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AULA 05 - Medicao de Pressao e Maquinas de Fluxo

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Medição de Pressão
𝑃 =
𝐹
𝐴
1- Conceitos
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
Conceitua-se pressão como a força perpendicular e uniformemente distribuída sobre uma
superfície plana de área unitária e costuma-se ser representada pelas unidades: psi
(libra/polegada quadrada), bar, atmosfera, pascal e etc.
No Sistema Internacional tem-se: Pa =N/m²
F: força em [ N ]
A: área em [ m²]
P: pressão [Pa]
A pressão pode ser medida em termos absolutos ou diferenciais, portanto existindo a:
- Pressão Absoluta.
- Pressão Manométrica.
- Pressão Diferencial.
1.1- Pressão Absoluta
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
A pressão absoluta é a diferença entre a pressão em um ponto particular num fluido e a
pressão absoluta (zero), ou seja o vácuo completo.
Também se diz que é a medida feita a partir do
vácuo absoluto.
Um exemplo de sensor de pressão absoluta é o
barômetro (Figura 1).
Neste a altura da coluna de mercúrio mede a
diferença entre a pressão atmosférica local e a
pressão “zero” do vácuo que existe acima da
coluna de mercúrio, descontada a pressão de
vapor do mercúrio (0,0002Pa a 234K).
Se a pressão do vapor de mercúrio Pv for dada
em milímetros de mercúrio (mmHg) e R for
medido na mesma unidade, a pressão em A (PA)
pode ser expressa por:
PA = Pv + R
(Pv)
(PA)
Figura 1: Barômetro.
1.2- Pressão Manométrica
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
A pressão manométrica ou pressão relativa é
a medição da pressão em relação à pressão
atmosférica existente no local, podendo ser
positiva ou negativa.
Geralmente se coloca a letra “g” (gauge
pressure) após a unidade, por exemplo:
3 psig (3psi).
1.3- Pressão Diferencial
É a diferença medida entre duas pressões conhecidas, mas nenhuma delas é a pressão 
atmosférica ou o vácuo.
Exemplo:
5kgf/cm² ABS ou 5kgf/cm² A → Pressão Absoluta
8 kgf/cm² → Pressão Relativa ou Diferencial
Quando se fala em uma pressão negativa, em
relação à pressão atmosférica, chamamos de
vácuo.
Pabs = Prel + Patm
Figura 2: Diagrama representativo de escalas.
1.4- Pressão Negativa ou Vácuo
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
É quando um sistema tem pressão relativa menor que a pressão atmosférica
1.5- Pressão Estática
É a pressão exercida por um liquido em repouso ou
que esteja fluindo perpendicularmente à tomada de
impulso, por unidade de área exercida.
A tomada piezométrica exemplifica o dispositivo para
medida de pressão estática em um fluido em
movimento perpendicular à tomada de impulso.
1.6- Pressão Dinâmica ou Cinética
É a pressão exercida por um fluido em movimento e é medida fazendo a tomada de
impulso de tal forma que recebe o impacto do fluido.
A pressão de estagnação é a soma das pressões estática e dinâmica, e também é
conhecida como pressão total.
Piezômetro: dispositivo para medir pressão (piezo em grego) que consiste em um tubo transparente com um 
liquido inserido na canalização para aferir a pressão.
Figura 3: Tomada 
piezométrica para 
tomada de pressão 
estática
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.1 Medição por coluna de liquido
Este consiste em um tubo em forma de U contendo um liquido
de massa específica conhecida .
Para medidas de pressões efetivas pequenas num liquido,
sejam positivas ou negativas, o tubo deve ter a forma indicada
na Figura 4a. Com este formato, o mecanismo pode
permanecer em equilíbrio abaixo do ponto A, como é mostrado
na figura.
Figura 4a:
Tubo em U para 
medidas de 
pressões efetivas 
pequenas
A pressão pode ser medida de forma direta ou indireta.
Há três métodos principais de medição de pressão, são eles: Medição por coluna de liquido;
Medição de pressão de peso morto; e Medição da pressão por deformação, por tensão
resultante ou por elemento elástico.
PA = - . h
Devido ao fato de que a pressão no menisco é nula na escala
efetiva (Patm = 0) e como a pressão decresce com o aumento
da cota tem -se:
Menisco: superfície do liquido em um tubo
de vidro em contato com o vácuo ou o ar.
