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CONVECÇÃO NATURAL Nos dois casos anteriormente estudados, convecção interna e externa, havia o movimento forçado do fluido em relação à superfície de troca de calor. Esse movimento forçado poderia ser causado por um agente externo como uma bomba, um ventilador, ou outra máquina de fluxo. A gravidade desempenhava pouco ou nenhum efeito sobre a transferência de calor nesses casos. No entanto, quando o fluido se encontra em repouso e em contato com uma superfície aquecida é fato conhecido que haverá transferência de calor da superfície para o fluido. O raciocínio recíproco também é verdadeiro no resfriamento da superfície. Nesse caso o número de Reynolds é nulo e a maioria das correlações desenvolvidas não se aplicariam. Assim, agora o movimento do fluido vai ocorrer como resultado de outro fenômeno, originário da diferença de massas específicas resultante de gradientes de temperatura. 3 Na convecção natural, ou livre, o escoamento do fluido é induzido por forças de empuxo, que vem de diferenças de massa específica causadas por variação de temperatura do fluido. CONVECÇÃO NATURAL Transporte natural de fluidos Convecção natural O que provoca o escoamento na convecção natural? - Aquecimento e expansão - Resfriamento e compressão Equações : Representa a razão entre as forças de flutuação e as forças viscosas Correlações de Convecção Natural : Onde, número de Raylegh (RaL) é dados por: L é o comprimento característico definido como: Placas horizontais • A força de impulsão é normal às placas. • O escoamento e a transmissão de calor dependem de: a placa estar aquecida ou arrefecida e de a troca de calor se dar na face superior ou inferior. • Face superior de placa aquecida ou Face inferior de placa arrefecida. Superfície quente voltada para cima ou superfície fria voltada para baixo (Casos C e D): CORRELAÇÕES EMPÍRICAS: CONVECÇÃO NATURAL EM ESCOAMENTOS EXTERNOS Placas horizontais • Face inferior aquecida ou face superior arrefecida Superfície quente voltada para baixo ou superfície fria voltada para cima ( Casos A e B ): Placas inclinadas • Componente da aceleração gravítica paralela à placa: g cos θ Ts < T inf Ts > Tinf • Quando o fluido se mantém junto à parede, as correlações de Churchill e Chu (para placa vertical) são utilizadas, desde que 0 < θ < 60º e substituindo g por g cos θ. • ou • Quando o fluido tem tendência a afastar-se da parede, o coeficiente de convecção aumenta e as correlações apresentadas não são válidas Placas Verticais • Considere uma superfície vertical em contato com um fluido em repouso. As camadas em contato com a superfície aquecida também vão se aquecer e, como conseqüência, haverá uma diferença de empuxo gravitacional entre as porções aquecidas e as adjacentes menos aquecidas. • Assim, as porções aquecidas sobem, enquanto que as menos aquecidas tomam seu lugar dando origem às correntes de convecção. CLT e CLH também são estabelecidas. No caso da CLH, as condições de contorno do problema exigem que a velocidade seja nula junto à superfície e na camada limite. Convecção Livre / Natural Turbulento Laminar Transição Fluido parado, T∞ Fluido parado, T∞ Ts > T∞ Ts > T∞ Rax,c ≈ 10 9 xc T∞ Ts T(y) T∞ , ρ∞ g g u(y) yy, v x, u x Placa Vertical Correlação generalizada, sobre toda a faixa de RaL : Cilindro horizontal •Desenvolvimento da camada limite e variação do número de Nusselt local para um cilindro aquecido: Cilindro Horizontal Para uma faixa ampla de número de Rayleigh : Cilindro horizontal •Para um cilindro isotérmico, Morgan sugere uma expressão com a forma: Onde C e n são dados na Tabela: Esferas • Número de Nusselt médio: • O que sucede quando RaD --> 0 ? Esfera Onde, número de Raylegh (RaL) é dados por: Pr=1 para gases Pr<<1 para metal líquido K Pr>>1 para óleos µ Geometria Correlação Recomendada Restrições Placa Vertical Placa Horizontal Caso A ou B: Superfície quente para baixo ou superfície fria para cima Caso C ou D : Superfície quente para cima ou superfície fria para baixo Cilindro Horizontal Esfera Escoamentos internos entre placas