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Drenagem - Projeto

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Prévia do material em texto

Engº Marcos Augusto Jabôr 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE DRENAGEM 
 
 
 
PROJETO DE DRENAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Associação Brasileira de Pavimentação – ABPv 
www.abpv.org.br www.rapv.org.br 
14 a 16 de setembro de 2004 
Rio de Janeiro – RJ 
 
 
 
 2 
 
SUMÁRIO 
 
Apresentação pág. 3 
 
Introdução pág .4 
 
Obras de Arte Correntes pág. 4 
 
Drenagem Superficial ( Valeta, Sarjeta, Saída e Descida D’água..........) pág. 6 
 
Drenagem Profunda ( Drenos Profundo e de Pavimento, Colchão........) pág. 13 
 
Drenagem Urbana pág. 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
Apresentação 
 
Pretende-se com esta apostila fornecer de forma resumida, clara e objetiva as principais informações técnicas 
que possibilitem ao profissional da área de drenagem um melhor entendimento relativo ao 
Desenvolvimento de um Projeto de Drenagem de rodovias. 
 
Esta apostila foi elaborada reunindo, às vezes, na sua íntegra frases, textos e quadros de diversos autores, 
com a intenção apenas de retratar o que de melhor havia, dentro de nosso conceito, para repassarmos aos 
profissionais participantes do Curso de Drenagem. 
 
São os seguintes livros, publicações técnicas e autores utilizados na sua elaboração: 
 
1- Livro: Engenharia de Drenagem Superficial 
 Autor: Paulo Sampaio Wilken 
 
2- Livro: Drenagem Urbana- Manual de Projeto 
 Autor: CETESB/SP- 1980 
 
3- Publicação do IPR-Instituto de Pesquisas Rodoviárias do Ministério dos Transportes 
 Título: Vazão de Dimensionamento de Bueiros 
 Autores: Nelson L. de Sousa Pinto 
 Antonio Carlos Tatit Holtz 
 Carlos J. J. Massucci 
 
4- Publicação Técnica de nº 17 – DER/MG 
 Título: Escoamento de Águas Pluviais nas Sarjetas 
 Autor: José Paulo Ferrari Pinheiro 
 
5- Livro: Drenagem Superficial e Subterrânea de Estradas 
 Autor: Renato G. Michelin 
 
6- Publicação: Princípios Básicos e Sistemas Drenantes 
 Autor: RHODIA S.A- 1978 
 
7- Livro: Drenagem dos Pavimentos e Aeródromos 
 Autor: Harry R. Cedergren 
 
8- Livro: Manual Prático de Drenagem 
 Autor: Paulo Roberto Dias Morales 
 
9- Publicação: Drenagem Profunda em Estradas de Rodagem 
 Autores: Fernando Márcio G. Santana 
 Marcos Marques Moreira Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
I – INTRODUÇÃO 
 
 O projeto de drenagem é desenvolvido com os dados obtidos dos Estudos Hidrológicos, 
compreendendo o dimensionamento, a verificação hidráulica, a funcionalidade e o posicionamento 
das obras e dispositivos. 
 
Os dispositivos de drenagem têm como objetivo, captar e conduzir para local adequado toda a água 
que sob qualquer forma venha a atingir o corpo estradal. 
 
Segue abaixo a relação dos dispositivos que fazem parte de um Sistema de Drenagem. 
 
• Obras de arte correntes; 
 
• Valetas de proteção de corte e aterro; 
 
• Sarjetas de corte e aterro; 
 
• Entrada d’água em aterro; 
 
• Descidas d’água de corte e aterro 
 
• Soleira de dispersão; 
 
• Caixas Coletoras 
 
• Sarjetas de banqueta de Corte e aterro; 
 
• Dreno profundo longitudinal; 
 
• Dreno transversal; 
 
• Dreno de pavimento; 
 
• Dreno espinha de peixe; 
 
• Colchão drenante; 
 
• Dreno de talvegue. 
 
II – OBRAS DE ARTE CORRENTES 
 
 O dimensionamento hidráulico das obras de arte correntes é feito com base nas vazões calculadas 
para todas as bacias hidrográficas interceptadas pelo traçado da rodovia, fornecidos pelos Estudos 
Hidrológicos . 
 
 
 5 
 No DER-MG, para rodovias normais, as Obras de Arte Correntes são dimensionadas para operar 
como orifício ( bueiros tubulares ), tempo de recorrência de 25 anos e operar como canal ( bueiros 
celulares ), tempo de recorrência de 50 anos. 
 
