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CAPÍTULO 8 – VARIADORES ESCALONADOS PARTE 1 – TRANSMISSÃO POR POLIAS E CORREIA Vantagens da transmissão por correias Permitem grandes reduções. Atuam como amortecedor de choque. Atenua impactos torcionais. Segurança contra sobrecarga. Age como fusível mecânico. Não requer lubrificação. Transmissão isenta de ruídos. Fácil manutenção. Baixo custo Tipos de correias Correia plana lisa (polia plana lisa) Correia plana frisada (polia plana risada) Correia trapezoidal (polia em V) Correia dentada (polia dentada) 𝑉1 = 𝑉2 = 𝑉 = . 𝑑1. 𝑛1 = .𝑑2. 𝑛2 𝑖12 = 𝑛2 𝑛1 = 𝑑1 𝑑2 i12 = relação de transmissão; é chamado de razão de velocidades = n1 n2 A = distância entre centros dos eixos e L = comprimento da correia. 𝐿 = 2𝐴 + 𝜋 𝐷 + 𝑑 2 + 𝐷 − 𝑑 2 2𝐴 d1 d2 V A Exemplo: o esquema anterior e fazendo-se n1 = 100 rpm, tem-se: V = .500.100 / 1000 = 157m/min d1 / d2 = n2 / n1 → 500 / 200 = n2 / 100 → n2 = 250 rpm Para grandes relações de transmissão usam-se sequências de polias, tal como ilustrado na figura abaixo. Pequena extensão de contato (atrito) da correia com a polia menor Relação de Transmissão Total 𝑖12 = 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 2 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 1 = 𝑑1 𝑑2 𝑖34 = 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 3 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 2 = 𝑑3 𝑑4 𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑖12 . 𝑖34 = 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 2 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 1 . 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 3 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 2 = 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 3 𝑛𝑒𝑖𝑥𝑜 1 = 𝑑1 𝑑2 . 𝑑3 𝑑4 d1 d4 d3 d2 CONE OU TAMBOR DE POLIAS ESCALONADAS Observa-se que no eixo de trabalhos tem-se: n1 < n2 < n3 < n4 Constante construtiva (C): veja que uma única correia pode ser montada em diferentes posições (4 no desenho ao lado). Portanto, para se manter a distância entre os centros dos eixos de trabalho e da contra marcha, quando A ≥ 10 (Dmáx – dmín), deve-se fazer: C = (d1+D4) = (d2+D3) = (d3+D2) = (d4+D1) Da equação básica 𝑑𝑥 . 𝑛𝑥 = 𝑑𝑦 . 𝑛𝑦 escreve-se: n4 . D1 = ncm . d4 → d4 = D1 . n4 / ncm D1 + d4 = C → D1 + D1 . n4 / ncm = C → 𝐷1. 