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ENSINO FUNDAMENTAL 9º ANO_FILOSOFIA_VOLUME 01 (PROFESSOR)

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Livro do professor
Livro
didático
9o. ano
Volume 1
Filosofia
1 Viver bem 2
Livro do professor
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Viver bem
1. Que opostos você observa na imagem? 
2. Quais opostos você percebe à sua volta?
3. Você acredita que os opostos se atraem ou que se repelem? Por quê?
4. Os opostos influenciam sua vida? Em caso afirmativo, de que modo isso ocorre?
5. Como escolher entre opções opostas?
Encaminhamento de atividades.
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COMO 
DEVEMOS 
AGIR?
• Questionar filosoficamente problemas como o dos opostos bem e mal.
• Refletir sobre as relações entre o bem individual e o bem comum.
• Reconhecer a atualidade das questões filosóficas desde as mais antigas.
• Desenvolver a capacidade de discutir sobre conceitos relacionados à arte e à experiência estética.
• Estabelecer etapas para resolver problemas.
Objetivos
Os opostos
A Filosofia está diretamente associada a um modo rigoroso de pensar e dialogar em busca de soluções para 
as maiores dúvidas humanas. De acordo com antigos escritos que chegaram aos nossos dias, acredita-se que 
os primeiros filósofos viveram na Grécia há mais de 25 séculos. Porém, na atualidade, ainda buscamos respostas 
para perguntas que eles já se faziam havia tanto tempo:
A partir desse momento, você também está convidado a refletir sobre o que significa viver bem. Vamos 
iniciar essa reflexão por uma importante observação feita por Heráclito, um dos mais antigos filósofos gregos: o 
mundo em que vivemos está repleto de opostos, ou seja, de contrários.
DE ONDE 
VIEMOS?
PARA ONDE 
VAMOS?
O QUE É 
VIVER BEM?
3
Objetivos
Olhar de filósofo
O QUE É FRIO ESQUENTA, 
O QUE É QUENTE ESFRIA... 
O QUE É ÚMIDO SECA, 
O QUE É SECO UMEDECE...
Heráclito viveu na cidade de Éfeso, no século VI a.C. Em seus escritos, apontou que vivemos cercados por 
coisas contrárias, por opostos, tais como: calor e frio, claridade e escuridão, nascimento e morte, bem e mal. 
Além disso, destacou que nada permanece igual. 
De acordo com Heráclito, tudo o que existe passa por constantes transformações, que são geradas pela 
“luta” entre os contrários. O filósofo designava esse movimento incessante de mudança como eterno devir, 
ou seja, um contínuo “vir a ser” daquilo que antes “não era”.
 Introdução de conceito e encaminhamento de atividades.2
 1. Converse com os colegas a respeito das ideias de Heráclito. Vocês concordam com ele? Por quê? 
Depois, registre a sua conclusão pessoal e justifique-a.
 2. Converse com os colegas sobre os opostos (contrários) e as transformações que vocês percebem 
à sua volta. Depois, registre alguns exemplos de opostos e transformações mencionados nesse 
diálogo.
VIVEMOS CERCADOS DE 
CONTRÁRIOS E A “LUTA” 
ENTRE ELES FAZ COM QUE 
TUDO MUDE O TEMPO TODO!
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9o. ano – Volume 14
Quente Frio
Hora de filosofar
1. Discuta estas perguntas com os colegas.
• Tudo tem o seu oposto?
• Os opostos podem se misturar?
• Como acontece a transformação de um oposto em outro?
• Quando algo se transforma no seu oposto, deixa de ser o que era?
• Aquilo que se transforma em seu oposto pode voltar a ser como antes?
• Todos os opostos se transformam?
• Há equilíbrio entre os opostos, ou um é sempre mais forte que o outro?
• O que são opostos?
2. Após filosofar com os colegas acerca das questões anteriores, responda à última delas:
• Opostos são
 2. Abaixo de cada par, cujas transformações dos opostos você considerou graduais, registre o(s) estado(s) 
intermediário(s) que ocorre(m) entre ambos. 
 3. Responda: O que as atividades 1 e 2 fizeram você pensar sobre os opostos?
 
Encaminhamento de atividade e sugestão de resposta.4
 
Atividades
Vimos que, para Heráclito, tudo muda, pois o mundo é formado pela tensão entre opostos, a qual gera mu-
danças incessantes na ordem das coisas. Podemos investigar as mudanças que ocorrem entre alguns pares de 
opostos e refletir sobre elas. Por exemplo, o futuro (o que ainda não ocorreu) se transforma em passado (o que já 
ocorreu), mas isso acontece de maneira gradual, havendo um momento intermediário entre ambos: o presente. 
Será que o mesmo acontece com outros pares de opostos? Pensando nisso, realize as atividades propostas.
 1. Em cada par indicado a seguir, um elemento se transforma no oposto e vice-versa. Discuta com os co-
legas se essas mudanças são súbitas (repentinas) ou graduais.
a) b) c) 
Gabarito e encaminhamento de atividade.3
Noite Dia Triste Feliz
Atividade da seção Hora de estudo.5
 Filosofia 5
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Palavras para entender bem
Anteriormente, foi dito que a investigação a respeito dos opostos era o primeiro passo para iniciar uma 
reflexão sobre o que significa viver bem. Agora, vamos refletir a respeito dos significados da palavra “bem” e 
de sua contrária, a palavra “mal”. Vamos investigar também os significados das palavras “bom” e “mau”, que se 
aproximam da grafia e da pronúncia de bem e mal. Afinal, esses termos são empregados de modo frequente 
para avaliar os acontecimentos, as atitudes, os objetos e até mesmo as pessoas.
