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2° AVALIAÇÃO - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE

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Cuidado Integral à saúde do Adolescente
aula 5 - violência contra adolescentes e perspectivas de atendimento às VÍTIMAS
A violência pode ser conceituada como o evento representado por ações ou omissões realizadas por indivíduos, grupos, classes, governos ou nações, que ocasionam danos físicos, emocionais, morais e/ou espirituais a si próprio ou a outros.
Pode expressar-se sob diversas modalidades: agressão física; violência sexual; violências psicológica, entre outras.
Em geral, as vítimas adolescentes e jovens do sexo masculino tem relação com causas externas.
As adolescentes do sexo feminino também são as maiores vítimas da violência que permanece “invisível” porque é cometida por um conhecido – pai, padrasto, parceiro ou parente próximo.
NEGLIGÊNCIA: 
Caracteriza-se pelo descaso dos pais ou responsáveis para com as coisas que são essenciais ao desenvolvimento sadio dos filhos. Inclui a privação de medicamentos; a falta de atendimento à saúde e à educação; o descuido com a higiene; a falta de estímulo, de proteção de condições climáticas (frio, calor), de condições para a frequência à escola e a falta de atenção necessária para o desenvolvimento físico, moral e espiritual (BRASIL, 2004).
O abandono é a forma mais grave de negligência.
VIOLÊNCIA FÍSICA 
Caracterizada como todo ato violento com uso da força física de forma intencional, não acidental, praticada por pais, responsáveis, familiares ou pessoas próximas da criança ou adolescente, que pode ferir, lesar, provocar dor e sofrimento ou destruir a pessoa, deixando ou não marcas evidentes no corpo, e podendo provocar inclusive a morte (BRASIL, 2004).
É importante salientar que a violência interpessoal, incluindo a violência doméstica, não é um fenômeno característico de alguma classe socioeconômica.
Pelo contrário, a violência se faz presente em todas as classes, etnias, credos religiosos, posicionamentos políticos etc.
Adolescentes e jovens das classes pobres e marginalizadas podem ser duplamente vitimizados: tanto por essas modalidades de violência que ocorrem em todos os segmentos sociais quanto pelas expressões da violência estrutural.
DADOS ESTATÍSTICOS: 
As violências e os acidentes são as maiores causas das mortes de crianças, adolescentes e jovens de 1 a 19 anos, no Brasil. Entre essas chamadas causas externas, as agressões são as que mais matam crianças e adolescentes, a partir dos 10 anos.
De acordo com o UNICEF, no Brasil, apenas em 2015, foram registrados 80.437 casos de
violência contra crianças e adolescentes;
· Dos casos de violência contra criança e adolescente, quase 18.000 são de violência sexual; 
· Esses dados geram uma média de 50 casos por dia.
VIOLÊNCIA NO LAR (DOMÉSTICA) 
Diversos estudos demonstram a existência de um ciclo de perpetuação intergeracional: vítimas de violência na infância têm maiores possibilidades de tornarem-se agressores, aspecto que demonstra a importância de se trabalhar com esse grupo no âmbito das diversas políticas públicas.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA 
É toda ação que coloca em risco ou causa dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da criança ou do adolescente. Manifesta-se em forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições humilhantes e utilização da criança ou do adolescente para atender às necessidades psíquicas de outrem. 
VIOLÊNCIA SEXUAL 
As crianças e adolescentes são mais vulneráveis às violências sexuais e, às vezes, se submetem porque existe medo ou relações afetivas e emocionais importantes com os agressores, impedindo-as de discernir as suas reais possibilidades de escolha, inclusive de poder dizer não. Nessa situação, as crianças e adolescentes não se sentem em condições de buscar ajuda, na medida em que sentimentos contraditórios estão envolvidos.
“É um fenômeno social que envolve qualquer situação de jogo, ato ou relação sexual, homo ou heterossexual, cujo agressor encontra-se em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a criança ou adolescente.
Tem por intenção estimulá-la sexualmente, ou utilizá-la para obter satisfação sexual. Essas práticas sexuais são impostas à criança ou adolescente através de violência física, ameaças, ou indução de sua vontade.”
A violência sexual compreende:
· O abuso sexual: utilização da criança ou do adolescente para fins sexuais para estimulação sexual do agente ou de terceiros realizado de modo presencial ou por meio eletrônico;
· A exploração sexual: uso da criança ou adolescente em atividade sexual em troca de remuneração ou outra forma de compensação;
· O tráfico de pessoas: recrutamento, transporte, transferência alojamento ou acolhimento com o fim de exploração sexual, mediante ameaça, uso de força ou outra forma de coação, rapto, fraude, entre outros de aproveitamento de situação de vulnerabilidade ou entrega ou aceitação de pagamento.
· Um contingente formado por 83 mil menores de 18 anos foi vítima de violência sexual em todo o País, entre os anos de 2011 e 2017;
· deste universo 76,7 mil (92,4%) eram do sexo feminino e 6,3 mil (7,6%) do sexo masculino,
· 67,9% das vítimas tinham entre 10 e 14 anos. Desses, 55,5% eram da raça negra e 7,1% tinham algum tipo de deficiência ou transtorno mental.
