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Imunologia - Imunidade Inata e Adquirida

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TUTORIA 2 – UC 6 
 
 
1) Identificar os componentes do 
sistema imunológico, incluindo o 
Sistema Complemento 
 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
As células que realizam papéis 
especializados nas respostas imunes 
inata e adaptativa são os: 
 Fagócitos (monócitos, 
macrófagos, neutrófilos); 
 Células dendríticas; 
 Linfócitos antígenoespecíficos 
 Vários outros leucócitos que 
atuam eliminando antígenos. 
Quase todas derivam de células-tronco 
hematopoiéticas (CTHs) existentes na 
medula óssea, as quais se diferenciam a 
partir de linhagens ramificadas. Com 
base em seus precursores comuns, as 
células imunes são amplamente 
classificadas em células mieloides, que 
incluem os fagócitos e a maioria das 
DCs, ou em células linfoides, que 
englobam todos os linfócitos. 
A expressão de diversas proteínas de 
membrana é usada para distinguir 
populações de células no sistema imune. 
Essas proteínas de superfície 
frequentemente são denominadas 
marcadores, porque identificam e 
discriminam (marcam) populações 
celulares distintas. Esses marcadores não 
somente delineiam as diferentes classes 
de células, nos sistemas imunes inato e 
adaptativo, como também exercem 
muitas funções nos tipos celulares em 
que são expressos. 
FAGÓCITOS 
Os fagócitos, incluindo neutrófilos e 
macrófagos, são células cuja função 
primária é ingerir e destruir 
microrganismos e remover tecidos 
danificados. 
As respostas funcionais dos fagócitos na 
defesa do hospedeiro consistem em 
etapas sequenciais: 
1. Recrutamento das células para 
os sítios de infecção; 
2. Reconhecimento e ativação por 
microrganismos; 
3. Ingesta dos microrganismos 
através do processo de 
fagocitose, e destruição dos 
microrganismos ingeridos. 
Obs: adicionalmente, por meio do 
contato direto e secreção de citocinas, 
os fagócitos se comunicam com outras 
células de maneira a promover ou 
regular as respostas imunes. 
A resposta do neutrófilo é mais rápida, 
e a expectativa de vida dessas células 
é curta, enquanto os monócitos se 
transformam em macrófagos nos tecidos, 
podem viver por longos períodos e, 
desse modo, sua resposta pode ter 
duração prolongada. 
Motivo: Os neutrófilos usam rearranjos 
do citoesqueleto e montagem de 
enzimas para gerar respostas rápidas e 
transientes, enquanto os macrófagos 
contam principalmente com a transcrição 
de novos genes. 
Distinções entre macrófagos e neutrófilos 
na tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NEUTRÓFILOS 
Os neutrófilos constituem a população 
mais abundante de leucócitos circulantes 
e o principal tipo celular nas reações 
inflamatórias agudas. 
Os neutrófilos são produzidos na medula 
óssea e surgem de precursores que 
também originam fagócitos 
mononucleares. A produção de 
neutrófilos é estimulada pelo fator 
estimulador de colônia de granulócito e 
pelo fator estimulador de colônia de 
granulócito-macrófago. 
Um humano adulto produz mais de 
1 × 1011 neutrófilos por dia, cada um 
dos quais circulando no sangue por 
poucas horas ou dias. Os neutrófilos 
podem migrar rapidamente para sítios 
de infecção após a entrada de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
microrganismos. Após entrarem nos 
tecidos, os neutrófilos atuam apenas 
durante 1-2 dias e, então, morrem. 
A principal função dos neutrófilos é 
fagocitar microrganismos, especialmente 
microrganismos opsonizados (sistema 
complemento), e produtos de células 
necróticas, bem como destruir esse 
material nos fagolisossomos. Em adição, 
os neutrófilos produzem conteúdos de 
grânulos e substâncias antimicrobianas 
que matam microrganismos 
extracelulares, mas também danificam 
tecidos sadios. 
Opsonizar: é o processo que consiste em 
fixar opsoninas, e.g. imunoglobulinas, 
em epítopes do antígeno, permitindo a 
fagocitose. Opson (ὄψον) é a 
transliteração de uma palavra grega 
que significa condimento, tempero, 
molho, ou seja, algo que facilite a 
digestão. 
FAGÓCITOS MONONUCLEARES 
O sistema de fagócitos mononucleares 
inclui células circulantes chamadas 
monócitos que se transformam em 
macrófagos ao migrarem para os 
tecidos, e macrófagos residentes 
teciduais, derivados principalmente de 
precursores hematopoiéticos durante a 
vida fetal. 
Os macrófagos estão amplamente 
distribuídos em todos os órgãos e no 
tecido conectivo. Em adultos, as células 
da linhagem monócito-macrófago 
surgem a partir de células precursoras 
comprometidas existentes na medula 
óssea, dirigidas por uma citocina 
chamada fator estimulador de colônia 
de monócito (ou macrófago) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esses precursores amadurecem em 
monócitos, que, por sua vez, entram e 
circulam no sangue e então migram 
para os tecidos, especialmente durante 
as reações inflamatórias, onde 
amadurecem ainda mais em 
macrófagos. 
Muitos tecidos são povoados por 
macrófagos residentes de vida longa, os 
quais derivam do saco vitelínico ou de 
precursores do fígado fetal, durante o 
desenvolvimento fetal, e assumem 
fenótipos especializados de acordo com 
o órgão 
A imagem abaixo esquematiza todo 
esse processo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MACRÓFAGOS TECIDUAIS 
Desempenham várias funções 
importantes na imunidade inata e na 
imunidade adaptativa. 
• Uma das principais funções dos 
macrófagos na defesa do hospedeiro é 
ingerir microrganismos por meio do 
processo de fagocitose e, então, destruir 
os microrganismos ingeridos; 
• Além de ingerir microrganismos, os 
macrófagos ingerem células necróticas 
do hospedeiro; 
• Os macrófagos atuam como células 
apresentadoras de antígeno que 
exibem fragmentos de antígenos 
proteicos e ativam linfócitos T. Esta 
função é importante na fase efetora das 
respostas imunes mediadas pela célula 
T; 
• Os macrófagos promovem o reparo 
de tecidos lesados estimulando o 
crescimento de novos vasos sanguíneos 
(angiogênese) e a síntese de matriz 
extracelular rica em colágeno (fibrose). 
Essas funções são mediadas pelas 
citocinas secretadas pelos macrófagos 
que atuam em várias células teciduais. 
Os macrófagos tipicamente respondem 
aos microrganismos que estão por perto 
tão rapidamente quanto os neutrófilos, 
porém os macrófagos sobrevivem por 
um tempo muito maior nos sítios de 
inflamação. Diferentemente dos 
neutrófilos, os macrófagos não são 
terminalmente diferenciados e podem 
sofrer divisão celular em um sítio 
inflamatório. Portanto, os macrófagos 
são as células efetoras dominantes nos 
estágios mais tardios da resposta imune 
inata, decorridos vários dias do início de 
uma infecção. 
 