As palavras “bem” e “bom”, “mal” e “mau” são usadas de diferentes maneiras. Podem ser encontradas em:
• afirmações coloquiais – como “Isso foi bem preparado.” e “Isso faz bem à saúde.”; 
• cumprimentos ou despedidas – como “Tudo bem?” e “Tudo de bom para você!”; 
• qualificações – como “conheço-o bem” ou “mal o conheço” e “bem feito” ou “mal feito”, etc.
Mas será que essas palavras se encaixam em todas as situações? É possível substituir uma delas por sua 
contrária em qualquer frase? 
Observe um exemplo: podemos dizer que algo é “bem bonito” ou “bem agradável”; mas será que podemos 
dizer que algo é “mal bonito”, ou “mal agradável”? Depois de refletir sobre esse exemplo, realize as atividades 
propostas a seguir.
Introdução de conceito e encaminhamento metodológico.6
AS PALAVRAS PERMITEM A 
COMUNICAÇÃO E A COMPREENSÃO 
ENTRE AS PESSOAS, MAS TAMBÉM 
PODEM GERAR DÚVIDAS...
BEM – BOM? MAL – MAU?
HÁ PALAVRAS COM PRONÚNCIAS 
SEMELHANTES, MAS COM GRAFIAS 
DIFERENTES E SIGNIFICADOS 
DISTINTOS, CONFORME O CONTEXTO.
HÁ PALAVRAS COM 
GRAFIAS SEMELHANTES 
E SIGNIFICADOS 
DIFERENTES...
9o. ano – Volume 16
Leia com atenção os pares de frases. Em cada um deles, reescreva as frases, substituindo a palavra desta-
cada por um sinônimo ou por um termo com sentido próximo.
 1. a) Meu pai quer que eu me torne um bom homem. b) Sou muito bom em jogos de estratégia.
 2. a) Minha tia faz sobremesas muito boas. b) Ele é conhecido por suas boas sugestões.
 3. a) Tive um mau pressentimento. b) Evite o mau uso de seus bens.
 4. a) Suas atitudes comprovam que ela é má. b) Aceitar seus conselhos sem refletir foi uma má escolha.
 5. a) Você está se sentindo bem? b) Somos incansáveis na luta pelo bem.
 6. a) Penhorei meus bens para pagar esta dívida. b) Paz, amor e felicidade são os bens mais importantes.
 7. a) O egoísmo é o mal deste século. b) O mal nunca vencerá o bem.
Encaminhamento de atividades.7
Atividades
 Filosofia 7
Conceitos
Uma palavra pode nomear ou descrever seres, objetos, imagens, sentimentos, relações... Desse modo, quan-
do alguém diz que vai alimentar seu “cachorro”, o interlocutor pode compreender que se trata de um animal 
doméstico, mamífero, com quatro patas, coberto por pelos, que late, etc. 
Além disso, as palavras podem exercer outras funções, entre as quais a de expressar conceitos, ou seja, ideias 
e juízos sobre “o que” e “como” as coisas são. Sendo assim, podem incluir diferentes significados. Por exemplo, na 
atividade anterior, as palavras “bem” e “mal”, que expressam conceitos opostos, tiveram variação nos significa-
dos, conforme os contextos nos quais foram empregadas. 
Por isso, aFilosofia propõe que os conceitos sejam objetos de reflexão e diálogo, nos quais se explorem 
diversos pontos de vista, opiniões, contextos e possibilidades. Ademais, toda reflexão com o objetivo de com-
preender e/ou elaborar um conceito deve buscar conclusões coerentes quanto aos seus significados. Porém, 
isso não quer dizer que, depois de expresso, ele não possa ser revisto, caso se apresente uma nova ideia, capaz 
de aprofundar a reflexão e aprimorar tal conceito.
Hora de filosofar
1. Considerando as informações que você acabou de ler, discuta estas perguntas com os colegas:
• O que é BEM? • O que é MAL?
2. Registre, em forma de resposta às perguntas da atividade 1, os conceitos de bem e mal que você ela-
borou por meio do diálogo com os colegas.
Encaminhamento de atividades e atividade da seção Hora de estudo.8
• BEM é 
• MAL é 
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9o. ano – Volume 18
Bem ou mal
Todos os dias, passamos por situações diversas: deparamo-nos com variadas condições climáticas, interagi-
mos com diferentes pessoas, realizamos tarefas cotidianas, enfrentamos problemas, temos momentos de lazer. 
Além disso, diretamente ou pelos meios de comunicação, entramos em contato com situações que também 
são vivenciadas por outras pessoas: desastres naturais, problemas ambientais, crises econômicas, ações de res-
ponsabilidade social, avanços tecnológicos, descobertas da Ciência, entre outras.
Para cada uma dessas situações, podemos emitir um julgamento: isso é bom ou mau, 
isso faz bem ou faz mal. Mas esses julgamentos permanecem sempre iguais? Será que 
todas as pessoas julgam um fato da mesma forma? Pense nisso!
Conexões
Quando um vulcão entra em erupção, expele materiais 
sólidos, líquidos e gasosos em elevadíssimas temperaturas. 
Esses materiais se espalham, queimando o que tocam pelo 
caminho. Além disso, as cinzas resultantes podem soterrar os 
arredores do vulcão, incluindo locais habitados. 
