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Materiais Cerâmicos

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Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
1 
 
Materiais B 
Materiais Cerâmicos 
 Materiais obtidos pela moldagem, secagem e 
cozimento de materiais argilosos 
 Surgimento da cerâmica: 
 Período Neolítico (12.000 a.C.): necessidade de 
armazenar alimentos 
 Emprego: locais onde a pedra era escassa 
 Matéria – prima abundante na natureza 
 Os vestígios mais antigos de tijolos não 
queimados (Adobes) datam de 7500 a.C. foram 
encontrados na Turquia 
 A invenção do tijolo cozido data do terceiro 
milénio antes de Cristo, no Médio Oriente 
(Arábia Saudita, Egito...) 
 Os tijolos foram uma inovação tecnológica 
importante, pois permitiram erguer edifícios 
resistentes à temperatura e a humidade 
 Por volta do ano de 1200 a.C., a produção de 
tijolos generalizou – se na Europa e na Ásia 
 Os romanos adotaram o tijolo e desenvolveram 
um novo tipo, o tijolo romano. 
o Um dos principais elementos de 
construção dos edifícios do Império 
Romano 
o Tinham forma um pouco fora do 
habitual, pois eram mais compridos 
(6:2:1) 
 Com o desenvolvimento do concreto armado e 
estruturas metálicas os materiais cerâmicos 
passaram a ser usados como elemento de 
vedação 
 Material constituinte: argila 
ARGILA 
 Material natural, terroso, de baixa granulometria 
 Apresenta plasticidade quando em contato com água 
 Compostas por partículas de  < 0,005 mm 
(segundo a ABNT) 
 Argilo – minerais: 
 Silicatos hidratados de alumínio, ferro e magnésio 
podendo conter elementos: 
o Alcalinos: sódio e potássio 
o Alcalinos terrosos: cálcio e magnésio 
 Sílica: componente formador do vidro quando 
submetido a altas temperaturas 
 Tipos de argilas: 
CAULIM 
 Argila primária 
 Utilizada na fabricação de massas para porcelanas 
 Coloração branca 
 Funde a 1800°C (pouco plástica) 
 Moldada em moldes ou formas 
ARGILA VERMELHA 
 Popularmente conhecida como barro 
 Grande plasticidade 
 Composição: uma ou mais variedades de argilas 
 Produzidas sem tanta preocupação com seu 
estado de pureza 
 Quando queimadas no máximo de 1100°C: 
adquirem colorações que vão do amarelo aos 
tons avermelhados 
 Mostra o maior ou menor grau da 
porcentagem de óxido de ferro 
ARGILAS REFRATÁRIAS 
 Caulins 
 Argilas altamente aluminosas 
ARGILAS DE GRÊS 
 De modo geral é composto: argilas refratárias, 
quartzo, caulins e feldspato 
 Apresentam grão fino 
 Tem plasticidade 
 Vitrificam entre 1250 – 1300°C 
 Feldspato: atua como material fundente 
 Após a queima: coloração variável (vai do 
vermelho escuro ao rosado) 
BENTONITA 
 Muito plástica 
 Aumenta de 10 a 15 vezes seu volume: quando 
em contato com água os grãos são muito finos 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
2 
 
 Classificação quando à plasticidade: 
 Gordas: 
o Maior quantidade de colóides confere alta 
plasticidade devido alto teor de alumina 
deforma – se muito no cozimento 
 Magras: 
o Alto teor de sílica: produtos frágeis 
 Propriedades das argilas: 
 Plasticidade: 
o Propriedade de se deformar 
continuamente quando submetido à uma 
força, e conservar a deformação quando 
esta é retirada 
o Depende do tamanho, formato e 
comportamento dos grãos e da presença 
de outros materiais além dos argilo – 
minerais 
 Retração: 
o Propriedade manifesta – se por uma 
redução de volume por efeito de 
secagem e da cozedura 
o Inconveniente, pois pode gerar fissuração 
 Efeito do calor sobre as argilas: 
 20 a 150°C: perda de água de capilaridade e de 
amassamento 
 > 600°C: alterações químicas: 
o Perda da água de constituição 
o Queima da matéria orgânica 
o Formação de óxidos 
 > 950°C: Vitrificação (fundição da sílica) 
 