RECEPTORES E ATIVAÇÃO DE 
MACRÓFAGOS 
Os macrófagos são ativados para 
desempenharem suas funções através 
do reconhecimento de muitos tipos 
diferentes de moléculas microbianas, 
bem como moléculas do hospedeiro 
produzidas em resposta a infecções e 
lesão. 
Os macrófagos também são ativados 
quando outros receptores na membrana 
plasmática se ligam a opsoninas 
(TEMPERO) presentes na superfície dos 
microrganismos. As opsoninas são 
substâncias que cobrem partículas e, 
assim, as marcam para serem 
fagocitadas. 
Exemplos de receptores de opsonina: 
 Receptores de complemento 
- Se ligam a fragmentos de 
proteínas do complemento que 
se fixam às superfícies 
microbianas; 
 Receptores de Fc de 
imunoglobulina G (IgG), que se 
ligam a uma extremidade das 
moléculas de anticorpo IgG 
previamente ligadas a 
microrganismos pela outra 
extremidade. 
Foram descritas duas principais vias de 
ativação de macrófagos, a clássica e a 
alternativa: 
 
Clássica 
 induzida por produtos microbianos 
como endotoxinas, pelos sinais 
derivados da célula T, principalmente a 
citocina IFN-g, e por substâncias 
estranhas que incluem cristais e material 
particulado. 
Alternativa 
 induzida por citocinas diferentes do 
IFN-g,como IL-4 e IL-13, produzidas 
pelos linfócitos T e outras células, 
incluindo mastócitos e eosinófilos. 
Em resposta à maioria dos estímulos 
lesivos, os macrófagos são inicialmente 
ativados pela via clássica, destinados a 
destruir os agentes agressores, e isso é 
seguido pela ativação alternativa, que 
inicia o reparo do tecido. 
MASTÓCITOS 
Os mastócitos são células derivadas da 
medula óssea presentes nos epitélios da 
pele e das mucosas, as quais ao serem 
ativadas liberam numerosos mediadores 
inflamatórios potentes que conferem 
defesa contra infecções por parasitas ou 
produzem os sintomas das doenças 
alérgicas. 
Uma citocina chamada fator da célula-
tronco (ou c-Kit-ligante) é essencial ao 
desenvolvimento do mastócito. 
BASÓFILOS 
Os basófilos são granulócitos sanguíneos 
que apresentam muitas similaridades 
estruturais e funcionais com os 
mastócitos. Assim como outros 
granulócitos, os basófilos derivam de 
precursores hematopoiéticos, 
amadurecem na medula óssea (sua 
linhagem é diferente da linhagem dos 
mastócitos) e circulam no sangue. 
EOSINÓFILOS 
Os eosinófilos são granulócitos que 
expressam grânulos citoplasmáticos 
contendo enzimas nocivas às paredes 
celulares de parasitas, mas que também 
podem danificar os tecidos do 
hospedeiro. 
CÉLULAS DENDRÍTICAS (DCS) 
As DCs são células residentes nos tecidos 
e também circulantes que percebem a 
presença de microrganismos e iniciam 
reações de defesa imune inata, além de 
capturarem as proteínas microbianas 
para exibi-las às células T e assim 
iniciar as respostas imunes adaptativas. 
Essas funções das DCs as colocam em 
uma posição singular no sistema imune, 
atuando como sentinelas de infecção 
que iniciam a rápida resposta inata, 
mas também ligando as respostas inatas 
ao desenvolvimento das respostas 
imunes adaptativas. 
Como as DCS participam das duas 
imunidades? 
As DCs expressam receptores que 
reconhecem moléculas microbianas, e 
respondem aos microrganismos 
secretando citocinas que recrutam e 
ativam células inatas nos sítios de 
infecção. As DCs também são 
extremamente eficientes na captura de 
antígenos proteicos de microrganismos, 
degradação desses antígenos e 
exibição de partes desses antígenos 
para o reconhecimento pelas células T. 
A maioria das DCs faz parte da 
linhagem mieloide de células 
hematopoiéticas e surge de um 
precursor que também pode se 
diferenciar em monócitos. 
A maturação das DCs depende de uma 
citocina chamada Flt3ligante, que se 
liga ao receptor tirosina quinase Flt3 
nas células precursoras. 
 
CÉLULAS NATURAL KILLER 
As células NK, muitas vezes 
consideradas as primeiras ILC 
conhecidas, são células citotóxicas que 
exercem papéis importantes nas 
respostas imunes inatas, principalmente 
contra vírus e bactérias intracelulares. 
As funções efetoras das células NK são 
matar células infectadas e produzir IFN-
γ, que ativa macrófagos a destruírem 
microrganismos fagocitados 
SISTEMA COMPLEMENTO 
O sistema complemento consiste em 
várias proteínas plasmáticas que 
trabalham conjuntamente na 
opsonização de microrganismos, 
promoção de recrutamento de fagócitos 
para o sítio de infecção e, em alguns 
casos, na destruição direta dos 
microrganismos. 
A ativação do complemento envolve 
cascatas proteolíticas em que a enzima 
precursora inativa, chamada zimogênio, 
é modificada para se tornar uma 
protease ativa que cliva e, assim, induz 
a atividade proteolítica da próxima 
proteína do complemento na cascata. As 
cascatas enzimáticas resultam em uma 
tremenda amplificação da quantidade 
de produtos proteolíticos gerados em 
cada etapa. Esses produtos exercem as 
funções efetoras do sistema 
complemento. 
A primeira etapa na ativação do 
sistema complemento é o 
reconhecimento de moléculas em 
superfícies microbianas e não em células 
do hospedeiro, e isso se dá de três 
formas, cada uma das quais referida 
como uma via distinta de ativação do 
complemento. 
 
Existem 3 vias de ativação do sistema 
complemento: 
 Via clássica; 
 Via alternativa; 
 Via da lectina. 
O reconhecimento de microrganismos 
por qualquer uma das três vias do 
complemento resulta no recrutamento e 
montagem sequencial de proteínas 
adicionais do complemento em 
complexos protease. 
O sistema complemento é um 
componente essencial da imunidade 
inata e pacientes com deficiências em 
C3 são altamente suscetíveis a infecções 
bacterianas recorrentes, frequentemente 
letais. 
O sistema complemento (SC) é o 
principal mediador humoral do processo 
inflamatório junto aos anticorpos. 
 