Esta superfície pode ser côncava ou
convexa devido a tensão superficial do
liquido e as forças de adesão e coesão.
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.1 Medição por coluna de liquido
Para maiores pressões efetivas negativas ou positivas, é utilizado um segundo liquido de
maior massa especifica, Figura 4b.
Ele deve ser imiscível com o primeiro, que neste caso poderia ser um gás.
PA + 1 . g. h2 – 2 . g. h1 = 0 
PA → pressão em A (interior do tanque) [N/m²]
g → aceleração da gravidade [m/s²]
1 e 2 → massas específicas dos fluidos [kg/m³]
h1 e h2 → alturas manométricas [m]
Supondo que a massa especifica e A seja 1, a equação da pressão em A
pode ser escrita a partir de A ou a partir do menisco superior,
percorrendo o manômetro:
Em que:
Figura 4b:
Tubo em U para
medidas de
pressões efetivas
maiores (uso de dois
ou mais fluidos)
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.1 Medição por coluna de liquido
Os manômetros diferenciais, determinam a diferença
das pressões entre dois pontos A e B, quando a
pressão real, em qualquer ponto do sistema, não
puder ser determinada.
Portanto tendo em consideração a Figura 5a, tem-se:
PA – 1 . g. h1 – 2 . g. h2 + 3 . g. h3 = PB
PA – PB = g.(1 . h1 + 2 . h2 – 3 . h3) 
Lembrando que  =  . g
PA – PB =  1 . h1 +  2 . h2 –  3 . h3 
Figura 5a:
Manômetro diferenciais
do tipo U invertido
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.1 Medição por coluna de liquido
Para a figura 5b, tem-se:
PA – PB = –  1 . h1 +  2 . h2 +  3 . h3
Figura 5b: Manômetro diferenciais do tipo U 
em posição normal.
Em certas aplicações, é necessário levar em
conta os efeitos da temperatura na massa
específica (ou dos fluidos). Assim, a massa
especifica em cada temperatura T pode ser
determinada por:
𝜌 =
𝜌0
1 + 𝛾(𝑇 − 𝑇0)
 Massa especifica do
fluido e função da
temperatura alterada T.
 Coeficiente de expansão
volumétrica do fluido
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.2 Manômetro de Peso Morto
Esse tipo de instrumento mede a pressão desconhecida pela pressão que uma força gera 
quando atua numa área conhecida.
2.2.1 Principio de Funcionamento
O manômetro de Peso Morto é um instrumento de
zero central*, Figura 6a, em que massas calibradas
são colocadas sobre a plataforma de um pistão,
fazendo que ele se mova no sentido descendente
até que duas marcas de referencia fiquem
alinhadas.
Nesse ponto, a força peso exercida pelas massas se
iguala à força exercida pela pressão sobre a
superfície interior do embolo.
Figura 6a: Manômetro de Peso Morto.
O instrumento “zero central” tem a escala com o zero entre dois valores
iguais, por exemplo: 1kgf/cm² – 0 – 1kgf/cm²
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.2 Manômetro de Peso Morto
Já a variante apresentada na Figura 6b é bastante utilizada em laboratório de calibragem de
manômetros dos mais diversos tipos.
• A força conhecida (peso padrão) é aplicada por um
pistão a um fluido confinado em um pequeno
reservatório.
• A relação entre a força conhecidae a seção transversal
do êmbolo vai gerar uma pressão hidrostática, que será
transmitida ao manômetro a ser calibrado.
• Dependendo da precisão dos pesos padrão e da área
do pistão, é possível conseguir medidas muito precisas.
• É comum encontrar instrumentos comerciais com erro
menor que 0,1%. Entretanto, uma fonte de erro
considerável é o atrito entre o óleo e o pistão. Assim,
costuma-se girar o pistão como pesos padrão, durante
a execução das medidas, para minimizar o efeito do
atrito.
Figura 6b: Calibrador de Peso Morto.
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.3 Medição da Pressão por Deformação, por Tensão Resultante ou por
Elemento Elástico de Área Conhecida
2.3.1 Tubo de Bourdon
O tubo de Bourdon sofre uma
deformação, originada da
compressão de um fluido em seu
interior, causando-lhe uma
deformação proporcional que é
acusada por um ponteiro
movendo-se sobre uma escala.
