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Ciclo cardíaco BMF 2

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@JESSICALECRIM
Ciclo Cardíaco 
1. Definição 
O ciclo cardíaco é definido como uma sequência 
alternada de contração e relaxamento dos átrios 
e ventrículos para bombear o sangue por todo o 
corpo. O ciclo começa no início de um 
batimento cardíaco e termina no início de outro. 
Esse processo se inicia na quarta semana de 
gestação, quando o coração começa a se 
contrair. 
Cada ciclo cardíaco tem uma fase diastólica 
(diástole), na qual as câmaras do coração estão 
em estado de relaxamento e se enchem de 
sangue que recebem das veias, e uma fase 
sistólica (sístole), na qual as câmaras do coração 
se contraem, bombeando o sangue para a 
periferia através das artérias. Tanto os átrios 
quanto os ventrículos passam por estados 
alternados de sístole e diástole. Isto é, quando os 
átrios estão em diástole, os ventrículos estão em 
sístole e vice-versa. 
2. Eletrocardiograma 
Devido à despolarização iniciar a contração 
muscular, os eventos elétricos (ondas) de um 
ECG podem ser associados à contração ou ao 
relaxamento (conhecidos como eventos 
mecânicos no coração). Os eventos mecânicos 
do ciclo cardíaco ocorrem logo após os sinais 
elétricos, exatamente como a contração de uma 
única célula do músculo cardíaco ocorre após 
seu potencial de ação. 
O ciclo cardíaco inicia com os átrios e os 
ventrículos em repouso. O ECG começa com a 
despolarização atrial. A contração atrial inicia 
durante a parte final da onda P e continua 
durante o segmento P-R. Durante o segmento P-
R, o sinal elétrico desacelera quando passa 
através do nó AV (atraso do nó AV) e do fascículo 
AV. 
A contração ventricular inicia logo após a onda 
Q e continua na onda T. Os ventrículos são 
repolarizados durante a onda T, o que resulta no 
relaxamento ventricular. 
2. Relaxamento e contração 
Diástole atrial
Enchimento passivo do átrio 
Abertura das valvas 
atrioventriculares
Sístole atrial 
Potencial de ação do nó sinoatrial 
Contração sincrônica atrial 
Enchimento ativo dos ventrículos 
Diástole ventricular 
Primeiro terço da fase diastólica 
(diástole ventricular precoce): 
enchimento ventricular rápido 
Terço médio da fase diastólica 
(diástole ventricular tardia): 
enchimento passivo ou diástase 
Último terço da fase diastólica 
(diástole atrial): enchimento 
ventricular devido à contração 
atrial (20%)
Sístole ventricular 
Contração isovolumétrica - as 
valvas atrioventriculares e 
semilunares estão fechadas 
Abertura das valvas semilunares 
Esvaziamento do ventrículo 
Volume sistólico final
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA
@JESSICALECRIM
Cada ciclo cardíaco possui duas fases: diástole, o 
tempo durante o qual o músculo cardíaco relaxa, 
e sístole, período durante o qual o músculo 
contrai. 
O ciclo cardíaco se inicia no breve momento 
durante o qual tanto os átrios como os 
ventrículos estão relaxados. Os átrios estão se 
enchendo com o sangue vindo das veias e os 
ventrículos acabaram de completar uma 
contração. À medida que os ventrículos relaxam, 
as valvas AV entre os átrios e os ventrículos se 
abrem e o sangue flui por ação da gravidade dos 
átrios para os ventrículos. Os ventrículos 
relaxados expandem-se para acomodar o 
sangue que entra. 
A maior quantidade de sangue entra nos 
ventrículos enquanto os átrios estão relaxados, 
mas pelo menos 20% do enchimento é realizado 
quando os átrios contraem e empurram sangue 
para dentro dos ventrículos. A sístole, ou 
contração atrial, inicia seguindo a onda de 
despolarização que percorre rapidamente os 
átrios. A pressão aumentada que acompanha a 
contração empurra o sangue para dentro dos 
ventrículos. 
