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Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação à Distância Revolução Industrial Natércia Eugénio Muloche– 708194372 Curso: Licenciatura em Ensino de História Disciplina: História Económica II Ano de Frequência: 2° Ano Docente: Florêncio Castigo Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia Disciplina: Geologia Geral Ano de frequência: 1º Ano Chimoio, Abril de 2020 Folha de Feedback Categorias Indicadores Padrões Classificação Pontuação máxima Nota do tutor Subtotal Estrutura Aspectos organizacionais · Capa 0.5 · Índice 0.5 · Introdução 0.5 · Discussão 0.5 · Conclusão 0.5 · Bibliografia 0.5 Conteúdo Introdução · Contextualização (indicação clara do problema) 1.0 · Descrição dos objectivos 1.0 · Metodologia adequada ao objecto do trabalho 2.0 Análise e discussão · Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual) 2.0 · Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo 2.0 · Exploração de dados 2.0 Conclusão · Contributos teóricos práticos 2.0 Aspectos gerais Formatação Paginação, tipo e tamanho de letra, parágrafo, espaçamento entre linhas 1.0 Referências Bibliográficas Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia · Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas 4.0 Recomendações de melhoria _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Índice I. Introdução 4 II. Capitulo 1: Revolução Industrial 5 1.1 Definição 5 1.2 Factores do Surgimento da Revolução Industrial 5 1.3 As Fases da Revolução Industrial 6 Primeira Fase: Revolução Mecânica (1750 – 1870) 6 1.3.2 Segunda Fase: Revolução Energética (1850 – 1900) 7 1.3.3 Terceira Fase: Automatização e Automação (1900 – 1980) 7 1.4 Impacto da Revolução Industrial 8 1.4.1 A Nível Económica 8 1.4.2 A Nível Social 8 1.4.3 A Nível Político 9 1.5 Relação entre os Impactos da Revolução Industrial com o Surgimento do Imperialismo. 9 IV. Conclusão 10 V. Referencias Bibliográficas 11 iii I. Introdução O presente trabalho versa sobre “A revolução industrial”. Nela, procuramos abordar o seu conceito, os factores do seu surgimento, as suas fases, os seus impactos económico, político e social e a sua relação com o surgimento do imperialismo, tendo como objectivos os seguintes: 1. Geral: · Compreender o impacto trazida pela Revolução Industrial na vida humana; 2. Específicos: · Definir a Revolução industrial; · Explicar os factores do seu surgimento; · Mencionar o impacto trazida pela revolução em todas as vertentes da vida humana: económica, social e política. Entretanto, para a efectivação do presente trabalho, recorremos ao método de procedimento bibliográfico, que consistiu na recolha, na selecção e na leitura de obras gerais e especificas relacionado com o tema em análise para a sua eficácia. II. Capitulo 1: Revolução Industrial 1.1 Definição Parafraseando Vunjura e Huo (2011, p.85), “a revolução industrial é um conjunto de transformações tecnológicas do século XVIII que culminou com a substituição do trabalho manual pela máquina: transição de manufactura para maquinofactura”. Para Recama (2010, p.124), “revolução industrial é o conjunto de transformações técnicas e económicas que iniciou na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e se alargaram a quase todos países da europa e da América do norte no decorrer do século XIX”. Entretanto, a revolução industrial pode ainda ser definida como sendo um processo histórico que levou a substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção domestico pelo fabril. Portanto, é necessário realçar que a revolução industrial teve o seu início em 1769, com a invenção da máquina a vapor por Jemes Watt, passando a observar-se com mais rigor a partir dos meados do século XVIII. 1.2 Factores do Surgimento da Revolução Industrial O início do processo industrial na Inglaterra, deveu-se principalmente aos seguintes factores: · Acumulação de capitais com o comércio internacional; · O derrube do absolutismo e do mercantilismo inglês com a revolução burguesa, possibilitando maior desenvolvimento da produção manufactureira e do comercio; · A revolução agrícola, que consistiu no aprimoramento das técnicas de cultivos e de criação, impulsionou o aumento de produção demográfico; · A existência na Inglaterra de grandes quantidades de matéria-prima como o carvão mineral, o ferro e o algodão; · A promulgação dos actos de navegação de 1651, em que a Inglaterra saía com maior proveito em comparação as outras potências coloniais; · O fomento das relações comerciais pelo Banco da Inglaterra conjuntamente com a companhia das índias, estimularam a produção de algodão; · O desaparecimento de pequenos proprietários devido aos cerceamentos estimulou a técnica e instrumentos inovadores; · A eliminação das barreiras alfandegárias interna e o estabelecimento de uma rede mais densa de estradas e de canais. 