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GESTÃO E LIDERANÇA - EMPREENDER EM TEMPOS DE CRISE / FASCICULO 5

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GEsTÃo 
eLiDErANÇA
EMPREENDER EM TEMPOS DE CRISE
Curso
Gestão
financeira 
dos pequenos 
negócios: os novos 
canais de crédito
rANDAL GLAuBEr
sANTos mEsQuiTA
5
FAsCÍCuLo
Gestão
financeira 
dos pequenos 
negócios: os novos 
canais de crédito
rANDAL GLAuBEr
sANTos mEsQuiTA
55555
FAsCÍCuLoFAsCÍCuLoFAsCÍCuLoFAsCÍCuLoFAsCÍCuLoFAsCÍCuLoFAsCÍCuLo
Apresentação
1. Educação financeira – Inclusão e empreendedorismo
2. Gestão financeira nos pequenos negócios 
– Bancarização e desenvolvimento 
3. Captação de crédito – Planejamento para 
saber o que fazer com o recurso 
4. O digital está mudando a cultura 
e o comportamento financeiro 
Referências
67
68
71
74
78
79
sumário
67
A tecnologia vem mudando a relação en-
tre cidadãos e o consumo em todas as áreas, 
inclusive a fi nanceira. Rapidamente surgem 
empresas com soluções on-line para melho-
rar a forma com que nos comunicamos, com-
pramos, vendemos, estudamos. É a inclusão 
digital. No ambiente das fi nanças, chamamos 
de “inclusão à bancarização digital”.
De acordo com o presidente da Caixa 
Econômica Federal, Pedro Guimarães, 40% 
dos brasileiros que estão recebendo o auxí-
lio emergencial não tinham conta em ban-
co antes da pandemia, fato que acelerou o 
ritmo da bancarização no Brasil. O grande 
desafi o é manter esse novo cliente na base, 
tendo em vista que a primeira experiência 
não foi muito boa para muitos brasileiros 
que a cada dia publicam suas críticas aos 
aplicativos bancários. 
Considerando o universo do empreen-
dedorismo no Brasil, os números não são 
muito diferentes. Grande parte dos pe-
quenos e médios negócios têm enormes 
limitações no que diz respeito a gestão e 
controles fi nanceiros, tradicionais ou digi-
tais. Costumamos dizer que quanto menor 
o negócio, menos informação técnica ele 
produz. Daí a grande difi culdade para aná-
lise e tomada de decisões. 
Neste contexto, preparamos um fascí-
culo com muitas dicas e orientações para 
desenvolver suas habilidades neste impor-
tante e desafi ador mundo da gestão fi nan-
ceira dos pequenos e médios negócios.
APrEsENTAÇÃo
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE68
1
A educação fi nanceira para empre-endedores é essencial para a ad-ministração adequada das fi nan-ças da empresa e para o sucesso 
de um negócio. Por meio dela, é possível 
realizar a organização e o controle fi nanceiro 
para a melhor gestão quantitativa da empre-
sa, como analisar custos, despesas e investi-
mentos e as variações do capital.
Uma empresa financeiramente sau-
dável consegue otimizar seus recursos, 
evitando desperdícios e mantendo o ne-
gócio funcionando. Além disso, é capaz 
de aprimorar processos, investir em cres-
cimento e inovação e potencializar seus 
resultados. No entanto, isso pode ser um 
grande desafio quando o empreendedor 
não sabe como fazer.
A educação fi nanceira abrange a com-
preensão de diversos conceitos e ferramen-
EDuCAÇÃo
FiNANCEirA – iNCLusÃo
E EmPrEENDEDorismo
tas relacionados à gestão da empresa. Esse 
conhecimento ajudará o empreendedor a 
desenvolver a competência de analisar a 
saúde fi nanceira do negócio, permitindo 
tomar as melhores decisões. Trata-se do 
ponto de partida para gerenciar o dinheiro 
da melhor forma possível, maximizando os 
resultados empresariais.
Existem diversas vantagens para o em-
preendedor que investe na sua e na educa-
ção fi nanceira da equipe. Vejamos algumas:
 • avaliar a necessidade de empréstimos;
 • controlar as despesas;
 • controlar o fl uxo de caixa;
 • verifi car a viabilidade de
novos investimentos;
 • melhorar a precifi cação de
produtos e serviços.
EMPREENDER EM TEMPOS DE CRISE: GESTÃO E LIDERANÇA 69
60 milhões era o número de brasileiros 
sem qualquer relação com soluções 
bancárias até fevereiro de 2020. Essa 
realidade foi fortemente modifi cada 
nos últimos meses, muito em função 
da pandemia de covid-19. Os dados 
são da Caixa Econômica Federal.
SAIBA 
MAIS
1.1. A educação 
fi nanceira 
na gestão do 
negócio
Existem diversos conceitos e ferramen-
tas que podem auxiliar o empreendedor 
na gestão fi nanceira da empresa. Confi ra 
os principais:
Estudar gestão e fi nanças
O primeiro passo na educação fi nan-
ceira do empreendedor é estudar alguns 
conceitos básicos de fi nanças. Dentre eles, 
destacam-se os demonstrativos gerenciais, 
que fornecem um panorama completo dos 
resultados do negócio.
