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2° AVALIAÇÃO - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE

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Cuidado Integral à 
saúde do Adolescente 
AULA 5 - VIOLÊNCIA CONTRA 
ADOLESCENTES E PERSPECTIVAS DE 
ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS 
A violência pode ser conceituada como o evento 
representado por ações ou omissões realizadas 
por indivíduos, grupos, classes, governos ou 
nações, que ocasionam danos físicos, emocionais, 
morais e/ou espirituais a si próprio ou a outros. 
Pode expressar-se sob diversas modalidades: 
agressão física; violência sexual; violências 
psicológica, entre outras. 
 
Em geral, as vítimas adolescentes e jovens do 
sexo masculino tem relação com causas externas. 
As adolescentes do sexo feminino também são as 
maiores vítimas da violência que permanece 
“invisível” porque é cometida por um conhecido 
– pai, padrasto, parceiro ou parente próximo. 
 
NEGLIGÊNCIA: 
Caracteriza-se pelo descaso dos pais ou 
responsáveis para com as coisas que são 
essenciais ao desenvolvimento sadio dos filhos. 
Inclui a privação de medicamentos; a falta de 
atendimento à saúde e à educação; o descuido 
com a higiene; a falta de estímulo, de proteção 
de condições climáticas (frio, calor), de condições 
para a frequência à escola e a falta de atenção 
necessária para o desenvolvimento físico, moral 
e espiritual (BRASIL, 2004). 
 
O abandono é a forma mais grave de negligência. 
 
VIOLÊNCIA FÍSICA 
Caracterizada como todo ato violento com uso da 
força física de forma intencional, não acidental, 
praticada por pais, responsáveis, familiares ou 
pessoas próximas da criança ou adolescente, que 
pode ferir, lesar, provocar dor e sofrimento ou 
destruir a pessoa, deixando ou não marcas 
evidentes no corpo, e podendo provocar 
inclusive a morte (BRASIL, 2004). 
 
É importante salientar que a violência 
interpessoal, incluindo a violência doméstica, não 
é um fenômeno característico de alguma classe 
socioeconômica. 
 
Pelo contrário, a violência se faz presente em 
todas as classes, etnias, credos religiosos, 
posicionamentos políticos etc. 
 
Adolescentes e jovens das classes pobres e 
marginalizadas podem ser duplamente 
vitimizados: tanto por essas modalidades de 
violência que ocorrem em todos os segmentos 
sociais quanto pelas expressões da violência 
estrutural. 
 
DADOS ESTATÍSTICOS: 
As violências e os acidentes são as maiores causas 
das mortes de crianças, adolescentes e jovens de 
1 a 19 anos, no Brasil. Entre essas chamadas 
causas externas, as agressões são as que mais 
matam crianças e adolescentes, a partir dos 10 
anos. 
De acordo com o UNICEF, no Brasil, apenas em 
2015, foram registrados 80.437 casos de 
violência contra crianças e adolescentes; 
• Dos casos de violência contra criança e 
adolescente, quase 18.000 são de violência 
sexual; 
• Esses dados geram uma média de 50 casos 
por dia. 
 
VIOLÊNCIA NO LAR (DOMÉSTICA) 
Diversos estudos demonstram a existência de um 
ciclo de perpetuação intergeracional: vítimas de 
violência na infância têm maiores possibilidades 
de tornarem-se agressores, aspecto que 
demonstra a importância de se trabalhar com 
esse grupo no âmbito das diversas políticas 
públicas. 
 
 
 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA 
É toda ação que coloca em risco ou causa dano à 
autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento 
da criança ou do adolescente. Manifesta-se em 
forma de rejeição, depreciação, discriminação, 
desrespeito, cobrança exagerada, punições 
humilhantes e utilização da criança ou do 
adolescente para atender às necessidades 
psíquicas de outrem. 
 
VIOLÊNCIA SEXUAL 
As crianças e adolescentes são mais vulneráveis 
às violências sexuais e, às vezes, se submetem 
porque existe medo ou relações afetivas e 
emocionais importantes com os agressores, 
impedindo-as de discernir as suas reais 
possibilidades de escolha, inclusive de poder 
dizer não. Nessa situação, as crianças e 
adolescentes não se sentem em condições de 
buscar ajuda, na medida em que sentimentos 
contraditórios estão envolvidos. 
 
“É um fenômeno social que envolve qualquer 
situação de jogo, ato ou relação sexual, homo ou 
heterossexual, cujo agressor encontra-se em 
estágio de desenvolvimento psicossexual mais 
adiantado que a criança ou adolescente. 
 
Tem por intenção estimulá-la sexualmente, ou 
utilizá-la para obter satisfação sexual. Essas 
práticas sexuais são impostas à criança ou 
adolescente através de violência física, ameaças, 
ou indução de sua vontade.” 
 
A violência sexual compreende: 
• O abuso sexual: utilização da criança ou do 
adolescente para fins sexuais para 
estimulação sexual do agente ou de 
terceiros realizado de modo presencial ou 
por meio eletrônico; 
• A exploração sexual: uso da criança ou 
adolescente em atividade sexual em troca 
de remuneração ou outra forma de 
compensação; 
• O tráfico de pessoas: recrutamento, 
transporte, transferência alojamento ou 
acolhimento com o fim de exploração 
sexual, mediante ameaça, uso de força ou 
outra forma de coação, rapto, fraude, entre 
outros de aproveitamento de situação de 
vulnerabilidade ou entrega ou aceitação de 
pagamento. 
• Um contingente formado por 83 mil 
menores de 18 anos foi vítima de violência 
sexual em todo o País, entre os anos de 2011 
e 2017; 
• deste universo 76,7 mil (92,4%) eram do 
sexo feminino e 6,3 mil (7,6%) do sexo 
masculino, 
• 67,9% das vítimas tinham entre 10 e 14 anos. 
Desses, 55,5% eram da raça negra e 7,1% 
tinham algum tipo de deficiência ou 
transtorno mental. 
 