1.3 As Fases da Revolução Industrial A revolução industrial deu-se na Inglaterra mas, este processo dura até hoje, por isso, podemos distinguir a escala mundial três (3) fases: 1.3.1 Fase: Revolução Mecânica (1750 – 1870) Estafase tem como característica, a introdução da maquinaria em substituição do trabalho manual, sendo a indústria têxtil o primeiro a se beneficiar de inventos técnicos, tais como: · Invenções técnicas como, máquina de fiar de Jemes Hargreaves (1767); o tear hidráulico de Richard Arkwright (1768) e o tear mecânico de Edmund Cartwright (1785). Todos esses inventos ganharam maior capacidade quando passaram a ser acoplados a máquina à máquina a vapor, inventada por Thomas Newcom em 1712 e aperfeiçoado por James Watt em 1765; · Mecanização do sector têxtil e o aumento e geração de capitais, que eram reaplicados em novas máquinas cuja produção tinha amplos mercados nas colónias inglesas ou não, da América, África e Ásia na segunda metade do século XVIII. Após o sector têxtil, a mecanização alcançou o sector metalúrgico, impulsionou a produção em série e levou a modernização e expansão dos transportes. Todavia, a descoberta do vapor como força motriz, além de impulsionar a produção industrial, atingiu também os transportes. Em 1805, o norte-americano Robert Fulton revolucionou a navegação marítima criando o barco a vapor e em 1814, George Stephenson idealizou a locomotiva a vapor. Na óptica de Prada (1994, p.88), “com a introdução de carvão vegetal e lenha pela utilização de carvão mineral, a revolução industrial sofreu um grande impulso e uma nova progressão: a divisão de trabalho acelerou-se e a indústria têxtil progrediu com a introdução de novas técnicas”. 1.3.2 Segunda Fase: Revolução Energética (1850 – 1900) Esta fase tem como principais características as seguintes: · Expansão da revolução, alcançando outros continentes e o resto do mundo, atingido a Bélgica, a França e posteriormente a Itália, a Alemanha, a Rússia, os Estados Unidos e o Japão; · Novas invenções e novas fontes de energia, tais como: a descoberta da electricidade e do petróleo (energia hidroeléctrica e de derivados de petróleo); a formação do ferro em aço; as invenções do automóvel e do avião e mais tarde dos meios de comunicação, como a invenção do telégrafo, do telefone, do desenvolvimento da indústria química e de outros sectores; · O desenvolvimento dos meios de transporte marcada por ampliação das ferrovias. Segundo Chazoita (2014, p.13), nesta fase da revolução industrial destaca-se “a invenção do motor a combustão interna de Nikolaus Otto, aperfeiçoado por gottlieb Daimler, Karl Benz e Rudolf Diesel, que introduziu o uso de petróleo”. Porem, o uso de energia eléctrica e do petróleo permitiu a intensificação e diversificação do desenvolvimento tecnológico. Com isso, cresce a concorrência e desenvolve-se a indústria de bens de produção. 1.3.3 Terceira Fase: Automatização e Automação (1900 – 1980) Esta fase ganhou impulso na segunda metade do século XX. As suas características estão associadas a: · Avanços ultra-rápidos como no micro electrónica, na robótica, na química fina, uma informática dos serviços e na biotecnologia; · Formação de conglomerados industriais multinacionais, a automatização de produção e a intensificação da produção em série e a sociedade de consumo de massas com a expansão dos meios de comunicação; · Avanços na indústria química e electrónicas (engenharia genética e robótica). Parafraseando Hofisso e Sitoe (1995, p.21), “ a partir desta fase em diante, a revolução industrial ganha um novo ímpeto com a disseminação da informática (surgimento da internet) e com a conquista de espaços cósmico”. Entretanto, é necessário realçar que Visentini (2008, p. 36-38), divide as fases da revolução industrial da seguinte maneira: · Primeira Revolução Industrial (meados do século XVIII até por volta de 1870) – caracteriza-se pelo facto de Reino Unido ser indiscutivelmente a grande potência industrial do mundo, predominando a máquina a vapor e as indústrias têxteis e a grande fonte de energia era o carvão mineral; · Segunda revolução industrial (ultima década do século XIX até finais do século XX) – caracterizada pela descoberta da electricidade e pela invenção gradativa do capitalismo liberal pelo capitalismo monopolista; · Terceira revolução industrial ou revolução Técnico – Científica (segunda metade da década de 1970 até aos nossos dias) – caracteriza-se pelo aprofundamento do papel conhecimento e da tecnologia avançada. 1.4 Impacto da Revolução Industrial O surgimento da mecanização industrial operou significativas transformações em quase todos os sectores da vida humana, tais como: 1.4.1 A Nível Económica · A aristocracia foi afectada favoravelmente, pois viu os seus rendimentos aumentarem com a procura dos produtos agrícolas e sobretudo com o crescimento das cidades cujos terrenos eram seus, favorecendo igualmente os camponeses ricos; · A classe média viu prosperar os seus negócios e a sua inserção no mercado de emprego. 