1 + 𝑛4 𝑛𝑐𝑚 = 𝐶 𝑜𝑢 𝐷1 = 𝐶 1 + 𝑛4 𝑛𝑐𝑚 d4 = C – D1 D4 D3 D2 D1 d1 d2 d3 d4 PLACA dm dcm MOTOR Contra marcha A equação anterior foi escrita para um cone de 4 polias. Seguindo-se o mesmo procedimento, tem-se: 𝐷2 = 𝐶 1 + 𝑛3 𝑛𝑐𝑚 𝑒 𝑑3 = 𝐶 − 𝐷2 𝐷3 = 𝐶 1 + 𝑛2 𝑛𝑐𝑚 𝑒 𝑑2 = 𝐶 − 𝐷3 𝐷4 = 𝐶 1 + 𝑛1 𝑛𝑐𝑚 𝑒 𝑑1 = 𝐶 − 𝐷4 Portanto, esta equação pode ser reescrita de forma geral como: 𝐷𝑥 = 𝐶 1 + 𝑛(𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑠𝑒 𝑎𝑐𝑜𝑝𝑙𝑎 𝐷𝑥) 𝑛𝑐𝑚 Exemplo simples com cones iguais: Da equação 𝑑𝑥 . 𝑛𝑥 = 𝑑𝑦 . 𝑛𝑦 escreve-se: para a posição A da correia: 60 . 600 = 200 . n1 → n1 = 180 rpm para a posição B da correia: 100 . 600 = 160 . n2 → n2 = 375 rpm para a posição C da correia: 160 . 600 = 100 . n3 → n3 = 960 rpm para a posição D da correia: 200 . 600 = 60 . n4 → n4 = 2000 rpm Ø 160 Ø 100 Ø 160 D5 = 90.355 140 D4 D3 D2 D1 d1 d2 d3 d4 dm dcm D4 D3 D2 D1 d1 d2 d3 d4 sem redutor MECANISMO REDUTOR OU MECANISMO DE DOBRA D4 D3 D2 D1 d1 d2 d3 d4 sem redutor D4 D3 D2 D1 d1 d2 d3 d4 com redutor MECANISMO REDUTOR OU MECANISMO DE DOBRA Outro tipo de acoplamento CAPÍTULO 8 – VARIADORES ESCALONADOS PARTE 2 – TRANSMISSÃO POR ENGRENAGENS PRINCIPAIS TIPOS Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos Engrenagens Cônicas de Dentes Retos Engrenagens Cilíndricas de Dentes Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais com Eixos Ortogonais Helicoidais com Eixos Paralelos Pinhão Cremalheira Coroa e Rosca Sem Fim ou Coroa e Parafuso Sem Fim V = p.Z.n p = passo da cremalheira Z = no de dentes do pinhão n = rpm do pinhão n1 = n . f/Z f = no de fios do sem fim Z = no de dentes da coroa n = rpm do sem fim n1 = rpm da coroa ENGRENAMENTOS TRENS DE ENGRENAGENS – Usados para grandes relações de transmissão Engrenamento Número de dentes (Z) Diâmetro primitivo (Dp): são os diâmetros tangentes em um par de engrenagens. Passo diametral (p): medido sobre o diâmetro primitivo. Para haver engrenamento, as duas engrenagens precisam ter o mesmo passo diametral. Diâmetro primitivo Z1 . p = . Dp1 → p = .Dp1 Z2 . p = . Dp2 → p = . Dp2 Z1 Z2 𝑍1 𝑍2 = 𝐷𝑝1 𝐷𝑝2 V = . Dp1 . n1 = . Dp2 . n2 → 𝑛2 𝑛1 = 𝐷𝑝1 𝐷𝑝2 𝑖12 = 𝑛2 𝑛1 = 𝐷𝑝1 𝐷𝑝2 = 𝑍1 𝑍2 MÓDULOS PADRONIZADOS Módulo do dente (m) 𝑚 = 𝐷𝑝 𝑍 𝑝 = . 𝐷𝑝 𝑍 𝑝 𝜋 . 𝑍 = 𝑚. 𝑍 𝑚 = 𝑝 𝜋 Trens de Engrenagens ou Sequência de Engrenamentos Usados para grandes relações de transmissão 𝑖12 = 𝑍1 𝑍2 𝑖34 = 𝑍3 𝑍4 𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑖12 . 𝑖34 = 𝑍1 𝑍2 . 𝑍3 𝑍4 Z1 Z3 Z2 Z4 Engrenagem Intermediária Usada para inverter o sentido de rotação do eixo de saída. 𝑖12 = 𝑛2 𝑛1 = 𝑍1 𝑍2 𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑖12 . 𝑖23 = 𝑛2 𝑛1 . 𝑛3 𝑛2 = 𝑛3 𝑛1 = 𝑍1 𝑍2 . 𝑍2 𝑍3 = 𝑍1 𝑍3 𝑖23 = 𝑛3 𝑛2 = 𝑍2 𝑍3 Z1 Z2 Z3
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