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Negócios Internacionais

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Negócios 
Internacionais
Ivan Ferreira de Campos
Lissandro de Sousa Falkowiski
Negócios Internacionais
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 Campos, Ivan Ferreira de 
 
 ISBN 978-85-8482-324-6
 1. Empresas multinacionais - Administração. 2.Relações 
 econômicas internacionais. I. Lissandro de Souza Falkowiski
 II. Título.
 CDD 658.049 
Lissandro de Souza Falkowiski. – Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional S.A., 2016.
 208 p.
C198n Negócios internacionais / Ivan Ferreira de Campos, 
© 2016 por Editora e Distribuidora Educacional S.A 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida 
ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, 
incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e 
transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e 
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Vice-Presidente Acadêmico de Graduação: Rui Fava
Gerente Sênior de Editoração e Disponibilização de Material Didático: 
Emanuel Santana
Gerente de Revisão: Cristiane Lisandra Danna
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Coordenação de Disponibilização: Daniel Roggeri Rosa
Editoração e Diagramação: eGTB Editora
2016
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CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br 
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Unidade 1 | Introdução aos negócios internacionais
Seção 1 - Negócios e relações internacionais
1.1 | Contextualização do Cenário Global
1.2 | Sobre as Relações Internacionais
1.3 | Um Contexto Histórico
1.4 | Os Negócios Internacionais
1.5 | Teorias de Comércio Internacional
Seção 2 - Negociações e órgãos reguladores
2.1 | Um Breve Contexto
2.2 | Protecionismo e Barreiras ao Comércio Internacional
Seção 3 - Acordos e instituições nacionais e internacionais
3.1 | Introduzindo a Ideia das Relações e Acordos Internacionais
Seção 4 - Blocos econômicos
4.1 | A Criação de Blocos Econômicos
4.2 | União Europeia
4.3 | A Aladi e a Transição ao Mercosul
4.4 | NAFTA
4.5 | APEC
4.6 | ALCA
4.7 | Brasil e o Comércio Exterior
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Unidade 2 | Operações em negócios internacionais
Seção 1 - Importação
1.1 | Um Breve Contexto Sobre Importação
1.2 | Iniciando o Processo
1.3 | Questões Fiscais
1.4 | Despacho Aduaneiro
Seção 2 - Exportação
2.1 | Um Breve Contexto Sobre Exportações
2.2 | Iniciando o Processo
2.3 | Exportações Especiais
2.4 | Tipos de Exportação
2.5 | Seleção de Mercados
2.6 | Comunicando-se com o Exterior
2.7 | Embalagem e Volumes
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Unidade 3 | Logística e marketing aplicado ao comércio exterior
Seção 1 - Modalidades de Transporte
1.1 | Transporte rodoviário
1.2 | Transporte ferroviário
1.3 | Transporte dutoviário
1.4 | Transporte aéreo
1.5 | Transporte hidroviário
 1.5.1 | Transporte fluvial
 1.5.2 | Transporte marítimo
1.6 | Comparando as cinco modalidades de transporte
Seção 2 - Armazenamento e Estocagem
2.1 | Armazenamento
2.2 | Estocagem
Seção 3 - Composto de Marketing: Preço e Produto
3.1 | O produto e sua internacionalização
3.2 | Características dos produtos
3.3 | Estratégias de precificação nas exportações
Seção 4 - Composto de Marketing: Comunicação e Distribuição
4.1 | As Comunicações Internacionais
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2.8 | Transporte, Seguro e Preço de Exportação
2.9 | O Prazo de Entrega e a Validade da Negociação
2.10 | Solicitação de Referências e Documentos
2.11 | Complementos dos Processos
Seção 3 - Incentivos ao comércio internacional
3.1 | Contextualização sobre Incentivos ao Comércio Internacional
3.2 | Incentivos Fiscais
3.3 | Incentivos Financeiros
3.4 | Incentivo Financeiro à Produção e Comercialização
3.5 | Agentes Internacionais
3.6 | Incentivos Institucionais
Seção 4 - Câmbio
4.1 | O Câmbio Nosso de Cada Dia
4.2 | A Política Cambial no Brasil
4.3 | Estrutura do Mercado de Câmbio Nacional
4.4 | Taxa de Câmbio
4.5 | Posição de Câmbio e seu Controle
4.6 | Controle de Remessas
4.7 | Contratos de Câmbio
4.8 | Câmbio Normal e Simplificado
4.9 | Arbitragem de Câmbio e SWAP
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Unidade 4 | Internacionalização de negócios
Seção 1 - Empreendedorismo e a internacionalização
1.1 | Processo empreendedor
1.2 | Características do empreendedor
1.3 | Plano de negócios
Seção 2 - As estratégias de internacionalização
2.1 | Breve histórico da internacionalização brasileira
Seção 3 - Plano de internacionalização de empresas
3.1 | O plano de internacionalização
3.2 | Departamento de exportação
Seção 4 - Casos de internacionalização
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Apresentação
Caros alunos, neste livro temos a intenção de levá-los ao entendimento sobre 
o contexto do mundo globalizado e como as empresas se comportam em 
relação aos negócios internacionais. Nosso grande objetivo está em que vocês 
entendam o que são e sua importância no cenário das economias mundiais, 
introduzindo as relações políticas e sua importância, as questões econômicas que 
imperam nas relações comerciais e os dilemas sociais em meio aos processos 
de desenvolvimento econômico global. Procuraremos evidenciar de que forma 
as organizações, assim como diferentes países, relacionam-se, fortalecem-
se e realizam transações entre si, em uma escala macroambiental que envolva 
as diferentes estratégias inerentes a este relacionamento. Também, lhes será 
apresentado o conjunto de técnicas, normas e regras inerentes às relações de 
comércio, assim como o papel administrativo e gestor, que estariam ligados ao 
perfil do profissional de administração e às atividades de importação e exportação. 
Vocês também entenderão como funcionam os incentivos governamentais à 
exportação, bem como o fortalecimento de nossas indústrias e empresas, seja 
através de incentivos diversos, seja no tocante ao processo de proteção, passando 
pelas inúmeras barreiras possíveis que podem ser impostas aos produtos e às 
empresas estrangeiras. Outros pontos bastante importantes que serão abordados 
neste livro envolvem o processo de logística internacional, bem como as normas 
e regras estabelecidas nas transações internacionais. Também, acerca do plano 
de internacionalização dos negócios de uma empresa, suas estratégias diversas, 
e como o Marketing Internacional é configurado de forma a servir aos objetivos 
de expansão da atuação de uma empresa em outros territórios. Um fator bastante 
marcante é que os conhecimentos adquiridos neste livro não sejam limitados 
ao universo dos negócios internacionais, pois existe uma clara aplicabilidade a 
diferentes áreas dos estudos organizacionais. Enquanto orientação de estudos 
dentro da Administração, os negócios internacionais possuem uma dinâmica 
bastante acentuada, caminhando proporcionalmente em termos de atualização, 
a áreas como tecnologia e economia. Aos gestores fica a mensagem de que, em 
virtude desse ritmo globalizado das relações internacionais, lhes é recomendado 
um contínuo processo de aprofundamento sobre este assunto, das leis, normas, 
mudanças políticas, culturais e sociais, que esperamos motivar ao longo desta 
leitura, servindo de base para que pesquisas e aprofundamentos teóricos sejam 
realizados. Que essa leitura os leve ao conhecimento e os motive enquanto alunos! 
Prof. IvanFerreira de Campos
Unidade 1
INTRODUÇÃO AOS NEGÓCIOS 
INTERNACIONAIS
Esta seção trata sobre o ambiente dos negócios e das relações internacionais, 
apresentando as teorias clássicas do comércio exterior e os princípios 
administrativos envolvidos nos negócios internacionais.
Nesta seção, nosso foco estará sobre as práticas protecionistas e outras 
barreiras que podem se apresentar como dificuldades para as organizações 
no tocante às relações de comércio exterior, e que podem interferir na esfera 
política e de relacionamentos internacionais.
Seção 1 | Negócios e relações internacionais
Seção 2 | Negociações e órgãos reguladores
Objetivos de aprendizagem: 
Nesta unidade você compreenderá os conceitos envolvidos nas relações 
internacionais, referentes às questões políticas e econômicas entre diferentes 
países, de forma que seja possível um melhor entendimento sobre o que 
chamamos de relações comerciais entre nações. Apresentaremos que, 
dentro do universo de organizações existentes neste cenário global, há desde 
pequenos e grandes jogadores, que ao longo da evolução social passaram a 
figurar como peças importantes na estratégia de crescimento econômico e no 
processo de dominação e poder estratégico presente no mundo dos negócios. 
Pretende-se, então, que seja possível o entendimento deste relacionamento 
através desta unidade.
Ivan Ferreira de Campos
Introdução aos negócios internacionais
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Nesta seção, nosso foco estará em apresentar aspectos inerentes aos 
acordos internacionais, pontos que envolvem o processo de negociação entre 
as economias e ajuntamentos de comércio.
Nesta seção, nosso foco estará em apresentar os conceitos inerentes aos 
Blocos Econômicos, suas razões e aspectos inerentes aos objetivos comerciais 
e políticos comuns.