Por meio deles, o empreendedor acom-
panha as movimentações fi nanceiras ocor-
ridas internamente, as mudanças patri-
moniais, os lucros ou os prejuízos obtidos, 
entres outras informações essenciais para 
a gestão do empreendimento.
Balanço patrimonial
Mostra a situação patrimonial da em-
presa, ou seja, o conjunto de bens direitos 
e obrigações do negócio. Embora seja um 
relatório produzido pelo contador, é funda-
mental que o empreendedor tenha habili-
dade técnica para criticar/analisar o conte-
údo elaborado.
Demonstração
do Resultado do
Exercício (DRE)
É um relatório que lista as receitas, as 
despesas e o lucro líquido de um determi-
nado período e tem como objetivo avaliar o 
desempenho econômico do negócio.
Demonstração do fl uxo
de caixa
Mostra as saídas e as entradas de di-
nheiro, os saldos em caixa e em contas 
bancárias, entre outras operações. Esse 
controle é fundamental para verifi car a saú-
de fi nanceira do negócio. 
Fazer um planejamento 
fi nanceiro
Por meio do planejamento fi nanceiro, é 
possível gerenciar o setor fi nanceiro da em-
presa, projetando as receitas e as despesas, 
identifi cando quanto se pretende faturar, 
gastar, investir e lucrar. Por outro lado, uma 
empresa sem planejamento fi nanceiro uti-
liza o dinheiro que entra no seu caixa de 
forma inadequada, sem pensar nas conse-
quências ou levar em conta a situação da 
empresa ou do mercado.
O empreendedor precisa conhecer pro-
fundamente o mercado no qual está inse-
rido, suas possibilidades e necessidades. A 
partir disso, é possível traçar um panorama 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE70
de gastos e organizar um planejamento do 
quanto será necessário para abrir uma em-
presa ou para mantê-la em funcionamento.
Assim, o planejamento fi nanceiro en-
volve questões como:
 • monitoramento de gastos e receitas;
 • orçamento da empresa;
 • gestão de fl uxo de caixa.
Separar fi nanças pessoais 
e empresariais
Esse é um erro clássico de quem não 
tem educação fi nanceira e que atrapalha 
extremamente a gestão da empresa. Em-
bora possa parecer óbvio, muitos empre-
endedores ainda misturam suas fi nanças 
pessoais e empresariais. Isso leva a um erro 
grave que pode comprometer o futuro do 
negócio ou até mesmo levá-lo à falência se 
perder o controle do caixa.
Outro erro grave é o empreendedor 
deslumbrar-se com o volume de capital 
que gira nas contas empresariais e adotar 
um estilo de vida que não condiz com sua 
situação fi nanceira real. Ambos os casos 
se caracterizam por retiradas do caixa de 
montantes muito além da capacidade fi -
nanceira do negócio.
Para manter o planejamento e a saúde 
fi nanceira da empresa, o mais indicado é 
que o empreendedor determine um valor 
fi xo mensal para retirar como remunera-
ção, ou seja, seu pro labore.
Difi culdade com a gestão 
fi nanceira está entre os 3 
principais motivos de insucesso 
no empreendedorismo brasileiro, 
segundo o Sebrae. Os outros dois 
motivos são a burocracia tributária 
e o desalinhamento entre sócios. 
SAIBA 
MAIS
As fi ntechs, união das expressões 
Finanças e Tecnologia, chegam 
ao mercado fi nanceiro com 
propostas bem enxutas e produtos 
direcionados para necessidades 
de pequenos e médios 
empreendedores.
SAIBA 
MAIS
Controlar o fl uxo de caixa
O fl uxo de caixa é um instrumento de 
gestão encarregado de registrar as movi-
mentações de entradas e saídas de valores 
do empreendimento.
As saídas correspondem aos gastos com 
insumos, salários e pagamentos de fornece-
dores, entre outros tantos necessários para 
a empresa funcionar. As entradas consistem 
nos valores quechegam ao caixa da empre-
sa, sendo provenientes de vendas de pro-
dutos ou serviços, comercialização de ati-
vos e recebimentos de dívidas, entre outros.
Ter um capital de giro
O capital de giro corresponde ao mon-
tante necessário para a empresa se man-
ter em pleno funcionamento. Esse recurso 
oferece maior segurança nos momentos 
de difi culdade fi nanceira ou de diminuição 
do faturamento.
O empreendedor deve possuir uma 
reserva de recursos bem estruturada e de 
acordo com as necessidades da organi-
zação. Esse valor servirá para manter as 
operações fi nanceiras em dia, até em situ-
ações atípicas.
É preciso tomar cuidado para não exa-
gerar no montante separado para este ob-
jetivo. Caso contrário, a organização pode-
rá perder oportunidades de investimentos 
por não contar com recursos sufi cientes, já 
que estão todos dedicados ou direciona-
dos para o capital de giro.