SINAIS DE ALERTA: O profissional de Saúde 
precisa estar atento a um conjunto de sinais e 
indícios que poderão levá-lo a suspeita de 
violências. A seguir, apresentam-se exemplos de 
indícios para atenção dos profissionais. 
INDÍCIOS ORGÂNICOS: 
• contusões corporais; 
• queimaduras; 
• ferimentos; 
• fraturas mal explicadas; 
• roupas rasgadas ou manchadas de 
sangue; 
• hemorragias; 
• Não controla a urina ou incontinência; 
• infecções; 
• presença de sêmen. 
 
INDÍCIOS NA CONDUTA DO ADOLESCENTE: 
• desconfiança exagerada dos adultos; 
• mudança súbita e inexplicada no 
comportamento; 
• receio dos pais e tentativa de passar o 
mínimo de tempo em casa; 
• dificuldades de aprendizado; distúrbios 
do sono; 
• regressão a comportamentos infantis; 
• aparecimento de dores e sintomas 
para os quais não se encontra qualquer 
explicação médica; 
• isolamento social; 
• autoestima muito baixa, autodepreciação; 
• Jogos com brinquedos (ex. bonecas). 
 
Indícios na conduta dos pais ou responsáveis: 
observando-se na dinâmica da consulta condutas 
de excessos de zelo parental, tanto no controle 
da família quanto na avaliação negativa em 
relação ao filho/filha, o profissional deve ficar 
atento à possibilidade de violência, incluindo a 
sexual, no âmbito doméstico. 
 
Violência autoinflidia/Suicídio: As tentativas de 
suicídio, principalmente em mulheres, 
correspondem à principal causa de procura de 
atendimento de urgência por adolescentes e 
jovens. Mais da metade dos adolescentes e 
jovens que morreram por suicídio já haviam 
experimentado a tentativa de suicídio pelo 
menos uma vez. A ingestão de altas doses de 
medicamentos constitui o método mais comum 
de se tentar suicídio entre as mulheres. Os 
adolescentes do sexo masculino usam mais as 
armas de fogo e o enforcamento. 
 
PROGRAMAS EXITOSOS DE PREVENÇÃO À 
VIOLÊNCIA 
• perspectiva holística na conceituação do 
termo prevenção e no seu uso prático, o que 
redunda numa visão complexa da realidade e 
num diagnóstico pluricausal dos problemas e 
das soluções. 
• família é reconhecida como um ator 
fundamental para ações. 
• profissionais qualificados para o exercício 
de suas ações e 
• comprometidos com os projetos em 
desenvolvimento. 
• Investimento na cidadania dos jovens. 
• A preparação para o trabalho. 
• O envolvimento de crianças e adolescentes 
em atividade lúdicas e educativas. 
• O fortalecimento da autoestima 
Linha decuidado para atenção integral à 
saúde de crianças, adolescentes e suas familias 
em situação de violência. 
1. Acolhimento: 
• Receber crianças, adolescentes e famílias 
de forma empática e respeitosa, por 
qualuqer membro da equipe. 
• Acompanhar o caso e proceder aos 
encaminhamentos necessários, desde a 
sua entrada no setor saúde até o 
seguimento para a rede de cuidados e de 
proteção social. 
• Adotar atitudes positivas e de proteção à 
criança ou ao adolescente. 
• Atuar de forma conjunta com toda a 
equipe. 
 
2. Atendimento: Realizar consulta clínica: 
anamnese, exame físico e planejamento da 
conduta para cada caso. 
• Violência física, sexual ou 
negligência/abandono. 
▪ Tratamento e profilaxia 
▪ Avaliação psicológica 
▪ Acompanhamento terapêutico, de 
acordo com cada caso. 
▪ Acompanhamento pela atenção 
primária/ equipes de saúde da 
família. 
▪ Caps ou Capsi ou pela rede de 
proteção Cras, Creas/ escolas, CAT ou 
outros complementares. 
• Violência Psicológica 
▪ Avaliação psicológica 
▪ Acompanhamento terapêutico, de 
acordo com cada caso. 
▪ Acompanhamento pela atenção 
primária/ equipes saúde da família. 
▪ Caps. Ou rede de proteção Cras, 
Creas/ escolas etc. 
 
3. Notificação 
• Preencher ficha de notificação 
• Encaminhar a ficha ao sistema de 
vigilância de violência e acidentes (Viva), 
da secretaria municipal de saúde (SMS) 
• Comunicar o caso ao conselho tutelar, de 
forma mais ágil possível (telefone ou 
pessoalmente com uma via de ficha de 
notificação) 
• Anexar copia de ficha ao prontuário 
/boletim do paciente. 
• Acionar o ministério público quando 
necessário, especialmente no caso de 
interrupção de gravidez em decorrência 
de violência sexual. 
 
4. Seguimento na rede de cuidado e de 
proteção social 
• Acompanhar a criança ou adolescente e 
sua família até a alta, com planejamento 
individualizado para cada caso. 
• Acionar a rede de cuidado e de proteção 
social, existente no território, de acordo 
com a necessidade de cuidados e de 
proteção, tanto na própria rede de saúde 
(atenção primária/ equipes de saúde da 
família, Hospitais, unidades de urgência, 
Caps ou Capsi, CTA, SAE) quanto na rede 
de proteção social e defesa (Cras, Creas, 
Escolas, ministério público, conselho 
tutelar e as varas da infância e da 
juventude, entre outros. 
 
