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1 Flávio Henrique C. Bottura ANATOMIA TOPOGRÁFICA – RESUMO DA PROVA TÓRAX: Aula 01: Anterior/ventral Posterior/dorsal Superior/cranial Inferior/caudal Plano mediano/sagital: próximo é medial; distante é lateral Tronco: tórax, abdome e pelve Proximal é mais próximo ao tronco Distal é mais distante ao tronco Corte frontal ou coronal Corte transverso ou axial Corte sagital Aula 02: TÓRAX Limite superior: linha ou plano de abertura superior do tórax (linha que passa anterior ao manúbrio, margem superior de T1 e das primeiras costelas) Limite inferior: diafragma Região circunferencial ou periférico (que mantém que as estruturas no seu lugar): caixa torácica Caixa torácica: esterno, 12 pares de costelas, cartilagens costais, 12 vértebras torácicas. Esterno: -> manúbrio: larga, densa e cranial; possui um sulco em sua margem superior, que é a incisura jugular; articula com as primeiras costelas (articulação manúbrio-costal); -> corpo: protuberância é articulação manúbrio-esternal, ao lado, está a segunda costela; a primeira costela não é palpável; -> apêndice xifoide: região afilada; 2 Flávio Henrique C. Bottura Arcos costais: os verdadeiros são os 7ºs primeiros, porque se articulam com o esterno; os falsos são os que as suas cartilagens irão se articular com as cartilagens dos arcos verdadeiros (8º, 9º, 10º); formam a margem costal; os 11 e 12º (últimos dois) são os flutuantes, pois possuem pequena quantidade de cartilagem na porção anterior que não se articulam. Cartilagem costal está mais na região anterior. Ângulo da costela é a região mais posterior (mais de trás). Vértebras torácicas: as diferenças entre as vértebras estão nos processos espinhosos. Em T1 é praticamente horizontal o processo espinhoso, à medida que eles descem, vão se verticalizando. Vértebras finais, como T11 e T12 assemelham-se às lombares. Clavícula: articulam-se com MMSS e fazem parte do arcabouço ósseo dos MMSS. PONTOS DE REFERÊNCIA SUPERFICIAIS: -> incisura jugular; -> manúbrio e articulação manúbrio-esternal; -> apêndice xifoide; -> e margem costal; -> clavícula: faz parte do MMSS, mas percebe-se região superficial no tórax. Regiões do tórax: -> região esternal (uma): é a região mediana, segue as margens laterais do esterno, o limite superior é a incisura jugular do manúbrio e o limite inferior é o processo xifoide; -> regiões infraclavicular (duas): ao lado da região esternal, inicia logo abaixo da clavícula e termina na linha de inserção do braço no tronco (limite inferior); -> região mamária: inicia logo como fim da região infraclavicular e vai até o limite inferior da região esternal; -> região axilar: limite anterior é a linha axilar anterior (que vai da extremidade distal da clavícula) , o limite posterior da região axilar é uma linha que vai na margem lateral da escápula (linha axilar posterior); há, ainda, uma linha bem no meio que é a linha axilar média; MAMAS: fazem parte da camada subcutânea do tórax; MÚSCULOS que são próprios do tórax: -> serráteis (elevar ou abaixar as costelas); -> levantadores das costelas (levantar costelas); -> intercostais externo, interno, íntimo, subcostal; 3 Flávio Henrique C. Bottura transverso do tórax: está na parte posterior da parede anterior do tórax; -> IMPORTANTE: o músculo mais externo que se relaciona com os arcos costais é o músculo intercostal externo (as fibras vão de posterior para anterior e de superior para inferior), atrás dele há o músculo intercostal interno (que as fibras vão de superior para inferior e de anterior para posterior). Entre o intercostal interno e o intercostal íntimo existem estruturas neurovasculares (veia, artéria e nervo). Essas estruturas estão mais próximas da margem inferior de cada arco costal. Por isso, punção torácica é feita com a agulha inserida na margem SUPERIOR para evitar de lesar algum vaso/nervo. Aula 03: -> cavidade torácica é formada por duas cavidades pulmonares e o mediastino; -> cavidades pulmonares: formadas pelos pulmões e pelas pleuras; -> pulmão direito: 3 lobos e duas fissuras (horizontal e oblíqua); lobo superior, médio e inferior; -> pulmão esquerdo: 2 lobos e uma fissura (oblíqua); lobo superior e inferior; -> parte mais superior é o ápice e a parte mais inferior é a margem inferior ou diafragmática; -> margem anterior é tudo que está na região anterior e margem posterior que está ligada com as costelas; -> margem mediastinal do pulmão direito (do meio para fora e que está em contato com o mediastino): hilo é a região onde passam brônquios, artérias e veias pulmonares. O hilo está envolto por bainha pleural e na porção inferior do hilo há o ligamento pulmonar. Os brônquios estão mais posteriores do hilo e mais anterior as veias pulmonares, as artérias estão mais mediais do hilo pulmonar. Anterior ao ligamento pulmonar há o sulco da veia cava inferior (VCI), que fica em contato com essa porção do pulmão. Anterior ao hilo e ao ligamento há uma pequena área que é a impressão cardíaca (coração está em contato com o pulmão direito, que é bem menor que a do pulmão esquerdo). Sulco que vai em direção à margem superior é o sulco da VCS (veia cava superior). Parte um outro sulco menor que forma um arco superior ao hilo direito que é o sulco do arco da veia ázigo. Superior ao sulco da veia ázigo tem o sulco para veia braquiocefálica e posterior há a área traqueal e esofágica. Na parte posterior ao hilo pulmonar há o sulco do esôfago. -> margem mediastinal do pulmão esquerdo. O hilo do pulmão esquerdo há o brônquio principal esquerdo, a artéria pulmonar está superior ao brônquio principal esquerdo e as veias pulmonares estão anteriores e inferiores ao brônquio principal. Ao redor do hilo há a bainha de pleura que irá se dobrar sobre ela mesma formando o ligamento pulmonar. Anterior ao hilo há uma grande área que causa a impressão cardíaca (onde 4 