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ï BISPO ROBERTO McAIISTER f BENÇAOS r{ALDrçOES SUAS CAUSAS E CONSEQUENCIAS Robert McAlister Bispo lgreja de Nova Vida Primeira edição 1991 ìoo ÒF. Direitos rcorvados pola lgroja de Nora Vida, Caixa Pçtal 2734, Rio de Janeiro, R.J. 20.001 Todas as citações bíblicas são de A Bíblia Sagrada, Tradução na Linguagem de Hoje, rublicada pela Sociedade Bíblica do Bragil, 1988 PRUDENCIA Ao abordar um assuÍito tão cheio de ernoções, é necessário tomar certas medidas de ca.utela para o que serÍa anular o propósito destas med itações. desobdiência a Deus, por atos pecaminosos e por ignorância espiritual. Coisas estas que, embora te- nham um fundo maligno, não podem ser atribuídas diretamente a uma intervenção demoníaca. Há quem expulse o demônio de fumar, ao invés de en- carar este hábito como uma tendência cainal e tra- tar dela de maneira bíblica. Fumar faz parte de uma vida indisciplinada e não é, portanto, conse- qüência de uma maldição. Entretanto, quando tra- tado como tal, não tem solução alguma. Com um cuidado especial em não amedrontar o leitor, nem criar uma preocupação desnecessária, quero afirmar logo que, zTl" lou v de nossas vnas. erro um erro reduzir todas as dificuldades espirituais e existenciais a uma maldição. a serídade este O Brasil é r produz toda sorte de problemas e aÌé a morte. Ten- do verificado as conseqüências profundas de maldi' ções lançadas sobre pessoas, em alguns países onde eu ministrava, tais como nas Fil ipinas, na França,- na lnglaterra e nas llhas do Caribe, eu tenho lidado durante quase quarenta anos, com vítimas de mal- dições, tendo por elas uma compaixão profunda, sabendo que a única solução é o poder do nome de Jesus Cristo. AS CÍNCO FONTES DE MALDIçÕES diabo É bom lembrar a definição de uma maldição: palavras carregadas de autoridade ou de um poder sobrenatural gue fazem com gue as coisas aconte- çam. Estas palavras podem fazer parte de um ritual demoníaco ou, simplesmente, palavras despropor- cionais carregadas de uma autoridade e pronuncia- 4 das com o fim de prejudicar, disciplinar ou ferir uma pessoa. Nem todas as maldições produzem o mesmo efeito. Algumas são pesadas e levam a vítima à morte, enquanto outras são mais leves em seu efei- to. Assim são as Sem jamais saber o mal que está fazendo ao seu filho ou fiihá, um pai ou úma mãe - figuras de autoridade - em meio a uma discusão exalta- da, diz palavras desproporcionais que afetam a vida do filho e lhe cria complexos e bloqueios que po- dem-durar a vida inteira. Seria possível gastar muito papel registrando cada sorte de maldição relacional que afeta a vida de um filho. "Vooê realmente é feia. Porque não faz alguma coisa para'ser bonita como a sua irmã?" Ou, "Vooê é tão preguiçoso que nunca será nin- gúém na vida. É o seu irmão que faz tudo certi- nho." Ouantas não palavras como, "V auto- com O motivo destas palavras, certamente, não é a fim de amaldiçoar a criança ou adolescente que as ouve. Certamente o pai ou a mãe iria alegar que está, apenas, tentando corrigir, íncentivar ou disciplinar o seu filho. Mas, o efeito não é isso. Ao contrário. É uma sentença pronunciada com con- seqüências destrutivas que duram longos anos. É comum uma pessoa que se acha gorda de- mais ou magra demais; alta demais ou baixinha demais. Ao se encarar no espelho, toma uma ati-- tude de O índice maior de suicídios, ern todos os paÉ ses do mundo, é entre adolescentes e universitáríos. As pressões sociais sobre eles são tão grandes que chegam a ser insuportáveis. As normas de beleza quase impossíveis de serem alcançadEs, a necessida- de de possuir as últimas coisas da moda - roupa, sapatos, carros, enfim, os símbolos de starus - torna a vida um caos para pessoas sensíveis. Chegar a dizer, "Oxalá gue eu fosse mortoT não é inco mum, e esta maldíção auto.imposta/tem uma força muito grande. 