 
 
 
PROPRIEDADE DAS CERÂMICAS 
 Porosidade: 
 Volume de vazios/ volume total 
 Influência: resistência mecânica e densidade 
 Porosidade do produto depende da quantidade 
de vidro formado 
 Essa característica é um índice de qualidade da 
cerâmica 
 Massa específica: 
 Massa de sólido/ volume de sólido 
 Capacidade de absorção de água: 
 (massa saturada – massa seca) / massa seca 
 Resistência mecânica: 
 À compressão 
 Ao desgaste 
 À tração na flexão 
PROCESSO DE FABRICAÇÃO 
 Exploração da jazida: 
 Viabilidade técnica/ econômica/ ambiental 
 Tratamento da matéria – prima: 
 Purificação e trituração 
 Regularização da matéria – prima: 
 Umidificação e homogeneização 
 Moldagem: 
 Pasta seca: h% de 4 a 10% (prensagem) – 
ex.: revestimentos cerâmicos 
 Pasta consistente: h% de 20 a 35% (extrusão) – 
ex.: blocos, telhas 
 Pasta fluida: h% de 35 a 50% – 
ex.: louça sanitária 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
3 
 
 
 Secagem: 
 Retirada da umidade 
 Controlada, para evitar retração 
 
 Queima: 
 Mudança na estrutura 
 Vitrificação 
 
 
 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
MATERIAIS CERÂMICOS SECOS AO AR 
 Adobe: 
 Tijolo executado com solo argiloso (60% argilo – 
minerais + 40% de silte, areia fina e média) 
 Por não ser queimado sob ação da água torna a 
ter característica plástica 
 
 
 
 
 
 
 
CERÂMICA DE BAIXA VITRIFICAÇÃO 
 Também chamados cerâmica comum – tijolos e 
telhas 
 Conforme o tipo de argila empregada resultará a 
qualidade do produto fabricado 
 Características: 
 Alta porosidade 
 Superfície áspera 
 Fabricados com pouca energia de prensagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIJOLOS MACIÇOS E BLOCOS 
 Podem ser fabricados por extrusão ou 
prensagem 
 Normas: 
 NBR 15270 – 1: 2017 – Blocos e tijolos para 
alvenaria Parte 1: Requisitos 
 NBR 15270 – 2: 2017 – Blocos e tijolos para 
alvenaria Parte 2: Métodos de ensaios 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
4 
 
 Componente da alvenaria que possui todas as 
faces plenas de material, podendo apresentar 
rebaixos de fabricação em uma das faces de 
maior área 
 Requisitos: 
 Identificação do fabricante: CNPJ, razão social ou 
nome fantasia 
 Dimensões nominais, em centímetros, na 
sequência largura (L), altura (H) e comprimento 
(C), na forma (L x H x C) 
 Indicação de rastreabilidade: lote ou data de 
fabricação 
 Telefone do serviço de atendimento ao cliente 
ou correio eletrônico ou endereço do fabricante, 
importador ou revendedor/ distribuidor 
 Para blocos/ tijolos da classe EST, as letras EST 
(indicativas de sua condição estrutural) após a 
indicação das dimensões nominais 
 Dimensões nominais ou de fabricação: 
 Valores da largura (L), altura (H) e comprimento 
(C), que identificam um bloco ou tijolo, 
correspondentes a múltiplos e submúltiplos do 
módulo dimensional 
 M = 10 cm menos 1 cm 
 
