Buscar

Reclamação Trabalhista por Demissão Injusta e Verbas Rescisórias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PATRICIA DEBIASE 201703283635
AO DOUTOR JUÍZO DA xxx VARA DO TRABALHO DE SETE LAGOAS/MG
NELSON AVIZ, qualificação e endereço completos vem, respeitosamente perante Vossa Excelência por intermédio de seu advogado adiante assinado (procuração anexa) com escritório profissional no endereço completo onde recebe intimação e notificações, com fulcro no artigo 840 da Consolidação da Leis do Trabalho/CLT, PROPOR;
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo Rito Ordinário
em face da Sociedade Empresária Alfa LTDA. qualificação e endereço completos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – MÉRITO
I.1 – Justa Causa
O reclamante foi demitido por justa causa apesar de não ter feito nada de errado. Consta ainda em sua CTPS, o registro de que o reclamante foi dispensado por justa causa em razão de CONDUTA INADEQUADA.
Nos termos do art. 842 da CLT, constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador o rol de alíneas do art. 482 da CLT, especificando as condutas pelo qual o empregador poderá demitir por justa causa, entretanto não há nas alíneas a razão.
Ademais o reclamante afirma que foi despedido por justa causa apesar de não ter feito nada que a justificasse e conforme dispõe a Súmula 212 do TST, o ônus de provar o término do contrato de trabalho quando negados a prestação de serviços e o despedimento é do empregador, que no caso em tela se manteve inerte.
Diante o exposto, requer seja afastado a justa causa da demissão.
I.2 – Verbas Resilitórias
O reclamante foi dispensado por justa causa e recebeu apenas o saldo salarial do último mês.
Entretanto, após o afastamento da justa causa do reclamante, são devidas verbas rescisórias contratuais de:
a) Aviso prévio indenizado a luz do art. 487 da CLT, de 30 dias com a integração desse período no seu tempo de serviço e reflexos nas verbas contratuais e resilitórias.;
b) Férias proporcionais de 5/12 (cinco doze avos) acrescido do terço constitucional, conforme súmula 328 do TST, art. 7º XVII da CF e súmula 171 do TST, a razão de R$ ...
c) Décimo terceiro proporcional de 4/12 (quatro doze avos) conforme art. 3º da Lei nº 4.090/1961, a razão de R$...;
d) Multa do FGTS de 40 %, conforme estabelece o art. 18 da Lei nº 8.036/90, a razão de R$ ...; e
e) Liberação das guias do saque do FGTS.
Diante o exposto, requer a procedência dos pedidos das verbas rescisórias descritas anteriormente.
I.3 – Horas Extras
O reclamante tinha jornada de trabalho das 20 (vinte) horas às 5 (cinco) horas, de segunda a sábado. Assim, depreende-se de que sua jornada eram de 48 (quarenta e oito) horas semanais.
O reclamante requer, as horas extras devidas com adicional de 50% (cinquenta por cento) superior da hora normal, haja vistas o labor superior de 44 horas semanais em 4 (quatro) horas, sendo devidas essas horas extras, conforme dispõe o art. 59, § 1º da CLT, art. 58, CLT e art. 7º, XIII, CRFB/88.
I.4 – Intervalo Intrajornada
O reclamante laborou de segunda-feira a sábado das 20h às 5h, com intervalo de 20 minutos para a refeição.
Nos termos do art. 71 da CLT, o trabalho cuja duração exceda 6 horas, é obrigatória a concessão de um intervalo mínimo de uma hora.
Entretanto, o reclamante tinha um intervalo de apenas 20 minutos, sendo assim suprimidos 40 minutos de descanso. Logo, conforme estabelece o art. 71, § 4º da CLT, implica o pagamento de natureza indenizatória do período suprimido (40 minutos) com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora normal do trabalho.
I.5 – Adicional Noturno
Nos termos do art. 73 da CLT, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno de pelo menos 20% sobre a hora diurna. De acordo com o § 2º, do art. 73 da CLT, compreende-se como noturno, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
Sendo assim, o reclamante faz jus ao adicional noturno, pois o seu labor compreendia a jornada das 20h às 5h.
Diante o exposto, requer o provimento do adicional noturno a luz do art. 7º, IX, da CF e art. 73 e § 2º da CLT, com o adicional de 20% sobre as horas diurnas das 7 horas em que o reclamante laborava conforme explicado anteriormente.
I.6 – Retificação da CTPS para constar a verdadeira função e o pagamento da diferença salarial
O reclamante exercia função de técnico de informática com salário de R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais), entretanto em sua CTPS consta a função de auxiliar de serviços gerais. Consta na convenção coletiva da categoria do reclamante que o piso normativo para a função desempenhada de fato o valor de R$ 1.800,00 (hum mil e oitocentos reais).
Diante o exposto, requer as diferenças salariais diante o piso salarial apresentado, condenando o reclamado ao pagamento das diferenças de todo o período em que o reclamante exerceu a função de técnico de informática e a retificação da CTPS a fim de que conste o real valor e a função, conforme estabelece o art. 29 da CLT.
I.7 – Indenização por Dano Moral pela anotação da penalidade na CTPS do autor.
O reclamante exibiu sua CTPS na qual consta na parte destinada a anotações gerais, de que o reclamante foi dispensado por justa causa em razão de conduta inadequada.
Nos termos do art. 29, § 4º da CLT, é vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua CTPS. Entretanto o reclamado não observou o § 4º, do art. 29 da CLT, e realizou anotação desabonadora.
Ademais, acreditando que seja afastado a justa causa pelas razões de fato e de direito alhures, requer que seja retificada a CTPS do reclamante a fim de que seja retirado a anotação de “conduta inadequada”.
Diante todo exposto, requer a condenação do reclamado ao pagamento de Dano Moral pela anotação de penalidade na CTPS do autor, conforme dispõe o art. 223-C da CLT.