6 PACTOS COM O DIABO Uma grande parte das seitas ocultas é dedica- da à obra de maldições - pessoas fazendo pactos rituais de operar a sua outra pessoa, ganÉar vantagens na vida e remover o que consideram obs- táculos à sua felicidade e sucesso. Todos os brasileiros entendem como isto acontece. Oferendas são preparadas, trabalhos fei- tos, promessas juradas, dinheiro gasto para que uma maldição seja bem lançada. Muitas vezes, a vítima de tais maldições nem sabe da sua existência, até que começa a dar tudo errado em sua vida. Doenças começam a apareoer e não têm cura nem fim. A sua sorte vira de tal ma- neira que, não há como explicar a razão. Planos são frustrados por algo que só pode ser uma força supe- rior. Enfim, de repente, a vida se torna um tormen- to, e não há explicação, nem solução. m para sofridas por multidões de brasileiros, que, sabem de sua existência. v sua como foi dito, nem Uma das cauÍxrs mais comuns de lançamento de maldições é no campo matrimonial. Marido e mulher não vivem bem. Nasce uma paixão fora do casamento. E começa a guerra. "Por que você não morre? Oxalá que morresse". Em todas as cidades e povoados do Brasil, há pessoas morrendo sem causa clínica, mas, em conseqüência de trabalhos feitos e maldições pesadas que tiram a vida da vítima. UMA SOLUçÃO BEM BRASTLEIRA Quem se acha prejudicado por uma maldição, toma as providências que estão dentro do seu al- can@. lsto é, corÍieça a combater fogo com fogo. Desconfiado de alguém, seja parente, colega ou concorrente, arma uma ameaça maior ainda para anular o mal que sofre. Este círculo vicioso nada mais faz do gue au- mentar o sofrimento alheio, pois, nem sempÍe o fogo está dirigido para o alvo certo e nem sempre é suficientemente forte para contrabalançar o efei- to original. E a guerra na arena espiritual sofre uma escalação. 'Este recurco, adotado pela grande maioria das pessoas que sofrem maldições, é um erro fatal para tdos os envolvidos. Chegaremos logo a explicar como anular uma maldição, mas, seguramente, não é atnvés de outra maldição que o sofrimento chqa ao fim. Muito pelo contrário, pois guem lança uma 8 maldição se compromete com as entadades do mal, às quais se torna danedor. E o diabo sempne cobra as suas dívidas. Há quem venda a sua alma para fa- zer maldição ou para se livrar de uma delas, o que é o pior negócio gue um ser humano pode fazer. MALDIçÕES DE HERANçA Novamente, lembremo-nos da definição de uma maldição: palavras carregadas de autoridade ou de um poder sobrenatural que fazem com gue as coisas aconteçam, e cujas tendências são de pas- sar de geração a çração. Mais tarde, vamos examinar as maldições re- gistradas na Bíblia que vão até à terceira e quarta geração. Apenas uma refer€ncia serve para apresen- tar este aspecto de uma maldição. Nin- guém deve sofrer por causa de seus antepassados, e por uma coisa que não fez? A resposta está nas pá- ginas dos jornais que falam de uma çração de crianças que nascem aidéticas ou alcoólatras por causa do vício das suas mães. Sim, inocentês So: frem ainda hoje por causa dos pecados dos seús antepassados, enguanto a maldição do seu pecado T não for anulada. Sobre isto chegaremos a falar, brevemente. Um dos casos mais comuns nos países, onde a escravidão foi praticada, é uma maldição lançada sobre uma família inteira, por causa das injustiças sofridas pelos seus escravos. Quantas mulheres fo- ram abusadas pelos patrões, quantos homens chico- teados por desrespeitar o amo, quantas crianças ar- rancadas do peito da mãe para serem vendidas co- mo obletos. Ouem trouxe de sua terra natal as artes negras e ocultas realizou trabalhos que amaldiçoaram a fa- mília inteira dos