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Definição Revisão de itens gramaticais a partir das dificuldades mais comuns no uso da língua portuguesa. Propósito Desenvolver as competências leitora e escritora a partir de subsídios para revisão gramatical da língua portuguesa, conforme a norma culta da língua. Objetivos Módulo 1 Identificar as principais dificuldades ortográficas da Língua Portuguesa Módulo 2 Distinguir a grafia e o sentido corretos de palavras ou expressões similares Módulo 3 Resolver dificuldades de concordância e regência. Identificar as principais dificuldades ortográficas da Língua Portuguesa Introdução Você já teve alguma dúvida sobre como escrever corretamente uma palavra? Então assista ao vídeo a seguir e descubra que você não está sozinho. Falar e escrever corretamente é essencial para uma vida acadêmica, profissional ou mesmo social. O uso correto da língua contribui para a compreensão exata da mensagem que se quer transmitir, bem como dá mais credibilidade a quem está falando ou escrevendo. Por isso, agora vamos analisar algumas situações e identificar se a norma culta está sendo empregada da maneira correta. Dificuldades ortográficas que nas setas laterais. Mariana adora viajar e compartilhar em suas redes sociais as experiências que viveu. A sua última viagem foi para Bonito - MS e, após concluir a viagem, Mariana logo fez algumas postagens em seu Facebook com dicas para quem deseja ir àquela cidade. Você consegue identificar onde Mariana errou? Leia a postagem novamente e marque, a seguir, as opções que estão com a grafia errada. Exito Incrivel Jiboia Você sabe explicar por qual motivo as opções que marcou estão erradas? Vamos relembrar? A forma correta de escrever uma palavra aparece nas gramáticas no capítulo dedicado à ortografia, cujas regras nem sempre são simples. Há situações em que devemos simplesmente observar o que se convencionou como grafia aceitável para determinado vocábulo ou palavra. Acentuação gráfica Proparoxítonas Oxítonas Paroxítonas Hiatos acentuados Vamos fazer uma pausa para exercitar o que aprendemos! Reescreva as frases adequando a acentuação gráfica quando necessário. Ontém ele pode finalmente embarcar no vôo de volta ao seu pais. Não faço idéia do que esse bau contem. Uso dos porquês O uso dos porquês costuma gerar várias dúvidas. Algumas pessoas acham que basta saber a diferença entre por que separado, que seria usado nas perguntas, e porque junto, usado nas respostas. Mas não é bem assim, pois por que separado não é utilizado apenas para fazer perguntas; além disso, temos por quê (separado e com acento) e porquê junto e com acento. Vamos entender melhor como usar cada uma das quatro situações de uso dos porquês? Por que (separado e sem acento) Por quê (separado e com acento) Porque (junto e sem acento) Porquê (junto e com acento) Verificando o aprendizado Atenção! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que responda corretamente uma das questões a seguir. 1. Qual sequência apresenta palavras acentuadas graficamente conforme a ortografia da Língua Portuguesa? a) Ítem, hífen, refém, recém. b) Saúde, juíza, Jacareí, Luíz. c) Jaú, Itú, cipó, heróico. d) Herói, Piauí, álbuns, látex. Responder Comentário Parabéns! A alternativa D está correta. As palavras acentuadas graficamente de forma incorreta são: ítem (correto: item); Luíz (correto: Luiz); Itú (correto: Itu); heróico (correto: heroico). 2. A única alternativa que apresenta o uso correto dos porquês é: a) A crise porque passa a empresa forjou colaboradores mais resilientes. b) Ainda não sabemos porque o show foi cancelado. c) Você não vai à festa por que? d) Qual o porquê dessa decisão precipitada? Responder Você conseguiu desbloquear o segundo módulo! E, com isso, você conquistou: A habilidade de identificar as principais dificuldades ortográficas da Língua Portuguesa Retornar para o início do módulo 1 Distinguir a grafia e o sentido corretos de palavras ou expressões similares Palavras e expressões parecidas, mas diferentes Você já ficou em dúvida em como usar uma palavra em determinada frase ou situação? Há palavras parecidas na forma de se escrever ou pronunciar que, no entanto, são diferentes em