2) Explicar a hematopiese, 
diferenciando os tipos de 
resposta imune (Celular e 
Humoral) 
HEMATOPOIESE 
A medula óssea é o sítio de geração de 
células sanguíneas circulantes, incluindo 
hemácias, granulócitos e monócitos, bem 
como o sítio de maturação da célula B. 
A geração de todas as células 
sanguíneas, chamada hematopoiese 
ocorre inicialmente durante o 
desenvolvimento fetal, nas ilhotas 
sanguíneas junto ao saco vitelínico e 
mesênquima para-aórtico, mudando 
então para o fígado entre o 3° e o 4° 
mês de gestação, até finalmente seguir 
para a medula óssea. 
Ao nascimento, a hematopoiese ocorre 
nos ossos ao longo de todo o esqueleto, 
porém vai se tornando cada vez mais 
restrita à medula dos ossos chatos, de 
modo que na puberdade, a 
hematopoiese ocorre principalmente no 
esterno, vértebras, ossos ilíacos e 
costelas. 
Fato curioso 
Quando a medula óssea é lesada ou 
quando há uma demanda excepcional 
pela produção de novas células 
sanguíneas, o fígado e o baço 
frequentemente se tornam sítios de 
hematopoiese extramedular. 
As hemácias, granulócitos, monócitos, 
células dendríticas, mastócitos, 
plaquetas, linfócitos B e T, e ILCs se 
originam, todos, de uma célula-tronco 
hematopoiética (CTH) comum na medula 
óssea. As CTHs são multipotentes, ou 
seja, uma única CTH pode gerar todos 
os diferentes tipos de células sanguíneas 
maduras. 
Observe que das células tronco se diferenciam 
células precursoras mieloides e linfoides. 
ESTIMULAÇÃO HEMATOPOIETICA 
A proliferação e maturação de células 
precursoras na medula óssea são 
estimuladas por citocinas. Muitas dessas 
citocinas são chamadas fatores 
estimuladores de colônia, por terem sido 
inicialmente avaliados por sua 
capacidade de estimular o crescimento 
e o desenvolvimento de várias colônias 
leucocitárias ou eritroides a partir da 
medula óssea. 
As citocinas hematopoiéticas são 
produzidas por células estromais e 
macrófagos na medula óssea, 
fornecendo assim o ambiente local para 
a hematopoiese. Também são 
produzidas por linfócitos T antígeno-
estimulados (produzidas no Timo) e 
macrófagos ativados por citocina ou 
microrganismo 
IMUNIDADE HUMORAL E MEDIADA POR 
CÉLULAS (PARTE DA IMUNIDADE ADAPT) 
Existem dois tipos de respostas imunes 
adaptativas, denominadas imunidade 
humoral e imunidade mediada por 
células, as quais são induzidas por 
diferentes tipos de linfócitos e atuam 
para eliminar diferentes tipos de 
microrganismos. 
IMUNIDADE HUMORAL 
A imunidade humoral é mediada por 
moléculas no sangue e em secreções 
mucosas, denominadas anticorpos, os 
quais são produzidos pelos plasmócitos 
(linfócito B diferenciado). 
Os anticorpos reconhecem antígenos 
microbianos, neutralizam a infectividade 
dos microrganismos e marcam 
microrganismos para sua eliminação 
pelos fagócitos e pelo sistema 
complemento. 
A imunidade humoral é o principal 
mecanismo de defesa contra os 
microrganismos e suas toxinas, 
localizados fora das células, uma vez 
que os anticorpos secretados podem se 
ligar a esses microrganismos e toxinas, 
neutralizando-os, além de auxiliar na 
sua eliminação. 
IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS 
A imunidade mediada por células, 
também denominada imunidade celular, 
é mediada pelos linfócitosT. Muitos 
microrganismos são ingeridos, mas 
sobrevivem dentro dos fagócitos, e 
alguns, particularmente os vírus, 
infectam e se replicam em diversas 
células do hospedeiro. 
Nesses locais, os microrganismos são 
inacessíveis aos anticorpos circulantes. 
A defesa contra tais infecções é uma 
função da imunidade mediada por 
células, a qual promove a destruição de 
microrganismos dentro dos fagócitos e a 
morte das células infectadas para 
eliminar os reservatórios da infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMUNIDADES ATIVA E PASSIVA 
A imunidade protetora contra um 
microrganismo normalmente pode ser 
fornecida tanto pela resposta do 
hospedeiro ao microrganismo quanto 
pela transferência de anticorpos que 
defendem contra o microrganismo. 
Imunidade ativa X imunidade passiva: 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Descrever a função das células 
envolvidas na resposta imune 
(Inata e Adquirida), 
caracterizando as classes de 
imunoglobulinas (entender as 
diferenças da imune, focar na 
imuno e na hematopoiese) 
Embora muitos patógenos tenham 
evoluído de maneira a resistir à 
resposta imune inata, as respostas 
imunes adaptativas, sendo mais fortes e 
mais especializadas, são capazes de 
erradicar até mesmo essas infecções. 
Também existem numerosas conexões 
entre as respostas imunes inata e 
adaptativa. 
A resposta imune inata aos 
microrganismos fornece os primeiros 
sinais de perigo que estimulam as 
respostas imunes adaptativas. Por outro 
lado, as resposta imunes adaptativas 
frequentemente trabalham 
intensificando os mecanismos protetores 
da imunidade inata, tornando-os mais 
capazes de combater efetivamente os 
microrganismos. 
 
