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Saúde da Família: saúde do trabalhador

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Aula 1: Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora
1. Introdução
· O termo saúde do trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença. 
· Trabalhador: toda pessoa que exerce uma atividade de trabalho, independente de estar inserida no mercado de trabalho formal ou informal, inclusive na forma de trabalho familiar e/ou doméstico 
· As ações de saúde do trabalhador devem ser incluídas formalmente na agenda da rede básica de atenção à saúde amplia-se a assistência já ofertada aos trabalhadores, na medida em que passa-se a olhá-los como sujeitos de um adoecimento específico que exige estratégias específicas de promoção, proteção e recuperação da saúde. 
2. Política nacional de saúde do trabalhador e da trabalhadora 
· Finalidade: definir os princípios, diretrizes e estratégias, para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. 
· A quem se destina: todos os trabalhadores
· A PNSTT alinha-se com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das ações de saúde do trabalhador e o trabalho como um dos determinantes do processo saúde-doença. 
Princípios e diretrizes: universalidade, integralidade, participação da comunidade e dos trabalhadores, descentralização, hierarquização, equidade e precaução. 
3. Como o SUS realiza a PNSTT
O SUS realiza a PNSTT articulando ações individuais de assistência e de recuperação de agravos, com ações coletivas, de promoção, de prevenção, de vigilância dos ambientes, processos e atividades de trabalho, e de intervenção sobre os fatores determinantes da saúde dos trabalhadores; ações de planejamento e avaliação com as práticas de saúde; o conhecimento técnico e os saberes dos trabalhadores. 
4. Objetivos
· Fortalecer a vigilância em saúde do trabalhador (VISAT) e a integração com os demais componentes em saúde, o que pressupõe 
· Identificação das atividades produtivas e situações de risco do território
· Identificação das necessidades, demandas e problemas de saúde
· Fazer a análise da situação de saúde
· Intervenção nos processos e ambientes de trabalho
· Produção de tecnologias de intervenção, de avaliação e de monitoramento do VISAT
· Controle e avaliação da qualidade dos serviços e programas de saúde do trabalhador
· Produção de protocolos
· Participação dos trabalhadores e suas organizações 
· Promover a saúde em ambientes e processos de trabalho saudáveis 
· Estabelecimento e adoção de parâmetros protetores da saúde dos trabalhadores nos ambientes e processos de trabalho 
· Fortalecimento e articulação das ações de vigilância em saúde, identificando os fatores de risco ambientais, com intervenções tanto nos ambientes e processos de trabalho como no entorno, focando na qualidade de vida dos trabalhadores
· Inserção, acompanhamento e avaliação de indicadores de saúde dos trabalhadores e das populações circunvizinhas nos processos de licenciamento e nos estudos de impacto ambiental 
· Inclusão de parâmetros de proteção à saúde dos trabalhadores e de manutenção de ambientes de trabalho saudáveis
· Contribuição na identificação e erradicação de situações análogas ao trabalho escravo 
· Contribuição na identificação e erradicação do trabalho infantil e na proteção do trabalho adolescente 
· Garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador 
· Atenção primária à saúde
· Atenção especializada, incluindo serviços de reabilitação 
· Atenção pré-hospitalar, de urgência e emergência, e hospitalar
· Sistema de informações em saúde 
· Promoção e vigilância à saúde, incluindo a vigilância à saúde do trabalhador 
· Incorporar a categoria trabalho como determinante do processo saúde doença dos indivíduos e da coletividade 
· Assegurar a qualidade da atenção à saúde do trabalhador usuário do SUS 
· Principio da precaução: é a garantia contra os riscos potenciais que não podem ser ainda identificados. Este principio afirma que a ausência da certeza científica formal, a existência de um risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever esse dano deve ser norteador das ações de promoção da saúde e de ambientes e processos de trabalho saudáveis
· Adoção do conceito de sustentabilidade socioambiental: direito de trabalhar e viver em ambientes saudáveis e com dignidade, e ao mesmo tempo evitando o aprofundamento das iniquidades e das injustiças sociais
· Dignidade no trabalho: garantia de manutenção das relações ética e de respeito nos locais de trabalho
5. Ações de saúde do trabalhador junto à atenção primária em saúde
· Reconhecimento e mapeamento das atividades produtivas no território 
