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Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Ciência e Tecnologia dos Materiais - CTT211 Nome: Hiago Almeida Rocha Matrícula: 20171021049 A Estrutura dos Sólidos Cristalinos As propriedades de alguns materiais estão diretamente relacionadas com suas estruturas cristalinas. Um material cristalino pode ser definido como um material no qual os átomos estão posicionados segundo um arranjo periódico ou repetitivo ao longo de grandes distâncias atômicas, de modo que quando ocorre solidificação, os átomos se posicionam em um padrão tridimensional. As propriedades dos sólidos cristalinos dependem da estrutura cristalina do material, íons ou moléculas estão arranjados no espaço. Existe um número extremamente grande de estruturas cristalinas diferentes, essas estruturas variam desde estruturas relativamente simples, nos metais, até estruturas extremamente complexas, como aquelas exibidas por alguns materiais cerâmicos e poliméricos. Na descrição das estruturas cristalinas, os átomos ou íons são considerados como esferas sólidas com diâmetros bem definidos. Rede cristalina significa um arranjo tridimensional de pontos que coincidem com as posições dos átomos. Ao descrever as estruturas cristalinas, é sempre conveniente subdividir a estrutura em pequenas entidades que se repetem, chamadas células unitárias. a célula unitária é a unidade estrutural básica, ou bloco construtivo, da estrutura cristalina e define a estrutura por meio da sua geometria e das posições dos átomos no seu interior. Nos metais a ligação atômica é metálica e, dessa forma, é de natureza não direcional. Quando se usa o modelo de esferas rígidas para representar estruturas cristalinas, cada esfera representa um núcleo iônico. A estrutura cristalina encontrada em muitos metais possui uma célula unitária com geometria cúbica, na qual os átomos estão localizados em cada um dos vértices e nos centros de todas as faces do cubo. Essa estrutura é chamada de estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC). Na estrutura cristalina CFC, existem oito átomos em vértices da célula, seis átomos em faces da célula, e nenhum átomo no interior da célula. Outras características importantes de uma estrutura cristalina são o número de coordenação e o fator de empacotamento atômico. Nos metais, todos os átomos têm o mesmo número de Rectangle vizinhos mais próximos ou átomos em contato, o que define o número de coordenação. Nas estruturas cúbicas de faces centradas, o número de coordenação é 12. O fator de empacotamento atômico é a soma dos volumes das esferas de todos os átomos no interior de uma célula unitária dividida pelo volume da célula unitária. Outra estrutura cristalina comumente encontrada nos metais também possui uma célula unitária cúbica, em que existem átomos localizados em todos os oito vértices e um único átomo no centro do cubo. Essa estrutura é denominada estrutura cristalina cúbica de corpo centrado. Alguns metais, assim como alguns ametais, podem ter mais de uma estrutura cristalina, um fenômeno conhecido como polimorfismo. Quando encontrada em sólidos elementares, essa condição é frequentemente denominada alotropia. A estrutura cristalina que prevalece depende tanto da temperatura quanto da pressão externa. Em um sólido cristalino, quando o arranjo periódico e repetido dos átomos é perfeito ou se estende por toda a amostra, sem interrupções, o resultado é um monocristal. Todas as células unitárias interligam-se da mesma maneira e possuem a mesma orientação. A maioria dos sólidos cristalinos é composta por um conjunto de muitos cristais pequenos ou grãos; tais materiais são chamados de policristalinos. Sistema cristalino é empregado para classificar as estruturas cristalinas com base na geometria da célula unitária isto é, dos comprimentos das arestas da célula unitária e dos ângulos entre os eixos. Existem sete sistemas cristalinos: cúbico, tetragonal, hexagonal, ortorrômbico, romboédrico ou trigonal, monoclínico e triclínico. A densidade linear para uma direção cristalográfica específica é definida como o número de átomos por unidade de comprimento cujos centros estão sobre o vetor dessa direção. A densidade planar para um plano cristalográfico específico é definida como o número de átomos por unidade de área que estão centrados sobre o plano particular. As propriedades físicas dos monocristais de algumas substâncias dependem da direção cristalográfica na qual as medições são feitas. Por exemplo, o módulo de elasticidade, a condutividade elétrica e o índice de refração podem ter valores diferentes. A direcionalidade das propriedades é denominada anisotropia e está associada à variação do espaçamento atômico ou iônico em função da direção cristalográfica. As substâncias nas quais as propriedades medidas são independentes da direção da medição são isotrópicas. A difração ocorre quando uma onda encontra uma série de obstáculos regularmente separados que são capazes de dispersar a onda, e possuem espaçamentos comparáveis, em magnitude, ao comprimento de onda. Além disso, a difração é uma consequência de relações de fase específicas estabelecidas entre duas ou mais ondas que foram dispersas pelos obstáculos. Os raios X são uma forma de radiação eletromagnética com altas energias e comprimentos de onda pequenos — comprimentos de onda da ordem dos espaçamentos atômicos nos sólidos. Quando um feixe de raios X incide sobre um material sólido, uma fração desse feixe será dispersa em todas as direções pelos elétrons que estão associados a cada átomo, ou íon, que se encontra na trajetória do feixe. Os sólidos não cristalinos carecem de um arranjo atômico regular e sistemático ao longo de distâncias atômicas relativamente grandes. Algumas vezes esses materiais também são chamados de amorfos - que significa, literalmente, sem forma - ou de líquidos super- resfriados, visto que suas estruturas atômicas lembram as de um líquido. O fato de o sólido que se forma ser cristalino ou amorfo depende da facilidade pela qual uma estrutura atômica aleatória no estado líquido pode se transformar em um estado ordenado durante a solidificação. Portanto, os materiais amorfos são caracterizados por estruturas atômicas ou moleculares relativamente complexas.
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