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Morte e Vida Severina - Guimarães Rosa

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Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO 
DIAGNÓSTICA 
3ª EDIÇÃO 2019 
 
 
PROVA COMENTADA DE LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
1ª série do 
Ensino Médio 
Caderno 
 
C1001 
 
Nome do estudante 
 
 
 
 
 
Data de Nascimento do estudante 
 
 
 
 
 
 
Caro estudante, 
 
Você está participando da Avaliação Diagnóstica. Sua participação é muito importante. 
 
• Este caderno é composto de questões de Língua Portuguesa e de Matemática. 
 
• Atenção: algumas questões têm 4 alternativas de resposta, outras têm 5 alternativas. 
 
• Responda com calma, procurando não deixar nenhuma questão em branco. 
 
Bom teste! 
 
 
ATENÇÃO! 
 
Agora, você vai responder a questões de Língua Portuguesa. 
 
Leia os textos abaixo. 
 
Texto 1 
Estamos vendo a consolidação de um grande diretor. Estamos vendo DiCaprio em sua melhor 
atuação na carreira. Isso não é pouco! [...] Elenco inspirado, forte, físico. [...] Vá ao cinema e, 
enquanto admira o belo trabalho de fotografia, [...] entregue-se por inteiro. [...] “O Regresso” vai 
te dar a opção de escolher o que é o bem e o que é o mal. [...] 
George F. 
Texto 2 
Muito chato! Filme sem emoção, monótono e sem nexo em muitas partes. [...] Não vale a pena 
assistir. Um dos piores filmes que já assisti. Me desculpem os experts em cinema, mas não passa 
sentimento nenhum na trama. A fotografia é linda, mas só isso! 
Neide Santos 
Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-182266/>. Acesso em: 25 fev. 2016. Fragmento. 
*Mantida a ortografia original dos textos. (P120539H6_SUP) 
 
01) (P120539H6) Em relação ao filme “O Regresso”, os autores desses textos 
A) apresentam posições divergentes. 
B) defendem ideias complementares. 
C) expõem argumentos confusos. 
D) manifestam o mesmo ponto de vista. 
E) possuem ideias irrelevantes. 
 
Descritor D21: Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao 
mesmo tema. 
 
Comentário: O item traz como suporte dois textos argumentativos e o comando solicita ao aluno que indique 
o que os autores pensam a respeito da mesma temática. Para assinalar o gabarito da questão, a alternativa 
A) “apresentam posições divergentes”, o aluno analisou criticamente os diferentes discursos, percebeu 
os processos de convencimento utilizados para atuar sobre o interlocutor e concluiu que os textos 
apresentam opiniões distintas, contraditórias. Para chegar à resposta, ele compreendeu, por meio das 
marcas linguísticas, que no Texto 1, o autor elogia o trabalho realizado por DiCaprio na direção do filme: 
“consolidação de um grande diretor”, “DiCaprio em sua melhor atuação”, “Elenco inspirado, forte, físico” e 
“belo trabalho de fotografia”, enquanto no Texto 2, o autor tece uma crítica, caracterizando o filme como 
“muito chato, sem emoção, monótono e sem nexo”, indicando que “não vale a pena” por ser “um dos piores 
filmes” que já assistiu. Dessa forma, concluiu que os dois textos divergem por apresentar posições distintas 
em relação ao mesmo fato. 
 
02) (P100218H6) No Texto 2, o uso do ponto de exclamação em “Muito chato!” reforça a ideia de 
A) alívio. 
B) crítica. 
C) entusiasmo. 
D) espanto. 
E) mistério. 
 
Descritor 17: Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações. 
 
Comentário: O item traz como suporte dois textos argumentativos e o comando solicita ao estudante que 
indique qual a ideia expressa pelo uso do ponto de exclamação em um fragmento do Texto 2. O estudante 
que marcou a alternativa B) “crítica”, entendeu que o ponto de exclamação pode ser empregado em 
situações que expressam, além da crítica, emoção, surpresa, admiração, indignação, raiva, espanto, 
susto, exaltação, entusiasmo, dentre outros. Para o estudante chegar à reposta, ele precisou reconhecer 
que esse sinal de pontuação foi usado pelo autor do texto com a intenção de intensificar a ideia de crítica 
estabelecida no texto, portanto, reforça a ideia de que o filme é muito chato, ruim. 
 
Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
30 
A bailarina 
 
“Você é bailarina?” 
Fernanda tirou os olhos do livro ao ouvir a pergunta. A plataforma pouco movimentada 
à espera do metrô não deixava muita dúvida de que era com ela que falavam. Sem tirar 
as costas da parede, olhou para baixo e logo encontrou a dona daquela voz delicada a 
encarando, esperando uma resposta. 
“Já fui”, respondeu confusa observando a garotinha. [...] Vestida com o uniforme de uma 
das maiores escolas de dança da cidade, ela trazia os cabelos bem presos num coque 
amarrado por fita azul e as mãos segurando as alças da mochila. [...] 
“Dá pra ver”, a menina falou apontando com a cabeça para os pés de Fernanda, que riu 
ao perceber as próprias pernas em primeira posição. Hábito involuntário. Uma vez bailarina, 
sempre bailarina. 
“Você não dança mais?” 
“Tive que parar”, respondeu fechando o livro e desmanchando a posição dos pés. Se 
escorou de lado na parede, passando o peso para uma perna só. “E você? Essa escola aí 
é boa, hein…”, falou apontando para a camisa da menina. 
“É! A melhor da cidade! Estou começando a subir na ponta!” A menina sorriu empolgada, 
fazendo Fernanda sorrir de volta. 
“Que legal! Esse é um momento importante, né? Tem que se dedicar muito.” 
“É… É difícil. Dói muito. Você subia na ponta?” 
“Subia. Subia, sim.”, Fernanda respondeu com um suspiro e a criança a encarou na 
espera da explicação que não veio. 
“Por que você não dança mais?” 
Fernanda mordeu o lábio e desviou os olhos pro trilho vazio antes de responder. 
“Eu me machuquei… Aí não pude continuar.” 
“Se machucou dançando?” 
“Foi.”, respondeu com a cabeça fora dali. [...] 
“Eu não quero parar. Eu amo dançar. Quero dançar a vida inteira.” 
A menina recomeçou a falar obrigando-a a voltar para o presente. Fernanda sorriu não 
podendo evitar que seus olhos enchessem de lágrimas. Se reconheceu na pequena. 
“Então se dedique muito. E se cuide direitinho…” [...] 
PAIVA, Bruna. A bailarina. In: Adolescente demais. 2018. Disponível em: <https://adolescentedemais.com.br/2018/06/29/a-bailarina/>. 
Acesso em: 24 jul. 2018. Fragmento. (P100006I7_SUP) 
 