 Para bueiros tubulares novos admite-se uma carga hidráulica HW/D= 2 sendo que para os bueiros 
celulares novos admite-se a carga hidráulica HW/H= 1,2. Para o estudo de aproveitamento de obras 
existentes, a carga hidráulica admissível deverá estar numa cota máxima igual a do sub leito de 
forma que não cause prejuízo aos proprietários à montante e não provoque erosões a jusante. 
 
 No dimensionamento deverão ser utilizados tabelas e ábacos elaborados pelo “U.S. Bureau of 
Public Roads”. 
 
O projeto de drenagem de grota compreende inicialmente a avaliação das obras existentes na 
rodovia, quanto a seu funcionamento, estado de conservação , suficiência de vazão e o seu 
posicionamento. 
 
 No projeto das obras de arte correntes deverão ser adotados os seguintes critérios: 
 
• O diâmetro mínimo a ser adotado para bueiro de grota e greide, deverá ser aquele que 
atenda as vazões calculadas e evite entupimentos ( função do local a ser implantado ) e 
facilite os trabalhos de limpeza. 
 
• Altura mínima de recobrimento acima da geratriz superior dos bueiros tubulares, conforme 
tabela abaixo: 
 
 
ALTURA DE ATERRO 
SOBRE O TUBO NA VIA 
TUBOS 
CLASSE 
 
DIÂMETRO 
INTERNO 
 MÍNIMA MÁXIMA 
NBR 8890/2003 m m m 
PS - 2 0.30, 0.40, 0.50 e 0.60 0,55 4,60 
0.70 e 0.80 0,55 4,75 
0.90 0,55 4,75 
1.00 0,55 4,75 
PA - 1 
 
 
1.20 e 1.50 0,55 4,75 
0.30, 0.40, 0.50 e 0.60 0,50 5,75 
0.70 e 0.80 0,50 6,15 
0.90 0,50 6,40 
1.00 0,45 7,05 
 
 
PA - 2 
 
 1.20 e 1.50 0,40 8,00 
0.30, 0.40, 0.50 e 0.60 0,35 11,00 
0.70 e 0.80 0,35 11,15 
0.90 0,30 11,45 
1.00 0,30 11,75 
 
PA - 3 
 
 
1.20 e 1.50 0,30 12,15 
 
 
 
 6 
• A velocidade de escoamento deverá ser comparada com a velocidade de inicio de erosão 
do solo natural a jusante do bueiro, para verificação da necessidade de dissipador de 
energia; 
 
• Os tubos de concreto armado podem ser do tipo macho e fêmea ou ponta e bolsa, sendo que as classes 
seguem tabela da ABNT - NBR 8890 em função da altura de aterro. 
 
III – Valetas de Proteção de Corte e Aterro 
 
As valetas de proteção têm como finalidade impedir que as águas procedentes das encostas de 
montante atinjam a rodovia, evitando erosões e desestabilização do talude de corte e aterro, 
garantindo sua estabilidade. 
 
A valeta com a forma trapezoidal possuiu uma melhor eficiência hidráulica. 
 
Recomenda-se que sua localização seja a uma distância mínima de 3.00 m da linha de off-set, que o 
material removido na escavação seja apiloado e depositado à jusante da valeta, formado com a 
mesma o coroamento de seu lado inferior. 
 
 
 
Escoamento Superficial Material Apiloado 
 
 
 
 
 Talude de Corte 
 2,0 <d <3,0 
 
 
 
 
 
Recomenda-se também a não fazer cantos com ângulos superiores a 45º, no caso de não ser possível 
deve-se colocar uma curva. 
 
As águas coletadas pelas valetas serão conduzidas para o bueiro mais próximo, ou para a linha 
d’água mais próxima. Nos casos onde for projetada valeta revestida de concreto e o seu deságüe 
ocorrer em solo natural e a velocidade do escoamento for maior que a velocidade inicial de erosão 
do solo, deverá ser projetado dissipador de energia. 
 
Dimensionamento hidráulico 
 
Para proceder ao dimensionamento hidráulico das valetas, há necessidade de estimar a descarga de 
contribuição, utilizando-se o método racional, onde a área de drenagem é limitada pela própria 
valeta e pela linha do divisor de águas da vertente a montante. 
 