SINAIS DE ALERTA: O profissional de Saúde precisa estar atento a um conjunto de sinais e indícios que poderão levá-lo a suspeita de violências. A seguir, apresentam-se exemplos de indícios para atenção dos profissionais.
INDÍCIOS ORGÂNICOS:
· contusões corporais;
· queimaduras;
· ferimentos;
· fraturas mal explicadas;
· roupas rasgadas ou manchadas de sangue;
· hemorragias;
· Não controla a urina ou incontinência;
· infecções;
· presença de sêmen.
INDÍCIOS NA CONDUTA DO ADOLESCENTE:
· desconfiança exagerada dos adultos;
· mudança súbita e inexplicada no comportamento;
· receio dos pais e tentativa de passar o mínimo de tempo em casa;
· dificuldades de aprendizado; distúrbios do sono;
· regressão a comportamentos infantis;
· aparecimento	de	dores	e sintomas para os quais	não se	encontra qualquer explicação médica;
· isolamento social;
· autoestima muito baixa, autodepreciação;
· Jogos com brinquedos (ex. bonecas).
Indícios na conduta dos pais ou responsáveis: observando-se na dinâmica da consulta condutas de excessos de zelo parental, tanto no controle da família quanto na avaliação negativa em relação ao filho/filha, o profissional deve ficar atento à possibilidade de violência, incluindo a sexual, no âmbito doméstico.
Violência autoinflidia/Suicídio: As tentativas de suicídio, principalmente em mulheres, correspondem à principal causa de procura de atendimento de urgência por adolescentes e jovens. Mais da metade dos adolescentes e jovens que morreram por suicídio já haviam experimentado a tentativa de suicídio pelo menos uma vez. A ingestão de altas doses de medicamentos constitui o método mais comum de se tentar suicídio entre as mulheres. Os adolescentes do sexo masculino usam mais as armas de fogo e o enforcamento.
PROGRAMAS EXITOSOS DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA 
· perspectiva holística na conceituação do termo prevenção e no seu uso prático, o que redunda numa visão complexa da realidade e num diagnóstico pluricausal dos problemas e das soluções.
· família é reconhecida como um ator fundamental para ações.
· profissionais qualificados para o exercício de suas ações e
· comprometidos com os projetos em desenvolvimento.
· Investimento na cidadania dos jovens.
· A preparação para o trabalho.
· O envolvimento de crianças e adolescentes em atividade lúdicas e educativas.
· O fortalecimento da autoestima
Linha de cuidado para atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas familias em situação de violência. 
1. Acolhimento: 
· Receber crianças, adolescentes e famílias de forma empática e respeitosa, por qualuqer membro da equipe. 
· Acompanhar o caso e proceder aos encaminhamentos necessários, desde a sua entrada no setor saúde até o seguimento para a rede de cuidados e de proteção social. 
· Adotar atitudes positivas e de proteção à criança ouao adolescente. 
· Atuar de forma conjunta com toda a equipe. 
2. Atendimento: Realizar consulta clínica: anamnese, exame físico e planejamento da conduta para cada caso. 
· Violência física, sexual ou negligência/abandono. 
· Tratamento e profilaxia 
· Avaliação psicológica 
· Acompanhamento terapêutico, de acordo com cada caso. 
· Acompanhamento pela atenção primária/ equipes de saúde da família. 
· Caps ou Capsi ou pela rede de proteção Cras, Creas/ escolas, CAT ou outros complementares. 
· Violência Psicológica 
· Avaliação psicológica 
· Acompanhamento terapêutico, de acordo com cada caso. 
· Acompanhamento pela atenção primária/ equipes saúde da família. 
· Caps. Ou rede de proteção Cras, Creas/ escolas etc. 
3. Notificação 
· Preencher ficha de notificação 
· Encaminhar a ficha ao sistema de vigilância de violência e acidentes (Viva), da secretaria municipal de saúde (SMS)
· Comunicar o caso ao conselho tutelar, de forma mais ágil possível (telefone ou pessoalmente com uma via de ficha de notificação) 
· Anexar copia de ficha ao prontuário /boletim do paciente. 
· Acionar o ministério público quando necessário, especialmente no caso de interrupção de gravidez em decorrência de violência sexual. 
4. Seguimento na rede de cuidado e de proteção social
· Acompanhar a criança ou adolescente e sua família até a alta, com planejamento individualizado para cada caso. 
· Acionar a rede de cuidado e de proteção social, existente no território, de acordo com a necessidade de cuidados e de proteção, tanto na própria rede de saúde (atenção primária/ equipes de saúde da família, Hospitais, unidades de urgência, Caps ou Capsi, CTA, SAE) quanto na rede de proteção social e defesa (Cras, Creas, Escolas, ministério público, conselho tutelar e as varas da infância e da juventude, entre outros. 