EMPREENDER EM TEMPOS DE CRISE: GESTÃO E LIDERANÇA 71
GEsTÃo FiNANCEirA Nos 
PEQuENos NEGÓCios 
– B ANCAriZAÇÃo E 
DEsENVoLVimENTo
2
ou digitais, que já vêm com saldo inteligente 
para gerenciar seus gastos em tempo real.
Facilidade para pagar
e receber
Ter acesso aos serviços fi nanceiros tam-
bém é essencial para simplifi car os paga-
mentos e recebimentos do dia a dia. Em 
poucos cliques no internet banking, você 
consegue pagar qualquer boleto ou conta, 
além de enviar e receber dinheiro via DOC 
ou TED (transferências bancárias). Usan-
do ferramentas digitais, as transferências 
podem ser gratuitas para outros bancos e 
o empreendedor ainda pode gerar boletos 
para fazer depósitos.
Acesso ao crédito
O acesso ao crédito é um dos grandes 
benefícios da bancarização, que permite 
às pessoas realizar seus projetos pessoais 
e profi ssionais. Com uma conta bancária, 
vem o acesso a empréstimos, linhas de cré-
dito diferenciadas para empreendedores e 
fi nanciamentos imobiliários e automotivos. 
O ponto de atenção está no custo de manu-
tenção das contas e o custo de transações 
que devem ser periodicamente verifi cadas. 
Processos de gestão organizados são tão importantes quanto uma boa ideia de negócio. Neste caso, consideramos que investimento 
em formação e soluções efi cientes de ges-
tão fi nanceira farão muita diferença no êxito 
de projetos empreendedores.
O processo de bancarização tem papel 
estratégico; afi nal, tanto quem vende como 
quem compra buscam soluções mais efi -
cientes e seguras para melhorar suas rela-
ções comerciais. Vamos aos detalhes positi-
vos da bancarização para o empreendedor.
Melhora no controle 
fi nanceiro
A bancarização é um passo importan-
te para melhorar o planejamento e o con-
trole fi nanceiro seja das famílias, seja dos 
negócios. A simples digitalização das infor-
mações já facilita o acompanhamento das 
entradas e saídas de recursos.
Afi nal, é muito mais fácil checar seu saldo 
direto no celular e organizar as contas on-
-line do que fi car contando dinheiro e anotar 
tudo em papel. Hoje, existem vários aplica-
tivos (app) que ajudam a automatizar esse 
controle fi nanceiro em contas tradicionais 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE72
Oportunidades de poupar 
e investir
O famoso hábito de “guardar dinheiro 
embaixo do colchão” é uma péssima ideia, 
porque faz você perder poder de compra 
além de não ser seguro. Ter melhores op-
ções de investimento está diretamente re-
lacionado com a bancarização. Teremos 
investidores mais atentos e preparados con-
forme o cenário de bancarização avance.
A tradicional poupança ainda ocupa 
fortemente a pauta de investimentos do 
brasileiro fi nanceiramente mal educado, 
mostrando que há vasto terreno a ser se-
meado no campo dos investimentos.
Apoio para empreender
Para os empreendedores, incluindo o 
MEI (microempreendedor individual), a 
bancarização é uma grande oportunidade 
de profi ssionalizar a gestão fi nanceira e 
captar crédito para crescer. Além de contro-
lar melhor o fl uxo de caixa da empresa com 
uma conta jurídica, o empreendedor pode 
emitir boletos de cobrança e acessar linhas 
de crédito exclusivas.
Esses cinco pontos consolidados são 
um excelente começo para organizar a 
gestão fi nanceira do seu negócio. Uma 
ótima notícia é que existem ferramentas 
bem efi cientes com baixíssimo custo para 
utilização no controle de rotinas fi nancei-
ras. Aplicativos e sistemas disponíveis para 
operações de todos os tamanhos e ativida-
des estão cada vez mais acessíveis. 
Recentemente surgiram no mercado fi -
nanceiro as ágeis e competitivas fi ntechs, 
que trazem propostas interessantes com 
soluções competitivas e customizadas, 
diante das já conhecidas soluções conser-
vadoras e massifi cadas dos bancos de vare-
jo tradicionais. Outro importante ponto de 
destaque é o baixo custo operacional dos 
produtos disponibilizados pelas fi ntechs, 
com tarifas baixíssimas, chegando até a 
zero em algumas situações.
O Brasil é o país na América Latina que 
mais possui fi ntechs. Podemos destacar o 
GuiaBolso e o Conta Azul, que têm propos-
tas interessantes para rotinas e controles 
fi nanceiros do dia a dia das pequenas e mé-
dias empresas. Soluções para organização 
de cadastros de fornecedores e clientes, con-
tas a pagar, contas a receber e fl uxo de caixa 
são encontradas de forma bem intuitiva.