 
Fatos sobre o sistema imune: 
 O sistema imune de cada 
indivíduo é capaz de reconhecer, 
responder e eliminar muitos 
antígenos estranhos (não 
próprios), mas normalmente não 
reage contra antígenos e tecidos 
do próprio indivíduo; 
 Em decorrência da capacidade 
de linfócitos e de outras células 
imunes em circular pelos tecidos, 
a imunidade é sistêmica; 
 As respostas imunes são 
reguladas por um sistema de 
alças de feedback positivo que 
amplificam a reação e por 
mecanismos de controle que 
previnem reações inapropriadas 
ou patológicas. 
Quando ativados, os linfócitos disparam 
mecanismos que aumentam ainda mais a 
magnitude da resposta. Esse feedback 
positivo é importante para capacitar o 
pequeno número de linfócitos, que são 
específicos para qualquer 
microrganismo, a gerarem a ampla 
resposta necessária à erradicação 
daquela infecção. 
Existem mecanismos (apoptose) que 
evitam a superprodução de linfócitos 
(que agrediria o tecido). 
IMUNIDADE INATA 
Os receptores da imunidade inata são 
específicos para estruturas que são 
comuns a grupos de microrganismos 
relacionados e não distinguem pequenas 
diferenças entre microrganismos. Os 
principais componentes da imunidade 
inata são: 
 Barreiras físicas e químicas, tais 
como os epitélios e os agentes 
antimicrobianos produzidos nas 
superfícies epiteliais; 
 Células fagocíticas (neutrófilos, 
macrófagos), células dendríticas, 
mastócitos, células natural killer 
(células NK) e outras células 
linfoides inatas; 
 Proteínas sanguíneas, incluindo 
componentes do sistema 
complemento e outros 
mediadores da inflamação. 
A resposta imune inata combate 
microrganismos por meio de duas 
reações principais: 
— Pelo recrutamento de fagócitos e 
outros leucócitos que destroem os 
microrganismos, no processo chamado 
inflamação; 
— Pelo bloqueio da replicação viral ou 
pelo killing de células infectadas por 
vírus, sem a necessidade de uma reação 
inflamatória. 
FUNÇÕES DO SISTEMA IMUNE INATO 
• O sistema imune inato mantém defesas 
físicas e químicas nas barreiras 
epiteliais, como a pele e o revestimento 
dos tratos gastrintestinal e respiratório, 
os quais bloqueiam a entrada 
microbiana. Os microrganismos 
conseguem colonizar os tecidos somente 
quando são capazes de atravessar os 
epitélios. Se essas barreiras forem 
danificadas ou os microrganismos 
conseguirem penetrá-las, as respostas 
imunes inata e adaptativa são ativadas 
para fornecer as próximas linhas de 
defesa. 
As células epiteliais, bem como alguns 
leucócitos, produzem peptídeos dotados 
de propriedades antimicrobianas. Duas 
famílias estruturalmente distintas de 
peptídeos antimicrobianos são as 
defensinas e as catelicidinas. 
• As respostas imunes inatas são as 
reações iniciais aos microrganismos que 
servem para prevenir, controlar ou 
eliminar a infecção do hospedeiro por 
muitos patógenos. 
• A imunidade inata elimina células 
danificadas e inicia o processo de 
reparo tecidual. 
• As respostas imunes inatas estimulam 
respostas imunes adaptativas e podem 
influenciar a natureza dessas respostas, 
para torná-las otimamente efetivas 
contra diferentes tipos de 
microrganismos. 
• Os dois tipos principais de reações 
protetoras do sistema imune inato são a 
inflamação e a defesa antiviral. 
Inflamação  aviso 
Defesa antiviral  evita replicação 
viral e promove killing 
RECEPTORES DE RECONHECIMENTO DE 
PADRÃO ASSOCIADO A CÉLULA E 
SENSORES DE IMUNIDADE INATA 
A maioria dos tipos celulares expressa 
receptores de reconhecimento de 
padrão e, portanto, é capaz de 
participar das respostas imunes inatas. 
Os fagócitos, especialmente os 
macrófagos e as DCs expressam a 
maior variedade e quantidade destes 
receptores. Isso é condizente com o 
papel fundamental dos fagócitos na 
detecção de microrganismos e células 
danificadas, bem como em sua ingesta 
para destruição, e com o papel das DCs 
na reação aos microrganismos de forma 