USO DE DROGAS 
O consumo de drogas é um fenômeno universal, histórico e social. 
Esta deformação da realidade é assimilada com facilidade pelos adolescentes e jovens, porque, em seu processo de desenvolvimento, buscam experimentar sem discriminação todas as possibilidades desse pretenso mundo novo.
Dada a complexidade multifatorial que envolve o uso abusivo de drogas, a sua abordagem deve ser realizada de forma interdisciplinar. Tratando-se de um problema humano, nele estão envolvidos o indivíduo, a família, a escola, a sociedade e a cultura.
· Uso abusivo – todo consumo de droga que causa dano físico, psicológico, econômico, legal ou social ao indivíduo que a usa ou a outros afetados pelo seu comportamento.
· Intoxicação – mudanças no funcionamento fisiológico, psicológico, afetivo, cognitivo ou de todos eles como consequência do consumo excessivo.
· Dependência – estado emocional e físico caracterizado pela necessidade urgente da substância, seja pelo seu efeito positivo, ou para evitar o efeito negativo associado a sua ausência.
Porque os adolescentes usam drogas: 
· Para experimentar sensações diferentes 
· Para se sentir melhor 
· Para alívio de emoções desagradáveis 
· Por insegurança 
· Para ser aceito pelo grupo de amigos 
· Devido à baixa autoestima 
· Para questionar os valores dos pais e/ou adultos responsáveis. Em busca de mudanças de humor, nível de consciência ou na percepção de mundo
ÁLCOOL – ALCOOLISMO 
O uso de álcool pelos pais e grupos de amigos é o principal fator de influência para o consumo entre os adolescentes. É comum o uso simultâneo de várias drogas. Assim como no uso de outras drogas, os motivos que levam um adolescente a beber são vários: curiosidade, por prazer, para esquecer seus problemas, agir de acordo com o grupo, entre outros.
TABACO – TABAGISMO 
O tabaco pode provocar sérios problemas respiratórios manifestados por uma doença pulmonar progressiva. 
MACONHA
O consumo de maconha entre os jovens é frequente e, por isso, os profissionais de saúde devem estar atentos à identificação do consumo. Esta droga gera efeitos mentais diversos de acordo com o indivíduo. 
COCAÍNA/CRACK 
A cocaína é um estimulante do sistema nervoso central, aumenta a atividade elétrica no cérebro e estimula artificialmente nosso centro de recompensa e prazer
ANABOLIZANTES 
O discurso do culto ao corpo, que cada vez ganha mais vulto, associa beleza, vigor e robustez à saúde, incutindo nos adolescentes e jovens a ideia de que obter este corpo belo e forte garante um corpo saudável. O uso dos esteroides em geral está relacionado à busca de melhor resultados da performance física.
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO 
EXAME GINECOLÓGICO 
A rotina do exame ginecológico – mamas, abdômen, órgãos genitais externos e internos – não difere muito do praticado na mulher adulta.
O exame físico nunca deve ser forçado, devendo ser adiado, quando necessário. Recomenda-se a presença do acompanhante e/ou outro profissional de Saúde da equipe durante o procedimento
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
Falar sobre planejamento reprodutivo na adolescência implica na revisão dos conceitos existentes sobre práticas sexuais e gravidez nesta etapa da vida. É importante ter em mente que, diante de adolescentes que trazem esta questão, deve-se ter tranquilidade para ouvir e tentar entender suas demandas e seus valores.
Adolescentes têm direito ao atendimento no planejamento reprodutivo sem discriminação de qualquer tipo, com garantia de privacidade, sigilo e consentimento informado.
Os serviços de saúde devem garantir esse atendimento, antes mesmo do início da atividade sexual e reprodutiva, para ajudá-los a lidarem com a sua sexualidade de forma positiva e responsável, incentivando-se comportamento de prevenção e de autocuidado.
Na faixa etária de 10 a 19, podem ser atendidos sem a presença dos pais, se assim preferirem.
Adolescentes de 10 a 14 anos de idade devem ser orientados sobre os cuidados específicos e adequados ao seu desenvolvimento psicossexual, com a proteção integral necessária, buscando identificar se já têm atividade sexual e se as circunstâncias apontam para violência ou para o exercício da sexualidade.
métodos anticoncepcionais (mac) 
Na discussão sobre os métodos anticoncepcionais (MAC) pressupõe-se o uso de técnicas de grupos educativos, onde todas as possibilidades de métodos anticoncepcionais são apresentadas e discutidas amplamente com os adolescentes de ambos os sexos.
De um modo geral, os adolescentes podem usar a maioria dos métodos anticoncepcionais disponíveis.
anticoncepção de emergência (ae) 
A anticoncepção de emergência (AE) é um método empregado para evitar uma gravidez não planejada após uma relação sexual desprotegida e deve ser usada em até 120 horas, sendo a eficácia maior em até 72 horas, ou seja, quanto antes melhor.