algum detalhe. Em alguns casos, elas possuem sentidos diversos. A partir de agora vamos relembrar como usá-las corretamente. Para isso, vamos primeiro analisar alguns casos e tentar identificar se as palavras foram aplicadas da maneira adequada. A / Há Observe o texto a seguir: As palavras a e há foram aplicadas adequadamente? Resposta Você sabe explicar o uso adequado dessas palavras? A fim de / Afim Observe o texto a seguir: COMUNICADO Estamos mudando o horário de funcionamento afim de atender melhor o cliente. A palavra afim de foi aplicada adequadamente? Resposta Qual é a regra de aplicação das palavras a fim de e afim? Abaixo / A baixo Observe o texto a seguir: A palavra abaixo foi aplicada adequadamente nas duas ocorrências? Resposta Qual é a regra de aplicação das palavras abaixo e a baixo? Acima/ A cima Observe o texto a seguir: A expressão a cima foi aplicada adequadamente? Resposta Qual é a regra de aplicação das palavras a cima e acima? Ao encontro de / De encontro a Observe o texto a seguir: A expressão a encontro das foi aplicada adequadamente? Resposta Você se lembra qual é a explicação para essa regra? Acerca de / A cerca de / Há cerca de Observe o texto a seguir: A expressão a cerca de foi aplicada adequadamente? Resposta Você se lembra qual a regra de aplicação das expressões Acerca de / A cerca de / Há cerca de? Aonde / Onde Assista ao vídeo a seguir. Adicione um comentário Avalie esse vídeo: Enviar A palavra aonde foi usada adequadamente? Resposta Você se lembra qual é a explicação para essa regra? Comprimento / Cumprimento Observe o texto a seguir: A palavra comprimento foi usada adequadamente? Resposta Você se lembra qual é a explicação para essa regra? Eminente / Iminente Observe o texto a seguir. A palavra eminente foi usada adequadamente? Resposta Você se lembra qual é a explicação para essa regra? tão a seguir para relembrar. Este / Esse Observe o texto a seguir: COMUNICADO Esse departamento comunica que as novas regras para o condomínio serão implantadas imediatamente. A palavra esse foi usada adequadamente? Resposta Você se lembra qual é a explicação para essa regra? Infringir / Infligir Ouça o áudio a seguir. 0:00 0:16 A palavra infringir foi usada adequadamente? Resposta Qual é a regra de aplicação das palavras infligir e infringir? que no botão a seguir para relembrar. Mal / Mau Observe o texto a seguir: A palavra mal foi usada adequadamente? Resposta Você se lembra qual é a explicação para essa regra? Se não / Senão Observe o texto a seguir. A palavra senão foi usada adequadamente? Resposta Qual é a regra de aplicação das palavras senão e se não? E aí, conseguiu se lembrar de todas as regras? As palavras e expressões que vimos aqui são as que, em geral, mais geram dúvidas. Sempre que isso acontecer, uma dica é consultar um dicionário, uma gramática ou um site confiável para evitar qualquer erro na escrita de uma palavra. Tenha certeza de que, fazendo isso, os seus textos e a sua fala serão muito mais claros e objetivos. Verificando o aprendizado Atenção! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que responda corretamente uma das questões a seguir. 3. Assinale a alternativa quenão apresenta incorreção ortográfica. a) Senão melhorar o acesso aos estádios, o campeonato terá um público abaixo da média. b) As regras precisam ser mantidas, senão o campeonato perde credibilidade. c) Se não for resolvido o mal funcionamento do transporte público, os torcedores continuarão protestando. d) O mau comportamento da torcida não deve ser incentivado, se não o espetáculo perde seu brilho. Responder Comentário Parabéns! A alternativa B está correta. O correto na alternativa A seria: Se não melhorar o acesso aos estádios, o campeonato terá um público abaixo da média. Na opção C, o correto seria: Se não for resolvido o mau funcionamento do transporte público, os torcedores continuarão protestando. A opção D deve ser corrigida para: O mau comportamento da torcida não deve ser incentivado, senão o espetáculo perde seu brilho. 