Quanto a forma, o tubo de
Bourdon pode apresentar: tipo C,
helicoidal e espiral (Figura 7).
A maioria dos medidores de pressão em uso atualmente na indústria funciona pelo
principio da deformação.
Figura 7: Tipos de tubo de Bourdon mais usuais na indústria 
para medição de pressão.
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.3 Medição da Pressão por Deformação, por Tensão Resultante ou por
Elemento Elástico de Área Conhecida
2.3.2 Membrana ou Diafragma
O medidor de pressão do tipo membrana
é constituído de um material elástico
(metálico ou não), fixo pela borda.
Uma haste fixa no centro do disco
está ligada ao mecanismo indicador
que pode ser um setor dentado
como nos tubos de Bourdon ou um
solenoide, no caso de um medidor do
tipo indutivo, Figuras 10a e 10b.
Esse tipo de medidor também pode ser
instrumentado com strain gauges*.
*Strain Gauges (Células Extensométricas) são pequenas células extensométricas afixadas na superfície do objeto a ser
aferido, formando um conjunto solidário, em que a função é converter deformações mecânicas em sinais elétricos
proporcionais.
Figura 10: (a) Manômetro de membrana a ponteiro.
(b) Manômetro de membrana indutivo.
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.3 Medição da Pressão por Deformação, por Tensão Resultante ou por
Elemento Elástico de Área Conhecida
2.3.3 Fole
O medidor de pressão do tipo fole, Figura 11, consiste, basicamente, em um cilindro metálico,
corrugado ou sanfonado.
Quando uma pressão é aplicada no interior do fole, provoca sua distensão, e como ele tem
que vencer a flexibilidade do material e a força de oposição da mola que tende a mantê-lo
fechado, o deslocamento do ponteiro ligado à haste é proporcional à pressão aplicada à
parte interna do fole.
Figura 11: Medidor de pressão do tipo fole.
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.3 Medição da Pressão por Deformação, por Tensão Resultante ou por
Elemento Elástico de Área Conhecida
2.3.4 Transdutores de Pressão por Silício
Os transdutores de pressão por silício são sensores que convertem a grandeza física pressão
em sinal elétrico.
Em seu centro existe uma célula de medição que consiste em uma pastilha com um fino
diafragma de silício acoplado, formando um “wafer”.
O silício é implantado por difusão e dopado
(contaminado) com arsênico, formando um
semicondutor do tipo-n, no qual caminhos
resistivos são formados pela implantação iônica
para transferir o nível exato de força a um circuito
ponte de Wheatstone de silício.
Quando o transdutor é submetido a uma carga de
pressão, o diafragma sofre uma deflexão,
gerando variações nas resistências implantadas,
de cordo com o efeito piezorresistivo.
Figura 12: Sensor de silício 
(Fonte: Infienon Tecnologies).
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.3 Medição da Pressão por Deformação, por Tensão Resultante ou por
Elemento Elástico de Área Conhecida
2.3.4 Transdutores de Pressão por Silício
A espessura do diafragma, a área da superfície e o desenho geométrico dos resistores
determinam a permissividade da faixa de pressão.
Devido a suas características funcionais e sensibilidade, podem ser montados em tamanhos
relativamente reduzidos, o que permite sua aplicação em áreas como:
• Medidores de pressão sanguínea;
• Sistemas de injeção eletrônica;
• Sistemas de robótica;
• Controle de pressão em microbombas;
• Concentradores de oxigênio e respiradores;
• Controladores de nível e transmissão de fluidos.
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.3 Medição da Pressão por Deformação, por Tensão Resultante ou por
Elemento Elástico de Área Conhecida
2.3.4 Transdutores de Pressão por Silício
A mudança de resistência causada por mudanças na geometria tem significância secundária.
O efeito primário é a mudança de condutividade, dependente de esforço mecânico no cristal.
Essa dependência pode ser definida pela constante de proporcionalidade:
2.3.4.1 Efeito Piezorresistivo
𝛿𝛾
𝛾
=  . 𝜎
 → variação da condutividade elétrica [ m/.mm²]
 → condutividade elétrica [ m/.mm²]
 → constante piezo [mm²/N]
→ tensão de compressão [N/mm²]
Tensões de compressão e dilatação no cristal semicondutor são usadas para produzir
mudanças na resistência dos piezorresistores conectados como um circuito ponte.