Foi o que ocorreu, por exemplo, no ano 79 d.C. com duas 
importantes cidades do Império Romano: Pompeia e Hercu-
lano, as quais ficavam próximas à atual cidade italiana de Ná-
poles. Em algumas horas, elas foram destruídas pelas cinzas 
de uma das erupções do vulcão Vesúvio, que estivera ador-
mecido por vários séculos. Atualmente, esses locais recebem 
a visita de arqueólogos, historiadores, turistas. Por meio de 
escavações, suas ruínas revelam aspectos da vida cotidiana da 
época, ampliando o conhecimento científico e satisfazendo a 
curiosidade das pessoas acerca do passado da humanidade.
No primeiro plano, é possível observar as ruínas de Pompeia e, ao fundo, o vulcão Vesúvio.
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47 Apesar da destruição que uma 
erupção vulcânica pode causar em 
regiões habitadas, os vulcões são 
elementos naturais importantes 
para a sobrevivência e o conforto 
dos seres humanos. Afinal, por um 
lado, a atividade vulcânica espalha 
o perigo de morte e destruição. 
Mas, por outro, fertiliza o solo para 
plantações, gera recursos naturais, 
como pedras e metais, conside-
rados úteis e preciosos, além de 
formar belas paisagens, como é o 
caso de algumas ilhas muito apre-
ciadas pelos turistas.
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 Filosofia 9
Considerando as reflexões que você realizou até aqui, responda: O mundo é bom ou é mau? 
Além de opinar, apresente exemplos e argumentos, ou seja, boas razões para justificar sua opinião.
Hora de filosofar
1. A história de Pompeia e Herculano, soterradas pela erupção do Vesúvio, convida-nos a refletir sobre 
as relações entre o bem, o mal e a natureza. Participe dessa reflexão, discutindo as seguintes questões 
com os colegas:
a) Um acontecimento natural pode ser considerado bom ou mau? Por quê?
b) Os comportamentos de outros seres vivos, além dos humanos, podem ser considerados bons ou 
maus? Por quê?
c) A mudança constante da natureza que nos rodeia é algo bom?
d) A natureza faz o bem o tempo todo?
e) Qual o maior bem que a natureza nos oferece? Ela nos causa mal?
f) Qual o papel da natureza na aquisição de bens pelos seres humanos?
g) Podemos desejar bens correndo o risco de obter males?
2. Após o diálogo com os colegas, escolha uma das perguntas da atividade anterior. Nas linhas a seguir, 
registre essa pergunta e sua resposta para ela.
Encaminhamento de atividade e sugestão de atividades.9
Atividades
Encaminhamento de atividade. 10
Pergunta:
Resposta:
9o. ano – Volume 110
Alguns indivíduos entendem o bem como sendo a realização dos seus próprios desejos. Esse não 
foi o caso de Diógenes, filósofo grego que viveu, aproximadamente, no século III a.C. Acreditando que 
a inquietação causada pelos desejos era um mal, ele procurou viver de maneira simples e natural, sem 
desejar nada que não tivesse ou não pudesse ter. 
Em relação aos bens materiais, Diógenes era tão despojado que ficou famoso por viver nas ruas de Ate-
nas, tendo por moradia um barril. Além disso, conta-se que, durante o dia, ele caminhava com uma lanterna 
acesa à procura de alguém que fosse realmente honesto.
Olhar de filósofo
Encaminhamento de atividade. 11
 1. O exemplo de Diógenes convida a refletir acerca da importância dada atualmente aos bens mate-
riais e aos bens morais, como a honestidade e outras virtudes. Sendo assim, reflita e dialogue sobre 
as seguintes questões:
• A que bens você renunciaria facilmente? Por quê?
• Qual o bem que você mais sofreria para abandonar?
• Qual o bem que você considera mais difícil de encontrar? Por quê?
 2. Registre sua resposta para a última pergunta da atividade anterior.
SERÁ QUE EXISTE 
ALGUÉM HONESTO 
NESTE MUNDO?
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 Filosofia 11
Os mitos fazem parte da cultura dos povos de diferentes épo-
cas e lugares. Eles são narrados, geração após geração, preservan-
do-se a visão de mundo e os ensinamentos dos antepassados. 
Trata-se de histórias profundamente significativas sobre deuses, 
heróis, reis e outros seres, os quais experimentam situações fan-
tásticas. Estas, por sua vez, trazem explicações para fenômenos da 
natureza ou lições morais acerca da conduta humana. 
A mitologia grega é muito antiga e uma das mais conheci-
das em todo o mundo. Atualmente, seus mitos ainda nos fazem 
pensar sobre a vida, as escolhas, os sentimentos e as ações da hu-
manidade. Cada um deles tem várias versões, de acordo com as 
épocas e as regiões em que foi relatado. Sendo assim, diferentes 
acontecimentos são narrados em relação ao rei Midas, persona-
gem de um famoso mito grego da Antiguidade.
De acordo com alguns narradores desse mito, Dioniso ofere-
ceu a Midas a oportunidade de beneficiá-lo com a realização de 
um desejo. Conta-se ainda que Dioniso lamentou a escolha do 
ambicioso rei, que pediu o poder de transformar em ouro tudo 
aquilo em que tocasse, a fim de acumular novos bens, tornando-
-se muito rico.
