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A Nutrição e suas interrelações com a reprodução de vacas de corte

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LiveS. 2017; 3:18 - 28 
Review article 
A Nutrição e suas interrelações com a 
reprodução de vacas de corte 
 
Brunna Gonçalves Vidal de Lima1, Bruno Moura Monteiro2, Waldjânio de Oliveira Melo3, 
Helen-Kamile de Oliveira Chaves4 & Rinaldo Batista Viana5 
 
 
 
 
Autora para correspondência: brunnagvidal@gmail.com 
1Instituto da saúde e produção Animal, Universidade Federal 
Rural da Amazônia, Belém, Estado do Pará, Brasil. Acadêmica de 
Medicina Veterinária/Ufra, Bolsista PIBIC/Ufra/CNPq 
A lista completa de informações dos autores está disponível no 
final do artigo 
LiveS 
Livestock and Small Animals Medicine Journal 
Volume 3, Jan. – Jun., 2017 
Resumo 
 
O Brasil possui posição de destaque no cenário mundial quando se fala em bovinocultura. 
Por isso, é comum o investimento em práticas que melhorem a produção animal e reduzam 
os riscos de doenças, além de utilizar métodos que intensifiquem a reprodução de modo a 
dar maior rentabilidade ao produtor. Assim, destacamos os cuidados com a alimentação 
de bovinos de corte durante o período reprodutivo (pré e pós-parto). Alguns nutrientes 
possuem situação de destaque devido sua influência, muitas vezes crítica, no metabolismo 
animal. A suplementação alimentar nessa fase é fundamental, já que o excesso ou a 
deficiência de nutrientes podem promover grandes perdas econômicas, em alguns casos 
levando a danos irreversíveis como má-formação e óbito. Proteínas, carboidratos, glicose, 
gordura, matéria seca e minerais, como zinco, iodo, cálcio, sódio, potássio, fósforo, cobre, 
manganês e selênio, são elementos que interferem diretamente na reprodução bovina. Por 
isso, estudos que expliquem os danos que o excesso ou a deficiência desses nutrientes em 
animais é importante a fim de minimizar perdas econômicas. Problemas como a diminuição 
da libido, menor produção e qualidade de sêmen no touro, dificuldades em entrar em fase 
reprodutiva, problemas uterinos, retenção de placenta em fêmeas, neonatos com 
deficiências e longos intervalos entre o parto e a concepção podem estar relacionados à 
nutrição. Assim, os médicos veterinários devem estar atentos aos sinais a fim de identificar e 
o solucionar os problemas nutricionais, formulando dietas adequadas à todas as categorias 
de cada rebanho. 
 
Palavras-chave: bovinos, nutrição, minerais 
ISSN 2594-9446 
ISSN-L 2594-9446 
mailto:brunnagvidal@gmail.com
[Type the document title] 19 
 
LiveS. 2017; 3:18 - 28 
Review article 
A Nutrição e suas interrelações com a 
reprodução de vacas de corte 
 
Brunna Gonçalves Vidal de Lima1, Bruno Moura Monteiro2, Waldjânio de Oliveira Melo3, 
Helen-Kamile de Oliveira Chaves4 & Rinaldo Batista Viana5 
 
 
Introdução 
Com o 
maior plantel 
comercial de 
bovinos do 
mundo, o Brasil 
possui relevante 
destaque no 
cenário 
internacional da 
bovinocultura. 
Entretanto, para 
propiciar um 
crescente 
desempenho 
produtivo da 
pecuária 
nacional há a 
necessidade de 
adoção de 
técnicas 
modernas de 
criação dos 
animais que 
consistem em 
manejo sanitário eficaz no combate e prevenção às doenças, adoção de 
biotécnicas aplicadas à reprodução, adequado manejo nutricional, 
melhoramento genético dos animais e bem estar-animal, além da 
[Type the document title] 20 
 