a deflagrar inflamação e a imunidade 
adaptativa subsequente. 
Principais componentes do sistema imune 
inato humoral 
São o sistema complemento, as 
colectinas, as pentraxinas e as ficolinas. 
IMUNIDADE ADQUIRIDA 
A resposta imune adaptativa é mediada 
por células chamadas linfócitos e seus 
produtos. Os linfócitos expressam 
receptores altamente diversos que são 
capazes de reconhecer um vasto número 
de antígenos. Há duas populações 
principais de linfócitos, denominadas 
linfócitos B e linfócitos T. 
Características da imunidade adquirida: 
• Especificidade e diversidade. 
Respostas imunes são específicas para 
antígenos distintos e, frequentemente, 
para diferentes porções de um único 
complexo proteico; 
• Memória. A exposição do sistema 
imune a um antígeno estranho aumenta 
sua capacidade de responder 
novamente àquele antígeno. As 
respostas a uma segunda exposição ou 
exposições subsequentes ao mesmo 
antígeno, chamadas respostas imunes 
secundárias, são normalmente mais 
rápidas, de maior magnitude e, com 
frequência, quantitativamente diferentes 
da primeira resposta imune (ou 
primária) àquele antígeno 
• Não reatividade ao próprio 
(autotolerância). Uma das propriedades 
mais marcantes do sistema imune de 
cada indivíduo normal é sua 
capacidade de reconhecer, responder e 
eliminar muitos antígenos estranhos (não 
próprios) enquanto não reage 
prejudicialmente aos antígenos do 
próprio indivíduo. 
As respostas imunes adaptativas se 
desenvolvem em diversas etapas, 
iniciando pela captura do antígeno, 
seguida pela ativação de linfócitos 
específicos. 
As respostas imunes adaptativas 
consistem em passos distintos, sendo os 
três primeiros o reconhecimento do 
antígeno, a ativação dos linfócitos e a 
eliminação do antígeno (fase efetora). 
A resposta se contrai (declina) à medida 
que os linfócitos estimulados pelos 
antígenos morrem por apoptose, 
restaurando a homeostasia, e as células 
antígeno-específicas que sobrevivem 
são responsáveis pela memória. 
ANTICORPOS 
São proteínas circulantes produzidas em 
vertebrados em resposta à exposição a 
estruturas estranhas conhecidas como 
antígenos, e são os mediadores da 
imunidade humoral contra todasas 
classes de microrganismos. 
Os anticorpos são sintetizados somente 
pelas células da linhagem de linfócitos B 
e existem em duas formas: 
 Anticorpos ligados à membrana 
na superfície dos linfócitos B que 
atuam como receptores 
antigênicos; 
 Anticorpos secretados que atuam 
na proteção contra 
microrganismos. 
O reconhecimento dos antígenos pelos 
anticorpos ligados à membrana nas 
células B naive ativa esses linfócitos e 
inicia a resposta imune humoral. 
A eliminação dos antígenos 
frequentemente requer a interação do 
anticorpo com outros componentes do 
sistema imune, incluindo moléculas como 
proteínas do complemento, e células 
como fagócitos e mastócitos. 
As funções efetoras mediadas pelos 
anticorpos incluem: 
 Neutralização dos 
microrganismos ou produtos 
microbianos tóxicos; 
 Ativação do sistema 
complemento; 
 Opsonização dos patógenos 
para aumento da fagocitose; 
 Citotoxicidade celular 
dependente de anticorpo, pela 
qual os anticorpos têm como 
alvo células infectadas para a 
lise pelas células do sistema 
imune inato; 
 Ativação de mastócitos mediada 
por anticorpo para expelir 
vermes parasitas. 
Soro = quando o sangue ou plasma 
removido de um indivíduo forma um 
coágulo (os anticorpos permanecem no 
fluido residual). 
Antissoro = qualquer amostra de soro 
que contenha moléculas detectáveis de 
anticorpo que se ligam a um antígeno 
em particular. 
Curiosidade: doenças que levam a uma 
produção excessiva de anticorpos pelos 
plasmocitos geram uma degeneração 
célular hialina, na qual a célula fica 
cheia de proteínas em seu interior. 
IMUNOGLOBULINAS ( IG) 
Moléculas de glicoproteína que são 
produzidas pelos plasmócitos em 
resposta a um imunógeno e que 
funcionam como anticorpos. 
IGG 
 