senhores, coronéis, latifundiários produtores de cana-de-açúcar, caÍé, cacau, bor- racha, etc. E hoje, gerações após o fato, os netos e bisnetos vivem debaixo do jugo de uma forte mal- dição. Ao pregar esta mensagem, na lgreja de Nova Vida, em Botafogo, Rio, vieram várias pessoas ao meu gabinete para relatar a triste história de sua fa- mília, durante as últimas gerações. Contaram-me sobre heranças perdidas, parentes assassinados, mortes estúpidas, vidas arruinadas por vícios e so-bre toda sorte de mal. Até à revelação desta verda- de sobre maldições de herança, todas essas coisas foram consideradas apenas vicissitudes normais da vida. Agora, à luz desta compreensão, a explicação é mais do que evidente. A maldição foi lançada, e centenas de pessoas das gerações seguintes foram 10 prejudicadas, sem defesa qualquer contra a opera- ção do mal, que pairava sobre cada criança que nasceu com esta herança maldita. UMA MALDIçAO FEDERAL para. quem acha dificuldade em acreditar'no poder de uma maldição, deixe-me ilustrar por al- guns fatos que fazem parte da história dos Estados Unidos da América do Norte. trata tríbos, que ocuparam áreas vastas dos territórios do Oeste do país. Ao entrar no século Xvlll, a população do Leste dos Estados Unidos corìeçou a migrar para o Oeste a fim de explorar as riquezas de minério e, principalmente, as terras férteis das imensas planÊ cies. Fazendeiros e rancheiros começaram a invadir os territórios, garantidos aos índios pelos tratados firmados com Washington. Mas, para garantir a se- gurança de seus cidadãos migrantes, o exército fe- deral acompanhava os que queriam conquistar o Oeste. Aí começou o período sangrento das guerras de índios. Numa desas guerras, foi morto o chefe de uma das grandes tribos que defendia assuasterras, T 11 dos invasorcs. O irmão desse chefe era um grande feiticeiro e lançou uma rnaldição sobre a presidên. cia da União, jurando que nem to Presidente oer e apesar de um atentado que, por milímetros, não lhe tirou a vida, Ronald Reagan passou o bas- tão ao seu sucessor, o Presidente Bush. O que acon- teceu à maldição dos vinte anos? Ela foi cancelada. O que poucos sabem é que., enquanto ainda govemador do estado da Califórnia, Ronald Reagan 12 convidara um pastor para o seu gabinete; todas as segundas-Íeiras, para orar junto com ele. Embora homem imperfeito, ganhou a simpatia e de milhões de Evangélicos que garantiam a sua elei- ção à presidência. de grande in- fluência, tais com ity" (maloria ? O povb de Deus, seguindo normíili bíblicas, aproveitando promessas etemas, suplicando uma bênção em nome de Jesus e, unidos, ganharam uma vitória sobre uma maldição que durou cento e qua- renta anos, sobre a presidência. Esta "maldição fe- deal" chegou ao fim. Elet Ouer seja essa maldição de natureza relacio- nal, quer auto-imposta, quer de fonte demoníaca, quer de herança de muitas çrações, ela não resiste à fórmula br'blica para destruir esta obra maligna. do Espírito Santo para iluminar as nossas mentes, para que possÍrmos ganhar uma vitória completa e Esta "maldição federal" foi lançada durante a durante o período de velt- isto é. em O que foi chamada a No 13 permanente, sobre esta e qualquer outra obra ma- ligna que, porventuia, esteja nos atormentando. 