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Aula 7_ Dietoterapia nas Doenças Renais (2)

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DOENÇAS RENAIS
Profª Drª Myrella Lira
myrellacariryl@gmail.com
Fisiopatologia
A unidade funcional do rim é o néfron os néfrons não possuem capacidade regenerativa, apresentando declínio na sua função em casos de 
lesão, doenças ou envelhecimento. 
Principais funções do rim:
Fisiopatologia
• Excreção de produtos finais do 
metabolismo (úreia, creatinina, 
ácido úrico)
Equilíbrio:
• hidroeletrolítico (água, sódio, 
cloro, potássio, magnésio, cálcio e 
fósforo)
• ácido básico (excreção de ácidos 
e reabsorção de bicarbonato)
• Renina - angiotensina
(controla a pressão sanguínea)
•Eritropoetina (maturação dos 
eritrócitos) 
•Calcitriol (metabolismo 
ósseo)
• 1,25 diidroxivitamina D
Definição:
A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é caracterizada por uma redução 
súbita na taxa de filtração glomerular, resultando em desequilíbrio 
hidroeletrolítico e acúmulo de produtos nitrogenados.
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
Etiologia:
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
Pré-renal (perfusão renal inadequada) Desidratação grave(vomito, diarréia, 
febre), uso de diuréticos, insuficiência 
cardíaca, hemorragia.
Renal (fatores intrínsecos) Exposição a droga tóxica, reação alérgica 
a drogas, glomerulonefrite progressiva, 
necrose tubular aguda isquêmica. 
Pós-renal (Obstrução) Hipertrofia prostática, câncer de bexiga 
ou próstata ou pélvico , cálculos ureterais
e obstrução 
A decisão para iniciar a terapia nutricional é influenciada:
• Estado nutricional do paciente
• Doença subjacente
• Grau de catabolismo
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
Classificação da IRA 
Grupo 1 
(leve)
Grupo 2 
(Moderado)
Grupo 3 
(Grave)
• Pacientes não catabólicos, com aparecimento de nitrogênio uréico (TAU) < 5 g acima da ingestão diária de nitrogênio
• IRA causada geralmente por nefrotoxinas
• Maioria dos casos  alimentação oral e o prognóstico de recuperação renal é excelente
• Pacientes com moderado catabolismo e a TAU > 5 a 10 g por dia
• IRA casada pós-operatório de grandes cirurgias 
• Terapia nutricional enteral e/ou parenteral e diálise 
• Pacientes com catabolismo alto e a TAU excede a ingestão de nitrogênio
• IRA ocore devido a trauma severo, queimadura, sepse
• Tratamento inclui Terapia nutricional parenteral e diálise 
- A mortalidade nesse grupo chega a 80%
 A terapia nutricional deve ser dirigida para minimizar o 
hipercatabolismo
Recomendações nutricionais
Terapia Nutricional na IRA
Grau de 
catabolismo
Leve Moderado Grave
TAU < 5 g 5 a 10 g > 20 g
Calorias 25 Kcal/Kg/dia 25 a 30 Kcal/Kg/dia 25 a 35 Kcal/Kg/dia
Proteinas 0,5 a 0,8 g/kg/dia 
(AAE +AANE)
0,8 a 1,2 g/kg/dia 
(AAE +AANE)
1,5 a 2,5 g/kg/dia 
(AAE +AANE)
Outros nutrientes Alimentos Glicose (50 -70%)
Lipídios a 20%
Glicose (50 -70%)
Lipídios a 20%
Via de 
administração
Oral, Enteral e/ou 
parenteral
Enteral e/ou 
parenteral
Enteral e/ou 
parenteral
Definição:
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) 
é uma síndrome clínica que 
consiste na perda gradativa, 
progressiva e irreversível da 
função renal. 
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
Diagnóstico da DRC:
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
TFG < 60 mL/min/1,73 m² por três meses consecutivos
TFG ≥ 60 mL/min/1,73m² associada à presença de anormalidades anatômicas e 
funcionais no rim por mais de três meses consecutivos
Fases da DRC:
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
Fase Filtração glomerular 
(mL/min)
Creatina Grau de IRC
0 ≥ 90 0,6 – 1,4 Grupo de risco para DRC
Ausência de lesão renal
1 ≥ 90 0,6 – 1,4 Função renal normal
Presença de lesão renal
2 60 - 89 1,5 – 2,0 IR leve ou funcional
3 30 - 59 2,1 – 6,0 IR moderada ou laboratorial
4 15 - 29 6,1 – 9,0 IR severa ou clínica
5 < 15 > 9,0 IR terminal ou pré-dialítica
Principais Causas da IRC no Brasil
Sociedade Brasileira de Nefrologia, censo 2017
Sinais Clínicos na IRC
Neurológias Insônia, tremor, fadiga, cefaléia, demência, déficit de atenção, 
paranóia, confusão mental, coma, convulsões...