03) (P100006I7) Infere-se desse texto que Fernanda 
A) desejava fazer parte da escola de dança da garotinha. 
B) estava incomodada com as perguntas da garotinha. 
C) gosta de observar os trilhos na estação do metrô. 
D) ia embarcar no mesmo metrô que a garotinha. 
E) sente saudades da época em que foi bailarina. 
 
Descritor 04: Inferir uma informação implícita em um texto. 
 
Comentário: O item traz como referência um fragmento do texto “A bailarina”, de Fernanda Paiva, e o 
comando solicita ao estudante que indique o que é possível inferir a respeito da narradora personagem 
Fernanda, a partir da leitura do texto. O estudante que respondeu a alternativa E) “sente saudades da 
época em que foi bailarina”, o gabarito, conseguiu realizar a inferência. Para se chegar à resposta, ele, 
provavelmente, compreendeu o enredo da narrativa e retomou a leitura do texto observando que no final 
Fernanda não pôde evitar que seus olhos se “enchessem de lágrimas” e fizesse uma comparação se 
reconhecendo na garota, esses elementos forneceram subsídios que permitiram que a inferência 
acontecesse. 
 
04) (P100028I7) Qual é o conflito gerador desse texto? 
A) A garotinha dizer que a escola onde dança é a melhor da cidade. 
B) A garotinha perguntar à Fernanda se ela é bailarina. 
C) A garotinha perguntar o motivo pelo qual Fernanda deixou de dançar. 
D) Fernanda observar o uniforme que a garotinha vestia. 
E) Fernanda recomendar à garotinha que se dedique. 
 
Descritor 10: Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. 
 
Comentário: O item traz como suporte para a questão um fragmento de “A bailarina”, de Fernanda Paiva, 
e o comando solicita ao estudante a identificação do conflito gerador do texto. O estudante que marcoua 
alternativa B) “A garotinha perguntar à Fernanda se ela é bailarina.”, compreendeu que o conflito da 
narrativa corresponde a um acontecimento que é responsável por modificar a situação inicial dos 
personagens, exigindo algum tipo de ação. Para o estudante chegar ao gabarito, foi preciso retornar à 
leitura do texto e verificar que a história se desenvolveu a partir da pergunta da garota para Fernanda, 
além de entender que o conflito, especificamente nesse caso, é marcado no início do enredo, confirmando 
que aprendeu como acontece o desencadeamento das ações no texto. 
 
 
Leia novamente o texto “A bailarina” para responder às questões abaixo. 
 
05) (P100010I7) Qual trecho desse texto apresenta uma relação de causa e consequência? 
A) “‘É! A melhor da cidade! Estou começando a subir na ponta!’”. (ℓ. 16) 
B) “‘Que legal! Esse é um momento importante, né?...’”. (ℓ. 18) 
C) “‘É… É difícil. Dói muito. Você subia na ponta?’”. (ℓ. 19) 
D) “‘Eu me machuquei… Aí não pude continuar.’”. (ℓ. 24) 
E) “‘Então se dedique muito. E se cuide direitinho...’”. (ℓ. 30) 
 
Descritor 11: Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. 
 
Comentário: O item traz como suporte para a questão um fragmento de “A bailarina”, de Fernanda Paiva, 
e o comando solicita do estudante que ele identifique, dentre as alternativas, em qual há um trecho que 
apresenta a relação de causa e consequência. O estudante que respondeu a alternativa D) “Eu me 
machuquei… Aí não pude continuar.’”.(ℓ. 24)”, reconheceu como as relações entre os elementos 
organizam-se de forma que um torna-se o resultado do outro. Para o estudante chegar ao gabarito, foi 
necessário retomar a leitura do texto e verificar o fato que Fernanda se machucou e que por isso não pôde 
continuar dançando. Nesse fragmento, em especifico, ele deve ter percebido que não há um marcador 
discursivo explícito que expressa a relação de causa e consequência, e que essa ideia aparece marcada 
pelo uso das reticências, realizando assim, a compreensão de causa (ter se machucado) e consequência 
(não poder dançar mais). 
 
06) (P100030I7) Em qual trecho desse texto há uma marca característica da linguagem informal? 
A) “‘Você é bailarina?’”. (ℓ. 1) 
B) “‘Você não dança mais?’”. (ℓ. 12) 
C) “‘Essa escola aí é boa, hein…’”. (ℓ. 14-15) 
D) “‘Por que você não dança mais?’”. (ℓ. 22) 
E) “‘Eu não quero parar.’”. (ℓ. 27) 
 
Descritor 13: Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. 
 
Comentário: O item traz como suporte um fragmento de “A bailarina”, de Fernanda Paiva, e o comando 
solicita ao estudante que ele identifique, dentre as alternativas, em qual há um trecho com características 
da linguagem informal. O estudante que marcou a alternativa C) “‘Essa escola aí é boa, hein…’”. (ℓ. 
14-15)”, conseguiu reconhecer o tipo da linguagem utilizada, associando com a que ele emprega no dia 
a dia. Para se chegar à resposta, provavelmente, observou que as expressões “aí” é um advérbio que 
exprime o sentido de “nesse lugar” e “hein” é utilizada em muitas circunstâncias para denotar diversos 
sentimentos, e foram empregadas por Fernanda em um contexto informal de uso, como em uma conversa 
despretensiosa, entre ela e a criança, a fim de marcar essa relação de proximidade que existe entre elas, 
perpassada pelo balé, além de ter a sua opinião confirmada, por parte da menina, que a escola é de 
qualidade. 
 
Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: <http://abstratoenotavel.blogspot.com.br/2010/12/calvin-e-haroldo-4.html>. Acesso em: 8 fev. 2017. (P100157H6_SUP) 
 
07) (P100157H6) Nesse texto, a mulher desejava 
A) deixar o menino cansado. 
B) enganar o pai do menino. 
C) fazer uma brincadeira diferente. 
D) procurar um esconderijo. 
E) repreender o menino pela bagunça. 
 
Descritor 05: Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). 
 
Comentário: O item tem como referência para a questão uma história em quadrinhos com a personagem 
Calvin e o comando solicita ao aluno que indique, de acordo com o texto, qual era o objetivo da mulher. 
O aluno que respondeu a alternativa A) “deixar o menino cansado.”, como gabarito, conseguiu ler o 
verbal e o não verbal presentes no texto. Para chegar ao gabarito, foi necessário interpretar o texto, 
compreendendo como a sequência de ações gera uma quebra de expectativas desencadeando o humor: 
a mãe realiza, ao longo do texto, uma série de brincadeiras agitadas com o menino. A princípio, não há 
nada de incomum nisso, já que essa é uma prática presente na relação pais e filhos. Entretanto, no último 
quadrinho, observamos que ela aparece dormindo e o filho dizendo ao pai: “O plano dela saiu pela culatra, 
pai. Eu estou totalmente acordado. E a mamãe precisa ser posta na cama.”, traçada essa linha de 
raciocínio e evidenciado o humor presente no texto, o aluno pôde inferir que o objetivo da mãe era deixar 
o menino muito cansado para que ele dormisse. 
 
 
Leia novamente o texto “Calvin and Hobbes” para responder à questão abaixo. 
 
08) (P100158H6) No último quadrinho, no trecho “O plano dela saiu pela culatra,...”, a expressão destacada significa 
A) abandonar. 
B) acelerar. 
C) bagunçar. 
D) descontrolar. 
E) falhar. 
 
Descritor 03: Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. 
 
Comentário: O item traz como referência para a questão uma história em quadrinhos com a personagem 
Calvin e o comando solicita ao aluno que indique o significado da expressão “O plano dela saiu pela 
culatra,...”, presente nesse trecho. O estudante que respondeu a alternativa E) “falhar.”, conseguiu 
inferir o sentido da expressão por meio do contexto aplicado. Para ele chegar ao gabarito do texto, caso 
ele não soubesse que a expressão significa “quando acontece algo que é o contrário do que se esperava 
acontecer” ou “quando se tem uma intenção de fazer uma coisa e o oposto ocorre”, precisaria retornar ao 
texto e inferir, por meio do desencadeamento das ações, que a estratégia da mãe em cansá-lo para que 
ele dormisse falhou, pois quem acaba ficando exausta e dormindo é ela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
15 
São Paulo, 15 de junho de 2010. 
 
Prezado diretor Rodrigo, 
 
O senhor e eu podemos afirmar que, em nossa escola, o desperdício de papel é imenso. 
Para chegar a tal conclusão, só é preciso ver o chão das salas após a entrega de folhetos. 
São poucos os alunos que se interessam pela leitura [...]. 
Porém, acredito que esse quadro não seja irreversível. Poderíamos incentivar as visitas 
aos sites da escola, pois a nova tendência é estudar pela internet, os alunos se interessariam 
bem mais, e teriam melhor acesso às informações, sem risco de perdê-las, como ocorre no 
caso de levar um papel para casa. 
Imagine como seria vantajosa a diminuição das despesas em papel, e usá-las para 
promover algo ainda mais útil, como cestas de lixo reciclável. A maior vantagem da 
reciclagem é a minimização da quantidade de resíduos que necessitam do tratamento final, 
como a incineração ou o aterramento, que são prejudiciais ao meio ambiente. 
Espero que o senhor tenha percebido a importância de economizar papel, e ainda mais 
importante em uma instituição tão conhecida como a nossa. 
 
Atenciosamente, 
De alguém que deseja ser atendido. 
Disponível em: <http://oficinamente.blogspot.com.br/2010/09/.html.>. Acesso em: 22 set. 2010. Fragmento. (P091503RJ_SUP) 
 
09) (P091503RJ) A ideia defendida nesse texto é que 
A) a escola deve incentivar o uso de novas tecnologias. 
B) as informações devem ser mais acessíveis aos alunos interessados. 
C) o desperdício deve ser combatido através de medidas sustentáveis. 
D) os aterramentos causam danos ao meio ambiente. 
 
Descritor D07: Identificar a tese de um texto.Comentário: O item traz como suporte uma carta de reclamação e o comando solicita ao aluno que indique 
qual a tese defendida no texto. Para assinalar o gabarito da questão, a alternativa C “o desperdício deve 
ser combatido através de medidas sustentáveis”, o aluno reconheceu o ponto de vista, a ideia central 
defendida pelo autor: a necessidade de se combater o desperdício por meio de medidas sustentáveis, 
apoiando-se em informações presentes no texto, tais como a constatação de que o desperdício de papel 
na escola é imenso, mas que é possível revertê-lo por meio de práticas sustentáveis. 
 
10) (P091506RJ) Esse texto tem como objetivo 
A) dar uma informação. 
B) ensinar um processo. 
C) fazer uma reclamação. 
D) narrar um evento. 
 
Descritor D12: Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. 
 
Comentário: O item traz como suporte uma carta de reclamação e o comando solicita ao aluno que indique 
qual o objetivo do texto. Para assinalar o gabarito da questão, a alternativa C “fazer uma reclamação”, o 
aluno identificou o texto como pertencente ao gênero carta de reclamação e reconheceu a sua função 
social como um texto utilizado quando o remetente descreve um problema ocorrido a um destinatário que 
pode resolvê-lo. Sendo, o remetente - “alguém que deseja ser atendido” - escrevendo para o diretor - 
“Rodrigo” - o destinatário, com o propósito comunicativo de sugerir que se resolva o problema do 
desperdício de papel por meio de atitudes sustentáveis. 
 
Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
10 
E o céu se acendeu na noite de Ibitipoca 
 
Minha segunda visita a Ibitipoca, em Lima Duarte, Minas Gerais, foi novamente 
inesquecível. O Parque Estadual do Ibitipoca é maravilhoso, com suas cachoeiras [...] e 
vistas de montanhas. Bem bacana. 
Mas o momento emocionante não foi no parque, nem mesmo no centro do vilarejo, mas 
no quintal da casa que alugamos (o Fábio e eu) um pouquinho afastada do centro. Numa 
noite gelada, o céu estava estrelado. Colocamos o colchão do lado de fora e nos deitamos ali, 
embaixo das cobertas, contemplando o céu. Eu nunca havia visto uma estrela cadente [...]. 
O Fábio, então, teve uma ideia genial [...] e apagou as luzes da casa, todas as luzes. No 
exato momento em que ele apagou a luz da varanda, o céu se acendeu. Havia milhares de 
estrelas antes, mas com a escuridão total, eu vi zilhões de estrelas. Lindas, lindas. E, em 
minutos, contei cinco estrelas cadentes. Não deu nem tempo de fazer pedidos. Mas a única 
coisa possível de se pedir é que momentos como este se repitam sempre. 
FRANÇA, Érica. E o céu se acendeu na noite de Ibitipoca. In: Tempo Integral. 2011. Disponível em: <https://goo.gl/ci4Dvb>. 
Acesso em: 29 jan. 2018. Fragmento. (P100285H6_SUP) 
 
11) (P100286H6) De acordo com esse texto, qual foi a ideia genial de Fábio? 
A) Alugar uma casa afastada do centro. 
B) Apagar todas as luzes da casa. 
C) Colocar o colchão do lado de fora da casa. 
D) Deitar embaixo das cobertas. 
E) Fazer a segunda visita à Ibitipoca. 
 
Descritor 01: Localizar informações explícitas em um texto. 
 
Comentário: O item traz como suporte para a questão um fragmento do texto “E o céu se acendeu na 
noite de Ibitipoca”, de Érica França, e o comando solicita ao estudante que ele indique, de acordo com o 
texto, qual foi a ideia genial que o personagem Fábio teve. O estudante que respondeu como gabarito a 
alternativa B) “Apagar todas as luzes da casa. ”, conseguiu voltar ao texto e localizar a informação 
solicitada. Para ele chegar à resposta da questão foi preciso ler novamente o terceiro parágrafo “O Fábio, 
então, teve uma ideia genial [...] e apagou as luzes da casa, todas as luzes. ”, observando as informações 
e chegando ao gabarito. 
 
12) (P100285H6) Nesse texto, no trecho “... eu vi zilhões de estrelas.” (ℓ. 10), a palavra destacada foi utilizada para 
A) descrever a beleza das estrelas no céu. 
B) expressar o deboche pela escuridão total. 
C) indicar a forma como as estrelas brilhavam. 
D) mostrar a velocidade das estrelas cadentes. 
E) ressaltar a grande quantidade de estrelas no céu. 
 
Descritor D18: Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou 
expressão. 
 
Comentário: O item traz como suporte um fragmento do texto “E o céu se acendeu na noite de Ibitipoca”, 
de Érica França, e o comando solicita ao estudante que ele indique o significado da palavra destacada no 
trecho “... eu vi zilhões de estrelas. ” (ℓ. 10) ”. O estudante que respondeu como gabarito a alternativa E) 
“ressaltar a grande quantidade de estrelas no céu. ”, conseguiu identificar o efeito de sentido decorrente 
do uso desse número fictício utilizado para descrever uma quantidade grande e indeterminada de alguma 
coisa. Para chegar à resposta correta, ele compreendeu que a partir do momento em que os personagens 
ficaram totalmente na escuridão conseguiram ver a grande quantidade de estrelas que havia no céu, e que, 
portanto, zilhões reforça essa ideia. 
 
13) (P100288H6) Em qual trecho desse texto há uma opinião? 
A) “O Parque Estadual do Ibitipoca é maravilhoso,...”. (ℓ. 2) 
B) “Numa noite gelada, o céu estava estrelado.”. (ℓ. 5-6) 
C) “Eu nunca havia visto uma estrela cadente...”. (ℓ. 7) 
D) “E, em minutos, contei cinco estrelas cadentes.”. (ℓ. 10-11) 
E) “Não deu nem tempo de fazer pedidos.”. (ℓ. 11) 
 
Descritor 14: Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. 
 
Comentário: O item traz como referência para a questão um fragmento do texto “E o céu se acendeu na 
noite de Ibitipoca”, de Érica França, e o comando solicita do estudante que ele indique em qual dos trechos 
indicados há uma opinião. O estudante que respondeu a alternativa A) “O Parque Estadual do Ibitipoca 
é maravilhoso,...”. (ℓ. 2)”, como gabarito, conseguiu diferenciar o fato de uma opinião relativa a esse 
fato. Para chegar à reposta o estudante precisou verificar, pela linearidade textual, que o fato narrado é a 
visita a Ibitipoca e que, dentre todos os lugares visitados, um deles foi o Parque Estadual, e identificar 
“maravilhoso” com uma opinião marcada pelo uso de um adjetivo para caracterizar esse espaço, 
demonstrando, assim, que consegue perceber quando o narrador ou personagem se colocam por meio 
do texto dando sua opinião sobre algo, neste caso, de que o parque é um lugar maravilhoso. 
 