 Características geométricas dos BLOCOS de 
vedação e estruturais: 
 Medidas das faces (largura, altura e comprimento) 
– dimensões efetivas ou reais 
 Espessura dos septos e paredes externas dos 
blocos 
 Desvio em relação ao esquadro (D) 
 Planeza das faces (F) 
 Área bruta (Ab) 
 Área líquida (Aliq) para blocos estruturais 
 Características geométricas dos TIJOLOS de 
vedação e estruturais: 
 Medidas das faces (largura, altura e comprimento) 
– dimensões efetivas ou reais 
 Desvio em relação ao esquadro (D) 
 Planeza das faces (F) 
 Área bruta (Ab) para tijolos perfurados 
 Área líquida (Aliq) para tijolos perfurados 
estruturais 
 
 Variação dimensional: 
 São as diferenças entre os valores das 
dimensões de fabricação ou nominais e as 
dimensões efetivas ou reais, obtidas por 
medições individuais, conforme a ABNT NBR 
15270 – 2 
 
 
 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
5 
 
 Tolerâncias dimensionais – MEDIDAS DAS 
FACES (largura, altura e comprimento) 
 Blocos e tijolos VED: tolerância = individual ± 5 
mm, na média ± 3 mm 
 Blocos e tijolos EST: tolerância = individual ± 3 
mm 
 Tolerânciasdimensionais – ESPESSURA DOS 
SEPTOS E PAREDES EXTERNAS (Tabela 2) 
 Blocos e tijolos VED15: tolerância de – 0,5 mm 
 Blocos e tijolos VED30: tolerância de – 0,3 mm 
 Blocos e tijolos EST: tolerância de – 0,3 mm 
BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS 
 Possuem furos paralelos a uma das faces 
 Vedação: 
 Suportam somente o peso próprio 
 Furos na vertical ou na horizontal 
 
 Estrutural: 
 Suportam cargas previstas em alvenaria estrutural 
 Furos na vertical 
 Três tipos: 
o Blocos com paredes maciças 
o Blocos com paredes vazadas 
o Blocos perfurados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Requisitos em função da classe 
 Propriedades mecânicas: 
 Blocos e tijolos cerâmicos de vedação (classe 
VED): resistência à compressão individual (fb) 
 Blocos e tijolos cerâmicos estruturais e de 
vedação racionalizada (classe EST): resistência à 
compressão característica (fbk) 
 Todos os corpos de prova devem ser ensaiados 
de modo que a carga seja aplicada na direção do 
esforço que o bloco ou tijolo deve suportar 
durante seu emprego, sempre perpendicular ao 
comprimento e na face destinada ao 
assentamento 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
6 
 
Resistência características à compressão (fbk): 
 A estimativa da resistência à compressão da 
amostra dos blocos e tijolos é o valor estipulado 
pela seguinte equação: 
 Após o cálculo do fbk,est, deve –se proceder à 
seguinte análise: 
o Se o valor for fbk,est ≥ fbm (média da 
resistência à compressão de todos os 
corpos de prova da amostra), adota – se 
fbm como a resistência característica do 
lote (fbk) 
o Se o valor for fbk, est <  x fb(1) (menor 
valor da resistência à compressão de 
todos os corpos de prova da amostra), 
adota – se a resistência característica à 
compressão (fbk) determinada pela 
equação  x fb(1), os valores de  são 
indicados na Tabela 6 
o Caso o valor calculado de fbk,est esteja 
entre os limites mencionados 
anteriormente ( x fb(1) e fbm), adota – 
se este valor como a resistência 
característica à compressão (fbk) 
 
 Propriedades físicas: 
 Massa seca (ms) 
 Índice de absorção d’água (AA) 
𝑨𝑨 = 
𝒎𝒖 − 𝒎𝒔
𝒎𝒔
 𝒙 𝟏𝟎𝟎 
 
Onde: 
mu: massa saturada 
ms: massa seca 
 
Características – Dimensões 
 
 
 
