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MODELO DE INICIAL TRABALHISTA - SEM REGISTRO NA CTPS - DANOS MORAIS

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA___VARA DO TRABALHO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ – SANTA CATARINA.
JUSTIÇA GRATUITA
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, brasileiro, projetor de vidros, inscrito noxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, portador da cédula de identidade n. 00004105344 SSP/SC, residente e domiciliado na Av. Araçá, n. 400, caixa 2, Bairro Sertãozinho na cidade de Bombinhas/SC, por sua advogada e bastante procuradora que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, com pedido de Antecipação de Tutela em face de:
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx empresa inscrita no CNPJ sob o Nº xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, localizada na Av. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx neste ato representada pelos sócios xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, pelos motivos de fatos e de direito a seguir expostos:
1. DA JUSTIÇA GRATUITA
O Reclamante requer a concessão de Justiça Gratuita, nos termos do artigo 2º da Lei 1060/50 e da lei 7115/63, uma vez que sua situação econômica não lhe permite pagar as custas processuais, sem prejuízo de seu próprio sustento, conforme demonstrado em declaração anexa.
2. DO CONTRATO DE TRABALHO
O Reclamante foi admitido pelos Reclamados no dia 04 de julho de 2017, para exercer a função de chefe de expedição com a remuneração de R$950,00 (novecentos e cinquenta reais) por semana, contudo, a partir do dia 03/08/2017 começou a exercer também as funções de projetor de vidros, atendente, pós venda e instalador de vidros devido à falta de funcionários na empresa, o que seria temporário até a contratação de novos funcionários, o que não ocorreu, acumulando todas estas funções até a saída sua saída.
O Reclamante diante do acumulo de funções sem a devida remuneração e ao descobrir que sua CTPS mesmo tendo sido entregue não havia sido registrada, se obrigou a pedir demissão e cumpriu o aviso prévio a partir do dia 15 de janeiro de 2018 8h por dia, seu último dia trabalhado foi em 07 de fevereiro de 2018 quando recebeu a carteira de trabalho recolhida pelos reclamados sem registro algum. 
Além de não ter sua CTPS assinada, o Reclamante não recebeu corretamente os valores a título de salários referentes aos três dias, não recebeu os valores referentes à rescisão contratual, férias proporcionais aos meses trabalhados, bem como, não houve nenhum depósito a título de FGTS, dentre outras verbas que lhes eram devidas por direito.
Se faz importante elucidar, que inúmeras foram as tentativas de solucionar a lide amigavelmente, inicialmente a Reclamada se propôs a pagar os valores devidos, depois simplesmente alegou que conhecia muitos advogados na cidade e que nenhum deles iriam promover a presente demanda e que não iria lhe pagar nada.
A fim de reclamar o pagamento de seus direitos trabalhistas o Reclamante postula a presente ação.
3. DO RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO
O Reclamante foi admitido como chefe de expedição para trabalhar na empresa xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxem 04/07/2017, trabalhava de segunda-feira a sexta-feira das 07h30min às 18h00min, com 01 hora e meia de intervalo. O Reclamante após a saída de outros funcionários no dia 03/08/2017 começou a exercer também as funções de projetor de vidros, atendente, pós venda e instalador de vidros. 
O Reclamante cumpria a jornada de trabalho executando as ordens emitidas pelos Reclamados, demonstrando claramente a subordinação, sendo facilmente comprovado por meio de fotos anexas e prova testemunhal. 
Ademais, sua remuneração era paga semanalmente pelos Reclamados. Restando comprovados todos os requisitos legais exigidos pelo artigo 3º da CLT.
Ante o exposto, requer o reconhecimento do vínculo empregatício, com base nos artigos 2º e 3º da CLT, bem como requer que a Reclamada seja compelida a realizar as devidas anotações na CTPS da Reclamante, sob pena da anotação ser realizada pela Secretaria desta MM.ª Vara, conforme determina o artigo 39 e seus parágrafos, da CLT.
4. DO ACUMULO DE FUNÇÃO\ DESVIO DE FUNÇÃO
Apesar de o Reclamante ter sido contratado como CHEFE DE EXPEDIÇÃO exercia também as funções de PROJETOR DE VIDROS, ATENDENTE, PÓS VENDA E INSTALADOR DE VIDROS.
Durante todo o pacto laboral, sequer recebeu qualquer valor referente a este acúmulo / desvio de função que deverá ser a Reclamada condenada.
