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BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS o Fármaco suficiente no tecido ou órgão-alvo -Exige certo grau de seletividade tanto fatores que dependem da droga (efeitos direcionados) quanto do paciente (insuficiência cardíaca, renal etc) -Contribui para margem de segurança se chega a quantidade muito grande há mais probabilidade de intoxicação e efeitos indesejados depende de como o fármaco atua no organismo -Princípio da bala mágica: Idealmente o fármaco ideal, quando ingerido, atuasse unicamente no local em que deseja não ia para locais inespecíficos Mas dificilmente um fármaco será tão seletivo a ponto de não ter efeitos em outros locais o EX: ANTIDEPRESSIVOS: Chega em todo o organismo pois foi administrado via oral Mas precisa chegar em quantidade suficientes no cérebro para ocorrer o efeito desejado o ATROPINA: extremamente seletiva para receptores mACh Mesma que se distribui no organismo inteiro, tem poucos locais de ação o CORPROMAZINA: Não é tão seletiva quanto a atropina -Se liga a vários receptores: dopamina, serotonina, histamina, adrenérgicos eles estão em todos os locais do organismo -Altera o funcionamento desses locais Inespecífico: não tem um alvo particular, ação específica em um alvo NÃO SÃO CONSIDERADOS FÁRMACOS o Ação derivada de mecanismos físicos ou químicos -Alteração da bicamada -Alteração da osmolaridade -Reações físico-químicos o EX: GASES ANESTÉSICOS: Alta lipofilicidade alterar a permeabilidade da membrana efeito inespecífico o CHOQUE POR PERDA DE SANGUE (HEMORRAGIA) Usar fármaco que aumenta a osmolaridade e traz agua para corrente sanguínea para aumentar seu volume o SAL DE FRUTAS: Sal básico que quando ingerido reage com o ácido estomacal o SUPOSITÓRIO: Facilitam a evacuação por aumentar a umidade local o Seletividade e alvos farmacológicos definidos BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS -Tem em sua estrutura química particularidade que faz com que tenham alvos definidos (relação estrutura x atividade) várias famílias químicas são similares em ação (características cinéticas e dinâmicas) -Entre os alvos definidos ele pode preferir alguns a outros a. COCAÍNA: era usada como anestésico local PROCAÍNA: é usada como anestésico local grupo funcional igual da cocaína mantido em grupos de anestésicos locais que confere o efeito de anestesia A porção diferente é a porção da farmacocinética b. NORADRENALINA: transmissor natural SALBUTAMOL: pequenas alterações na estrutura da noradrenalina criar uma substância com características diferentes, mas o uso da mesma estrutura base como protótipo o SELETIVIDADE E ALVOS FARMACOLÓGICOS DEFINIDOS -Fatores que fazem com que esses fármacos consigam atuar em alvos definidos precisam de alguma forma interagir com a estrutura do alvo a. Atuam de forma reversível -Forças de atração eletrostáticas -Forças de Valder-Walls b. Atuam de forma irreversível -Ligações próprias (exceção) Covalente Quanto mais forte a interação mais duradouro a ação do fármaco o RELAÇÃO ESTRUTURA X ATIVIDADE -Desenvolvimento de novos fármacos: Criar novo fármaco que é a fusão dos grupos ativos de dois fármacos fármaco de ação dual BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS -HISTAMINA: baixa afinidade pelo alvo e com grande efeito Com base na estrutura da estamina grupo funcional parecido -CIMETIDINA: antagonista da Histamina altíssima afinidade mas causa pouco efeito só ocupa o alvo e não deixa a histamina se ligar Alvo farmacológico: sinônimo de receptor sítio receptor de um fármaco o INTERAÇÃO ENTRE FÁRMACOS E SÍTIOS RECEPTORES -Não consegue criar uma função nova com o fármaco ele modula funções que já existem -Modificação de funções biológicas pré-existentes BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS 1. RECEPTORES NUCLEARES -Fármacos que conseguem entrar na células pois os receptores