4. Em qual alternativa o uso da expressão ao encontro de ou de encontro a é utilizada corretamente? a) Aplaudo sua proposta porque ela vem ao encontro de tudo que penso sobre nossa empresa. b) Concordo com sua proposta porque ela vem de encontro ao que penso sobre nossa empresa. c) Aceito sua recomendação sobre a solução do problema apresentado porque ela vai de encontro àquilo que entendemos ser o melhor para a empresa. d) O auditório aplaudiu o palestrante numa clara demonstração de que as ideias expostas vinham de encontro aos anseios dos ouvintes. Responder Você conseguiu desbloquear o terceiro módulo! E, com isso, conquistou: A capacidade de distinguir a grafia e o sentido corretos de palavras ou expressões similares Retornar para o início do módulo 2 Resolver dificuldades de concordância e regência Concordância verbal e nominal Concordância verbal e nominal são regras básicas da língua portuguesa. Na primeira, o sujeito deve concordar com o verbo e, na segunda, deve acontecer uma relação entre os nomes, ou seja, entre classes de palavras, tais como substantivos, adjetivos, pronomes, artigos e numerais. Em geral, há muita dúvida sobre a forma adequada de se fazer a concordância verbal e a nominal. “Nós vai” e “a gente somos”, por exemplo, são casos em que o erro de concordância verbal é fácil de ser identificado. Em outros casos, no entanto, é mais difícil de identificar a forma correta de fazer a concordância verbal e nominal. Vamos fazer um teste? Marque as frases em que a concordância verbal e a nominal não foram aplicadas adequadamente. 1. Há informações que não podemos desprezar. 2. Hoje é vinte de fevereiro. 3. Os arquivos seguem anexo. 4. As passageiras ficaram meia perdidas. 5. 10% reprova o governo. 6. Ficou claro, naquele dia, as intenções do diretor. 7. É proibida a entrada de pessoas estranhas ao setor. 8. É necessário liberdade de expressão. 9. Aluga-se casas. 10. A maior parte dos trabalhadores aceitou a orientação do sindicato. 11. As autoridades afirmaram que mais de um quarteirão está interditado. 12. Os Lusíadas representa a grandeza da literatura portuguesa. Resposta E aí, identificou facilmente as frases em que a concordância verbal e a nominal foram aplicadas adequadamente? No vídeo a seguir, os professores Fábio Simas e Luis Cláudio Dallier respondem às principais dúvidas sobre concordância verbal e nominal. Adicione um comentário Avalie esse vídeo: Enviar Para que não haja dúvida, confira as regras de concordância verbal e nominal a seguir. Regência verbal Regência verbal é a relação entre os verbos e os termos que os complementam ou caracterizam. Você se lembra como devemos fazer essa relação? Vamos fazer um exercício. Agora você vai completar as frases relacionando os verbos com os termos que os complementam. Para isso, complete as frases com as palavras do quadro. emprestado implicou o a ter de na ao ao à o Vou mercado. Obedeça sinalização. Gostávamos de aspirar ar excelente daquelas montanhas. Assistíamos filme comendo pipoca e bebendo guaraná. Pedi o carregador do celular. A demissão dos funcionários dificuldades para a empresa. O diretor reside avenida Independência. Prefiro estudar ter de repetir o módulo. Os Estados Unidos não visaram passaporte do exilado. Resposta Após o exercício, você deve ter percebido que, em alguns casos, é fácil identificar qual o termo adequado para complementar o verbo. No entanto, muitas vezes não sabemos explicar o motivo pelo qual determinado termo deve ser aplicado e outro não. Por isso, a seguir traremos as explicações para essa relação entre verbo e complementos. Verificando o aprendizado Atenção! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que responda corretamente uma das questões a seguir. 5. Qual alternativa oferece um exemplo de concordância verbal e nominal de acordo com a gramática? a) A planilha está meia incorreta porque haviam várias omissões. b) A planilha está meio incorreta porque haviam várias omissões. c) A planilha está meia incorreta porque havia várias omissões. d) A planilha está meio incorreta porque havia várias omissões. Responder Comentário Parabéns! A alternativa D está correta. A palavra “meio” como advérbio é invariável; o verbo “haver” no sentido de existir não sofre flexão de número, ou seja, não vai ao plural; por último, “omissões” deve concordar com “várias”. 