Cardiovasculares Doença cardíaca isquêmica, hipertrofia ventricular, insuficiência 
cardíaca, hipertensão, arritmia, edema, aterosclerose...
Dermatológicas Pele seca, prurido, pigmentação, sangramento e dificuldade de 
cicatrização
Gastrointestinais Anorexia, náusea, vômito, soluço, estomatite, gastrite, 
sangramento, hálito urêmico. 
Musculoesqueleticas Osteodistrofia, osteomalácia, dores e fraturas, amiloidose, 
miopatia, fraqueza e cansaço. 
Hematológicas e
imunológicas
Anemia, disfunção linfocitária, imunodeficiência e inflamação.
Endócrinas e metabólicas Dislipidemia, resistência à insulina, redução na secreção de insulina, 
intolerância à glicose, hipoalbuminemia, hiperparatireoidismo, 
retardo no crescimento, hipotermia, acidose metabólica, 
catabolismo protéico...
• Tratamento conservador (pré-dialítica)  Pacientes nas fases 1 a 4 da DRC
• Tratamento dialítico (hemodiálise, diálise peritoneal)  Pacientes na fase 5 da DRC
• Transplante renal
Tratamento da IRC
Dietoterapia nas diferentes fases da IRC
Objetivos da Terapia Nutricional:
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
Reduzir o acúmulo de 
compostos nitrogenados 
tóxicos (úreia, creatinina, 
ácido úrico)
Prevenir ou minimizar distúrbios 
metabólicos (hiperpotassemia, 
hiperfosfatemia, acidose, resistencia
insulínica, hiperparatireidismo
secundário)
Retardar o ritmo de 
progressão da IRC
Prevenir desnutrição 
energética-protéica
Restrição protéica
ESTUDOS:
• Diminuição da pressão intraglomerular
• Redução do consumo de oxigênio em conseqüência de menor excreção de amônia e fosfatos
• Diminuição dos lipídeos séricos
• Redução na geração de produtos nitrogenados tóxicos e íons inorgânico – uremia 
• Prevenção e tratamento do hiperparatireoidismo secundário
• Acidose metabólica
• Intolerância à glicose
• Hipercalemia
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
Quando iniciar a dieta hipoprotéica?
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
IRC discreta (TFG > 60 mL/min) -0,8 a 1 g/Kg/dia  ingestão para indivíduos saudáveis
- Controle: pressão arterial e dislipidemia
IRC moderada (TFG 25 a 60 mL/min) -0,6 a 0,8 g/Kg/dia (50 a 60% de alto valor biológico)
- Diabético (0,7 a 0,8 g /kg/dia)
- Controle rigoroso da pressão arterial
IRC avançada (TFG < 25 mL/min) - 0,6 g/kg/dia (50 a 60% de alto valor biológico) ou 0,3 g /kg/dia + 
suplementação com mistura de aminoácidos essenciais e cetoácidos
Cetoácidos
-- Análogos de AAE sem o N
-- Disponibilidade de N  Formação de compostos nitrogenados tóxicos 
Dieta muito restrita em proteínas com cetoácidos
VANTAGENS DESAFIOS
dos sintomas urêmicos N° de comprimidos 1 para 5 Kg
Melhora a acidose metabólica Dificuldade de adesão
Diminui a hiperfosfatemia Limita a variedade de 
alimentos
Diminui a proteinúria Alto custo
Risco de desnutrição
• Indicação: paciente com TFG < 25 mL/min
•Prescrição: 0,3 g /kg/dia (origem vegetal) + mistura de cetoácidos
ANIMAL VEGETAL
 A quantidade total de proteína é mais importante que o tipo.
 DRC-DM, a substituição da proteína da carne bovina por frango ou proteína vegetal parece reduzir a 
proteinúria.
 A ingestão elevada de proteína (vegetal ou animal) parece acelerar a progressão da DRC.
 Dietas restritas em proteínas, à base de alimentos de origem vegetal, desde que bem 
implementadas, parecem não oferecer riscos nutricionais. 