1. Ter uma base bíbl ica não é mais para nos Eis apenas quatro referências bíblicas gue nos asseguraram uma vida livre dos ataques e influên- cias malignos, qualquer um dos quais seria suficien- te para realizar uma obra de total libertação. - "Porém Cristo, tornando-se maldição por nós, nos livrou da maldição imposta pela Lei. Como dizem as Escrituras: 'Maldito todo aquele que for pendurado numa cruz.' lsso aconte@u para que a bênção que Deus prome- teu a Abraão seja dada, por meio de Jesus Cristo, aos não-judeus e para que todos nós re- cebamos pela fé o Espírito que Deus prome' teu" (Gálatas 3, 13-14). Com palavras bem compreensíveis Deus nos informa que o seu filho Jesus foi feito maldição por nós, da mesma forma que ele foi feito "pecado por nós", para que pudéssemos ser livres do jogo 14 do pecado. Na cruz do Calvário, Jesus tomou as nossas iniqüidades, ÍF nossas enfermidades, o "cas- tigo que nos traz a paz" (lsaías 53, 5), e as mal- dições. Como explicar a frase, "a maldição imposta pela Lei"? Deus não deu ao homem a lei? Como poderia ser ela maldita? É porque a lei não salvou ninguém. Ao contrário, ela apenas condenou a'to- dos. A lei impôs sobre o homem um fardo inzupor- távef Ele não pôde se justificar ou se salvar por obediência à lei. A salvação vem pela graça, pela fé na obra de Jesus Cristo, que se tornou maldição por nós, para que todos recebêssemos pela fé o Es- pírito que Deus prometeu. - "E agradeçam, com alegria, ao Pai, que os fez capazes de participar do que ele guardou no Reino da luz para o seu povo. Ele nos li- bertou do poder da escuridão e nos trouxe em segurança para o Reino do seu Filho amado. É ele quem nos liberta, e é por meio dele que os nossos pecados são perdoados" (Colossenses 1, 12-141. I emocional mas 15 ! io fei us ve tem í e Deus abo ter de ) ia r Fi lho < queoD segurança nossos p€ r da mald so nas tre ncia e reb ) e | "Eo \ ulro( do Reir da segu os noss ção da preso n diência \ A capacidade de andar na luz, de ser cidadãos Reino de Deus, de sair da escuridão e de gozar do seu Reino, de ficar libertos e de ter nossos pecados perdoadós, taz parte da liberta- da maldição. O mais amaldiçoado é o pecador, nas trevas e escravo dos seus atos de desobe- e rebeldia. A única solução à praga de maldições é a nos- sa fé em Jesus Cristo, que tem poder suficiente pa- ra desfazer todas as obras do diabo e seus demô- nios, seja guaís forem os seus nomes no ocultismo. Não há terapia, nem meditação, nem força de vontade que chegue para anular uma maldição. Jesus veio para conqulstar a nossa liberdade de tu- do o que o Ladrão fez ou poderia fazer. Em Cristo, somos livres das artimanhas maléficas e de todas as maldições. - "Escutem: eu dei a vocês poder para pisa- rem cobras e escorpiões e vencerem a força do inimigo, sem sofrerem nenhum mal" (Lucas 10, 1 Não é surpreendente que Jesus tenha poder so- bre Satanás e todas as suas obras. O que é surpreen- dente, é que ele nos deu este poder e autoridade. Em muitas ocasiões, Jesus afirmou que somos livres 16 do poder e da lnfluência do diabo. Podemos pisar nele (a velha serpente), sem sofrer nenhum mal. Por estas e outras promessas mll, temos a se- gurança de que podemos viver abundantemente. A nossa fé está baseada, firmemente, nas promessas de sua Palavra. 2. Confessar a sua fé em Jesus A Bíblia diz que com o coração nós cremos, mas é com a boca que confessamos a salvação. Á confíssão de Cristo como Salvador e Libertador é absol u tamente necessáría à sa lvação. uma maldição, mas em dimensão espiritual e não maléfica. I I Ì isto, para des- lJoão 3,8). para I o" (1to I I Nesta confissão de fé em Jesus Cristo está o antídoto a uma maldição. aÈebo t A salvação dos pecados não é apenas uma de- 3. Submeter-se a Jesus em obediência Obediêncía significa que Jesus é o Senhor de nossa vida. Ele é quem manda em nós. Jesus disse, "Ouem peca é escravo do pecado" (João 8, 34). Ao ser livre do pecado, temos um novo dono. Não ma'is obedecemos aos instintos carnais, e sim, aos desejos de uma nova natureza. Somos obedientes à vontade de Deus e procuramos agradar a ele em tu- do que somos e fazemos. 