Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA FÓRUM DE AVALIAÇÃO FACE E REGIÃO CERVICAL ORIENTAÇÕES PARA A AVALIAÇÃO: 1. Os casos abaixo devem ser preparados por todos os grupos. 2. Será sorteado durante a atividade síncrona do dia 17/12/2020, a partir das 14 horas, os casos a serem respondidos e o membro do grupo que deverá responder. O membro do grupo que irá responder deverá ligar a câmera. A nota correspondente é para o grupo. 3. Serão descontados pontos, na avaliação síncrona, daqueles grupos cujos membros sorteados fizerem a leitura simples das respostas. 4. Poderá ser solicitado, pelo professor, que outro (s) membro do grupo auxilie na resposta, caso haja dificuldade pelo membro sorteado, comprometendo a avaliação do grupo. 5. Algumas perguntas relativas aos casos, poderão não ser utilizadas na avaliação. 6. ATENÇÃO: SERÁ PERMITIDO O USO DE IMAGENS E FIGURAS PARA AUXILIAR A EXPLICAÇÃO (SEM LEGENDAS). ENTRETANTO, AS RESPOSTAS (ORAIS) DEVEM SER OBJETIVAS E RESUMIDAS O SUFICIENTE PARA QUE SE PERMITA A SUA COMPREENSÃO. 7. A postagem das respostas, por todos os grupos, deve ser feita até dia 17/12/2020 as 12 horas, no FÓRUM correspondente do Moodle. Não serão aceitas postagens após o prazo. Serão anuladas as respostas dos diferentes grupos que forem iguais (cópia). 8. As presenças ao módulo e a esta atividade serão computadas durante a ATIVIDADE SÍNCRONA de cada grupo. Alunos que não poderem estar presentes durante a apresentação do seu grupo poderão realizar prova oral posteriormente sobre todo o conteúdo dos módulos (cumulativa), a ser marcada após a solicitação pelos mesmos a professora regente, ao final do semestre. CASO 1 - Mesa ____________ Um paciente foi diagnosticado com tumor de glândula parótida direita e foi submetido a cirurgia para retirada deste tumor. No período pós operatório imediato você observa que o paciente apresenta flacidez da face do lado direito e eversão da pálpebra inferior do mesmo lado. 1. Dentre os seus diagnósticos poderia estar a paralisia facial? Explique a relação da glândula parótida com o nervo facial. 2. Suspeitando de paralisia periférica do nervo facial, quais movimentos da face que você solicitaria ao paciente que ele fizesse e qual a resposta esperada? Explique com base nos seus conhecimentos de anatomia. 3. Haveria comprometimento da mastigação? Explique com base nos seus conhecimentos em anatomia. 4. Qual seria a diferença na apresentação clínica caso a paralisia do nervo facial fosse central? CASO 2 – Mesa_______ Paciente com 33 anos, feminina, branca, solteira, manicure, procurou o ambulatório do Serviço de Otorrinolaringologia , com história de sinusites de repetição. Associava o início dos sintomas à extração dentária do pré-molar superior esquerdo há 12 anos. Tabagista de 10 cigarros por dia há 10 anos. Sem outras doenças. Os episódios caracterizavam-se por dor facial esquerda, secreção nasal amarelada, principalmente na narina esquerda, gota pós-nasal, febre e halitose. Referia ainda saída eventual de secreção purulenta no leito do dente extraído. Já havia realizado diversos tratamentos com antibióticos sem melhora dos sintomas após o término da medicação. Trouxe na consulta raio-x de incidência panorâmica demonstrando corpo estranho na cavidade do seio maxilar esquerdo. Ao exame otorrinolaringológico constatou-se ausência do pré-molar superior esquerdo. Apresentava desvio de septo nasal na fossa nasal esquerda e secreção nasal esbranquiçada bilateral. Tomografia computadorizada de seios paranasais: opacificação de seio maxilar esquerdo, com obliteração ostial. Fratura do recesso alveolar com presença de imagem óssea em seu interior. Espessamento do revestimento mucoperiosteal dos demais seios da face (Fig. 1 e 2). Paciente foi submetida a sinusotomia maxilar esquerda em , com acesso de Caldwell-Luc. Após abertura do seio e limpeza da cavidade, foi encontrado e removido fragmento dentário de aproximadamente 1,3 cm. Mantido antibioticoterapia sistêmica por 14 dias. A paciente apresentou evolução pós-operatória satisfatória, com remissão completa dos sintomas. 