Enquanto os átrios se contraem, a onda de 
despolarização se move lentamente pelas 
células condutoras do nó AV e, então, pelas 
fibras de Purkinje até o ápice do coração. A 
sístole ventricular inicia no ápice do coração 
quando as bandas musculares em espiral 
empurram o sangue para cima em direção à 
base. O sangue empurrado contra a porção 
inferior das valvas AV faz elas se fecharem, de 
modo que não haja refluxo para os átrios. As 
vibrações seguintes ao fechamento das valvas 
AV geram a primeira bulha cardíaca, S1, o “tum” 
do “tum-tá”. 
Quando o volume sanguíneo no ventrículo não 
está variando (volume diastólico final) porque os 
ventrículos continuam contraindo e as valvas 
atrioventriculares e semilunares estão fechadas, 
a fase é chamada de contração ventricular 
isovolumétrica. 
Enquanto os ventrículos iniciam sua contração, 
as fibras musculares atriais estão repolarizando e 
relaxando. Quando as pressões no átrio atingem 
valores inferiores às pressões nas veias, o sangue 
volta a fluir das veias para os átrios. O 
fechamento das valvas AV isola as câmaras 
cardíacas superiores das inferiores e, dessa 
forma, o enchimento atrial é independente dos 
eventos que ocorrem nos ventrículos. 
Quando os ventrículos contraem, eles geram 
pressão suficiente para abrir as válvulas 
semilunares e empurrar o sangue para as 
artérias. A pressão gerada pela contração 
ventricular torna-se a força motriz para o fluxo 
sanguíneo. O sangue com alta pressão é forçado 
pelas artérias, deslocando o sangue com baixa 
pressão que as preenche, empurrando-o ainda 
mais adiante na vasculatura. Durante essa fase, 
as valvas AV permanecem fechadas e os átrios 
continuam se enchendo. 
No final da ejeção ventricular, os ventrículos 
começam a repolarizar e a relaxar, diminuindo a 
pressão dentro dessas câmaras. Uma vez que a 
pressão ventricular cai abaixo da pressão nas 
artérias, o fluxo sanguíneo começa a retornar 
para o coração. Este fluxo retrógrado enche os 
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA
@JESSICALECRIM
folhetos (cúspides) em forma de taça das 
válvulas semilunares, forçando-os para a posição 
fechada. As vibrações geradas pelo fechamento 
das válvulas semilunares geram a segunda bulha 
cardíaca, S2, o “tá” do “tum-tá”. 
Quando o volume sanguíneo no ventrículo não 
está variando (volume sistólico final) e as valvas 
atrioventriculares e semilunares estão fechadas 
mas a pressão ventricular é maior que a atrial, a 
fase é chamada de relaxamento ventricular 
isovolumétrico. 
Quando o relaxamento do ventrículo faz a 
pressão ventricular cair até ficar menor que a 
pressão nos átrios, as valvas AV se abrem. O 
sangue que se acumulou nos átrios durante a 
contração ventricular flui rapidamente para os 
ventrículos, marcando o início do ciclo cardíaco. 