Como já citado acima, materializou-se um acúmulo de serviços substancial, porém sem correspondência remuneratória, contrariando, assim, a característica básica do CLT, qual seja: direitos e obrigações que guardem a devida proporcionalidade e nos limites do contrato de trabalho, haja vista ter o reclamado imposto ao reclamante uma carga de trabalho maior, com ausência da contrapartida no tocante à remuneração, requerendo-se que Vossa Excelência arbitre um valor correspondente a 50% do seu salário.
Ressalta-se que o Reclamante auferia a remuneração equivalente a R$950,00 (novecentos e cinquenta reais) por semana mesmo desempenhando acúmulo de função, a ser atribuição do Autor em verdadeiro acréscimo de atividade laboral. 
Assim decidem nossos tribunais:
"Os limites do jus variandi as alterações funcionais que mudam fundamentalmente a índole da prestação laboral. No caso vertente, o reclamante foi contratado como agente comercial e exercia cumulativamente a função de repórter, devendo o empregador arcar com as diferenças salariais advindas do acúmulo de função.(TRT - 23ª R - TP - as alterações funcionais que mudam fundamentalmente a índole da prestação laboral. No caso vertente, o reclamante foi contratado como agente comercial e exercia cumulativamente a função de repórter, devendo o empregador arcar com as diferenças salariais advindas do acúmulo de função.
(TRT - 23ª R - TP - Ac. N.º 1951/95 - Rel. Juiz José Simioni - DJMT 04.10.95 - pág. 13)"
Aparando na doutrina é oportuno ressaltar as palavras do professor Sergio Pinto Martins, em seu livro Direito do Trabalho, 20ª edição, página 324. 
“Ocorre o desvio de função quando o empregado exerce outra função, sem que haja o pagamento do salário respectivo. O desvio cria o direito ao pagamento das diferenças salariais enquanto houver o exercício da função. Não implica, porém, reclassificação do funcionário.”
5. DO 13° SALÁRIO PROPORCIONAL
Consiste a um pagamento de um salário extra ao trabalhador a cada ano trabalhado. De acordo com o art. 7º, inciso VIII, da CF/1988, é devido ao Reclamante o décimo terceiro proporcional ao tempo de serviço.
A Reclamada não pagou ao Reclamante as verbas proporcionais de 7/12 proporcional, devendo ser compelido ao pagamento dos valores referentes ao período laborado.
6. DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS
As férias proporcionais tem fundamento no art. 146, parágrafo único e no art. 147, ambos da CLT.
“Art. 146. (…)
Parágrafo único. Na cessação do contrato de trabalho, após 12 meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias.”
 
“Art. 147. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.”
Sendo assim, tendo o contrato iniciado no mês de julho e 2017 e terminado no mês de fevereiro de 2018, o Reclamante faz jus as férias proporcionais acrescidas do terço constitucional.
7. DO NÃO RECOLHIMENTO DO FGTS
Durante todo contrato laboral a Reclamada deixou de realizar o devido recolhimento do FGTS em manifesta contrariedade à Lei n° 8.036/90.
Os depósitos do FGTS devem ser efetuados mensalmente até o dia 7 (sete) do mês subseqüente ao de sua competência. O empregador que não realiza o depósito mensal na data estabelecida pela lei e nem presta as informações necessárias aos órgãos competentes fica sujeito às penalidades prevista na legislação do sistema do FGTS.
Cabe, portanto, ao Reclamadoa comprovação do devido pagamento, conforme clara redação da Súmula 461 do TST: 
Súmula nº 461 do TST
FGTS. DIFERENÇAS. RECOLHIMENTO. ÔNUS DA PROVA - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015). 
Não havendo provas do pagamento, seja a mesma compelida na indenização com os acréscimos legais.
8. DA AUSÊNCIA DE ANOTAÇÃO NA CTPS / DANO MORAL
Nos termos dos artigos 29° da CLT, o empregador tem a responsabilidade de realizar as anotações na CTPS dentro do prazo de 48 horas. 
O empregador que não cumprir o dever de anotação na CTPS está sujeito a multa conforme dispoto no art. 47 da CLT: 
“Art. 47.  O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. 
Segundo a doutrina e a jurisprudência majoritárias, a falta de assinatura na CTPS gera dano moral para o trabalhador. Nesse compasso a boa doutrina dos mestres Christiano Abelardo Fagundes Freitas e Léa Cristina B.da Silva Paiva, in verbis:
" O ato omissivo do empregador de não proceder à assinatura da CTPS pode, sim, causar danos morais ao empregado, mormente quando tal omissão impossibilitar  a contratação de crédito no comércio ou tornar impossível a prova da experiência profissional. Por isso, a CLT determina que a CTPS seja anotada no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas. Imprescindível ponderar, ainda, que a falta de assinatura na CTPS traz um sentimento de menos valia para o trabalhador, um sentimento de estar à margem do mercado de trabalho formal ( in Manual dos Direitos Trabalhistas do Empregado e do Empregador Doméstico, pág. 78, 1ª ed., 2014, LTr, São Paulo).