1. Descreva os ossos do viscerocrânio que compõe a cavidade nasal. Quais destes ossos são pneumáticos? Relacione estes ossos com os seios paranasais, descrendo seus locais de drenagem. 2. Identifique no exame radiológico os ossos do viscerocrânio que são identificáveis e os seios paranasais visíveis. 3. QuaI (is) osso(s) é (são) comun(s) a cavidade nasal e oral? Descreva qual a relação destes ossos com os seios paranasais. 4. Baseado em seu conhecimento anatômico, explique de que forma a extração dentária poderia estar associada a processo infeccioso na no seio maxilar. Explique, baseado na anatomia da região, porque a paciente referia halitose (mau hálito). CASO 3 -Mesa _____________ Paciente 36 anos, feminina, foi submetida a cirurgia para correção da Síndrome do Túnel do Carpo em punho direito, eletiva. O anestesista, para evitar dor no pós operatório, optou por anestesia combinda, realizando sedação associada a bloqueio regional do PLEXO BRAQUIAL a direita, utilizando bupivacaína. Transoperatório transcorreu sem intercorrências com cirurgia realizada com sucesso. Ao chegar a Sala de Recuperação pós-anestésica, o médico de plantão foi chamado para avaliar a paciente pois a técnica de enfermagem ao medir sinais, questionou a paciente sobre dor e percebeu, ao olhar a paciente, que a mesma apresentava anisocoria e leve ptose palpebral á direita. Médico realizou o exame neurológico completo, pensando na possibilidade de uma isquemia cerebral transoperatória, mas o exame neurológico foi normal, com exceção da ausência de resposta pupilar a direita ao estímulo luminoso (sem reflexo pupilar fotomotor). Além disso, foi testada a movimentação ocular solicitando a paciente que olhasse para lateral Direita e Esquerda, para cima, para baixo, não sendo detectada alteração motora. A partir deste exame, o médico suspeitou tratar-se se Síndrome de Horner. A síndrome reverteu espontaneamente 3 horas após a chegada a sala de recuperação pós-anestésica. 1. O que é anisocoria? Explique miose e midríase, fazendo a diferenciação entre eles. Quais músculos estão relacionados com o movimento pupilar? Fale sobre a inervação destes músculos e a qual camada do bulbo ocular corresponde. 2. De que forma um bloqueio anestésico de plexo braquial, em que o anestésico é infiltrado na região cervical lateral e inferior poderia promover esta síndrome? Explique do ponto de vista anatômico quais as estruturas envolvidas e suas relações de sintopia. 3. Porque o olho direito não respondeu ao estímulo luminoso? Explique a ptose palbebral associada ao caso. Explique de que lado havia miose e midríase. 4. Explique de forma é feito o exame de fundo de olho e o que é visualizado através deste exame. CASO 4 -Mesa _____________ Criança, 6 anos, sexo feminino, foi levada ao serviço de pediatria próximo a sua residência em virtude de febre alta, astenia e cefaleia. Há 20 dias apresentou resfriado, com resolução espontânea. A mãe da paciente referiu que a filha necessitava de cirurgia para extração das adenoides, que prejudicavam muito a respiração, o que foi confirmado ao exame físico. A criança também referiu dor em orelha direita. Ao exame físico a criança apresentava temperatura de 39,5°C, respiração bucal e dor à palpação das maxilas, além de leve desvio do septo nasal. À otoscopia foi observado pelo médico hiperemia (vermelhidão) e abaulamento da membrana timpânica. A TC de crânio revelou opacificação do seio maxilar esquerdo associado a desvio do septo nasal. A criança foi medicada para sinusite aguda com antibióticos e antipirético. Figura 1 Tomografia de face e seios paranasais- corte axial: opacificação do seio maxilar esquerdo com leve desvio do septo para a esquerda. Questões:1. Defina nasofaringe, citando seus principais componentes anatômicos. O que são “adenoides”? O que é o Anel linfático de Waldeyer? Quais estruturas compõe o mesmo e qual sua função? 