paralelas • L/S pequeno: camadas limites não chegam a coalescer e cada placa comporta-se como se estivesse isolada. • L/S elevado: há interacção entre camadas limites. CORRELAÇÕES EMPÍRICAS: CONVECÇÃO NATURAL EM ESCOAMENTOS INTERNOS Escoamentos internos entre placas paralelas • Correlações de Elenbaas c) Placas com fluxo constante e igual nas superfícies: Escoamentos internos entre placas paralelas Escoamentos internos entre placas paralelas • Canais inclinados Escoamentos internos em cavidades • Cavidades retangulares Escoamentos internos em cavidades • Cavidades horizontais Escoamentos internos em cavidades • Cavidades horizontais Aquecimento no topo – Camada de fluido incondicionalmente estável NuL = 1 – A transferência de calor da superfície superior para a superfície inferior é exclusivamente por condução, independentemente do valor de RaL. Escoamentos internos em cavidades •Cavidade vertical Fluido sobe pela parede aquecida e desce pela parede fria. Para baixos números de Rayleigh (RaL ≤ 103) o movimento devido ao empuxo é fraco e a troca de calor se dá por condução. Onde: H = é a altura da cavidade; L = é a largura da cavidade. Para razões de forma de diferentes intervalos de (H/L), temos as seguintes correlações: Escoamentos internos em cavidades •Cavidade vertical o Para razões de forma de diferentes intervalos de (H/L), temos as seguintes correlações: Escoamentos internos em cavidades • Cavidades inclinadas A taxa de transmissão de calor depende também de RaL Escoamentos internos em cavidades • Cavidades inclinadas Hollands et al.: Catton: Ayyaswamy and Catton : Escoamentos internos em cavidades anulares • Cilindros concêntricos keff : condutibidade térmica efetiva Numero de Rayleigh crítico: Escoamentos internos em cavidades anulares • Esferas concêntricas Correlação de Raithby and Hollands: CONVECÇÃO FORÇADA – CONVECÇÃO NATURAL (CONVECÇÃO MISTA) TRANSFERÊNCIA DE CALOR COM MUDANÇA DE FASE: A transferência de calor associada a um processo de mudança de estado, por envolver o calor latente, é sempre um fenómeno muito mais intenso do que a generalidade dos fenómenos de convecção que envolvem apenas transporte de calor sensível. Os processos de transferência de calor com mudança de fase são: condensação vaporização: evaporação e ebulição solidificação fusão sublimação CONDENSAÇÃO A condensação tem lugar sempre que o vapor entre em contacto com uma superfície que está a uma temperatura Tp < Tv (saturação) àquela pressão. A condensação junto a uma superfície pode ser: em gotas ou em filme. A condensação em gotas seria sempre a desejável. Mas tal não é sempre fácil de obter e de controlar. Placas planas com inclinação de º: 4/1 psatll 3 lvvll z TT4 zqseng Nu (qlv) = calor latente de vaporização EXERCÍCIO Um coletor solar tem um canal formado por placas paralelas que está conectado a um reservatório de armazenamento de água na sua parte inferior e a um sumidouro de calor na parte superior. O canal está inclinado em θ = 30° em relação à vertical e tem uma placa de cobertura transparente. Radiação solar é transmitida através da placa de cobertura e da água e mantém a placa de absorção isotérmica a uma temperatura Ts = 67 °C, enquanto a água que retorna para o reservatório, vinda do sumidouro, está a T∞ = 27 °C. O sistema opera como um termossifão, no qual o escoamento da água é induzido exclusivamente pelas forças de empuxo. O espaçamento entre as placas é de S = 15 mm e o comprimento das placas é de L = 1,5 m. Admitindo que a placa de cobertura seja adiabática em relação à transferência de calor por convecção para ou da água, estime a taxade transferência de calor da placa de absorção para a água, por unidade de largura da placa, que é normal à direção do escoamento (W/m). Premissas: a) Camada limite entre placas planas paralelas com fluido quiescente na entrada e na saída. b) Propriedades constantes. DESDE QUE RAS(S/L) > 200, EQ. 9.47 (F. INCROPERA) PODE SER UTILIZADA: EXERCÍCIO Lista de exercícios 9.6; 9.9; 9.15; 9.29; 9.50; 9.63 Texto: Frank Incropera 6ed.
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