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
Tensões de compressão no cristal causam uma redução na máxima energia e,
consequentemente, no aumento do numero de portadores de carga** na direção da força de
compressão.
Esse aumento na condutividade reflete na diminuição da resistência.
Tensões de dilatação causam um aumento na energia máxima e, consequentemente, uma
diminuição no número de portadores de carga na direção da força dilatadora. Isso reflete no
aumento da resistência.
2.3.4.1 Efeito Piezorresistivo
Os resistores estão precisamente localizados sobre o diafragma flexível para corresponder
com a máxima tensão de compressão e dilatação.
**Obs: 
Os portadores de carga são partículas que transportam a carga elétrica de um ponto a outro.
Fonte: Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI)- Diodos <http://www.lsi.usp.br/~eletroni/milton/b.htm>
Fonte: FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. Saraiva Educação SA, 2017.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.3.4.1 Efeito Piezorresistivo
Uma desvantagem que deve ser mencionada é a sua dependência da temperatura, mas
esses efeitos podem ser compensados por um circuito corretor, ou submergindo o conjunto
diafragma sensor em óleo, tal qual foi mostrado na Figura 13.
Figura 13: Célula de carga para medição de pressão por cristal piezoelétrico
Fonte: PARKER. Tecnologia Hidráulica Industrial. Apostila M2001-2 BR. 
2- Métodos de Medição de Pressão
2.4 Medição do Vácuo ou Baixas Pressões
Vacuômetro é um instrumento que afere pressões
negativas (pressão abaixo da pressão atmosférica) em
um duto.
A escala de um vacuômetro podem ser de: -9800
mmH2O a zero; -1000 mmH2O a zero; –1 bar a zero e
76cmHg a zero.
A pressão de vácuo se inicia-se à pressão atmosférica,
mas opera de cima para baixo em unidade de
milímetros de mercúrio (mmHg).
Portanto, zero milímetros de mercúrio (0 mmHg) de
vácuo é a pressão atmosférica ou ausência do vácuo e
760 mmHg do vácuo indica o vácuo absoluto ou zero
pressão absoluto, conforme Figura 14.
2.4.1Vacuômetro
Figura 14: Escala de Pressão.
2- Métodos de Medição de Pressão
2.4.1 Vacuômetro
Uma unidade de pressão comumente utilizada é
kgf/cm², portanto para converte um valor em
mmHg, tem-se:
760 mmHg  1,03 kgf/cm²
Figura 15: Vacuômetro com unidade em cmHg.
Fonte: 
https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-
content/uploads/2018/04/MOB-BOMBAS-
HIDR%C3%81ULICAS.pdf
O vacuômetro é calibrado de 0 a 760 mmHg.
Ao nível do mar para se determinar a pressão absoluta com um vacuômetro, subtraia o valor
do vácuo em mmHg de 760 mmHg.
Por exemplo, um vácuo de 178 mmHg
corresponde na verdade a uma pressão
absoluta de 582 mmHg.
Fonte: PARKER. Tecnologia Hidráulica Industrial. Apostila M2001-2 BR. 
2- Métodos de Medição de Pressão
2.4.2 Manovacuômetro
Figura 16: Manovacuômetro que afere em cm/Hg.
Fonte:
https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-
content/uploads/2018/04/MOB-BOMBAS-
HIDR%C3%81ULICAS.pdf
Também conhecido como manômetros
capsulares é um instrumento que afere baixas
pressões.
Além de ser utilizado em instalações
hidráulicas, é utilizado na área médica para
analisar o comportamento respiratório de um
paciente.
Pode ter escalas variando de 0 a 120
cmH2O (comum na área medica) ou 0 a 30
kgf/cm² (instalações hidráulicas) conforme
Figura 16.
Como fator de conversão tem-se:
1 cmH2O  10×10
-4 kgf/cm²
Fonte: PARKER. Tecnologia Hidráulica Industrial. Apostila M2001-2 BR. 
Máquinas de Fluxo 
Máquina de Fluido (fluid machinery) é o equipamento que promove a troca de energia
entre um sistema mecânico e um fluido, transformando energia mecânica (trabalho)
em energia de fluido (hidráulica) ou energia de fluido em energia mecânica.
Estas máquinas trabalham geralmente com água, óleo, etc, considerados fluidos
incompressíveis nas aplicações normais.