2. Descreva os seios paranasais, localização e locais de drenagem. 3. Descreva a cavidade nasal e o septo nasal. Explique, anatomicamente, como o desvio de septo poderia interferir na respiração. 4. O resfriado da paciente pode estar relacionado com o quadro de sinusite aguda? Explique do ponto de vista anatômico? 5. A queixa de dor na orelha e os achados de hiperemia e abaulamento da membrana timpânica podem estar relacionados com o quadro geral da criança? Explique do ponto de vista anatômico. 6. Se houver necessidade de colocação de um dreno para drenar secreção por causa da otite média aguda (infecção com formação de pus na orelha média), onde deve ser incisada a membrana timpânica? Justifique do ponto de vista anatômico. 7. Se houvesse comprometimento dos ossículos da audição, que tipo de prejuízo poderia acontecer para a audição? Explique do ponto de vista anatômico a relação destes ossos com a audição. CASO 5 – Mesa__________ e Mesa ________ Homem, 36 anos, deu entrada no serviço de emergência vítima de acidente automobilístico. Relatava "dor intensa no rosto. O exame físico evidenciou equimose periorbital e perda do contorno da face à esquerda (Figuras abaixo). Foi realizada TC com reconstrução, evidenciando fratura da órbita esquerda, confirmando diagnóstico de fratura de face. Posteriormente, foi realizada cirurgia com redução interna da fratura. Evoluiu satisfatoriamente após 6 meses de acompanhamento ambulatorial. lmagem com aparente perda do contorno da face, à esquerda (linha tracejada). Observa-se olho esquerdo menor que o direito, devido ao afundamento da órbita ipsilateral. imagem de equimose periorbital com perda do contorno facial associada a fratura de órbita esquerda (linha tracejada). Imagem de TC com reconstrução em 3·0 identificando o padrão da fratura (linhas). Questões 1. Cite os ossos que compõem o esqueleto facial e suas relações com a estrutura da órbita. Descreva o conteúdo da órbita. 2. As fraturas do esqueleto facial são classificadas por Le Fort como tipos I, 11 e III, considerando os ossos acometidos. Descreva sucintamente o trajeto ósseo de cada uma dessas fraturas faciais. A fratura relatada no caso se encaixa em alguma dessas classificações? 3. Quais as cavidades e outras estruturas da face/crânio podem ser acometidas em fraturas da órbita. Explique do ponto de vista anatômico este envolvimento. No casos acima, após estabilização do paciente foi percebido que o paciente apresentava dificuldade para abrir a boca e (figura abaixo) a radiografia com incidência PA de crânio (zoom da região mandibular), observou-se com solução de continuidade em região de ramo mandibular direito (linha tracejada). A radiografia evidenciou fratura sem desvio do ramo mandibular direito. Foi encaminhado para avaliação e tratamento pela cirurgia bucomaxilofacial. QUESTÕES 1. A fratura local levou à incapacidade de mexer com a boca, afetando a função da musculatura da mastigação. Descreva a musculatura envolvida com a mastigação (ações). 2. Pela inserção dessa musculatura na mandíbula, justifique a ausência de desvio da fratura neste caso. 3. Qual nervo poderia ser anestesiado para proporcionar alívio da dor na área da mandíbula. Descreva a anatomia deste nervo e como pode ser localizado para que se aplique o anestésico? CASO 6 – Mesa__________ Um homem de 52 anos sofre um trauma na região cervical em um acidente dentro do ônibus. Ele apresenta dificuldade respiratória e você percebe que há obstrução de via aérea. Uma via artificial deve ser criada na linha mediana rapidamente. 