BLOCO DE VEDAÇÃO: 
Absorção de água: 8 a 25% 
BLOCO ESTRUTURAL: 
Absorção de água: 8 a 21% 
 
 
 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
8 
 
 
 
Resistência à compressão: 
𝒇𝒄 = 
𝑷
𝑨
 
Onde: 
P: carga máxima suportada pelo corpo de prova 
(kgf) 
A: área de carregamento (cm²) 
fc (kgf/cm²) / 10 = fc (Mpa) 
fc: resistência à compressão do corpo de prova 
(Mpa) 
 
 
 
 
 
 
TAVELAS OU LAJOTAS 
 Elementos retangulares utilizados na confecção 
de lajes pré – moldadas 
 Apoiam – se entre pequenas vigotas de 
concreto armado e servem de fôrma para a 
laje 
 Exigência: resistência à flexão ≥ 700 N 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLOCO DE VEDAÇÃO: 
fc: 1,5 Mpa 
BLOCO ESTRUTURAL: 
fc: 4 Mpa 
 
 
 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
9 
 
ELEMENTOS VAZADOS 
 Elementos não estruturais para ventilação e 
iluminação 
 
 
 
 
 
 
 
TELHAS CERÂMICAS 
 Telhas = componentes cerâmicos para 
construção de telhados 
 Primeira etapa de fabricação: extrusão da argila, 
formando um bastão que é cortado nas 
dimensões adequadas 
 Segunda etapa: prensagem em fôrmas 
 Terceira etapa: secagem e queima (900°C a 
1100°C) 
 Algumas podem levar esmaltação 
(impermeabilidade, brilho e cor) 
 NBR 15310 : 2009 – Componentes cerâmicos – 
Telhas – Terminologia, requisitos e métodos de 
ensaio 
 As telhas cerâmicas devem ser fabricadas com 
argila conformada, por prensagem ou extrusão, 
e queimadas de forma a permitir que o produto 
final atenda às condições determinadas pela 
NBR 15310 / 2009 
 Tipos de telhas cerâmicas – características 
geométricas: 
PLANA DE ENCAIXE 
 Se encaixam por meio de sulcos e saliências 
 Apresentam furos e pinos para fixação 
 Ex.: francesa 
 
 
 
 
 
TELHA COMPOSTA DE ENCAIXE 
 Capa e canal no mesmo componente 
 Apresentam furos e pinos para fixação 
 Ex.: romana 
 
TELHA SIMPLES DE SOBREPOSIÇÃO 
 Capa e canal independentes 
 O canal possui furos e pinos para fixação 
 Ex.: paulista 
 
 
TELHA PLANA DE SOBREPOSIÇÃO 
 Somente se sobrepõem 
 Apresentam furos e pinos para fixação 
 E.x.: alemã 
 
 
 Características dimensionais: 
 Largura de fabricação (L) 
 Comprimento de fabricação (C) 
 Posição do pino ou furo de amarração (Lp) 
 Altura do pino (Hp) 
 Rendimento médio (Rm) 
 Galga mínima (Gmin) 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
10 
 
 Exigências para telhas: 
 Impermeabilidade: não apresentar vazamentos 
ou formação de gotas em sua face inferior 
 Retilinearidade e planacidade: para evitar 
problemas de encaixe 
 Massa da telha seca: máximo 6% superior ao 
valor especificado no projeto para o modelo da 
telha 
 Tolerância dimensional: ±2% em relação à 
especificação 
 Absorção de água: o limite máximo admissível 
é 20% 
 Características visuais (pequenos defeitos) 
 Sonoridade (som metálico) 
 Resistência à flexão: transporte e montagem do 
telhado e trânsito eventual de pessoas 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
MATERIAIS CERÂMICOS DE ALTA 
VITRIFICAÇÃO 
 Os materiais cerâmicos de alta vitrificação 
podem ser: 
 Pisos cerâmicos, azulejos, porcelanatos e 
pastilhas 
 Louça sanitária 
 Material refratário 
PROCESSO DE FABRICAÇÃO 
PREPARAÇÃO 
 Via líquida (barbotina): argila diluída em água, 
passa pelo moinho de bolas, até obtenção da 
plasticidade e granulometria desejadas: 
o Louça sanitária 
o Pisos: segue para um atomizador para 
extração da umidade 
CONFORMAÇÃO 
 