Flávio Henrique C. Bottura fica o mediastino). Seguindo em direção à porção superior formando um arco há o sulco do arco da aorta. Ele continua posterior ao hilo formando um sulco que é o sulco da parte descendente da aorta. Na parte superior ao sulco do arco da aorta há um pequeno sulco que é o sulco da artéria subclávia e superior da traqueia e do esôfago. Portanto, a aorta está em maior contato com o pulmão esquerdo do que o direto. PLEURAS: saco pleural. A parte que fica em contato direto com pulmão é a pleura visceral. O que está ao redor da pleura, que é a parte mais externa, é a pleura parietal. A porção que fica ao redor em contato com estruturas externas é a pleural parietal. A cavidade pleural é formada por ar e uma pequena quantidade de líquido. Derrame pleural é porque há um desequilíbrio que gera acúmulo de líquido nessa região. A pleura visceral está em íntimo contato com o pulmão. Regiões da pleura parietal: -> cúpula da pleura: é porção mais superior da pleura parietal; ela chega a ultrapassar o primeiro arco costal; -> parte costal da pleura parietal: está em contato com os arcos costais; -> parte diafragmática da pleura parietal; -> parte mediastinal da pleura parietal: em contato com o mediastino. Aula 04: MEDIASTINO O mediastino, ou cavidade mediastinal, é um compartimento visceral da cavidade torácica situado entre os dois pulmões e é a região do tórax onde está localizado o coração. Ele separa as duas cavidades pleurais. Fazem parte do mediastino, também: esôfago, traqueia, nervos torácicos e vasos sanguíneos sistêmicos. O mediastino é dividido em superior e inferior. Limites: -> limite superior: abertura superior do tórax; -> limite inferior: diafragma; -> limite anterior: manúbrio e corpo do esterno; -> limite posterior: corpos das vértebras de T1 a T9; -> limites laterais: porções mediastinais dos pulmões e pleuras mediastinais. As referências para dividir o mediastino eminferior e superior são: -> anteriormente: linha transversa que passa anteriormente pela articulação manúbrio- esternal (manúbrio com o corpo do esterno); -> posteriormente: transição das vértebras T4 e T5. 5 Flávio Henrique C. Bottura São os planos transversos do tórax. Órgãos encontrados: Mediastino superior (acima do plano transverso do tórax): -> parte anterior: timo, gorduras e gânglios linfáticos; -> parte posterior: veias braquiocefálicas, veia cava superior, arco aórtico e ramos, nervos vago e frênico, tranqueia e esôfago. Mediastino inferior (abaixo do plano transverso do tórax): -> parte anterior: timo, gorduras e gânglios linfáticos; -> parte média: pericárdio, coração, grandes artérias, brônquios principais e nervo frênico; -> parte posterior: esôfago, aorta torácica descendente, ducto torácico e sistema ázigo. CORAÇÃO: está totalmente inserido no mediastino inferior; envolto por lâmina: pericárdio; o pericárdio forma um saco pericárdico em volta do coração; possui drenagem e inervação própria; vai do ângulo do manúbrio e do esterno até o processo xifoide; 1/3 do pericárdio está para o lado direito do tórax e 2/3 no hemitórax esquerdo. -> pericárdio fibroso (mais externa); -> pericárdio seroso (são duas lâminas): uma é a lâmina parietal e a outra é lâmina visceral (está intimamente relacionada com o miocárdio, então é chamada de epicárdio); -> as artérias do pericárdio são de origem das artérias torácicas internas e as veias são tributárias das veias braquiocefálicas; -> existem oitos vasos que estão perfurando o saco pericárdico; na parte mais inferior há a veia cava inferior (VCI); nas paredes mais posteriores estão as veias pulmonares (D e E) e mais superior está a VCS, aorta ascendente e o tronco pulmonar; -> o coração repousa sobre o diafragma e seu ápice está esquerda e para a base, sua base está ligeiramente para a direita e para cima, na base (que está acima) estão os grandes vasos (que deixam o coração fixo); -> a cavidade mais anterior do coração é o VD, a cavidade que está mais à direita é o AD, a cavidade que está mais à esquerda de todas é o VE, e a mais posterior AE; -> tronco pulmonar se divide em artéria pulmonar D e artéria pulmonar E; DIAFRAGMA: -> o pericárdio repousa sobre o diafragma, e existem três vasos que cruzam o diafragma: mais anterior, a veia cava inferior, mais posterior, o esôfago e a aorta abdominal (junto com o ducto torácico e a veia ázigo); 6 Flávio Henrique C. Bottura MEDIASTINO INFERIOR POSTERIOR: é o que atrás do pericárdio; vai de T5 até T9; MEDIASTINO SUPERIOR POSTERIOR: vai de T1 a T4 (atrás do pericárdio, por isso posterior); encontra-se veia cava superior (VCS) e veias braquiocefálicas E e D; quanto às artérias, há o arco da aorta e seus ramos (tronco braquiocefálico D, artéria carótida comum E e artéria subclávia E); como vias respiratórias há a tranqueia, além do esôfago, ducto torácico e troncos linfáticos; -> veias braquiocefálicas E e D se fundem formando a VCS (veia cava superior) ao nível da margem inferior da 1ª cartilagem costal direita e segue como VCS até a 3ª cartilagem costal direita; o trajeto da VCS é ântero-lateral à traqueia e póstero-lateral ao trajeto da aorta; ARCO DA AORTA: -> arco da aorta (faz parte do mediastino superior posterior) é posterior à segunda articulação esterno-costal direita, ascende anterior à artéria pulmonar direita e anterior à bifurcação da traqueia, ficando do lado esquerdo da traqueia e do esôfago, passando sobre a raiz do pulmão esquerdo (que forma o sulco posterior ao hilo pulmonar esquerdo) e desce terminando na 2ª articulação esterno-costal esquerda; durante esse trajeto ela lança seus ramos, sendo o tronco braquoicefálico, artéria carótida comum E e a artéria subclávia E; TRAQUEIA: ela desce anterior ao esôfago e se inclina à direita levemente e termina (carina) quando se bifurca em brônquios principais D e E, bem no ângulo do esterno (manúbrio-esternal); à direita da