USO DE DROGAS 
O consumo de drogas é um fenômeno universal, 
histórico e social. 
 
Esta deformação da realidade é assimilada com 
facilidade pelos adolescentes e jovens, porque, 
em seu processo de desenvolvimento, buscam 
experimentar sem discriminação todas as 
possibilidades desse pretenso mundo novo. 
 
Dada a complexidade multifatorial que envolve o 
uso abusivo de drogas, a sua abordagem deve ser 
realizada de forma interdisciplinar. Tratando-se 
de um problema humano, nele estão envolvidos 
o indivíduo, a família, a escola, a sociedade e a 
cultura. 
▪ Uso abusivo – todo consumo de droga que 
causa dano físico, psicológico, econômico, 
legal ou social ao indivíduo que a usa ou a 
outros afetados pelo seu comportamento. 
▪ Intoxicação – mudanças no funcionamento 
fisiológico, psicológico, afetivo, cognitivo ou 
de todos eles como consequência do 
consumo excessivo. 
▪ Dependência – estado emocional e físico 
caracterizado pela necessidade urgente da 
substância, seja pelo seu efeito positivo, ou 
para evitar o efeito negativo associado a sua 
ausência. 
 
Porque os adolescentes usam drogas: 
• Para experimentar sensações diferentes 
• Para se sentir melhor 
• Para alívio de emoções desagradáveis 
• Por insegurança 
• Para ser aceito pelo grupo de amigos 
• Devido à baixa autoestima 
• Para questionar os valores dos pais e/ou 
adultos responsáveis. Em busca de 
mudanças de humor, nível de consciência 
ou na percepção de mundo 
 
ÁLCOOL – ALCOOLISMO 
O uso de álcool pelos pais e grupos de amigos é 
o principal fator de influência para o consumo 
entre os adolescentes. É comum o uso simultâneo 
de várias drogas. Assim como no uso de outras 
drogas, os motivos que levam um adolescente a 
beber são vários: curiosidade, por prazer, para 
esquecer seus problemas, agir de acordo com o 
grupo, entre outros. 
 
TABACO – TABAGISMO 
O tabaco pode provocar sérios problemas 
respiratórios manifestados por uma doença 
pulmonar progressiva. 
 
MACONHA 
O consumo de maconha entre os jovens é 
frequente e, por isso, os profissionais de saúde 
devem estar atentos à identificação do consumo. 
Esta droga gera efeitos mentais diversos de 
acordo com o indivíduo. 
 
COCAÍNA/CRACK 
A cocaína é um estimulante do sistema nervoso 
central, aumenta a atividade elétrica no cérebro e 
estimula artificialmente nosso centro de 
recompensa e prazer 
 
ANABOLIZANTES 
O discurso do culto ao corpo, que cada vez ganha 
mais vulto, associa beleza, vigor e robustez à 
saúde, incutindo nos adolescentes e jovens a 
ideia de que obter este corpo belo e forte garante 
um corpo saudável. O uso dos esteroides em 
geral está relacionado à busca de melhor 
resultados da performance física. 
 
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO 
EXAME GINECOLÓGICO 
A rotina do exame ginecológico – mamas, 
abdômen, órgãos genitais externos e internos – 
não difere muito do praticado na mulher adulta. 
O exame físico nunca deve ser forçado, devendo 
ser adiado, quando necessário. Recomenda-se a 
presença do acompanhante e/ou outro 
profissional de Saúde da equipe durante o 
procedimento 
 
 
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO 
Falar sobre planejamento reprodutivo na 
adolescência implica na revisão dos conceitos 
existentes sobre práticas sexuais e gravidez nesta 
etapa da vida. É importante ter em mente que, 
diante de adolescentes que trazem esta questão, 
deve-se ter tranquilidade para ouvir e tentar 
entender suas demandas e seus valores. 
 
Adolescentes têm direito ao atendimento no 
planejamento reprodutivo sem discriminação de 
qualquer tipo, com garantia de privacidade, sigilo 
e consentimento informado. 
 
Os serviços de saúde devem garantir esse 
atendimento, antes mesmo do início da atividade 
sexual e reprodutiva, para ajudá-los a lidarem 
com a sua sexualidade de forma positiva e 
responsável, incentivando-se comportamento de 
prevenção e de autocuidado. 
 
Na faixa etária de 10 a 19, podem ser atendidos 
sem a presença dos pais, se assim preferirem. 
 
Adolescentes de 10 a 14 anos de idade devem ser 
orientados sobre os cuidados específicos e 
adequados ao seu desenvolvimento psicossexual, 
com a proteção integral necessária, buscando 
identificar se já têm atividade sexual e se as 
circunstâncias apontam para violência ou para o 
exercício da sexualidade. 
 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 
(MAC) 
Na discussão sobre os métodos 
anticoncepcionais (MAC) pressupõe-se o uso de 
técnicas de grupos educativos, onde todas as 
possibilidades de métodos anticoncepcionais são 
apresentadas e discutidas amplamente com os 
adolescentes de ambos os sexos. 
 
De um modo geral, os adolescentes podem usar 
a maioria dos métodos anticoncepcionais 
disponíveis. 
 
ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA (AE) 
A anticoncepção de emergência (AE) é um 
método empregado para evitar uma gravidez não 
planejada após uma relação sexual desprotegida 
e deve ser usada em até 120 horas, sendo a 
eficácia maior em até 72 horas, ou seja, quanto 
antes melhor. 
Enfatiza-se que o preservativo masculino e 
feminino são os únicos métodos que oferecem 
proteção contra IST, inclusive o HIV/aids e as 
hepatites virais. 
 