 
 
 
 
 7 
 
A expressão da fórmula racional é: 
 
610.6,3
.. AicQ = 
 
onde: 
 
Q = descarga de contribuição em m3/s; 
c = coeficiente de escoamento, adimensional, fixado de acordo como complexo solo-cobertura 
 vegetal e declividade do terreno; 
i = intensidade de precipitação, em mm/h para a chuva de projeto, fixada no estudo hidrológico; 
A = área de contribuição, em m2, determinada através de levantamentos topográficos, 
 aerofotogramétricos ou expeditos. 
 
Fixadaa vazão de contribuição, passa-se ao dimensionamento hidráulico propriamente dito através 
da fórmula de Manning associada a equação da continuidade. 
 
2/13/21 xIxR
n
V = (fórmula de Manning) 
 
P
AR = 
 
VAQ .= (equação da continuidade) 
 
onde: 
 
V = velocidade de escoamento, em m/s; 
I = declividade longitudinal da valeta, em m/m; 
n = coeficiente de rugosidade de Manning, adimensional, função do tipo de revestimento adotado; 
R = raio hidráulico, em m; 
A = área molhada, em m2; 
P = perímetro molhado; 
Q = vazão admissível na valeta, em m3/s; 
 
Acontece na prática, não raro, a necessidade de retirada da água da valeta de proteção de corte para 
a sarjeta ou para a caixa coletora de um bueiro de greide, devido às seguintes particularidades: 
 
• quando nos cortes muito extensos e de pequena declividade o comprimento crítico da 
valeta é atingido, o aumento da capacidade de vazão obrigaria a construção de seção com 
grandes dimensões; 
• quando o terreno a montante da valeta apresentar um talvegue secundário bem definido 
ocasionando a concentração de água num único local; 
• quando o perfil longitudinal da valeta apresentar-se sinuoso com vários pontos baixos, 
obrigando, para que haja em escoamento contínuo, grandes profundidades da valeta.Nesses 
casos, o dispositivo de saída d’água da valeta de proteção de corte para a plataforma é 
comumente denominado descida d’água. 
 
 8 
 
Essas descidas d’água em geral são construídas em degraus, como mostra a figura abaixo. 
 
 Valeta de proteção de corte 
 
 
 
 
 
 Descida d’água em talude de corte 
 degraus 
 
 sarjeta de corte caixa coletora 
 
 
 bueiro de semi - plataforma 
 greide 
 
 
 
 
 
IV – SARJETAS DE CORTE E ATERRO 
 
 Sarjeta de Corte 
 
Tem como objetivo captar as águas que precipitam sobre a plataforma e taludes de corte e 
conduzi-las, longitudinalmente à rodovia, até a transição entre o corte e o aterro, de forma a 
permitir a saída lateral para o terreno natural ou, então, para a caixa coletora de um bueiro de 
greide. 
 
Seção – Tipo 
As sarjetas de corte podem ter diversos tipos de seção,sendo mais comum a de forma 
triangular, obedecendo aos seguintes critérios: 
 
 
 Sarjeta Triangular – como mostra a figura abaixo, a sarjeta deve ter do lado de 
montante a declividade de 25%. 
 
 
 
 
 
 Acostamento 
 
 
 
 I = 25% 
 
 
 
 
 9 
 
 Sarjeta Trapezoidal - é adotada quando a sarjeta triangular de máximas dimensões 
permitidas for insuficiente para atender às condições impostas pela descarga de 
projeto e ao comprimento crítico. 
Existem dois tipos de sarjeta trapezoidal: com barreira e com capa 
 
 
 - com barreira: 
 A barreira constituída com meio fio tem a finalidade de servir como balizador 
orientando os veículos para afastarem daquele ponto. Por outro lado, possui aberturas 
calculadas, em espaçamento conveniente, de modo a permitir a entrada d`água. 
 
 
 
 
 
 
 
talude 
acostamento 
 
 
 meio fio barreira 
 
 sarjeta 
 
 
 
 
 
 - com capa: 
 
 Pode-se projetar a sarjeta capeada descontinuamente do modo que permita a entrada 
d’água pela abertura existente entre as duas placas. As placas são de concreto armado. 
 