Seção 3 | Acordos e instituições nacionais e internacionais
Seção 4 | Blocos econômicos
Introdução aos negócios internacionais
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Introdução à unidade
Caros alunos, devemos considerar o mundo em que vivemos e os princípios 
envolvidos na organização social, marcados pelas concepções básicas de 
relacionamento, em que surgiram as disputas por territórios, pela busca de alimentos 
e recursos naturais que garantissem a existência dos grupos sociais, pelo surgimento 
de regras, normas e um sistema de relações no qual houvesse a defesa individual 
e coletiva dos interesses sociais. Diante disso, iminentemente, surgiram conflitos, 
os quais se basearam em ideologia e passaram, necessariamente, pelos embates 
bélicos, em especial quando os conflitos não eram resolvidos de forma consensual 
ou quando eram profundamente embasados em interesses contraditórios. Esse 
processo culminou naquilo que chamamos hoje de negócios internacionais, que 
tratam as questões de relacionamento entre as diferentes sociedades, certamente 
passando pelo estabelecimento das regras, normas e questões de soberania que 
envolveram e continuam envolvendo conflitos políticos, ideológicos e armados, 
refletindo, basicamente, que o grande cenário e mercado mundial, baseado em 
construções sociais históricas, tem um regime intrincado de gestão. Nosso objetivo 
nessa unidade é apresentar os princípios que permearam este desenvolvimento até 
nossa realidade contemporânea de forma que vocês possam ter a compreensão e a 
identificação de onde estamos nesse cenário do mundo globalizado!
Bom estudo!
Introdução aos negócios internacionais
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Introdução aos negócios internacionais
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Seção 1
Negócios e relações internacionais
Caros alunos, neste mundo globalizado em que vivemos e considerando a 
economia como a mola propulsora de nossas vidas, temos que negócios internacionais, 
relações internacionais e comércio internacional são termos e partes de uma mesma 
engrenagem, uma vez que, quando consideramos aspectos produtivos, econômicos 
e políticos, estamos considerando o todo de um contexto envolto na sociedade 
moderna e no sistema capitalista. Mas isso tudo não é novo, assim, vamos compreender 
nessa seção aspectos que norteiam a construção da teoria e o desenvolvimento das 
relações de comércio internacional.
1.1 Contextualização do Cenário Global
Temos na economia a premissa básica das relações de interesse que 
culminam no comércio, as questões que envolvem oferta e demanda, escassez e 
complementariedade dos recursos que atendam às necessidades dos indivíduos, 
dentro da perspectiva que nos conduz aos padrões de produção e consumo da 
sociedade capitalista. A evolução histórica empreendeu que os meios de produção 
precisavam evoluir, justamente para que o atendimento das demandas, cada vez 
maiores, fosse viável, sendo que, em virtude dessa necessidade, houve um processo 
de especialização do trabalho e busca pela melhora do processo produtivo, que 
juntos garantiriam tanto este atendimento como a ampliação dele a outros territórios 
ou grupos sociais.
A tão falada globalização ou intercâmbio cultural, tecnológico e econômico 
apresentou-se como uma alavanca do comércio mundial, sendo os negócios 
internacionais necessários, e baseados em pressupostos apontados por Maia (2004), 
e representados na tabela a seguir:
Introdução aos negócios internacionais
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Fonte: A autora (2015).
Tabela 1.1 | Pressupostos básicos do comércio internacional
Pressupostos Importância
Divisão Internacional do Trabalho Garante que as necessidades serão supridas em 
nível mundial por conta da intercambialidade da 
produção.
Diferenças naturais Sejam questões de clima, tecnologia, cultura, 
ou mesmo reservas de insumos, garantirão 
vantagens a países em detrimento de outros, e 
vice-versa.
Desenvolvimento histórico Em qualquer área, seja na política, economia 
ou tecnologia, garantirá que países estarão em 
estágios diferentes no tocante às necessidades 
existentes, e em atender necessidades de outros 
países.
De forma bastante específica, os negócios internacionais podem ser definidos 
como uma área de estudos complexos, que envolvem o relacionamento comercial 
ou político e social, entre países, empresas e pessoas, entre territórios distintos.
Não podemos esquecer que, além das empresas, instituições públicas, governos, 
organizações diversas (ONGs), até mesmo pessoas estariam envolvidas nesse 
processo. No âmbito social e governamental, temos que as relações internacionais, 
ou de caráter estratégico, envolvem a investigação e o entendimento das relações 
econômicas, sociais e políticas entre os vários países, e suas posições neste complexo 
cenário internacional.
Na subseção seguinte, estudaremos uma breve evolução histórica que marcou 
as relações e os negócios internacionais.
Os negócios internacionais referem-se ao desempenho de 
atividades de comércio e investimentos por empresas, através 
das fronteiras entre países. [...] As empresas organizam, 
abastecem, fabricam, comercializam e conduzem outras 
atividades de valor agregado em escala internacional 
(CAVUSGIL; KNIGHT; RIESENBERGER, 2010, p. 3).
1.2 Sobre as Relações Internacionais 
Tudo começou há muito tempo, sendo que as relações internacionais 
Introdução aos negócios internacionais
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acompanharam o processo de evolução e construção social histórica. Desde 
sociedades expansionistas até a Europa “imperialista”, pós Era Feudal, que durou 
até meados do século XV. O processo de retomada da expansão territorial e a luta 
por influência e estabelecimento de poder veio a partir da virada para o século XVI, 
principalmente com o objetivo de ver crescer o poder das monarquias, em especial, 
podemos citar nesse contexto, as monarquias portuguesa, espanhola e inglesa. 
Desta forma, este objetivo de aumento do poder exigiu que as fronteiras fossem 
ultrapassadas, e as grandes navegações proporcionaram que os territórios fossem 
ampliados, tanto em área de influência quantono sentido de busca de insumos, 
bens de consumo e, obviamente, no sentido de ampliar as condições de fluxo de 
mercadorias que possibilitassem o lucro.
É importante frisarmos que essa expansão foi importante em outros sentidos, 
como cultura e progresso social, sendo que esse período de explosão das relações 
comerciais se chama "mercantilismo", em que o “Estado tinha um poder muito grande 
nas decisões econômicas” (MAIA, 2004, p. 90), assim como tinha como ampliar 
esse poder a partir da abertura de novas fronteiras, fossem estas de exploração ou 
colonização.
Com o mercantilismo e a já falada necessidade por ampliação das áreas de 
influência comercial e de poder, novos caminhos foram procurados, rotas de 
comércio que pudessem abastecer essa necessidade e, novamente, Portugal e 
Espanha destacaram-se, pois, com um forte interesse em trazer produtos da Ásia para 
comercializarem na Europa, buscaram a aventura em novos territórios, o processo 
de colonização além-mar, que culminou na descoberta “acidental” do continente 
americano (DIAS; RODRIGUES, 2004).
Temos, no passado, o reflexo do que somos hoje, essa afirmação refere-se a 
todos os aspectos possíveis, incluindo política, economia e comércio. Maia (2004)
trata nossa construção histórica como um processo evolutivo, onde erros e acertos 
auxiliaram a formalização dos negócios internacionais e a consolidação das relações 
internacionais. Exemplos pontuais podem ser trabalhados, dentre estes a proposta 
Quer conhecer mais sobre o “mercantilismo”? Recomendamos que você 
navegue mais um pouco, aprofundando seus conhecimentos em como 
esse período foi importante para que a Europa pudesse crescer em torno 
do emergente capitalismo e da Revolução Industrial, confiram no link:
Disponível em: <http://www.algosobre.com.br/historia/
mercantilismo-o.html>. Acesso em: 13 jul. 2015.
Introdução aos negócios internacionais
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de livre mercado defendida por Adam Smith em sua célebre obra “A Riqueza das 
Nações”, em que defende um crescimento econômico pela independência e 
acumulação de capital, através de uma regulação mínima do Estado nos pontos em 
que lhe seja imprescindível a presença, e por uma política de regulação autônoma 
da economia por parte do setor privado.
Esta lógica foi dominante no capitalismo até meados do século XX, quando a 
quebra da Bolsa de Nova Iorque provou que o livre mercado não é possível, devido 
ao processo de inchaço que ele sofre através da acumulação e especulação, exigindo 
um retorno do papel do Estado como regulador maior da economia. Estes erros e 
acertos, dados em um contexto, serviram para que fosse possível a construção de 
mecanismos, que se envolvem em um todo, com cada parte da estrutura de um país.
Vamos conhecer um pouco mais da história? Que tal ler um pouco mais 
sobre a teoria de livre mercado de Adam Smith?
Confiram no link disponível em: <http://www.infoescola.com/economia/
adam-smith/>. Acesso em: 13 jul. 2015.
Outro ponto bastante importante para complementarmos nossos 
conhecimentos é conhecer mais sobre a quebra da bolsa de Nova Iorque 
em 1929 e sua relação com o livre mercado, acessem o link apresentado 
na sequência e boa leitura:
<http://www.infoescola.com/historia/crise-de-1929-grande-
depressao/>. Acesso em: 13 jul. 2015.
1.3 Um Contexto Histórico
É importante lembrar que, nesse mercado mundial, o Brasil teve papel bastante 
marcante, pois mesmo como colônia, quando éramos explorados em relação às 
riquezas naturais, estávamos inseridos no cenário das relações internacionais de 
comércio. Nosso Pau-Brasil ia para a Europa, era usado no tingimento de roupas 
e tinha papel importante para Portugal, assim como na cultura da cana-de-açúcar, 
depois ao enviar ouro, e até meados do século XX, quando já independentes e como 
uma nação passamos pela cultura do café e do leite.
Nesse período de aproximadamente quatrocentos e vinte anos, o Brasil foi 
explorado e não podia ser considerado uma nação com autonomia, pois mesmo 
depois da independência não tínhamos uma base industrial estabelecida, o que nos 
colocava em segundo plano no mercado mundial.