9. DA RECISÃO INDIRETA
O Reclamante foi obrigado a pedir demissão após tentar, de inúmeras formas, ter seus direitos garantidos.
Afinal, seu salário não correspondia as funções que exercia durante toda a relação de emprego, além da qual foi contratado para laborar, além do fato de ter descoberto que não houve o devido registro em sua CTPS conforme prometido.
O Reclamante mira a sua pretensão com base no que prevê a Consolidação das Leis do Trabalho em seu Art. 483:
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
No caso em tela, se constitui ato ilícito a ordem patronal que exige o cumprimento de serviços alheios ao contrato sem o pagamento das respectivas diferenças salariais.
Assim trata a Jurisprudencia:
DIFERENÇAS SALARIAIS DESVIO DE FUNÇÃO Comprovado o exercício de funções pertinentes a cargo melhor remunerado e diverso daquele no qual formalmente enquadrado, faz jus o trabalhador às diferenças salariais por desvio de função, com fundamento no princípio isonômico, segundo o qual devem ser contraprestadas de forma igualitária os empregados que desempenham funções idênticas, nos termos do art. 460 da CLT. Apelo provido. (TRT 4ª R. RO 00325-2002-561-04-00-1 6ª T. Rel.ª Juíza Beatriz Zoratto Sanvicente J. 05.11.2003).
10. DA MULTA DO ARTIGO. 477, § 8º, DA CLT
Tendo em vista a Reclamada não ter efetuado o pagamento das verbas rescisórias até a presente data, requer o Reclamante a aplicação da multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT, visto que o prazo para pagamento das verbas rescisórias previsto no art. 477, § 6o, da CLT, não foi observado, condenando a Reclamada ao pagamento da multa equivalente ao valor do último salário percebido pelo Reclamante, no valor de R$ 3.800,00 (três mil e oitocentos reais).
11. DOS PEDIDOS
Diante dos fatos e fundamentos jurídicos expostos, após o cumprimento dos atos processuais determinados na legislação, se REQUER a procedência dos pedidos que passam a ser realizados:
a) A concessão do benefício da gratuidade da justiça nos termos da Lei 1060/50 combinada com o art. 98 do NCPC;
b) O reconhecimento do vínculo de emprego nos termos do artigo 3º da CLT, com assinatura da CTPS do Reclamante constando como início o dia 04/07/2017 até sua saída no dia 07/02/2018; 
c)Seja reconhecido o desvio indevido de função com o pagamento no importe de 50% do valor de seu salário e implementação das diferenças salariais, com reflexos no aviso prévio, 13º salário, férias proporcionais e FGTS a partir de 03/08/2017 até sua saída 07/02/2018.
d) A concessão da rescisão indireta nos termos do artigo 483, d da CLT;
e) O deferimento do depósito do FGTS, mais a multa de 40% e a liberação das guias para sua liberação;
f) A concessão das férias em dobro acrescida do terço Constitucional;
g) A concessão de um período de férias na modalidade simples, mais o terço Constitucional;
h) Que a Reclamada proceda com os pagamentos do INSS, a que faz juz;
i) O deferimento da multa do artigo 467, e 477, § 8º, da CLT;
j) Termo de Rescisão Contratual com a liberação das guias para o saque do Seguro Desemprego, a não liberação importará em indenização substitutiva; 
k) A procedência de todos os pedidos com a condenação da Reclamada ao pagamento de todas as verbas rescisórias e todos os seus reflexos.
l) Seja a Reclamada condenada aos pagamento dos honorários da procuradora do Reclamante na razão de 15% sobre o valor bruto da condenação, nos termos da Lei.
 
m) Requer a aplicação de juros e correção monetária até o efetivo pagamento das verbas requeridas.
n) A notificação da Reclamada para querendo apresentar defesa em audiência, o não comparecimento importará em revelia e confissão quanto a matéria de fato;
o) Intenciona-se comprovar o alegado por todos os meios de provas admitidos em lei, essencialmente documentos e testemunhas e depoimentos pessoal;
Apenas para efeito do teto processual, dá-se à causa o valor de R$ 55.000.45 (cinquenta e cinco mil reais e quarenta e cinco centavos).
Nesses termos,
pede deferimento.
XXXXXXXXXXXXXXXXX, 13 de julho de 2020.
ADVOGADO
OAB XXX

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