Os métodos comportamentais (tabela, muco 
cervical, temperatura basal, entre outros) são 
pouco recomendados para adolescentes, pois a 
irregularidade menstrual é muito comum nessa 
fase e, além disso, são métodos que exigem 
disciplina e planejamento e as relações sexuais 
nessa fase, em geral, não são planejadas. 
 
As indicações para AE são:• violência sexual; 
• falha de qualquer método anticoncepcional 
usados (como ruptura do preservativo, 
esquecimento de tomar a pílula, introdução 
do pênis entre a parede vaginal e a 
camisinha feminina etc.); 
• não estar usando qualquer método. 
 
Em relação aos riscos de utilização da AE, nenhum 
foi ainda comprovado. Alguns riscos temidos 
devem ser esclarecidos, para segurança da 
adolescente no uso do método, na medida em 
que nunca foram confirmados. Neste sentido a 
AE: 
• NÃO tem ação como método abortivo. 
• NÃO provoca teratogenicidade, em caso de 
a adolescente já estar grávida no momento 
da tomada do contraceptivo de emergência. 
• A prescrição e a dispensação de AE à 
adolescente, inclusive as menores de 14 
anos, deve ser criteriosa, não constituindo 
ato ilícito por parte do enfermeiro ou do 
médico (art. 74 do Código de Ética Médica e 
Protocolo para Utilização do Levonorgestrel 
 
MS, 2013), levando-se em consideração a 
doutrina de proteção integral (ECA), sempre com 
orientação responsável do profissional a respeito 
dos riscos inerentes aos medicamentos. 
• O método é pouco eficaz se usado 
repetidamente (a curtos intervalos). 
 
 
 
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
A gravidez na adolescência, hoje, constitui-se 
como uma questão polêmica por ligar aspectos 
relacionados ao exercício da sexualidade e da 
vida reprodutiva às condições materiais de vida e 
às múltiplas relações de desigualdades que estão 
presentes na vida social do País. 
 
Tradicionalmente, a ocorrência da gravidez na 
adolescência é enfocada como não planejada, 
indesejada e decorrente do desconhecimento de 
métodos anticoncepcionais. 
 
O ministério da saúde, por intermédio da rede 
cegonha, incluiu o teste rápido de gravidez nos 
exames de rotina realizados nas unidades básicas 
de saúde (UBS) 
 
Entre os aspectos importantes a serem 
abordados pela equipe de saúde durante o 
acompanhamento pré-natal e nas ações 
educativas, principalmente para adolescentes de 
10 a 16 anos, estão: 
• A importância do pré-natal para a saúde 
dela e de seu filho. 
• O desenvolvimento da gestação e as 
modificações corporais e emocionais na 
gravidez. 
• Orientar sobre os hábitos saudáveis de 
nutrição e cuidados pessoais, e sobre os 
medos e fantasias referentes à gestação e 
ao parto. 
• Esclarecer sobre a atividade sexual, 
incluindo a prevenção de IST/HIV/aids. 
• Informar sobre sintomas comuns da 
gravidez e orientações para as queixas 
mais frequentes. 
• Orientar sobre sinais de alerta e o que 
fazer nessas situações (sangramento 
vaginal, dor de cabeça, transtornos 
visuais, dor abdominal, febre, perdas 
vaginais, dificuldade respiratória e 
cansaço). 
 
 
 
IMPORTANTE 
É preciso verificar sempre a data da última 
menstruação e da última relação sexual para 
avaliar a possibilidade do uso da anticoncepção 
de emergência e informar que o teste rápido 
pode dar falso negativo na fase inicial da 
gravidez. 
 
No caso de dúvida, usar o preservativo masculino 
ou feminino ou não ter relações sexuais até a 
realização de novo exame. 
 
Entre os aspectos importantes a serem 
abordados pela equipe de saúde durante o 
acompanhamento pré-natal e nas ações 
educativas, principalmente para adolescentes de 
10 a 16 anos, estão: 
• Preparar para o parto, informando sobre 
os sinais e sintomas do início das 
contrações e do trabalho de parto. 
• Orientar e incentivar para o parto 
normal, resgatando-se, como processos 
fisiológicos, a gestação, o parto, o 
puerpério e o aleitamento materno. 
• Esclarecer à adolescente gestante em que 
situações é necessário o parto cesariano, 
uma vez que a sua condição de 
adolescente, por si só, não justifica a 
indicação desse procedimento. 
• Orientar a adolescente gestante sobre a 
importância do contato pele a pele logo 
após o nascimento, para o recém-nascido 
e para a mãe, principalmente na criação 
do vínculo entre ela e o bebê. 
 
AULA 7 – O ADOLESCENTE 
PORTADOR DE DOENÇA CRÔNICA 
DCNTS 
• Doenças crônicas são aquelas de 
desenvolvimento lento, de longa duração e 
que, em alguns casos, não têm cura, mas 
controle. 
• Podem ser progressivas, fatais, ou causar 
incapacidades e deficiências. 
• Envolve um grande número de doenças com 
condições, gravidades e prognósticos 
diversos. 
• Têm etiologias variadas: metabólicas, 
autoimunes, inflamatórias, degenerativas, 
hereditárias, congênitas, infecciosas que se 
cronificam, comprometendo os diversos 
sistemas orgânicos. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Atualmente, estima-se que 10 a 20% dos 
adolescentes dos países desenvolvidos, 
sofram doença crônica. 
• No Brasil, isto representaria 3,5 a 4 milhões de 
adolescentes com doença crônica 
• Um estudo feito em campinas – SP, constatou 
uma taxa de 19,17% de doenças crônicas 
entre os adolescentes 
 
AS DCNTS NO CRESCIMENTO, 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO E 
PSICOSSOCIAL 
Por todas as transformações, torna-se um tempo 
de crises e de conflitos, que se manifestam em 
proporções ampliadas entre os pacientes doentes 
(Crespin, 2007). 
 