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Imaginem isso do ponto de vista do atraso, pois, enquanto a Europa passava 
por um processo de modernização desde a Revolução Industrial em 1750, ainda 
estávamos iniciando o processo de instalação de fábricas, pequenas e muitas vezes, 
artesanais, que serviam às necessidades locais de comerciantes e consumidores em 
busca de commodities simples.
Os Estados Unidos já estavam avançados em termos de industrialização por 
conta da colonização de desenvolvimento e da antecipada independência em 
relação à Inglaterra, e as relações de comércio mundial, embora ainda em processo 
de nascimento, estavam desenhadas.
Esse desenho nos colocou aquilo que se conhece como o surgimento do 
“Liberalismo Econômico” de mercado, fase seguinte à Revolução Industrial 
e Comercial, e que como já tratado na teoria de livre mercado, fomentaria o 
crescimento industrial e comercial em nível mundial.
Essa tal Revolução Industrial espalhou a semente do sistema econômico mundial 
que conhecemos, pois, com o advento dos meios de produção mecanizados, 
houve a explosão da produção e, consequentemente, consequentemente foi dado 
início a um caminho sem volta, em que a produtividade avançou cada vez mais na 
medida em que se aperfeiçoava o processo envolvido.
As empresas que começavam a trilhar um caminho de crescimento em âmbito 
mundial, ou seja, começavam a ter interesse fora de seus limites, passaram a 
racionalizar o trabalho em favor de um aumento na condição de produzir, para 
alimentar a demanda pelos produtos que saíam fresquinhos das linhas produtivas. 
Nesse momento histórico, o pensamento da racionalização tomou um corpo que, 
entre o fim do século XIX e início do século XX, popularizou-se e determinou aquilo 
que conhecemos como o surgimento da ciência da Administração, na qual, através 
dos estudos racionais funcionalistas, advindos das ideias de Frederick Winslow Taylor 
e Henry Ford, as indústrias maximizaram suas capacidades através do conceito de 
linhas de montagem e dos estudos de tempos e movimentos.
Vamos conhecer um pouco mais sobre a Revolução Industrial e também 
da Revolução Comercial?
Acesse o link e confira particularidades de cada contexto!
Revolução Industrial disponível em: <http://www.suapesquisa.com/
industrial/>. Acesso em: 13 jul. 2015.
Revolução Comercial disponível em: <http://www.infoescola.com/
historia/revolucao-comercial/>. Acesso em: 28 out. 2015.
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Ficaram curiosos acerca do que seria esse tal “funcionalismo”?
Então, a hora é agora, leiam um pouco sobre o que seria e qual seria seu 
papel nas organizações, acessem o link sugerido na sequência:
Disponível em: <http://filosofiasociologiacursonormal.blogspot.com.
br/2013/04/o-funcionalismo_1.html>. Acesso em: 28 out. 2015.
Vamos conhecer um pouco mais sobre os pais da Administração?
Taylor: Disponível em: <http://www.artigonal.com/administracao-
artigos/um-pouco-da-historia-de-frederick-taylor-661465.html>. 
Acesso em: 13 jun. 2015.
Ford: Disponível em: <http://www.onlinetb.com/tmjunior/news/
empreendedorismo-de-henry-ford>. Acesso em: 13 jun. 2015.
Que tal ilustrarmos mais sobre esse mecanismo industrial e uma crítica 
do processo?
Leiam um pouco a respeito:
Disponível em: <http://www.historianet.com.br/conteudo/default.
aspx?codigo=181>. Acesso em: 13 jun. 2015.
Nesse contexto, temos outras considerações a fazer: a primeira é que as indústrias 
passaram a regular-se em favor de explorar as relações de trabalho cada vez mais 
profundamente; a segunda é que de forma bastante pontual os governos passaram a 
observar com interesse o fato de as organizações nacionais, aumentando seu poder 
e influência, também aumentariam asdivisas nacionais a partir do crescimento das 
negociações; e a terceira, a Administração Moderna de Taylor e Ford trabalharia a 
favor desse crescimento.
Ao entrarmos nesse contexto, chegamos à era moderna da administração e das 
relações internacionais, pois foi no século XX em que realmente atingimos uma 
maturidade tanto em termos econômicos quanto industriais e tecnológicos. Nesse 
contexto, mudanças do ponto de vista social e de organização econômica mundial 
interferiram na realidade até então presente, e levaram o mundo a conceber sua 
forma de gerenciar meios de produção em função da acumulação de capital, com 
novas nuances imperialistas, porém, com proporções muito mais profundas do 
ponto de vista mundial.
A primeira grande mudança veio com a Primeira Guerra Mundial, que de 1914 
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até 1918 tornou a economia norte-americana hegemônica, em razão da queda 
das nações europeias afetadas pelo conflito, pela mudança do que foi chamado 
“Padrão-Ouro” para o “Padrão-Dólar”, que, segundo Maia (2004), marcou o processo 
gradativo de mudança do lastro econômico dos países, em que os Estados Unidos, 
com sua sólida base industrializada e econômica, passou a ditar as relações de 
comércio mundiais. No entanto, essa situação não durou muito tempo, pois dez 
anos depois a Europa estava totalmente reconstruída e competitiva, em especial 
tínhamos o surgimento de uma economia muito forte na Alemanha, e um processo 
de recessão na Inglaterra e no Canadá, apontados por Maia (2004) como maiores 
consumidores de produtos americanos.
Dessa forma, a superprodução americana teve de ser reduzida, e assim houve 
o início de uma crise que culminou com o acúmulo de grandes estoques sem 
demanda. Assim, em 1929, pelo desaquecimento da economia, houve um colapso 
do sistema financeiro americano conhecido como “Crise de 1929” ou “Quebra da 
Bolsa de Nova Iorque", que Maia (2004, p. 94) explica de forma resumida assim: “Em 
resumo, um capital de US$ 100,00, aplicado em 1929 (antes da crise), em 1932 valia 
apenas US$ 19,92”.
O resultado em solo norte-americano foi o desemprego, a desvalorização de 
produtos e empresas fechando, o crescimento da marginalização, suicídios de 
grandes financistas e donos de empresas, crescimento das periferias e redutos 
sociais, além, é claro, de um processo de pessimismo geral da população.
A solução adotada pelos Estados Unidos foi a adoção de uma política massiva 
de investimento no mercado interno, com ênfase em infraestrutura, algo bastante 
parecido com o nosso PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), no Brasil, 
que no século XXI teve intenções bastante parecidas, inclusive no incentivo ao 
consumo interno, como forma de capitalizar as empresas e garantir uma nova 
fase de crescimento. Essa política ficou conhecida como New Deal, tendo sido 
proposta por John Maynard Keynes, economista que fundamentou os processos de 
reestruturação econômica norte-americana.
Um retrato bastante interessante desse período vivenciado pela 
economia dos Estados Unidos foi relatado no filme “A Luta Pela Esperança 
(Cinderella Man)”, em que um lutador de boxe torna-se símbolo social no 
meio da crise econômica vivida pela população do país. Acessem o link e 
leiam um pouco a respeito disponível em: <http://omelete.uol.com.br/
cinema/ia-luta-pela-esperancai/>. Acesso em: 13 jun. 2015.
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É interessante que se diga que o keynesianismo espalhou-se não apenas em 
território americano, sendo adotado por diferentes nações, e depois se tornando 
conhecido como política do “Estado de Bem-estar Social”, na qual o governo intervinha 
de forma a oferecer e manter condições de pleno emprego, que movimentariam 
o mercado interno pela lógica do consumo e, ao mesmo tempo, fortaleciam as 
empresas nacionais a produzir cada vez mais em função da exportação.
Com a economia recuperando-se, os Estados Unidos recebem, no período de 
1939 até 1945, uma grande oportunidade de retomar sua condição hegemônica, 
com a Segunda Guerra Mundial, quando, por conta do conflito gerado por Alemanha, 
Itália e Japão, houve danos estruturais em, praticamente, toda a Europa. Situação 
aproveitada pelos Estados Unidos através da ampliação da indústria militar, que seria 
a mola para o crescimento até a entrada do país no conflito, quase ao seu término, 
quando os americanos venceram o conflito, que teve como consequências a queda 
da forte e ascendente economia alemã e a criação de um estado de dependência 
dos países europeus ocidentais, e do Japão, em relação à sua reconstrução.
Com o desgaste causado pelo conflito, as nações clamavam por uma solução 
para aquilo que agora era não apenas um problema de devastação estrutural, mas 
também econômica e social. Então, liderados pelos norte-americanos, os países 
reuniram-se no que foi chamada de Conferência de Bretton Woods, onde discutiu-
se acerca de questões que envolviam a manutenção da paz, a reconstrução dos 
países perdedores ou afetados pelo conflito mundial, bem como o financiamento 
das economias.
Baumann, Canuto e Gonçalves (2004) apontam que, na conferência, as propostas 
e deliberações culminaram na criação do Banco Internacional para Reconstrução 
e Desenvolvimento (BIRD) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo que, 
também, dispostos econômicos como a transição do lastro em ouro para o lastro 
em Dólar, e a padronização das transações mundiais através da moeda norte-
americana, foram detalhados e aprofundados com a proposição do Plano Marshall 
(Programa de Recuperação da Europa), que financiaria, através da participação de 
empresas dos Estados Unidos, obras de reconstrução, inclusive com a facilitação por 
parte dos países afetados, de que empresas pudessem se instalar em seus territórios, 
sem reservas ou bloqueios, para que houvesse incentivo à produção, oferecimento 
de empregos e geração de renda.