6. Marque a alternativa em que a regência verbal é feita corretamente. a) Prefiro ler um livro do que passar toda a tarde diante da TV. b) Prefiro ler um livro do que assistir a programas de gosto duvidoso. c) Prefiro ler um livro a ter de assistir os programas de TV que nada acrescentam. d) Prefiro ler um livro a ter de assistir aos programas de TV que nada acrescentam. Responder Você chegou ao final da experiência! E, com isso, você conquistou: A capacidade de resolver dificuldades de concordância e regência Retornar para o início do módulo 3 Esta breve revisão a partir de algumas das principais dificuldades gramaticais, sejam relacionadas com a ortografia, concordância verbal, concordância nominal ou regência verbal, pode ajudá-lo a continuar desenvolvendo o domínio da língua padrão, também chamada de norma culta. O exercício da escrita e da leitura, tão importante na vida do estudante, ao mesmo tempo em que apresenta novas dúvidas e dificuldades gramaticais nos ajuda, também, a aperfeiçoar o uso da norma culta da língua. Por isso, é muito importante sempre consultar gramáticas e dicionários diante dessas dificuldades. E lembre-se: este tema pode não resolver todas as dúvidas de português que você tem, mas deve ser uma oportunidade e um estímulo para estudar mais nossa língua portuguesa. Podcast Luís Cláudio Dallier, Fábio Simas e Guilherme Cardoso conversam sobre as principais dificuldades gramaticais. 0:00 20:16 Conquistas Habilidade de identificar as principais dificuldades ortográficas da Língua Portuguesa Capacidade de distinguir a grafia e o sentido corretos de palavras ou expressões similares Capacidade de resolver dificuldades de concordância e regência Versão para impressão DOWNLOAD Síntese VISUALIZAR Conteudista Luís Cláudio Dallier Saldanha Currículo Lattes Referências GOLD, M. Redação empresarial: escrevendo com sucesso na era da globalização. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2005. RIBEIRO, M. P. Gramática aplicada da Língua Portuguesa. 22. ed. Rio de Janeiro: Metáfora, 2013. Explore + Quando usar a crase? Consulte a conjugação correta dos verbos em língua portuguesa no site Conjugador. Módulo 1 Módulo 2 Conclusão Conclusão Definição Descrição das características da linguagem no ambiente profissional: concisão, objetividade,clareza, precisão e linguagem formal; exposição de vícios de linguagem: barbarismo, cacofonia, gerundismo, tautologias e pleonasmos, ambiguidades e chavões. PROPÓSITO Apresentar as marcas da linguagem no ambiente profissional e os cuidados necessários para a boa comunicação. Reconhecer os principais vícios no uso da língua e evitá-los. OBJETIVOS Módulo 1 Identificar as características da linguagem na comunicação profissional e oficial Módulo 2 Reconhecer os vícios de linguagem comuns no ambiente profissional Identificar as características da linguagem na comunicação profissional e oficial Introdução Você já teve dificuldades em compreender uma mensagem? No ambiente profissional o uso adequado da língua é fundamental. Por isso, vamos conhecer algumas experiências de falha na comunicação. Adicione um comentário Avalie esse vídeo: Enviar Percebeu como a linguagem adequada é importante no contexto organizacional? O estilo e a linguagem do texto, nesse contexto, devem seguir padrões de modernidade, otimizando o uso do tempo e do espaço na troca de mensagens. Um texto bem escrito, adequado às normas gramaticais e aos padrões da moderna redação empresarial, pode reforçar a credibilidade e a qualidade de uma organização. O texto comercial ou institucional deve ser caracterizado pela sua eficácia. O destinatário desse texto, o cliente ou um parceiro, deve responder à mensagem que recebeu da forma que o emissor espera. Quanto mais próxima da intenção ou do objetivo estiver a resposta, mais eficaz será o texto. Profissionalmente, você se comunica para fazer com que as coisas aconteçam, obter e passar informação, tomar decisões, chegar a consensos e se relacionar com as pessoas. HELLER, 2000 No ambiente profissional, a linguagem deve estar a serviço da comunicação eficiente, a qual consiste em fazer as pessoas entenderem a mensagem e a responderem provocando novas trocas – de preferência na direção tencionada. A comunicação sempre é uma