I.8 - Devolução do FGTS
O reclamante apresentou cópias dos contracheques em que consta descontos do FGTS.
Nos termos do art. 15 da Lei nº 9.036/90, é de obrigação do empregador o pagamento correspondente a 8% para o FGTS.
Diante o exposto, requer a devolução do desconto do FGTS.
II - PEDIDOS
Diante o exposto requer:
a) que seja afastado a justa causa da demissão;
b) pagamento do aviso prévio indenizado a luz do art. 487 da CLT, de 30 dias com a integração desse período no seu tempo de serviço e reflexos nas verbas contratuais e resilitórias, R$ ...;
c) pagamento das férias proporcionais de 5/12 (cinco doze avos) acrescido do terço constitucional, conforme súmula 328 do TST, art. 7º XVII da CF e súmula 171 do TST, a razão de R$ ...;
d) pagamento do décimo terceiro proporcional de 4/12 (quatro doze avos) conforme art. 3º da Lei nº 4.090/1961, a razão de R$...;
e) multa do FGTS de 40 %, conforme estabelece o art. 18 da Lei nº 8.036/90, a razão de R$ ...;
f) Liberação das guias do saque do FGTS;
g) as horas extras devidas com adicional de 50% superior da hora normal, haja vistas o labor superior de 44 horas semanais de 4 horas, sendo essas horas extras, conforme dispõe o art. 59, § 1º da CLT, art. 58, CLT e art. 7º, XIII, CRFB/88, R$ ...;
h) o pagamento de natureza indenizatória do período suprimido (40 minutos) com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora normal do trabalho, R$...;
i) o provimento do adicional noturno a luz do art. 7º, IX da CF e art. 73 e § 2º da CLT, com o adicional de 20 % sobre as horas diurnas das 7 horas em que o reclamante laborava conforme explicado anteriormente, R$...;
j) as diferenças salariais diante o piso salarial apresentado, condenando o reclamado ao pagamento das diferenças de todo o período em que o reclamante exercia a função de técnico de informática e a retificação da CTPS a fim de que conste o real valor e a função, conforme estabelece o art. 29 da CLT, R$...;
k) a condenação do reclamado ao pagamento de Dano Moral pela anotação de penalidade na CTPS do autor, conforme dispõe o art. 223-C da CLT, R$...; e
l) devolução do desconto do FGTS, R$....
III – REQUERIMENTOS FINAIS
Diante o exposto, requer a procedência dos pedidos, a intimação do reclamado para apresentar contestação à reclamação, sob pena de revelia e confissão quanto amatéria de fato.
A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, em especial a prova documental e testemunhal.
E por fim, a procedência dos pedidos e a condenação do reclamado ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 15% conforme estabelece o art. 791-A da CLT.
Atribui-se à causa o valor de R$ ..., correspondente a somatória dos pedidos.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data
Advogado (a)
OAB nº ...
Jurisprudência 
Supremo Tribunal Federal STF - AG.REG. NA RECLAMAÇÃO: AgR Rcl 0073344-95.2018.1.00.0000 BA - BAHIA 0073344-95.2018.1.00.0000
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ADI-MC 3395. PLEITO FUNDADO EM DIREITOS ASSEGURADOS PELA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. É improcedente o pedido veiculado na reclamação quando o ato reclamado não contraria a decisão proferida na ADI-MC 3395.
2. A apuração da competência material para o julgamento da demanda não pode depender de instrução probatória, devendo ser verificada no momento da propositura da ação, em observância ao disposto no artigo 43 do Código de Processo Civil de 2015.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
Doutrina
A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT
Júlio César Zanluca
A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil.
Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do Estado Novo até 1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de "estado regulamentador".
A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores.
Seus principais assuntos são:
Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho;
Jornada de Trabalho;
Período de Descanso;
Férias;
Medicina do Trabalho;
Categorias Especiais de Trabalhadores;
Proteção do Trabalho da Mulher;
Contratos Individuais de Trabalho;
Organização Sindical;
Convenções Coletivas;
Fiscalização;
Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista.
Livro CLT Atualizada e Anotada por Júlio César Zanluca
CASO CONCRETO 03
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DO TRABALHO DA.... VARA DO TRABALHO DE NATAL/RN 
 SUZANA, nacionalidade..., estado civil..., doméstica, portadora da carteira de identidade nº..., inscrita no CPF nº..., CTPS nº..., série..., PIS nº..., nascida em..., filha de..., e-mail: ..., residente e domiciliada na Rua..., nº..., bairro..., CEP: ..., Natal/RN, vem por seu advogado infra-assinado que indica como endereço profissional na rua..., nº..., Bairro..., Cep: ..., Natal/RN , com endereço eletrônico e-mail...., para fins do art. 106 inciso I do CPC, vem perante Vossa Excelência ajuizar 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
 Pelo rito ordinário na forma do art. 852, letra A da CLT na forma do art. 841 da CLT, em face da FAMÍLIA MORAES, nacionalidade..., estado civil..., portadora da carteira de identidade nº..., inscrita no CPF nº..., estabelecida na Rua..., nº..., Bairro..., CEP:..., Natal/RN, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 Declara o reclamante não possuir condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu próprio sustento e de sua família na forma do artigo 790 § 3º da CLT c/c a lei 5584/70, pois se encontra desempregado até a presente data. 
 II - DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
 As partes não se submeteram à Comissão de Conciliação Prévia na forma do artigo 625 da C LT por estar suspensa sua aplicação pelas liminares proferidas nas ADINS 2139 e 2160. 
 III – DOS FATOS 
 1- CONTRATO DE TRABA LH O 
 A reclamante foi contratada em 15 de junho de 2016, à 15 de setembro de 2016, a título de experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e Suzana continuo trabalhando normalmente. Suzana realizava todas as atividades do lar, iniciando trabalho às 7h e saindo às 16h, de segunda à sexta- feira, com trinta minutos de intervalo. Suzana tinha descontado do seu salário 10 % referente ao vale transporte, além de sua cota-parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no emprego. A autora fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na residencia, mas não recebia qualquer adicional. Em determinada ocasião, Suzana viajou com a família por 4 dias úteis para Gramado/RS. Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando de uma hora de almoço. 