Em relação aos japoneses, esse processo de auxílio americano possibilitou que o 
país asiático pudesse se apropriar do conhecimento e das técnicas do modelo norte-
americano, através do que chamamos de “intercâmbio dos meios de produção”, pois 
com a instalação das empresas dos Estados Unidos em solo japonês, rapidamente 
houve o aprendizado e o aprimoramento dos processos.
Introdução aos negócios internacionais
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21
Outro ponto importante que devemos lembrar é que, com o êxito do plano, não 
apenas houve a reconstrução da Europa, mas também a consolidação da posição 
dos Estados Unidos como nação líder mundial, e novamente com interesses mútuos, 
mas muito mais no sentido de legitimar seu poder, houve a proposta de criação de 
um órgão que evitaria questões de desordem mundial, em especial gerenciando as 
relações internacionais nos campos econômico, político e social, a Organização das 
Nações Unidas (ONU), que teria intenção (BAUMANN; CANUTO; GONÇALVES, 2004).
Importante que seja dito que, em razão das disfunções econômicas, sociais e 
políticas em âmbito internacional, houve um movimento de reposicionamento 
estratégico do Brasil no tocante às políticas econômicas e de relacionamento 
internacional. Esses pontos que serão aprofundados mais adiante remetem ao fato 
de que, no contexto histórico, o período de 1929 (Crise Econômica Mundial) até 1950 
(período do conflito bélico mundial, e pós-guerra) consolidou o sistema capitalista e 
de mercado no Brasil.
No país, temos que esse período de contradições e turbulências internacionais 
legitimou o sistema produtivo industrial com moldes norte-americanos, formado 
no início do século XX, tendo como parâmetro principal a indústria automobilística, 
seguindo pressupostos validados nas técnicas Fordistas e Tayloristas de gestão, 
É importante saber que foi também estratégico, para os Estados Unidos, 
estar à frente do plano de reconstrução da Europa, pois assimpoderia 
bloquear o crescimento do “Bloco Comunista”, liderado pelos soviéticos.
Que tal aprofundarmos um pouco mais nosso conhecimento nesse 
assunto?
Acessem o link disponível em:
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/guerra-fria/plano-
marshall.php>. Acesso em: 13 jun. 2015.
Podemos acreditar que sem a Segunda Guerra Mundial nosso 
mundo teria se desenvolvido da forma que se desenvolveu? 
Os negócios internacionais e as relações políticas e sociais 
estariam no patamar globalizado em que se encontram hoje?
Introdução aos negócios internacionais
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22
e que no período pós-guerra possibilitou a instalação de indústrias montadoras de 
automóveis, por exemplo, a Volkswagen, e criou um movimento que girou em torno 
da abertura econômica industrial, em que o capital privado internacional passou a 
visualizar no Brasil um mercado atraente, assim como o governo, passou a buscar 
investir em infraestrutura que fomentasse o desenvolvimento.
Essas políticas de cunho desenvolvimentista, tais como o oferecimento do 
“pleno emprego”, a manutenção de estruturas sociais assistencialistas, bem como a 
manutenção de preços competitivos através de subsídios dos estados, duraram cerca 
de trinta anos, considerando o Keynesianismo como política de bem-estar social.
No entanto, manter uma política intervencionista de longo prazo não seria viável ao 
Estado, seja nos Estados Unidos, no Brasil, ou nos países da Europa e Ásia, do pós-guerra. 
Isso se deve a alguns pontos: a reconstrução da Europa devolveu a competitividade 
dos mercados, assim como houve o surgimento de economias, como a do Japão, 
extremamente competitivas. Da mesma forma, tivemos no mundo um crescimento 
das organizações privadas, que se recuperaram da Grande Depressão, além de terem 
surgido novos competidores em escala mundial.
Esses fatores culminaram em um aumento do consumo, assim como num 
aumento da demanda de insumos para a manutenção dessa lógica sistêmica da 
indústria. Os governos, bastante sobrecarregados, viram-se em uma condição de 
ausência de recursos para a manutenção das “benesses” sociais, assim como viram-
se obrigados pelas forças das organizações privadas em descentralizar o poder 
econômico regulador, retornando a uma condição de livre mercado.
Um dos insumos que mais se tornaram objeto de especulação foi o petróleo, que 
no apogeu da industrialização se mostrou imprescindível para a manutenção da lógica 
de crescimento dos resultados da lógica econômica capitalista. Isso ficou evidente 
quando, na década de setenta, mais especificamente em 1973, a Organização dos 
Países Exportadores de Petróleo (OPEP) elevou o preço do barril de petróleo às alturas, 
o que desencadeou a “crise do petróleo”, impactando as indústrias de todo o mundo 
e, consequentemente, as economias.
Vamos observar esse contexto “Da Crise à Guerra” e analisar alguns 
aspectos que possam ilustrar como o Brasil comportou-se no período 
histórico: O Brasil e a Crise de 1929: Disponível em: <http://historiablog.
wordpress.com/2009/01/03/a-crise-de-1929-e-o-brasil/>. Acesso em: 
13 jun. 2015.
 Brasil e o período pós-guerra: Disponível em: <www.brasilescola.com/
historiab/juscelino-kubitschek.htm>. Acesso em: 13 jun. 2015.
Introdução aos negócios internacionais
U1
23
Os insumos que são necessários a setores estratégicos ao redor do mundo são 
alvos de constante preocupação dos governos, pois majoração em seus preços, 
Como resposta a esse problema de ordem mundial, onde houve escassez de 
combustível para movimentar economia e pessoas, o governo brasileiro iniciou 
estudos que desencadearam uma política planejada de desenvolvimento e utilização 
de um combustível que fosse alternativo ao petróleo, e que poderia manter nossa 
economia em condições de crescimento.
Essa solução foi o PROÁLCOOL (Programa Nacional do Álcool), lançado em 1975, e 
que de alguma forma procurou diminuir a dependência brasileira do combustível fóssil 
natural. Devemos pontuar que o álcool derivado da cana de açúcar apresentou-se 
viável em razão da história de sucesso na produção de cana em solo brasileiro, e que, 
mesmo existindo uma empresa como a Petrobrás, a crise do petróleo desencadeou 
uma vocação brasileira para a pesquisa de combustíveis alternativos.
O PROÁLCOOL cumpriu o seu papel momentâneo, e mesmo não tendo sido visto 
com bons olhos pela população usuária de veículos movidos a álcool, minimizou 
em parte os efeitos da ausência de gasolina ou diesel nas bombas dos postos de 
combustível.
Acho que devemos saber mais sobre a Crise do Petróleo, afinal, foi mais 
um marco no desenvolvimento da economia mundial. Acessem o link, 
pois é hora de saber mais: <http://www.infoescola.com/economia/
crise-do-petroleo/> Acesso em: 13 jun. 2015.
Mais do que uma alternativa, uma estratégia que tinha por objetivo ser 
solução!
O PROÁLCOOL marcou uma mudança de posicionamento brasileiro 
em relação à dependência de insumos provenientes do mercado 
internacional.
Vamos conferir mais um pouco de referências no link apresentado na 
sequência?
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/proalcool-alcool-
etanol-geisel-petroleo-carros-flex-economia-exportacao-cana-de-
acucar.shtml>. Acesso em: 13 jun. 2015.
Introdução aos negócios internacionais
U1
24
mesmo que em níveis mínimos, gera especulação por parte das organizações, assim 
como gera tensões políticas que interferem nas relações internacionais.
Tomemos, por exemplo, a situação do gás natural proveniente da Rússia e da 
Ucrânia e a crise de abastecimento da Europa em 2009, onde os países, bastante 
dependentes deste recurso nos invernos rigorosos, estariam sujeitos a alterações 
de preços sensíveis, e ao mesmo tempo, políticas de restrições no fornecimento do 
insumo em questão, em caso de posicionamento mais radical em relação a uma 
mudança nos preços que não fosse aceita pelos países importadores.
Da mesma forma, em caso de divergências entre os fornecedores (Ucrânia e 
Rússia), pode haver algum tipo de limitação por questões de caráter ideológico e 
político, que gerariam tensões na indústria e no mercado como um todo, e no cenário 
contemporâneo interfeririam na lógica do capitalismo de mercado.
Assim como a Crise do Petróleo e o exemplo da tensão 
acerca do abastecimento de gás natural na Europa, que 
outras tensões podem advir de problemas com insumos que 
movimentem a sociedade industrial moderna?
Para auxiliar na compreensão, acessem o link apresentado na 
sequência e confiram mais um pouco de referências:
Disponível em: <http://blogln.ning.com/profiles/blogs/a-
crise-do-gas-natural-na>. Acesso em: 13 jun. 2015.
1.4 Os Negócios Internacionais
No processo de entendimento das relações, transações e negócios internacionais, 
deveremos entender como funciona a lógica envolvida nos processos, sendo que 
isso passará necessariamente por cada uma das etapas, desde as teorias envolvidas, 
como as negociações, acontecem como são realizados os transportes, assim como 
de que maneira os bens são comercializados e as empresas atuam no mercado.
Com o capitalismo emergente no século XVIII, nossa sociedade formou-se ao 
redor de um sistema baseado no consumo e na aferição de ganhos de capital. Houve 
um processo de fundamentação da indústria e o surgimento do mercado empresarial, 
representado pelas unidades produtivas espalhadas pelo mundo. Em decorrência 
disso, houve o processo de modernização, o qual, pelo espírito empreendedor, 
trouxe à sociedade o molde ideal de vida, em que pessoas passaram a vender sua 
força de trabalho, empresas passaram a desenvolver técnicas de produção e gestão, 
Introdução aos negócios internacionais
U1
25
1.5 Teorias de Comércio Internacional
Essa evolução no pensamento econômico do mundo capitalista, a qual propiciou 
o estabelecimento das relações de comércio em âmbito mundial, tem por base 
pressupostos,sendo estes complementares aos pensamentos de Adam Smith, e 
que também tem um pé na teoria evolutiva de Darwin.