SECAGEM, ESMALTAÇÃO E QUEIMA 
MATERIAIS DE LOUÇA 
 Caracterizam – se por sua matéria – prima 
quase isenta de óxido de ferro, ou seja, as 
“argilas brancas” (caulim quase puro), com 
granulometria fina e uniforme e com alto grau 
de compacidade e vitrificação da superfície, 
cujo resultado é um material que tem como 
característica principal a impermeabilização 
(absorção de água em torno de 2%) 
 Utiliza – se o processo da pasta fluida 
(barbotina), em moldes de gesso (também há 
processos de prensagem em moldes de 
plástico) 
 Peças impermeáveis na superfície (vidrado) e 
porosas no interior 
 
 
 
 
 
Molde de gesso de um vaso sanitário pronto 
para ser preenchido com barbotina líquida. 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
11 
 
Linha de produção automatizada com prensagem 
em moldes de plástico 
 
Esmaltação 
 
Vasos sanitários esmaltados entrando no forno para 
a segunda queima. 
 Refratários: 
 Produtos refratários são materiais, geralmente 
cerâmicos, naturais, constituídos em sua maioria 
de óxidos metálicos que podem suportar a 
elevadas temperaturas, sem se deformar ou 
fundir 
 Para que um produto possa ser considerado 
refratário deverá suportar, sem se deformar, a 
uma temperatura de 1435°C 
 
 
 
 
 Revestimento – Termos técnicos 
 Esmalte: cobertura vitrificada impermeável 
 Polimento: 
o Acabamento mecânico aplicado sobre a 
superfície de um revestimento não esmaltado 
– superfície lisa com ou sem brilho (não é 
esmalte) 
o É a última fase de acabamento de alguns 
produtos 
 Faixas de tonalidades: conjunto de nuanças 
localizadas entre dois padrões extremos 
 Muratura: 
o Relevo do lado avesso da placa destinado a 
melhorar a aderência (tardoz) 
o Pode ser constituído por: 
 Saliências: pisos e paredes interiores 
 Reentrâncias (rabo de andorinha): 
fachadas 
ESMALTAÇÃO 
 Esmaltadas: GL (glazed) 
 Não esmaltadas: UGL (unglazed) 
 
QUEIMA Monoqueima ou biqueima 
 Terceira queima: para acrescentar relevo com 
metais e/ou pigmentos 
 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
12 
 
PLACAS CERÂMICAS 
 Tipos: 
 Azulejos 
 Pisos 
 Porcelanatos 
 Pastilhas 
 Peças decorativas 
 Normas: 
 NBR 13816:1997 – Placas cerâmicas para 
revestimento – Terminologia 
 NBR 13817:1997 – Placas cerâmicas para 
revestimento – Classificação 
 NBR 13818:1997 – Placas cerâmicas para 
revestimento – Especificação e métodos de 
ensaio 
 NBR 15463:2007 – Placas cerâmicas para 
revestimento - Porcelanato 
 