Trabalham também com o ar, que será tratado como incompressível para pressões até
1 m.c.a., sendo neste caso chamadas de ventiladores.
As máquinas de fluido podem ser divididas em dois grupos, as máquinas de
deslocamento positivo e as máquinas de fluxo (ou turbomáquinas).
• Máquinas de deslocamento positivo: o fluido fica confinado em alguma região 
do equipamento.
• Máquinas de fluxo: havendo fluxo contínuo através da máquina.
1- Introdução
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
Bomba de Pistão: é uma máquina de deslocamento positivo, pois o fluido fica contido
dentro do conjunto pistão/cilindro sendo submetido à variação de pressão pela variação
do volume do recipiente.
Bombas Centrífugas é uma máquinas de fluxo, pois o fluido escoa pelo rotor, onde
recebe energia.
Máquinas de deslocamento positivo, ao desligar o equipamento, o fluido fica confinado
em seu interior e nas Máquinas de fluxo isto só ocorrerá se houver algum sistema
externo que o mantenha nesta condição, caso contrário escoará para fora da máquina
1- Introdução
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
Bomba de Pistão
Fonte:
https://www.hidrautec.
com.br/bomba-pistao
Bomba Centrífuga
Fonte: 
http://www.texius.com.br/produto?c=97
1- Introdução
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
Classificação das 
Máquinas de Fluido
2- Classificação das Máquinas de Fluido
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
As máquinas de fluido podem ser classificadas quanto:
a. Sentido da transmissão de energia.
b. Tipo de energia envolvido no processo.
c. Direção do escoamento do fluido.
d. Forma dos canais entre as pás do rotor.
e. Número de entradas para aspiração (sucção).
f. Número de rotores.
g. Posicionamento do eixo.
h. Tipo de rotor.
i. Posição do eixo da bomba em relação ao nível da água.
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
a) Quanto ao sentido da transmissão de energia, pode‐se classifica‐las como:
Geradora (geratriz): a máquina transforma energia mecânica em energia de fluido
(ex. bombas e ventiladores).
Motora (operatriz): a máquina transforma energia de fluido em energia mecânica
(ex. turbina, gerador eólico, moinho de vento e rodas d’água).
2- Classificação das Máquinas de Fluido
Ventilador Centrífugo
Fonte:https://www.directindustry.com/pt/pro
d/utentra/product-57481-569931.html
Turbina Eólica
Fonte:
https://en.wind-turbine-
models.com/turbines/629-alstom-
eco-122-2700?picture=3Pq5tQ55UgP
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
b) Quanto ao tipo de energia envolvido no processo pode‐se classificá‐las como:
Máquinas de deslocamento positivo (positive displacement machines):
Também chamada máquina estática, nestas máquinas a energia transferida é
substancialmente de pressão, sendo muito pequena a energia cinética transferida,
podendo ser desprezada.
Podem ser máquinas rotativas (rotary machines) como a bomba de engrenagens, e
máquinas alternativas (reciprocating machines) como o compressor de pistão.
Máquinas de Fluxo ou Turbomáquinas (turbomachinery):
Conhecido como máquinas dinâmicas, nestas máquinas o escoamento do fluido é
orientado por meio de lâminas ou aletas solidárias a um elemento rotativo (rotor).
A energia transferida é substancialmente cinética, através da variação da velocidade
do fluido entre as pás, desde a entrada até a saída do rotor, a baixa pressão ou baixos
diferenciais de pressão. Como exemplo podem ser citadas as turbinas hidráulicas e
ventiladores centrífugos.
2- Classificação das Máquinas de Fluido
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
c) Quanto à direção do escoamento do fluido:
Axiais: escoamento predominantemente na direção do eixo.
O fluido entra e sai do rotor na direção axial. Recalca grandes vazões em pequenas
alturas. A força predominante é de sustentação.
Radiais: escoamento predominante na direção radial.
O fluido entra no rotor na direção axial e sai na direção radial. Tem como característica
o recalque de pequenas vazões a grandes alturas. Sua força predominante é a
centrífuga.
Mista ou diagonal: escoamento
predominantemente na direção
diagonal, parte axial e parte
radial
Tangencial: escoamento tangente
ao rotor.