 2- DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALH O 
 Suzana foi dispensada no dia 15/09/2016, data na qual teve baixa em sua CTPS. Na data da dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos. 
 IV – DA FUNDAMENTAÇÃO E DOUTRINA 
A reclamante preenche os requisitos da Lei 150/2015, em seu art. 1º elenca. Artigo 1º - Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma continua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa a pessoa ou a família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica- se o disposto nesta lei. 
 Trata-se no caso em tela de contrato por prazo indeterminado, face o não cumprimento da reclamada do contrato de experiência, uma vez que, no referido contrato não há termo de prorrogação expressos razão pela qual, transformou-se em contrato por prazo indeterminado, conforme o a rt. 5º,§ 2º da Lei 150 /2015. 
 Artigo 5º § 2º - O contrato de experiência que havendo continuidade do serviço, não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias passar a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado. 
 Face o acima exposto requer o pagamento do aviso prévio indenizado com reflexos nas férias + 1 /3 e 13º salário. 
 Conforme elenca o art. 23 § 1º da Lei 150/2015 § 1º - O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias ao empregado que conte com até 1 (um) ano de serviço para o mesmo empregador. 
 No que tange a devolução dos valores descontados a título de alimentação no percentual de 25% não merece prosperar face o disposto no art. 18º da lei 150/2015. Que aduz: art. 18º - É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem. 
 Diante do exposto acima requer a reclamante a devolução dos descontos efetivados. 
Faz jus a autora ao pagamento do vale transporte, uma vez que, o desconto foi abusivo, conforme preceitua a Lei 7418 /85 art. 9º, I, requerendo a devolução da diferença. 
A reclamante extrapolou a jornada de trabalho em razão da supressão do intervalo de 1 (uma) hora para refeição e descanso conforme o art. 13º da Lei 150 /2015. 
Artigo 13º - É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos. 
 A reclamante no período de 4 (quatro) dias úteis, estando em viagem a cidade de Gramado/RS devendo sua remuneração ter um acréscimo de 25% do valor da hora normal, conforme o art. 11] § 2º da referida Lei acima. 
 Artigo 11] § 2º - A remuneração- hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vintee cinco porcento) superior ao valor do salário hora normal. 
1- DO AVISO PRÉVIO 
A reclamante foi demitida em 15 de setembro de 2016, portanto seu contrato de trabalho possui 4 (quatro) meses, fazendo portanto jus a 30 dias de aviso prévio na forma da lei 12.506/2011 c/c o art. XXI da CRFB/88. 
 2- SALDO DE SALÁRIOS 15 (quinze dias) SETEMBRO DE 2016
. A reclamante faz jus ao saldo de salários de 15 (quinze) dias de setembro de 2016, na forma do art. 7º inciso V da CRFB/88. 
 3- FÉRIAS PROPORCIONAIS 1/12 ACRESCIDAS DE 1/3 
Como ocorreu a projeção do aviso prévio, a data de saída da reclamante da empresa é 15 de outubro de 2016, ocorrendo a projeção do aviso prévio, portanto fazendo jus a receber 1/12 de férias acrescidas de 1/3 conforme preceituam os artigos 7º inciso XVII da CRFB/88 c/c o art. 129 e §§ da C LT. 
4- 13º SALÁRIO 1/12
 A reclamante faz jus a receber o 13º salário correspondente a 1/12, diante da projeção do aviso prévio conforme preceitua os artigos 7º inciso VIII da C RFB /88 e art. 1º da Le i 4090 /62. 
5- MULTA DE 40% DO FGTS 
 A reclamada está obrigada a pagar ao reclamante até a data da primeira audiência as verbas incontroversas sob pena de multa de 50% sobre aquelas.
6- DOS HONORÁRIOS SUCUBENCIAIS
 Conforme preceitua o art. 23 d a Lei nº 8906/94, os honorários sucumbenciais são devidos ao advogado. 
 V - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto requer a Vossa excelência: 
1- seja deferido o pedido de gratuidade de justiça pleiteada no preâmbulo desta exordial;
2- A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes verbas rescisórias; 
. Aviso Prévio indenizado 30 (trinta) dias, no valor de R$xxx; 
. Saldo de salários 15 (quinze dias) de setembro de 2016 no valor de R$xxx; 
. Férias 1/12 acrescida de 1/3 no valor de R$xxx;
. 13º Salário 1/12 no valor de R$xxx; 
. Multa de 40 % do FGTS valor R$xxx;
. A devolução dos valores descontados á título de alimentação no valor de R$xxx; 
. A devolução dos valores descontados á título do vale-transporte (cobrado acima de 6%) no valor de R$xxx; 
. O pagamento de hora extra no percentual de 50% devendo integrar o salário da reclamante no valor de R$xxx; 
 . O pagamento das diferenças salariais no período de viagem no valor de R$xxx. 
3- A condenação da reclamada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios no valor de R$xxx;
. 4- A notificação da reclamada para comparecer na audiência a ser designada por Vossa Excelência sob pena de revelia e seus efeitos.
VII- DAS PROVAS 
 Requer a produção de todos os meios de provas admitidas, em especial documental, documental super veniente, testemunhal e o depoimento pessoal das partes, na forma do artigo 369 do CPC. 
 VII- DO VALOR DA CAUSA: 
 Dá-se a presente o valor de R$____ ______. 
 Nestes termos, Pede deferimento. 