traqueia está a veia ázigos, na lateral esquerda da traqueia está o ápice do arco da aorta e o arco faz seu contorno em cima do brônquio esquerdo da traqueia; ESÔFAGO Percorre da faringe (início) até o estômago (final). -> órgão muscular; -> entra no mediastino superior entre a traqueia e a coluna vertebral; -> mediastino superior: inicia pela porção proximal do esôfago e ele entra no mediastino superior entre a traqueia (o esôfago é posterior à traqueia) e a coluna vertebral (o esôfago é anterior à coluna vertebral); -> mediastino inferior: ele sofre uma leve inclinação à esquerda, mas será empurrado novamente no plano mediano pelo arco da aorta e é comprimido anteriormente pela raiz do pulmão esquerdo; -> mediastino inferior posterior: ao ultrapassar a carina, segue posterior ao pericárdio e átrio esquerdo (cavidade mais em contato com o esôfago por ser a mais posterior). AORTA TORÁCICA DESCENDENTE: está no mediastino inferior posterior; 7 Flávio Henrique C. Bottura -> inicia à esquerda de T4 e desce de T5 até T12 (quando ela atravessa o diafragma pelo hiato aórtico e se transforma em aorta abdominal); à medida que ela desce o tórax, ela se torna cada vez mais próxima do plano mediano; ABDOME: Aula 01: O abdome está situado no tronco entre tórax e pelve; -> limite superior: diafragma que se estende até 4º espaço intercostal (delimita tórax e abdome); -> limite inferior: linha imaginária que é o plano de abertura superior da pelve (atravessa anteriormente a margem superior da sínfise púbica e posteriormente transição de L5 e S1); abaixo da linha estão os órgãos pélvicos; o íleo é um osso pélvico que possui porção na região abdominal protegendo órgãos abdominais (chamada de pelve maior); pelve menor são as estruturas abaixo da linha do plano de abertura superior da pelve; -> arcos costais também protegem parte de órgãos abdominais; CONTENÇÃO: é o que mantém os órgãos abdominais em seus lugares; -> contenção superior: diafragma; -> contenção anterolateral: paredes musculoaponeuróticas; -> contenção inferior: músculos da pelve (abdome não tem assoalho próprio que manterá a parte física dos órgãos em seus locais); é uma separação arbitrária; DIAFRAGMA: é o limite superior do abdome; é uma divisória musculotendínea com dupla cúpula (separa cavidades torácicas e abdominais); -> hemicúpula diafragmática direita; que é mais alta que a esquerda (pela presença do fígado); -> hemicúpula diafragmática esquerda; -> inspiração: movimentação ativa do diafragma; -> expiração: movimentação passiva do diafragma; -> na posição central o diafragma está ligeiramente deprimido pois o pericárdio está repousando sobre o diafragma na região central; -> possui o forame da veia cava, hiato aórtico e hiato esofágico; -> hiato esofágico: é uma camada muscular que se torna o esfíncter esofagiano externo; (hérnia esofágica ou hérnia diafragmática, a musculatura acaba invadindo a cavidade torácica); -> forame da veia cava: na altura de T8, anterior e mais superior ao hiato esofágico; ele é formado por tendão; 8 Flávio Henrique C. Bottura -> hiato aórtico: mais posterior de todos e mais inferior de todos (na altura de T12); muda de aorta torácica descendente para aorta abdominal; passam também ducto torácico e veia ázigos; ESTRUTURAS ÓSSEAS DO ABDOME: 5 vértebras lombares e os discos intervertebrais; ESTRUTURAS MUSCULOAPNONEURÓTICOS: -> parede ântero-lateral: três pares de músculos planos (músculo oblíquo interno, oblíquo externo e músculo transverso); -> dois pares de músculos verticais (músculo reto, que vai do apêndice xifoide até a sínfise púbica, e pequeno piramidal); -> as aponeuroses passam anterior ao músculo reto do abdome, o oblíquo interno lançará uma aponeurose anterior ao músculo reto e outra posterior ao músculo reto, o transverso, as suas duas aponeuroses passarão posteriores ao músculode reto (tudo isso de cada lado, que se juntam e formam a linha alba que fica bem no plano mediano); -> parede posterior: psoas maior (inicia na altura de T12), ilíaco e quadrado lombar; -> pele, fáscia superficial (de Camper), fáscia profunda (Scarpa), músculos, fáscia parietal do abdome, gordura extraperitoneal, peritônio parietal; Aula 02: -> plano sagital ou vertical divide em metade direito e metade esquerdo, levando em conta a linha mediana (apêndice xifoide até a sínfise púbica); o plano transumbilical (plano horizontal) divide o abdome em superior e inferior, que dão origem aos quadrantes: QSD, QSE, QID e QIE; -> os dois planos sagitais (linhas medioclaviculares) e dois planos horizontais (subcostal e transtubercular) dividem o abdome em 9 planos: HD, E, HE, LD, M, LE, FID, HIPO, FIE; -> quadrante superior direito: lobo direito do fígado (maior órgão maciço desse quadrante); vesícula biliar; porção piloro do estômago; duodeno (1, 2 e 3ª porção); cabeça do pâncreas; flexura direita (hepática) do cólon transverso e metade direita do cólon transverso; rim direito e suprarrenal direita na região retroperitoneal; -> quadrante superior esquerdo: lobo esquerdo do fígado; baço (maior órgão maciço desse quadrante); maior parte do estômago; corpo e cauda do pâncreas; 4ª (última) parte do duodeno; jejuno e íleo proximais; metade esquerda do cólon transverso; flexura esquerda (esplênica) do cólon; metade superior do cólon descendente; rim esquerdo e suprarrenal esquerda na porção retroperitoneal; -> quadrante inferior direito: ceco; apêndice vermiforme; parte do cólon ascendente; maior parte do íleo; se grávida, porção do útero; se bexiga cheia, parte da bexiga; -> quadrante inferior esquerdo: cólon sigmoide; parte inferior do descendente; uma menor parte do íleo; porção do útero; se bexiga cheia, parte da bexiga; 9 Flávio Henrique C. Bottura -> VÍSCERAS ABDOMINAIS: -> esôfago: possui 25cm; pequena porção terminal está no abdome (1cm); perfura o diafragma e se torna abdominal; termina o esôfago no óstio