 As placas cerâmicas para revestimentos podem 
ser classificadas: 
ESMALTADAS E NÃO ESMALTADAS 
 Acabamento: esmaltado (GL) 
 Não esmaltado (UGL) 
MÉTODOS DE FABRICAÇÃO 
 Extrudado 
 Prensado 
 Outros 
GRUPOS DE ABSORÇÃO DE ÁGUA 
 I, I I e I I I 
CLASSES DE RESISTÊNCIA À ABRASÃO 
SUPERFICIAL, EM NÚMERO DE 5 
 Classe de resistência à abrasão superficial (só 
placa esmaltada) - PEI 
CLASSES DE RESISTÊNCIA AO 
MANCHAMENTO, EM NÚMERO DE 5 
 Classe de resistência ao manchamento (1 a 5) 
CLASSES DE RESISTÊNCIA AO ATAQUE DE 
AGENTES QUÍMICOS, SEGUNDO DIFERENTES 
NÍVEIS DE CONCENTRAÇÃO 
 Classe de resistência ao ataque de agentes 
químicos (A, B e C) 
ASPECTO SUPERFICIAL OU ANÁLISE VISUAL 
 Classes A, B e C 
 
Absorção de água – Placas Cerâmicas 
 
 
 
 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
13 
 
Resistência à abrasão superficial – PEI 
(Cerâmicas esmaltadas) 
Resistência ao manchamento 
 Facilidade na remoção de machas 
 
Resistência química 
 Capacidade de manter o aspecto original 
Classificação quanto à qualidade 
 Classe A: 95% das peças não tem defeitos 
visíveis a 1 m (separação por bitolas, tonalidades, 
curvaturas e ortogonalidade de acordo com as 
normas) 
 Classe B: defeitos visíveis a 1 m 
 Classe C: defeitos visíveis a 3 m 
Resistência ao deslizamento 
 Grau de atrito da cerâmica 
NBR 13818 estabelece as características exigidas 
para todos os usos específicos – identificação 
das embalagens 
 Marca do fabricante/ comercial e país de 
origem 
 Identificação de primeira qualidade 
 Tamanho nominal (N), dimensão de fabricação 
(W) e formato modular 
 Natureza da superfície: GL ou UGL 
 Classe de abrasão para placas cerâmicas 
esmaltadas para pavimento 
 Nome ou código de fabricação do produto 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
14 
 
 Número de peças 
 Metros quadrados que cobrem: 
 Sem juntas: individuais 
 Com juntas: pastilhas 
 Especificação de junta 
 
Características físicas: 
 Absorção de água; 
 Carga de ruptura e módulo de resistência à 
flexão 
 Classe de abrasão superficial, para placas 
cerâmicas esmaltadas destinadas a pavimentos; 
 Resistência à abrasão profunda, para placas 
cerâmicas não esmaltadas destinadas a 
pavimentos; 
 Resistência ao gretamento, para placas 
cerâmicas esmaltadas; 
 Coeficiente de atrito para pavimentos; 
 Expansão por umidade; 
 Resistência ao impacto. 
 
Características químicas: 
 Resistência a manchas; 
 Resistência aos agentes químicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Determinação da Galga Média 
𝐺𝑚á𝑥 = 
𝐶𝑡
𝑛
 
 
𝐺𝑚í𝑛 = 
𝐶𝑡
𝑛
 
𝐺𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 
𝐺𝑚á𝑥 + 𝐺𝑚í𝑛
2
 
Onde: 
Ct: comprimento total 
n: número dos vãos 
G: galga 
Gmédia: galga média 
 
Lista de exercícios 
1) QUAIS OS TIPOS DE ARGILA UTILIZADA PARA 
PRODUÇÃO DE MATERIAIS CERÂMICOS? 
Tipos de argilas: caulim, argila vermelha, argilas 
refratárias, argilas de grês e bentonita 
2) CITE DUAS PROPRIEDADES DA ARGILA E 
DESCREVA CADA UMA DELAS. 
Plasticidade: propriedade de se deformar 
continuamente quando submetido à uma força, e 
conservar a deformação quando esta é retirada. 
Retração: propriedade que manifesta - se por uma 
redução de volume por efeito de secagem e da 
cozedura. 
 