 
 
 
 
 
 talude 
acostamento 
 capa 
 
 
 
 sarjeta 
 
 
 
 
 
 
 10 
Dimensionamento Hidráulico 
 
A bacia de contribuição para uma sarjeta é um paralelepípedo de altura igual à precipitação 
pluvial(P) cuja largura (l) é a largura do implúvio e o comprimento(L) é o comprimento 
crítico a se determinar. 
 
 
 L 
 
 
 P sarjeta 
 
 l 
 
 
 
A largura de implúvio( l ) é a projeção horizontal da largura de contribuição. O comprimento 
crítico( L ) é definido como o comprimento máximo de utilização da sarjeta, para que não 
haja transbordamento d’água e/ou início de processo erosivo. 
 
Determinação do comprimento crítico( Método de Equivalência de Vazões) 
 
A vazão decorrente de precipitações pluviais é dada pela fórmula: 
 
610.6,3
.. AicQ = 
 
Q = descarga de contribuição em m3/s; 
c = coeficiente de escoamento, adimensional, fixado de acordo como complexo solo-cobertura 
 vegetal e declividade do terreno; 
i = intensidade de precipitação, em mm/h para a chuva de projeto, fixada no estudo hidrológico; 
A = área de contribuição, em m2 ( A= L x l ) 
L = comprimento crítico 
l = largura de implúvio 
 
 610.6,3
... lLicQ = 
 
Para sarjetas de corte iremos adotar c = 0,70 e para sarjetas de aterro c = 0,90. 
 
A vazão Q deverá ser equivalente à vazão Q’ na sarjeta: 
 
Q’= S. V 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
A fórmula de manning nos dá 
 
2/13/21 xIxR
n
V = 
 
P
AR = 
 
onde: 
 
V = velocidade de escoamento, em m/s; 
I = declividade longitudinal da valeta, em m/m; 
n = coeficiente de rugosidade de Manning, adimensional, função do tipo de revestimento adotado; 
R = raio hidráulico, em m; 
A = área molhada, em m2; 
P = perímetro molhado; 
S= seção de vazão, em m2; 
Q = vazão em m3/s; 
 
Para se calcular L, faz-se a equivalência: 
 
Q = Q’ 
 
 
Determinação da largura de implúvio( l ) 
 
A largura de implúvio, no caso mais geral, é uma soma de 4 parcelas: 
 
l= l1+ l2 + l3 + l4 
 
l1 = contribuição da pista de rolamento; 
l2 = contribuição do acostamento; 
l3 = contribuição do talude corte; 
l4= contribuição da área compreendida entre a crista do corte e a valeta de proteção. 
 
Para o valor de l3, toma-se, normalmente, 2/3 da altura máxima do corte 
 
 
 Sarjeta de Aterro 
 
Tem como objetivo captar as águas precipitadas sobre a plataforma de modo a impedir que 
provoquem erosões na borda do acostamento e ou no talude do aterro, conduzindo-as ao local de 
deságüe seguro. 
 
 São dimensionadas de forma análoga a de corte, sendo que a contribuição será somente da pista 
 
 
 
 
 
 12 
 
V – SAÍDAS DÁGUA DE ATERRO 
 
As saídas d’água também denominadas entradas d’água são coletores das águas das sarjetas de 
aterro conduzindo-as para as descidas d’água. São utilizadas quando é atingido o ponto crítico da 
sarjeta e nos pontos baixos das curvas verticais côncavas e junto às pontes. 
 
VI– DESCIDA DÁGUA EM ATERRO 
 
São dispositivos que tem como objetivo, conduzirem as águas provenientes das sarjetas de aterro 
quando é atingido seu comprimento crítico e nos pontos baixos das curvas verticais côncavas, 
desaguando em terreno natural. 
São dois os tipos de dispositivos de descida d’água: Rápido e em degraus 
 
Dimensionamento Hidráulico 
 
O dimensionamento pode ser feito através da expressão empírica seguinte, fixando-se o valor da 
largura ( L ) e determinando-se o valor da altura ( H ). 
 
Q = 2,07 x L0,9 x H1,6 
 
Onde: 
 
Q = Descarga de projeto a ser conduzida pela descida d’água, em m3/s; 
L = Largura da descida d’água, em m; 
H = Altura das paredes laterais da descida, em m. 
 
Cálculo da velocidade no pé da descida. 
 
V = √2gh 
 
Onde: 
 
V = velocidade no pé da descida, em m/s; 
g = aceleração da gravidade ( 9,8 m/s ); 
h = altura do aterro, em m. 
 