· Reconhecimento e identificação da população trabalhadora e seu perfil sócio ocupacional no território 
· Reconhecimento e identificação dos principais riscos e impactos à saúde dos trabalhadores 
· Identificação da rede de apoio social aos trabalhadores no território 
· Inclusão de crianças e adolescentes trabalhando, chefe de família desempregado ou subempregado, gestantes ou nutrizes trabalhando – grupos vulneráveis 
· Suspeita e/ou identificação da relação entre o trabalho e o problema de saúde apresentado pelo usuário, para fins de diagnóstico e notificação dos agravos relacionados ao trabalho
· Notificação dos agravos relacionados ao trabalho no Sinan e no SIAB e emissão de relatórios e atestados médicos, incluindo o laudo de exame médico de comunicação de acidente de trabalho (CAT), nos casos pertinentes 
· Articulação com as equipes técnicas e os CENTROS DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR (CEREST) sempre que necessário, para a prestação de retaguarda técnica especializada, considerando seu papel no apoio matricial a toda rede SUS 
6. Ações de saúde do trabalhador junto à urgência e emergência
· Identificação e registro da situação de trabalho 
· Identificação da relação entre o trabalho e o acidente, violência ou intoxicação exógena sofridas pelo usuário, com decorrente notificação do agravo no Sinan e adequado registro no SIH-SUS para os casos que requerem hospitalização 
· Preenchimento do laudo de exame médico da CAT
· Encaminhamento para a rede de referencia e contra referencia, para dar continuidade ao tratamento
· Articulação com as equipes técnicas e os CEREST 
7. Centro de referencia em saúde do trabalhador – CEREST
Promove ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por meio da prevenção da vigilância. 
· Desempenhar as funções de suporte técnico, de educação permanente
· Dar apoio matricial para o desenvolvimento das ações de saúde do trabalhador na atenção primária em saúde, nos serviços especializados e de urgência e emergência 
· Atuar como centro articulador e organizador das ações intra e intersetoriais de saúde do trabalhador 
Quem pode ser atendido: trabalhador formal dos setores públicos e privados, trabalhador autônomo, trabalhador informal, desempregado, acometidos de doença relacionada ao trabalho, encaminhados pela rede básica de saúde 
O que o CEREST não faz: atendimento de emergência, exames (admissionais, demissionais, periódicos e de mudança de função), atestado de saúde física ou mental e/ou processos de insalubridade/periculosidade 
Aula 2: Riscos Ocupacionais
1. Introdução
· Risco: toda e qualquer possibilidade de que algum elemento ou circunstância existente em um dado processo e ambiente de trabalho possa causar dano à saúde, seja através de acidentes, doenças ou do sofrimento dos trabalhadores 
· Fatores de risco
· Fatores associados ao aumento da probabilidade de que o dano venha a ocorrer
· Quando não eliminados, ocasionam acidentes de trabalho, cujos efeitos podem atingir família, população ao entorno e o ambiente da região 
A eliminação ou redução da exposição às condições de risco e a melhoria dos ambientes de trabalho para promoção e proteçãoda saúde do trabalhador constituem um desafio que ultrapassa o âmbito de atuação dos serviços de saúde, exigindo soluções técnicas, as vezes complexas e de elevado custo. 
Controle das condições de risco:
· Identificação das condições de risco para a saúde presentes no trabalho 
· Caracterização da exposição e quantificação das condições de risco 
· Discussão/definição das alternativas de eliminação ou controle das condições de risco
· Implementação e avaliação das medidas adotadas 
Para reconhecer as condições de risco, é necessário investigar as possibilidades de geração e dispersão de agentes ou fatores nocivos associados aos diferentes processos de trabalho, às operações, às maquinas e a outros equipamentos, matérias-primas, produtos químicos utilizados, eventuais subprodutos e aos resíduos. 
· Grupo 1 (verde): riscos físicos ruídos, vibrações, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais, umidade
· Grupo 2 (vermelho): riscos químicos poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, produtos químicos em geral
· Grupo 3 (marrom): riscos biológicos vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos
· Grupo 4 (amarelo): riscos ergonômicos esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade
· Grupo 5 (azul): riscos de acidentes arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos 
Na determinação do perigo apresentado pelo risco ambiental, deverá ser considerada a concentração/intensidade do agente, o tempo de exposição, as características dos agentes, a suscetibilidade individual. 
