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GT 2 – SÍNDROME MONO-LIKE Karen Soares – 2020.1 COMPREENDER AS DOENÇAS QUE PODEM SE APRESENTAR COMO UMA LINFADENOMEGALIA CERVICAL AGUDA (SÍNDROME MONONUCLEOSE-LIKE). VOCÊ DEVE ESTUDAR EBV, CMV, VÍRUS DA RUBÉOLA, HIV, TOXOPLASMA, TREPONEMA. (NÃO PRECISA VER HERPES VÍRUS 6). SÍNROME MONONUCLEOSE-LIKE Define um quadro caracterizado por linfadenopatia generalizada de instalação aguda ou subaguda, que pode ser acompanhada de outros sinais e sintomas, dependendo da sua etiologia, como: febre, faringite, esplenomegalia, rash cutâneo, fadiga e anormalidades hematológicas. EPSTEIN-BARR (EBV) DEFINIÇÃO Doença do beijo. EBV = herpes vírus humano 4 (HHV-4) → é da família Herpesviridae. DNA de fita dupla. Há dois tipo de virais que diferem em relação ao antígeno nuclear do VEB (EBNA) O vírus Epstein-Bar (EBV) é a causa da mononucleose infecciosa (MI) com anticorpos heterofilos positivos, caracterizadas por febre, faringite, linfadenopatia e linfocitose atípica. Complicações: o EBV está associado a diversos tumores humanos, como carcinoma nasofaríngeo, linfoma de burkitt, doença de Hodkin e linfoma das células B (imunodeficientes) Os dois tipos de EBV que prevalecem são indistinguíveis por testes sorológicos convencionais. EPIDEMIOLOGIA Distribuição mundial: o tipo 1 predomina no Ocidente e no Sudeste da Ásia, enquanto na África os tipos 1 e 2 são igual- mente prevalentes Infecções mais comuns na infância, com segundo pico no final da adolescência. Na vida adulta, mais de 90% dos indivíduos já foram infectados e possuem anticorpo contra o vírus. Eles podem excretar o vírus e serem assintomáticos. Em geral: doença de adultos jovens. Em países em desenvolvimento, com deficiência na higiene: temos mais crianças afetadas, sendo rara a ocorrência de MI. Nas áreas com melhores padrões de higiene: a infecção por EBV costuma aparecer na idade adulta e a MI é mais prevalente TRANSMISSÃO O EBV se propaga por secreções orais → saliva durante o beijo. A transmissão por contato íntimo é rara, mas já tiveram casos de transmissão do vírus por transfusão sanguínea e transplante de medula óssea. A excreção viral é maior em pacientes imunocomprometidos e nos que têm MI. PATOGÊNESE Período de incubação: 30 a 50 dias. O EBV é transmitido pelas secreções salivares → o ele infecta o epitélio da orofaringe e das glândulas salivares, disseminando-se a partir dessas células → ainda na orofaringe (amígdalas) ocorre a infecção das células B (esse processo as diferencia em células B de memória no centro germinativo) → uma vez dentro da célula, o genoma viral é transcrito em RNA e parte se alojará no DNA do hospedeiro (em forma de episoma no citoplasma) → produção de proteínas virais. Por volta de 2 semanas antes do início dos sintomas, cópias do genoma de EBV já podem ser detectadas no sangue periférico. A proliferação e expansão das células B infectadas por EBV, juntamente com as células T reativas durante a MI resultam em aumento do tecido linfoide. A ativação policlonal das células B leva a produção de anticorpos contra proteínas de células do hospedeiro e do vírus. Durante a fase aguda da MI, o EBV infecta cerca de 1 em cada 100 células B no sangue periférico; após a recuperação, ocorre infecção em aproximadamente 1 a 50 em cada milhão de células B. Durante a MI, há inversão da razão de células T CD4+/CD8+. O percentual de células T CD4+ diminui, enquanto ocorrem expansões clonais acentuadas das células T CD8+; até 40% das células T CD8+ são dirigidos contra antígenos do EBV durante a infecção aguda. As células B de memória, e não as células epiteliais, constituem o reservatório do EBV no organismo → após a primeira infecção lítica, o EBV pode ser imortalizado em células B de memória em repouso, periodicamente reativadas por ele → quando os pacientes são tratados com aciclovir, a excreção do EBV pela orofaringe cessa, mas o vírus persiste nas células B. Os antígenos nucleares (EBNA) são responsáveis pela imortalização do linfócito: o EBNA-1 mantpem a forma episomal do vírus quando latente e o EBNA-2 transforma os linfócitos em linfoblastos que proliferam continuamente, imortalizando-os e levando á expressão de elementos como aa proteína de membrana latente. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Período de incubação: 4 a 7 semanas. Crianças pequenas: a infecção primária é assintomática. Adolescentes e adultos: quadro clínico de mononucleose clássico → cefaleia, mal-estar, fadiga, mialgia por 3 a 5 dias, iniciando-se, então, febre, aumento de linfonodos e faringite (diagnóstico diferencial com faringite estreptocócica). Febre: acomete 90% dos indivíduos, é vespertina, com picos de até 39° a 40°, na maioria dos casos se resolve entre 10 a 14 dias, podendo se estender até 4 semanas, Linfadenopatia: é mais comum na região cervical posterior, geralmente bilateral. Também pode haver acometimento das cadeias cervical anterior, submandibular e axilar. Os gânglios chegam até 4cm de diâmetro e apresentam características benignas (moveis, de consistência friroelástica, dolorosos a palpação). É mais proeminente nas primeiras 2 a 4 semanas da doença. Dor na faringe, presença de petéquias em palato. Na evolução da doença, o paciente pode apresentar exantema cutâneo (com qualquer característica: macular, petequial, escarlantiniforme, urticariforme, eritema multiforme). A ADMINISTRAÇÃO DE AMPICILINA OU OUTROS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS PODE DESENCADEAR O APARECIMENTO DO EXANTEMA EM ATÉ 90% DOS CASOS. Outras manifestações: esplenomegalia (80% dos casos – mais comum em crianças pequenas – costuma regredir no final da 3° ou 4° semana), hepatomegalia (mais comum alterações laboratoriais que indiquem inflamação), icterícia, edema bipalpebral (sinal de Hoagland), fadiga intensa. A fase aguda da MI dura de 3 a 4 semanas. COMPLICAÇÕES HEMATOLÓGICAS Anemia hemolítica autoimune: ocorre em 0,5 a 3% dos casos de MI; é causada por crioglutininas (anticorpos frios) → a hemólise se evidencia entre a 2° e 3° semana da doença, e resolve-se após 1 a 2 meses. Anemia aplásica: é rara. Trombocitopenia e neuropenia: achados frequentes, manifestações leves e autolimitadas. Plaquetopenia: 50% dos pacientes apresentam plaquetas < 140.000/mm3. Pancitopenia: eventualmente descrita. OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS O aumento da tonsila pode causar obstrução das vias aéreas. Esses pacientes apresentam-se com sialorréia, estridor e dispneia. Ocorrem em <5% e é indicação de internação. Manejo: elevação da cabeceira, hidratação IV, nebulização de O2 e corticoides. Podem ser necessário tonsiloadenoidectomia e intubação endotraqueal. RUTURA ESPLÊNICA Acomete <0,5% sendo rara. Ocorre devido a infiltração linfocítica da capsula, trabéculas, paredes vasculares e do aumento rápido do órgão. A ruptura é relacionada a traumas abdominais e quase nunca é fatal. Conduta: esplenectomia. Pode haver casos de hemorragia esplênica subcapsular. NEUROLÓGICAS Cefaleias: 50% dos casos. Convulsões e ataxia: 1 a 5%. Encefalite, meningite asséptica, paralisia facial e mielite transversa. RENAIS São alterações leves decorrentes de uma nefrite intersticial, com hematúria microscópica e proteinúria. Foram descritos casos esporádicos de IRA. CARDÍACAS Anormalidades de ST-T no ECG: 6% dos casos. PULMONARES Pode haver infiltrado intersticial em 3 a 5% dos casos. Fazer dx diferencial de pneumonia GASTROINTESTINAIS Há relatos de hepatite fulminante que evolui para cirrose hepática. Pancreatite, gastrite, colecisitite (menos comuns). DIAGNÓSTICO Hemograma: linfocitose relativa e absoluta (70%): presença de linfócitos atípicos; pode haver trombocitopenia e anemia; Anticorpos heterofilos (não realizar em <4 anos – falso-negativos):1° e 2° semana do quadro clínico; Anticorpos específicos (anti-VCA – infecção aguda) – a partir de 7 dias de febre. TRATAMENTO Sintomáticos: - Paracetamol: febre e odinofagia. - Corticides: experiência clínica sugere que podem ser utilizados em complicações como obstrução de vias aéreas, trombocitopenia grave ou anemia hemolítica. - Aciclovir: inibe a replicação de EBV e diminui a excreção viral, mas não tem ação significativa sobre os sintomas. - Gamaglobulina EV: quadros crônicos ou graves. *Co-infecção bacteriana: evitar uso de betalactâmicos. Repouso: por conta do risco de ruptura esplênica → o período até a normalização pode variar de 2/3 semanas até 2/6 meses. CITOMEGALOVÍRUS DEFINIÇÃO O citomegalovírus (CMV) pode causar defeitos congênitos graves, distúrbios em crianças maiores e adultos (variando desde infecção subclínica assintomática, ou síndrome de mononucleose em indivíduos sadios, até doença disseminada em pacientes imunocomprometidos). O CMV causa alterações associadas à produção de células aumentadas características. É composto por um DNA de fita dupla, quatro espécies de RNA mensageiro, capsídeo proteíco e envoltório de lipoproteína. É um herpes-vírus Beta. EPIDEMIOLOGIA O CMV tem distribuição mundial Os adultos imunocomprometidos têm maior probabilidade de reativação da doença do que de uma doença primária. Vida comunitária e problemas de higiene pessoal facilitam a disseminação. Causa cerca de 7% dos casos mono-like. Causa mais comum de mononucleose heterofila negativa. A maioria das pessoas tem o vírus na infância. TRANSMISSÃO Contato com saliva, fezes, urina, leite materno e outras secreções de pacientes infectados. Via respiratória: tosse, espirro, fala, secreções brônquicas. Transfusão sanguínea. Transmissão vertical: grávida → feto. Via sexual. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A maioria das pessoas é assintomática. Quando há sintomas: predomínio de sintomas sistêmicos, como → febre (>10 dias), mialgia, astenia, sudorese. Adenopatia, esplenomegalia e faringite são menos comuns que na MI. O rash cutâneo pode ocorrer, especialmente após a administração de antibióticos betalactâmicos Na maioria das pessoas é autolimitada. Crianças → linfonodemegalia cervical frequente e exsudato de tonsilas. Pode evoluir raramente com complicações neurológica. DIAGNÓSTICO Hemograma: linfocitose relativa e absoluta, presença de linfócitos atípicos. Sorologia: anti-CMV IgG e IgM ou PCR para CMV. Elevação de transaminases. TRATAMENTO Sintomático Antiviral: Ganciclovir → restrito aos imunocomprometidos e aos RNs sintomáticos ao nascer (ou seja, que apresentem comprometimento do SNC) PROFILAXIA Uso de luvas e avental na manipulação de urina e secreções de orofaringe de indivíduos potencialmente excretores de CMV. Uso de preservativos. TOXOPLASMOSE Agente etiológico: Protozoária Toxoplasma gondii. Incubação: 5-23 dias. TRANSMISSÃO Ingestão de oocistos do solo, lixo (lugar onde o gato defeca). Ingestão de cistos de carne crua e mal cozida. Transplacentária. Transplante de órgão ao sangue de doador infectado. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Mais de 80% imunocompetentes são assintomáticos. Alguns pacientes podem apresentar um quadro de linfadenite toxoplasmáica → linfadenopatia localizada (cadeia cervical posterior) ou generalizada e dolorosa. Pode haver febre, mialgia, faringite e hepatoesplenomegalia → menos frequentes. Doença autolimitada – exceto em pacientes imunocomprometidos, nos quais pode acometer diversos órgãos e sistêmicos. Coriorretinite: inflamação da coroide e da retina – 30 a 60% dos pacientes com essa entidade possuem devido a toxoplasmose. Tríade clássica RN: hidrocefalia, coriorretinite, calcififcações intracranianas (10%) DIAGNÓSTICO Sorologia: anti-toxoplasmose IgM e IgG → TESTE DE AVIDEZ!! (se baixo é mais recente, se alto é porque já ocorreu há um certo tempo) 12-16 semanas PCR TRATAMENTO Tratar imunocomprometidos, gestante e feto! - Gestante: espiramicina → até fazer a aminiocentese. - Infecção fetal confirmada: sulfadiazina, primetamina e ácido folínico (esquema tríplice) - Coriorretinite: sulfadiazina, primetemina e ácido folínico + prednisona (corticoide) PROFILAXIA Medidas de higiene gerais Cozinhar bem as carnes, evitar carne crua Manusear fezes de gato com luvas Limpar os locais onde os gatos defecam, desinfetá-los com agua fervente. RUBÉOLA Agente etiológico: RNA vírus, família Togaviridae, gênero Rubivirus Período de incubação: 14 a 21 dias. TRANSMISSÃO Via respiratória: gotículas Vertical 7 dias antes a 7 dias depois do exantema MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Febre baixa Exantema maculopapular, crânio-caudal, duração de 3 dias. Linfadenopatia: gânglios suboccipitais, auriculares posteriores e cervicais → pode ser generalizado. Complicações: artrite nos adultos e forma congênita (catarata, surdez, má formações cardíacas) . DIAGNÓSTICO Sorologia IgM e IgG Isolamento do vírus – secreção da nasofaringe Dx diferenciais: sarampo, exantema súbito, dengue, enteroviroses, eritema infeccioso. Teste de avidez nas grávidas → não