via de duas mãos. Por isso, a seguir, vamos conhecer algumas dicas para uma comunicação eficiente no contexto profissional. Marcas da linguagem na comunicação profissional e oficial Os textos que cumprem a função de promover e facilitar a comunicação no contexto organizacional devem conter qualidades que lhes garantam ter sua mensagem decodificada e apreendida sem grandes esforços ou perda de tempo. De acordo com Gold (2002, p. 6), deve-se evitar a linguagem prolixa e difícil, pois tanto o vocabulário sofisticado quanto as frases longas e rebuscadas não contribuem para um rápido entendimento da mensagem, levando o leitor a um desperdício de tempo, quando não a uma desmotivação progressiva que acarretará, inconscientemente, a rejeição da mensagem. Um texto mal escrito pode até acarretar perda de prestígio para uma instituição. Por isso, os textos devem ser concisos, claros, objetivos e formais. A seguir, vamos conhecer essas marcas da linguagem. Concisão No exemplo anterior, a mesma mensagem foi passada com menos palavras. Chamamos isso de concisão: a capacidade de comunicar o máximo de informação com o mínimo de palavras, evitando-se subterfúgios e clichês que tornam o texto antiquado e rebuscado. Conforme aponta Gold (2002, p. 7), o texto conciso se caracteriza, também, como aquele em que todas as palavras e informações utilizadas têm uma função significativa. As palavras devem estar impregnadas de sentido, dispensando-se os elementos que são desnecessários, e a técnica da redução precisa ser aplicada eficazmente. Por isso, é importante observar que a concisão do texto está relacionada com uma ideia utilitarista da mensagem, mas, ainda assim, não deve significar um empobrecimento. De acordo com Gold (2002, p. 51-52), ela deve ser entendida como uma forma mais enxuta e condensada, na qual se valoriza cada informação. Como criar textos concisos? Procure maximizar a informação com um mínimo de palavras. Em vez de: Esta tem o objetivo de comunicar. Você pode escrever: Comunicamos. Elimine os clichês. Em vez de: Nada mais havendo a declarar, subscrevemo-nos. Você pode escrever: Atenciosamente ou Respeitosamente. Retire as redundâncias e corte ideias ou informações excessivas, identificando tudo que não é necessário para a compreensão da mensagem ou que incorre em repetições desnecessárias. Em vez de: A posição da diretoria da empresa é de que sejam esgotadas todas as possibilidades para se alcançar uma saída negociada. Você pode escrever: A diretoria é a favor de uma saída negociada. Algumas técnicas de redução podem auxiliar no enxugamento do texto. Vamos conhecê-las a seguir. Redução de excesso de quês, o queísmo Substituição da oração adjetiva usando um adjetivo equivalente Substituição da oração adjetiva usando um substantivo e complemento Substituição da oração desenvolvida por substantivo abstrato ou verbo no infinitivo Substituição de forma composta pelo verbo no particípio Transformação de orações da voz passiva para a voz ativa Substituição das locuções adjetivas por um adjetivo Será que em qualquer situação um texto deve ser conciso? No vídeo a seguir, Luís Cláudio Dallier e Roberto Paes explicam quando usar essas técnicas de redução de texto. Adicione um comentário Avalie esse vídeo: Enviar Objetividade Esse é um exemplo de como podemos transmitir uma informação de forma objetiva. Essa marca da linguagem se caracteriza pela centralidade das informações que realmente são importantes, não se acrescentando detalhes ou palavras que distraiam o leitor ou não contribuam para a finalidade da comunicação ou do documento elaborado. Por isso, a objetividade será alcançada quando o leitor for conduzido mais diretamente ao assunto que se quer tratar. Um texto objetivo não apresenta excesso de palavras ou ideias. A seguir, veja algumas dicas para elaborar um texto ou fala objetivos. Identifique o que você quer dizer ao seu leitor. Foque na informação ou ideia central, destacando o mais importante. Identifique outras informações que ajudem na ssimilação da sua mensagem. Acrescente ideias secundárias ou informações que podem ser úteis, mas que não comprometam o resultado esperado. Identifique o que atrapalha na assimilação da ideia