São as chamadas “teorias clássicas do comércio”, as quais são objeto de nossos 
estudos, pois correspondem às bases desse relacionamento internacional. Maia 
(2004) e Dias e Rodrigues (2004) procuram explicar para nós a Teoria da Vantagem 
Competitiva, que está intimamente ligada à criação de vantagens advindas da 
especialização em favor da produtividade.
Sua base está ligada à condição de que é possível construir um conhecimento específico 
tão grande ao ponto de que, ao dominar o processo produtivo, uma organização ou país 
é capaz de aumentar sua produção, reduzindo perdas de insumos e maximizando seus 
resultados, sendo que na passagem a seguir isso é ainda mais evidenciado:
e governos, passaram a estimular suas particularidades produtivas positivas, ou seja, 
a especialização nas competências centrais. 
Essa especialização poderia maximizar os ganhos de capital nas áreas em que 
tanto indústria quanto governos pudessem visualizar crescimento em função da 
redução de custos produtivos, sendo assim viabilizada a ampliação dos lucros. 
Karl Marx, em seus ensaios e análises críticas, observou essas relações já no século 
XIX como um processo desigual, em que os trabalhadores eram dominados pelo 
mercado através da lógica do trabalho.
Sem considerar essa questão da dominação e do dominado, as organizações 
passaram a focar no aumento dessa produtividade e, consequentemente, na 
majoração dos ganhos de capital, sendo que, na entrada do século XX, como 
já vimos, Taylor e Ford propuseram linhas de especialização do trabalho, que 
maximizariam a produção, estratificariam o trabalho em formato de linha produtiva, 
e assim poderiam aumentar a capacidade de oferecimento de diferentes tipos de 
produto em uma mesma linha de produção.
Vamos entender um pouco mais a lógica da divisão do trabalho nas 
organizações formais, acessem o link para saber mais:
Disponível em: <http://www.angelfire.com/ar/rosa01/direito97.html>. 
Acesso em: 24 jun. 2015.
Introdução aos negócios internacionais
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26
[...] esse país se beneficiará se exportar essa mercadoria e 
importar as outras. Isso proporcionará aos países vantagens 
recíprocas. Isto é, o benefício é desse país, que comprará 
produtos mais baratos, e também dos outros, que pagarão 
com produtos que lhes custarão menos (MAIA, 2004, p. 315).
O grande problema abordado pelos críticos desta teoria é que existem situações 
em que não há como se aproveitar de uma vantagem produtiva, seja por limitantes 
tecnológicos, de insumos ou de recursos humanos, o que colocaria um país à 
margem das relações comerciais. Nesse sentido, a teoria falharia em explicar como 
existem incentivos para tal especialização, no caso de não haver como ter vantagens. 
Em contraproposta à Teoria da Vantagem Competitiva, David Ricardo sugeriu a 
Teoria da Vantagem Comparativa, a qual procurava explicar as vantagens advindas 
das relações internacionais de comércio, com base nos custos de produção de 
determinados gêneros de produtos, por diferentes países, em que um país teria 
vantagem sobre o outro, desde que seus custos fossem inferiores, mas sua produção 
superior.
Essa teoria é criticada porque não reflete aspectos ambientais e de contexto, 
tais como situação econômica, desenvolvimento tecnológico, nem aspectos que 
reflitam a qualidade dos bens ou a demanda destes, sendo que, por exemplo, de 
nada adiantaria um produto ser produzido a custos inferiores se sua qualidade fosse 
inferior e sua demanda, consequentemente, menor.
Já John Stuart Mill, baseado na lei da oferta e da procura, contextualizou seu 
pensamento de forma a atingir uma lógica, a qual proporia uma nova teoria, 
conhecida como Teoria da Demanda Recíproca, que refletiria justamente como 
Vamos contextualizar a Teoria da Vantagem Comparativa de forma 
prática?
Acessem o link: <www.apsassessoria.com.br/VANTAGEM%20
COMPARATIVA.doc>. Acesso em: 24 jun. 2015
Após esse entendimento, acessem agora este link como forma de confrontar 
as teorias: <https://www.arazao.com.br/noticia/59758/vantagem-
comparativa-e-vantagem-competitiva>. Acesso em: 28 out. 2015.
Introdução aos negócios internacionais
U1
27
bens com demandas proporcionais às ofertas poderiam relacionar-se com a lógica 
de comércio em âmbito internacional.
Em sua teoria, a premissa básica está em que diferentes países têm diferentes 
necessidades, as quais não conseguem suprir a partir de seus recursos locais, e 
necessariamente dependeriam das potencialidades de outros países. Assim, as 
necessidades seriam mutuamente supridas na medida em que os países fossem 
especialistas em determinados gêneros de produtos.
Outra referência bastante pertinente para que possamos ampliar nossa 
visão acerca dessas teorias consta no link a seguir. Sugiro a leitura 
atenciosa e que façam a comparação entre as teorias, de forma a 
desenvolvermos uma visão mais crítica do assunto.
Disponível em: <http://lucidarium.com.br/2012/06/15/comercio-
internacional-e-as-razoes-da-sua-existencia-entre-nacoes/>. Acesso 
em: 28 out. 2015.
1. Os negócios internacionais têm grande importância no 
contexto do mercado mundial. Analise as afirmações e assinale 
a alternativa correta.
I – Existem limites naturais no tocante à produção nacional, 
sendo que apenas através das transações internacionais um 
país pode suprir suas necessidades.
II – Somente através dos negócios internacionais é possível a 
um país questionar a soberania de outro.
III – A produção mundial está em baixa, assim como os 
conflitos armados parecem iminentes. Nesse contexto, os 
negócios internacionais servem ao interesse maior de nações 
em desenvolvimento, que buscam reduzir a soberania das 
nações antes mais desenvolvidas.
Estão corretas:
Introdução aos negócios internacionais
U1
28
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Todas as afirmativas estão corretas. 
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
e) Somente a afirmativa III está correta.
Introdução aos negócios internacionais
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Seção2
Negociações e órgãos reguladores
Você terá a oportunidade de compreender que o processo de desenvolvimento 
econômico que passa pelos negócios internacionais está regulamentado por questões 
de ordem interna e também de ordem externa no contexto das relações comerciais e 
políticas. Nesse sentido, a presente seção abordará como as negociações transcorrem 
e sobre órgãos regulares do comércio internacional.
2.1 Um Breve Contexto 
O mundo globalizado tem evoluído de forma bastante pontual, sendo que as 
tecnologias de comunicação tornaram mais acessível às pessoas a aquisição de 
bens e produtos, assim como às empresas, a condição de gerenciar os negócios a 
partir de pontos remotos. Essa condição aferida na segunda metade do século XX 
proporcionou que as pessoas e empresas tivessem melhores condições de competir 
o mercado, adquirindo bens e insumos, assim como tecnologias que movimentaram 
o mercado mundial através do aumento da produtividade em larga escala.
Essa tecnologia que veio eliminar distâncias e quebrar paradigmas, como das 
barreiras linguísticas, também aproximou culturas distintas, impelindo que as 
organizações e pessoas passassem a esforçar-se em uma dinâmica de entendimento 
que passou a englobar, conhecer e dominar aspectos sociais e técnicos requisitados 
para a realização das transações em nível global.
Basta que façamos um esforço mental em busca de entender como uma empresa 
exportadora brasileira teria de enfrentar o desafio de vender seus produtos em um 
mercado antes desconhecido, como seria no caso do Cazaquistão, país com pouca 
tradição nas relações comerciais com o Brasil, mas que possui cultura totalmente 
diferente,natureza política, idioma e mesmo condições econômicas muito distantes 
de nossa realidade. Haverá a necessidade de que esta empresa não apenas passe 
a entender a lógica, as tradições, a cultura e as características socioeconômicas 
Introdução aos negócios internacionais
U1
30
do Cazaquistão, como também ter profissionais qualificados para lidar com esse 
relacionamento de forma a viabilizar as negociações.
Estes mesmos profissionais também terão de ser qualificados para lidar com 
chineses, árabes, africanos e, consequentemente, estarão à frente de grandes 
responsabilidade, incidindo em algo que extrapolará nas empresas os custos 
individuais de pessoal, impelindo que as empresas inclusive invistam em capacitação 
para que seus departamentos de comércio exterior, tenham condições de fazer bem 
seus negócios, financiando cursos de idiomas, especializações e de informática.
Vamos entrar agora no campo das negociações em âmbito internacional, 
considerando as barreiras comerciais e as negociações, inclusive políticas, que 
regularão estas relações.
2.2 Protecionismo e Barreiras ao Comércio Internacional
Temos por princípio, nas relações de comércio internacional, pressupostos 
que têm por interesse garantir uma política de livre mercado, no entanto existem 
situações em que governos, representando os interesses da população e das 
empresas nacionais, podem decidir interferir na economia, impondo barreiras que 
terão por intenção justamente preservar a capacidade competitiva de empresas que 
produzam e comercializem dentro do país.
Essas medidas serão direcionadas a impedir, conter ou regular o processo de 
entrada de mercadorias estrangeiras em um determinado país, podendo ser de 
natureza estratégica, como forma de proteger realmente um setor ou grupo de 
empresas, ou mesmo como retaliação política a outro país. Por tratar-se de uma 
medida intervencionista de caráter direto, causará um mal estar em relação aos 
países que estariam na outra ponta, na condição de exportadores, pois isso envolveria 
políticas que ultrapassariam o limite e iriam contra o princípio do livre mercado, 
em que certamente haveria represália no âmbito unilateral ou mesmo internacional, 
caso a prática seja reprovada por um grupo de países.