Notando que seu desejo foi atendido, Midas decidiu comemorar com um 
banquete. Porém, logo percebeu que seria impossível se alimentar, pois todo 
alimento se tornava ouro ao menor toque, impedindo-o de saboreá-lo. Há 
também uma versão do mito segundo a qual sua adorada filha pulou em seus 
braços e se transformou, imediatamente, em uma estátua dourada. Assim, 
aterrorizado com os efeitos de sua escolha, Midas implorou a ajuda divina para 
se livrar daquele estranho dom que lhe causara tão grandes males. Para isso, banhou-se nas águas de um rio 
grego chamado Pactolo, cujas areias douradas ainda preservam a memória do drama de Midas.
Conexões
Encaminhamento metodológico.12
Dioniso: filho de Zeus, a quem 
a mitologia grega atribui a cria-
ção do vinho e do teatro.
CRANE, Walter. Filha de Midas transformada em ouro. 
1 ilustração. In: HAWTHORNE, Nathaniel. A wonder 
book for boys and girls. Boston: Houghton, Mifflin, 1893, 
Biblioteca do Congresso, Washington, D.C.
Encaminhamento de atividades.13
Nem sempre o bem e o mal dependem de outras pessoas ou de acontecimentos que não controlamos. 
Algumas vezes,eles nascem do nosso próprio “toque”, ou seja, de nossos atos e julgamentos, de nossas 
escolhas e palavras. Pensando nisso e no exemplo do rei Midas, responda às questões a seguir.
 1. O que Midas tocava, tornava-se ouro. E o que você “toca” se transforma em quê? Explique sua resposta.
Atividades
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9o. ano – Volume 112
Reflexão divertida 
Encaminhamento de atividade.14
 2. No lugar de Midas, que desejo você gostaria de realizar? Que bens e que males poderiam ser causados 
pela realização desse desejo?
 
Do mito apresentado anteriormente, decorre a expressão “toque de 
Midas”, que se refere à habilidade demonstrada por algumas pessoas de 
multiplicar seus bens materiais. 
Por outro lado, lembramos que todo mito carrega símbolos que po-
dem ser interpretados de diferentes modos. No caso de Midas, alguns 
entendem a figura do rei como a representação do ser humano e o ouro, 
como símbolo do que as pessoas desejam. 
Além disso, o personagem costuma ser citado como exemplo da 
dificuldade humana de distinguir os bens e os males decorrentes dos objetos de seus desejos. Reflita sobre essa 
distinção enquanto realiza algumas atividades.
 1. Recorte a vitrine e as caixas do material de apoio.
 2. Escolha cinco caixas cujos conteúdos você considera os bens mais importantes para sua vida. Cole-as, em 
ordem decrescente de importância, na primeira prateleira da vitrine.
 3. Justifique suas escolhas nas linhas da segunda prateleira, registrando um argumento para cada caixa.
 4. Compartilhe suas escolhas, em forma de diálogo, com os colegas.
 5. Para as caixas que você não escolheu, responda: Os conteúdos delas podem ou não ser considerados 
males para sua vida? Por quê?
 
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 Filosofia 13
E você, o que pensa sobre os acontecimentos que nos cercam? Como saber se eles são bons ou 
maus? Essas características dependem dos próprios fatos ou do nosso modo de interpretá-los? Pode-
mos nos sentir bem diante de um acontecimento mau? E vice-versa? Nossos sentimentos, nesses casos, 
tornam-nos bons ou maus? Pensar sobre essas questões poderá ajudá-lo a aprofundar suas reflexões a 
respeito do bem e do mal.
Olhar de filósofo
• Zenão de Cítio (Grécia Antiga – Século III a.C.)
Encaminhamento metodológico.15
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A VIRTUDE É 
SUFICIENTE PARA 
A FELICIDADE. 
A FELICIDADE 
É UM FLUXO DE 
VIDA BOM.
A palavra “mal” é geralmente associada a algum tipo de sofrimento. Nesse sentido, entendem-se como 
males os infortúnios, os obstáculos, as dificuldades, as doenças, as tristezas, as decepções, enfim, todas as 
dores do corpo e da alma. Algumas vezes, essas dores que nos agitam parecem terríveis e insuportáveis. 
Mesmo assim, não podemos evitar que elas nos atinjam ou que atinjam pessoas às quais queremos bem.
Conscientes disso, alguns filósofos gregos da Anti-
guidade buscaram a sabedoria seguindo um caminho 
que não se esgotava em estudos e reflexões, envol-
vendo também o autocontrole no sentir e no agir. Tais 
filósofos acreditavam que a maior característica do ver-
dadeiro sábio era a ataraxia, ou seja, a capacidade de 
se manter tranquilo, sereno, em qualquer circunstância. 
De acordo com eles, a conquista da ataraxia evita-
ria que o sábio se deixasse abalar por prazeres, alegrias, 
dores ou sofrimentos. Evitaria ainda que os desejos 
viessem a inquietá-lo. Entre esses pensadores, estava o 
polêmico Diógenes, que você conheceu anteriormente.
Um grupo de filósofos gregos, designados como 
estoicos, também se destacou nas reflexões a respeito da ataraxia. O nome “estoicos” vem da palavra grega 
stoá, que significa portal. O motivo é que esse grupo se reunia sob o portal de entrada da cidade de Ate-
nas. Posteriormente, suas ideias foram divulgadas e desenvolvidas por pensadores romanos. Os estoicos 
ensinavam a quem quisesse ouvi-los que ninguém deveria se deixar perturbar pela dor, pelo sofrimento, 
pelas doenças, pela morte ou por qualquer outro fato considerado mau pela maioria. Afinal, acreditavam 
que todos os acontecimentos eram bons, porque seguiam leis naturais, sábias e corretas.