Enfatiza-se que o preservativo masculino e feminino são os únicos métodos que oferecem proteção contra IST, inclusive o HIV/aids e as hepatites virais.
Os métodos comportamentais (tabela, muco cervical, temperatura basal, entre outros) são pouco recomendados para adolescentes, pois a irregularidade menstrual é muito comum nessa fase e, além disso, são métodos que exigem disciplina e planejamento e as relações sexuais nessa fase, em geral, não são planejadas.
As indicações para AE são:
· violência sexual;
· falha de qualquer método anticoncepcional usados (como ruptura do preservativo, esquecimento de tomar a pílula, introdução do pênis entre a parede vaginal e a camisinha feminina etc.);
· não estar usando qualquer método.
Em relação aos riscos de utilização da AE, nenhum foi ainda comprovado. Alguns riscos temidos devem ser esclarecidos, para segurança da adolescente no uso do método, na medida em que nunca foram confirmados. Neste sentido a AE:
· NÃO tem ação como método abortivo.
· NÃO provoca teratogenicidade, em caso de a adolescente já estar grávida no momento da tomada do contraceptivo de emergência.
· A prescrição e a dispensação de AE à adolescente, inclusive as menores de 14 anos, deve ser criteriosa, não constituindo ato ilícito por parte do enfermeiro ou do médico (art. 74 do Código de Ética Médica e Protocolo para Utilização do Levonorgestrel
MS, 2013), levando-se emconsideração a doutrina de proteção integral (ECA), sempre com orientação responsável do profissional a respeito dos riscos inerentes aos medicamentos.
· O método é pouco eficaz se usado repetidamente (a curtos intervalos).
gravidez na adolescência 
A gravidez na adolescência, hoje, constitui-se como uma questão polêmica por ligar aspectos relacionados ao exercício da sexualidade e da vida reprodutiva às condições materiais de vida e às múltiplas relações de desigualdades que estão presentes na vida social do País.
Tradicionalmente, a ocorrência da gravidez na adolescência é enfocada como não planejada, indesejada e decorrente do desconhecimento de métodos anticoncepcionais.
O ministério da saúde, por intermédio da rede cegonha, incluiu o teste rápido de gravidez nos exames de rotina realizados nas unidades básicas de saúde (UBS) 
Entre os aspectos importantes a serem abordados pela equipe de saúde durante o acompanhamento pré-natal e nas ações educativas, principalmente para adolescentes de 10 a 16 anos, estão:
· A importância do pré-natal para a saúde dela e de seu filho.
· O desenvolvimento da gestação e as modificações corporais e emocionais na gravidez.
· Orientar sobre os hábitos saudáveis de nutrição e cuidados pessoais, e sobre os medos e fantasias referentes à gestação e ao parto.
· Esclarecer sobre a atividade sexual, incluindo a prevenção de IST/HIV/aids.
· Informar sobre sintomas comuns da gravidez e orientações para as queixas mais frequentes.
· Orientar sobre sinais de alerta e o que fazer nessas situações (sangramento vaginal, dor de cabeça, transtornos visuais, dor abdominal, febre, perdas vaginais, dificuldade respiratória e cansaço).
importante 
É preciso verificar sempre a data da última menstruação e da última relação sexual para avaliar a possibilidade do uso da anticoncepção de emergência e informar que o teste rápido pode dar falso negativo na fase inicial da gravidez.
No caso de dúvida, usar o preservativo masculino ou feminino ou não ter relações sexuais até a realização de novo exame.
Entre os aspectos importantes a serem abordados pela equipe de saúde durante o acompanhamento pré-natal e nas ações educativas, principalmente para adolescentes de 10 a 16 anos, estão:
· Preparar para o parto, informando sobre os sinais e sintomas do início das contrações e do trabalho de parto.
· Orientar e incentivar	para o parto normal, resgatando-se, como processos fisiológicos, a gestação, o parto, o puerpério e o aleitamento materno.
· Esclarecer à adolescente gestante em que situações é necessário o parto cesariano, uma vez que a sua condição de adolescente, por si só, não justifica a indicação desse procedimento.
· Orientar a adolescente gestante sobre a importância do contato pele a pele logo após o nascimento, para o recém-nascido e para a mãe, principalmente na criação do vínculo entre ela e o bebê.
aula 7 – o adolescente portador de doença crônica
dcntS
· Doenças crônicas são aquelas de desenvolvimento lento, de longa duração e que, em alguns casos, não têm cura, mas controle.
· Podem ser progressivas, fatais, ou causar incapacidades e deficiências.
· Envolve um grande número de doenças com condições, gravidades e prognósticos diversos.
· Têm etiologias variadas: metabólicas, autoimunes, inflamatórias, degenerativas, hereditárias, congênitas, infecciosas que se cronificam, comprometendo os diversos sistemas orgânicos.
epidemiologia 
· Atualmente, estima-se que 10 a 20% dos adolescentes dos países desenvolvidos, sofram doença crônica. 