As doenças crônicas podem causar impacto no 
crescimento e desenvolvimento, devido às 
alterações hormonais causadas por algumas 
doenças, pelos efeitos adversos do uso de 
medicamentos por longos períodos, ou pelas 
alterações metabólicas causadas por diversas 
patologias. 
 
Os problemas enfrentados pelo adolescente com 
doença crônica são proporcionais à gravidade da 
doença, que representa restrição, limitação, 
dependência de terceiros, de medicamentos, de 
dietas, ou mesmo, risco de morte (Amado, Leal, & 
Saito, 2014). 
 
 
 
 
REPERCUSSÕES NA FAMÍLIA E 
GRUPOS SOCIAIS 
Há uma sobrecarga emocional, financeira e física 
para os pais cuidadores. A situação exige 
mudança nos hábitos e estilos de vida da família, 
dependendo do grau das necessidades de 
cuidados diários. 
 
O afastamento da escola é uma situação 
preocupante, causando vários prejuízos para o 
adolescente com doença crônica. 
 
É imprescindível estimular a convivência com 
outros adolescentes da mesma faixa etária e a 
participação nos grupos, na medida do possível, 
para que o seu desenvolvimento psicossocial não 
fique prejudicado. 
 
DIABETES 
A diabetes mellitus é uma doença endócrino-
metabólica de etiologia heterogênea, 
caracterizada por hiperglicemia crônica, 
resultante de defeitos da secreção ou da ação da 
insulina. 
 
Há pouco tempo, o diabetes tipo 2, ligado à 
obesidade e a má alimentação, era o "do adulto" 
e o diabetes tipo 1, autoimune, era o “das crianças 
e adolescentes". Entretanto, a industrialização 
excessiva e a piora dos hábitos alimentares vêm 
intensificando os fatores genéticos que causam a 
doença. Vale ressaltar que com o aumento da 
incidência e da gravidade da obesidade entre 
crianças e adolescentes, o diabetes tipo 2 
também está atingindo esta faixa etária. 
 
A incidência do diabetes mellitus tipo 1 em 
adolescentes no mundo é de 0,5 novos 
casos/100.000 indivíduos por ano. Entre os países 
com maior número de casos, o Brasil (5 mil) está 
em terceiro lugar, atrás apenas dos Estados 
Unidos (13 mil) e da Índia (10.900 mil). 
 
Além dos riscos agudos, se a doença não for bem 
controlada cronicamente, ao longo dos anos 
podem ocorrer: retinopatia diabética, com perda 
gradual da visão, até chegar a cegueira; 
nefropatia diabética, que leva a insuficiência 
renal, necessidade de hemodiálise e transplante 
de rins; neuropatia e vasculopatia diabética, que 
podem levar a dores intensas, câimbras, má 
circulação, feridas crônicas, dificuldade de 
cicatrização e até amputação de membros. 
 
HIPERTENSÃO 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), uma 
condição clínica multifatorial, é caracterizada pela 
presença de níveis pressóricos elevados e 
sustentados, associados a alterações metabólicas 
e hormonais. As alterações funcionais e/ou 
estruturaisdos órgãos-alvo (coração, encéfalo, 
rins e vasos sanguíneos) e as alterações 
metabólicas aumentam o risco de ocorrência de 
eventos cardiovasculares fatais e não-fatais. 
■ No Brasil, cerca de três milhões de 
crianças e jovens dos 3 aos 18 anos de 
idade sofrem de hipertensão. 
 
 
 
CARDIOPATIAS 
Cardiopatia congênita - são os defeitos 
cardíacos presentes desde o nascimento. Nos 
casos mais graves costuma ser percebida logo 
que o bebê nasce; nos casos menos graves pode 
ser diagnosticada quando a pessoa já está na 
idade adulta. 
No Brasil, as cardiopatias possuem uma 
prevalência de 6/1000 crianças nascidas vivas e 
nos últimos 15 anos esses dados vêm 
aumentando para 9/1000 crianças. Cerca de 70% 
dos pacientes com cardiopatias graves não 
chegarão aos 18 anos de idade. 
 
Ao passo que avança a idade das crianças e 
adolescentes internados com cardiopatias 
congênitas, observa-se a redução dos números 
de internação neste estudo, seja por motivos de 
correções cirúrgicas levando a cura ou a 
complicações e consequentemente ao óbito 
chegando a não alcançar os 19 anos. 
 
ASMA 
Considerada a doença crônica não transmissível 
mais comum da infância e adolescência. A 
adolescência é época da maturação e 
crescimento, inclusive do aparelho respiratório. 
Um declínio da função respiratória nesse período 
pode levar a alterações irreversíveis na estrutura 
pulmonar. 
Na infância, a asma é duas vezes mais frequente 
nos meninos, mas essa relação muda 
drasticamente na puberdade. Entre os 
adolescentes, é significativamente superior no 
sexo feminino. Ocorre mais remissão nos 
meninos e um número maior de novos casos nas 
meninas. 
Os resultados dos estudos deixam claro que o 
manejo adequado da asma entre adolescentes 
demanda um olhar mais atento dos profissionais 
e dos serviços de saúde para além do uso de 
medicamentos, controle de alérgenos e presença 
nos atendimentos. 
 
