estenose aórtica: 
sangue é ejetado do ventrículo esquerdo por 
uma pequena abertura fibrosa da valva 
aórtica. Há grande resistência à ejeção e 
ocorre um efeito de esguicho- Provoca 
grande turbulência do sangue na raiz da 
aorta com grnade vibração da parede dessa 
artéria. 
➡ Sopro diastólico da regurgitação 
aórtica: turbulência do sangue jorrado de 
forma retrógrada para o sangue presente no 
ventrículo esquerdo diastólico (volume 
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sistólico final) sob baixa pressão. Deficiência 
na valva aórtica, permitindo o refluxo 
sanguíneo. 
➡ Sopro sistólico de estenose mitral: 
sangue reflui pela valva mitral para o átrio 
esquerdo. 
➡ Sopro diastólico da regurgitação mitral: 
sangue flui com dificuldade do átrio para o 
ventrículo esquerdo através da valva mitral 
com estenose. Som muito baixo.