segurança alimentar no processamento tecnológico de leite, carne e 
derivados. Estas medidas aliadas à produção sustentável são práticas que 
garantirão ao produtor rural êxito nessa atividade pastoril. 
 A utilização de biotécnicas para o aumento da eficiência reprodutiva 
pode ser um fator relevante no aumento da produtividade e ganho 
genético dos rebanhos. Todavia, para a expressão máxima do incremento 
da eficiência reprodutiva pela adoção de biotécnicas reprodutivas não se 
pode negligenciar a nutrição dos animais, visto que a nutrição afeta 
diretamente aspectos fisiológicos de vacas e novilhas e seu desempenho 
reprodutivo. Dietas altamente energéticas, deficiência de vitaminas e 
minerais além de maior ingestão de matéria seca são condições que podem 
afetar o escore de condição corporal (ECC) e diminuir a qualidade e 
rendimento das carcaças, entre outros fatores1. 
Os cuidados com a alimentação das matrizes iniciam-se antes mesmo 
da primeira cria, pois a nutrição atrasa a puberdade e, consequentemente, 
a entrada na vida reprodutiva, podendo levar inclusive à infertilidade. Já no 
pós-parto, problemas alimentares podem causar um período de anestro 
maior (anestro nutricional), aumentando o intervalo entre partos, diminuindo 
sobremaneira a eficiência reprodutiva2. 
Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo discutir a 
importância do fornecimento de nutrientes em quantidades ideais para 
garantir a máxima eficiência na reprodução de bovinos de corte e, 
consequentemente, maior rendimento ao produtor. 
 
A ingestão de proteína, gordura, matéria seca, vitaminas e minerais 
interferem na reprodução? 
 
Proteínas 
 
O atraso na ovulação pós-parto pode estar associado ao estado 
energético da vaca3, por isso é fundamental fornecer a quantidade ideal de 
nutrientes durante os períodos pré e pós-parto. 
A proteína é normalmente inclusa em dietas pós-parto, porém tem 
sido associada à falhas no desempenho reprodutivo, sendo capaz de 
produzir produtos metabólicos tóxicos como ureia e amônia, podendo 
interferir em alguns estádios da gestação ou até mesmo prejudicar a 
eficiência reprodutiva. Dietas que possuem altos teores de proteínas brutas e 
baixa quantidade de carboidratos disponíveis no rume, permitem uma 
menor fermentação ruminal e um aumento na concentração plasmática da 
ureia4 Assim, de acordo com Sartori et al.1, a baixa oferta de carboidratos 
também interfere na qualidade embrionária. 
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O excesso de proteína também pode promover alterações na 
reprodução, principalmente no útero, pois subprodutos do metabolismo 
(principalmente íons de amônia) diminuem o lume uterino na fase lútea 
inicial, diminuindo as taxas de concepção5. Ainda de acordo com Butller et 
al.5, a redução no pH uterino influenciada pelo aumento na quantidade de 
proteína, associadas a baixa de progesterona circulante, dificulta a fixação 
do embrião. 
 
Gordura 
 
A suplementação de gordura é comum por favorecer o ganho 
energético. Porém, além de ser responsável por fornecer calorias, também 
influencia na reprodução, devido à ação dos ácidos graxos, que quando 
convertidos em ácido aracdônico, por exemplo, são capazes de interferir 
nos níveis de prostaglandinas circulantes6. Assim, os ácidos graxos 
polinsaturados aumentam a fertilidade de bovinos, pelo aumento no número 
e tamanho dos folículos ovarianos7; promove também melhor qualidade 
ovocitária8 e embrionária9. Em alguns estudos, observou-se a suplementação 
com gordura em vacas de corte e os resultados obtidos foram favoráveis 
quanto à fertilidade1. 
 