· No Brasil, isto representaria 3,5 a 4 milhões de adolescentes com doença crônica 
· Um estudo feito em campinas – SP, constatou uma taxa de 19,17% de doenças crônicas entre os adolescentes 
As DCNTs no crescimento, desenvolvimento físico E PSICOSSOCIAL
Por todas as transformações, torna-se um tempo de crises e de conflitos, que se manifestam em proporções ampliadas entre os pacientes doentes (Crespin, 2007).
As doenças crônicas podem causar impacto no crescimento e desenvolvimento, devido às alterações hormonais causadas por algumas doenças, pelos efeitos adversos do uso de medicamentos por longos períodos, ou pelas alterações metabólicas causadas por diversas patologias.
Os problemas enfrentados pelo adolescente com doença crônica são proporcionais à gravidade da doença, que representa restrição, limitação, dependência de terceiros, de medicamentos, de dietas, ou mesmo, risco de morte (Amado, Leal, & Saito, 2014).
repercussões na família e grupos sociais 
Há uma sobrecarga emocional, financeira e física para os pais cuidadores. A situação exige mudança nos hábitos e estilos de vida da família, dependendo do grau das necessidades de cuidados diários.
O afastamento da escola é uma situação preocupante, causando vários prejuízos para o adolescente com doença crônica.
É imprescindível estimular a convivência com outros adolescentes da mesma faixa etária e a participação nos grupos, na medida do possível, para que o seu desenvolvimento psicossocial não fique prejudicado.
diabetes 
A diabetes mellitus é uma doença endócrino-metabólica de etiologia heterogênea, caracterizada por hiperglicemia crônica, resultante de defeitos da secreção ou da ação da insulina.
Há pouco tempo, o diabetes tipo 2, ligado à obesidade e a má alimentação, era o "do adulto" e o diabetes tipo 1, autoimune, era o “das crianças e adolescentes". Entretanto, a industrialização excessiva e a piora dos hábitos alimentares vêm intensificando os fatores genéticos que causam a doença. Vale ressaltar que com o aumento da incidência e da gravidade da obesidade entre crianças e adolescentes, o diabetes tipo 2 também está atingindo esta faixa etária.
A incidência do diabetes mellitus tipo 1 em adolescentes no mundo é de 0,5 novos casos/100.000 indivíduos por ano. Entre os países com maior número de casos, o Brasil (5 mil) está em terceiro lugar, atrás apenas dos Estados Unidos (13 mil) e da Índia (10.900 mil).
Além dos riscos agudos, se a doença não for bem controlada cronicamente, ao longo dos anos podem ocorrer: retinopatia diabética, com perda gradual da visão, até chegar a cegueira; nefropatia diabética, que leva a insuficiência renal, necessidade de hemodiálise e transplante de rins; neuropatia e vasculopatia diabética, que podem levar a dores intensas, câimbras, má circulação, feridas crônicas, dificuldade de cicatrização e até amputação de membros.
hipertensão 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), uma condição clínica multifatorial, é caracterizada pela presença de níveis pressóricos elevados e sustentados, associados a alterações metabólicas e hormonais. As alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e as alterações metabólicas aumentam o risco de ocorrência de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais.
· No Brasil, cerca de três milhões de crianças e jovens dos 3 aos 18 anos de idade sofrem de hipertensão.
cardiopatias 
Cardiopatia congênita - são os defeitos cardíacos presentes desde o nascimento. Nos casos mais graves costuma ser percebida logo que o bebê nasce; nos casos menos graves pode ser diagnosticada quando a pessoa já está na idade adulta.
No Brasil, as cardiopatias possuem uma prevalência de 6/1000 crianças nascidas vivas e nos últimos 15 anos esses dados vêm aumentando para 9/1000 crianças. Cerca de 70% dos pacientes com cardiopatias graves não chegarão aos 18 anos de idade.
Ao passo que avança a idade das crianças e adolescentes internados com cardiopatias congênitas, observa-se a redução dos números de internação neste estudo, seja por motivos de correções cirúrgicas levando a cura ou a complicações e consequentemente ao óbito chegando a não alcançar os 19 anos.
asma 
Considerada a doença crônica não transmissível mais comum da infância e adolescência. A adolescência é época da maturação e crescimento, inclusive do aparelho respiratório. Um declínio da função respiratória nesse período pode levar a alterações irreversíveis na estrutura pulmonar. 
Na infância, a asmaé duas vezes mais frequente nos meninos, mas essa relação muda drasticamente na puberdade. Entre os adolescentes, é significativamente superior no sexo feminino. Ocorre mais remissão nos meninos e um número maior de novos casos nas meninas.
Os resultados dos estudos deixam claro que o manejo adequado da asma entre adolescentes demanda um olhar mais atento dos profissionais e dos serviços de saúde para além do uso de medicamentos, controle de alérgenos e presença nos atendimentos.
ist, hiv/ aids e hepatites virais
Oferecer o teste rápido e o aconselhamento também são oportunidades para facilitar o atendimento preventivo e o início do cuidado com a saúde de adolescentes que estejam com IST ou infectados pelo HIV.