Tipo de Proteína?
aporte energético – poupa PTN Ingestão – Balanço nitrogenado (-)
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
Calorias
• Peso normal  35 Kcal/kg PI/dia
• Redução  25 a 30 Kcal/Kg PI/dia
• Repleção 35 a 45 Kcal/Kg PI/dia
• Obesos ou idosos acima de 60 anos ~ 30 Kcal/Kg PI/dia
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
 Evitar prescrever menos de 25 Kcal/kg PI / dia 
- Garantir o balanço nitrogenado
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
Carboidratos 50 a 65% do VCT 
Lipídieos 25 a 35% do VCT (saturados < 10%, monoinsaturados 10 a 15%, 
poliinsaturados 10%)
Sódio 1 a 3 g/dia (individualizado para PA e edema)Potássio 40 a 70 (mEq), individualizado
Fósforo 800 mg/kg
Cálcio 1000 a 1500 mg
Líquidos Normalmente sem restrição
Ferro > 10 a 18 mg
Zinco 15 mg
Potássio sérico: K sérico risco de morte 
• Hiperpotassemia tem início nos estágios mais avançados da IRC  TFG < 15mL/min
• TRATAMENTO:
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
- 1 ou 2 porções diárias de frutas e 
hortaliças com maior teor de K (> 5 
meEq/porção)
- 2 porções diárias de frutas e 
hortaliças com menor teor de K (< 5 
meEq/porção) 
• Evitar alimentos fontes (Leguminosas, oleaginosas, cacau e derivados, frutas secas, 
molhos e sucos concentrados
• Técnicas de preparo dos alimentos – cocção em água  60% do K
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
• Frutas de acordo com a quantidade de potássio - não precisa cozinhar
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
• Consumo de hortaliças cruas
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
• Fósforo
Quando iniciar o tratamento?
• Hiperfosfatemia TFG < 20 A 25 mL/min
• Controle dietético: nos estágios 3 e 4 da DRC ≤ 700 mg/dia
• Evitar alimentos industrializados (queijos processados, biscoitos, alimentos 
semiprontos, pratos congelados, embutidos e outros)
• Quelantes de fósforo
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
P
Hiperparatireo-
idismo
Calcificação 
vascular
Óbito por 
DCV
• Consumo de sódio
Dietoterapia na Fase Pré-dialítica
• Risco Doenças Cardiovascular
• Progressão da doença
SÓDIO
Controlar a ingestão de alimentos com teor elevado de sódio 
Alimentos processados e ultraprocessados: Embutidos em geral, temperos 
industrializados, macarrão e sopas instantâneas, molho de soja (shoyo), salgadinhos de 
pacote, etc.
Incentivar o uso de temperos naturais 
Alho, gengibre, coentro, limão, pimenta, louro, cebola, hortelã, manjericão, orégano, 
cheiro verde, colorau, etc.
Definição de diálise:
Dietoterapia na Fase Dialítica
Processo pelo qual se realiza a remoção de solutos urêmicos e eletrólitos, além do 
excesso de volume, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio hídrico e 
metabólico dos pacientes em IRC ou insuficiência renal aguda (IRA)
• Indicação: Pacientes com IRC terminal, que apresentam sintomas de uremia e 
aqueles em que o tratamento conservador não foi capaz de manter a qualidade 
de vida.
• Modalidades de diálise:
- Hemodiálise (HD)
- Diálise peritoneal (ambulatorial contínua –DPAC, automática –DPA)
Dietoterapia na Fase Dialítica
A Diálise remove substancias indesejáveis, mas não é capaz de restaurar as funções renais
https://www.youtube.com/watch?v=UR9Qf36dnwI
Dietoterapia na Fase Dialítica
Hemodiálise Diálise peritoneal
Frequência 3 vezes na semana em dias 
alternados
Diariamente
Duração da sessão 3,5 a 4 horas 4 a 8 horas
Local da diálise Centro de diálise Domicílio
Dialisador Artificial Membrana peritoneal
Dialisato Água tratada, isenta de 
microrganismos e de compostos 
orgânicos tóxicos. Apresenta sódio, 
potássio, cálcio, bicarbonato, 
magnésio e cloro.
Bolsas plásticas com líquido estéril. 
Apresenta glicose, sódio, potássio, 
cálcio, lactato, magnésio e cloro.