central. Aproveite as informações que possam ser interessantes e agregam valor ao seu texto, mas descarte as ideias e detalhes que não atendem ao propósito da mensagem ou do documento. Para lembrar! A objetividade pode contribuir para a concisão do texto, principalmente nas correspondências e documentos. Clareza e precisão Percebeu como a clareza na transmissão das ideias contribui para a correta compreensão de um texto? Esse é um fator primordial em toda comunicação. É preciso ter clareza sobre o que você quer comunicar e transcrever adequadamente essa organização mental, considerando que outra pessoa lerá o que você escrever. Quanto mais clareza no texto, mais chances de um leitor não familiarizado com o tema ser capaz de compreender as ideias presentes sem grandes problemas. Quando escrever um texto ou documento que será lido por pessoas de outras áreas, tenha cuidado com o uso de vocabulário técnico, evitando o excesso desses termos e oferecendo explicações quando julgar adequado. Evite parágrafos muito longos, frases invertidas, ambiguidades e termos que careçam de precisão. O exemplo anterior é um caso de frases invertidas, ou seja, frases que foram colocadas na ordem indireta. Essa forma de escrita pode prejudicar a clareza do texto, pois a ordem indireta leva o leitor a um maior esforço para compreender a mensagem, tentando mentalmente colocar a frase na ordem direta. Quando o texto do nosso exemplo foicolocado na ordem direta, a compreensão da mensagem se tornou mais fácil. Lembre-se de que no português a ordem direta se caracteriza por: Sujeito Verbo Complementos Para complementar a clareza de um texto, precisamos estar atentos, também, à precisão. Ela pode ser caracterizada pelos seguintes elementos: Articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia veiculada no texto Manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico Escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto Acerte o tom! Você sabia? A terceira edição do Manual de Redação da Presidência da República (2018, p. 17) traz algumas recomendações para se obter clareza nas comunicações e textos oficiais. Aperte o play para conhecê-las. Linguagem formal Diferentemente da linguagem coloquial, a linguagem formal possibilita a compreensão dos termos utilizados de modo mais universal. A padronização da linguagem harmoniza-se com o caráter mais impessoal dos documentos e de parte das relações profissionais, favorecendo a imparcialidade e evitando uma linguagem mais emotiva. A linguagem formal está mais adequada às normas gramaticais e pode fortalecer uma imagem de credibilidade e competência. No entanto, há situações e espaços na vida organizacional nos quais a linguagem não precisa de tanta formalidade. Observe algumas sugestões: Evite palavras rebuscadas, difíceis ou complicadas, tornando o texto pedante. Em vez de: Pedir-vos-ei que atenteis para... Você pode escrever: Peço que considere... Evite, principalmente nas comunicações, chavões ou expressões antiquadas. Em vez de: “Debalde”, “outrossim”, “destarte” ... Você pode escrever: “Inutilmente”, “também”, “deste modo”... Tenha cuidado com os pleonasmos. Em vez de: A seu critério pessoal... Você pode escrever: A seu critério... Acerte o tom! Para que você possa utilizar a língua formal de maneira adequada, Roberto Paes preparou algumas recomendações. Aperte o play para ouvi-las. Verificando o Aprendizado Atenção! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que responda corretamente uma das questões a seguir. 1. A comunicação eficiente no ambiente profissional deve ser identificada com: a) Uso de vocabulário sofisticado e linguagem difícil. b) Comunicação de via única, em que o foco está nas informações passadas por quem fala ou escreve. c) Esforço para que as mensagens sejam compreendidas e as respostas se aproximem ao máximo da intenção do emissor. d) Foco na compreensão da informação passada, sem preocupação com a resposta do receptor ao objetivo da mensagem. Responder Comentário Parabéns! A alternativa C está correta. O texto comercial ou institucional deve ser caracterizado pela sua eficácia. O destinatário desse texto, o cliente ou um parceiro, deve responder à mensagem que recebeu da forma que o emissor espera. Quanto mais próxima da intenção ou do objetivo estiver a resposta, mais eficaz será o texto. Como vimos, a comunicação eficiente consiste em fazer as pessoas entenderem sua mensagem e responder de forma a provocar novas trocas – de preferência na direção do que você gostaria. A comunicação sempre é uma via de duas mãos. Profissionalmente, você se comunica para fazer com que as coisas aconteçam, obter e passar informação, tomar decisões, chegar a consensos e se relacionar com as pessoas. 