Para atender a soluções de internet 
banking, destacamos Nubank, Banco In-
ter, Creditas e Rebel, que juntas são res-
ponsáveis por mais de 70% das novas con-
tas em 2020, tendo papel importantíssimo 
na bancarização e na inclusão digital em 
nosso país. Sucesso entre os empreende-
dores mais jovens, as fi ntechs agora dedi-
cam seus olhares a gerações mais maduras 
que também estavam na extensa lista dos 
brasileiros “sem bancos” e que durante a 
pandemia conheceram soluções digitais 
para administrar seus negócios mesmo es-
tando em home off ice.
Nubank, Banco Inter, Creditas 
e Rebel fazem parte do ranking 
Fintech100, estudo realizado pela 
consultoria KPMG que reúne as 100 
maiores startups fi nanceiras em 29 
países e acumulam 2,5 bilhões de 
consumidores pelo mundo.
SAIBA 
MAIS
EMPREENDER EM TEMPOS DE CRISE: GESTÃO E LIDERANÇA 73
Ainda contemplando a gestão fi nan-
ceira das organizações, há o tão polêmico 
e necessário crédito. No mundo moderno, 
não há economia sufi cientemente desen-
volvida sem uma efi ciente política de cré-
dito para empreendedores. Nesse quesito, 
os bancos tradicionais evoluíram muito. 
Atualmente o empreendedor brasileiro 
encontra taxas de juros bem competitivas 
em instituições fi nanceiras tradicionais, até 
porque houve intensa pressão da socieda-
de organizada e signifi cativo subsídio esta-
tal. Entretanto, a famosa e massacrante bu-
rocracia no acesso à contratação de linhas 
créditos permanece uma das característi-
cas que mais contribuem contra o relacio-
namento com os bancos tradicionais. 
Convencer um banco tradicional que 
sua operação é confi ável e que o fi nan-
ciamento será utilizado no negócio é uma 
jornada longa e cansativa. Por isso, muitas 
vezes, quando o recurso é fi nalmente li-
berado, já é tarde demais para a empresa. 
Mais um ponto positivo para as fi ntechs, 
que, rapidamente e com pouquíssima bu-
rocracia, conseguem atender a demandas 
de crédito para seus clientes.
Importante enfatizar a contribuição dos 
bancos sociais, que, ao longo dos últimos 
anos, fomentam oportunidades e desen-
volvimento local. Nosso exemplo mais exi-
toso é o Instituto Banco Palmas, localiza-
do na comunidade do Conjunto Palmeiras 
e que há mais de 20 anos desenvolve ações 
de conscientização na formação em Edu-
cação Financeira e projetos de empreen-
dedorismo local, disponibilizando micro-
crédito e capacitação para a comunidade. 
O Instituto Banco Palmas vem investindo 
fortemente na sua versão digital, buscando 
manter-se competitivo sem abrir mão de 
seu propósito social.
O Banco Palmas foi o primeiro Banco 
Comunitário de Desenvolvimento (BCD) 
do Brasil, há mais de 20 anos. Hoje são 113 
BCDs, distribuídos por todas as regiões em 
20 estadose 90 municípios. Nenhum arran-
jo fi nanceiro no Brasil está tão conectado 
com os pobres quanto os BCDs. Presentes 
das ilhas ribeirinhas na Amazônia às peri-
ferias do Rio Grande do Sul, passando por 
comunidades quilombolas, indígenas, as-
sentamentos, vilas de pescadores, territó-
rios rurais e urbanas. Em Fortaleza, o Banco 
Palmas atua na promoção de formação de 
empreendedores e na educação fi nanceira 
cidadã, buscando uma comunidade mais 
justa e igualitária. 
Observe que, seja por um banco tradi-
cional, seja por uma fi ntech, ter uma ges-
tão fi nanceira organizada é um pré-requisi-
to fundamental para captação de crédito. 
Portanto, comece já a investir em organiza-
ção e conhecimento para conseguir aces-
sar soluções que permitam realizar seus 
objetivos empreendedores.
E o que está por vir? Termo cada vez 
mais repetido no campo das fi nanças é 
“open banking”, que debate o empode-
ramento de clientes na disponibilização de 
seus dados fi nanceiros e na movimenta-
ção de seus recursos em qualquer tipo de 
plataforma não só pelo aplicativo ou site 
do banco, uma verdadeira revolução ban-
cária pela tecnologia.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE74
CAPTAÇÃo DE CrÉDiTo 
– PLANEJAmENTo PArA 
sABEr o QuE FAZEr 
Com o rECurso
3
Certamente boa parte dos em-preendedores que estão con-sumindo o conteúdo deste ma-terial já deve ter passado pelo 
árduo, e às vezes constrangedor, processo 
de análise e captação de crédito. Esse mo-
mento pode marcar profundamente quem 
já o vivenciou. Existem diversos manuais, 
tutoriais, apostilas e checklists que se pro-
põem a orientar o empreendedor a captar 
crédito com assertividade e rapidez. Mas a 
prática pode ser bem diferente.