O SÁBIO ESTÁ 
LIVRE DO 
INFORTÚNIO!
• Sêneca (Roma Antiga – Século I d.C.)
9o. ano – Volume 114
1. Para iniciar uma reflexão filosófica, nada melhor que as perguntas e o diálogo. Sendo assim, discuta 
as questões a seguir. Para isso, apresente e justifique suas opiniões, bem como ouça as opiniões dos 
colegas e reflita a respeito delas.
• Podemos suportar todo tipo de sofrimento?
• Algo que você considera mau ou triste pode acontecer para o seu bem?
• Tudo de que você gosta é bom e tudo de que você não gosta é mau?
• É possível que ninguém goste de algo que é bom?
• Para avaliarmos se algo é bom ou mau, o que é mais importante: Pensar ou sentir?
• Os acontecimentos são bons ou maus em si mesmos? Ou isso depende dos nossos julgamentos?
• Podemos julgar um acontecimento como mau e, com o passar do tempo, concluir que ele foi 
bom? E vice-versa?
• Existe algo que todos consideram bom? E algo que todos consideram mau?
• O bem e o mal são entendidos por todos igualmente?
2. Reescreva a pergunta que você achou mais interessante discutir durante o diálogo filosófico. Em segui-
da, explique por que você achou essa pergunta tão interessante.
Encaminhamento de atividade.16
3. Escreva a ideia mais interessante que você teve ou que você ouviu de um colega durante o diálogo 
filosófico. Em seguida, explique por que você achou essa ideia tão interessante.
Hora de filosofar
 Filosofia 15
A fábula a seguir refere-se à relação entre a busca da felicidade e o enfrentamento de dificuldades. 
Leia-a com atenção e reflita sobre seu significado.
Conexões
FRATE, Dilea. A Dificuldade e a Felicidade. In: ______. Fábulas tortas. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2007. p. 14-15.
 1. De acordo com o texto, assinale V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( V ) A Felicidade não compreendia a Dificuldade. 
( F ) A Dificuldade não aceitava a Felicidade.
( V ) A Felicidade era determinada, apesar de se incomodar com a Dificuldade.
( F ) A Dificuldade tinha inveja da Felicidade; por isso, colocava pedras enormes no caminho dela.
( V ) As pedras representam obstáculos que a Felicidade encontra pelo caminho.
 2. Que lição de vida ou “moral da história” pode ser extraída dessa fábula?
 3. Estabeleça uma relação entre o conteúdo da fábula e o pensamento dos filósofos estoicos.
A Dificuldade e a Felicidade
A Felicidade se encontrou com a Dificuldade e falou:
“Você atrapalha minha existência”.
A Dificuldade, muito difícil que era, em vez de responder, criou um caso: colocou dez 
pedras enormes no caminho da Felicidade. A Felicidade, que já estava de asas meio tortas de 
tanto levar pedrada, pulou uma, duas, três, quatro cinco... e quando chegou na sexta, ufa! 
Descansou e reclamou um pouco:
“Você não me deixa passar, saia do meu caminho!”
Então a Dificuldade, chatinha e difícil que era, continuou calada e colocou mais doze 
pedras no caminho da Felicidade. Puxou outra vez a alavanca da determinação e começou a 
pular: uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete... ufa! Na hora da oitava, se deitou e pensou:
Estou cansada. Por que ela não sai do caminho?!
Ai... a Dificuldade colocou mais catorze pedras enormes na estrada. A Felicidade levantou-
-se, determinada e séria, e começou a pular: uma duas, três, quatro, cinco, seis... exausta, che-
gou a pular treze pedras, e quando já estava quase na última, ops! Deu de cara de novo com a 
Dificuldade:
“O que é isto, não acredito! Outra vez você no meu caminho?”
A Felicidade não vacilou. Respirou fundo, sorriu e alavancou a força necessária para pular 
a última pedra. A Dificuldade ficou parada, olhando, e disse apenas:
“Eu existo para que você me vença, não para impedir a sua passagem.”
A Felicidade então prosseguiu mais feliz:sabia agora como pular as pedras que iria encon-
trar pela estrada. Uma estrada muito, muito longa.
Encaminhamento de atividades.17
9o. ano – Volume 116
ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do caminho. In: ____. Poesia completa. Rio de 
Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 16.
Com base na leitura do poema, converse com os colegas sobre 
estas perguntas e depois registre suas conclusões.
a) Quais pensamentos e sentimentos você imagina que o poeta 
quis expressar? Justifique sua opinião com argumentos.
b) O que significa “uma pedra no caminho”? Exemplifique.
 
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Encaminhamento de atividades.18
Atividades
 1. Em 1928, o escritor brasileiro Carlos Drummond de Andrade pu-
blicou, pela primeira vez, um de seus mais conhecidos poemas: 
No meio do caminho. Leia-o com atenção.
 retinas: camada mais interna do globo ocular.
fatigadas: cansadas.
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17 Filosofia
a) Reflita e discuta com os colegas sobre as questões a seguir. 
Não deixe de explicar o porquê de cada uma das suas opiniões.
• Todas as “pedras” podem ser retiradas do nosso caminho? 
• Você concorda que o bem e o mal existem à sua volta?
• Podemos sempre escolher entre o bem e o mal?