2. Riscos físicos
São efeitos gerados por máquinas, equipamentos, condições físicas, características do local de trabalho que podem causar prejuízos à saúde do trabalhador. 
· Ruídos: caldeiras, serras
· Ruído contínuo: pouca ou nenhuma variação durante certo período – maquinas em operação
· Ruído intermitente: variações de intensidade – transito da cidade, britadeira
· Ruído de impacto: som muito alto em período de tempo curto – explosões, detonações 
· Vibrações mecânicas: tratores, construção civil
· Vibrações de corpo inteiro
· Vibrações de extremidade 
· Podem causar no trabalhador cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna... 
· Calor: fundição, fornalhas, construção civil
· Pressão atmosférica anormal: altitudes, mergulhos
· Radiações ionizantes: serviços de saúde, Rx industrial – câncer, fadiga
· Radiações não ionizantes: solda elétrica, trabalhos ao sol, radares – queimaduras, lesões nos olhos 
Outros: calor (cansaço, irritação), frio (fenômenos vasculares periféricos, queimaduras pelo frio), umidade (doenças na pele, acidentes de trabalho) 
3. Riscos químicos 
Definidos como as substancias ou compostos que podem penetrar no organismo do trabalhador. Podem provocar danos à saúde de forma imediata ou a médio/longo prazos. 
· Classificação dos agentes químicos
· Pela forma: poeira, neblina, gases
· Pelos efeitos: irritantes e/ou corrosivos, sensibilizantes, asfixiantes, narcóticos, neurotóxicos, carcinogênicos 
· Agentes mais comuns: benzeno, solventes, sílica, amianto
Danos à saúde: irritação na pele e olhos, queimaduras leves e mais severas – podem advir de exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas ao contrato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos.
· Principais efeitos causados pelas substâncias químicas 
· Efeitos irritantes: irritação de VAS
· Efeitos asfixiantes: de dor de cabeça a morte
· Efeitos anestésicos: dano a diversos órgãos 
Poeiras minerais, vegetais, alcalinas e fumos metálicos. 
· Descarte de resíduos
· Resíduos químicos: materiais considerados sem utilidade
· Resíduos perigosos: todos os resíduos não passíveis de tratamento convencional, resultantes de atividade industrial e do tratamento convencional de seus efluentes líquidos e gasosos, que por suas características apresentam periculosidade efetiva e potencial à saúde humana, ao meio ambiente e ao patrimônio publico e privado requerendo cuidados especiais quanto ao acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamento. 
4. Riscos biológicos
Esses agentes são capazes de provocar danos à saúde humana, podendo causar infecções, efeitos tóxicos, efeitos alergênicos, formação de neoplasias e malformações. 
A exposição ocupacional a agentes biológicos decorre da presença desses agentes no ambiente de trabalho, podendo-se distinguir duas categorias de exposição:
· Exposição em laboratório: utilização ou manipulação do agente biológico, que constitui o objeto principal do trabalho (pesquisadores) 
· Exposição sem manipulação direta do agente biológico: atendimento em saúde, laboratórios, consultórios médicos
· Classificação
· Classe de risco 1: baixo risco individual para trabalhador e coletividade – baixa probabilidade de causar doença ao ser humano
· Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a comunidade – podem causar doenças mas existem meios eficazes de profilaxia e tratamento – Schistosoma mansoni 
· Classe de rico 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a comunidade – podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre há profilaxia e tratamento – febre amarela 
· Grupo de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a comunidade. Grande poder de transmissão de um indivíduo para o outro. Podem causar doenças graves no ser humano, para os quais não há meios de profilaxia e tratamento eficazes – vírus Ebola 
Importante: acompanhamento clínico laboratorial após a exposição, nenhuma interrupção dos medicamentos deve ser feita pelo próprio trabalhador acidentado sem antes discutir com o profissional de saúde, notificação, elaboração da CAT (comunicação de acidente de trabalho). 
PREVENÇÃO SEMPRE.