Dentro da atenção integral recomenda-se, que na testagem de HIV em adolescentes entre 12 a 18 anos de idade, haja uma avaliação pela equipe de saúde das suas condições de discernimento e de autonomia.
Quanto a adolescentes de 10 a 12 anos incompletos, que também têm o direito de saber sua condição de saúde, a testagem e entrega de exames anti-HIV só serão realizadas com a presença dos pais ou responsáveis legais.
Cuidado integral ao adolescente frente às IST/Aids e Hepatites virais
Estudos apontam para o aumento da infecção pelo HIV/aids entre as pessoas jovens, assinalando que a utilização do preservativo em todas as relações sexuais é baixa.
Após mais de três décadas, o país tem como característica uma epidemia estável e concentrada em alguns subgrupos populacionais em situação de vulnerabilidade, como é o caso da infecção pelo HIV na população de adolescentes, que tem apresentado tendência de aumento.
AULA 8 – CALENDÁRIOO NACIONAL DE VACINAÇÃO – ADOLESCENTE 
SALA DE VACINA 
· Equipamento distante de fonte de calor e raios solares 
· Afastar o resfriador da parede, pelo menos 20cm 
· Usar tomada exclusiva para cada equipamento 
· Verificar a temperatura 2 vezes ao dia 
· Usar os equipamentos exclusivamente para conservar os imunobiológicos 
· Temperatura interna preferencialmente de +5°c, ≥ 2 ºC e ≤8 ºC.
Calendário – adolescente (10 a 19 anos)
· Hepatite B (3 doses: a partir de 7 anos de idade (5)
· Febre amarela (uma dose (4)
· Sarampo, caxumba e rubéola (2 doses (5) 
· HPV (2 doses)
· Doença invasiva causada pela neisseria meningitids (entre 11 a 12 anos de idade: 1 dose (9) 
· Difteria e tétano:3 doses e reforço a cada 10 anos (5)
· Difteria, tétano e coqueluche: 10 a 19 anos
1. HPV (Papiloma Vírus Humano
Sua eficácia está comprovada na redução do câncer de colo de útero, pênis, anal e orofaringe. A vacina quadrivalente (tipos 6, 11, 16 e 18) é aplicada em três doses. O PNI (Programa Nacional de Imunizações) adotou duas doses, disponibilizadas para meninas de 9 a 14 anos e meninos dos 11 aos 14 anos.
· 0,5ml, IM, (0 e 6 meses de intervalo)
Meninas 9 a 14 anos: HPV (previne papiloma, vírus humano que causa cânceres e verrugas genitais) – 2 doses (seis meses de intervalo entre as doses) 
Meninos 11 a 14 anos: HPV (previne o papiloma, vírus humano que causa cânceres e verrugas genitais) – 2 doses (seis meses de intervalo entre as doses) 
Pessoas com HIV/Aids e imunodeprimidos entre 9 e 26 anos (3 doses/ 0, 2 e 6 meses)
2. Tríplice viral
Protege contra	rubéola, caxumba e sarampo.
Regra geral - 1 dose do tríplice aos 12m e 1
dose da tetraviral (+ varicela) aos 15 m.
· São necessárias duas doses da TRÍPLICE VIRAL a partir de 5 anos até 29 anos, com intervalo de 30 dias entre elas.
· 0,5 ml SC
· Pode fazer simultaneamente com outras vacinas, exceto com a febre amarela que precisa de um intervalo de 30 dias. (exceto em surtos)
3. Hepatite B
São importantes para quem não foi vacinado na infância.
Hepatite B – três doses, sendo a segunda 30 dias após a primeira e a terceira, seis meses depois da primeira dose. (0, 1, 6 meses)
Gestantes adolescentes* Grupos vulneráveis *
· 0,5 ml até 19 anos* IM 1 ml > 20 anos*
· As vacinas fabricadas pelo LG Life Science Ltd (laboratório da Coréia do Sul) apresentam diferenças. 
· 0,5 ml RN até 15 anos*
· 1 ml > 16 anos *
4. Dupla Adulto (dT)
3 doses entre 30 e 60 dias - A depender da situação vacinal anterior;
A partir de 7 anos e adultos, IM. Geralmente o adolescente com 14 anos, se fez o esquema completo na infância.
Reforços a cada 10 anos ou 5 anos (comunicante de difteria ou ferimento grave**)
As vacinas DTP e pentavalente são contraindicadas para crianças acima de 6 anos 11 m e 29 dias.
5. Vacina meningocócica tipo
ATENÇÃO! MUDANÇA NO CALENDÁRIO
Adolescentes de 11 a 12 anos, administrar 1 dose de reforço, conforme situação vacinal encontrada. 
6. Vacina MENINGOCÓCICA ACWY
INCORPORADA NO SUS EM MARÇO
DE 2020.
A meningite causada pelo meningococo tem um pico de incidência em lactentes e também na adolescência. 