• Você acredita que todas as pessoas “sabem viver”?
• Para você, o que significa “viver bem”?
b) Registre e justifique sua resposta para a pergunta: Todas as “pedras” podem ser retiradas do nosso 
caminho?
c) Registre sua resposta para a pergunta: O que significa “viver bem”?
 2. A canção É preciso saber viver, composta pelos músicos brasileiros Erasmo Carlos e Roberto Carlos, foi 
gravada pela primeira vez em 1968. Trinta anos depois, ela foi regravada pela banda de rock brasileira Titãs. 
Leia, a seguir, alguns versos dessa canção. 
É preciso saber viver
Toda pedra do caminho
Você pode retirar
[...]
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
[...]
CARLOS, Erasmo; CARLOS, Roberto. É preciso saber viver. Intérprete: Titãs. In: TITÃS. 
Volume 2. Rio de Janeiro: Warner/WEA, 1998.
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9o. ano – Volume 118
Olhar de filósofo
Para viver bem
Há quem diga que o bem interessa a todos, pois todos desejam viver bem. Mas uma boa vida de-
pende de certas condições, de alguns “bens” capazes de satisfazer às necessidades humanas. Por outro 
lado, os “bens” também podem atender a diferentes interesses e prioridades, sendo, por isso, classifica-
dos em grupos nos quais alguns são considerados mais importantes que outros. Mas será que existe um 
bem que todas as pessoas buscam? E se ele existe, como fazer 
para conquistá-lo?
Utilizamos a palavra “bem” para 
definir coisas tão diversas entre si, 
como objetos, pessoas, situações ou 
comportamentos e, às voltas com 
tantos bens, é natural que julguemos 
alguns melhores que outros. Sendo 
assim, podemos até nos perguntar: 
Qual o maior de todos os bens? Essa não é uma questão 
 fácil, tampouco nova. Muitos filósofos já refletiram sobre ela e, 
entre as respostas a que chegaram, destaca-se a de Aristóteles, 
pensador grego que viveu há cerca de 23 séculos. 
Aristóteles afirmava que todas as ações, as escolhas e também 
os conhecimentos humanos têm por finalidade nos proporcionar 
a conquista de algum bem, como riquezas, honra, 
sabedoria, etc. Afirmava ainda que todos esses bens 
são desejados por nos trazerem alguma felicidade. 
Todavia, segundo o filósofo, a própria felicidade não é desejada para nos trazer qualquer outro bem: 
ela basta por si mesma, sendo o maior desejo e o principal objetivo de qualquer pessoa. Portanto, ele 
considerava que a verdadeira felicidade é o sumo bem, ou seja, o maior e o mais perfeito de todos os 
bens. Considerava ainda que, para ser feliz, é necessário viver bem. Por isso, apontou alguns elementos 
que deveriam ser utilizados como critérios para avaliarmos se estamos ou não vivendo bem:
• o exercício da racionalidade, pelo desenvolvimento do pensar;
• o hábito da temperança, ou seja, da moderação nos sentimentos e nas atitudes;
• a convivência amigável com outras pessoas.
 1. Reflita sobre o significado de viver bem. Comece pensando nas condições que favorecem ou impe-
dem as pessoas de viver assim. Então, escreva cinco coisas que você julga necessárias para se viver bem.
 2. Observe os itens registrados na atividade 1 e sublinhe os que não correspondem a bens materiais. 
 3. Converse com os colegas a respeito do assunto e, depois, registre a sua conclusão: O que as ativi-
dades 1 e 2 fizeram você pensar sobre viver bem?
Introdução de conceito e encaminhamento de atividades.19
estão
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O MAIOR DE TODOS OS 
BENS, O SUMO BEM, 
É A FELICIDADE!
PARA SER FELIZ, 
É NECESSÁRIO 
VIVER BEM!
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 Filosofia 19
“Pessoas do bem”
É comum encontrarmos indivíduos que pensam em “viver bem”. Para isso, procuram uma vida agradável e 
feliz, adquirem bens materiais, exercitam virtudes, valorizam bons pensamentos e atitudes, desfrutam de com-
portamentos agradáveis, procuram sentir-se bem, alimentam-se bem, escolhem bons relacionamentos, e assim 
por diante. Mas há também quem pense que viver bem será de fato possível somente quando alcançarmos o 
bem comum. Isso inclui estender a possibilidade de viver bem a outras pessoas, como nossos familiares e ami-
gos, moradores de nossa cidade ou país e, até mesmo, a todos os habitantes do planeta Terra. 
Seria possível, entretanto, conciliar as expectativas de viver bem de todos os indivíduos? Embora a tarefa 
pareça difícil, algumas pessoas acreditam que é possível se aproximar desse ideal. A seguir, apresentamos um 
exemplo para a sua reflexão.
Hora de filosofar
1. Para ampliar sua reflexão, discuta as perguntas a seguir com os colegas.
• Há diferença entre viver e viver bem?
• Existe algo ou alguém que nos orienta para viver bem?
• Existem critérios para se julgar o que é viver bem?
• Todos sabem o que é viver bem?
• Podemos confundir viver bem com viver mal?
• Todos podem escolher viver bem?
• Pode acontecer de alguém fazer o mal a fim de conseguir viver bem?
• Alguém pode viver bem e não ser feliz?
• O significado de viver bem pode mudar? Por quê?
• Para viver bem, é preciso ser uma “pessoa do bem”?
