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CCJ0257-CC CASO CONCRETO 11 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO – CCJ0257
GABARITO Caso Concreto 11
2 - QUESTÃO OBJETIVA:
Com freqüência o termo hermenêutica jurídica é usado como sinônimo de interpretação da norma jurídica.
MIGUEL REALE, por exemplo, fala em "hermenêutica ou interpretação do Direito", em suas Lições Preliminares de
Direito. CARLOS MAXIMILIANO, por sua vez, distingue "hermenêutica" e "interpretação"; aquela seria a teoria
científica da arte de interpretar; esta seria a aplicação da hermenêutica; em suma, a hermenêutica seria teórica e a
interpretação seria de cunho prático, aplicando os ensinamentos da hermenêutica. Outros autores dão ao vocábulo um
sentido mais amplo, que abrange a interpretação, a aplicação e a integração do Direito. Com base nessas informações,
conclui-se que:
(A) Não há necessidade de interpretação quando a norma é clara, ou seja, "in claris cessat interpretatio"
(dispensa-se a interpretação quanto o texto é claro).
(B) Um dos elementos que encerra o conceito de interpretação da norma é fixar o seu alcance: significa
delimitar o seu campo de incidência; é conhecer sobre que fatos sociais e em que circunstâncias a norma jurídica tem
aplicação.
(C) Quando se fala em interpretação da norma está-se referindo tão somente às leis, na medida em que
somente as leis são utilizadas como fundamentos das decisões judiciais que precisam dessa interpretação jurídica.
(D) O trabalho do intérprete apenas é necessário quando as leis são obscuras. A interpretação nem sempre é
necessária, a não ser que sejam obscuras ou pouco claras as palavras da lei ou de qualquer outra norma jurídica.
(E) A hermenêutica jurídica leva em conta o estado de espírito do intérprete da norma que pode influir nesta
interpretação, razão pela qual a hermenêutica não pode ser considerada uma ciência.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO – CCJ0257
GABARITO Caso Concreto 11
1- QUESTÃO DISCURSIVA:
Decisão histórica
INTERRUPÇÃO DE GRAVIDEZ DE ANENCÉFALO
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PUBLICOU O ACÓRDÃO DA DECISÃO QUE
PERMITIU A INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ DE FETO ANENCÉFALO - ADPF 54 / DF
No julgamento, os ministros decidiram que médicos que fazem a cirurgia e as gestantes que
decidem interromper a gravidez não cometem qualquer espécie de crime. Com a decisão, para interromper a
gravidez de feto anencéfalo, as mulheres não precisam de decisão judicial que as autorize. Basta o
diagnóstico de anencefalia. Agora veja os seguintes artigos do Código Penal que tratam do tema:
Código Penal:
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou,
quando incapaz, de seu representante legal.
Considerando que a gravidez não seja resultante de estupro, nem que o feto anencefálico coloque
em risco a vida da gestante. Como explicar hermeneuticamente a polêmica decisão do STF ?
Resposta: Pode-se encontrar uma explicação hermenêutica para a decisão do STF ao considerar o
processo teleológico ou finalístico na interpretação da norma, onde se enxerga o significado da lei em sua
finalidade social, sendo esta obviamente a do presente e não a da época em que a lei entrou em vigor,
havendo uma clara convergência entre este procedimento técnico-interpretativo e a teoria objetiva da
interpretação. No processo teleológico a norma será interpretada em função de sua capacidade de alcançar
os resultados esperados a seu respeito pela sociedade. Embora à primeira vista, possa parecer polêmica tal
decisão, ou até mesmo ilegal, os ministros responsáveis pelo acórdão, ao concluírem suficiente para a
autorização da interrupção da gravidez o diagnóstico de anencefalia, em nada contrariaram o artigo 128 do
Código Penal. Ao contrário, apenas não consideraram taxativo ou exaustivo o rol de excludentes que antes
se restringia aos incisos I e II. Nesse sentido, mediante essa decisão, o referido rol passa a ser aida mais
abrangente, por entenderem ser necessária tal ampliação para adequar a aplicação do direito às novas
realidades médicas e necessidades da sociedade.
2 - QUESTÃO OBJETIVA:
Com freqüência o termo hermenêutica jurídica é usado como sinônimo de interpretação da norma
jurídica. MIGUEL REALE, por exemplo, fala em "hermenêutica ou interpretação do Direito", em suas
Lições Preliminares de Direito. CARLOS MAXIMILIANO, por sua vez, distingue "hermenêutica" e
"interpretação"; aquela seria a teoria científica da arte de interpretar; esta seria a aplicação da hermenêutica;
em suma, a hermenêutica seria teórica e a interpretação seria de cunho prático, aplicando os ensinamentos
da hermenêutica. Outros autores dão ao vocábulo um sentido mais amplo, que abrange a interpretação, a
aplicação e a integração do Direito. Com base nessas informações, conclui-se que:
(A) Não há necessidade de interpretação quando a norma é clara, ou seja, "in claris cessat
interpretatio" (dispensa-se a interpretação quanto o texto é claro).
(B) Um dos elementos que encerra o conceito de interpretação da norma é fixar o seu alcance:
significa delimitar o seu campo de incidência; é conhecer sobre que fatos sociais e em que circunstâncias a
norma jurídica tem aplicação.
(C) Quando se fala em interpretação da norma está-se referindo tão somente às leis, na medida em
que somente as leis são utilizadas como fundamentos das decisões judiciais que precisam dessa
interpretação jurídica.
(D) O trabalho do intérprete apenas é necessário quando as leis são obscuras. A interpretação nem
sempre é necessária, a não ser que sejam obscuras ou pouco claras as palavras da lei ou de qualquer outra
norma jurídica.
(E) A hermenêutica jurídica leva em conta o estado de espírito do intérprete da norma que pode
influir nesta interpretação, razão pela qual a hermenêutica não pode ser considerada uma ciência.
Resposta: B)

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