 
Texto 1 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
Férias e excesso de jogos eletrônicos 
 
As férias estão aí [...]. Alguns planejam viajar, outros preferem simplesmente descansar. 
Mas uma coisa é certa: jogos eletrônicos em geral estão cada vez mais presentes na rotina 
dos jovens. 
Em primeiro lugar, devemos lembrar que jogos em geral são muito importantes no 
desenvolvimento dos adolescentes [...] “O jogo é uma espécie de brincadeira compartilhada 
além de ser uma forma de diversão” [...], diz Fernanda Canavêz, psicóloga. 
De nada adianta proibi-lo de jogar e não oferecer nenhuma alternativa em troca. “É 
importante que o adolescente tenha outras opções de lazer, para diversificar a maneira 
como utiliza o seu tempo livre, além da possibilidade de conviver com seus amigos e 
familiares”. [...] Procure opções esportivas e culturais na sua cidade, geralmente as ofertas 
aumentam nesse período. Use a criatividade. 
 
Disponível em: <http://migre.me/qQjCr>. Acesso em: 17 jun. 2014. Fragmento. 
Texto 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: <http://migre.me/qQjDY>. Acesso em: 17 jun. 2014. 
 
 
Leia os textos abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(P090404G5_SUP) 
 
14) (P090404G5) A informação comum entre esses dois textos é 
A) a autoridade dos pais no crescimento dos filhos. 
B) a importância do período de férias para os jovens. 
C) a necessidade de fazer novos amigos. 
D) a utilização dos jogos eletrônicos. 
 
Descritor D20: Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação nacomparação de textos que tratam 
do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. 
 
Comentário: O item traz como suporte dois textos, o primeiro é um fragmento do texto “Férias e excesso 
de jogos eletrônicos”, o segundo uma tirinha, e o comando solicita ao estudante que indique qual a 
informação em comum entre os dois textos. Para assinalar o gabarito da questão, a alternativa D “a 
utilização dos jogos eletrônicos”, o estudante conseguiu perceber, por meio das informações 
desenvolvidas na unidade temática dos textos, que ambos abordam a utilização dos jogos eletrônicos. 
Para o estudante chegar ao gabarito, foi necessário se atentar para as marcas linguísticas presentes em 
cada texto, em 1, por exemplo, essa informação já aparece logo no título “Férias e excesso de jogos 
eletrônicos”, ideia que é retomada e discutida ao longo de todo o texto, e em 2, foi preciso ler o verbal e 
o não verbal, compreendendo que a mesma temática é apresentada por meio do humor decorrente da 
frase “Vá lá fora brincar”, corroborando com a ideia defendida no texto anterior: os jogos eletrônicos estão 
cada vez mais presentes na rotina dos jovens. 
 
15) (P090405G5) A parte principal do Texto 1 está marcada no trecho: 
A) “Alguns planejam viajar,...”. (ℓ. 1) 
B) “‘O jogo é uma espécie de brincadeira compartilhada, além de ser uma forma de diversão’ [...], diz 
Fernanda Canavêz, psicóloga.”. (ℓ. 5-6) 
C) “‘É importante que o adolescente tenha outras opções de lazer, para diversificar a maneira como utiliza 
o seu tempo livre,...’”. (ℓ. 7-9) 
D) “Use a criatividade.”. (ℓ. 11) 
 
Descritor D09: Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto. 
 
Comentário: O item traz como suporte dois textos, o primeiro é um fragmento do texto “Férias e excesso 
de jogos eletrônicos”, o segundo uma tirinha, e o comando solicita ao estudante que indique, dentre as 
opções, qual a parte principal do Texto 1. Para assinalar o gabarito da questão, a alternativa C “É 
importante que o adolescente tenha outras opções de lazer, para diversificar a maneira como utiliza 
o seu tempo livre, ...”, o estudante reconheceu a estrutura e organização textual. Para chegar à resposta, 
ele compreendeu que a ideia principal gira em torno da temática “Jogos eletrônicos”, e que essa 
informação é um argumento que sugere o que se pode fazer diante desse contexto, enquanto que as 
demais alternativas são informações secundárias porque reforçam e complementam a ideia principal. 
 
 
Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
15 
Cuidar da saúde... de todos 
 
Mundo Jovem: Que questões devemos levar em conta para termos uma vida saudável? 
Jane Maria Reos Wolff: Devemos ter responsabilidade com as atitudes que vão 
trazer para nós uma qualidade de vida melhor. A atividade física é fundamental. E não 
precisamos ir lá para a academia malhar. Podemos caminhar ao ar livre, próximo ao local 
onde moramos, onde trabalhamos. Uns 30 minutos e ir acrescentando 10 minutos a cada 
semana, até chegar em uma hora, três vezes por semana. Na caminhada, olhamos o 
ambiente e estamos nos cuidando. Esse é um momento muito importante, porque envolve 
cuidado e alguma distração. Melhora a saúde física, porque trabalhamos a musculatura e 
as articulações, melhoramos as atividades cardíaca e respiratória. A circulação melhora 
nosso corpo. Estaremos fazendo um bem para nós mesmos modificando a atividade. Em 
vez de ficarmos sentados o tempo todo na frente da televisão, vamos caminhar, correr... 
Mas quem prefere esportes ou mesmo a academia, fique à vontade: o importante é fazer 
atividade física. 
Outra atitude que não pensamos muito como cuidado de saúde é o uso do cinto de 
segurança, que pode prevenir acidentes graves e poupar nossa vida. [...] Então precisamos 
estar atentos a essas atitudes de preservação e de prevenção relativas à nossa saúde. 
Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/entrevista-02-2012.php>. Acesso em: 22 dez. 2011. Fragmento. (P100189E4_SUP) 
 
16) (P100189E4) Nesse texto, para defender a importância da atividade física para a saúde, a entrevistada 
utiliza como argumento o trecho: 
A) “A atividade física é fundamental.”. (ℓ. 3) 
B) “Melhora a saúde física, porque trabalhamos a musculatura e as articulações...”. (ℓ. 8-9) 
C) “Em vez de ficarmos sentados o tempo todo...”. (ℓ. 10-11) 
D) “... quem prefere esportes ou mesmo a academia, fique à vontade...”. (ℓ. 12) 
E) “... o uso do cinto de segurança, que pode prevenir acidentes graves...”. (ℓ. 14-15) 
 
Descritor D08: Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. 
 