2. Escolha uma das perguntas discutidas. Nas linhas a seguir, registre essa pergunta e sua resposta para ela.
Pergunta:
Resposta:
Encaminhamento de atividades.20
9o. ano – Volume 120
No século XX, um homem demonstrou, com palavras e atitudes, sua crença na possibilidade do bem 
comum. Ele não aceitava que uma pessoa procurasse viver bem causando mal às outras; nem que o bem de 
um povo resultasse em males para outros. Pensando nisso, assumiu uma filosofia de vida que desejava ver 
transposta para as práticas sociais, religiosas, políticas, econômicas e morais de todos os povos.
Mohandas Gandhi, conhe-
cido como Mahatma Gandhi, 
nasceu na Índia, em 1869, e 
atuou com base no princípio da 
não violência. Ele presenciou e 
até enfrentou graves problemas 
sociais, como exclusão, fome, 
exploração, violência, discrimi-
nação e intolerância. Ainda as-
sim, defendeu e praticou um modo de viver em que procurava não 
gerar males e dores a quem pensasse diferente dele.
Gandhi foi um líder que, de forma pacífica, lutou por justiça e igual-
dade em todos os lugares onde esteve. Cativou milhares de pessoas, 
levando-as a optar pelo caminho da não violência como forma de pro-
testo, mas também como possibilidade de busca do viver bem e do 
bem comum. Por sua forma de viver e agir, ele é frequentemente lem-
brado como um grande exemplo de “pessoa do bem”. Considerando 
suas reflexões sobre esse exemplo,faça o que se pede a seguir.
 1. Cite algumas pessoas, próximas ou não, que você considera “do bem”. Apresente também uma razão 
para justificar a escolha de cada uma.
 2. Em sua opinião, quais as principais características de uma “pessoa do bem”?
Conexões
Retrato de Mahatma Gandhi, líder indiano que 
dedicou sua vida à busca do bem comum e da 
paz entre as pessoas.
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Em sânscrito, Mahatma significa 
“grande alma”. Sânscrito é uma anti-
ga língua falada na Índia, considera-
da nobre e sagrada. Entre os séculos 
VI a.C. e XI d.C., ela foi empregada 
como língua oficial para os textos 
hindus de literatura e ciência.
Atividade da seção Hora de estudo.22
Biografia de Gandhi e encaminhamento de atividades.21
 Filosofia 21
Agora que já exercitou seu pensamento, refletindo sobre algumas formas de entender o que é viver bem, 
imagine que você foi convidado para uma entrevista, realizada por uma revista destinada a adolescentes. O 
Ética e cidadania 
Organize as ideias 
Neste capítulo, vimos que os elementos da realidade, e também os conceitos, podem ser organizados em pares 
de opostos, como o bem e o mal, termos frequentemente usados para avaliar e julgar algo ou alguém. Além disso, 
vimos algumas compreensões do que significa viver bem e consideramos exemplos de “pessoas do bem”. 
Agora, com as orientações do professor, organize o que você aprendeu, em forma de um mapa conceitual. O 
mapa deve indicar os temas estudados, mostrar as principais ideias discutidas e estabelecer relações entre elas.
Encaminhamento de atividade.23
Encaminhamento de atividade.24
Encaminhamento metodológico.25
Ao investigar os conceitos deste capítulo, você pôde se perguntar quais os bens que deseja para si e para os outros, o que 
significa viver bem e o que é preciso a fim de ser “uma pessoa do bem”. Desejamos que você continue refletindo sobre 
esses temas que tanto interessaram aos filósofos de todas as épocas!
foco dessa revista é apresentar 
opiniões sobre diversos temas e, 
nessa edição, o assunto principal 
será Viver bem.
Para realizar a atividade, reú-
nam-se em duplas, sigam as orien-
tações do professor e utilizem a 
página 3 do material de apoio. 
Primeiramente, na dupla, um aluno 
assumirá o papel de entrevistador 
e o outro, o de entrevistado. Em se-
guida, os papéis se inverterão. De-
pois, é só montar a revista e fazê-la 
circular entre os leitores!
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9o. ano – Volume 122
Hora de estudo
 1. Leia, a seguir, um texto sobre os opostos.
BRENIFIER, Oscar. O livro dos grandes opostos filosóficos. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. p. 7.
a) Qual a importância de se pensar a respeito dos opostos?
b) Registre os pares de opostos mencionados no texto.
c) Escolha dois pares de opostos presentes no texto e consulte os significados dos termos em um di-
cionário. Depois, elabore uma definição para cada termo, sintetizando o que você compreendeu a 
respeito dele.
Desde muito pequenos, aprendemos sobre os opostos. 
Desde a mais tenra idade, descobrimos que as ideias se opõem, e compreendemos uma ideia por 
causa da outra: alto é o contrário de baixo; quente, de frio; escuridão, de claridade. 
Quando crescemos, nosso pensamento se torna mais sutil, é capaz de entender noções mais 
abstratas, ideias mais complexas. Mas ele ainda tem necessidade de opostos. Pois são essas grandes 
oposições universais que estruturam nosso espírito, que permitem, seja a uma criança grande ou a 
um grande filósofo, refletir. Como pensar no espírito sem o opor ao corpo, no infinito sem o opor 
ao finito, no ser sem o opor à aparência?
[...]
Às vezes, tentamos escapar a essa tensão fundindo os contrários, esquecendo-os, considerando-
-os complementares – e por que não?... 
[...]