5. Riscos ergonômicos 
· Tríade básica da ergonomia: conforto + segurança + eficiência 
· A ergonomia é aplicada com a finalidade de melhoras as condições ambientais, visando à interação com o ser humano 
· Riscos ergonômicos: são fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença
· Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: 
· Melhoria no processo de trabalho
· Melhores condições no local de trabalho
· Modernização de máquinas e equipamentos 
· Melhoria no relacionamento entre as pessoas 
· Alteração no ritmo de trabalho
· Ferramentas adequadas
· Postura adequada
Domínios da ergonomia
· Ergonomia física: relação com características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica – estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos 
· Ergonomia cognitiva: relação com processos mentais – percepção, memória, raciocínio
· Ergonomia organizacional: concerne à otimização dos sistemas incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, projeto de trabalho, organização do trabalha, trabalho em grupo
Tipos de ergonomia: 
· Ergonomia de correção: age modificando elementos como ruídos, dimensões, temperatura 
· Ergonomia de concepção: promove melhor organização do trabalho, uso correto dos equipamentos, melhor postura dos funcionários
· Ergonomia de conscientização: envolve realização de palestras, treinamentos, cursos responsáveis por educar colaboradores sobre os hábitos e métodos de trabalho que podem ser prejudiciais à saúde· Ergonomia participativa: visa criação de comitê interno de ergonomia (CIE) – trabalha em prol da conscientização e viabilização de projeto ergonomicamente correto e saudável 
6. Riscos psicossociais 
Decorrem de deficiências na organização e gestão do trabalho, bem como de um contexto social de trabalho problemático, podendo ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e social tais como estresse relacionado ao trabalho, esgotamento ou depressão. 
· Fatores de risco
· Cargas de trabalho excessivas
· Exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções
· Falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador e falta de controle sobre a forma que executa o trabalho
· Má gestão de mudanças organizacionais
· Comunicação ineficaz, falta de apoio de chefes e colegas
· Assédio psicológico/moral ou sexual
· Difícil conciliação de vida familiar x trabalho
Riscos psicossociais associados à violência no local de trabalho: uso intencional de poder contra uma pessoa ou grupo, incidente a partir do qual as pessoas são vitimas de comportamentos abusivos, de ameaças ou ataques em circunstâncias ligadas ao trabalho, os quais implicam um risco explícito ou implícito para segurança, bem-estar e saúde 
Outros fatores de risco psicossociais: características físicas (ruídos, falta de higiene), aspectos organizacionais (conflito de papel), cultura organizacional (comunicação pobre, falta de apoio), relação interpessoal (isolamento físico e/ou social, conflitos), estilo de gestão 
Tarefas: trabalhar sozinho, trabalhar em contato com o publico, trabalhar com objetos de valor, trabalhar no setor da educação, trabalhar em condições de vulnerabilidade especial, trabalhar com pessoas em situação de estresse 
Aula 3: Acidentes de Trabalho
· 2,3 milhões de pessoas morrem e 300 milhões ficam feridas todos os anos no mundo em acidentes de trabalho
· A cada 5 minutos, cerca de 20 trabalhadores morrem em acidentes de trabalho e cerca de 3.000 sofrem acidentes ao redor do mundo
Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade de trabalho. 
Se equipara a acidente de trabalho:
O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, consequência de:
· Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho
· Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho
· Ato de imprudência, de negligência, ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho
· Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior 
O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho
· Na execução de ordem ou na realização de serviço soba a autoridade da empresa
· Em viagem a serviço da empresa 
· No percurso da residência para o local de trabalho
· Nos períodos destinados a refeição ou descanso 
Há 2 fatores que são preponderantes para a ocorrência de acidentes, estando estes relacionados com o comportamento dos trabalhadores e com as condições ambientais dos locais em que os mesmos exercem suas atividades. 
· Atos inseguros: caracterizados por ações voluntárias ou até mesmo involuntárias por parte dos trabalhadores e independem das condições que o ambiente ofereça – ex.: usar máquinas sem habilitação ou permissão, manipulação inadequada de produtos químicos 
· Condições inseguras: estão diretamente relacionadas com fatores ambientais e compreendem irregularidades ou defeitos materiais, irregularidades técnicas e riscos ambientais existentes nos locais de trabalho – ex.: defeito nas edificações, piso danificado, iluminação adequada
CAT
É um documento da previdência social e se constitui em um instrumento de comunicação nesse âmbito, que é avaliado no momento de estabelecer ou não, benefícios ao trabalhador lesado pelo trabalho. 