IST, HIV/ AIDS E HEPATITES VIRAIS 
 
 
Oferecer o teste rápido e o aconselhamento 
também são oportunidades para facilitar o 
atendimento preventivo e o início do cuidado 
com a saúde de adolescentes que estejam com 
IST ou infectados pelo HIV. 
Dentro da atenção integral recomenda-se, que na 
testagem de HIV em adolescentes entre 12 a 18 
anos de idade, haja uma avaliação pela equipe de 
saúde das suas condições de discernimento e de 
autonomia. 
Quanto a adolescentes de 10 a 12 anos 
incompletos, que também têm o direito de saber 
sua condição de saúde, a testagem e entrega de 
exames anti-HIV só serão realizadas com a 
presença dos pais ou responsáveis legais. 
 
CUIDADO INTEGRAL AO ADOLESCENTE 
FRENTE ÀS IST/AIDS E HEPATITES 
VIRAIS 
Estudos apontam para o aumento da infecção 
pelo HIV/aids entre as pessoas jovens, 
assinalando que a utilização do preservativo em 
todas as relações sexuais é baixa. 
Após mais de três décadas, o país tem como 
característica uma epidemia estável e 
concentrada em alguns subgrupos populacionais 
em situação de vulnerabilidade, como é o caso da 
infecção pelo HIV na população de adolescentes, 
que tem apresentado tendência de aumento. 
 
AULA 8 – CALENDÁRIOO NACIONAL 
DE VACINAÇÃO – ADOLESCENTE 
SALA DE VACINA 
• Equipamento distante de fonte de calor e 
raios solares 
• Afastar o resfriador da parede, pelo 
menos 20cm 
• Usar tomada exclusiva para cada 
equipamento 
• Verificar a temperatura 2 vezes ao dia 
• Usar os equipamentos exclusivamente 
para conservar os imunobiológicos 
• Temperatura interna preferencialmente 
de +5°c, ≥ 2 ºC e ≤8 ºC. 
 
Calendário – adolescente (10 a 19 anos) 
• Hepatite B (3 doses: a partir de 7 anos de 
idade (5) 
• Febre amarela (uma dose (4) 
• Sarampo, caxumba e rubéola (2 doses 
(5) 
• HPV (2 doses) 
• Doença invasiva causada pela neisseria 
meningitids (entre 11 a 12 anos de idade: 
1 dose (9) 
• Difteria e tétano:3 doses e reforço a cada 
10 anos (5) 
• Difteria, tétano e coqueluche: 10 a 19 
anos 
 
1. HPV (PAPILOMA VÍRUS HUMANO 
Sua eficácia está comprovada na redução do 
câncer de colo de útero, pênis, anal e orofaringe. 
A vacina quadrivalente (tipos 6, 11, 16 e 18) é 
aplicada em três doses. O PNI (Programa 
Nacional de Imunizações) adotou duas doses, 
disponibilizadas para meninas de 9 a 14 anos e 
meninos dos 11 aos 14 anos. 
• 0,5ml, IM, (0 e 6 meses de intervalo) 
Meninas 9 a 14 anos: HPV (previne papiloma, 
vírus humano que causa cânceres e verrugas 
genitais) – 2 doses (seis meses de intervalo entre 
as doses) 
Meninos 11 a 14 anos: HPV (previne o papiloma, 
vírus humano que causa cânceres e verrugas 
genitais) – 2 doses (seis meses de intervalo entre 
as doses) 
Pessoas com HIV/Aids e imunodeprimidos entre 
9 e 26 anos (3 doses/ 0, 2 e 6 meses) 
 
2. TRÍPLICE VIRAL 
Protege contra rubéola, caxumba e 
sarampo. 
Regra geral - 1 dose do tríplice aos 12m e 1 
dose da tetraviral (+ varicela) aos 15 m. 
• São necessárias duas doses da TRÍPLICE 
VIRAL a partir de 5 anos até 29 anos, com 
intervalo de 30 dias entre elas. 
• 0,5 ml SC 
• Pode fazer simultaneamente com outras 
vacinas, exceto com a febre amarela que 
precisa de um intervalo de 30 dias. 
(exceto em surtos) 
 
3. HEPATITE B 
São importantes para quem não foi vacinado na 
infância. 
Hepatite B – três doses, sendo a segunda 30 dias 
após a primeira e a terceira, seis meses depois da 
primeira dose. (0, 1, 6 meses) 
Gestantes adolescentes* Grupos vulneráveis * 
• 0,5 ml até 19 anos* IM 1 ml > 20 anos* 
• As vacinas fabricadas pelo LG Life Science 
Ltd (laboratório da Coréia do Sul) 
apresentam diferenças. 
• 0,5 ml RN até 15 anos* 
• 1 ml > 16 anos * 
 
4. DUPLA ADULTO (DT) 
3 doses entre 30 e 60 dias - A depender da 
situação vacinal anterior; 
A partir de 7 anos e adultos, IM. Geralmente o 
adolescente com 14 anos, se fez o esquema 
completo na infância. 
Reforços a cada 10 anos ou 5 anos 
(comunicante de difteria ou ferimento 
grave**) 
As vacinas DTP e pentavalente são 
contraindicadas para crianças acima de 6 anos 
11 m e 29 dias. 
 
5. VACINA MENINGOCÓCICA TIPO 
ATENÇÃO! MUDANÇA NO CALENDÁRIO 
Adolescentes de 11 a 12 anos, administrar 1 dose 
de reforço, conforme situação vacinal 
encontrada. 
 