O primeiro passo para buscar uma li-
nha de crédito é determinar a razão da 
sua necessidade de financiamento. A 
sua estratégia de crescimento deve estar 
bem relacionada à sua necessidade de 
capital, ou seja, quanto de dinheiro você 
precisa para seu negócio atingir o objeti-
vo esperado.
A defi nição da sua necessidade de capi-
tal é um passo muito importante para sa-
ber qual linha de crédito é aderente à sua 
estratégia. Para defi nir sua necessidade de 
capital, você precisa ter em mente que no 
seu planejamento deve haver 3 pilares de-
fi nidos antes de se pensar qualquer estra-
tégia de captação:
 • No que eu vou investir? Na jornada 
empreendedora, sempre haverá infi ni-
tos projetos possíveis para serem rea-
lizados, mas os recursos sempre serão 
limitados. É preciso ter bem claro qual o 
foco do projeto e qual o racional por trás 
dessa decisão.
 • Como eu vou fi nanciar esse projeto? 
Você avalia as alternativas de acesso a 
capital e seus trade-off s: o projeto será 
fi nanciado parte com capital próprio e 
parte com capital de terceiros? É impor-
tante, por exemplo, comparar entre as 
opções de obter um novo sócio ou recor-
rer a um banco/fi ntech.
EMPREENDER EM TEMPOS DE CRISE: GESTÃO E LIDERANÇA 75
 • Como este negócio vai remunerar 
os meus shareholders? Precisa estar 
explícito no seu planejamento como sua 
geração futura de caixa será sufi ciente 
para remunerar sócios e credores da sua 
empresa. Duas métricas precisam ser 
analisadas: o VPL (Valor Presente Líqui-
do) e a TIR (Taxa Interna de Retorno).
Depois de defi nir o objetivo do projeto, 
faça um mapeamento dos bancos públi-
cos, privados e fi ntechs do seu interesse e 
das linhas ofertadas. Dependendo do ta-
manho, do perfi l do seu negócio (indústria, 
serviço, varejo, agrícola) e do objetivo do 
projeto, mais ou menos linhas de crédito 
estarão disponíveis. 
Ao mapear as instituições fi nanceiras, 
leve em conta que:
 • as linhas dos bancos regionais têm como 
requisito a operação na região local;
 • agências estaduais têm como requisito 
a operação dentro do próprio estado 
da agência.
No mapeamento dos bancos, considere 
se ele atua com linhas de crédito relacio-
nadas à sua estratégia de crescimento. Se 
sim, mapeie as linhas considerando setores 
atendidos, público-alvo, custo do fi nancia-
mento, prazo de pagamento aceito, garan-
tias requeridas, limite de crédito e o que 
pode ser fi nanciado.
Após o mapeamento, observe que cada 
linha de crédito descreverá os juros co-
brados (ou precisará ser consultada sobre 
Fica a Dica
Você encontra detalhes
sobre a operação do Banco
Palmas no endereço:
http://www.institutobancopalmas.org/ 
Fica a Dica
Você encontra detalhes
Fica a Dica
É importante ressaltar 
que, para buscar 
investimento em bancos de 
desenvolvimento, é preciso 
mostrar que o projeto está 
conectado de alguma forma 
com o desenvolvimento 
econômico e social do País.
Fica a Dica
É importante ressaltar 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE76
Garantias
A falta de garantias ou exigência de ga-
rantias muito elevadas, como garantias reais, 
é uma das maiores difi culdades de empresas 
no processo de captação. Por isso, faça um 
levantamento detalhado das garantias que 
cada instituição requer/aceita. As fi ntechs 
têm levado grande vantagem nos quesitos 
garantia e custo do fi nanciamento.
Quando o empreendedor ou a empresa 
não tem garantias reais, como imóveis ou 
bens penhorados, alguns bancos de de-
senvolvimento podem aceitar um seguro-
-garantia com uma seguradora ou fi ança 
bancária com outro banco com quem você 
tenha relacionamento. Além disso, pode-se 
fazer um mix que combine garantias reais e 
garantias fi nanceiras.
Algumas empresas preferem buscar 
linhas de crédito por conta própria. Isso 
pode levar um pouco mais de tempo para 
obter êxito, porém é deixado um legado 
quanto à organização de informações e aos 
padrões de governança do negócio.
Também é comum que o empreende-
dor contrate uma consultoria ou advisor/
assessor para ajudá-lo com a estrutu-
ração do projeto e acompanhar tudo de 
perto até a aprovação. Uma das vanta-
gens é que o assessor proverá uma visão 
independente sobre as diversas opções 
disponíveis no mercado e qual melhor se 
adapta à sua necessidade.
Se essa for sua decisão, contabilize esse 
custo no seu planejamento e considere que, 
ainda assim, existe o risco de o empréstimo 
não ser aprovado. Para minimizá-lo, sele-
cione alguém que já tenha experiência com 
esse tipo de demanda e que possa conduzi-
-lo e ensiná-lo ao longo do processo.
eles). Eles costumam ser proporcionais ao 
faturamento da empresa e ao risco do ne-
gócio: geralmente, os juros são mais altos 
para empresas com faturamento menor ou 
empresas que têm projetos de maior risco. 