O objetivo da determinação da velocidade no pé da descida d’água é o dimensionamento da bacia 
deamortecimento e da necessidade ou não de dissipadores de energia. 
 
 
VII – DESCIDA D’ÁGUA EM CORTE 
 
São dispositivos destinados a dirigir as águas proveniente da valeta de proteção de corte para as 
caixas coletoras dos bueiros de greide, de onde serão conduzidas para fora do corpo estradal. 
 
 
 
 
 
 13 
VIII – DISSIPADORES DE ENERGIA 
 
São dispositivos destinados a dissipar a energia do fluxo d’água, reduzindo conseqüentemente sua 
velocidade de modo que não haja risco de erosão no final das saídas, descidas d’água, valeta de 
proteção e bueiros 
 
IX – CAIXAS COLETORAS 
 
As caixas coletoras têm por finalidade coletar as águas oriundas das sarjetas de corte, das descidas 
d’água dos cortes e talvegues, conduzindo-as para fora do corpo estradal através dos bueiros de 
greide ou bueiros de grota. 
 
X– SARJETAS DE BANQUETA DE CORTE E ATERRO 
 
As sarjetas de banqueta são dispositivos que tem como objetivo captar e conduzir a água 
precipitada no talude e na plataforma das banquetas conduzindo longitudinalmente a um local 
seguro. 
 
Utiliza - se normalmente os mesmos dispositivos indicados para a valeta de proteção de corte, com 
a forma trapezoidal. 
 
XI - DRENO PROFUNDO LONGITUDINAL 
 
O dreno profundo longitudinal é utilizado para interceptar e/ou rebaixar o lençol freático, tendo 
como objetivo principal proteger a estrutura do pavimento. 
 
A indicação de drenos longitudinais profundos é feita após análise conjunta dos resultados de 
sondagens e ensaios, verificações de umidade e observação de campo. Nos projetos de restauração 
além das análises já citadas, devemos incorporar a análise conjunta dos resultados das medições 
com Viga Benkelman e inventário da superfície do pavimento- PRO-08 / DNER. 
 
Os drenos profundos são instalados, preferencialmente, em profundidade da ordem de 1,50 a 2,00 
m. 
 
Os drenos profundos mais usuais são: 
 
• Projeto tipo DNIT, DPS-01 ( Material filtrante e tubo )- ë indicado nos locais onde a 
umidade natural estiver acima da ótima, porém sem a presença de N.A; 
 
• Projeto tipo DNIT, DPS-07 e DPS-08 ( Material drenante, tubo e manta geotextil não 
tecida envolvendo a vala )- Nos locais com presença de N.A . 
 
As granulometrias dos materiais drenantes e filtrantes, e outras considerações, são obtidas pelo 
processo de TERZAGHI, pelas determinações de BUREAU OF RECLAMATION E SOIL 
CONSERVATION SERVICE, e no caso de geotexteis pelo método do COMITÊ FRANCES DE 
GEOTEXTEIS E geomembranas. 
 
 
 
 
 14 
As recomendações de TERZAGHI, são as seguintes: 
 
1. Condição de permeabilidade 
 
d15%F ≥ 5 d 15% S (máximo de 5% passando em peneira nº 200) 
 
2. Condição de não entupimento do material filtrante 
 
d15% F ≤ 5 d 85% S 
 
d15% F ≤ 40 d 15% S 
 
d15% F ≤ 25 d 50% S 
 
3. Condição de não entupimento do tubo 
 
d15%F ≥ de 
 
4. Condição de uniformidade 
 
202
%10
%60 ≤≤
F
F
d
d
 
 
onde: 
 
 de = diâmetro do furo do tubo; 
 
 d15 % F = diâmetro correspondente à porcentagem de 15% passando, do material filtrante; 
 
 d15 % S = diâmetro correspondente à porcentagem de 15% passando do solo a drenar; 
 
 d50 % F = diâmetro correspondente à porcentagem de 50% passando, do material filtrante; 
 
 d50 % S = diâmetro correspondente à porcentagem de 50% passando do solo a drenar; 
 
 d85 % F = diâmetro correspondente à porcentagem de 85% passando, do material filtrante; 
 
 d85 % S = diâmetro correspondente à porcentagem de 85% passando do solo a drenar; 
 
 d60 % F = diâmetro correspondente à porcentagem de 60% passando, do material filtrante; 
 
 d10 % F = diâmetro correspondente à porcentagem de 10% passando, do material filtrante; 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
XII - DRENO ESPINHA DE PEIXE 
 
São drenos destinados à drenagem de grandes áreas, pavimentadas ou não. São usados em série, em 
sentido oblíquo em relação ao eixo longitudinal da rodovia, ou área a drenar. 
 