cárdico (isso acontece na 7ª cartilagem costal esquerda); -> estômago: possui forma de “J”; cárdia: atrás da 7ª cartilagem costal esquerda, é onde termina o esôfago e começa o estômago; a porção mais alta (cranial) é o fundo gástrico (geralmente contém ar, por deglutição, fermentação de alimento e gravidade), cuja bolha de ar é vista no RX; maior parte é o corpo (maior parte da pequena curvatura e grande curvatura do estômago); continuação do corpo gástrico é o antro pilórico e termina como canal pilórico (porção mais distal do estômago) onde há transição do estômago e duodeno, que é o piloro); localização topográfica do estômago é a partir da 7ª cartilagem costal esquerda com a cárdia; o fundo gástrico está atrás da 5ª costela esquerda com a linha medioclavicular esquerda; piloro está na altura de L1, na linha mediana ou à direita da linha mediana; estômago é coberto por peritônio (menos nos locais em que haverão vasos sanguíneos ao longos da pequena e grande curvaturas); na pequena curvatura haverá duas lâminas de peritônio que fazem o omento maior; uma lâmina passa posterior ao estômago até a grande curvatura, outra lâmina passa anterior ao estômago até a grande curvatura; -> relações com o estômago: -> fundo gástrico do estômago se relaciona diretamente com o diafragma; -> face anterior: a face anterior do estômago se relaciona com o diafragma; também o fígado que se relaciona encobrindo parte da região anterior do estômago, além de parte da parede abdominal anterior; -> face posterior: é o chamado leito gástrico, que contém órgãos: superiormente, parte do diafragma; na porção mais esquerda o baço, glândula suprarrenal esquerda e o rim esquerdo; na parte mais inferior do leito gástrico o mesocólon transverso (porção do peritônio que sai do cólon em direção da parede abdominal posterior); além disso, corpo e cauda do pâncreas; além de artéria e veia esplênica; -> intestino delgado: 6 a 7m ao total; fazem parte o duodeno (menor parte, mais ou menos 25cm), jejuno e íleo; começa no piloro e termina na junção íleo-cecal (ou válvula íleo-cecal); -> duodeno: parte mais curta do ID, é uma parte larga e fixa do intestino; ele é quase todo ele retroperitoneal; forma “C” ao redor da cabeça do pâncreas; dividido em 4 partes: superior, descendente, inferior e ascendente; topografia: piloro na altura de L1, que coincide com a 1ª porção do duodeno (superior), 2ª porção (descendente, mais longa) que será encontrada à direita de L1 até L3; a 3ª porção (inferior) que vai cruzar a vértebra L1 horizontalmente; a 4ª porção (ascendente) ela sobe da altura de L3 até a L2; na L2, ela faz um ângulo que é o início do jejuno (ângulo de Treiz, ou ângulo duodeno- jejunal); 10 Flávio Henrique C. Bottura -> 1ª porção do duodeno se relaciona: anteriormente com a vesícula biliar e lobo quadrado do fígado; posterior se relaciona com o ducto colédoco, além de veia porta e veia cava inferior também se relacionam posteriormente; medialmente se relaciona com o piloro; superiormente se relaciona como o colo da vesícula biliar; na porção inferior o pâncreas; -> 2ª porção (descendente): anteriormente à segunda porção há o mesocólon e o cólon transverso; posterior encontra-se o hilo renal direito, ureter e psoas maior; medialmente há a cabeça do pâncreas (passa o ducto colédoco e ducto pancreático); superiormente há a parte superior do duodeno e a parte inferior do duodeno; -> 3ª porção do duodeno: passa anteriormente à L3 (está posterior); ao cruzar L3 também cruza veia cava inferior e aorta (posteriormente); anteriormente existem artéria e veia mesentéricas superiores; além de porções do mesentério, jejuno e íleo; superiormente há cabeça do pâncreas; medialmente há a 4ª porção do duodeno e lateral à direita há a 3ª porção do duodeno; -> 4ª porção: ascende de L3 a L2 e forma o ângulo de Treiz; há ao lado esquerdo dessa porção a aorta abdominal e a região do pâncreas; a relação superior é corpo do pâncreas; anteriormente há o início do mesentério e alças do jejuno; posteriormente há o músculo psoas maior esquerdo; medialmente há a artéria e veia mesentéricas superiores; inferiormente existem alças de jejuno; -> canal colédoco sai da cabeça do pâncreas e invade a segunda porção do duodeno; Aula 03: -> jejuno: começa na flexura duodenojejunal e o íleo termina no ceco; não há uma linha nítida que demarca o fim do jejuno e começo do íleo; maior parte do jejuno está no QSE, enquanto a maior parte do íleo está no QID; -> estão fixados através de duas lâminas de peritônio: mesentério (a raiz do mesentério está fixado na parede abdominal posterior); o mesentério é todo pregueado; -> intestino grosso: inicia com o ceco (válvula íleo-cecal e apêndice vermiforme) > cólon ascendente > flexura hepática ou direita > cólon transverso > flexura esplênica ou esquerda > sigmoide > reto > canal anal; -> características anatômicas próprias do IG: saculações, tênias livres, apêndices omentais (porções do omento em forma de gotas); -> cólon ascendente (relacionado com a parede abdominal na sua posição lateral e posterior), descendente (porção lateral e posterior também se relacionam com a parede do abdome) e reto são fixas; -> cólon transverso fica preso à parede do abdome por uma lâmina de peritônio que é o mesocólon transverso; -> pâncreas: glândula acessória da digestão; é um órgão de 4 partes: mais direita é a cabeça (onde há o processo uncinado); a cabeça se afila formando o colo do pâncreas; 11 Flávio Henrique C. Bottura depois o corpo que é a parte mais longa e a sua outra extremidade que está para o lado esquerdo do pâncreas é a cauda do pâncreas; -> ele atravessa grande parte do abdome superior (por isso a dor pancreática é do tipo “dor em faixa”); -> ele começa no duodeno e vai até o baço (horizontalmente);-> o pâncreas fica na altura de L1 a L3 (duodeno faz um “C” na cabeça do pâncreas, que coincide com a altura