Gabaritos, sugestões de respostas e encaminhamento de atividades.26
23
 2. Você acredita que os opostos podem ser complementares? Justifique sua opinião.
 3. Um conceito é a definição mais completa possível de uma palavra ou ideia. Porém, o escritor brasileiro 
Millôr Fernandes redefiniu, de forma divertida, algumas palavras de uso comum da língua portuguesa. 
Dicionário EtimoLÓGICO
Certidão – Momento em que eles declaram que você existe como ser.
[...]
Comichão – Devora terra. 
[...]
Consumo – O que ainda não foi espremido. 
Criatura – Suporta o barulho dos grilos. 
[...]
Informação – Está se fazendo. 
[...]
Maratona – À superfície do oceano. 
[...]
Padecimento – Pá contendo cimento. 
[...]
Servir – Criatura humana que vai chegar. 
[...]
FERNANDES, Millôr. Dicionário EtimoLÓGICO. In. ______. Circo de palavras: histórias, poemas e pensamentos. São Paulo: Ática, 2007. p. 100-101. 
(Para gostar de ler, v. 42).
a) Nas “definições” dadas no texto, o autor mudou o significado das palavras seguindo um critério. Qual 
é esse critério?
 
24
b) Complete a tabela a seguir com as informações solicitadas a respeito das palavras definidas no texto.
Palavra Definição oficial Definição inventada pelo autor
Reescrita da palavra de 
acordo com a definição 
inventada
Certidão
Comichão
Consumo
Criatura
Informação
Maratona
Padecimento
Servir
c) Escolha quatro palavras de uso comum e crie novas definições para elas, como fez o autor do texto. En-
tão, complete a tabela a seguir com as informações solicitadas a respeito das palavras que você escolheu. 
Palavra escolhida Definição oficial Definição inventada por você
Reescrita da palavra de 
acordo com a definição 
inventada
 4. O Prêmio Nobel foi criado pelo inventor da dinamite, o sueco Alfred Nobel, para laurear pessoas no-
táveis em diferentes áreas. A premiação, internacional, é concedida em seis categorias: Química, Física, 
Medicina ou Fisiologia, Literatura, Paz e Ciências Econômicas. O Prêmio Nobel da Paz é destinado a 
pessoas que se destacam pela luta em defesa da justiça e do bem comum. Al Gore, Malala Yousafzai e 
Mikhail Gorbachev são alguns dos laureados com o Nobel da Paz. Com base nessa informação, realize o 
desafio de lógica proposto a seguir.
 laurear: premiar por mérito.
25
Nesse desafio de lógica, você terá que associar corretamente: o nome de cada laureado, a causa pela qual 
lutou, o ano em que ganhou o Prêmio Nobel da Paz e o seu país de origem. 
 Dicas para descobrir as respostas:
a) Mikhail Gorbachev, que não é estadunidense, não lutou pelo direito de crianças e jovens de estudar 
em escolas.
b) Al Gore, que foi laureado em 2007, não lutou pelo fim da Guerra Fria.
c) Malala Yousafzai nasceu no Paquistão.
d) Quem lutou em defesa do meio ambiente não foi laureado em 2014.
e) Quem ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1990 é russo.
f) Quem nasceu nos Estados Unidos lutou em defesa do meio ambiente.
g) Mikhail Gorbachev lutou pelo fim da Guerra Fria.
h) Quem foi laureado em 2014 lutou pelo direito de crianças e jovens de estudar em escolas.
País de 
origem
Ano de 
premiação
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2007 N S N
2014 N N S
Laureado(a) Causa pela qual lutou País de origem Ano de premiação
Al Gore Defesa do meio ambiente Estados Unidos 2007
Malala Yousafzai Direito de crianças e jovens de estudar em escolas Paquistão 2014
Mikhail Gorbachev Fim da Guerra Fria Rússia 1990
26
Unidade 1 – Página 13 – Reflexão divertida
1.
 
2.
 
3.
 
4.
 
5.
 
Marcos Guilherme. 2018. Digital.
9o. ano – Volume 1
Material de apoio
 Filosofia 1
Página 22 – Ética e cidadania
Falando sério!1. Para você, o que é “viver bem”?
2. Um jovem ou adolescente consegue viver 
bem na sociedade atual? Como?
3. Para as pessoas, o que impede e o que fa-
cilita o viver bem?
4. Viver bem e bem comum são conquista-
dos da mesma maneira? Por quê?
5. Em sua opinião, o que é possível você (ou 
um jovem ou adolescente) fazer para o 
bem comum?
6. Existem pessoas ou atitudes que você co-
nhece que podem servir de exemplo para 
outras pessoas em relação ao bem comum?
Tema desta edição: Viver bem.
Entrevistador: .
Entrevistado: .
Pergunta especial
9o. ano – Volume 1
Material de apoio
 Filosofia 3
Falando sério!
1. Para você, o que é “viver bem”?
2. Um jovem ou adolescente consegue viver 
bem na sociedade atual? Como?
3. Para as pessoas, o que impede e o que fa-
cilita o viver bem?
4. Viver bem e bem comum são conquista-
dos da mesma maneira? Por quê?
5. Em sua opinião, o que é possível você (ou 
um jovem ou adolescente) fazer para o 
bem comum?
6. Existem pessoas ou atitudes que você co-
nhece que podem servir de exemplo para 
outras pessoas em relação ao bem comum?
Tema desta edição: Viver bem.
Entrevistador: .
Entrevistado: .
Pergunta especial
4

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