Matéria seca 
 
Conforme o estudo realizado por Carvalho et al.3, para atender às 
exigências de manutenção e desenvolvimento, os bovinos necessitam de 
quantidades adequadas de nutrientes, água, energia, proteína e minerais, 
no qual os alimentos volumosos constituem a principal e mais econômica 
fonte de nutrientes. As pastagens que os animais consomem devem ser de 
boa qualidade e digestibilidade, com uma taxa de proteína bruta (PB) de 
cerca de 10%, nutrientes digestíveis totais (NDT) de 60% e teor mineral de 2%, 
em quantidade suficiente e em equilíbrio. Com esses teores nutricionais, os 
animais consomem grandes quantidades de alimentos e apresentam bons 
índices zootécnicos3. 
A ingestão de matéria seca (MS) é fundamental, pois garante em 
quantidade suficiente o fornecimento dos nutrientes necessários para a 
saúde e produção animal10, sendo vital no ganho de peso de bovinos de 
corte e para a formulação de dietas adequadabalanceadas11. Um possível 
comprometimento na ingestão de matéria seca também acarreta em 
alterações na reprodução, cuja diminuição da ingestão de MS causando 
infertilidade foi relatada por McClure12. Segundo ele, novilhas em situação 
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de subnutrição produziriam menores níveis de gonadotrofinas, causando 
assim atrofia ovariana e a perda embrionária. 
Baixos teores plasmáticos de glicose provocam redução nos níveis de 
progesterona, hormônio fundamental ao preparo do útero para uma futura 
gestação, pois recebe o óvulo fecundado; e também é importante na 
produção de leite13. 
Associada a má nutrição, um fator que também influencia na 
eficiência reprodutiva é o manejo do rebanho em si, que diz respeito a todas 
as atividades desenvolvidas diariamente com os animais. Uma baixa oferta 
de água associada ao clima tropical sem oferta de sombra gera um alto 
nível de estresse calórico, o que ocasiona diminuição nos níveis de 
progesterona e, consequentemente deficiências na reprodução14, gerando 
prejuízos ao produtor. Vacas mal nutridas, seja por oferta inadequada da 
alimentação, seja por fatores estressantes que interferem no consumo, 
emagrecem, diminuem seu escore de condição corporal (ECC), 
comprometendo os índices reprodutivos e produtivos (Tabela 1)15. 
 
Tabela 1. Problemas associados ao menor (vaca magra) e maior (vaca gorda) escore de 
condição corporal (ECC) 
 
Menor ECC (1 a 4) Maior ECC (8 a 9) 
1. Falha na ciclicidade ovariana 1. Matriz cara para manter no rebanho 
2. Falha na concepção 2. Maior incidência de distocias 
3. Maiores intervalo entre partos 3. Mobilidade prejudicada 
4. Período de serviço longo 4. Falha na ciclicidade ovariana 
5. Crias pouco robustas 5. Falha na concepção 
Fonte: Eversole et al.17 
 
O aumento de peso entre 40-50 Kg em vacas prenhes magras no terço 
final da gestação não necessariamente indicam uma melhoria no ECC, visto 
que esse aumento de peso corporal pode tão somente ser devido ao 
crescimento do feto e ao acumulo de líquidos uterinos. Por isso, deve-se ter 
uma maior atenção com essas matrizes que podem aumentar de peso sem, 
entretanto, apresentar melhoria em sua condição nutricional, que devem 
estar adequadas ao parto16, ou seja entre 5-7 pontos ao parto (escala de 1 a 
9)15. 
[Type the document title] 23 
 
Um importante estudo realizado por Wiltbank e Cook2 verificou que 
vacas paridas com ECC entre cinco a sete, retornaram à atividade ovariana 
até 60 dias pós-parto. Entretanto, no Brasil, é comum que esse retorno 
aconteça somente de três a quatro meses após o parto, devido às 
condições específicas de manejo dos animais no país. É importante salientar, 
portanto, que uma boa nutrição durante toda a gestação é ainda mais 
eficiente do que somente após o parto18. 
A substituição de elevada quantidade de grãos por volumosos ou 
adição de gordura, aumenta a densidade de energia da dieta, e, 
consequentemente aumentando a taxa de crescimento e o peso ao abate 
dos animais, resultando em uma carcaça com maior quantidade de 
gordura total e com mais marmoreio, tornando a carne mais suculenta. Em 
animais alimentados com forrageiras o crescimento é mais lento, a idade de 
abate se torna mais tardia e as carcaças apresentam menor acabamento 
de gordura ocasionado perdas econômicas ao produtor19;20. 
 