· Deve ser preenchido em sua primeira parte pela empresa
· Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-lo o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública 
· O não preenchimento da CAT traz implicações para o trabalhador, que precisa, na maioria das situações, desse documento para garantir junto ao INSS o recebimento dos benefícios que lhe são de direito. 
· CAT é um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto, bem como uma doença ocupacional 
Quando fazer:
· A empresa é obrigada a informar à previdência social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência 
· Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata
· A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita a multa
Tipos de CAT
· CAT inicial: acidente de trabalho ou doença profissional ou do trabalho
· CAT reabertura: reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS
· CAT comunicação de óbito: falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho
No caso de doença do trabalho, quando a CAT será emitida?
· No caso de doença do trabalho, a emissão da CAT deverá ser feita logo após o diagnóstico
· O empregado estava indo de uma empresa para outra e aconteceu o acidente de trajeto. Quem emite a CAT? É obrigatória a emissão da CAT pelas duas empresas.
Doenças relacionadas ao trabalho
Os trabalhadores podem adoecer ou morrer por causas relacionadas ao trabalho, como consequência da profissão que exercem ou exerceram, ou pelas condições adversas em que seu trabalho é ou foi realizado. Assim, o perfil de adoecimento e morte dos trabalhadores resultará da amalgamação desses fatores, que podem ser sintetizados em quatro grupos de causas:
· Doenças comuns, sem relação com trabalho
· Doenças comuns (crônico-degenerativas, infecciosas, neoplásicas) eventualmente modificadas no aumento da frequência de sua ocorrência ou na precocidade de seu surgimento em trabalhadores, sob determinadas condições de trabalho 
· Doenças comuns que têm o espectro de sua etiologia ampliada ou tornado mais complexo pelo trabalho – asma brônquica, dermatite de contato alérgica, perda auditiva induzida pelo ruído 
· Agravos à saúde específicos, tipificados pelos acidentes de trabalho e pelas doenças profissionais – silicose 
Grupos das doenças relacionadas de acordo com a classificação proposta por Schilling 
· Grupo I: doenças em que o trabalho é causa necessária, tipificadas pelas doenças profissionais, e pelas intoxicações agudas de origem ocupacional 
· Grupo II: doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, mas não necessário, exemplificadas pelas doenças mais comuns, mais frequentes ou mais precoces em determinados grupos ocupacionais. HAS e neoplasias, em determinados grupos ocupacionais ou profissões.
· Grupo III: doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, tipificadas pelas doenças alérgicas de pele e respiratórias e pelos distúrbios mentais, em determinados grupos ocupacionais ou profissões 
Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do limite de tolerância permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos, radioativos, sem proteção compatível com o risco envolvido. 
Essa proteção pode ser na forma de equipamento de proteção coletiva (EPC) e/ou equipamento de proteção individual (EPI)
· O estabelecimento da relação causal (nexo causal) entre um determinado evento de saúde (dano ou doença) individual ou coletivo e uma dada condição de trabalho constitui a condição básica para a implementação das ações de saúde do trabalhador nos serviçosde saúde 
Nexo ocupacional: associação entre doença conhecida e diagnosticada pelo medico e as condições de trabalho realizado pelo trabalhador. É fundamental para que seja proporcionado ao trabalhador um tratamento adequado. 