do pâncreas); -> o pâncreas faz parte do leito gástrico, ou seja, o pâncreas fica atrás do estômago; -> mesocólon transverso se fixa na margem anterior do pâncreas; -> o pâncreas é anterior à aorta abdominal, veia cava inferior (VCI), rim esquerdo e vasos renais (hilo renal esquerdo) e suprarrenal esquerda e a extremidade mais esquerda entra em contato com o baço; -> ducto pancreático percorre todo o pâncreas (cauda até a cabeça) que é por onde será filtrado o suco pancreático; na extremidade da cabeça do pâncreas, o ducto pancreático se encontrará com o ducto colédoco e junto com o ducto colédoco ele vai se abrir na segunda porção (2ª parte do duodeno); -> o processo uncinado está recoberto anteriormente por artéria e veia mesentérica superior; -> baço: é o segundo órgão maciço do abdome; é um órgão linfático (maior deles); tem o formato de massa oval; -> o hilo do baço está pra região inferior e medial do abdome; -> ele segue o mesmo eixo da 10ª costela; ele está na parte mais superior se relacionando com a 9ª costela; a parte mais inferior se relaciona com a 11ª costela; portanto, o baço não é um órgão palpável, ele fica totalmente protegido por arcos costais; caso seja palpado, há esplenomegalia; ele está localizado na porção latero- posterior do abdome esquerdo; -> o hilo esplênico se relaciona com três órgãos principais: estômago, rim esquerdo e flexura esquerda (ou esplênica) do cólon; -> outras margens do baço estão relacionadas com o diafragma; -> ele é encoberto pelo peritônio exceto no hilo esplênico; -> vesícula biliar e ductos: ela terá três porções: porção mais distal é o fundo da vesícula biliar que continua com o corpo, que se afila e forma o colo; a continuação do colo forma o ducto cístico; o fundo da vesícula se projeta na margem inferior do fígado e ele pode ser encontrado na linha medioclavicular direita com a 9ª cartilagem costal direita; quanto ao corpo da vesícula, a sua margem anterior estará em contato com o fígado (face visceral do fígado), já a margem inferior está em contato com alças do intestino, 12 Flávio Henrique C. Bottura especialmente com a parte superior do duodeno; o colo é mais afilado, é a extremidade oposta ao fundo; ele passará superior à primeira porção do duodeno; ele forma o ducto cístico; o ducto cístico se une ao ducto hepático comum (que é a união dos ductos hepáticos direito e esquerdo); ducto cístico e ducto hepático comum se unem e formam o ducto colédoco, o ducto colédoco passa posterior à primeira porção do duodeno, passa pela cabeça do pâncreas, se une na porção mais distal ao ducto pancreático e juntos formarão (na 2ª porção do duodeno) a ampola de Vater (ou hepatopancreática); o ducto cístico tem de 3 a 4cm e o ducto colédoco tem de 5 a 15cm; -> o fígado é o maior órgão do abdome (segundo maior órgão do corpo) e maior glândula do corpo; -> ele muda conforme a respiração, na inspiração o diafragma o empurra para baixo; na expiração o diafragma empurra o fígado para cima; -> ele é quase todo coberto por peritônio; -> a região mais posterior que é coberta pela parede abdominal posterior é a área nua do fígado; -> a face diafragmática está em contato com o diafragma, e a face visceral está em contato com os órgãos abdominais; -> o fígado fica em contato com parte do estômago e parte com o rim direito; -> face visceral está em contato com órgãos abdominais; -> o que está na face visceral mais anterior estão as áreas colônicas (do intestino); a área mais direita está a flexura hepática direita; na região posterior e lateral está a área renal (contato com rim direito); na parte esquerda está a área gástrica (contato com estômago); e mais posterior está a região da veia cava inferior (VCI) e região da veia porta bem próxima da vesícula; -> o omento menor é duas lâminas de peritônio que formará dois ligamentos: hepatogástrico (que sai da margem visceral do fígado e vai até pequena curvatura do estômago) e o ligamento hepatoduodenal (que sai da margem visceral do fígado e vai até o duodeno na primeira porção); a união desses dois ligamentos formam o omento menor; uma das lâminas passa anterior ao estômago e outra passa posterior ao estômago; o ligamento hepatoduodenal estará ao redor da tríade portal (artéria hepática própria, veia porta e ducto colédoco); Aula 01 – Parte 02: -> peritônio: é uma membrana serosa transparente, contínua, brilhante e escorregadia; ele se dobra sobre ele mesmo em vários locais, o que necessita de flexibilidade; é formada por mesotélio (epitélio pavimentoso simples); -> peritônio parietal: contato com as paredes; -> peritônio visceral: contato com órgãos ou formará ligamentos; 13 Flávio Henrique C. Bottura -> entre eles está a cavidade peritoneal (no homem é completamente fechada, enquanto nas mulheres, há comunicação com o exterior através de tubas uterinas); -> os órgãos são intra-peritoneais (estômago e baço), extraperitoneais (sem contato direto com o peritônio), retroperitoneais (atrás do peritônio, como os rins) e subperitoneais (fora da cavidade e abaixo do peritônio, como a bexiga urinária); -> compartimentos: supracólico (acima dos cólons e à frente do estômago); infracólico (atrás do cólon transverso); bolsa omental (entre os dois já citados); -> omento: folheto ou prega de dupla lâmina de peritônio, ele serve para conectar dois órgãos, geralmente; -> omento menor: formado por dois ligamentos (hepatogástrico que liga fígado à pequena curvatura do estômago e hepatoduodenal que liga fígado ao duodeno, onde está a tríade portal); o omento menor é formado por duas lâminas, saindo da pequena curvatura, uma passa anterior e outra posterior ao estômago e se ligam na grande curvatura; na grande curvatura, a lâmina sai e se chama de omento maior que forma um movimento, que vai até a sínfise púbica, dobra-se (formando quatro lâminas) sobre a sínfise e retorna ascendente até o cólon