Dietoterapia na Fase Dialítica
Principais problemas nutricionais na diálise
Hemodiálise Diálise Peritoneal
Desnutrição energético-proteica (DEP) Desnutrição energético-proteica (DEP)
Sobrepeso e Obesidade Hipoalbuminemia
Obesidade
Absorção de glicose (hiperglicemia, 
hipertrigliceridemia)
• A prevalência de desnutrição energético-proteica é elevada nos pacientes submetidos à diálise: 
23 a 76%
•A desnutrição energético-proteica está altamente relacionada com a mortalidade nesta 
população.
Perda de proteínas e aminoácidos para o dialisato
Principais problemas nutricionais na diálise
Hemodiálise Diálise Peritoneal
Proteínas < 3 g/sessão 5 a 15 g/sessão
Aminoácidos 10 a 12 g/sessão 3 g/sessão
• Cuidado com retenção hídrica!!!!
• Não utilizar o IMC isoladamente
• Paciente em HD: a aferição do peso deve ser após a HD (peso seco)
• Paciente em DP: deve-se descontar do peso corpóreo aferido o volume de líquido 
infundido na cavidade peritoneal
• Monitorar estatura anualmente devido alterações ósseas
• Aferir DC (tricipital, bicipital, subescapular e supra ilíaca) semestralmente
• Aferir CB e CC semestralmente
• Monitorar marcadores bioquímicos (albumina, pré-albumina, transferrina, 
creatinina, uréia, colesterol e paratormônio)
Avaliação Nutricional na Diálise
Objetivos da Terapia Nutricional:
Dietoterapia na Fase Dialítica
Prevenir ou melhorar a 
toxicidade urêmica e de 
outros distúrbios 
metabólicos influenciados 
pela nutrição 
Alcançar e manter um bom 
estado nutricional
Recomendações de Proteínas:
Dietoterapia na Fase Dialítica
Hemodiálise Diálise Peritoneal
Repleção g/kg/dia (50% AVB) 1,2 a 1,4 1,4 a 1,6
Manutenção g/kg/dia (50% AVB) 1,1 a 1,2 1,2 a 1,3
Recomendações de Calorias e Macronutrientes :
Dietoterapia na Fase Dialítica
< 60 ANOS 35 Kcal/ Kg de peso seco/dia
> 60 ANOS 30 a 35 Kcal/ Kg de peso seco/dia
CARBOIDRATOS 50 a 60% (DP 35% oral)
GORDURA TOTAL 25 a 35%
GORDURA SATURADA < 7% VET
GORDURA POLI-INSATURADA Até 10% do VET
GORDURA MONOINSATURADA Até 20% do VET
REPLEÇÃO:
• HD: 35 a 45 Kcal/ Kg de peso seco/dia
• DP: 35 a 50 Kcal/ Kg de peso seco/dia
Aumentar ingestão energética
• Acrescentar óleo (soja, oliva, canola ou milho) nas preparações prontas; 
• Incentivar a ingestão de preparações com alta densidade energética; 
• Suplementos nutricionais específicos (HDmax®, Novasource Renal®, Dialy Care HP®).
Dietoterapia na Fase Dialítica
Recomendações de Sódio e líquidos:
Dietoterapia na Fase Dialítica
Hemodiálise Diálise Peritoneal
Líquidos 500 ml+ volume urinário 
residual 24 h
Frequentemente sem 
restrição, com exceção no 
edema.
• Sódio/ Sal
• Sódio 2000 a 2300 mg/dia
• Sal 5 a 6 g/dia
• GPID
• 4 a 4,5% do peso seco
Dicas para diminuir a sede
 Evitar sucos e refrigerantes adoçados; 
 Tomar água bem gelada; 
 Chupar pequenas pedras de gelo; 
 Diminuir o tamanho dos copos e xícaras
Hiperpotassemia (potássio sérico > 5,5 mEq/L)
 Condição frequente na HD e rara na DP.
 Atenção para evitar excessos na
alimentação!
 Explicar para o paciente sobre a
importância do manejo da ingestão de fontes
alimentares.