 A mais versátil imunoglobulina 
porque é capaz de realizar 
todas as funções das moléculas 
de imunoglobulinas. 
 Ligação a células – 
Macrófagos, monócitos, PMN's 
e alguns linfócitos têm 
receptores para a região Fc 
da IgG. 
IgG é a única classe de Ig que 
atravessa a placenta. 
 IgG é uma boa opsonina 
(TEMPERO pras células 
comerem hehhe) 
 Fixação ao complemento 
IGM 
 IgM é a primeira Ig a ser feita 
pelo feto 
 Primeira Ig a ser feita por uma 
célula B virgem quando é 
estimulada pelo antígeno. 
 IgM é uma boa Ig fixadora do 
complemento. Assim, anticorpos 
IgM são muito eficientes em 
levar à lise de microrganismos 
 IgM também é uma boa Ig 
aglutinadora. Assim, anticorpos 
IgM são muito boas em agregar 
microrganismos para eliminação 
eventual para fora do corpo 
IGA 
 IgA é a principal classe de Ig em 
secreções – lágrimas, saliva, 
colostro, muco. Uma vez que é 
encontrada em secreções IgA 
secretora é importante na 
imunidade local (de mucosa). 
 Normalmente IgA não fixa 
complemento, a menos que 
esteja agregada. 
 IgA pode se ligar a algumas 
células - PMN's e alguns 
linfócitos. 
 Leite materno 
IGD 
 IgD primariamente encontrada 
em superfícies de célula B onde 
funciona como um receptor para 
antígeno. 
 IgD liga complemento. 
IGE 
 IgE é a Ig sérica menos comum 
uma vez que se liga fortemente 
com receptores de Fc em 
basófilos e mastócitos mesmo 
antes da interação com o 
antígeno. 
 Envolvida em reações alérgicas 
– Como consequência da sua 
ligação a basófilos e mastócitos, 
IgE é envolvida em reações 
alérgicas. 
 IgE também participa em 
doenças parasitárias por 
helmintos. Uma vez que os níveis 
sorológicos de IgE aumentam em 
doenças parasitárias, a 
quantificação dos níveis de IgE 
auxilia no diagnóstico de 
infecções parasitárias. 
 Não fixa ao complemento. 
Referência: 
https://www.fcav.unesp.br/Home/depa
rtamentos/patologia/HELIOJOSEMONT
ASSIER/ed-3-anticorpos-e-
imunoglobulinas.pdf 
 