1.4.2 A Nível Social · Surgimento de duas classes burguesas (a detentora do capital) e o proletariado (os trabalhadores assalariados) que vendiam a sua força de trabalho para garantir a sua sobrevivência; · Eliminação da corporação de artesão e uso de ferramentas submissas a disciplina da fábrica passando ao uso da máquina na produção, criando o crescimento das cidades, início das doenças profissionais e más condições de trabalho; · Início de conflitos (luta de classes) entre proletariado e a classe burguesa devido a sujeição de maus tratos, baixos salários e longas horas de trabalho; · A luta de interesse a burguesia e o proletariado; · Aceleração do êxodo rural, o crescimento urbano e a formação da classe operária. 1.4.3 A Nível Político · Inaugura-se uma nova época na qual, a política, a ideologia e a cultura gravitariam entre dois eixos: a burguesia industrial e o proletariado; · Fixa-se as bases do progresso tecnológico e científico, visando a invenção e ao aperfeiçoamento constantes de novos produtos e técnicas para o maior e melhor desempenho industrial, abrindo também as condições para o imperialismo colonialista e a luta de classes; Entretanto, é necessário realçar que “a luta de classes conduziu a formação de partidos políticos e a disseminação de ideologia socialista e com a intensa urbanização e o crescimento económico acelerado, cria-se uma nova sociedade – a contemporânea”. (Giddens, 2011, p.43). 1.5 Relação entre os Impactos da Revolução Industrial com o Surgimento do Imperialismo Com o surgimento da sociedade contemporânea, durante a primeira metade do século XIX, começaram a aparecer alguns sinais tais como: · A expansão do capitalismo industrial, fortalecendo a burguesia capitalista; · O início do processo de concentração urbana da população. Todavia, a que referenciar que o êxodo rural e a concentração industrial originaram o proletariado industrial. Em consequência, surgiram alguns problemas sociais, frutos da desigualdade social. Recama (2010) enumera as seguintes: O aumento da produção de manufacturas detonando a luta pelos mercados; a civilização europeia, criadora das novas técnicas, aumentou seu domínio sobre outros povos, provocando a expansão e a ampliação dos impérios coloniais europeus durante o século XIX; a Inglaterra, torna-se a potência hegemónica dominando o comércio mundial e ampliando seu império colonial formal na África e na Ásia e informal nas Américas. (Recama, 2010). IV. Conclusão Antes do século XVIII foram usadas na Europa três fontes de Energia: a força animal, a força do vento e a força da água, fontes muito limitadas para o progresso fabril. Mas, foi precisamente no início do século XVIII, que começou a se verificar profundas transformações técnicas que trouxeram um novo impulso na vida humana, dando inicio um novo marco histórico conhecido por Revolução industrial. A revolução industrial foi um conjunto de transformações técnicas e económicas que teve o seu início na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, estendendo-se a quase todos os países da Europa e da América do Norte no decorrer do século XIX. Entretanto, considera-se como o marco inicial da revolução, a invenção da máquina a vapor pelo Escocês Jemes Watt, em 1769 e a suasubsequente aplicação aos transportes, como a locomotiva e o barco. Porem, é necessário afirmar que a revolução industrial passa a ser o símbolo do progresso, transformando as paisagens nos países onde ela é desenvolvida, suscitando o aparecimento das cidades, a multiplicação das vias de comunicação entre outros ganhos. Portanto, essa revolução, desenvolveu-se em três fases: a mecânica, a energética e a automatização e automação, trazendo como consequências para a vida populacional, a transformação das paisagens rurais em urbanas; transformação das mentalidades e das sociedades, provocando uma revolução demográfica sobretudo nas cidades. O nosso desejo foi de poder contribuir bastante no enriquecimento dos conteúdos que tem a ver com a revolução industrial e se conseguirmos alcançar, o prazer e o privilégio será todo nosso. V. Referencias Bibliográficas · Chozoita, L. & Faz-tudo, J. (2014). Manual de curso de Licenciatura em ensino de História: História económica II. Beira: UCM – CED. · Giddens, A. (2011). Capitalismo e moderna teoria social. 7ᵃedi. Lisboa: editora presença. · Hofisso, N. & Sitoe, L. (1995). História da 7ᵃClasse - 1◦ Volume. Editora: INDE/ Editora Escolar. Maputo. · Prada, V. (1994). História Económica Mundial I: das origens a revolução industrial. Porto: Livraria Civilização. · Recama, D. (2010). História de Moçambique, de África e Universal: 10ᵃ à 12ᵃ Classe. Maputo: Plural editora. · Visentini, J. (2008). Sociedade e espaço: Geografia geral e do Brasil. 11