 Local e Data 
ADVOGADO
OAB n.º
JURISPRUDÊNCIA 
0ROTRT-10 - Inteiro Teor. Recurso Ordinário: RO 1866201301710008 DF 01866-2013-017-10-00-8 RO TR T-10 - Relatório e Voto. Recurso Ordinário: RO 1915201201210000 DF 01915-2012-012-10-00-0 RO
 Data de publicação: 26/07/2013 Decisão: aos empregados domésticos a partir da promulgação da EC 72/2013(PEC dos domésticos) em 02/04/2013, período... dos domésticos, dentre outros direitos, prevê o pagamento de horas extras e pernoites para os empregados ... à reclamada como empregado doméstico, não há que se falar em pagamento de horas extras e pernoite... 
CASO CONCRETO 4
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 250ª VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE SÃO PAULO – CAPITAL
MARINA RIBEIRO, brasileira, casada, união estável..., profissão..., filha de Laura dos Santos, data de nascimento..., RG nº 855, CPF nº 909, PIS nº..., CTPS nº..., residente e domiciliada na rua Coronel Saturnino nº..., casa 28, na cidade de São Paulo – SP, CEP.:4444, por meio de seu advogado (nome completo)..., e-mail..., endereço profissional, rua..., bairro..., na cidade de ....CEP.: ..., onde receberá as intimações, com amparo do artigo 840, §1º da CLT C/C artigo 319 do NCPC C/C artigo 77, inciso V do NCPC, vem propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo procedimento sumaríssimo em face de MALHARIA FINA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº..., e-mail..., situada na rua..., bairro..., na cidade de São Paulo -SP, CEP ..., pelos fatos e fundamentos conforme abaixo.
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A reclamante merece a concessão do benefício da gratuidade de justiça, pois, atualmente está desempregada, bem como recebia 1(um) salário mínimo legal a época da prestação do serviço para a reclamada, conforme o artigo 14º, §1º da Lei 5584/70 C/C artigo 98 do NCPC C/C artigo 105 do NCPC C/C Artigo 790, §3º da CLT.
II – DA TUTELA DE URGÊNCIA
Conforme documentação apresentada, na data da rescisão do contrato, 30/12/19, a reclamante exercia o cargo de Presidente Do Sindicado de sua classe trabalhadora, eleita e empossada com mandato de 20/06/19 até 20/06/2021. Este fato tinha sido comunicado por e-mail encaminhado à empregadora. Por conseguinte, a reclamante tinha a prerrogativa da estabilidade no emprego em razão de ser dirigente sindical, dessa maneira, a reclamada cometeu falta grave quando rescindiu o contrato de trabalho, prevista no artigo 543, §3º da CLT. Portanto, a reclamante faz jus a reintegração ao quadro de funcionários da reclamada. conforme os artigos 659, X da CLT C/C artigo 300 do NCPC C/C artigo 543, §3º da CLT.
III – DOS FATOS
A reclamante trabalhou para a reclamada como auxiliar de produção de 20/09/2016 a 30/12/2019, percebendo 1(um) salário mínimo mensal, quando foi dispensada sem justa causa. No momento, a reclamante encontra-se desempregada. A reclamante, na data da rescisão do contrato, 30/12/19, era presidente do sindicato de sua classe profissional ao qual era filiada desde a admissão, foi eleita e empossada para um mandato de 2 anos, de 20/06/2019 até 20/06/21, fato que foi comunicado à empregadora por e-mail e demonstrado ao advogado. Logo, a reclamante possuía a estabilidade no trabalho em razão de ser dirigente sindical, bem como a reclamada cometeu falta grave. A jornada de trabalho da reclamante era de 2ª a 6ª feira das 13:30h às 22:30h, com intervalo de 1(uma) e aos sábados das 8:00h às 12:00h, sem intervalo. Dito isso, nota-se que a reclamada não respeitou o intervalo mínimo de 11h (onze horas) consecutivas entre a jornada de sexta-feira e a de sábado, conforme o artigo 66 da CLT, por conseguinte, a reclamante faz jus a 90 (noventa) minutos de hora extras aos sábados, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora normal. Além disso, a reclamada determinava que os funcionários trocassem de roupa após o término da jornada, assim, a reclamante gastava 20 minutos diários para trocar o uniforme. Portanto, a reclamante fazia 20 (vinte) minutos de hora extras de segunda-feira à sábado, conforme artigo 4º, §2º, VIII C/C artigo 58, §1º ambos da CLT Outrossim, a reclamante recebia a alimentação – almoço e lanche, em pecúnia, o que é vedado pelo artigo 457, §2º da CLT. Logo, o valor em dinheiro recebido a título de alimentação deve ser incorporado ao salário da reclamante. Ademais, apesar de ter apresentado as certidões de nascimento dos três filhos, respectivamente, com 12, 10 e 8 anos, conforme contracheques, desde a admissão até a demissão, a reclamada não fez o pagamento de 43 quotas do salário família referente a um dos filhos, conforme previsto no artigo 1º da Lei 4266/63. Senão ainda, não foi pago a Participação Nos Lucros em relação ao ano de 2019, conforme previsão no artigo 611-A, IX da CLT C/C artigo 7º, XI da CRFB-88. Bem como, no ano de 2018, a reclamante faltou ao trabalho porque fez doação de sangue, comprovou e mesmo assim foi descontado esse dia, ferindo o artigo 473 da CLT. E, também, em 2019, a reclamante não recebeu a diferença salarial por ter substituído Hugo, chefe do setor de produção, por um período de 90 (noventa) dias, amparado no artigo 450 da CLT. Contudo, em razão da hipossuficiência da reclamantepara provar a remuneração de um chefe do setor de produção, pede-se a inversão do ônus da prova, conforme artigo 818 da CLT Por fim, com a frequência de, no mínimo, 2 (duas) vezes por semana, Hugo, superior imediato da reclamante, dirigia lhe a palavra dizendo-lhe que tinha um belo sorriso. O elogio esporádico é um sinal de cordialidade, cavalheirismo. Todavia, o elogio dito várias vezes na semana em razão da beleza do ser humano, provocou transtornos psicológicos que afetaram o desempenho e a convivência do trabalhador dentro e fora da unidade de produção. Portanto, o comportamento do superior imediato em razão dos “constantes elogios” atentou contra a honra, a boa fama e, também, a imagem da reclamante. Nesse sentido, o dano causado pelo 3 preposto requer a devida indenização, conforme o artigo 483 da CLT C/C artigo 186 do Código Civil C/C artigo 5º, X da CRFB/88.