4) Relacionar os níveis de ALT e 
AST com o uso do paracetamol 
 
Intoxicação pelo paracetamol pode 
causar gastrenterite horas após a 
ingestão e hepatotoxicidade em 1 a 3 
dias. 
O principal metabólito tóxico do 
paracetamol, imina de N-acetil-p-
benzoquinona (NAPQI), é produzido no 
sistema enzimático do citocromo 
hepático P450; a glutationa depositada 
no fígado desintoxica este metabólito. 
Uma superdosagem esgota o depósito 
hepático de glutationa. Como resultado, 
NAPQI se acumula, causando necrose 
hepatocelular e, possivelmente, dano a 
outros órgãos (p. ex., rins e pâncreas). 
Teoricamente, doenças hepáticas 
decorrentes de álcool ou desnutrição 
aumentam o risco de toxicidade, pois as 
enzimas hepáticas prerrequisitadas 
aumentam a formação de NAPQI e a 
desnutrição (também comum em 
alcoólatras) reduz o depósito de 
glutationa hepática. No entanto, as 
doses terapêuticas de paracetamol 
para os pacientes alcoólatras não estão 
associadas a lesões hepáticas. 
Simplificando, a glutationa desintoxica o 
principal metabólito tóxico do 
paracetamol, NAPQI, então uma 
superdosagem esgota o estoque de 
glutationa. Isso pode causar necrose 
hepatocelular. 
O exame de aminotransferases expõem 
a lesão hepática. 
ALT  citoplasma do hepatócito 
AST  mitocôndria 
ALT/AST = maior que 1 (hepatopatia 
crônica); menor que 1 (hepatopatia 
aguda) 
 