Essas barreiras não apenas interferem na livre entrada de produtos, mas também 
podem ser de natureza restritiva quanto às exportações, de forma a fomentar o 
comércio interno e assim manter as riquezas dentro do país. Maia (2004) nos coloca 
exemplos de barreiras que podem proteger ou ser usadas por um governo no 
tocante à economia de um país: 
a) Barreiras Alfandegárias: baseadas em mecanismos de regulação das taxas e 
impostos. 
b) Quotas de Importação: limites para entrada de bens até determinado número 
Introdução aos negócios internacionais
U1
31
de unidades, ou importação de bens até determinado número de unidades, assim 
como por montantes de valor. 
c) Taxa de Câmbio: políticas cambiais livres ou indexadas, que servirão para 
regular importações.
Existem outras barreiras também, como as barreiras sanitárias, as quais podem 
trazer à memória a Gripe Aviária, que fez com que nosso frango não fosse importado 
por países como a Rússia, da mesma forma como no caso dos chineses, que tiveram 
de abater sua produção por conta da disseminação do vírus, mesmo nos casos 
onde não havia contaminação. Essas barreiras podem ser transitórias, o que no caso 
aconteceu, pois, após a epidemia estar controlada, não houve mais motivos para a 
manutenção das barreiras, sendo estas suspensas.
Recentemente, outro caso bastante relevante fez com que nosso país estivesse 
sob barreira sanitária, tratou-se do caso de contaminação proveniente do Paraguai, 
do gado brasileiro por Febre Aftosa, que fez com que, novamente, países como 
a Rússia, importadora de nossa carne, suspendesse as importações, até que os 
casos de contaminação fossem isolados e provado que se tratava de uma situação 
transitória e originada por fatores exógenos à criação de bovinos no Brasil.
Considerando o momento econômico mundial e os aspectos 
que tangem à necessidade de uma retomada da economia, 
de que maneira é possível avaliar as práticas protecionistas 
envolvendo países da Europa e Ásia em relação ao Brasil?
Vamos saber um pouco mais sobre os efeitos da Gripe Aviária no mercado 
brasileiro?
Acessem o link e confiram como a epidemia interferiu em nossas 
exportações: 
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/06/09/
ult1767u69101.jhtm>. Acesso em: 24 jun. 2015.
Introdução aos negócios internacionais
U1
32
A Rússia embargou a importação de carne brasileira ao saber de casos de 
contaminação do gado nacional por febre aftosa.
Isso gerou um problema ao governo brasileiro, que, além de sanar a 
questão, teve de reverter o embargo e lidar com uma perda substancial 
que afetou a balança comercial e prejudicou criadores e frigoríficos. 
Disponível em: 
<http://www.brasil-russia.com.br/embargo.htm>. Acesso em: 24 jun. 
2015.
Temos, também, barreiras não-tarifárias, que podemos chamar de barreiras 
técnicas e refletem-se, por exemplo, em imposição de exigências técnicas para que 
produtos possam entrar no mercado nacional ou ser comercializados no mercado 
internacional.
Tomemos como exemplo uma indústria de motocicletas nacional como a Kasisnki, 
que, para comercializar suas motocicletas no mercado europeu, precisaria passar 
por padronizações de segurança, como a adição de componentes, padronização 
de peças e submissão a testes de emissão de poluentes, que tornariam restritivas as 
condições de atuação competitiva da empresa nesse mercado.
Da mesma forma, podemos contextualizar uma barreira técnica hipotética que o 
governo brasileiro poderia impor aos fabricantes de automóveis chineses, como, a 
utilização de recursos de segurança, ou a necessidade de que estes veículos sejam 
bicombustíveis obrigatoriamente, ou que, para sua comercialização no país, seja 
obrigatório que uma empresa chinesa tenha estoque de peças no mercado local, 
para preservar as garantias aos consumidores. Estas barreiras seriam extremamente 
restritivas à entrada desses veículos no mercado nacional.
Além destas, outras barreiras existem e podem ser citadas como de natureza 
econômica, porém anômalas em relação ao que tomamos por livre comércio, são 
as chamadas barreiras atreladas a desvios de comércio. Um destas é o dumping, que 
trata do processo de venda em mercados internacionais de produtos com preços 
abaixo dos praticados pelo mercado local. Nesse particular, o dumping pode ocorrer, 
por exemplo, quando uma empresa brasileira entra em um mercado internacional 
vendendo seus produtos a preços abaixo do valor praticado pelas empresas locais 
daquele mercado, ou quando uma empresa estrangeira entra em nosso mercado, 
com produtos a preços muito reduzidos, que são anômalos à realidade praticada no 
mercado.
A existência do dumping está intimamente ligada ao interesse de que as empresas 
locais não tenham como acompanhar tal prática, consequentemente, perdendo 
Introdução aos negócios internacionais
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33
competitividade ou deixando o mercado. Um exemplo aconteceria em relação à 
indústria do vestuário, em que um polo produtor brasileiro passasse a sofrer pressões 
de novos produtores chineses, que instalando suas fábricas, com processos 
modernos, ou mesmo por políticas de desnatação de mercado, venderiam suas 
roupas a valores reduzidos, derrubando a concorrência.
Devemos considerar que existem outras práticas além do dumping; temos, 
também, o oligopólio e o monopólio, em que, no caso do primeiro, poucas empresas 
definem e lideram um mercado em sistema de cooperação, em que podem ditar as 
políticas de preços, distribuição e, inclusive, por serem as empresas que determinam 
os rumos do setor, controlar até mesmo oferta e demanda.No monopólio acontece 
da mesma forma, porém, apenas uma empresa, nesse caso, já consegue determinar 
os rumos do setor, sendo essa empresa responsável por impedir outras de entrar 
no mercado, além de possuir o poder econômico para que os clientes fiquem de 
forma determinada e específica, subjugados às práticas de preços e qualidade dos 
produtos.
Outras formas relativas de monopólio ou oligopólio podem ser representadas 
pelas fusões de grandes corporações, em que estas passariam a liderar o mercado 
de forma desleal em relação aos competidores que já estavam no mercado. Essas 
práticas são comuns em mercados locais, onde grandes empresas investidoras, 
com interesses comuns, encontram na fusão a solução para desestabilizar o 
equilíbrio econômico em favor de aumentos líquidos na participação de mercado e, 
consequentemente, no lucro. Vamos exemplificar através da fusão entre as empresas 
que formaram a AMBEV (Skol, Brahma e Antarctica), no caso em questão, esta união 
poderia gerar desvantagens econômicas entre os competidores nacionais, pois os 
menores não teriam condições de concorrer de forma justa de acordo com os 
princípios de livre mercado. Também, nesse sentido, os consumidores poderiam 
sofrer com problemas decorrentes do controle de mercado realizado por estas 
empresas, tais como práticas de preços abusivos e controle da oferta de produtos.
Vamos entender o Dumping. Disponível em:
< h t t p : / / w w w . m d i c . g o v . b r / s i t i o / i n t e r n a / i n t e r n a .
php?area=5&menu=321>. Acesso em: 24 jun. 2015. Vamos entender o 
que é a Lei da Muralha através de um exemplo real, praticado na cidade 
de Londrina, e que em certo momento barrou a entrada do WalMart na 
cidade. Disponível em: 
<http://janela-londrinense.blogspot.com.br/2011/08/lei-da-muralha-o-
que-e.html>. Acesso em: 24 jun. 2015.
Introdução aos negócios internacionais
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34
Vamos ver um caso prático de monopólio? Acessem os links apresentados 
na sequência . Disponível em: 
<http://tecnologia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/03/29/
telefonica-recebe-multa-de--152-mi-da-ue-por-monopolio-de-
banda-larga-na-espanha.jhtm>. Acesso em: 24 jun. 2015
Agora, que tal verificarmos acerca de uma fusão? Vamos ver sobre o caso 
da Brasil Foods e dos ajustes para aprovação dessa união. Disponível em: 
<ht tp : / /www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.
phtml?id=1147003>. Acesso em: 24 jun. 2015.
Quem regula tal situação e identifica se existem disparidades nas propostas de 
fusão é o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), que tem por 
interesse específico proteger a livre concorrência e as condições justas para os 
competidores atuarem, assim como garantir aos consumidores que estes não serão 
explorados por práticas abusivas advindas de uma forte presença de uma empresa 
ou grupo de empresas, que após a fusão agiriam como bem entendessem.
Não bastassem esses riscos advindos de práticas como monopólios e oligopólios, 
temos, também, outra modalidade que incide em concorrência desleal, o que 
chamamos de cartel e que compromete a atuação séria e coesa das empresas 
devidamente regulamentadas no mercado, além de impelir o consumidor a 
sujeitar-se a práticas de natureza anômala em relação ao que temos como livre 
concorrência. Um cartel consiste em uma união, informal, de empresas produtoras 
ou fornecedoras de matéria-prima, que de forma a pressionar o mercado ou outros 
concorrentes, combinam seus preços de forma a exercer pressão que possa 
expulsar demais competidoras e assim determinar que as frações de participação 
no mercado sejam equivalentes. Com essa prática, quem perde é o consumidor, 
pois este deixa de ter opções em relação aos preços e produtos vendidos, tendo de 
submeter-se às opções existentes e às combinações estabelecidas.