Empresas pouco organizadas fi nanceira-
mente também podem apresentar maior 
risco ao banco e, por isso, tendem a pagar 
um custo maior pelo fi nanciamento.
Os contratos normalmente incluem as 
seguintes taxas de juros: TLP (taxa de lon-
go prazo) ou Selic; Taxa de remuneração do 
banco; Taxa de risco de crédito (em caso 
de apoio direto); Taxa do agente fi nanceiro 
(em caso de apoio indireto); Taxas prefi xa-
das; e Taxas pós-fi xadas.
Prazo de pagamento
Os prazos também dependem muito do 
perfi l do negócio e dos termos de fi nancia-
mento. Podem ir de 6 meses a 20 anos, com 
ou sem períodos de carência para pagamen-
to do principal. Avalie o cálculo de juros ao 
longo do tempo e garanta que cada detalhe 
se encaixe com seu planejamento fi nanceiro.
 • O prazo de pagamento de uma linha de 
crédito é, geralmente, de 5 a 10 anos, 
com um período de carência a depen-
der da linha de crédito e do valor a ser 
fi nanciado e dos indicadores fi nancei-
ros da empresa.
 • Ao considerar o prazo de pagamento, pen-
se na possibilidade de projetos futuros da 
empresa e que você poderá precisar de 
crédito novamente para fi nanciá-los.
 • Pondere o custo e o prazo na hora de to-
mar essa decisão tão importante.
77EMPREENDER EM TEMPOS DE CRISE: GESTÃO E LIDERANÇA
Tenha a casa arrumada
Chegou a hora de convencer os ban-
cos de que sua empresa está pronta para 
receber o investimento. Existem relatórios 
e indicadores fi nanceiros (Dívida Líqui-
da/EBITDA, Índice de Liquidez, Índicede 
Cobertura do Serviço da Dívida etc.) que 
todos os bancos analisam. Quanto mais 
limpa e organizada é sua contabilidade, 
menos tempo você perde e mais seguran-
ça você passa.
Monte seu pitch
Esta é a parte em que você detalha seu 
planejamento, seus drivers de crescimento 
e justifi ca aquele investimento. Leve uma 
apresentação expositiva para fazer seu pitch. 
Ela deve incluir: história breve do negó-
cio e histórico de crescimento; análise se-
torial com perspectivas de crescimento do 
setor; vantagens competitivas da empresa; 
principais dados fi nanceiros; próximos pro-
jetos e produtos que o banco oferece que 
você quer acessar para fi nanciar esses pro-
jetos, explicando as garantias que você tem 
e as condições de pagamento melhores 
para você; e explicação de como o fi nancia-
mento se encaixará no seu fl uxo de caixa, 
ou seja, como ele irá gerar valor e permitir 
que o investimento a ser feito remunere o 
banco de forma confortável.
Em todo o seu storytelling, é preciso 
evidenciar para o banco as respostas da-
quelas 3 perguntas apresentadas anterior-
mente. No que você vai investir? Como vai 
fi nanciar esse projeto? Como este negócio 
vai remunerar você e seus sócios?
Para ter confi ança em lhe conceder cré-
dito, o banco vai querer garantir que você 
entende do seu negócio. Não traga um 
discurso determinista e de dependência; 
ao contrário, apresente o banco como um 
potencializador do seu negócio. Ou seja, 
demonstre que a parceria com o banco não 
é uma necessidade ou última opção, mas 
uma maneira de acelerar seu crescimento.
Lembre-se de que bancos de desenvol-
vimento apoiam empresas que podem pa-
gar a dívida, mas que também tenham pro-
jetos que gerem emprego e renda para o 
País. Mostrar o impacto do seu projeto para 
a sociedade é primordial. Mostre também 
o que pode ser interessante para o banco. 
Se isso abrange o potencial de vendas cru-
zadas para ele, por exemplo (folha de pa-
gamento, recebíveis, aplicações etc), insira 
essa fundamentação no seu pitch.
Nesse contato, é importante ainda 
que o empreendedor esteja presente. Ele 
é a melhor pessoa para contar como che-
garam até ali e para onde querem ir. Sua 
presença também mostra ao banco que há 
interesse genuíno, a ponto de o fundador 
tornar esse pitch uma prioridade em sua 
agenda. Mais importante ainda é ser ver-
dadeiro e transparente.
Falar com empreendedores que são 
experientes nesse processo, independen-
temente do setor de atuação, vai ajudar 
muito. Prefi ra bancos ou instituições com 
os quais você já tenha contato, os que es-
tão crescendo e aumentando a atuação no 
setor da sua empresa ou pesquise novas 
soluções que estão surgindo, pois podem 
ser mais acessíveis devido a políticas de 
penetração em novos mercados.