estão ou no citosol ou no próprio núcleo -Efeito lento: pois exige uma modulação genética, transcrição e tradução precisa esperar horas, dias até que tenha a expressão gênica para que ocorra o efeito desejado -Fármaco lipossolúveis para que consigam atravessar a membrana -São efeitos e consequências de longo prazo -Hormônios esteroides e os glicocorticoides e hormônios da tireóide -O ALVO NÃO É O DNA 2. DNA, RNA E ALTERAÇAO NA FUNÇÃO GÊNICA -Antibacterianos -Inibidores da polimerização de nucleotídeos impedir transcrição -Inibidores da síntese proteica se ligar aos ribossomos da bactéria e impedir a tradução -Metilação/acetilação de histonas faz com que o material genético seja mais ou menos disponível regular o quanto os genes podem ser expressos ou não EPIGENÉTICA ENZIMAS RELACIONADAS AO DNA OU O PROPRIO DNA 3. RECEPTORES TRANSMEMBRANA ACOPLADOS A ATIVIDADES ENZIMÁTICAS BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS -Estruturas transmembranas que são acoplados com algum tipo de atividade (no caso enzimática) -Tem sua face interna a capacidade de recrutar enzimas -Dimerização ativação do receptor duas possibilidades a. Atividade enzimática própria: possui uma porção catalítica quinase, adenilatociclase, guanilatociclase -Fosforilação cruzadas dos receptores pois na sua face interna possui aminoácidos passíveis de sofrer fosforilação -Geralmente, leva a alterações nos fatores de transcrição são relativamente lentos -Ex de ligantes para esse tipo de receptor: fatores de crescimento, insulina... São METABOTRÓPICOS: modulam vias metabólicas intracelulares b. Recrutamento de enzimas solúveis livres no citosol -Ligação aumento da afinidade da porção interna recrutamento de enzimas específicas BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS -Também é uma via demorada 4. RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G (GPCR) -Possuem uma velocidade intermediária -Maioria de fármacos usam esse tipo de alvo - 7 α-hélices transmembranares não possuem uma conformação única -Na parte extracelular sítios de ligação com o ligante (fármaco ou agente que modula a ação do receptos) -Porção intracelular com afinidade a proteínas G. -Proteínas G são heterotriméricas (alfa beta gama) A proteína G é um intermediário intracelular para levar o sinal de fora da célula para dentro da célula Forma inativa: está na forma αβγ e ligada ao GDP A interação de um ligante ao receptor acoplado a proteína G leva a modificação conformacional do receptor e também na proteína G suficiente para trocar o GDP para GTP mudança drástica na fonformação da ptn -A proteína G se solta do receptor e, também, a porção α se desprende da βγ A liberação da porção alfa ATIVAÇÃO -todas as subunidades da proteína G é ativa beta-gama possui um efeito mais rápido BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS -Receptores acoplados a proteína G recrutam segundos mensageiros Segundos mensageiros: são não efetores (não será o causador do efeito farmacológico) servem para a amplificação de sinal quantidades muito pequenas de fármacos tem efeitos muito grandes -Produção de componentes moleculares que serão intermediários São METABOTRÓPICOS: modulam vias metabólicas intracelulares o PRINCIPAIS TIPOS DE PROTEÍNA G E SEGUNDOS MENSAGEIROS BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS o Uma mesma proteína G pode impactar em várias vias: -Mesmo tecido -Vias tecido-dependente 5. PROTEÍNAS COM AÇÃO ENZIMÁTICA -ATIVAÇÃO: Direta (liga a enzima e ativa) ou indireta (inibição de inibidores) -INIBIÇÃO: Reversíveis ou não EX: Inibidores da MAO, PDE5, COX2, AchE 6. CANAIS IÔNIOS -Comporta proteica transmembranar heteromultimérica -Delimitação central do poro Agentes exógenos podem causar obstrução do poro/canal a. CANAIS INDEPENDENTES DE LIGANTE - Dependentes de voltagem, distensão, luz o funcionamento normal do canal depende disso, mas fármacos