IV) DOS FUNDAMENTOS
• Das Horas Extras Inter-jornadas aos Sábados: 
A reclamada não respeitou o intervalo mínimo de 11h (onze horas) consecutivas entre a jornada de sexta-feira e a de sábado, portanto, aos sábados, conforme o artigo 66 da CLT a reclamante faz jus a 90 (noventa) minutos de hora extras com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora normal, conforme o artigo 66 da CLT C/C artigo 7º, inciso XVI da CRFB/88 C/C OJ 355 SDI I-TST 
• Das Horas Extras Diárias de 20 minutos: 
A reclamada determinava que os funcionários trocassem de roupa após o término da jornada, assim, a reclamante gastava 20 minutos diários para trocar o uniforme. Portanto, a reclamante fazia 20 (vinte) minutos de hora extras de segunda-feira à sábado, conforme artigo 4º, §2º, VIII C/C artigo 58, §1º ambos da CLT C/C artigo 7º, inciso XVI da CRFB/88 C/C OJ 355 SDI I-TST 
• Da Alimentação Em Pecúnia:
 A reclamante recebia a alimentação – almoço e lanche, em pecúnia, o que é vedado pelo artigo 457, §2º da CLT. Logo, o valor em dinheiro recebido a título de alimentação deve ser incorporado ao salário da reclamante. 
• Do Salário Família – Lei 4266/63: 
Conforme contracheques desde a data da admissão até a data da demissão, a reclamada não pagou 43 (quarenta e três) quotas referentes ao salário família, conforme previsto no artigo 1º da Lei 4266/63. O salario família em 2016, 2017, 2018 e 2019 era, respectivamente, R$41,37; R$44,09; R$45,00 e R$45,69. 
• Da Participação Nos Lucros: 
Não foi pago a Participação Nos Lucros a qual a reclamante tem direito em relação ao ano de 2019, conforme previsão no artigo 611-A, IX da CLT C/C artigo 7º, XI da CRFB-88. 
• Desconto – Doação de Sangue Justificada: 
No ano de 2018, a reclamante fez doação de sangue voluntária de acordo com artigo 473, caput, inciso IV da CLT, que prevê que a cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue, devidamente comprovada, o trabalhador pode deixar de comparecer ao serviço , no entanto, a reclamante teve esse dia descontado.
• Do Salário Substituição: 
Em 2019, a reclamante não recebeu a diferença salarial por ter substituído o chefe do setor de produção, por um período de 90 (noventa) dias; em razão da hipossuficiência da reclamante pede-se a inversão do ônus da prova, com fundamentos no artigo 450 da CLT C/C 818, inciso II da CLT. 
• Do Dano Moral: 
Conforme exposto acima nos fatos, a frequência de, no mínimo, 2 (duas) vezes por semana com que o superior imediato da reclamante, dirigia lhe a palavra dizendo-lhe que tinha um belo sorriso; atentou contra a honra, a boa fama e, também, contra a imagem da reclamante. Nesse sentido, o dano causado pelo preposto requer a devida indenização, conforme o artigo 483 da CLT C/C artigo 186 do Código Civil C/C artigo 5º, X da CRFB/88. 
• Da Multa: 
Em razão da reclamada ter cometido falta grave ao rescindir o contrato de dirigente sindical, da não ter quitado todas as verbas as quais o reclamante faz jus, bem como em razão de controvérsias em relação as verbas, pede-se a aplicação de multas previstas nos artigo 467 e artigo 477 ambos da CLT.
V) DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
“Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurálo, sobre o valor atualizado da causa,” conforme artigo 791-A da CLT.
VI) DOS PEDIDOS
• Diante do exposto pelos fatos e fundamentos, o reclamante, por meio de seu advogado, requer: 
1) Que seja deferido a Gratuidade de Justiça, em razão da hipossuficiência financeira da reclamante. Em anexo segue procuração específica, assinada, para o pedido da Justiça Gratuita; 
2) Que seja deferido a tutela de urgência para reintegrar a reclamante ao quadro de funcionários da reclamada, uma vez que houve falta grave por parte desta, sob o risco de perecimento do direito; 
3) que seja deferido o pagamento das horas extras realizadas aos sábados, em razão do não cumprimento do período mínimo inter-jornadas, no valor de R$2.485,23 (dois mil quatrocentos e oitenta e cinco reais e vinte e três centavos); 
4) que seja deferido o pagamento das horas extras realizadas diariamente, em razão do tempo gasto para a troca de uniforme após a jornada de trabalho imposto pela reclamada, no valor de R$3.221,59 (três mil e duzentos e vinte e hum reais e cinquenta e nove centavos); 
5) que seja deferido a incorporação do valor pago em pecúnia, referente a alimentação – almoço e lanche, no valor de R$7.800,00 (sete mil e oitocentos reais); 
6) Que seja deferido o pagamento 43 (quarenta e três) quotas do salário maternidade não percebido, desde a contratação até o termino do contrato, no valor de R$1.305,04 (hum mil trezentos e cinco reais e quatro centavos); 
7) Que seja deferido o pagamento na participação nos lucros em relação ao ano de 2019 no valor de R$600,00 (seiscentos reais); 
8) Que seja deferido o pagamento da diferença salarial durante os 90 (noventa) dias que a reclamante ocupou o cargo de chefe do setor de produção, no valor de R$10.800,00 (dez mil e oitocentos reais); 
9) Que seja deferido o pedido do Dano Moral provocado pelo preposto da empresa no valor de R$4.800,00 (quatro mil e oitocentos reais); 
10) Que seja deferido o pagamento das custas e honorários sucumbenciais, de acordo com o artigo 85 do Novo Código de Processo Civil de 2002; 
11) Que seja deferido o pagamento da multa pelo não pagamento de todas as verbas as quais o reclamante tem direito, bem como pela falta grave cometido pela reclamada ao rescindir o contrato de uma dirigente sindical, no valor de R$8000.00 (oito mil reais).