· 1 dose, IM, 0,5ml 
Independente de ter feito anteriormente a meningo C, pode fazer a dose da ACWY 
VACINA MENINGOCÍCICA ACWY
Precauções na administração da vacina:
Rotineiramente, as mulheres que estejam amamentando não devem ser vacinadas, por considerar que a segurança do uso neste grupo não foi avaliada. No entanto, diante de situações emergenciais onde as possíveis vantagens superarem os riscos potenciais, o profissional da saúde deve avaliar a necessidade da vacinação. 
Após a administração da MenACWY (conjugada) tem sido observada a ocorrência de desmaios atribuídos à síndrome vaso-vagal ou reação vasopressora que ocorre, normalmente em adolescentes e adultos jovens. Desta fora, recomenda-se que o adolescente permaneça (conjugada), para reduzir risco de queda e permitir pronta intervenção caso ocorra à síncope. 
7. Febre Amarela
Áreas com recomendação de risco, em 2020 foi ampliada para todo país.
· 0,5ml, SC
Mudança – 1 dose aos 9m e um Reforço com 4 anos.
· 5 anos que fizeram apenas 1 dose, independentemente da idade que procure o serviço faz 1 reforço da vacina.
8.Vacina Influenza (FRACIONADA, INATIVADA) - GRIPE
· 0,5 ml, IM.
· Adolescente indígena - A partir de 9 anos recebe 1 dose.
· Adolescente não indígena - A partir de 7 anos recebe 1 dose, se portadora de comorbidade ou condições clínicas especiais.
aula 9 – distúrbios na alimentação 
Os transtornos alimentares são desordens complexas, causadas e mantidas por diversos fatores sociais, psicológicos e biológicos (LEITE; PEREIRA, 2009). Estudos indicam que a maioria, mais de 90%, ocorre na população feminina, especialmente em função do fato deste grupo apresentar uma tendência de alcançar o peso "ideal" (DIETZ, 1990 apud NUNES et al., 2006).
Os TAs mais comuns são a anorexia nervosa, a bulimia e a compulsão, sendo transtornos de origem multifatorial que necessitam de avaliações e de abordagens que contemplem os vários aspectos envolvidos em sua origem e manutenção (LEITE; PEREIRA, 2009).
anorexia nervosa 
Um dos principais transtornos alimentares, a anorexia nervosa, caracteriza-se pela perda de peso intensa à custa de dieta extremamente rígida em quase todos os casos, busca desenfreada pela magreza, distorção da imagem corporal e alterações do ciclo menstrual. 
Muitas pessoas com anorexia nervosa se enxergam com excesso de peso, mesmo quando elas estão claramente abaixo do peso. O ato de controlar a comida e o peso se tornam obsessões, as pessoas com anorexia nervosa normalmente se pesam repetidamente, colocam alimentos cuidadosamente e comem quantidades muito pequenas de apenas certos alimentos. Algumas pessoas com anorexia nervosa também podem se envolver em compulsão seguido de dieta extrema, exercício excessivo, vômito auto induzido ou mau uso de laxantes ou diuréticos. 
A anorexia nervosa é um distúrbio emocional e alimentar caracterizado por: 
· Intenso medo de ganhar peso e engordar.
· Distorção da imagem corporal, como sentir-se gordo, quando, na verdade, está muito magro.
· Ocorre com mais frequência em jovens, muitas vezes na adolescência, de camadas socioeconômicas mais elevadas e está relacionada com o ideal estético veiculado pela mídia e reforçado pela cultura de consumo de beleza.
· Cursa com transtornos relacionados com a desnutrição e alteraçõesendócrinas. Amenorreia (falta de menstruação) é uma das principais características da anorexia nervosa.
Conduta: 
· Avaliação a fim de verificar risco de vida devido à desnutrição.
· Diagnóstico diferencial com outras doenças psiquiátricas, como, por exemplo, a depressão.
· Conhecer a estrutura familiar e de suporte social.
· É fundamental a atuação de um profissional da área de Saúde Mental e do apoio de nutricionista.
bulimia nervosa 
Caracteriza-se período de grande compulsão alimentar, quando é ingerida uma grande quantidade de alimentos seguidos de período de purgação em que a(o) paciente lança mão de vômito provocados, uso de laxativos e diuréticos e exercícios vigorosos. 
É mais comum em mulheres jovens. E seu inicio com frequência acontece no final da adolescência. A paciente pode ser eutrófica ou até mesmo apresentar sobrepeso. Sintomas depressivos acompanham a bulimia. 
Condutas: 
· Avaliar a história do adolescente e os riscos para depressão 
· É fundamental o acompanhamento serviços especializados com equipe multidisciplinar, de preferencia formada por especialista de saúde mental, nutricionista e clínico. 
Sintomas:
· Inflamação crônica e dor de garganta
· Glândulas salivares inchadas na área do pescoço e da mandíbula 
· Esmalte de dentes manchados e dentes cada vez mais sensíveis e em decomposição como resultado da exposição a acidez do estômago.