Recomendação: 40 a 70 mEq
• Condição frequente na HD e DP 
Hiperfosfatemia ( fósforo sérico > 5,5 mg/dL)
Osteodistrofia renal
Coceiras em todo corpo
Calcificação de coração, vasos sanguíneos e pulmão
Aumento da mortalidade
Multifatorial
Necessidade protéica elevada
Ingestão elevada de proteína
Diálise inadequada/insuficiente
Remodelação doenças ósseas
Uso der análogos da vitamina D
Intervenção nutricional
• Controle da ingestão de 
proteína e de fósforo alimentar
• Uso de quelantes de fósforo
Hiperfosfatemia
EVITAR
• Outras carnes: sardinha, frutos do mar, miúdos (fígado, coração, moela, bucho), 
linguiça, salsicha e presunto, mortadela, salame, peito de peru;
• Amendoim e preparações à base de amendoim (paçoca, pé-de-moleque, creme de 
amendoim), castanha de caju, nozes ou avelã; 
• Refrigerante à base de cola (Coca-Cola® e Pepsi-Cola®); 
• Cerveja; 
• Alimentos que contêm aditivos à base de fósforo.
Hiperfosfatemia
Relação Fósforo/Proteína
Hiperfosfatemia
Quelantes de Fósforo
Hiperfosfatemia
• Indicação: para DRC terminal, podendo estar ou não em diálise
ou na fase pré-dialítica, considerando-se clearance de
creatinina < 20 ml/min/1,73m² superfície corporal
Transplante Renal
• Terapia imunossupressora  aumento de peso, DM, HAS, 
dislipidemia
• Desnutrição energético protéica 
Principais problemas nutricionais no Transplante Renal
Dietoterapia no Transplante Renal
Nutriente Período imediato Período Tardio
Energia 30 A 35 Kcal/kg/dia 25 a 30 kcal/kg/dia
20 a 25 kcal/kg/dia (excesso de peso)
35 a 45 kcal/kg/dia (desnutrição, estresse metabólico)
Proteínas 1,3 a 1,5 g/kg/dia (50 a 75% AVB) 1,0 g/kg/dia (50 a 75% AVB)
Lipídios 30 a 35% do VET ≤ 30% doVET (10% de gordura saturada, 10 a 15% 
monoinsaturada, 10% poli-insaturada, colesterol < 300 
mg/dia
Carboidratos 50 a 60% do VET
Sódio 2.400 mg/dia
< 2000 mg/dia (hipertensão, retenção hídrica ou oligúria)
Potássio 25 a 75 mEq/dia (hiperpotassemia ou oligúria)
Fósforo De acordo com os níveis séricos 800 mg/dia (rejeição do enxerto)
Doença decorrente de dano
glomerular, que acarreta
perdas/alterações variáveis
na seletividade da filtração
e também, no ritmo de
filtração glomerular.
Doenças Glomerulares
Síndrome Nefrítica
• Definição: doença aguda, de base imunológica. Caracterizada pela inflamação das 
alças capilares do glomérulo de ambos os rins.
• Causa: infecção por estreptococos desencadeada pelo antígeno beta hemolítico do 
grupo A.
• Sinais clínicos: hematúria (sangue na urina), edema, hipertensão. 
• Doença mais comum em crianças 
Doenças Glomerulares
Dietoterapia na Síndrome Nefrítica
Calorias, carboidratos e lipídios Adequar as necessidades
Proteínas Casos leves não precisa de restrição
Casos severos  0,6 a 1,0g/kg/dia
Sódio Restrição na fase de oligúria, edema e 
hipertensão 23 a 69 mg/kg/dia
Potássio Restrição na fase de oligúria 29 a 87 
mg/kg/dia
Líquidos Restrição na fase inicial (hipervolemia
e oligúria)  20 mL/kg/dia ou 400 mL 
+ diurese de 24 h
Síndrome Nefrótica
• Definição: Doença renal caracterizada pelo aumento de permeabilidade da 
membrana basal glomerular, ocasionando proteinúria (> 3g/dia) e hipoalbuminemia;
• Causas: Diabetes Mellitus, lúpus eritematoso sistêmico e amiloidose (> 95% casos);
• Sinais e sintomas: edema, hiperlipidemia, distúrbios da coagulação e do 
metabolismo da vitamina D, do cálcio e de outros minerais, anemia. 