VII) DA NOTIFICAÇÃO
Requer a notificação da reclamada para comparecer a audiência a ser designada por este juízo, oportunidade em que deverá oferecer contestação a presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes os pedidos formulados nesta ação.
VIII) DAS PROVAS
O reclamante requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 360 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem como, em especial, as provas documental, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal do réu.
IX) DO VALOR DA CAUSA:
Dá-se a causa o valor total de R$39.011,86 (trinta e nove mil e onze reais oitenta e seis centavos).
Nestes termos, pede deferimento 
Local e Data 
Nome do Advogado
OAB
Doutrina:
O conteúdo do pedido no processo civil e trabalhista
A Reforma Trabalhista sancionada pelo Presidente da República em 13 de julho de 2017 traz em seu corpo alterações que vão desde dispositivos de direito material individual do trabalho, passando por normas de direito coletivo e administrativo, até normas de processo do trabalho.
Observada a "vacatio legis" de 120 dias estabelecida no art. 6o da lei 13.467/17, todas as suas alterações passam a entrar em vigor, sendo evidente que os efeitos mais imediatos serão sentidos no processo do trabalho, haja vista que, malgrado discussões eventuais que sempre ocorrem a respeito da aplicação de direitointertemporal, as normas processuais já passam a produzir seus efeitos tão logo entrem em vigor com a cessação da vacância.
As normas processuais também se sujeitam a regra "tempus regit actum", razão pela qual os fatos e atos processuais ocorridos e já consumados sob a vigência da legislação anterior não sofrem os efeitos das novas normas processuais que, não obstante, passam a reger os atos processuais futuros mesmo nas demandas já em andamento.
Quando se versa a respeito da petição inicial, contudo, a questão de direito intertemporal é muito mais simples, já que basta aferir qual a norma processual em vigor por ocasião do ajuizamento da demanda. Assim, ao se versar a respeito da disciplina dos pedidos na petição inicial trabalhista após a reforma, está a se tratar das petições iniciais de ações ajuizadas após o período da "vacatio legis".
Os requisitos da petição inicial trabalhista já eram disciplinados antes da reforma no art. 840, § 1o, da CLT, e continuam o sendo, permanecendo a admissão da apresentação da reclamatória tanto verbal quanto escrita. Houve, contudo, significativa e importante alteração quanto à parte do pedido na petição inicial, como se verifica a seguir:
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. (negritei).
Antes da nova redação, o parágrafo em exame fazia alusão exclusivamente à necessidade do pedido, mas não fazia qualquer referência à certeza ou determinação, muito menos à indicação de valores.
Nesse aspecto, é conveniente notar que a própria exigência de certeza e determinação, ou mesmo o significado desta exigência, sempre foi objeto de debate doutrinário.
TEXIEIRA FILHO, Manoel Antônio. Curso de direito processual do trabalho. Vol. II. São Paulo: LTr, 2009. p. 661
2 MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários à CLT. 10a ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Jurisprudência
DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. REGISTRO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO. DESNECESSIDADE. O reconhecimento da estabilidade provisória dos dirigentes sindicais não está vinculado à concessão do registro sindical no Ministério do Trabalho e Emprego, considerando que tal providência é meramente administrativa. Assim, comprovado nos autos que o autor foi eleito dirigente sindical, é devida a sua reintegração no emprego.
(TRT-1 - RO: 01002185920175010431 RJ, Relator: MARIA HELENA MOTTA, Data de Julgamento: 01/10/2019, Sexta Turma, Data de Publicação: 05/10/2019).
CASO CONCRETO 5
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ...VARA DO TRABALHO DA CIDADE CAMPINAS -SP
SOCIEDADE EMPRESÁRIA ÔMEGA SA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº..., e-mail..., situada na rua..., bairro..., na cidade de Campinas -SP, CEP ..., por meio de seu advogado (nome completo)..., e-mail..., endereço profissional, rua..., bairro..., na cidade de ....CEP.: ..., onde receberá as intimações, com amparo do artigo 840, §1º da CLT C/C artigo 319 do NCPC C/C artigo 77, inciso V do NCPC, vem propor
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
pelo PROCEDIMENTO ESPECIAL em face de JOÃO DA SILVA, brasileiro, casado, união estável..., profissão pedreiro, filho de..., data de nascimento..., RG nº..., CPF nº ..., PIS nº..., CTPS nº..., residente e domiciliada na rua... nº..., na cidade Campinas – SP, CEP...., pelos fatos e fundamentos a seguir.
I – DOS FATO E FUNDAMENTOS 
O consignatário foi contratado pelo consignante no dia 05/01/2018, para exercer a função de pedreiro, todavia, no dia 10/10/2018 foi dispensado sem justa causa, com aviso prévio na forma indenizada. 
Por conseguinte, a consignante marcou para o dia 15/10/2018 para efetuar o pagamento das verbas rescisórias devidas, bem como a entrega dos documentos necessários para o requerimento de outros direitos trabalhista. Nesse dia, o trabalhador também retiraria os seus pertences pessoais. 
No entanto, por problemas no fluxo de caixa, a consignante não tinha como realizar o pagamento das verbas rescisórias no dia marcado, assim, pediu desculpas ao consignatário, anotou a dispensa na CTPS e solicitou que ele retornasse após 60 (sessenta) dias, para que fossem realizados o pagamento da verbas rescisórias e a retirada dos objetos pessoais.