6. VACINA MENINGOCÓCICA ACWY 
INCORPORADA NO SUS EM MARÇO 
DE 2020. 
A meningite causada pelo meningococo tem um 
pico de incidência em lactentes e também na 
adolescência. 
• 1 dose, IM, 0,5ml 
Independente de ter feito anteriormente a 
meningo C, pode fazer a dose da ACWY 
VACINA MENINGOCÍCICA ACWY 
Precauções na administração da vacina: 
Rotineiramente, as mulheres que estejam 
amamentando não devem ser vacinadas, por 
considerar que a segurança do uso neste grupo 
não foi avaliada. No entanto, diante de situações 
emergenciais onde as possíveis vantagens 
superarem os riscos potenciais, o profissional da 
saúde deve avaliar a necessidade da vacinação. 
 
Após a administração da MenACWY (conjugada) 
tem sido observada a ocorrência de desmaios 
atribuídos à síndrome vaso-vagal ou reação 
vasopressora que ocorre, normalmente em 
adolescentes e adultos jovens. Desta fora, 
recomenda-se que o adolescente permaneça 
(conjugada), para reduzir risco de queda e 
permitir pronta intervenção caso ocorra à 
síncope. 
 
7. FEBRE AMARELA 
Áreas com recomendação de risco, em 2020 foi 
ampliada para todo país. 
• 0,5ml, SC 
 
Mudança – 1 dose aos 9m e um Reforço com 4 
anos. 
• 5 anos que fizeram apenas 1 dose, 
independentemente da idade que 
procure o serviço faz 1 reforço da 
vacina. 
8.VACINA INFLUENZA (FRACIONADA, 
INATIVADA) - GRIPE 
• 0,5 ml, IM. 
• Adolescente indígena - A partir de 9 
anos recebe 1 dose. 
• Adolescente não indígena - A partir de 7 
anos recebe 1 dose, se portadora de 
comorbidade ou condições clínicas 
especiais. 
 
 
 
 
 
 
AULA 9 – DISTÚRBIOS NA 
ALIMENTAÇÃO 
Os transtornos alimentares são desordens 
complexas,causadas e mantidas por diversos 
fatores sociais, psicológicos e biológicos (LEITE; 
PEREIRA, 2009). Estudos indicam que a maioria, 
mais de 90%, ocorre na população feminina, 
especialmente em função do fato deste grupo 
apresentar uma tendência de alcançar o peso 
"ideal" (DIETZ, 1990 apud NUNES et al., 2006). 
Os TAs mais comuns são a anorexia nervosa, a 
bulimia e a compulsão, sendo transtornos de 
origem multifatorial que necessitam de 
avaliações e de abordagens que contemplem os 
vários aspectos envolvidos em sua origem e 
manutenção (LEITE; PEREIRA, 2009). 
ANOREXIA NERVOSA 
Um dos principais transtornos alimentares, a 
anorexia nervosa, caracteriza-se pela perda de 
peso intensa à custa de dieta extremamente 
rígida em quase todos os casos, busca 
desenfreada pela magreza, distorção da imagem 
corporal e alterações do ciclo menstrual. 
Muitas pessoas com anorexia nervosa se 
enxergam com excesso de peso, mesmo quando 
elas estão claramente abaixo do peso. O ato de 
controlar a comida e o peso se tornam obsessões, 
as pessoas com anorexia nervosa normalmente 
se pesam repetidamente, colocam alimentos 
cuidadosamente e comem quantidades muito 
pequenas de apenas certos alimentos. Algumas 
pessoas com anorexia nervosa também podem se 
envolver em compulsão seguido de dieta 
extrema, exercício excessivo, vômito auto 
induzido ou mau uso de laxantes ou diuréticos. 
 
A anorexia nervosa é um distúrbio emocional 
e alimentar caracterizado por: 
• Intenso medo de ganhar peso e engordar. 
• Distorção da imagem corporal, como sentir-
se gordo, quando, na verdade, está muito 
magro. 
• Ocorre com mais frequência em jovens, 
muitas vezes na adolescência, de camadas 
socioeconômicas mais elevadas e está 
relacionada com o ideal estético veiculado 
pela mídia e reforçado pela cultura de 
consumo de beleza. 
• Cursa com transtornos relacionados com a 
desnutrição e alterações endócrinas. 
Amenorreia (falta de menstruação) é uma das 
principais características da anorexia nervosa. 
 
Conduta: 
• Avaliação a fim de verificar risco de vida 
devido à desnutrição. 
• Diagnóstico diferencial com outras doenças 
psiquiátricas, como, por exemplo, a 
depressão. 
• Conhecer a estrutura familiar e de suporte 
social. 
• É fundamental a atuação de um profissional 
da área de Saúde Mental e do apoio de 
nutricionista. 
 
BULIMIA NERVOSA 
Caracteriza-se período de grande compulsão 
alimentar, quando é ingerida uma grande 
quantidade de alimentos seguidos de período de 
purgação em que a(o) paciente lança mão de 
vômito provocados, uso de laxativos e diuréticos 
e exercícios vigorosos. 
É mais comum em mulheres jovens. E seu inicio 
com frequência acontece no final da 
adolescência. A paciente pode ser eutrófica ou 
até mesmo apresentar sobrepeso. Sintomas 
depressivos acompanham a bulimia. 
Condutas: 
• Avaliar a história do adolescente e os riscos 
para depressão 
• É fundamental o acompanhamento serviços 
especializados com equipe multidisciplinar, 
de preferencia formada por especialista de 
saúde mental, nutricionista e clínico. 
 