4. Renunciar todo contato com o oculto Não se pode viver em dois mundos, andar em dois caminhos, servir a dois senhores. Ouem anda na luz de Cristo torna a aborrecer a escuridão de ocultismo em todas as suas formas. lsto faz parte da nova vida em Jesus Cristo, onde as coisas velhas passaram, e tudo se faz novo. Esta limpeza começa com o coração e mente de quem nasce pela fé, e continua a ter os seus refle- xos, na conduta e comportamento cotidianos. 18 O que antes amamos, agora odiamos. O que não nos interessava, agora nos alimenta. A orienta- ção pela Palavra de Deus, o louvor a Jesus pela li- bertação. O amor à sua casa e a comunhão do seu povo tornam a ser de suma importância, em nossÍì uma pessoa do batismo. Seria impossível exagerar a importância deste passo para uma libertação completa das maldições que fazem parte de idolatria, feitiçaria e ocultismo de modo geral. Todos os aspectos de ocultismo têm objetos, amuletos, imaçns, enfim, coisas para "represen- ta/' as forças do submundo espiritual. Seria difícil enumerar todos esses objetosque incluem I de outras Estas coisas devem ser destruídas, e guanto antes, por uma pessoa que deseja viver livre das maldições do passado. Um problema surge quando o objeto é de valor, de uma "herança" ou de apa- rência inocente -- meramente uma decoração. Ouem leva a sério este assunto seria impiedoso sto aconteceu a uma outra pessoa, que morr€u e foi sepultada nas águas uma I 19 com tais coisas e pagará o preço necessário para se livrar delas. Eu poderia contar muitas histórias para provar que as forças malignas são relacionadas a lugares e pbjetos relacionados ao oculto. Darei apenas uma. Um pastor da Ìgreja Metodista me contou que, um membro de sua igreja estava cronicamente do- ente e não alcançava uma cura apesar de tratamen- tos adequados,que derreriam ter eliminado o pro- blema. Pelo discernimento de espíritos ele pergun- tou ao chefe da família sobre a sua casa. Haviam mu- dado recentemente, e "pensando melhor, foi justa- mente na época quando minha mulher começou a mostrar sintomas da doença". O pastor foi à casa e descobriu que, no quintal haviam sido sepultados objetos consagrados aos espí- ritos pelo inquilino, que fora expulso da casa. As- sim, uma.maldição foi lançada sobre a famíl ia que passou a ocupar a sua propriedade. Ouando os objgtos foram desenterrados e destruídos, a mulher ficou curada quase no mesmo dia. Há uma certa incredulidade por parte de pes- soas que nunca foram envolvidas no ocultismo. Mas para quem fazia parte dele, não há sombra de dúvi- da de que estes objetos "abençoados" carregam po- deres que são respeitados pelos praticantes de espi- ritismos de toda sorte. 20 Não brinque com estes objetos. Seja impiedo- so. Lance fora tudo o que pode manter uma ligação com as forças do mal. Peça a Deus um esclareci- mento sobre este assunto, e você verá que a sua vida será livre das influências dessas coisas. 6. Libertar-se em nome de Jesus Paulo testemunhou que, "O Espírito que Deus tem dado a vocês, não os torna escravos e não faz que fiquem com medo... O Espírito de Deus se une com o nosso espírito para afirmar gue somos filhos de Deus" (Romanos 8, 15). No final destas meditações há uma oração de libertação. Há pessoas que a repetem todos os dias. Ela é uma declaração de fé em Jesus como o Salvador e Libertador, uma afirmação de seu poder divino sobre todos os poderes malignos, e uma afir- mação de seu desligamento de todas as formas de ocultismo. UMA MALDIçÃO ANULADA E OUTRA MALDIçAO ABRAçADA Há 20 anos, Georgina Aragão dos Santos veio a uma reunião da lgreja de Nova Vida, procurando a cura de uma doença e encontrou Jesus Cristo co- mo o seu Salvador. Ela era uma mãe-de-santo. A mãe de Georgina, uma baiana africana, ser- ì 21 via aos orixás e, de madrugada, andava em casa fumando charutos. Foi esta a herança que Georgi- na recebeu da idolatria e envolvimento com exus e orixás, pois a sua mãe