transverso; quando sai do cólon transverso, sai com uma lâmina que se conecta com o leito gástrico (atrás do estômago); -> mesentério é uma dupla lâmina de peritônio que encerra um órgão e o conecta a parede abdominal; ele conecta alças de jejuno e íleo à parede abdominal posterior; entre as duas lâminas de peritônio estão os vasos (venosa, arterial e linfática) que suprem alças de jejuno e íleo; -> nas paredes abdominais o peritônio realiza pregas que são reflexões do peritônio com bordas pouco definidas; os recessos são locais onde formam o fundo de saco ou cavidade tubular (apêndice vermiforme); -> a cavidade peritoneal é subdividida: supramesocólica que é tudo aquilo que está acima do mesocólon transverso (que sai do cólon transverso e vai para a parede posterior); o que estiver abaixo do mesocólon é a região inframesocólica; tudo aquilo que é inframesocólica é dividida em parte esquerda e parte direita (pela raiz do mesentério); -> o que estiver entre a raiz do mesentério para o cólon ascendente é chamado de espaço mesentérico-cólico direito; -> -> o que estiver entre a raiz do mesentério para o cólon descendente é chamado de espaço mesentérico-cólico esquerdo; -> o que estiver entre a parede abdominal e o cólon ascendente é chamado espaço parietocólico direito e o que estiver parede abdominal e o cólon descendente é chamado espaço parietocólico esquerdo; já o que estiver na parte mais inferior em contato com a pelve é o fundo do saco de Douglas; Aula 02 – parte 02: 14 Flávio Henrique C. Bottura -> rins: localizados nos sulcos paravertebrais (D e E), 5cm da linha mediana; possui massa de gordura em sua volta; -> ficarão parcialmente protegido pelo tórax, arcos costais, no caso (porções mais superiores); -> estarão em contato na região posterior com o músculo psoas (manobra PPL); -> rimdireito é mais baixo que o rim esquerdo, por causa do fígado, que empurra o rim para baixo; -> o rim possui o polo inferior e o polo superior, a margem lateral e a margem medial (onde está o hilo renal), face anterior e face posterior; -> o hilo renal, de anterior para posterior, há a veia renal > a artéria renal > a pelve renal (ureter); -> o rim é protegido por uma cápsula fibrosa e está na loja renal; -> é um órgão retroperitoneal; -> em contato íntimo com o rim há a cápsula fibrosa do rim; ao redor da cápsula está a cápsula adiposa que é chamada de corpo adiposo perirrenal, ao redor desse corpo há uma membrana chamada de fáscia renal de Gerota e tudo isso está envolvido por uma cápsula adiposa perirrenal; -> nos polos superiores dos rins estão as glândulas suprarrenais; -> a veia renal direita é bem mais curta que a veia renal esquerda; -> o rim direito se relaciona com o fígado na parte mais ântero-superior, na parte mais medial com o duodeno e na porção mais inferior em contato com alças de intestino (ascendente); -> o rim esquerdo na porção anterior está em contato com pâncreas e estômago, enquanto na sua porção mais superior está em contato com o baço; -> a raiz do mesocólon atravessa os rins; -> os ureteres: são dois; iniciam na junção uretero-pélvica e se inserem na bexiga urinária; descem medialmente e inferiormente, mudam o trajeto quando entram na pelve; existem três constrições fisiológicas, a primeira é onde termina a pelve e inicia o ureter (junção uretero-pélvica), nessa região existe uma estenose de JUP (pode causar acúmulo de urina que não segue o fluxo normal, acumulando urina nos cálices renais causando lesão renal) e utiliza-se, nesse caso, cateter duplo J; a segunda constrição ocorre no cruzamento com a artéria ilíaca externa e a terceira constrição é quando o ureter atravessar a parede da bexiga urinária; Aula 03 – parte 02: 15 Flávio Henrique C. Bottura -> a aorta abdominal: tem 13cm de comprimento e 2cm de largura; inicia na altura de T12 e vai até o nível de L4 (onde se bifurca em ilíaca comum D e ilíaca comum E), ao longo do trajeto ela gera ramos; está na linha mediana e anterior aos corpos vertebrais; -> os ramos da aorta abdominal são divididos em ramos ímpares, pares e parietais; -> os ramos ímpares saem da parede anterior da aorta, que são: tronco celíaco, artéria mesentérica superior e mesentérica inferior; -> os ramos pares saem da parede lateral da aorta: artéria suprarrenal superior D e E, artéria suprarrenal média D e E, artéria renal D e E, artéria gonadal D e E (testicular e ovárica) -> ramos parietais também são pares e saem da parede posterior da aorta, que são: artéria frênica inferior, artéria subcostal e artérias lombares; -> principal relação posterior da aorta são os copos vertebrais de T12 a L4; e as relações anteriores da aorta são plexos e gânglios celíacos, corpo do pâncreas e veia esplênica, veia renal esquerda, parte horizontal do duodeno e alças de intestino delgado; -> veia cava inferior: inicia pela união das veias ilíacas comuns, isso ocorre ao nível de L5; e ascende à direita da aorta (e à direita do plano mediano), e passa no forame do diafragma no nível de T8 (7cm a mais que a parte abdominal da aorta, ou seja 20cm); -> durante esse percurso, ela recebe tributárias, que são semelhantes ao da aorta, com exceção do sistema porta; e outra exceção são as veias suprarrenais são tributárias da veia renal; -> artéria ilíaca comum direita cruza anterior ao início da veia cava inferior; -> veia renal direita é bem mais curta que a veia renal esquerda, além da veia gonadal esquerda ser tributária da veia renal esquerda, enquanto a veia gonadal direita é diretamente tributária da veia cava inferior; 16 Flávio Henrique C. Bottura Exercício 01: - corte transversal; - TC de abdome; - legenda: 1- corpo vertebral; 2- 12ª costela (lado direito) e 11ª costela (lado esquerdo); 3- músculo psoas maior; 4- aorta abdominal; 5- fígado lobo direito; 6- veia porta – ramo direito; 7- rim direito; 8- rim esquerdo; 9- baço; 10- flexura esplênica do cólon; 