 
 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
15 
 
3) QUAIS SÃO AS ETAPAS DE PRODUÇÃO DE 
TIJOLOS? DESCREVA CADA ETAPA 
Etapas da produção de tijolos: 
1. Exploração da jazida 
2. Tratamento da matéria - prima: purificação 
e trituração 
3. Regularização da matéria - prima: 
umidificação e homogeneização 
4. Moldagem: pasta consistente 
5. Secagem: retirada da umidade controlada 
para evitar retração 
6. Queima: mudança na estrutura; vitrificação 
4) DESCREVA O EFEITO DO CALOR SOBRE A ARGILA 
DURANTE O PROCESSO DE PRODUÇÃO DAS 
CERÂMICAS. 
20 a 150°C: perda de água de capilaridade e de 
amassamento 
>600°C: alterações químicas 
>950°C: vitrificação (fundição da sílica) 
5) CITE E DESCREVA 4 PROPRIEDADES DA 
CERÂMICA 
Porosidade: volume de vazios/ volume total e isso 
influencia na resistência mecânica e na densidade. 
Massa específica: massa de sólido/ volume de sólido 
Capacidade de absorção de água: (massa saturada - 
massa seca)/ massa seca 
Resistência mecânica: compressão, desgaste e 
tração na flexão 
6) QUAL O ELEMENTO QUE SOB A AÇÃO DO CALOR 
GARANTE A VITRIFICAÇÃO DA CERÂMICA? 
Sílica: dióxido de silício (SiO2) 
7) O QUE SÃO CERÂMICAS DE BAIXA 
VITRIFICAÇÃO? CITE EXEMPLOS 
Baixa compressão e menor teor de sílica, tende a 
ser mais poroso e capacidade de absorção de água 
elevada (blocos e tijolos comuns) 
8) O QUE SÃO CERÂMICAS DE ALTA VITRIFICAÇÃO? 
CITE EXEMPLOS 
Alta compressão e alto teor de sílica, capacidade de 
absorção de água baixa. (revestimentos, louças). 
10) QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O 
BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL E O DE VEDAÇÃO? 
Bloco cerâmico estrutural: suportam cargas previstas 
em alvenaria estrutural e furos na vertical. 
Bloco cerâmico de vedação: suportam somente o 
peso próprio e furos na horizontal. 
11) QUAIS AS CARACTERÍSTICAS EXIGIDAS PARA AS 
TELHAS? 
Características exigidas para as telhas são: 
impermeabilidade, retilinearidade e planacidade, massa 
da telha seca: máximo 6%, tolerância dimensional: ± 
2% em relação a especificação, características 
visuais: pequenos defeitos, sonoridade: som metálico 
e resistência à flexão. 
12) COMO AS TELHAS SE CLASSIFICAM? 
As telhas são classificadas em: plana de encaixe, 
telha composta de encaixe, telha simples de 
sobreposição e telha plana de sobreposição. 
13) DESCREVA O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE 
LOUÇA SANITÁRIA. 
Por via líquida (barbotina), a argila é diluída em água, 
passa pelo moinho de bolas, até a obtenção da 
plasticidade e granulometria desejadas. Após isso, o 
molde de gesso passa pela prensagem em moldes 
de plástico, secagem, primeira queima, esmaltação e 
por fim, os vasos sanitários esmaltados entram no 
forno para a segunda queima. 
14) QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 
DOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS? 
Os revestimentos cerâmicos são classificados em: 
esmaltadas e não esmaltadas, métodos de 
fabricação, grupos de absorção de água, resistência 
à abrasão superficial, resistência ao manchamento, 
resistência ao ataque de agentes químicos, aspecto 
superficial. 
 
 
 
 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 
 
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15) ESPECIFIQUE AS CARACTERÍSTICAS DE 
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA AS SEGUINTES 
SITUAÇÕES: 
Piso de cozinha industrial: resistência ao impacto e 
determinação da presença de chumbo e cádmio 
solúveis 
Piso de sauna: expansão por umidade 
Revestimento de piscina: expansão por umidade 
Fachada de edifício: expansão por umidade

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