podem alterar isso - Presença de aminoácidos carregados (servem como sensores voltagens dependentes) Ex. Nav , Cav , Kv , mecanoceptores, fotoceptores... BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS b. CANAIS DEPENDENTES DE LIGANTE - Ativados por ligantes endógenos substancias produzidas pelo organismo que ativam o canal -Farmacos modulam isso induzir a abertura do canal ou não BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS -Isoformas e subtipos de receptores -Splicing alternativo é uma das justificativas pelas milhares de receptores formação de proteínas levemente diferentes -Permite o ajuste fino de regulação fisiológica vários tipos de receptores para um mesmo transmissor há órgãos que tem um receptor mas não tem outro -Um mesmo ligante (transmissor) pode ter diferentes afinidades a diferentes receptores Diferentes receptores podem recrutar diferentes vias 1. Distribuição heterogênea no organismo 2. Mediadores endógenos com perfil de afinidade diferente 3. Fármacos com seletividade a alguns subtipos o Canais de cálcio voltagens dependentes Possuem distribuição diferentes pelo organismos -De acordo por isso, podem fabricar fármacos que atuam em um canal de cálcio mais específico o CANAIS GABAa Sensíveis ao neurotransmissor GABA -Principal transmissor inibitório do cérebro -Há canais que estão preferencialmente em locais que controlam sono, consciência etc BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS o 5HT (serotonina): Ação rápida ou lenta BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS o Sítios de substâncias endógenas ou não -Alvos ligantes-independentes podem ter sítios receptores substâncias podem modular o canal -Isso funciona nos canais iônicos o Especificidade Ter ou não um órgão específico de ação (como alvo) o Seletividade Capacidade de um fármaco que é específico preferir um receptor ou outro o DESSENSIBILIZAÇÃO DE RECEPTORES Down-regulation ou taquifilaxia -Quando começa a usar um receptor com muita frequência a tendência é que a resposta que ele causa possa reduzir com o tempo: 1. Esgotamento de mediadores esgota o transmissor e acaba o efeito 2. Alterações intracelulares (fosforilação) a ativação constante pode fazer com que sofra uma fosforilação e torne-se inativado na parte interna 3. Internalização de receptores a longo ou curto prazo forma de controle é um efeito transitório assim como foi internalizado, pode ser externalizado BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS -A reversibilidade é definida pelo estado de fosforilação o DESSENSIBILIZAÇÃO -Diminuição da resposta ao ativador após exposição continuada: a. Homóloga (mesmo alvo) ativa muito o alvo gera a dessensibilização desse mesmo alvo Ex: heroína e outros opioides, BZDs b. Heteróloga (cruzada) pode levar a dessensibilização de outros receptores que não tem nada a ver com ele BBPM1 Farmacologia – AULA LUCAS -Inata (natural) ou aprendida (induzida) -Redução de efeito do fármaco A. Farmacocinética (ex. indução enzimática) como aumentar a eliminação do fármaco B. Farmacodinâmica (ex. dessensibilização) usar muito o fármaco e ele perder o efeito ao longo do tempo C. Plasmídios e fatores de resistência (ex. antibióticos) -Up-regulation ou hiperssensibilização -Aumento na resposta de um agonista após um bloqueio continuado ou depleção crônica de transmissores Situações em que o receptor não está sendo ativado por muito tempo há a tentativa de tentar aumentar a quantidade de receptores para contrabalancear a. Externalização de poll intracelular de receptores b. Aumento na eficácia da transdução intracelular de vias efetoras -Aumento do efeito do fármaco A. Potencialização cinética inibição enzimática B. Potencialização dinâmica quando se tem o bloqueio de receptores ou redução de transmissores que aumenta a expressão de receptores na superfícies
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