2- Classificação das Máquinas de Fluido
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
d) Quanto à forma dos canais entre as pás do rotor:
Máquinas de Ação (ou de impulsão): 
Nesta máquina toda energia do fluido é transformada em energia cinética, antes da
transformação em trabalho mecânico processado pela máquina. A pressão do fluido,
ao atravessar o rotor, permanece constante.
Um exemplo são as turbinas Pelton, onde um ou mais bocais (separados do rotor),
aceleram o fluido resultando em jatos livres (a pressão atmosférica) de alta
velocidade, que transferem movimento para o rotor, que gira mesmo sem estar cheio
de fluido.
Turbomáquinas de ação (motoras): 
turbinas Pelton (tangencial) e 
Michell (duplo efeito radial)
Turbomáquinas de ação
(geradoras): não existe aplicação
prática
Turbina Pelton
2- Classificação das Máquinas de Fluido
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
d) Quanto à forma dos canais entre as pás do rotor:
Máquinas de Reação: 
Nesta máquina tanto a energia cinética quanto a de pressão são transformadas em
trabalho mecânico e vice‐versa.
Parte da energia do fluido é transformada em energia cinética antes da entrada do
rotor, durante sua passagem por perfis ajustáveis (distribuidor), e o restante da
transformação ocorre no próprio rotor. A pressão do fluido varia ao atravessar o rotor,
que fica preenchido pelo líquido.
Turbomáquinas de reação (motoras):
turbinas Francis (radial ou diagonal),
Kaplan e Hélice (axiais).
Turbomáquinas de reação
(geradoras): bombas e ventiladores
(radiais, diagonais e axiais).Turbina Francis
2- Classificação das Máquinas de Fluido
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
e) Quanto ao número de entradas para aspiração (sucção)
SucçãoSimples (entrada unilateral): há somente uma boca de sucção para entrada do 
fluido.
Dupla Sucção: fluido entra por duas bocas de sucção paralelamente ao eixo de
rotação. Como se fossem dois rotores simples montados em paralelo. Tem como
vantagem a possibilidade de proporcionar equilíbrio dos empuxos axiais, que melhora
o rendimento da bomba, eliminando a necessidade de rolamento de grandes
dimensões para suporte axial sobre o eixo.
f) Quanto ao número de rotores
Simples estágio: bomba com um único rotor dentro da carcaça. Pode‐se teoricamente
projetar uma bomba de simples estágio para qualquer situação de altura
manométrica e de vazão, porém, dimensões excessivas e baixo rendimento fazem com
que os fabricantes a limitem a alturas manométricas de 100 [mca].
Múltiplo estágio: a bomba tem dois ou mais rotores associados em série dentro da 
carcaça. Permite a elevação do líquido a grandes alturas manométricas (>100 [mca]), 
sendo o rotor radial o indicado para esta aplicação.
2- Classificação das Máquinas de Fluido
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
g) Quanto ao posicionamento do eixo:
Eixo horizontal: é a forma construtiva mais comum.
Eixo vertical: Usada, por exemplo, para extração de água de poços.
h) Quanto ao tipo de rotor:
Aberto: para bombas de pequenas dimensões. Têm pequenas dimensões, baixa
resistência estrutural e baixo rendimento. Como vantagem dificulta o entupimento,
podendo ser usado para bombear líquidos sujos.
Semi‐aberto: tem apenas um disco, onde são fixadas as aletas.
Fechado: usado para bombear líquidos limpos. Possui dois discos com as palhetas
fixadas em ambos. Evita a recirculação de água, ou seja, o retorno da água à boca de
sucção.
Tipos de rotores
2- Classificação das Máquinas de Fluido
Fonte: GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
i) Quanto à posição do eixo da bomba em relação ao nível da água:
Não afogada (sucção positiva): o eixo da bomba está acima do nível d’água do
reservatório de sucção.
Afogada (sucção negativa): eixo da bomba está abaixo do nível d’água do reservatório
de sucção.
2- Classificação das Máquinas de Fluido
Bibliografia
• AZEVEDO NETTO, José. M e FERNADEZ Y FERNADEZ. Manual de Hidráulica.
9°.ed – São Paulo: Blucher SA, 2015.
• FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação industrial: Conceitos,
Aplicações e Análises. 7°.ed – São Paulo: Érica - Saraiva Educação, 2010.
• GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo – Apostila. UTFPR-CT, Curitiba, 2013.
• PARKER. Tecnologia Hidráulica Industrial. Apostila M2001-2 BR.

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