é rotina TRATAMENTO Sintomático PROFILAXIA Vacina dupla viral: sarampo + rubéola. Vacina tríplice viral (12 meses) – sarampo, caxumba e rubéola Vacina tetra viral (15 meses) Mulheres na idade fértil: vacinação 4 semanas antes da gestação. É contraindicada para gestantes e menores de 6 meses. SÍFILIS Agente etiológico: Treponema pallidum Doença de evolução lenta. Quando não tratada, alterna períodos sintomáticos e assintomáticos. Divide-se em três fases: primária, secundária e terciária. Sífilis primária: após a infecção, ocorre um período de incubação de 10 a 90 dias. O primeiro sintoma é o aparecimento de uma lesão única no local de entrada da bactéria → cancro duro: é indolor, tem base endurecida, não contém secreção e muitos treponemas, se cura espontaneamente em duas semanas; adenite satélite/regional. Sífilis secundária: quando a sífilis não é tratada quando primária, evolui para secundária, período em que o treponema já invadiu todos os órgãos e líquidos do corpo. Manifesta-se com exantema cutâneo, rico em treponemas e se apresenta na forma de máculas, pápulas ou grandes placas eritematosas branco-acinzentadasa → condiloma lata; 4 a 8 semanas após o cancro. Sífilis latente: considerado recente no primeiro ano e tardio após esse período. Não apresenta manifestações clinicas; pode ter surtos de sífilis. Sífilis terciária: pode levar dez, vinte ou mais nãos para se manifestar. Se manifesta na forma de inflamação e destruição de tecidos e ossos. Caracteriza-se pela formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas mucosas. + sífilis cardiovascular e neurossífilis. TRANSMISSÃO Sexual, vertical, transfusão sanguínea. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Sífilis primária: Sífilis secundária: - Erupção cutânea não pruriginosa maculopapular predominantemente no tronco - Eritema palmo-plantar escamoso - Pode haver madarose e alopecia - Sintomas gerais como febre, mal-estar e linfadenopatia generalizada. DIAGNÓSTICO VDRL (não treponêmico) – a partir da 4° ou 5° semana; detecção de IgM e IgG FTA-Abs, ELISA (treponêmico) – a partir da 3° semana; confirmação de diagnóstico; em cerca de 85% dos casos eles permanecem positivos a vida toda. TRATAMENTO Penicilina G benzatina 2,4 mi UI, IM dose única, dose única. Penicilina cristalina: ultrapassa a barreira hematoencefálica. Gestante só pode tratar com penicilina: desensibilizá-la. Fenômeno pro-zona: O fenômeno de prozona consiste na falta de reatividade no teste realizado em uma amostra que,embora contenha anticorpos não treponêmicos, apresenta resultado não reagente quando é testada sem diluir. Trata-se de fenômeno produzido por excesso de anticorpos em relação à quantidade de antígenos, com formação de imunocomplexos solúveis, gerando resultados falso-negativos. Reação de Jarisch-Herxheimer: é um conjunto de sintomas que surgem de forma aguda durante o tratamento da febre recorrente com um antibiótico. Nesses casos, ocorre eliminação de espiroquetas da circulação sanguínea e aumento de citocinas. HIV Infecção pelo vírus HIV Incubação: 2-6 semanas (até 12 semanas) Síndrome retroviral aguda TRANSMISSÃO Via sexual Pelo sangue (vertical e parental) Leite materno MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Febre crônica (normalmente não excede 39°C) Rash cutâneo: mais comum que na MI; costuma infectar primeiro o tronco e depois as extremidades, e eventualmente a face. Fadiga Linfadenopatia (cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occiptal e axilar) Mialgia Esplenomegalia Anorexia Úlceras orais Náuseas Diarreia Faringite Artralgias Perda ponderal Sudorese noturna Sintomas neurológicos (meningite asséptica, Guillain-Barré) Paciente com redução dos linfócitos TCD4 podem apresentar infecções oportunistas DIAGNÓSTICO Alterações laboratoriais gerais: leucopenia, trombocitopenia e elevação das transaminases. Anticorpos anti-HIV → atentar-se para janela imunológica. PCR – carga viral TRATAMENTO Tratar com especialista → terapia antirretroviral (TARV) Referências: 1. Tratado de infectologia, 2015, Veronesi. 2. Tratado de Pediatria, SBP; 2015 3. Manual de sífilis, estratégias para o diagnóstico no Brasil, 2010 – Ministério da saúde 4. Site do Ministério da Saúde – Rubéola 5. Harrison
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