praticava todos os rituais de Candomblé, Kardecismo e Umbanda. Na hora de seu nascimento, a parteira africa- na lançou uma profecia sobre Georgina, dizendo: "Esta menina pertence aos orixás. Ela terá que fa- zer cabeça". Aos nove anos foi levada pela sua mãe para cumprir uma obrigação, na cachoeira de São Barto- lomeu. Nessa hora do "fechamento do corpo", ela foi cortada de navalha três vezes no braço direito. A ferida foi coberta com pemba, e daí em diante Georgina começou a cumprir as obrigações. Mudando para o Rio de Janeiro e praticando os rituais de U rnband a, ela, eventual me nte, " fez ca' beça" e servia aos espíritos. A sua vida foi uma nove- la de tristezas, doenças e desespero. Ao levantar uma pessoa em suas costas para livrá-la dos "encos- tos" a medula do seu corpo foi forçada e foi constatada a doença de leocopenia, ou seja, a baixa dos glóbulos brancos que são a defesa do orga- nismo. Ouando Georgina aceitou Jesus, logo abando- nou o seu serviço aos espíritos e se dedicou a aprender sobre a nova vida em Cristo. Descobriu que a maldição que herdara fora anulada. Ela retor- 22 nou a Bahia e testemunhou Cristo à sua família. A sua rnãe e duas irmãs aeitaram Jesus e foram ba- tizadas, nas águas, para a remissão dos seus pecados. A mãe de èeorgina virreu para Jesus até a sua morte, ainda lúcida, com 93 anos de idade. Uma das duas irmãs continuou o seu andar com Jesus e vive feliz e livre da ameaça das maldições do seu passado. A outra irmã voltou atrás. Mesmo tendo sido batizada naságuase, jogan- do fora todos os objetos que pertenciam aos orixás, após um período de dois anos, ela se arrependeu de ter "ofendido aos orixás" e ne{pu sua fé em Jesus, voltando para as práticas no Candomblé, levando consigo os seus quatro filhos. Os efeitos dessa maldição abraçada de novo, logo se tornaram anidentes. A filha mais velha tor- nou-se lésbica e vive nesta situação até hoje. O seu filho sofreu um desequilíbrio mental e está, total- mente, inutilizado. A mesma coisa aconteceu com uma outra filha, que não pode fazer nada na vida. A filha mais nova deu à luz o único neto da irmã de Georgina, e hoje, ele sofre de câncer nos ossos. O que se conclui desta história? Uma herança poderosa de idolatria com tdos os seus efeitos ma- léficos - uma verdadeira maldição demoníaca - foi completamente anulada na vida de Georgina, a sua mãe e uma irmã. A outra irmã que recusou a proteção e libertação, pelo sangue de Jesus, está a 23 hoje sofrendo a maldição que passou para os seus quatro filhos eo seu neto, todos amaldiçoados pelo pacto com o diabo que a mãe.fazia. MALDTçÕES DtvtNAS Não posso concluir estas meditações sem cluir mais duas verdades: maldicões e bêncãos Deus. "Não adore outros deuses,.adore somente a mim. Não faça imaçns de nenhu:ma coisa que há lá no céu, ou aqui embaixo na terra ou na águas debaixo da terra. Não se ajoelhe diante de ídolos, nem os adore, pois eu, o Eterno, sou o seu Deus e não tolero outros deuses. Eu castigo aqueles que me odeiam, até os ne- tos e bisnetos" (Êxodo 20, 3-5). ldolatria em todas as suas formas é uma mal- dição que Deus não tolera. A adoração a outros deu- ses é uma abominação. Ajoelhar.se diante de ima- gens, que representam o ar, terra e água é, expressa- mente proibido por Deus. Quem pratica estas coi- sas está condenado até a 3? e 4? geração. O que isto quer dizerdiante da situação brasi- leira? As implicações são mais do que evidentes. A adoração de imaçns faz parte dor rituais de muitas religiões e seitas. Ajoelhar-se diante de imagem qualquer chama a condenação divina. As conse- 24 qüências desta iniqüidade passam para as gerações seguintes. DEUS NÃO PODE SER IGNORADO i- 1 Ao entrar na terra prorÍEtida por Deus, o po- vo de lsrael ouviu estas palavras da boca do homem