Recursos e instrumentos para a investigação das relações saúde-trabalho-doença
· No âmbito dos serviços de saúde, o principal instrumento para essa investigação e que permite chegar ao diagnóstico correto do dano é a anamnese ocupacional 
· A identificação ou comprovação de efeitos da exposição ocupacional a fatores de risco ou situações de risco, particularmente em suas fases mais precoces, pode exigir a realização de exames complementares: toxicológicos, de imagem, clínicos especializados, provas funcionais respiratórias, audiometria
· Estudos epidemiológicos
· Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da análise ergonômica da atividade
· Avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa, de acordo com as ferramentas da higiene do trabalho 
Atribuições das equipes da atenção primária a saúde
Identificar as demandas de saúde do trabalhador. Para isto, é imprescindível, nos atendimentos, perguntar sobre a atividade laboral do usuário, com o objetivo de tentar correlacionar a queixa ao trabalho, ou seja, suspeita de doenças relacionadas ao trabalho. Deve-se investigar:
· Profissão: há quanto tempo exerce a atual profissão
· Ocupação atual: com que trabalha atualmente, como realiza suas atividades de trabalho e há quanto tempo
· Identificar as atividades produtivas formais e informais nas áreas de abrangência; os riscos potenciais à saúde dos trabalhadores; a atividade desenvolvida pelo trabalhador formal e informal; o trabalho precoce de crianças e adolescentes
· Encaminhar para o CEREST as denuncias e situações de risco, os casos de adoecimento que necessitam de diagnóstico ocupacional
· Notificação ao SINAN dos agrados à saúde relacionadas com o trabalho 
No atendimento ao usuário, deve-se:
· Investigar
· Ramos da atividade da empresa: o que a empresa produz
· Ocupação anterior: investigar se a queixa pode estar relacionada às atividades que exerceu anteriormente
· Setor de trabalho e riscos: exposição a ruídos, produtos utilizados, umidade
· Outras situações de risco dos ambientes de trabalho: estresse, sobrecarga, ritmo intenso de trabalho
· Casos semelhantes e outros adoecimentos ocorridos na empresa 
Ao médico cabe: suspeitar/diagnosticar doenças causadas ou agravadas pelo trabalho / solicitar à empresa a emissão da CAT / preencher o atestado médico da CAT, referente ao diagnóstico
Quando notificar?
· Notificação imediata
· Acidente de trabalho fatal, acidente de trabalho com mutilação, acidade de trabalho em crianças e adolescentes
· Notificação semanal
· Acidente com exposição a material biológico, intoxicações exógenas 
· Notificação em unidades sentinelas
· Dermatoses ocupacionais
· Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT)
· Pneumoconioses
· Perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR)
· Transtornos mentais relacionados ao trabalho
· Câncer relacionado ao trabalho 
RENAST: rede nacional de atenção integral à saúde do trabalhador 
Aula 4: Perícia médica previdenciária 
1. Perícia médica
· É atribuição privativa do médico
· Pode ser exercida pelo civil ou militar: desde que investido em função que assegure a competência legal e administrativa do ato profissional 
· O exame médico-pericial visa a definir o nexo de causalidade (causa e efeito) entre: 
· Doença/lesão e morte 
· Doença/sequela de acidente e a incapacidade ou invalidez física e/ou mental 
· O acidente e a lesão
· Doença/acidente e o exercício da atividade laboral 
· Doença/acidente e sequela temporária/permanente 
É vedado ao médico: 
· Assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificação médico legal quando não tenha realizado pessoalmente o exame 
· Ser perito ou auditor do próprio paciente, da pessoa de sua família ou de qualquer outra com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho
· Receber remuneração ou gratificação por valores vinculados ao sucesso da causa, quando na função de perito ou de auditor 
2. Previdência 
A previdência é um SEGURO que garante a renda do contribuinte e sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Para ter essa proteção é necessário a inscrição e contribuição mensal. 
· Para que serve? Substituir a renda do segurado-contribuinte, quando da perda de sua capacidade de trabalho
· Quando o trabalhador perde a sua capacidade de trabalho? Quando é atingido por um dos chamados riscos sociais: doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário. Além desse, também tem maternidade e reclusão. 
· Benefícios 
SDF: PR1 
· 
· Aposentadoria por idade
· Por tempo de contribuição
· Auxílio-acidente
· Auxílio-reclusão
· Pensão por morte
· Aposentadoria por invalidez
· Aposentadoria especial
· Pensão especial (síndrome da Talidomida)
· Salário-maternidade
· Auxílio-doença
· Salário família 
· Pericia médica na Saúde do Trabalhador (previdência social/INSS)
A perícia médica é o setor do INSS que avalia segurados para fins de constatação de incapacidade para o trabalho, que é um dos requisitos para reconhecer o direito aos seguintes benefícios: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente.