Porém, após 60 (sessenta) dias o consignatário não compareceu para receber os valores e retirar os objetos pessoais. 
Assim, de boa fé e com o intuito de resolver a pendência, o consignante entrou em contato por telefone e enviou 2 (dois) telegramas, conforme dados informado na ficha de registro, além disso, os excolegas de trabalho também enviaram mensagens para o facebook do consignante, contudo, todas as tentativas não tiveram sucesso no contato com o consignatário. 
Por fim, diante da narrativa acima, resta ao consignante promover em face do consignatário Ação De Consignação Em Pagamento, conforme Artigo 539 do NCPC C/C Artigo 335 do Código Civil, além dos artigo 542 C/C artigo 546 ambos do NCPC.
II – DA ESPECIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS CONSIGNADOS:
Das verbas rescisórias: 
1. Saldo de salario equivalentes a 10 dias; 
2. Aviso prévio indenizado em 1(um) salário do consignatário; 
3. 13º salario proporcional equivalente; 
4. Férias proporcionais acrescidas do terço constitucional; 
5. Guia rescisória para saque do FGTS; 
6. Indenização de 40% sobre o saldo do FGTS; 
7. Entrega do formulário do seguro desemprego; 
8. O valor de 1(um) salário do consignatário em razão do não pagamento das verbas rescisórias dentro do prazo de 10 dias após a rescisão do contrato, conforme artigo 477, §§ 6º e 8º da CLT; 
Dos pertences pessoais: 
1. Uma fotografia do consignatário com a esposa; 
2. Uma camisa do time de futebol do consignatário.
III) DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
“Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurálo, sobre o valor atualizado da causa,” conforme artigo 791-A da CLT.
IV) DOS PEDIDOS 
• Diante do exposto pelos fatos e fundamentos, o consignante, por meio de seu advogado, requer: 
1. Que seja deferida a consignação em pagamento com efeito de quitação das verbas rescisórias; 
2. A citação do consignatário para levantar o depósito, receber as guias para sacar o saldo do FGTS, do seguro desemprego e seus pertences pessoais; ou oferecer contestação; conforme o artigo 542, II, NCPC; 
3. Em caso de o consignatário não oferecer contestação que seja aplicada a revelia; 
4. Que seja deferido procedente o pedido e declarada a extinção da obrigação de Dar, nos termos do artigo 546 do NCPC; 
5. Que seja deferido a condenação do consignatário ao pagamento das custas e honorários advocatícios, conforme artigo 85 do Novo Código De Processo Civil de 2002.
V) DA NOTIFICAÇÃO 
Requer a notificação da reclamada para comparecer a audiência a ser designada por este juízo, oportunidade em que deverá oferecer contestação a presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes os pedidos formulados nesta ação.
VI) DAS PROVAS
O reclamante requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 360 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem como, em especial, as provas documental, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal do réu.
VII) DO VALOR DA CAUSA:
Dá-se a causa o valor total de R$... 
Nestes termos, pede deferimento 
Local e Data 
Nome do Advogado
OAB
Doutrina:
O próprio conceito de consignação em pagamento como já deu pra perceber não é difícil de entender. A consignação em pagamento consiste no depósito judicial ou extrajudicial da coisa ou da quantia devida, sendo que o mesmo realizado, cessa para o devedor os juros e os riscos da mora, salvo se a açãofor julgada improcedente. Tal meio capaz de extinguir a dívida existente entre as partes, é colocada como uma faculdade ao devedor, pois este, não tem a obrigação de consignar, e sim de apenas cumprir a obrigação. Importante se faz citar que, na consignação extrajudicial, a mesma só é válida para as obrigações em que se tem que pagar em dinheiro, não sendo permitida a consignação de coisa em estabelecimento bancário.
Como diz Venosa:
“A consignação em pagamento tem a ver com a imputação da mora ao credor. No entanto, não é obrigatório ao devedor recorrer à ação de consignação para conseguir esse efeito. A mora do credor pode ser reconhecida na ação que este move contra o devedor: se o devedor é cobrado judicialmente e alega que não paga porque o credor não cumpriu sua parte na avença, aplicação da “exceptio non adimpleti contractus” (art. 476), reconhecida essa situação, reconhecida estará a mora do credor.”[5]
Nas palavras de Maria Helena Diniz:
“O pagamento em consignação é o meio indireto do devedor exonerar-se do liame obrigacional, consistente no depósito em juízo (consignação judicial) ou em estabelecimento bancário (consignação extrajudicial) da coisa devida, nos casos e formas legais.”[6]
Tal conceito vem basicamente expresso no artigo 334 CC, o qual diz:
“Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.”
Portanto, a consignação em pagamento é considerada uma forma de pagamento a qual extingue a obrigação existente até o presente momento com o depósito da coisa devida, nos casos e forma legais.
Lembra-nos ainda Maria Helena Diniz que,
“Na ação de consignação, ante sua finalidade especifica, não se discute a validade contratual (RT,391:367, 455:166), nem a natureza ou substância do contrato (RT, 390:267). Todas as questões fundadas na lesividade do negócio, na alteração de clausula contratual, com inscrição de expressões estranhas, e na existência de direito de arrependimento, refogem ao âmbito da consignatória.”[7]
O objeto da consignação não é somente o dinheiro como a primeira vista possa parecer, e sim tudo o que for objeto da obrigação.
Nosso Código Civil discorre a respeito que, se a coisa devida for imóvel ou corpo certo, poderá o devedor citar o credor, para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada (art. 341). Porém, se a obrigação consistir em obrigação alternativa, ou de coisas fungíveis cabendo ao devedor a escolha, este ofertara a coisa, mas, se esta escolha couber ao credor, reger-se-á pelo o que vem disposto no artigo 342:
“será ele citado para esse fim, sob cominção de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente.”
Importante se faz citar que, o imóvel também pode ser objeto de consignação, pois o depósito das chaves simboliza o depósito da coisa consignada.