que Deus ordenara para ser o líder: * Embora sabendo desta maldição, o rei de lsrael, Acab, a ignorou por razões que a Bíblia não registra. Possivelmente ele não acreditou no que o servo do Senhor falara. Eis as conseqüências: "Durante o reinado de Acab, Hiel, que era de Betel, reconstruiu a cidade de Jericó. E, ções s{to tn- de i amaldiçoou a cidade em lndo: Ouem tentar cons- cidade de Jericó, será rs Eterno. Ouem puser os filho mais velho, quem rderá o filho mais moço" 25 ituras como o Eterno havia dito por meio de Josué, filho de Num, Hiel perdeu Abiram, o seu fi- lho mais velho, quando colocou os alicerces de Jericó, e perdeu Segub, o seu filho mais novo, quando colocou os portões" (1 Reis 16,34). Lembremos a definição de uma maldição: pa- lavras carregadas de um poder sobrenatural que fa- zem com que as coisas aconteçam, e cujas tendên- cias são as de passar de geração a geração. -, Ao chamar Abraão para ser o pai da nação de lsrael, Deus lhe fez esta promessa: Deus me deu, na véspera da minha vinda para o Brasil, para liderar um povo que ele prometeu me dar. Não me convém contar as histórias de pessoas que Deus tem abençoado, por causa do seu apoio à visão que recebi do Senhor. Nem será para núm motivo de bênção contar a desgraça, e até a morte, de pessoas que foram amaldiçoadas por Deus, por terem tentado prejudicara sua obra, à qual fui cha- mado para liderar. Só posso curvar a minha cabeça e reconhecer a soberania de Deus, pelos mais de trinta anos de proteção que tenho vivido, aqui na "terra estranha" à qual ele me chamou. t l l€ofè S. l? I tZoíú 8. 1 AS BÊNçÃOS DE DEUS Embora tratando deste assunto no sentido de alertar sobre as causas, conseqüências e cura de maldições, ele seria incompleto, sem algumas'pala- vras sobre "o outro lado da moeda", ou seja, o po- der de Deus para abençoar. Das inúmeras promessas bíblicas sobre as bên- çãos de Deus, citarei apenas três, mas seria de gran- de proveito durante a sua leitura bíblica, sublinhar Será que Deus realmente arnaldiçoa pessoas? A resposta é sim. Um estudo da vida de Abraão é prova da fidelidade de Deus, tanto em abençoar como em amaldiçoar os que tocaram a vida do pa- triarca. Sem entrar em maiores detalhes, sinto-me na obrigação de louvar a Deus pela proteção que ele estendeu sobre minha vida neste sentido. Foi pre- cisamente esta promessa do Gênesis 12, 3 que 26 ,çt maltrata o servo do I 27 em lápis colorido as promessas de Deus neste sen- tido. - "Eu o abençoarei, o seu nome será famoso, e você será uma bênção para os outros. Aben- çoarei os gue o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem. E por meio de você to- dos os povos do mundo serão abençoados". (Deus falando a Abraão, em Gênesis 12,2-31. - "O Deus Eterno dá força ao seu póvo e o abençoa com felicidade e paz" (Salmo 29,111. - "Agradeçamos ao Deus e Pai do nosso Se- nhor Jesus\ëiisto, pois ele nos tem abençoado por estarmós unidos com Cristo, dando-nos todos os dons espirituais no mundo celestial" (Efésios 1,3). Deus é a fonte suprema de bênçãos. O que é surpreendente é o fato dele ter passado para nós es- te privilégio, isto é, de abençoar outra pessoa. A Bi blia está cheia de histórias e promessas neste sen- t ido. Em Gênesis 27, verificamos que o patriarca lsaac conferiu uma bênção sobre o seu filho, Jacó. Nos tempos da velha aliança, era prática do pai abençoar o filho mais velho para que o fluxo desta influência divina continuasse de çração em gera- ção. Não são poucos os seguidores de Jesus que 28 abençoam todos os seus filhos, atraì/és de suas pala- vras e o seu exemplo de obediência. É evidente que qualquer membro da família de Deus pode dizer palavras, carregadas de um po der sobrenatural, invocando uma bênção sobre ou- tra pessoa. De fato, somos ordenados a