Vamos acessar um artigo que trabalha essa questão do cartel em nível 
internacional. Acessem o site e entendam o caso do cartel internacional 
do estanho e as implicações dele decorrentes.
Disponível em: <www.pucsp.br/eitt/downloads/iv_ciclo/ArtJulioCuter.
pdf>. Acesso em: 05 jun. 2015.
Introdução aos negócios internacionais
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Também, temos a questão do protecionismo e das duras críticas que essa prática 
recebe no cenário internacional, seja no caso do Brasil realizando algum tipo de 
medida protetiva para com nossas empresas, seja no caso do questionamento 
brasileiro a alguma prática de proteção praticada por governos estrangeiros em 
relação às empresas locais. No centro dessa polêmica, tivemos recentemente o 
“Caso da Laranja”, no qual o governo brasileiro questionou muito o governo norte-
americano e os subsídios que estavam sendo ministrados pelos norte-americanos 
aos produtores de laranja da Flórida.
Também, recentemente em nossa história, houve o questionamento do governo 
canadense acerca de subsídios dados pelo governo brasileiro à fabricante de 
aviõesEmbraer, o que estaria impedindo uma competição leal e prejudicando a 
empresa Bombardier.
Fora estas questões, existem problemas de ordem escusa, tais como a pirataria, 
que se apresenta como um grande desafio, pois empresas brasileiras e estrangeiras 
têm enfrentado o fantasma da produção falsificada de seus produtos, o que quebra 
a lógica de produção em relação ao consumo, pois as empresas gastam tempo 
e dinheiro em pesquisa e desenvolvimento (P&D), investem em marketing, travam 
longas batalhas para que suas áreas de produção tenham condições de fabricar 
os produtos, sendo que o que acontece é que, antes mesmo do lançamento, os 
produtos acabam por ser encontrados em barraquinhas populares do comércio não 
regulado, caracterizando-se como réplicas de baixo valor agregado, ou simplesmente 
cópias “vazadas”, das fábricas por funcionários ou espiões industriais.
Se você não se recorda acerca dessa polêmica da indústria aeronáutica, 
vamos acessar este artigo de forma que possamos rever o caso, e assim 
contextualizar nossa memória com o cenário em discussão. Disponível 
em: 
<http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edica
o=21&id=223>. Acesso em: 05 jun. 2015.
Práticas de proteção a empresas no cenário internacional são 
bastante comuns, todavia, temos nisso um grande prejuízo 
aos concorrentes de países em desenvolvimento, como 
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no caso de empresas brasileiras. Nesse contexto, quais são os 
impactos mensuráveis em termos de desenvolvimento, recursos e 
tecnologias que empresas brasileiras sofrem em relação à proteção 
aplicada às patentes por governos estrangeiros?
Analisando friamente, imaginem o prejuízo de uma empresa brasileira como a 
Positivo Informática, que no mercado local leva dois anos para lançar um produto 
inovador, com altos investimentos, e antes ou depois de seu lançamento encontra 
um produto chinês, do tipo réplica, no mercado com preços muito inferiores, e 
assim derrubando sua competitividade. Ou então, em outra instância, produtos com 
preços inferiores, que não são cópias ou réplicas, mas que no mercado informal, por 
serem fruto de contrabando, teriam capacidade de competição muito maior do que 
os produtos de empresas nacionais que são bastante oneradas com impostos. Esse 
tipo de situação acaba por ser responsável por quebrar muitas empresas ou retardar 
seu crescimento. 
Existem formas adotadas por empresas, em que estas conseguem burlar a 
legislação fazendo com que seus produtos entrem no mercado brasileiro sem 
que os pagamentos de sobretaxas sejam realizados. Grande parte desses casos, 
segundo Landim (2010), acontece com empresas chinesas, pois estas falsificariam 
documentos, tais como certificados de origem de peças, ou de origem das 
mercadorias, de maneira que os produtos parecessem ser fabricados em outros 
lugares, ou serem de outra natureza distinta de sua real função.
Nesse sentido, as barreiras de comércio ou as medidasdiretivas protecionistas 
envolvem, em geral, polêmicas em que sempre haverá duas partes, no mínimo, em 
que serão amistosas as relações dos países que praticamente não tiverem barreiras, 
atingindo assim um estado pleno daquilo que se chama de livre comércio. O que 
é contrário no caso de países que, por práticas de natureza protecionistas, ou que 
por conjunturas políticas e econômicas, estão imersos em barreiras naturais, e assim 
No caso do ferro de passar roupa, por exemplo, o Brasil 
aplicou uma sobretaxa de US$ 5,00 por produto. Em 2007, 
antes da tarifa, 96,5% das importações brasileiras de ferros 
vinham da China. Essa participação caiu para 19,9% no ano 
passado (2009). Em compensação, a fatia de Taiwan subiu de 
1% para 39,3% no período, e a da Malásia saiu de zero para 
30% (LANDIM, 2010, p. 1).
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ficam isolados do resto do mundo no tocante ao comércio, dificultando também 
as relações em outras áreas estratégicas, e sofrendo dessa forma retaliações e, em 
alguns casos, até mesmo intervenções de ordem internacional. 
É importante que seja dito que, no intuito de reduzir a probabilidade de que nossos 
produtos sofram com barreiras de entrada no exterior, em razão de adaptações 
necessárias ou deficiências técnicas, foi desenvolvido pelo governo, em parceria com 
o setor privado, um sistema que faz o mapeamento acerca de exigências técnicas 
em relação aos produtos que serão comercializados no exterior. Este software, 
denominado SISBATEC (Sistema de Informações sobre Barreiras Técnicas), possibilita, 
segundo Faro e Faro (2010), uma condição de identificação prévia de necessárias 
adaptações das empresas em relação aos seus produtos, bem como proporciona 
subsídios para que as empresas tenham condição de superar tais necessidades.
Prosseguindo em nossos estudos, agora vamos abordar acordos em âmbito 
internacional, bem como tratados e procedimentos adotados por empresas no 
sentido de facilitar as relações comerciais internacionais.
Quer conhecer mais sobre este software em sua funcionalidade, 
aparência, com maiores detalhes e as ferramentas existentes. Acesse o 
endereço de forma a aprofundar a experiência de estudos. Disponível 
em:
<http://www2.desenvolvimento.gov.br/sitio/sti/proAcao/barTecnicas/
sisbatec.php>. Acesso em: 15 jun. 2015.
1. Com uma política de câmbio flutuante, em que a moeda 
estrangeira encontra-se desvalorizada, favorecendo as 
importações, como o governo pode agir para incentivar as 
exportações?
2. O que são e como são estabelecidos os acordos 
internacionais?
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Seção 3
Acordos e instituições nacionais e internacionais 
Nesta seção trabalharemos aspectos inerentes aos acordos de cooperação 
internacional, que têm por objetivo alinhar as regras de comércio e que dessa maneira 
permitiriam uma condição de flexibilidade dos processos de fiscalização e fomento 
do comércio internacional. Também, trabalharemos e apresentaremos instituições 
nacionais e internacionais de comércio.
Já falamos um pouco sobre este tipo de ajuste, ou ajuntamento estratégico quando 
contextualizamos o período posterior à Segunda Guerra Mundial, a a conferência 
de Bretton Woods, a criação do Fundo Monetário Internacional (FMI), a criação da 
3.1 Introduzindo a Ideia das Relações e Acordos Internacionais
Limitantes, barreiras e dificuldades enfrentadas pelas empresas e por um país 
no sentido de aumentar o volume de comércio em nível internacional. Isso tudo 
existe e onera e prejudica o funcionamento do sistema capitalista de consumo, 
porém existem também mecanismos, e até mesmo órgãos, que procuram resolver 
essas questões, facilitar o comércio, negociações e transações, com um objetivo 
comum, aumentar a riqueza das nações. É nesse ponto que entram em cena os 
acordos, tratados, contratos e os órgãos, agências e instituições internacionais, 
que procurarão resolver os impasses e fortalecer ou criar laços que movimentem a 
economia mundial. Nesse sentido, Maia (2004) aponta conforme citação a seguir, 
características de cada tipo de ajuste:
O tratado geralmente é muito amplo, bastante complexo e 
com duração longa. O acordo é mais simples e mais flexível. 
As partes estabelecem: os produtos beneficiados, mediante 
listas; as quantidades a serem negociadas; os valores globais 
do acordo e o prazo de duração (MAIA, 2004, p. 163).
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instituição BID (Banco Internacional de Desenvolvimento), ambos que detalharemos 
mais adiante. Agora falaremos sobre o GATT, ou melhor dizendo, General Agreement 
on Tariffs and Trade (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), criado dentro do contexto 
de reconstrução mundial e aquecimento das relações de comércio, com o objetivo 
segundo Maia (2004), de que o comércio internacional fosse igualitário, sem restrições 
quantitativas, e com problemas de ordem geral, fossem sanados em plenárias 
conciliatórias de arbitragem.
Segundo Maia (2004, p. 173): “[...] o GATT era simplesmente um acordo; não era 
um organismo internacional e, praticamente, teve por objetivo apenas o comércio 
mundial”.
Com estes objetivos, o GATT, firmado em 1947, foi precursor daquilo que 
conhecemos hoje como Organização Mundial do Comércio (OMC), tendo sido 
substituído apenas na década de 1990, ou seja, durando mais de quarenta anos, como 
acordo de regulamentação das relações de comércio. Todavia, ao longo desses anos, 
ajustes foram realizados no acordo, bem como iniciativas de substituí-lo surgiram, porém 
sem êxito, até que todos os participantes estivessem de acordo com novos termos.