Minerais e vitaminas 
 
Os minerais estão envolvidos em diversas vias metabólicas e tem 
importante função na reprodução. Sua suplementação torna-se necessária, 
sobretudo, nas fazendas localizadas em regiões de solos pobres. Destaca-se 
ainda a importância da suplementação mineral na dieta de vacas 
gestantes e no pós-parto, o que além de evitar a exposição das vacas às 
possíveis deficiências minerais, causa incremento na produtividade do 
rebanho21. 
Alguns minerais (cálcio, zinco e manganês) são capazes de influenciar 
na produção hormonal, agindo principalmente na síntese de progesterona, 
fundamental durante o terço inicial da gestação22;23. Quando a 
transferência de minerais da mãe para o feto ocorre de modo inadequado 
ou insuficiente, danos ao desenvolvimento e crescimento embrionário ou 
fetal e anomalias no metabolismo, no sistema nervoso central e nos ossos dos 
fetos podem ocorrer24, sobretudo com aportes deficientes de nutrientes 
minerais como cobre, iodo, ferro, magnésio e zinco25. 
O zinco e sua deficiência foram associados a danos acrescidos ao 
DNA, podendo ter efeitos permanentes na resposta imunológica26. Alguns 
microelementos como cobre, iodo, ferro, manganês, selênio e zinco exercem 
importante papel no crescimento e desenvolvimento do embrião, do feto e 
dos anexos fetais. Concentrações inadequadas desses elementos no 
organismo podem contribuir para aumentar o risco de morte embrionária 
precoce em vacas prenhes27. Além disso, hipocalcemia e deficiências de 
selênio, magnésio, cobre, iodo, zinco ferro e vitaminas A e E comprometem a 
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eficiência reprodutiva, sobretudo por contribuir na ocorrência de casos de 
retenção de membranas fetais (retenção de secundinas)28. Claro que afora 
essas causas, retenções de membranas fetais também são ocasionadas por 
processos mórbidos tais como distocias, abortamentos, infecções uterinas, 
além de fatores tais como raça, altas temperaturas, gestações prolongadas 
ou mais curtas, indução da parição e idade. 
Alguns processos celulares dependem da ação direta do cálcio29, 
mecanismos estes, envolvidos na síntese de esteróides nos testículos, nas 
glândulas adrenais e nos ovários30. É fundamental a presença de cálcio na 
dieta para que haja em quantidade suficiente a síntese de progesterona na 
placenta bovina31. O sódio e o potássio também são elementos que 
apresentam uma importância na reprodução. A deficiência alimentar de 
sódio, assim como a de potássio, diminui a fertilidade em bovinos de corte32. 
Quanto ao fósforo, dentre as graves consequências geradas pela 
deficiência desse elemento, tem-se a depravação do apetite (parorexia), 
incluindo ossos, pedras e madeira, predispondo os animais ao botulismo 
enzoótico33 nos casos de osteofagia. A deficiência de fósforo também 
promove algumas desordens reprodutivas em bovinos, porém a infertilidade 
ocorre geralmente após outros sinais clínicos: desencadeia alterações no 
estro (irregularidade), reduzindo as taxas de concepção, diminuição da 
atividade ovariana e aumento do risco de cistos foliculares24. 
Como foi dito, o zinco tem papel de destaque na reprodução, pois 
este participa do metabolismo de carboidratos, de lipídios, de proteínas e de 
ácidos nucléicos, estando envolvido diretamente nas fases de crescimento 
celular, assim sendo, a deficiência de zinco tem efeitos marcantes na 
produção animal e promovendo disfunções endócrinas, particularmente do 
metabolismo de glicose, da atividade do hormônio de crescimento e da 
reprodução. Sua deficiência está associada principalmente ao 
comprometimento da resposta imunológica, podendo também afetar 
concentrações hormonais em fêmeas bovinas gestantes34. Sua deficiência 
foi relacionada a abortamentos, teratogênese, gestação prolongada, 
mumificação fetal, distocia, baixo peso dos fetos ao nascer, aumento de 
hemorragia ao parto e redução na sobrevivência da cria. É também 
fundamental que o feto receba níveis adequados de zinco para seu 
crescimento e desenvolvimento24. Durante o período reprodutivo, a 
exigência de zinco torna-se muito mais alta do que em outras fases da vida, 
devido às demandas por esse nutriente durante o crescimento fetal, o 
estresse do parto e a produção de leite27. 
Entretanto, há que se ter atenção com a quantidade fornecida de 
zinco, já que o excesso induz uma deficiência secundária de cobre, anemia 
hipocrômica, neutropenia, despigmentação de pelos e da pele, 
[Type the document title] 25 
 