É improvável que o crédito para sua em-
presa seja aprovado na primeira tentativa, 
no banco de sua preferência e atendendo 
exatamente a todos os detalhes que você 
imaginava. O mais indicado é ter algumas 
opções e tranquilidade para negociar.
Além disso, você pode complementar 
instituições públicas com bancos privados 
para fechar sua captação. Mesmo que um 
banco concorde com a operação dos seus 
sonhos, no futuro você pode precisar de 
mais crédito, talvez em um valor que um 
banco só não vá conseguir prover. Nes-
se caso, faz diferença aplicar seu dinheiro 
em duas ou três instituições, participar de 
eventos, manter relacionamentos e refazer 
análises de limites.
Fique atento aos bancos digitais e suas 
novidades. Em todo mercado, o aparecimen-
to de novos players aquece a competitivida-
de gerando sempre novas oportunidades. 
Fica a Dica
Shareholders = sócios/acionistas
Trade-off s = escolhas/trocas
Fica a Dica
Shareholders = sócios/acionistas
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE78
o DiGiTAL EsTá 
muDANDo A CuLTurA 
E o ComPorTAmENTo 
FiNANCEiro 
Fica a Dica
Uma boa prática é fazer 
benchmarks com empresas 
do mesmo porte e setor que 
o seu negócio, entender quais 
bancos e linhas de crédito 
eles acessaram e como 
negociaram as condições de 
fi nanciamento.
Fica a Dica
Uma boa prática é fazer 
Drivers de crescimento = fator 
ou algo que possa mudar o 
curso da empresa
Pitch = breve apresentação
Storytelling = história/narrativa 
Benchmarks = referências, 
inspirações
Players = concorrentes 
SAIBA 
MAIS
4
Para os brasileiros que já tinham uma cultura fi nanceira consolidada, as novidades são no campo da efi ciên-cia e da melhor conveniência. Um 
grande exemplo é a nova modalidade de paga-
mento criada pelo Banco Central: o Pix.
É um novo meio de pagamentos que 
facilitará a transferência de valores entre 
pessoas, o pagamento de contas e até reco-
lhimento de impostos e taxas de serviços, 
entre outras possibilidades. Além de poder 
transferir dinheiro para outras pessoas, 
será possível fazer pagamentos a estabele-
cimentos usando o Pix, por exemplo. 
A grande diferença é a rapidez e a dis-
ponibilidade deste meio de pagamento: 
enquanto hoje existem restrições de dias, 
horários e quantias para enviar recursos 
fi nanceiros por TED e DOC e realizar paga-
mentos de contas, o Pix permitirá que elas 
sejam realizadas a qualquer dia e horário.
Como funciona hoje
Hoje, existem as seguintes possibilida-
des para enviar dinheiro para pessoas com 
contas em outras instituições:
 • TED (Transferência Eletrônica Disponível): 
o dinheiro enviado a outra instituição 
será creditado na conta de destino até as 
17 horas daquele mesmo dia; não existe 
valor mínimo a ser transferido e valores 
superiores a R$ 5 mil podem ser enviados; 
 • DOC (Documento de Ordem de Crédito): 
o dinheiro cai na conta de destino no dia 
seguinte, mas pode levar mais de um dia 
útil caso a transferência seja feita após as 
22h; o valor máximo que pode ser trans-
ferido por DOC é de R$ 4.999,99.
 • TED e DOC funcionam somente em dias 
úteis. Transferências feitas em fi ns de se-
mana ou feriados nacionais são comple-
tadas no dia útil seguinte, podendo levar 
dias para ser fi nalizada.
Os pagamentos podem ser feitos por 
boletos ou presencialmente, usando o car-
tão de débito. No caso do boleto, também 
existem restrições de dias para fazer o pa-
gamento e de usos e, para quem o emite, 
existe um custo. O Pix será uma alternativa 
a esses meios de pagamento já existentes.
Qual é a proposta do Pix
O Pix funcionará 24 horas por dia, 7 dias 
da semana, em todos os dias do ano. As 
transações serão realizadas em segundos, 
quase em tempo real. Elas acontecerão 
sem intermediação de terceiro: o dinheiro 
sai de uma conta e vai diretamente para a 
conta de quem receberá os valores. 
É como acontecem hoje transferências 
entre contas de um mesmo banco, que são 
instantâneas, podem ser feitas a qualquer 
momento e são gratuitas.
EMPREENDER EM TEMPOS DE CRISE: GESTÃO E LIDERANÇA 79
Essas transações, segundo o Banco Cen-
tral, podem ser feitas: entre pessoas; entre 
pessoas e estabelecimentos comerciais; en-
tre estabelecimentos; para entes governa-
mentais, no caso de impostos e taxas.
Para usar o Pix, será necessário que tan-
to o pagador (quem envia o dinheiro) quan-
to o recebedor (quem receberá os valores) 
tenham uma conta em banco, instituição 
de pagamento ou fi ntech. Essa conta não 
precisa ser necessariamente corrente.
O Pix será obrigatoriamente gratuito 
para pessoas físicas, mas empresas pode-
rão ser cobradas. 