Em relação à OMC, Maia (2004, p. 173) aponta:
Uma das iniciativas alternativas ao GATT foi a proposição de criação da Organização 
Internacional do Comércio (OIC), a qual seria uma evolução do GATT, que no entanto 
foi recusada, pois, além de questões relacionadas ao comércio internacional, tratava de 
pontos inerentes à soberania dos estados membros, bem como propunha a intervenção 
em caso de necessidade de forçar ajustes, intervenções estas compostas por sanções 
internacionais políticas ou econômicas. Como os Estados Unidos da América, que 
Vamos ler um pouco mais sobre o GATT, para então entendermos melhor 
seus objetivos e o contexto em que a assinatura do acordo apresentou-
se: Disponível em: 
<http://www.infoescola.com/economia/gatt/>. Acesso em: 12 jun. 2015.
[...] A OMC também tem por objetivo desenvolver o comércio 
internacional; entretanto, é mais ampla, porque se preocupa 
com os serviços e direitos de propriedade intelectual. É um 
órgão permanente e com personalidade jurídica.
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estavam à frente da proposição da OIC, os países signatários do GATT julgaram 
inconveniente que tamanho poder fosse dado aos norte-americanos no tocante a reger 
questões que estavam além da esfera das negociações de comércio internacional.
Estes termos refletiriam justamente todos os aspectos da negociação, tais como a 
responsabilidade de embarque, custos de transporte (a quem seriam dirigidos), custos de 
desembarque (a quem seriam dirigidos), local e porto de destino, assim como detalhes 
acerca dos produtos e transferências de responsabilidade quando do atingimento 
do local de destino, sendo de forma específica e particular o pacto de regulação da 
negociação, antes, durante e depois de sua efetivação.
Importante que seja dito que, embora o grande comércio mundial tenha 
deslanchado após a Segunda Guerra Mundial, antes disso havia iniciativas que 
buscavam facilitar o comércio mundial, sendo que, em 1931, em Genebra, na Suíça, foi 
criada a Câmara de Comércio Internacional (CCI), em que algumas nações europeias, 
reunidas com interesses comuns de alavancar o comércio entre estas,procuraram 
trabalhar aspectos de cobranças de tarifas, financiamentos e taxas. Também, é 
importante que tenhamos em mente que foi em uma das reuniões deliberativas 
da CCI (Câmara de Comércio Internacional) que surgiu aquilo que conhecemos 
no comércio internacional por Incoterms (International Commercial Terms), ou 
Termos de Comércio Internacional, discutidos e efetivados em 1936, e que tinham 
por interesse facilitar as negociações entre as partes, componentes da relação de 
comércio internacional, a saber, importador e exportador.
Vamos ler um pouco mais a Organização Mundial do Comércio, que 
substituiu o GATT? Entender e conhecer mais sobre a OMC ilustrará 
melhor do que estamos falando! Disponível em: 
<http://www.infoescola.com/geografia/organizacao-mundial-do-
comercio-omc/>. Acesso em: 12 jun. 2015.
Considerando a análise dos acordos internacionais a favor 
de zonas de livre comércio ou de estímulos ao comércio 
internacional, devemos entender que as economias mundiais 
são interdependentes. Nesse contexto, quais seriam os aspectos 
divergentes na lógica de acordos internacionais de comércio?
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Com o objetivo, se não o de resolver definitivamente os 
problemas inerentes às negociações da espécie, mas pelo 
menos reduzi-los, assegurando um conforto mínimo tanto 
para vendedores quanto para compradores, foram publicadas, 
em 1936, pela Câmara de Comércio Internacional (CCI), as 
regras de interpretação dos termos utilizados no comércio 
internacional – os incoterms (FARO; FARO, 2010, p. 33). 
Maia (2004) complementa que o processo de definição dos trâmites da negociação 
estaria dessa forma atrelado a aspectos irreversíveis, e que, na medida em que a transação 
ocorra, e observando todas as disposições dos termos pactuados, este atingiria seu 
êxito. O autor complementa que, assim como outros acordos, os Incoterms foram 
avaliados e revisados, pois não atenderiam as demandas do contexto socioeconômico, 
desenvolvido no cenário contemporâneo, de forma que sua versão mais atual, conhecida 
por Incoterms 2000, possui 13 cláusulas padronizadas de acordo com essas demandas 
atuais, e que definem assim os padrões de negociação em âmbito internacional: 
(1) EXW – Ex Works (... local designado) – Partindo do local de produção (em 
local designado): este termo representa quando o vendedor exportador disponibiliza a 
sua mercadoria, já habilitada a ser transportada, sendo que nesse momento o comprador 
fica responsável por pelo processo.
(2) FCA – Free Carrier (... local designado) – Transportador livre (em local 
designado): este termo representa que o vendedor exportador deve preparar a 
mercadoria de forma que esta não possua embaraços no país de origem, de forma que o 
transportador, o qual terá todas as responsabilidades acerca do transporte internacional, 
execute o serviço. Esse termo determina a responsabilidade do exportador em relação 
à entrega da mercadoria, independente dos volumes, formas de armazenamento e de 
quem será contratado para o transporte. 
(3) FAS – Free Alongside Ship (... porto de embarque designado) – Livre no 
costado do navio (em porto de embarque designado): este termo é usado apenas no 
transporte aquaviário, onde o exportador deve preparar a mercadoria de forma que esta 
não possua embaraços, e assim seu transporte do navio designado pelo importador 
seja possível, até o momento em que ela for embarcada, a responsabilidade passa ao 
exportador, inclusive no tocante ao seguro e aos custos de transporte internacional. 
(4) FOB – Free on Board (... porto de embarque designado) – Livre a bordo (em 
porto de embarque designado): o termo aqui representa que o exportador é responsável 
pelo desembaraço aduaneiro de exportação (procedimento este em que é realizada 
a conferência aduaneira), sendo que, após o embarque da mercadoria no navio, a 
responsabilidade passa a ser do importador, frete, taxas de desembaraço e seguros.
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(5) CFR – Cost and Freight (... ponto de destino designado) – Custo e Frete (em 
porto de destino designado): termo também exclusivo no caso do transporte aquaviário, 
impõe que todas as responsabilidades já tratadas no FOB recebem o acréscimo de que 
o exportador é responsável pela contratação do transporte internacional até o ponto 
de destino determinado pelo comprador, ou seja, por exemplo, da fábrica até o porto 
exemplo. O importador fica responsável pelos outros custos, como seguro internacional 
da carga e pelo desembaraço aduaneiro em seu país.
(6) CIF – Cost, Insurance and Freight (... ponto de destino designado) – Custo, 
Seguro e Frete (em porto de destino designado): este termo serve para o transporte 
aquaviário e a exemplo do incoterm CFR, no incoterm CIF aponta o exportador como 
responsável pela contratação do transporte internacional que levará a mercadoria até o 
ponto de destino indicado pelo comprador, sendo também responsável em assumir o 
seguro internacional da carga. 
(7) CPT – Carriage Paid to (... local de destino designado) – Transporte Pago até 
(local de destino designado): neste termo, o exportador é responsável por desembaraçar 
a mercadoria para exportação e contratar o transportador internacional. Com a entrega 
da mercadoria ao transportador contratado, sua responsabilidade encerra-se, isso em 
qualquer tipo de transporte. 
(8) CIP – Carriage and Insurance Paid to (... local de destino designado) – 
Transporte e Seguro pagos até (local de destino designado): neste termo, o exportador 
deve providenciar o desembaraço aduaneiro da mercadoria para a exportação, contratar 
o frete e pagar o seguro internacional. Quando a mercadoria desembaraçada for entregue 
à transportadora (primeira), a mercadoria passa a ser responsabilidade do importador. 
(9) DAF – Delivered at Frontier (... local de destino) – Este termo refere-se à entrega 
da mercadoria na fronteira (local de destino), onde o exportador entrega a mercadoria, 
após desembaraço. Isso acontece antes da divisa aduaneira com o país vizinho, em 
algum ponto da fronteira, geralmente local próprio determinado (terminal de carga, área 
de armazenamento e estocagem, entre outros). Pode ser utilizado em todos os tipos de 
transporte. 
(10) DES – Delivered Ex Ship (... porto de destino designado) – Neste termo, o 
exportador entregou o produto a bordo do navio, no porto do destino designado, em 
que a mercadoria fica à disposição do importador, de forma que este tenha de realizar o 
desembaraço de importação. Somente para transporte aquaviário. 
(11) DEQ – Delivered Ex Quay (... porto de destino designado) – Neste termo, o 
exportador entrega a mercadoria no porto de destino designado, ficando responsável 
por descarregar a mercadoria ao exportador, que fará o desembaraço de importação. 
Somente para transporte aquaviário. 
(12) DDU – Delivered Duty Unpaid (... local de destino designado) – Neste termo, é 
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realizada a entrega da mercadoria por parte do exportador no local designado, em que 
ainda não terão sido pagos os direitos, ou seja, desembaraço de importação. 
(13) DDP – Delivered Duty Paid (... local de destino designado) – Entregue com 
direitos pagos (em local de destino designado): Neste termo, o exportador se responsabiliza 
pela entrega da mercadoria no país de destino, no local designado pelo importador, porém 
o importador é quem arca com as custas do desembaraço de importação, no país de 
destino. O comprador só é responsável por descarregar a mercadoria.
Os acordos e o estabelecimento dos INCOTERMS nos remete ao que se esperava 
acontecer com a criação da OMC, de que a organização tivesse êxito em intermediar 
e resolver as questões plenárias acerca das relações internacionais de comércio, 
auxiliando que seus membros pudessem superar barreiras diversas

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