5) Entender como os resultados dos 
exames auxiliam o diagnóstico 
 
HEMOGRAMA 
O exame de hemograma demonstra a 
presença de infecção!!! Agora, é viral ou 
bacteriana? 
Os padrões clássicos de reações 
infecciosas são: 
Bacteriana  leucocitose com 
neutrofilia; 
Viral  linfocitose e presença de 
linfócitos atípicos. 
TGO E TGP 
Indicam lesão hepática, possivelmente 
agravada pelo uso do paracetamol. 
PCR 
https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/HELIOJOSEMONTASSIER/ed-3-anticorpos-e-imunoglobulinas.pdf
https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/HELIOJOSEMONTASSIER/ed-3-anticorpos-e-imunoglobulinas.pdf
https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/HELIOJOSEMONTASSIER/ed-3-anticorpos-e-imunoglobulinas.pdf
https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/HELIOJOSEMONTASSIER/ed-3-anticorpos-e-imunoglobulinas.pdf
 A proteína C-reativa, também 
conhecida como PCR, é uma proteína 
produzida pelo fígado, cuja 
concentração sanguínea se eleva 
radicalmente quando há indicativo de 
processos inflamatórios ou infecciosos. 
TAP (DO PROBLEMA ESTÁ NORMAL) 
 Monitoramento da terapia com 
heparina; triagem para defeitos da 
+coagulação (via intrínseca). 
Isoladamente, é o melhor teste para 
detectar problemas na coagulação, 
obtendo resultados anormais em 90% 
dos casos. 
Exames com resultados falsos ? 
Devido a janela imunológica é o 
período de contaminação da pessoa 
por um determinado agente infeccioso 
(HIV, hepatite, entre outros) e a sua 
detecção nos exames laboratoriais. 
Nesse período da janela imunológica, os 
exames de triagem são negativos, mas 
mesmo assim o vírus pode ser 
transmitido a partir do sangue doado. 
 
6) Entender como o estresse pode 
influenciar na imunidade 
 
O estresse é comumente definido como 
uma condição ou estado em que a 
homeostase do organismo é perturbada, 
como resultado de estímulos estressores. 
Algumas alterações hormonais ocorrem 
durante o episódio de estresse: 
1) aumento da secreção das 
catecolaminas (epinefrina e 
norepinefrina) pelo sistema nervoso 
autônomo; 
2) liberação hipotalâmica do hormônio 
liberador de corticotropina (CRH) na 
circulação e, após poucos segundos, o 
aumento da secreção do hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH) pela 
pituitária; 
3) diminuição da liberação do hormônio 
liberador de gonadotrofinas (GnRH) do 
hipotálamo e das gonadotrofinas da 
pituitária; 
4) aumento da secreção de prolactina, 
de hormônio do crescimento (GH) e de 
glucagon. 
Estresse agudo = SNA (++) e HPA 
O estresse relativamente agudo 
(luta/fuga) OSTEOCALCINA (novo 
hormônio de resposta) parece favorecer 
as funções imunológicas. Tanto os 
experimentos em animais quantoem 
humanos demonstram que a exposição 
aos estressores agudos pode aumentar 
a resposta imune a patógenos. 
Há evidências de que as respostas ao 
estresse crônico possam causar, 
clinicamente, relevante imunossupressão. 
PQ O ESTRESSE AGUDO NÃO É TÃO 
IMUNOSSUPRESSOR COMO O 
CRONICO? 
 
No estresse agudo há a liberação das 
catecolaminas. Uma vez liberadas, as 
catecolaminas induzem aumento da 
freqüência cardíaca, do fluxo sanguíneo 
para os músculos, da glicemia e do 
metabolismo celular, na tentativa de 
favorecer um melhor desempenho físico 
e mental durante o estresse. A ativação 
do SNA, que ocorre em segundos, 
permite a resposta adaptativa ao 
estressor, enquanto que o eixo HPA, por 
sua vez, apresenta uma resposta mais 
lenta, envolvendo a liberação dos 
glicocorticóides, os quais, dependendo 
da quantidade em que são secretados, 
podem levar à imunossupressão. 
 
EFEITO IMUNOSSUPRESSOR DO 
CORTISOL 
O efeito imunossupressor do cortisol se 
dá por conta de sua composição 
Lipossolúvel (provinda através do 
colesterol utilizado como base para sua 
formação) que facilita e permite sua 
entrada do interior de células 
imunológicas. 
As Células imunitárias têm, dentro de si, 
um complexo proteico que desempenha 
funções como fator de transcrição, 
chamado de NF-κB. Ele está envolvido 
na resposta celular a estímulos como o 
estresse, citocinas, radicais livres, 
radiação ultravioleta, oxidação de LDL 
e antigénios virais e bacterianos. NF-κB 
desempenha um papel fundamental na 
regulação da resposta imunitária à 
infecção pois ele é o principal 
responsável pela transcrição de 
citocinas próinflamatórias como IL 4, IL 
6, IL 12 e TNFa. 
O Cortisol age justamente ocupando os 
receptores de NF-κB e impedindo a 
transcrição inflamatória. 
De maneira complementar, o estímulo 
de cortisol a longo prazo gera uma 
ativação dos estímulos b-adrenérgicos 
vindos das catecolaminas. Ambos os 
mecanismos atuam em conjunto 
reduzindo a produção de ILs 
inflamatórias e derivando a resposta 
imune para th-2, que é extracelular. 
Nota: o cortisol atua reduzindo IL-2, que 
tem como principal função a expansão 
clonal. 
Ao final de tudo, tem-se tanto th-1 
quanto th-2 suprimidas, e o organismo 
imunológico falho.

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