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Complexo e divergente. Estes são bons termos para qualificar o modelo atual de classificação sistemática das Gimnospermas que, pelo fato de não se conhecer completamente as relações filogenéticas entre os grupos viventes e os fósseis, tem a sua função dificultada, tanto em relação aos grupos viventes, como em relação aos extintos. Essa questão vem sendo amenizada pelo uso das quatro sub-classes já existentes, que tem a sua monofilia sustentada por análises moleculares ( Cycadales, Ginkgoales, Coniferales e Gnetales), como pertencentes à C. Equisetopsida (Maarten J. M. Christenhusz et al. 2011 ), diferentemente da maioria dos autores, que consideram esses clados como um todo. Tradicionalmente, as cicadáceas, Ginkgo, e Araucariaceae têm sido considerados os grupos mais basais por terem uma longa história no registro fossilífero e os membros existentes de estes três grupos se assemelham aos fósseis. Gnetidae vem sendo considerado um grupo irmão das Angiospermas (por compartilharem caracteres tais como: elementos de vaso no lenho, estruturas reprodut. semelhantes a flores e dupla fertilização), sendo colocado no final do cladograma, o qual é um posicionamento problemático e controverso, pois análises moleculares recentes não as sustentam como um clado em separado, e sim fazendo parte do grupo das coníferas, como irmãs das Pináceas (hipótese gnepine, a mais aceita atualmente). Sinapomorfias: Cycadales – presença de gametas masculinos móveis, traços foliares em forma de anel, feixes vasculares do pecíolo dispostos em forma de ômega, presença de canais de mucilagem e cicasinas e raízes coralóides; Ginkgoales - folhas simples, espiraladas, com braquiblastos, em formato de leque, decíduas e com venação dicotômica, óvulos em pares, sobre um pedúnculo longo, dispostos sobre braquiblastos; Coniferales – cones como estruturas reprodutivas, que contem as escamas ovulíferas, que por sua vez estão relacionadas com as sementes; Gnetales – presença de estruturas semelhantes a flores (envoltório de brácteas ao redor dos óvulos e microspor). As Gimnospermas formam um grupo de plantas antigo, reduzido, porém diferenciado e atualmente com uma distribuição relictual (restrita) no mundo, principalmente em regiões frias e árticas. Mesmo tendo baixas taxas de crescimento e longos períodos entre polinização e amadurecimento das sementes, as gimnospermas podem ser dominantes em algumas áreas. Não há muitas espécies viventes, cerca de 1026, distribuídas em 81 gêneros e de 12-14 famílias, cuja distribuição, de uma maneira generaliz., a nível mundial, pode ser descrita dessa maneira: cosmopolita (Pinidae); Ásia (Ginkgoidae, Ephedra, Gnetum); Américas (Ephedra, Gnetum); Caribe, Europa (Ephedra); África, Madagascar, Índia, Oceania e Austrália (Ephedra, Gnetum, Welwitschia). No Brasil, este clado subdivide-se em cinco famílias, agrupadas em seis gêneros e representadas por vinte e seis spp, encontradas na maioria dos estados, em todas as regiões do país, estabelecendo-se em ambientes úmidos da floresta Amazônica, Mata Atlântica (incluindo floresta de montanha e brejos) e no característico bioma Mata dos Pinhais ou de Araucária, fortemente presente no Sul do país, sobretudo no estado do Paraná (principalmente a sp. Araucaria angustifólia). Todas as plantas são lenhosas, sejam árvores, arbustos ou lianas, sendo constituintes de florestas e savanas de regiões de clima frio, temperado e tropical. Como exemplo de sp. fóssil pode-se citar Welwitschia mirabilis, que vive principalm. espalhada na costa sudeste da África.
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