11- cólon transverso; 12- corpo da vesícula biliar; 13- antro pilórico; 14- veia porta; 15- colo do pâncreas; 16- porção ascendente do duodeno; 17- cauda do pâncreas; 18- veia esplênica; 1 2 3 4 3 2 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 17 Flávio Henrique C. Bottura Exercício 02: - corte axial ou transverso; - RNM de abdome; - legenda: 1- sacro tecal (osso do sacro); 2- fígado lobo direito; 3- vesícula biliar; 4- rim direito; 5- bulbo duodenal; 6- antro pilórico; 7- corpo gástrico; 8- rim esquerdo; 9- cólon ascendente; 10- aorta abdominal; 11- veia cava inferior; 12- artéria hepática comum; 13- colo do pâncreas; 14- corpo do pâncreas; 15- cauda do pâncreas; Exercício 03: - corte sagital; - recriação 3D; 1 2 3 4 8 9 10 5 6 7 11 12 13 14 15 18 Flávio Henrique C. Bottura - legenda: 1- espaço subfrênico esquerdo; 2- baço; 3- rim esquerdo; 4- fundo gástrico; 5- corpo gástrico; 6- hemidiafragma esquerdo; 7- espaço perirrenal; 8- fáscia renal; 9- espaço pararrenal posterior; 10- músculo do flanco; 11- veia esplênica; 12- cauda do pâncreas; 13- alça intestinal; 14- cólon descendente; 15- músculo ilíaco; 16- osso ílio; 17- músculo do flanco; 18- músculo reto abdominal; PELVE: Aula 01: -> é a porção mais inferior do tronco e fica no cíngulo do membro inferior (onde os MMII se inserem); -> pelve maior: porção que é óssea (asa do ílio) que protege vísceras abdominais; 1 2 3 4 5 6 7 8 8 9 10 11 12 13 13 13 13 13 13 14 15 16 17 18 19 Flávio Henrique C. Bottura -> pelve menor: contêm estruturas ósseas e de partes moles da pelve propriamente dita; é onde estão as vísceras pélvicas; -> abertura superior da pelve é o limite inferior do abdome, mas é, também, o limite superior da pelve menor; -> parte profunda do períneo e diafragma (contenção das estruturas da pelve) da pelve são os limites inferiores da pelve; OSSOS DA PELVE: -> sacro e cóccix (ossos da coluna que fazem parte da pelve) e são mais posteriores; -> ílio, ísquio e púbis (ossos do quadril); sínfise púbica é um ponto de referência importante para analisar radiografia da pelve (que é a articulação entre os dois ossos do púbis), a dilatação da sínfise púbica é a diástase púbica (comum em acidente automobilístico); -> ísquio são os ossos que sentamos em cima e são chamados de arco púbico (formam um arco); -> articulação coxo-femoral; -> região onde os três ossos se articulam é a fossa do acetábulo, que se formam e articulam com a cabeça do fêmur; -> espinhas ilíacas ântero-superiores são palpáveis; -> pelve masculina X pelve feminina na questão óssea; MASCULINA FEMININA Espessa e pesada Fina e leve Pelve maior profunda (porção do ílio que protege vísceras abdominais) Pelve maior rasa Abertura superior em forma de coração Abertura superior oval ou arredondada Abertura inferior pequena Abertura inferior grande (parto) Ângulo subpélvico estreito Ângulo subpélvico largo Forame obturado redondo Forame obturado oval -> articulações da pelve: -> articulações da linha mediana: articulação lombossacra (L5 e S1), maior peso sobre ela; articulação sacrococcígea e articulação da sínfise púbica; -> articulações laterais: articulações sacroilíacas; essa articulação possui tuberosidades como se fossem um quebra-cabeça, para que se encaixem; -> ligamentos da pelve: iliolombar, sacrotuberal, sacroespinhal, sacroilíacos (interósseos, posteriores e anteriores); -> paredes musculoesqueléticas da pelve: 20 Flávio Henrique C. Bottura -> limite inferior da pelve: diafragma pélvico (assoalho da pelve); -> limite superior da pelve: abertura superior da pelve;-> parede anterior: osso púbis com a sínfise púbica, corpo e ramo do ísquio; músculo obturador interno; -> parede lateral: continuação do músculo obturador interno; canal do nervo obturatório e ramos da artéria ilíaca interna; -> parede posterior: ossos sacro e ílio, além de articulações sacroilíacas, músculo piriforme, plexo sacral e os vasos ilíacos internos e seus ramos; -> assoalho pélvico (contenção da pelve): dividido em músculos ísquiococcígeo e músculos levantadores do ânus (são músculos formadores do diafragma pélvico); -> músculos levantadores do ânus estão ao redor do anus e formam o esfíncter externo do ânus; do púbis em direção ao reto (mais íntimo ao ânus) há o músculo puborretal, ao lado está o músculo pubococcígeo e o mais lateral de todos está o músculo íliococcígeo; Aula 02: ÓRGÃOS URINÁRIOS: -> ureter: maior parte é abdominal mas entra na pelve menor; ele passa anterior à origem das artérias ilíacas internas e externas (onde há o estreitamento fisiológico); segue para trás e para baixo externamente ao peritônio parietal quando se curvam em sentido anteromedial; ou seja, começa medial, vai para posterior e lateral, retornado a medial e se insere na bexiga; -> ureter masculino: o ureter vai entrar na bexiga imediatamente acima das vesículas seminais; o ducto deferente passa entre o ureter e peritônio; -> ureter feminino: a extremidade distal (insere na bexiga) passa próximo da porção lateral do fórnice da vagina; -> bexiga: órgão muscular (músculo detrusor) oco; quando vazia está na pelve menor, atrás e ligeiramente acima dos ossos púbicos; quando está cheia, ela pode se encontrar até o nível do umbigo; a extremidade mais anterior é o ápice da bexiga (onde há o ligamento umbilical mediano, que vai do ápice da bexiga para a parede abdominal anterior, o que faz a bexiga estar ligada para a região anterior da pelve); a face superior da bexiga está mais superior; a parte mais posterior é o fundo da bexiga (local onde os ureteres irão se inserir); a parte mais inferior da bexiga (onde está a uretra) é o colo da bexiga é onde o fundo e as faces ínfero-laterais irão se convergir em direção ao colo; grande parte das fibras musculares da bexiga se estendem e se contraem a medida que entra conteúdo urinário; -> o trígono da bexiga está firmemente fixada e não sofre