Como fazer transações 
com o Pix
O Banco Central regulamentou que as 
transações do Pix poderão ser feitas de di-
ferentes formas:
 • Informando os dados bancários de quem 
vai receber o pagamento, como se faz uma 
TED e DOC hoje – nome completo, CPF, nú-
mero da instituição, agência e conta;
 • Informando uma chave Pix, que o usuá-
rio poderá adicionar a uma conta que já 
possui; essa chave pode ser o número de 
celular, e-mail, CPF ou CNPJ – será neces-
sário informar somente um desses;
 • Ou também pela leitura de QR Codes, es-
táticos ou dinâmicos.
Transações usando as 
chaves Pix
Na defi nição do Banco Central, as chavesPix são “apelidos” utilizados para identifi car 
a sua conta, que representam o endereço 
da sua conta no Pix. Poderão ser adiciona-
dos quatro tipos de chave Pix a uma conta: 
CPF ou CNPJ, e-mail, número de telefone ce-
lular ou a chamada chave aleatória.
Pessoas físicas poderão registrar até 
cinco chaves Pix por conta da qual seja 
titular; pessoas jurídicas, até 20 chaves, 
também por conta. Não existe um limite 
de chaves que cada pessoa pode cadas-
trar. Não é possível adicionar uma mesma 
chave em mais de uma conta. Por exemplo: 
se você adicionar seu CPF como chave do 
Pix em uma conta, não poderá adicioná-lo 
também em outra. Será necessário fazer a 
portabilidade de chaves para mudar o vín-
culo para outra instituição.
Transações com Pix via 
QR Code
Neste caso, o usuário ou estabelecimen-
to que receberá o valor apresentará um QR 
Code, que poderá ser lido por qualquer tipo 
de smartphone. 
Segundo o Banco Central, cada tipo de 
QR Code terá um uso diferente:
 • O QR Code estático poderá ser usado 
em múltiplas transações e permitirá que 
seja defi nido um valor para um produto 
ou de um valor pelo pagador. Ele poderá 
ser usado para transferências entre duas 
pessoas, por exemplo. 
 • O QR Code dinâmico é mais adequado 
para pagamento de compras, já que po-
derá apresentar informações diferentes 
a cada transação e permitirá que sejam 
incluídas informações adicionais sobre 
a transação.
O empreendedor moderno precisa es-
tar atento às informações que partem de 
diversas direções e tem o enorme desafi o 
de absorver principalmente o que estiver 
relacionado especifi camente a seu negócio 
e à sua cadeia de valor. Por isso, o investi-
mento em ferramentas ágeis e controles é 
essencial para obter os resultados espera-
dos, tendo em vista que os mercados estão 
cada vez mais dinâmicos e desafi adores. 
Utilizar a tecnologia de forma estratégica 
e efi ciente será um importante diferencial 
em sua jornada empreendedora.
REFERÊNCIAS 
DORNELAS, J.C.A. Empreendedorismo: transformando 
ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001
GITMAN, L.J. Princípios de Administração Financeira. 10ª 
ed. São Paulo: Pearson, 2004
HOWORTH, C.; WESTHEAD, P. The Focus of Working Capital 
Management in UK Small Firmas. Management Accoun-
ting Reserch, v. 14, n. 2, p. 94-111, 2003
IBGE. Demografi a das Empresas 2019. Estudos e Pesquisas: 
Informação Econômica. V. 6. Disponível em: http://www.ibge.
gov.br. Acesso em: 2 de set. 2020.
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W,; JAFFE, J. F. Administração 
Financeira – Corporate Finance. Tradução de Antonio Zorat-
to Sanvicente. São Paulo: Atlas, 2000
SCHRICKEL , W. K. Análise de Crédito – Concessão e Gerên-
cia de Empréstimos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2007
NETO, A. A.; LIMA, F. G. Curso de Administração Financeira. 
São Paulo: Atlas, 2009
Patrocínio Realização Correalização Apoio
rANDAL GLAuBEr sANTos mEsQuiTA (autor)
Tem graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Ceará (2003) e especialização em Controladoria pela Universidade Federal do Ceará 
(2008). É mestrando do curso de Mestrado Acadêmico em Administração da Universidade Estadual do Ceará, na área de concentração em pequenos e 
médios negócios, com a linha de pesquisa em Estratégia e Desempenho. É professor da graduação e pós-graduação da Faculdade CDL de Fortaleza e do 
Centro Universitário Unichristus. É sócio-proprietário da Result Varejo Consultoria, na qual desenvolve projetos de consultoria nas áreas contábil, tributária, 
custos e fi nanças.
rAFAEL LimAVErDE (ilustrador)
Nascido em Belém/PA, naturalizado cearense, formado em Artes Visuais pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE), é xilogravurista e ilustrador. Possui mais de 
40 livros ilustrados em diversas editoras do país. É um dos organizadores do “Festival de Ilustração de Fortaleza”, evento que já está em sua quarta edição e 
é realizado dentro da Bienal do Livro do Ceará.
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