deformidades ósseas, osteoporose, anomalias vasculares, falha cardíaca(morte súbita) e diarreia25 além da falha nos mecanismos de defesa contra 
microrganismos34. 
Quanto ao cobre, a morte embrionária é comum devido a deficiência 
deste elemento, além de também estar associado à atividade ovariana 
subótima, à depressão do estro e redução na taxa de concepção, 
promovendo também retenção de membranas fetais, dificuldade ao parto 
e problemas ósseos34. Matrizes com deficiência cúprica durante a gestação 
apresentaram fetos com graves anomalias estruturais, incluindo defeitos 
ósseos, pulmonares e cardiovasculares. Neonatos deficientes em cobre 
tipicamente apresentam severa anomalia no tecido conjuntivo35. 
Pode-se citar ainda o iodo, dentre os minerais que tem importância na 
reprodução, porém sua função de destaque ocorre nos hormônios 
tireoidianos. Entre os principais sinais da deficiência de iodo, está a redução 
da fertilidade, devido ao anestro, intervalos irregulares de estros, aumento na 
taxa de serviço por concepção, abortamentos, retenção de membranas 
fetais, e ocorrência de bezerros natimortos ou fracos, alopécicos e com 
bócio endêmico24. Assim, o acréscimo deste elemento na dieta pode 
promover o aumento na atividade tireoidiana, melhorando assim a 
capacidade reprodutiva32. 
 
Considerações finais 
 
Cada vez mais os produtores estão interessados em aumentar a 
produtividade, aumentando a eficiência reprodutiva, acelerando o ganho 
de peso do animal, e diminuindo o tempo de abate. Assim, pode-se afirmar 
que a adequada e balanceada nutrição torna-se indispensável para este 
incremento. 
A inadequada nutrição pode afetar negativamente o desempenho 
reprodutivo, visto que os aspectos fisiológicos reprodutivos da vaca podem 
ser alterados direta ou indiretamente por uma dieta deficiente em energia, 
proteína e gordura, ocasionando uma redução substancial nas taxas de 
prenhez, no peso dos bezerros à desmama, sobretudo devido à perda 
acentuada de peso e do ECC antes e após o parto. 
Observa-se também com dietas deficientes que vacas com menores 
ECC ao parto e/ou que demoram a recuperar a condição corporal no pós-
parto, apresentam um retardo no retorno à ciclicidade ovariana. 
 
 
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[Type the document title] 26 
 
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Unania
n MM. 
Capaci
dade 
reprod
utiva 
do 
touro 
de 
corte: 
Detalhamento dos autores 
 
1Brunna G. Vidal de Lima 
Acadêmica de Medicina Veterinária/Ufra, 
Bolsista IC-PIBIC/CNPq. Instituto da Saúde e 
Produção Animal, Universidade Federal Rural 
da Amazônia. Belém, Estado do Pará, Brasil. 
 
2Bruno Moura Monteiro, Médico 
Veterinário, MSc. Ph.D. Pós-doutorando 
FMVZ/USP. 
 
3Waldjânio de Oliveira Melo3, MSc. 
zootecniasta Universidade Federal Rural da 
Amazônia, campus de Paragominas.PA 
 
 4Helen-Kamile de Oliveira Chaves, 
Acadêmica de Medicina Veterinária/Ufra, 
Membro PETVet- SESu/MEC. Instituto da 
Saúde e Produção Animal, Universidade 
Federal Rural da Amazônia. Belém, Estado do 
Pará, Brasil. 
 
4Rinaldo B. Viana, Tutor Grupo PETVet 
SESu/MEC Prof. Dr. Instituto da Saúde e 
Produção Animal, Universidade Federal Rural 
da Amazônia. Belém, Estado do Pará, Brasil. 
[Type the document title] 28 
 
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