Diniz, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, 2° volume: teoria geral das obrigações, 23. ed. rev. atual. e ampl. de acordo com a reforma do CPC e com o Projeto de Lei n° 276/2007.-São Paulo: Saraiva, 2008.
Gonçalves, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de direito processual civil, volume 2: processo de conhecimento (2° parte) e procedimentos especiais, 6° edição - São Paulo – Saraiva, 2010.
Jurisprudência 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO - EMPREGADO FALECIDO - LEGITIMIDADE PASSIVA - O artigo 1º da Lei nº 6.858/80 dispõe que os legitimados para o recebimento da pensão, bem como das verbas salariais e rescisórias e saque do FGTS e PIS estão elencados serão "os dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma da Legislação especificados Servidores Civis e Militares e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário e arrolamento".
(TRT-1 - RO: 00113496420135010010 RJ, Data de Julgamento: 21/06/2016, Quarta Turma, Data de Publicação: 30/06/2016)
PATRICIA DEBIASE- 201703283635
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ...VARA DO TRABALHO DA CIDADE CAMPINAS -SP
SOCIEDADE EMPRESÁRIA ÔMEGA SA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº..., e-mail..., situada na rua..., bairro..., na cidade de Campinas -SP, CEP ..., por meio de seu advogado (nome completo)..., e-mail..., endereço profissional, rua..., bairro..., na cidade de ....CEP.: ..., onde receberá as intimações, com amparo do artigo 840, §1º da CLT C/C artigo 319 do NCPC C/C artigo 77, inciso V do NCPC, vem propor
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
pelo PROCEDIMENTO ESPECIAL em face de JOÃO DA SILVA, brasileiro, casado, união estável..., profissão pedreiro, filho de..., data de nascimento..., RG nº..., CPF nº ..., PIS nº..., CTPS nº..., residente e domiciliada na rua... nº..., na cidade Campinas – SP, CEP...., pelos fatos e fundamentos a seguir.
I – DOS FATO E FUNDAMENTOS 
O consignatário foi contratado pelo consignante no dia 05/01/2018, para exercer a função de pedreiro, todavia, no dia 10/10/2018 foi dispensado sem justa causa, com aviso prévio na forma indenizada. 
Por conseguinte, a consignante marcou para o dia 15/10/2018 para efetuar o pagamento das verbas rescisórias devidas, bem como a entrega dos documentos necessários para o requerimento de outros direitos trabalhista. Nesse dia, o trabalhador também retiraria os seus pertences pessoais. 
No entanto, por problemas no fluxo de caixa, a consignante não tinha como realizar o pagamento das verbas rescisórias no dia marcado, assim, pediu desculpas ao consignatário, anotou a dispensa na CTPS e solicitou que ele retornasse após 60 (sessenta) dias, para que fossem realizados o pagamento da verbas rescisórias e a retirada dos objetos pessoais.
Porém, após 60 (sessenta) dias o consignatário não compareceu para receber os valores e retirar os objetos pessoais. 
Assim, de boa fé e com o intuito de resolver a pendência, o consignante entrou em contato por telefone e enviou 2 (dois) telegramas, conforme dados informado na ficha de registro, além disso, os excolegas de trabalho também enviaram mensagens para o facebook do consignante, contudo, todas as tentativas não tiveram sucesso no contato com o consignatário. 
Por fim, diante da narrativa acima, resta ao consignante promover em face do consignatário Ação De Consignação Em Pagamento, conforme Artigo 539 do NCPC C/C Artigo 335 do Código Civil, além dos artigo 542 C/C artigo 546 ambos do NCPC.
II – DA ESPECIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS CONSIGNADOS:
Das verbas rescisórias: 
1. Saldo de salario equivalentes a 10 dias; 
2. Aviso prévio indenizado em 1(um) salário do consignatário; 
3. 13º salario proporcional equivalente; 
4. Férias proporcionais acrescidas do terço constitucional; 
5. Guia rescisória para saque do FGTS; 
6. Indenização de 40% sobre o saldo do FGTS; 
7. Entrega do formulário do seguro desemprego; 
8. O valor de 1(um) salário do consignatário em razão do não pagamento das verbas rescisórias dentro do prazo de 10 dias após a rescisão do contrato, conforme artigo 477, §§ 6º e 8º da CLT; 
Dos pertences pessoais: 
1. Uma fotografia do consignatário com a esposa; 
2. Uma camisa do time de futebol do consignatário.
III) DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
“Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurálo, sobre o valor atualizado da causa,” conforme artigo 791-A da CLT.
IV) DOS PEDIDOS 
• Diante do exposto pelos fatos e fundamentos, o consignante, por meio de seu advogado, requer: 
1. Que seja deferida a consignação em pagamento com efeito de quitação das verbas rescisórias; 
2. A citação do consignatário para levantar o depósito, receber as guias para sacar o saldo do FGTS, do seguro desemprego e seus pertences pessoais; ou oferecer contestação; conforme o artigo 542, II, NCPC; 
3. Em caso de o consignatário não oferecer contestação que seja aplicadaa revelia; 
4. Que seja deferido procedente o pedido e declarada a extinção da obrigação de Dar, nos termos do artigo 546 do NCPC; 
5. Que seja deferido a condenação do consignatário ao pagamento das custas e honorários advocatícios, conforme artigo 85 do Novo Código De Processo Civil de 2002.
V) DA NOTIFICAÇÃO 
Requer a notificação da reclamada para comparecer a audiência a ser designada por este juízo, oportunidade em que deverá oferecer contestação a presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes os pedidos formulados nesta ação.
VI) DAS PROVAS
O reclamante requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 360 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem como, em especial, as provas documental, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal do réu.
VII) DO VALOR DA CAUSA:
Dá-se a causa o valor total de R$... 
Nestes termos, pede deferimento 
Local e Data 
Nome do Advogado
OAB

Outros materiais