· Auxílio-doença: é um benefício que o cidadão (segurado do INSS) poderá pedir, nos momentos em que for acometido por uma doença ou acidente e em função disso ficar incapacitado para o seu trabalho. Há necessidade de passar pela perícia médica do INSS e ficar constatada a incapacidade para trabalhar. O benefício será concedido para garantir sua renda durante a sua recuperação 
· Auxílio doença previdenciário (comum) x acidentário: o previdenciário abrange todos os tipos de segurados do INSS; quando retornar não há estabilidade no emprego, caso seja empregado e a empresa não é obrigada a depositar FGTS no período em que o trabalhador ficar afastado / acidentário: só abrange o empregado vinculado a empresa ou empregado doméstico; haverá estabilidade no emprego – não pode ser demitido pelos próximos 12 meses; a empresa é obrigada a continuar depositando o FGTS no período que o trabalhador ficar afastado. 
A perícia médica do INSS poderá classificar o auxilio doença como “acidentário”, com base na CAT = comunicação de acidente de trabalho ou com base no NTEP – nexo técnico epidemiológico
a) Auxílio-doença: benefício que o segurado do INSS poderá ter direito desde que seja originado de um acidente que o deixou com sequelas que limitam a capacidade para o trabalho de forma permanente. O benefício é pago como forma de indenização. O beneficio deixa de ser pago quando o trabalhador se aposenta
b) Aposentadoria por invalidez: trabalhador permanentemente incapaz de exercer qualquer atividade laborativa e que também NÃO pode ser reabilitado em outra profissão. O benefício será pago enquanto o cidadão estiver sem condições de realizar qualquer atividade, podendo ser revista pelo INSS a cada 2 anos.
c) Reabilitação profissional: visa proporcionar aos beneficiários incapacitados os meios indicados para reingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem. Depende do encaminhamento pela perícia médica – exame de avaliação de benefício por incapacidade. 
d) Aposentadoria especial: benefício dado ao assegurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. Nesse caso o trabalhador deve comprovar além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais por 15, 20 ou 25 anos. A exposição deverá ter ocorrido de forma permanente. 
3. Observações
· Segurado empregado: terá direito ao auxílio-doença a partir do 16o dia de afastamento. Os primeiros 15 dias são de responsabilidade da empresa/empregador. Nesses casos, o auxílio-doença pode ser solicitado desde o primeiro dia de afastamento. 
· Perito médico do INSS: responsável pela avaliação de incapacidade para o trabalho, que pode basear-se em pareceresespecializados e exames complementares aos quais o segurado já tenha se submetido. 
· O perito avalia cada caso individualmente – muitas vezes o problema de saúde que incapacita uma pessoa para determinada atividade, não incapacita outra 
· Decisões possíveis do perito
· O segurado é considerado incapaz para o trabalho e tem decisão pericial favorável para receber o auxílio doença ou aposentadoria por invalidez/especial nos casos mais graves 
· O segurado é considerado capaz de realizar outro tipo de trabalho diferente do seu e vai ser encaminhado para reabilitação 
· O segurado é considerado capaz de realizar a atividade que vem desenvolvendo e o parecer é contrário à concessão do benefício – nesse caso o perito não indicar a inexistência de uma doença, mas afirma que naquele momento o segurado é capaz de realizar as atividades de trabalho declaradas. 
Direito dos trabalhadores
· Recurso: deve ter os motivos pelos quais o cidadão discorda com a legislação – deve apresentar até 30 dias após tomar o conhecimento da decisão que deseja contestar
· Pedido de prorrogação: para quem está recebendo auxilio doença. Quando o segurado não se sente apto para retornar ao trabalho, dentro dos últimos 15 dias que antecedem o termino do benefício, poderá requerer o pedido de prorrogação (possibilidade de agendar uma nova pericia médica para ser reavaliado).
Aula 6: saúde dos estudantes da área da saúde
1. Saúde mental 
Está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. 
Ter saúde mental é: estar bem consigo mesmo, aceitar as exigências da vida, saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis, mas que fazem parte da vida, reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário. 
· Depressão: 1a causa de afastamento do trabalho no mundo – pode causar a pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, pode levar ao suicídio (considerado um problema de saúde publica). 
· Transtornos mentais: 3a maior causa de afastamento do trabalho desde 2011
· Burnout: 3a maior causa de afastamento do trabalho 
· Médicos se suicidam 5x mais que a população geral – mais vulneráveis: entre 35-50 anos. 
· Homem saudável é aquele que tolera bem os níveis de decepção 
· Principais fatores de risco para suicídio na população médica: grande carga de trabalho, privação do sono, dificuldade com pacientes, ambientes insalubres, preocupações financeiras e sobrecarga de informações. 