fazer isto pelo apóstolo Pedro. "Não paguem mal com mal, nem ofensa com ofensa. Ao contrário, paguem a ofensa com uma bênção porgue, quando Deus os chamou, ele prometeu dar uma bênção para vocês" ( lPedro 3,9). o cALlcE DA BËNçÃO Sinto-me feliz em terminar este estudo, tão cuno e tão limitado, com um dos aspectos das bên' çãos de Deus que mais profundamente toca o meu coração. Durante muitos anos tenho dado uma impor- tância muito grande à Ceia do Senhor, àquela hora, quando reunimo-nos ao redor da mesa para com- partilhar a presença de Jesus, em forma de pão e vinho. Escrevi sobre este assunto no livro. "A Pre- sença Real: DimensõesBíblicasda Ceia do Senhor". Naquela páscoa que Jesus celebrou com os discípulos, e que se tornou a primeira eucaristia, i 29 ele tomou o pão pascal, o abençoou, o partiu e deu aos homens ali reunidos. Ao "dar graças" pelo pão, ele pronunciou uma b€nção tanto no elemento físi- co como naquele que iria recebê-lo. Paulo escreveu ao Coríntios sobre a outra par- te da Santa Geia. "Pensem no cálice de tÉnção que abençoamos. Será que quando bebemos desse cáli- ce, não estamos tomando parte do sangue de Cris- to? (lCoríntios 10, 16). O cálièe da Ceia do Senhor já nos vem aben- çoado. Por que? Porque ele é a nova aliança no san- gue de Jesus Cristo, o Cordeirode Deus. Como é que algo abençoado por Deus pode ser também abençoado por nós? A resposta desta pergunta tem sido compliia- da demasiadamente pelas diversas tradições da lgre- ja durante vinte séculos. Doutrinas e dogmas surgi- ram em resposta a ela. O que é estranho, porque o senso deste versículo é mais do que evidente. Não se pode "aumentar ou modificar" a bênção do cá- lice. Um dos aspectos de uma bênção é louvor e agradecimento. Desta maneira é possível "abençoar a Deu$", o que é algo estranho a quem não entende a dinâmica de bênçãos. Uma tradução da alegria de Dari registrada em Salmo 103, 1 diz: "Bendize, ó minha alma, ao Se- 30 nhor", enquanto outra tradução diz, "Ó minha alma, louve ao Deus Eterno". Oual é o mais cor- reto? Nenhuma das duas, porque elas estão dizen- do a mesma coisa. Bendizer e louvar são sinôni- mos. No momento de "abgnçoar o cálice", o minis- tro do Evangelho está levantando a sua voz em lou- vor e agradecendo a Deus pelo sangue precioso de Jesus. Ele abençoa o cálice como também todos os que dele part icipam. Ao "dar graças" pelo seu almoço e jantar - uma prática comum entre todos os povos que se- guem o Senhor - estamos abençoando a comida e os que a comem, agradecendo a Deus por mais esta fonte de energia e saúde. ì "Senhor Jesus Cristo, creio que Tu és Filho de Deus e o único camínho para Deus, que mor- reste na cruz por meus pecados, e por mim foste ressuscitado dos mortos. Com funda- mento no que fizeste por mim, eu creio que as reivindicações de Satanás contra mim estão canceladas em Tua cruz. E assim, Senhor Je- sus, eu me submeto a Ti, e me comprometo a servir-Te, e a obedecer-Te, e nesta base, tomo posição contra qualquer força maligna das tre- N 31 vas que de alguma forma tenha vindo à minha vida, quer por meus próprios atos, guer por atos da minha família, de meus antepassados, ou de qualquer outra coisa da qual não tenho conhecimento. Onde quer gue haja sombra na minha vida, quaisquer forças malignas, Se- nhor, renuncio a elas agora. Recuso-me a sub- meter-me a elas por mais tempo, e no nome poderoso de Jesus, o Filho de Deus, tomo au- toridade sobre todas as forças malignas. Des- ligo-me delas e me liberto totalmente do seu poder. Invoco o Espírito Santo de Deus para que invada meu ser, faça minha libertação e desligamento do mal, inteiramente e realmen- te, como somente o Espírito de Deus pode fazer. Em nome de Jesus Cristo, Amém. à 32
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