Sintomas: 
• Inflamação crônica e dor de garganta 
• Glândulas salivares inchadas na área do 
pescoço e da mandíbula 
• Esmalte de dentes manchados e dentes cada 
vez mais sensíveis e em decomposição como 
resultado da exposição a acidez do estômago. 
• Transtorno de refluxo ácido e outros 
problemas gastrointestinais 
• Desidratação severa por causa da purga 
• Desequilíbrio eletrolítico: níveis muito baixos 
ou muito elevados de sódio, cálcio, potássio e 
outros minerais que podem levar a um ataque 
cardíaco ou acidente vascular cerebral 
 
TRANSTORNO DE COMPULSÃO 
ALIMENTAR 
As pessoas com distúrbios compulsivos perdem 
o controle sobre a alimentação. Ao contrário da 
bulimia nervosa, os períodos de compulsão 
alimentar não são seguidos por comportamentos 
compensatórios como a purga, exercício 
excessivo ou jejum. Como resultado, as pessoas 
com transtorno compulsivo que são obesos tem 
maior risco para desenvolver doenças 
cardiovasculares e hipertensão arterial. Também 
experimentam culpa, vergonha e angústia sobre 
a compulsão, o que pode levar a uma compulsão 
excessiva. 
 
Sintomas: 
• Os objetivos típicos do tratamento 
incluem restaurar a nutrição adequada, 
trazendo o peso para um nível saudável, 
reduzindo o exercício excessivo e 
interrompendo a compulsão e 
comportamento de purga, formas 
especificas de psicoterapia, ou terapia de 
fala – incluindo uma terapia familiar e 
cognitiva e abordagens comportamentais 
– demonstram ser úteis para o tratamento 
de distúrbios alimentares. A evidencia 
também sugere que os medicamentos 
antidepressivos podem ajudar na bulimia 
nervosa e também pode ser eficaz para o 
tratamento de co-ocorrência da 
ansiedade ou depressão para outros 
distúrbios alimentares 
 
Os planos de tratamento geralmente são às 
necessidades individuais e podem incluir um ou 
mais do seguinte: 
• Psicoterapia individual, grupal ou familiar 
• Cuidados médicos e monitoramento 
• Aconselhamento nutricional 
• Medicamentos (por exemplo, 
antidepressivos) 
 
alguns pacientes também podem precisar ser 
internados para tratar problemas causados por 
desnutrição ou para garantir que eles comam o 
suficiente se tiverem muito baixo peso. A 
recuperação completa é possível. 
 
PAPEL DO ENFERMEIRO 
Considera-se que os cuidados referentes aos 
transtornos são realizados através de quatro 
abordagens: a recuperação nutricional que, por 
sua vez, necessitará de abordagem 
psicofarmacológica com objetivo de suspender 
mais rapidamente a recusa alimentar, a 
psicanálise e a terapia familiar, ou de outros 
membros da família. 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
1. Em relação aos transtornos alimentares: 
 
 
 
 
Cite dois e fale sobre eles. 
 
2. Com relação aos aspectos a serem avaliados 
durante a consulta de Enfermagem ao 
adolescente: 
I. Atenção para o padrão alimentar, 
buscando a relação com a anorexia, 
bulimia e compulsão alimentar. 
II. Identificação de características de 
autoestima, aceitação, preocupação e 
distúrbios relacionados à imagem 
corporal. 
III. Abordagem de características dos 
processos relacionais em família, mesmo 
sabendo que o comportamento do 
adolescente no lar, em geral, se caracteriza 
por busca de comunicação efetiva, 
passividade e obediência. 
IV. Investigação rotineira de sorologia para o 
HIV em adolescentes que iniciaram 
atividade sexual precoce 
 
Das afirmativas acima, pode-se dizer que: 
a) somente I e II estão corretas; 
b) todas estão corretas; 
c) somente I, II e IV estão corretas; 
d) somente I, III e IV estão corretas; 
e) somente III e IV estão corretas. 
 
3.A anorexia e a bulimia são distúrbios 
alimentares muito comuns entre adolescentes do 
sexo feminino. A origem desses distúrbios pode 
ser atribuída a imposições da sociedade 
ocidental, em que a preocupação maior de 
muitas pessoas é com as aparências física e 
estética. A preocupação com o peso e a forma 
corporal leva as pessoas acometidas pelos 
transtornos a iniciarem uma dieta bastante 
seletiva. A necessidade de perder peso também 
conduz a outras estratégias, como exercícios 
físicos excessivos, vômitos, jejum absoluto, 
ingestão de laxantes etc. 
Enumere as características correspondentes a 
cada um dos distúrbios psicológicos. 
1. Anorexia 2. Bulimia 
 
(___) Afetação da imagem corporal e busca 
incessante da magreza. 
(___) Transtornos endócrinos sendo o principal a 
Amenorréia. 
(___) Episódios frequentes de hiperfagia, seguidos 
da sensação de perda de controle e um forte 
sentimento de culpa. 
(___) Períodos de restrição alimentar, uso de 
medicamentos para emagrecer. 
(___) Restrição da alimentação e recusa de comer 
em público. 
(___) Tendência a práticas purgativas (provocação 
de vômitos, uso de laxativos e diuréticos).(__) Perda excessiva de peso e obsessão por 
exercício físico. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência 
CORRETA das respostas: 
a) 2, 2, 1, 1, 2, 1, 2 
b) 1, 1, 2, 2, 1, 2, 1 
c) 1, 2, 1, 2, 1, 2, 1 
d) 2, 1, 2, 2, 1, 1, 1 
e) 1, 2, 1, 1, 2, 1, 2 
 
4.Descreva abaixo, os nomes das vacinas do 
calendário do adolescente, especificando a 
doença imunoprevenível, faixa etária, via de 
administração, e dose. 
a) 
 
 
b) 
 
 
c) 
 
 
d) 
 
 
e) 
 
 
f) 
 
 
g)

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