Comentário: O item traz como suporte o fragmento de uma entrevista e o comando solicita ao aluno que 
indique o argumento apresentado pela entrevistadora para defender a ideia da importância da atividade 
física para a saúde. O aluno que assinalou o gabarito da questão, a alternativa B) “Melhora a saúde física, 
porque trabalhamos a musculatura e as articulações...”. (ℓ. 8-9)”, conseguiu estabelecer a relação entre 
o ponto de vista do autor sobre um determinado assunto e os argumentos que sustentam esse 
posicionamento. Para chegar à resposta, ele identificou a ideia básica - “A atividade física é fundamental” 
para a qualidade de vida - e um dos elementos apresentados para sustentar a tese defendida – “Melhora 
a saúde física, porque trabalhamos a musculatura e as articulações, melhoramos as atividades cardíaca 
e respiratória. ”, demostrando saber identificar um argumento dentre os diversos que sustentam a 
proposição apresentada pelo autor. 
 
17) (P100191E4) Nesse texto, no trecho “Então precisamos estar atentos a essas atitudes de preservação...” 
(ℓ. 15-16), a palavra destacada estabelece relação de 
A) adição. 
B) alternância. 
C) conclusão. 
D) explicação. 
E) oposição. 
 
Descritor 15: Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, 
advérbios etc. 
 
Comentário: Esse item apresenta como suporte o fragmento de uma entrevista e o comando solicita ao 
aluno que indique qual a relação de sentido estabelecida pelo uso do então presente no trecho indicado. 
O aluno que marcou a alternativa C) “conclusão. ”, entendeu a relação de conexão textual presente no 
texto: que essa conjunção coordenada compõe o acabamento do fragmento de uma entrevista que trata 
sobre os cuidados com a saúde. Para o aluno chegar ao gabarito, ele compreendeu que o conectivo 
“então” resume, marca o desfecho, conclui o aconselhamento dado pelo profissional entrevistado, uma 
vez que o trecho introduzido pela conjunção se refere ao caráter global do texto, arrematando (concluindo) 
as informações supracitadas, demonstrando ter desenvolvido a habilidade avaliada. 
 
Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
A vila de contêineres 
Estudantes de Amsterdã se mudam para apartamentos de Lata. 
Em 1937, o americano Malcom McLean inventou grandes caixas de aço para armazenar e 
transportar fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais para o comércio na economia 
globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de um? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda, 
fica a maior vila de contêineres do mundo: com aproximadamente 1000 apartamentos de metal. Ela 
fica a 4 quilômetros do centro e foi construída para atender à demanda por alojamentos 
estudantis na cidade. Os contêineres foram comprados na China, onde passaram por uma 
reforma e ganharam os equipamentos básicos de um apartamento, como pia, banheiro, 
aquecedor e isolamento acústico. Eles foram levados de navio para a Holanda e empilhados com 
guindastes para formar um prédio de 5 andares, que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca 
de 1000 estudantes. 
Os contêineres são pequenos, e o prédio não tem elevador (é preciso subir de escada). Mas, 
como o aluguel custa 320 euros por mês, barato para os padrões de Amsterdã, ninguémreclama. “No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho bem eficiente”, diz o estudante alemão 
Torsten Müller, que já vive lá há 6 meses. 
O sucesso foi tão grande que a empresa responsável pelo projeto já construiu outra vila num 
subúrbio de Amsterdã – e também está erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para 
turistas que quiserem ter a experiência de dormir num contêiner. Mas com acomodações de luxo 
– lata por fora, quatro-estrelas por dentro. 
Texto Caroline D’essen Revista Superinteressante - Edição 278 – Maio 2010 – p.28. (P100138B1_SUP) 
 
18) (P100138B1) O tema desse texto é 
A) a criação dos contêineres em 1937. 
B) a influência da China no resto do mundo. 
C) o valor do aluguel em Amsterdã. 
D) uma inovação na moradia em Amsterdã. 
E) um problema habitacional grave. 
 
Descritor 06: Identificar o tema de um texto. 
 
Comentário: O item traz como referência um texto expositivo veiculado na Revista Superinteressante e 
o comando solicita ao estudante que ele indique qual o tema do texto. O estudante que respondeu a 
alternativa D) “uma inovação na moradia em Amsterdã.”, conseguiu identificar o assunto tratado no 
texto. Para ele chegar ao gabarito, foi necessário retomar a leitura e verificar as marcas linguísticas 
presentes na estrutura textual, tais como “vila de contêineres”, “apartamentos de Lata”, “você aceitaria 
viver dentro de um?”, “a maior vila de contêineres do mundo”, “apartamentos de metal”, que evidenciam 
a unidade temática: a solução encontrada para resolver o problema da demanda por alojamentos 
estudantis na cidade de Amsterdã, demonstrando serem capazes de realizar atividades de leitura que 
exijam a realização de um processo de inferência, pois conseguiram organizar as informações 
apresentadas no texto e extrair delas o assunto abordado. 
 
19) (P100139B1) No trecho “...para atender à demanda por alojamentos...” ( .5-6), a expressão destacada 
pode ser substituída, sem alteração de sentido, por 
A) alteração de. 
B) espera por. 
C) exigência de. 
D) influência de. 
E) procura por. 
 
Descritor 03: Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. 
 
Comentário: O item traz como suporte um texto expositivo veiculado na Revista Superinteressante e o 
comando solicita ao estudante que ele indique, dentre as opções, qual expressão pode substituir as 
palavras destacadas no trecho “...para atender à demanda por alojamentos...” (ℓ. 5-6), sem que haja 
alteração de sentido. O estudante que respondeu a alternativa E) “procura por.”, conseguiu inferir o 
sentido da expressão por meio do contexto aplicado. Para se chegar ao gabarito, caso ele não soubesse 
o significado da palavra, precisaria retomar a leitura e identificar, através das pistas textuais oferecidas, 
que o termo “demanda” indica necessidade, precisão, o que levaria à procura por esse tipo de imóvel. 
 
Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAMP, Wesley. Sempre ligado. 2017. In: Os levados da breca. Disponível em: <http://www.oslevadosdabreca.com/os-levados-da-breca-no-
866- sempre-ligado/>. Acesso em: 26 jan. 2018. (P100269H6_SUP) 
 
 
20) (P100270H6) Nesse texto, o personagem PC 
A) ensinou a menina a usar a internet. 
B) estava distraído usando o celular. 
C) fingiu não ouvir o que a menina dizia. 
D) não queria emprestar o celular para a menina. 
E) tentava esconder o que fazia na internet. 
 
Descritor 05: Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). 
 
Comentário: O item tem como referência para a questão uma tirinha de “Os Levados da Breca”, de 
Wesley Samp, e solicita que o aluno indique o que o personagem PC fazia, de acordo com o texto. O 
aluno que respondeu a alternativa B) “estava distraído usando o celular.”, como gabarito, conseguiu 
ler o verbal e o não verbal presente no texto. Para ele chegar à resposta correta foi necessário interpretar 
o texto, compreendendo como a sequência das ações desencadeiam o humor presente no último 
quadrinho quando o personagem PC se desculpa com Alê e pergunta a ela “O que você disse?”, inferindo 
que o personagem estivesse desatento, distraído enquanto usava o celular, por isso não prestou atenção 
ao que ela dizia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
30 
ABC 
 
Quando a gente aprende a ler, as letras, nos livros, são grandes. Nas cartilhas – pelo menos 
nas cartilhas do meu tempo – as letras eram enormes. Lá estava o A, como uma grande 
tenda. O B, com seu grande busto e sua barriga ainda maior. O C, sempre pronto a morder 
a letra seguinte com a sua grande boca. O D, com seu ar próspero de grão-senhor. Etc. Até 
o Z, que sempre me parecia estar olhando para trás. Talvez porque não se convencesse que 
era a última letra do alfabeto e quisesse certificar-se de que atrás não vinha mais nenhuma. 
As letras eram grandes, claro, para que decorássemos a sua forma. Mas não precisavam ser 
tão grandes. Que eu me lembre, minha visão na época era perfeita. Nunca mais foi tão boa. 
E no entanto os livros infantis eram impressos com letras graúdas e entrelinhas generosas. E 
as palavras eram curtas. Para não cansar a vista. 
À medida que a gente ia crescendo, as letras iam diminuindo. E as palavras, aumentando. 
Quando não se tem mais uma visão de criança é que se começa, por exemplo, a ler jornal, 
com seus tipos miúdos e linhas apertadas que requerem uma visão de criança. Na época 
em que começamos a prestar atenção em coisas como notas de pé de página, bulas de 
remédio e subcláusulas de contrato, já não temos mais metade da visão perfeita que 
tínhamos na infância [...]. 
Chegamos à idade de ler grossos volumes em corpo1 6 quando só temos olhos para as 
letras gigantescas, coloridas e cercadas de muito branco, dos livros infantis. Quanto mais 
cansada a vista, mais exigem dela. Alguns recorrem à lente de aumento para seccionar as 
grandes palavras em manejáveis monossílabos infantis. [...] 
O E, que sempre parecia querer distância das outras. O R! Todas as letras tinham pé, 
mas o R era o único que chutava. O V, que aparecia em várias formas: refletido na água (o 
X), de muletas (o M), com o irmão siamês (o W). O Q, que era um O com a língua de fora. 
De tanto ler palavras, nunca mais reparamos nas letras. E de tanto ler frases, nunca 
mais notamos as palavras, com todo o seu mistério. Por exemplo: pode haver palavra mais 
estranha do que “esdrúxulo”? É uma palavra, sei lá. Esdrúxula. [...] As cartilhas, com sua 
alegre simplicidade, serviam para dissimular os terrores que a língua nos reservava. Como 
“esdrúxulo”. Para não falar em “autóctone”. Ou, meu Deus, em “seborreia”! 
Na verdade, acho que as crianças deviam aprender a ler nos livros do Hegel e em 
longos tratados de metafísica. Só elas têm a visão adequada à densidade do texto, o gosto 
pela abstração e tempo disponível para lidar com o infinito. E na velhice, com a sabedoria 
acumulada numa vida de leituras, com as letras ficando progressivamente maiores à medida 
que nossos olhos se cansavam, estaríamos então prontos para enfrentar o conceito básico 
de que vovô vê a uva, e viva o vovô. [...] 
 
Vocabulário: 
1corpo: tamanho da letra. 
VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Disponível em: <http://minhateca.com.br/maybarcelos/Livros*2c+separados+ 
por+nome+do+autor/L/Luis+Fernando+Verissimo/Luis+Fernando+Verissimo+-+Com*c3*a9dias+Para+se+Ler+na+Escola,29438010.Pdf>. 
Acesso em: 26 mar. 2014. Fragmento. (P090107G5_SUP) 
 
21) (P090115G5) Nesse texto, há um traço de ironia no trecho: 
A) “Quando a gente aprende a ler, as letras, nos livros, são grandes.”. (ℓ. 1) 
B) “As letras eram grandes, claro, para que decorássemos a sua forma. Mas não precisavam ser tão 
grandes. [...] E as palavras eram curtas.”. (ℓ. 7-10) 
C) “À medida que a gente ia crescendo, as letras iam diminuindo.”. (ℓ. 11) 
D)“... na velhice [...] com as letras ficando progressivamente maiores [...] estaríamos então prontos para 
enfrentar o conceito básico de que vovô vê a uva, e viva o vovô.”. (ℓ. 31-34) 
 
 
 
Descritor 16: Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. 
 
Comentário: O item traz como suporte a crônica “ABC”, de Luis Fernando Veríssimo, e o comando 
solicita que o estudante indique em qual trecho há um traço de ironia. O estudante que respondeu a 
alternativa D “... na velhice [...] com as letras ficando progressivamente maiores [...] estaríamos 
então prontos para enfrentar o conceito básico de que vovô vê a uva, e viva o vovô.”. (ℓ. 31-34), 
conseguiu compreender a ironia presente no texto. Para ele chegar à resposta foi preciso entender que 
no texto há uma série de comentários irônicos sobre o tamanho das letras de acordo com as idades. 
Quanto mais velhos ficamos, mais as letras diminuem, o que, segundo o narrador, é um processo que 
está errado. Especificamente, entendeu que no último parágrafo a ironia é estabelecida entre dois 
processos complexos – a leitura dos longos tratados metafísicos de Hegel e o que ensinam os manuais 
de alfabetização - e as diferentes idades em que eles ocorrem: quando criança há tempo e interesse 
para se ater a abstrações e quando se fica adulto, com experiências acumuladas e com os olhos 
cansados, bastaria saber decodificar. 
 