2. Fernando, que é o novo secretário, que vem a ser ex-aluno do diretor, que é muito querido, sabe bem o que nossa instituição precisa para que melhore sua comunicação. Assinale a opção que apresenta uma versão concisa e clara do texto, mantendo seu sentido original. a) Fernando, o novo secretário e também ex-aluno do nosso querido diretor, sabe bem o que nossa instituição precisa para melhorar a comunicação. b) Fernando, que é o novo secretário, que vem a ser ex-aluno do querido diretor, sabe bem o que nossa instituição precisa para sua comunicação. c) Fernando, novo secretário, que é ex-aluno do diretor querido, sabe bem que nossa instituição precisa melhorar sua comunicação. d) Fernando, secretário, ex-aluno do diretor, que é muito querido, sabe bem o que nossa instituição precisa para que melhore sua comunicação. Responder Comentário Parabéns! A alternativa A está correta. A opção A apresenta uma versão do texto sem queísmo (excesso de “quês”), mais concisa e clara. As demais alternativas apresentam ou a permanência do queísmo ou problemas em sua estrutura que alteram o sentido original do texto. VOCÊ CONSEGUIU DESBLOQUEAR O SEGUNDO MÓDULO! E, com isso, você: A habilidade de identificar as características da linguagem na comunicação profissional e oficial Retornar para o início do módulo 1 Reconhecer os vícios de linguagem comuns no ambiente profissional Vícios de linguagem Você sabe o que são os vícios de linguagem? No vídeo a seguir, o professor Luís Cláudio Dallier nos ajuda a entender o que são e quais os impactos dos vícios de linguagem na comunicação. Adicione um comentário Avalie esse vídeo: Enviar Como vimos, os vícios de linguagem, além de prejudicarem uma comunicação eficaz no contexto profissional, podem comprometer a imagem do profissional, lançando dúvidas sobre sua competência. Por isso, a partir de agora, vamos examinar alguns tipos e buscar formas de corrigi-los ou evitá-los. Barbarismo A máquina do assistente está com pobrema. Pode deixar que eu resolvo, já sei qual o problema da máquina. A palavra “pobrema” está incorreta e ilustra bem um vício de linguagem chamado barbarismo, que consiste em escrever ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma gramatical, de forma frequente e habitual. Vejamos alguns exemplos de barbarismo: Pleonasmo ou tautologia O diretor acabou de entrar para dentro da sala. O diretor acabou de entrar na sala. Esse é um exemplo de pleonasmo, ou seja, a repetição de palavras diferentes para expressar uma mesma ideia. Na comunicação objetiva, concisa e clara essas redundâncias devem ser evitadas. Vejamos mais alguns exemplos de pleonasmo: Elo de ligação; Empréstimo temporário; Outra alternativa; Todos foram unânimes; Continua a permanecer; Retornar de novo; Há anos atrás; Detalhes minuciosos; Abertura inaugural; A seu critério pessoal. Acerte o tom! Você sabia? Há situações em que as redundâncias são usadas intencionalmente. Aperte o play para conhecê-las. Cacofonia Eu vi ela caminhando pela rua. Eu também a vi caminhando. Na primeira fala do diálogo anterior, há um exemplo de cacofonia: união de sílabas vizinhas resultando em palavra inconveniente, ridícula ou obscena. O resultado da cacofonia é, portanto, o cacófato: palavra que produz um efeito desagradável. Vejamos mais alguns exemplos: Cacófatos Boca dela Quero a mala Vou-me já Ele falou pela dona Alternativa Sua boca Preciso da mala Vou agora Ele falou em nome da dona Gerundismo Vou estar passando seu caso para o outro setor, mas o senhor tem que estar pegando outra senha para estar sendo atendido. Obrigada por passar o meu caso para o outro setor. Pegarei a senha para ser atendido. No diálogo anterior, há um