- As câmaras estão relaxadas no início do ciclo 
- A diferença de pressão entre as câmaras faz 
com que o sangue vá dos ventrículos aos 
átrios 
- No final da diástole ventricular, o volume 
diastólico final é o máximo de sangue 
acomodado na câmara 
- O volume sistólico é igual à diferença do 
volume diastólico final e do volume sistólico 
final 
O diagrama de Wiggers mostra a relação entre a 
pressão e o volume das câmaras cardíacas ao 
longo do tempo, juntamente com a atividade 
elétrica do coração. O diagrama usa as câmaras 
esquerdas do coração para demonstrar: 
- Pressão aórtica 
- Pressão atrial 
- Pressão ventricular 
- Volume ventricular 
- Eletrocardiograma (ECG) 
- Fonocardiograma (sons cardíacos) 
A: abertura da valva semilunar, sangue ejetado 
para a aorta 
B: fechamento da valva semilunar, volume 
sistólico ejetado 
C: fechamento da valva atrioventricular, maior 
pressão ventricular 
D: abertura da valva atrioventricular, maior 
pressão atrial (enchimento passivo do ventrículo) 
E: volume diastólico final 
F: (enchimento rápido do ventrículo) 
O gráfico da pressão aórtica mostra a variação 
na pressão dentro da aorta ao longo do ciclo 
FASES DO 
CICLO 
CARDÍACO
ÁTRIOS
VENTRÍCU-
LOS
VALVAS 
ATRIOVEN
TRICULA-
RES
VALVAS 
SEMILUNA
RES
Enchimento 
ventricular 
passivo
Relaxados Relaxados 
(enchimen-
to)
Abertas Fechadas
Sístole atrial Contraídos
Contração 
isovolumétri
ca
Relaxados
Contração 
isométrica
Fechadas
Ejeção 
ventricular
Contração 
(ejeção)
Fechadas 
(1ª bulha) Abertas
Relaxamen-
to 
ventricular 
isovolumétrico
Relaxamen-
to 
isovolumétri
co
Fechadas Fechadas 
(2ª bulha)
Diagrama de Wiggers 
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA
@JESSICALECRIM
cardíaco. No gráfico, pode ver-se uma inclinação 
moderada, seguida de uma incisura e, depois, 
uma inclinação menor. O gráfico termina com 
um declínio gradual antes de recomeçar. 
O gráfico da pressão entre o ventrículo direito e 
a artéria pulmonar é semelhante, sendo a 
p r i n c i p a l d i f e r e n ç a q u e a p r e s s ã o é 
significativamente menor. A onda de pressão 
atrial mostra a variação na pressão atrial durante 
a sístole e a diástole. 
As alterações de pressão e volume que ocorrem 
no ventrículo são representadas por duas curvas 
separadas. No entanto, a sua interpretação é 
mais simples se forem consideradas em 
conjunto. A curva de pressão ventricular tem 
duas ondas – uma pequena onda inicial seguida 
de um retorno à pressão basal e, depois, uma 
onda significativamente maior. A curva de 
volume ventricular, entretanto, apresenta uma 
mistura de subidas e descidas ao longo de seu 
ciclo. 
Durante o enchimento atrial, a pressão no 
átrio é mais alta ou mais baixa do que a 
pressão nas veias cavas? O átrio tem pressão 
mais baixa que as veias cavas. 
Qual câmara – átrio ou ventrículo – tem 
pressão maior durante as seguintes fases do 
ciclo cardíaco? 
a) ejeção ventricular → ventrículo 
b) relaxamento ventricular isovolumétrico → 
ventrículo 
c) diástole atrial e diástole ventricular → átrio 
d) contração ventricular isovolumétrica → 
ventrículo 
Sopros são sons anormais do coração devidos à 
passagem forçada do sangue por uma valva 
aberta estreitada ou ao refluxo (regurgitação) de 
sangue através de uma valva que não se fecha 
completamente. A estenose valvar pode ser uma 
condição herdada, resultar de um processo 
inflamatório ou de outras doenças. 
Em qual(is) etapa(s) do ciclo cardíaco você 
esperaria ouvir um sopro causado pelas 
seguintes disfunções? 
a) estenose da valva aórtica → ejeção 
ventricular 
b) regurgitação da valva mitral → contração 
ventr icu lar i sovolumétr ica e e jeção 
ventricular 
c) regurgitação da valva aórtica → relaxamento 
ventricular isovolumétrico até início da 
contração ventricular 
 
Relacione os segmentos a seguir aos eventos 
ventriculares correspondentes: 
A → B: Enchimento passivo e contração atrial. 
B → C: Contração isovolumétrica. 
C → D: Ejeção de sangue na aorta. 
D → A: Relaxamento isovolumétrico. 
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA
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