Geralmente são de pequena profundidade e, por este motivo, sem tubos, embora possam 
eventualmente ser usados com tubos. 
 
Podem ser exigidos em cortes quando os drenos longitudinais forem insuficientes para a drenagem 
da área. 
 
Podem ser projetados em terrenos que receberão aterros e nos quais o lençol freático estiver 
próximo da superfície. 
 
Podem também ser necessários nos aterros quando o solo natural seja impermeável. 
 
Conforme as condições existentes podem desaguar livremente ou em drenos longitudinais, 
conforme se vê na figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 Eixo da rodovia 
 
 
 
 
 
 
XIII - DRENO SUB-HORIZONTAL 
 
Os drenos sub-horizontais são aplicados para a prevenção e correção de escorregamentos nos quais 
a causa determinante da instabilidade é a elevação do lençol freático ou do nível piezométrico de 
lençóis confinados. 
 
XIV - COLCHÃO DRENANTE 
 
O colchão drenante tem como objetivo drenar as águas existentes situadas à pequena profundidade 
do corpo estradal, quando forem de volume tal que possam ser drenadas pelos drenos “espinha de 
peixe”. 
 
São utilizados: 
 
• Nos cortes em rocha; 
• Nos cortes em que o lençol freático estiver próximo ao terreno natural; 
• Nos aterros sobre terrenos impermeáveis. 
A remoção das águas coletadas pelos colchões drenantes, deverá ser feita por drenos longitudinais. 
 
 16 
 
XV - TERMINAL DE DRENO PROFUNDO 
 
Os drenos profundos deverão, na transição corte/aterro, defletir-se de cerca de 45º, com raio de 
curvatura da ordem de 5 m, prolongando-se além do bordo da plataforma, de modo que o deságüe 
se processe, no mínimo, a um metro do off-set. 
 
Nos corte extensos os drenos deverão ser ligados às caixas coletoras. 
 
XVI - DRENO SUBSUPERFICIAL DE PAVIMENTO 
 
O dreno subsuperficial longitudinal é indicado nos locais onde a solução de pavimento para a 
camada de base prevê um material com permeabilidade muito superior a da camada de sub-base e 
esteja confinado pela sarjeta. 
 
Recomenda-se a execução, nos bordos em tangentes e nos bordos internos das curvas, os drenos 
rasos sub-superficiais ou de pavimento, longitudinais, na camada de sub-base, entrando no mínimo 
5,0 cm no sub-leito, com material drenante, desaguando na extremidade do pavimento nos aterros, e 
interligados aos drenos profundos longitudinais nos cortes. 
 
A utilização do dreno subsuperficial transversal se dá principalmente nos pontos baixos das curvas 
verticais côncavas, na transição entre as curvas,( no caso de curvas reversas), nas entradas e saídas 
de pontes quando a rampa é descendente no sentido da ponte, no bordo da pista nos canteiros das 
interseções quando estes são apenas gramados e como sangrias de locais onde apresentam inicio de 
trincamento e que não esteja previsto nenhum tipo de saneamento. 
 
Deverá ser utilizado no dreno os seguintes materiais: como material drenante a Brita 1, que possui 
um coeficiente de permeabilidade de 15 cm/s a qual atende muito bem a maioria das situações e 
manta geotextil não tecida para o seu envolvimento com objetivo de impedir a sua colmatação. 
 
 Este dreno quando construído conforme projetado e recomendado, prolongará consideravelmente a 
vida útil do pavimento. 
 
DRENAGEM DE TRAVESSIA URBANA 
 
 BOCAS DE LOBO 
 
São dispositivos especiais que têm como finalidade à captação de águas pluviais que escoam pelas 
sarjetas para, em seguida conduzi-las às galerias subterrâneas. 
São utilizados os seguintes dispositivos: 
 
 POÇOS DE VISITA 
São dispositivos especiais que permitem mudanças das dimensões das galerias, da declividade e 
direção. São previstos também quando, para mesmo local, concorrem mais de um coletor. Ë de 
grande importância na manutenção das galerias e verificação do seu funcionamento e eficiência.

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