interferência da quantidade de líquido urinário; 21 Flávio Henrique C. Bottura -> bexiga no homem: o fundo é separado do reto pelas ampolas dos ductos deferentes e das vesículas seminais; o colo da bexiga se funde com a próstata (óstio interno da uretra); -> bexiga na mulher: o fundo da bexiga é separado do reto pelo colo do útero e a parte superior da vagina; o colo da bexiga (meato interno da uretra) está diretamente sobre a fáscia pélvica; -> uretra: -> uretra feminina: 4cm ao total (do óstio interno ao externo), óstio externo (parte mais exterior) no vestíbulo da vagina (região entre os pequenos lábios, que há o óstio externo e a vagina); segue em sentido anteroinferior (para frente e para baixo); possui duas partes: metade pélvica (na pelve) e metade perineal (no períneo) onde se abre no vestíbulo da vagina com o óstio externo; -> uretra masculina: 15 a 20 cm ao total; o óstio externo está na glande do pênis; dividida em 3 partes: uretra prostática, membranosa e esponjosa; -> uretra prostática (3cm): começa com o fundo da bexiga passando pelo meio do parênquima da próstata, vai do óstio interno da uretra até a fáscia superior do diafragma urogenital; porções superior e inferior são estreitas, já a porção média é alargada (porque nessa porção estão as aberturas dos ductos ejaculatórios, uma de cada lado); -> uretra membranosa (2cm): é mais curta e mais fina, inicia do ápice da próstata (final) até o bulbo do pênis, onde torna-se esponjosa; nas regiões póstero-laterais da porção membranosa estão as glândulas bulbouretrais; -> uretra esponjosa (16cm): inicia do bulbo do pênis e termina no óstio externa da uretra. Aula 03: ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS: -> homem: ductos deferentes, vesículas seminais, ductos ejaculatórios, próstata, glândulas bulbouretrais; os testículos não fazem parte da pelve; -> mulher: vagina, útero, tubas uterinas e ovários; ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS MASCULINOS DA PELVE: -> ducto deferente (45cm ao total): iniciam na bolsa escrotal e são a continuação do epidídimo; sai do epidídimo e ascende saindo da bolsa escrotal pelo funículo espermático (onde passa o plexo venoso pampiriforme); ascende cruzando o púbis, passa pelo canal inguinal passando pelos vasos ilíacos internos, passa aderido ao peritônio parietal na parede lateral da pelve, cruza sobre o ureter (fica entre o ureter e o peritônio), passa pelo fundo da bexiga e se alarga formando ampola do ducto deferente; se estreita novamente e se une à vesícula seminal para formar o ducto ejaculatório; 22 Flávio Henrique C. Bottura -> vesícula seminal: é um órgão piriforme (forma de pera) de 5cm de comprimento total e junto com a ampola do ducto deferente separa o fundo da bexiga com o reto; e passa obliquamente a próstata; sua parte superior é coberta por peritônio, já a extremidade inferior possui um ducto que se relaciona com a próstata (atravessa o parênquima da próstata e se abre à uretra prostática) e que forma o ducto ejaculatório; -> ductos ejaculatórios: possuem 2,5cm; é a fusão do ducto da glândula seminal com o ducto deferente; atravessam a parte principal da próstata e se abrem na parede posterior da uretra prostática (carreiam o sêmen); -> próstata: mais ou menos 3cm de comprimento, 4cm de largura e 2cm de profundidade (de posterior para anterior); maior glândula do sistema masculino; sua base está voltada e parcialmente fundida com o colo da bexiga e o ápice está voltado para baixo (é mais inferior) e possui 4 faces (posterior, anterior e as faces ínfero- laterais); pela próstata cruzarão os ductos deferentes e a uretra prostática; ÓRGÃOS INTERNOS FEMININOS NA PELVE: -> vagina: órgão muscular de 7 a 9cm de comprimento e possui parede anterior e posterior; a parede posterior e anterior estão em contato; ela está atrás da vagina e na frente do reto; superior à vagina está o colo do útero, anterior à vagina está bexiga; laterais estão partes terminais de ureteres, peritônio, septo retrovaginal que o separa do reto; vagina e útero separam o fundo da bexiga do reto; -> útero: possui de 7 a 8cm; na maioria ele se projeta para cima e para frente, como se estivesse parcialmente se repousando sobre a bexiga, mas a posição do útero varia bastante; região do colo do útero está em contato com a vagina; logo após há uma porção afilada que é o istmo, seguido por uma porção alargada que é o corpo do útero e a outra extremidade é o fundo do útero (é o que se palpa no útero gravídico); anterior ao útero está a escavação vesico-uterina (escavação de peritônio) e posterior a escavação retouterina; lateralmente o ureter que é cruzado superiormente pela artéria uterina e lateralmente ao colo do útero; -> trompas: de 10 a 12cm ao total; a parte uterina da trompa (que está colada ao útero), logo após ela se afila e forma o istmo, se alarga e forma a ampola uterina e a parte mais distal é o infundíbulo onde estão as fímbrias; as tubas não estão ligadas aos ovários e sim as fímbrias; as trompas possuem revestimento de peritônio; situadas nas bordas livres do ligamento largo; elas perfuram o peritônio, por isso o peritônio na mulher possuem perfurações; -> ovários: são laterais ao corpo do útero e estão ligados ao útero pelo ligamento útero- ovárico (ele vai da extremidade medial do ovário até o corpo do útero e ele fica interior à região das tubas uterinas); o corpo do útero está entre as lâminas do ligamento largo; as estruturas se movem sob as lâminas do ligamento largo; o ligamento redondo mantém o útero conectado na parede abdominalanterior (vai do útero para a região ântero-lateral da parede anterior do abdome); SISTEMA DIGESTIVO: 23 Flávio Henrique C. Bottura -> reto: 12 a 15cm; ele se origina em S3 e se curva pra trás e pra baixo e vira canal anal (possui peritônio na porção anterior e superior);
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