· Transtorno de refluxo ácido e outros problemas gastrointestinais 
· Desidratação severa por causa da purga 
· Desequilíbrio eletrolítico: níveis muito baixos ou muito elevados de sódio, cálcio, potássio e outros minerais que podem levar a um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral 
transtorno de compulsão alimentar 
As pessoas com distúrbios compulsivos perdem o controle sobre a alimentação. Ao contrário da bulimia nervosa, os períodos de compulsão alimentar não são seguidos por comportamentos compensatórios como a purga, exercício excessivo ou jejum. Como resultado, as pessoas com transtorno compulsivo que são obesos tem maior risco para desenvolver doenças cardiovasculares e hipertensão arterial. Também experimentam culpa, vergonha e angústia sobre a compulsão, o que pode levar a uma compulsão excessiva. 
Sintomas: 
· Os objetivos típicos do tratamento incluem restaurar a nutrição adequada, trazendo o peso para um nível saudável, reduzindo o exercício excessivo e interrompendo a compulsão e comportamento de purga, formas especificas de psicoterapia, ou terapia de fala – incluindo uma terapia familiar e cognitiva e abordagens comportamentais – demonstram ser úteis para o tratamento de distúrbios alimentares. A evidencia também sugere que os medicamentos antidepressivos podem ajudar na bulimia nervosa e também pode ser eficaz para o tratamento de co-ocorrência da ansiedade ou depressão para outros distúrbios alimentares 
Os planos de tratamento geralmente são às necessidades individuais e podem incluir um ou mais do seguinte: 
· Psicoterapia individual, grupal ou familiar 
· Cuidados médicos e monitoramento 
· Aconselhamento nutricional 
· Medicamentos (por exemplo, antidepressivos) 
alguns pacientes também podem precisar ser internados para tratar problemas causados por desnutrição ou para garantir que eles comam o suficiente se tiverem muito baixo peso. A recuperação completa é possível. 
papel do enfermeiro 
Considera-se que os cuidados referentes aos transtornos são realizados através de quatro abordagens: a recuperação nutricional que, por sua vez, necessitará de abordagem psicofarmacológica com objetivo de suspender mais rapidamente a recusa alimentar, a psicanálise e a terapia familiar, ou de outros membros da família. 
exercício de fixação 
1. Em relação aos transtornos alimentares: 
Cite dois e fale sobre eles. 
2. Com relação aos aspectos a serem avaliados durante a consulta de Enfermagem ao adolescente:
I. Atenção para o padrão alimentar, buscando a relação com a anorexia, bulimia e compulsão alimentar.
II. Identificação de características de autoestima, aceitação, preocupação e distúrbios relacionados à imagem corporal.
III. Abordagem de características dos processos relacionais em família, mesmo sabendo que o comportamento do adolescente no lar, em geral, se caracteriza por busca de comunicação efetiva, passividade e obediência.
IV. Investigação rotineira de sorologia para o HIV em adolescentes que iniciaram atividade sexual precoce
Das afirmativas acima, pode-se dizer que:
a) somente I e II estão corretas;
b) todas estão corretas;
c) somente I, II e IV estão corretas;
d) somente I, III e IV estão corretas;
e) somente III e IV estão corretas.
3.A anorexia e a bulimia são distúrbios alimentares muito comuns entre adolescentes do sexo feminino. A origem desses distúrbios pode ser atribuída a imposições da sociedade ocidental, em que a preocupação maior de muitas pessoas é com as aparências física e estética. A preocupação com o peso e a forma corporal leva as pessoas acometidas pelos transtornos a iniciarem uma dieta bastante seletiva. A necessidade de perder peso também conduz a outras estratégias, como exercícios físicos excessivos, vômitos, jejum absoluto, ingestão de laxantes etc.
Enumere as características correspondentes a cada um dos distúrbios psicológicos.
1. Anorexia	2. Bulimia
(___) Afetação da imagem corporal e busca incessante da magreza.
(___) Transtornos endócrinos sendo o principal a Amenorréia.
(___) Episódios frequentes de hiperfagia, seguidos da sensação de perda de controle e um forte sentimento de culpa. 
(___) Períodos de restrição alimentar, uso de medicamentos para emagrecer.
(___) Restrição da alimentação e recusa de comer em público.
(___) Tendência a práticas purgativas (provocação de vômitos, uso de laxativos e diuréticos).
(__) Perda excessiva de peso e obsessão por exercício físico.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA das respostas: 
a) 2, 2, 1, 1, 2, 1, 2
b) 1, 1, 2, 2, 1, 2, 1
c) 1, 2, 1, 2, 1, 2, 1
d) 2, 1, 2, 2, 1, 1, 1
e) 1, 2, 1, 1, 2, 1, 2
4.Descreva abaixo, os nomes das vacinas do calendário do adolescente, especificando a doença imunoprevenível, faixa etária, via de administração, e dose. 
a) 
b)
c)
d)
e)
f)
g)

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