 
Leia novamente o texto “ABC” para responder às questões abaixo. 
 
22) (P090112G5) Nesse texto, nas cartilhas, a letra C 
A) era como uma grande tenda. 
B) estava pronta a morder a letra seguinte. 
C) parecia sempre estar olhando para trás. 
D) tinha uma grande barriga. 
 
Descritor 01: Localizar informações explícitas em um texto. 
 
Comentário: O item traz como suporte para a questão a crônica “ABC”, de Luis Fernando Veríssimo, 
e o comando solicita que o estudante indique qual a característica da letra C, de acordo como texto. O 
estudante que respondeu como gabarito a alternativa B “estava pronta a morder a letra seguinte”, 
conseguiu localizar uma informação que está expressa literalmente no texto. Para ele chegar à 
resposta da questão foi preciso retomar ao texto e ler o primeiro parágrafo “O C, sempre pronto a 
morder a letra seguinte com a sua grande boca.”, demonstrando conseguir localizar a informação 
solicitada, seguindo as pistas fornecidas pelo próprio texto. 
 
23) (P090113G5) Nesse texto, no trecho “Na época em que começamos a prestar atenção em coisas 
como [...] subcláusulas de contrato,...” (ℓ. 13-15), o uso de “sub” na palavra destacada 
A) apresenta uma crítica às cartilhas infantis. 
B) marca a área em que o narrador trabalha. 
C) mostra a saudade do narrador da infância. 
D) reforça o fato de a letra ser minúscula. 
 
Descritor D19: Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou 
morfossintáticos. 
 
Comentário: O item traz como suporte a crônica “ABC”, de Luis Fernando Veríssimo, e o comando 
solicita do estudante que ele indique qual a ideia presente no uso do “sub” na palavra “subcláusulas”. O 
aluno que respondeu a alternativa D “reforça o fato de a letra ser minúscula”, compreendeu o valor 
semântico atribuído ao prefixo latino “sub-”, designando inferioridade. Para o aluno chegar ao gabarito, 
ele reconheceu os comentários irônicos sobre o tamanho das letras de acordo com as idades: quanto 
mais velhos ficamos, mais as letras diminuem, processo, o qual, segundo o narrador, está errado, 
associando-os a outras palavras do texto, tais como “notas de roda pé” e “bulas de remédio”, elementos 
que reforçam a ideia de que as letras são pequenas, minúsculas, evidenciando os problemas de visão 
em decorrência do avanço da idade. 
 
24) (P090118G5) De acordo com o primeiro parágrafo desse texto, a letra Z era 
A) atrasada. 
B) bondosa. 
C) desconfiada. 
D) orgulhosa. 
 
Descritor D04: Inferir uma informação implícita em um texto. 
 
Comentário: O item traz como suporte a crônica “ABC”, de Luis Fernando Veríssimo, e o comando 
solicita ao estudante que indique, de acordo com o texto, uma característica da letra Z. O estudante que 
marcou como gabarito da questão a alternativa C “desconfiada”, conseguiu realizar uma inferência. 
Para se chegar à resposta, o estudante, provavelmente, retomou a leitura do texto e, por meio de 
expressões explicitamente marcadas, tais como “que sempre me parecia estar olhando para trás” e 
“quisesse certificar-se”, estabeleceu relações e inferiu o sentido que elas adquiriram no texto: que a 
letra Z estava sempre desconfiada, por isso olhava para trás, a fim de confirmar se era mesmo a última 
letra do alfabeto. 
 
25) (P090109G5) No trecho “Nas cartilhas – pelo menos nas cartilhas do meu tempo – as letras eram 
enormes.” (ℓ. 1-2), os travessões têm a função de 
A) apresentar uma definição. 
B) destacar uma crítica. 
C) iniciar um diálogo. 
D) marcar um comentário. 
 
Descritor D17: Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações. 
 
Comentário: O item traz como suporte a crônica “ABC”, de Luis Fernando Veríssimo, e o comando 
solicita do estudante que ele indique qual a função do uso dos travessões em um determinado trecho do 
texto. O estudante que marcou como gabarito da questão a alternativa D “marcar um comentário”, 
compreendeu que uma das funções de uso do duplo travessão é como aposto. Ou seja, para isolar o 
conteúdo da frase que tenha o objetivo de explicar. Para se chegar à resposta, o estudante retomou a 
leitura do texto e conseguiu identificar o efeito de sentido provocado pelo emprego do uso dos travessões: 
enfatizar um trecho intercalado com o texto, sendo esse um comentário do autor, a opinião dele. 
 
26) (P090110G5) No trecho “... mais exigem dela.” (ℓ. 19), a palavra em destaque substitui 
A) infância. 
B) idade. 
C) vista. 
D) lente. 
 
Descritor 02 : Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições 
que contribuem para a continuidade de um texto. 
 
Comentário: Esse item traz como suporte a crônica “ABC”, de Luis Fernando Veríssimo, e o comando 
solicita que o estudante indique qual palavra o pronome “dela”, no fragmento “... mais exigem dela.”, 
retoma no texto. O estudante que marcou a alternativa C “vista”, compreendeu que os usos de 
pronomes servem para substituir nomes e dar continuidade ao desenvolvimento das ideias no texto. 
Para ele chegar ao gabarito, foi preciso retornar à leitura do parágrafo para verificar a quem esse termo 
se referia – “Quanto mais cansada a vista, mais exigem dela.”, demonstrando conhecimento que uma 
das formas de se manter a coesão e a coerência referencial no texto é usar os pronomes possessivos 
de modo anafórico.

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