· Depressao entre estudantes de medicina e residentes é maior que a da população geral – FR: esgotamento, ansiedade, medo do fracasso, internações psiquiátricas, uso de álcool e drogas. 
Aula 7: gerenciamento de resíduos 
1. Resíduos sólidos 
São aqueles que resultam de atividades de origem hospitalar, doméstica, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Lodos provenientes de sistema de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água.
Classificação:
· Riscos potenciais de contaminação do meio ambiente:
· Classe I ou perigosos
· Classe II ou não-inertes
· Classe III ou inertes 
· Natureza ou origem
· Lixo doméstico ou residencial
· Lixo comercial
· Lixo publico 
· Lixo domiciliar especial: entulho de obras, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, pneus
· Lixo de fontes especiais: lixo industrial, lixo radioativo, lixo de portos, aeroportos e terminais rodoviários, lixo agrícola; lixos de serviços de saúde 
2. Plano de gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde – PGRSS
· Segue as legislações da ANVISA e politica nacional de resíduos sólidos (PNRS)
· PGRSS serve para evitarmos o descarte incorreto dos materiais
3. PNRS
· Prevê a prevenção e a redução de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos. 
4. Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde 
· Constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES, A PRESERVAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA, DOS RECURSOS NATURAIS E DO MEIO AMBIENTE. 
· Todo gerador de resíduos deve elaborar um plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde – PGRSS, baseado nas características e na classificação dos resíduos gerados. 
5. Geradores de resíduos
· Serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo, funerárias, serviços de medicina legal, drogarias e farmácias de manipulação, estabelecimentos de pesquisa na área da saúde, centros de controles de zoonoses, serviços de acupuntura, serviços de tatuagem, unidades móveis de atendimento à saúde 
6. Classificação dos resíduos 
· Grupo A: resíduos com risco de infecção
· Grupo B: resíduos com substancias químicas que podem apresentar risco à saúde/ambiente
· Grupo C: materiais resultantes de atividades humanas que tenham altas quantidades de radionuclídeos
· Grupo D: resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde/ambiente – equiparados a resíduos domiciliares
· Grupo E: materiais perfuro-cortantes 
7. Manejo dos resíduos
· Segregação: separação dos resíduos de acordo com as características físicas/químicas/biológicas
· Acondicionamento: embalar os resíduos 
· Identificação: reconhecimento dos resíduos acondicionados 
· Transporte interno: translado dos pontos de geração até o local de armazenamento 
· Armazenamento temporário: guarda temporária dos resíduos em local próximo ao de geração 
· Tratamento: processos para reduzir/eliminar o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente 
· Armazenamento externo
· Coleta e transportes internos: remoção dos resíduos dos serviços de saúde (RSS) do abrigo de resíduos até a unidade de tratamento 
· Disposição final: disposição dos resíduos no solo previamente preparados para recebe-los 
Segurança do trabalhador
· Pessoal envolvido com processos de higienização, transporte, coleta, tratamento, armazenamento de resíduos: exame admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional 
· Devem ser imunizados de acordo com PNI
· Envolvidos diretamente com o gerenciamento de resíduos: capacitação, educação continuada para manejo de resíduos (responsabilidade com higiene pessoal, dos materiais e ambiente)
· Capacitação: abordar uso correto de EPI e necessidade de mante-los em perfeito estado de conservação 
8. Classificação completa dos resíduos
· Grupo A1
· 1: microrganismos resíduos de fabricação de produtos biológicos / resíduos de manipulação genética 
· 2: resíduos de vacinação – frascos, agulhas, seringas
· 3: microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação 
· 4: sangue ou hemocomponentes rejeitados por contaminação ou má conservação 
· Grupo A2
· Carcaças, peças anatômicas, vísceras de animais submetidos a processos com inoculação de microrganismos
· Grupo A3
· Peças anatômicas do ser humano, produto de fecundação
· Grupo A4
· Grupo A5
· Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfuro-cortantes
· Grupo B: resíduos químicos que apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente
· Grupo C: rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com a natureza física do material e do radionucleotídeo presente 
· Grupo D: acondicionados de acordo com as orientações dos serviços locais de limpeza urbana
· Grupo E: materiais perfuro-cortantes devem ser descartados separadamente no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte.

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