1. Como a via aérea poderia ser acessada rapidamente nesta região? Descreva do ponto de vista anatômico a estrutura da laringe, JUSTIFICANDO a sua escolha 2. Quais os parâmetros anatômicos permitem a identificação das estruturas da laringe na anatomia de superfície que lhe permitirão acessar com segurança a via aérea sem lesão de outras estruturas? CASO 7 – Mesa__________ A não fusão mediana do palato duro origina a denominada fenda palatina, patologia que acomete 1 em cada 2.500 nascidos e requer correção cirúrgica. 1. O que é a fenda palatina? 2. Quais são os ossos que formam o palato duro? O que é palato mole e qual a sua função? CASO 8 – Mesa__________ e Mesa _________ Mulher, 23 anos, procurou auxílio médico. Relatou perda de peso, irritabilidade, sudorese fria e insônia associada a edema no pescoço, com 6 meses de evolução. A inspeção apresentava tumefação na região anterior do pescoço. Ao exame físico foi constatado aumento difuso da glândula tireoide à palpação, associada à exoftalmia e hiper-reflexia do reflexo aquileu, caracterizando doença de Graves. Encaminhada para cirurgia, foi realizada ressecção da tireoide (tireoidectomia) (Figura 10.2.1). Figura 1. Imagem do ato operatório, em que se observa glândula tireoide aumentada de tamanho (A), e região do pescoço após a sua ressecçâo (B). QUESTÕES 1. Quais músculos precisam ser afastados para a abordagem cirúrgica no caso da tireoidectomia total (ressecção de toda a glândula tireóide). Qual a função destes músculos? 2. Foi solicitado no pós-operatório imediato a coleta de exames de sangue: dosagem de cálcio e paratormônio. Justifique do ponto de vista anatômico o motivo da solicitação. 3. Ainda na sala de recuperação, foi identificado, a presença de abaulamento de início súbito na área da incisão cirúrgica. Suspeitando de hematoma, o cirurgião levou a paciente novamente para a sala cirúrgica para reintervenção, observando sangramento ativo do lado direito. Descreva a vascularização da tireóide citando possíveis vasos envolvidos e suas origens. 4. Qual o risco associado a compressão pela presença de coleção volumosa (hematoma) nesta região. Justifique baseado na anatomia desta região. 5. Ao término do ato operatório, após retirar o tubo para ventilação orotraqueal, o anestesista avaliou detidamente a laringe do paciente. Qual a preocupação que o anestesista poderia ter devido, especificamente, a este procedimento? Justifique do ponto de vista anatômico. 6. Explique a fonação a partir das estruturas anatômicas da laringe relacionadas a movimentação da prega vocal. Qual a importância do nervo Vago para a laringe. CASO 9 – Mesa__________ Paciente de 25 anos, masculino, chega a emergência vítima de agressão por arma branca. Ao exame, paciente apresentava ferimento corto-contuso na região cervical direita, de aproximadamente 03cm de extensão, medial a borda anterior do músculo esternocleidomatoideo, ao nível da borda superior da cartilagem tireóide (figura 1). Paciente apresentava-se pálido, sudorético, taquicárdico com sinais de sangramento ativo pelo ferimento, observando-se ao exame da região a presença de enfisema subcutâneo (presença de ar no tecido celular subcutâneo. Legenda: figura 1 local do ferimento por arma branca. Figura 2: abordagem cirúrgica da região para exploração das estruturas lesadas QUESTÕES: 1. A este nível da lesão, quais os possíveis vasos poderiam ter sido lesados? Relacione com a anatomia de superfície e os trigonos cervicais. 2. Do ponto de vista anatômico que estrutura poderia ter sido lesada para causar o enfisema subcutâneo? Descreva a anatomia da via aérea na região cervical. 3. Poderia haver a lesão de alguma estrutura nervosa? Descreva 4. Durante o exame físico o paciente apresentou um episódio de vômito com sangue (hematêmese). Como poderia ser justificado do ponto de vista anatômico este fato?
Compartilhar