Doenças Glomerulares
Fisiopatologia do edema 
Síndrome Nefrótica
Proteinúria
Hipoalbuminemia
Pressão oncótica do plasma
Volume intravascular
Estímulos do sistema renina-
angiotensina-aldosterona, sistema 
nervoso simpático, aumento da 
secreção de ADH, menor sensibilidade 
ao fator natriurético atrial
Retenção de sal e água
Fisiopatologia da alterações lipídicas  Hipoalbuminemia
Síntese protéica pelo fígado
Aumento da síntese de LDL e 
VLDL
Síndrome Nefrótica
Hipercolesterolemia e 
hipertrigliceridemia
Dietoterapia na Síndrome Nefrótica
Calorias 30 a 35 kcal/kg/dia
Proteínas 0,8 a 1,0 g/kg/dia (normoprotéica, sem insuficiência renal)
0,6 g/kg/dia (insuficiência renal – TFG < 60 mL/min) + 
suplementação 1 g de ptn para cada g de proteínuria
Lípídios ≤ 30% do VET (10% de gordura saturada, 10 a 15% 
monoinsaturada, 10% poli-insaturada, colesterol < 300 
mg/dia
Carboidratos Normo ou levemente hiperglicídica (reduzir carboidratos 
simples e priorizar complexos
Sódio ~3 g (restrição devido ao edema)
Potássio Recomendação para hipocalemia
ou hipercalemia
É a formação de cálculos 
renais compostos de 
ácido úrico, urato, oxalato 
de cálcio, cistina ou 
xantina
Nefrolitíase ou Litíase renal
Tipos de pedras renais
Pedra de Cálcio
Pedra de Estruvita
Pedra de Ácido úrico
Pedra de cistina
• Atinge ~ 12% da população mundial, de idade de 20 a 50 anos.
Nefrolitíase ou Litíase renal
Multifatorial
-Supersaturação urinária
- fatores dietéticos
-Fatores genéticos
-Distúrbios metabólicos 
Fatores dietéticos
Nefrolitíase ou Litíase renal
Cálcio 1.000 mg/dia  A restrição não é recomendada
Oxalato Evitar alimentos ricos em oxalato (espinafre, beterraba, 
cacau em pó, pimenta, macarrão com molho de tomate, 
nozes, amendoim torrado, biscoito de soja, quiabo.
Fitato Atua como quelante de íons de cálcio , diminuindo a 
formação de cálculos de oxalato de cálcio. Fontes 
(leguminosas, nozes, arroz, milho, aveia, centeio, 
farinha de soja)
Sódio ≤ 9 g/dia e reduzir consumo de alimentos 
industrializados, enlatados, conservas, embutidos, frios, 
temperos prontos, caldos concentrados. 
Fatores dietéticos
Nefrolitíase ou Litíase renal
Potássio Recomendado o consumo de alimentos ricos em 
potássio ( leguminosas, frutas e verduras)
Vitamina C Recomendado o uso de alimentos fontes 
Proteína 0,8 a 1,2 g /kg/ dia (50% de AVB)
Purinas Evitar alimentos fontes ( miúdos, vísceras, frutos do 
mar, sardinha, arenque, truta, bacalhau, ganso, peru, 
vitela, coelho, cabrito, carneiro, pato, carne bovina e 
porco)
Frutose e sacarose O consumo elevado contribui para a formação de 
cálculos.
Líquidos
• 2,5 L de líquidos é um fator protetor para nefrolitíase
• Recomendação: 30 mL/kg/dia ( 2100 a 2500 mL/dia)  produzir 2 L de diurese
Nefrolitíase ou Litíase renal
Ingestão de 
líquidos
Volume 
urinário
Concentração 
dos promotores 
de cristalização
Tipo de bebida?
• Preferir água, sucos de frutas como limão, laranja ( teor de citrato), chás de frutas, 
flores ou ervas. 
• Cuidado!!! Chá preto e mate ( teor de oxalato), bebidas alcoólica (contém purinas), 
bebidas isotônicas (contém sal).
Nefrolitíase ou Litíase renal
Exercício
• Sra. H. C.S. 55 anos, feminino, casada, advogada, natural da Paraíba. Refere ter 
hipertensão há 15 anos. Foi encaminhada pelo nefrologista à equipe de nutrição do 
Ambulatório de Nefrologia. Paciente relata que descobriu a DRC há 8 meses, e desde 
então vem fazendo acompanhamento médico com o nefrologista.
• No período desta primeira consulta com o nutricionista a Sra. H.C.S. encontra-se com 
DRC estágio 4 (Taxa de filtração glomerular:19 mL/min/1,73 m²)
Dados antropométricos: 
• Peso = 70 kg 
• Estatura = 1,74 m
• IMC = 23,2 
• Adequação da CMB = 91,2% 
• Adequação PCT = 94% 
• Circunferência da cintura = 94 cm
Exercício
Exames Bioquímicos: 
Fazer um aconselhamento dietético ou plano alimentar
Bibliografia

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