exemplo de uso inadequado do gerúndio, o qual é uma forma verbal que expressa uma ação em curso, simultânea a outra ou ideia de progressão indefinida. O gerundismo se dá quando o uso do gerúndio não corresponde a uma ação em curso ou processo que se prolonga no tempo. Ele é comumente associado a uma falta de comprometimento na mensagem. Pode ser entendido também como uma tentativa de simular a formalidade. Há situaçõesem que ele estaria relacionado com o artificialismo nas relações socais. Uma hipótese para a origem do gerundismo é a tradução para o português do futuro contínuo, tempo verbal da língua inglesa. Vejamos mais alguns exemplos: Gerundismo Você pode estar respondendo ao questionário? Nossa empresa vai estar informando sobre o contrato. Você vai estar pagando diretamente no banco. Alternativa Você pode responder ao questionário? Nossa empresa informará sobre o contrato. Você pagará diretamente no banco. Acerte o tom! O gerundismo pode indicar uma falta de comprometimento na mensagem. Roberto Paes nos ajuda a entender melhor essa interpretação. Aperte o play a seguir. Ambiguidades O diretor reuniu-se com a secretária em sua sala. O diretor reuniu-se com a secretária na sala dele ou na sala dela? Percebeu como é importante termos cuidado com as ambiguidades? Precisamos estar atentos às palavras e frases que dão margem a interpretações ou entendimentos confusos e duplos. Vejamos mais um exemplo: Se alguém diz: O cachorro do seu pai avançou na minha amiga. Podemos entender que: O cachorro pode ser o animal (cão), ou uma qualidade (vagabundo, assanhado) para pai. Vamos praticar? Reescreva as frases eliminando as ambiguidades. A prefeita conversou com o chefe de gabinete em sua sala. O cliente quer participar da reunião, mas o diretor não quer. Gabarito Comentado Uso de chavões ou vocabulário sofisticado Vimos por meio desta missiva informar... Informamos que... Os chavões são expressões antiquadas, vícios de estilo incorporados à linguagem empresarial. O vocabulário sofisticado se caracteriza pelo uso desnecessário de palavras rebuscadas ou de difícil compreensão, tornando o texto pedante e inadequado. Confira algumas expressões desnecessárias ou ultrapassadas para o estilo moderno de comunicação escrita. Expressões evitáveis: Supracitado Acima citado Encarecemos a V. Sa Somos de opinião que Temos em nosso poder Temos a informar que Substituir por: Citado Citado Solicitamos Acreditamos, consideramos Recebemos Informamos Saiba mais! Vamos praticar? Reescreva o texto a seguir substituindo os chavões ou expressões que devem ser evitadas na comunicação oficial ou empresarial. Vimos por meio desta missiva informar que a matrícula deverá ser efetuada até a data aprazada. Destarte, encarecemos aos pais e responsáveis que evitem prejudicar o início das atividades letivas. Gabarito Comentado Uso inadequado do particípio Eu ainda não tinha chego quando aconteceu o problema. Eu ainda não havia chegado quando aconteceu o problema. Na primeira fala, temos um equívoco com a forma verbal “chego”, pois ela deveria estar na forma regular do particípio “chegado”. O particípio é uma forma nominal do verbo, assim como o infinitivo. Geralmente, a dificuldade no emprego do particípio se deve ao fato de vários verbos apresentarem duas formas: uma regular e outra irregular. Veja o exemplo das duas formas possíveis do particípio do verbo entregar: Particípio irregular O documento foi entregue. Particípio regular Ele deve ter entregado o documento. Usa-se a terminação –ado ou –ido para a forma regular com os verbos auxiliares ter e haver. Veja o esquema: Ter / Haver Entregado Enxugado Ganhado Libertado Limpado Pagado Salvado Prendido O particípio irregular, antecedido pelos verbos auxiliares ser, estar e ficar, tem uma terminação distinta. Ser / Estar / Ficar Aceito / Aceite Entregue Enxuto Ganho Liberto Limpo Pago Salvo Preso Suspenso Confira alguns exemplos: Fiquei feliz porque o jogo foi ganho pelo meu time. Fiquei feliz depois de meu time ter ganhado o jogo. O público reclamou depois de o evento ser suspenso. O público reclamou depois de os organizadores terem suspendido o evento. Há particípios que possuem apenas uma forma, como no caso do verbo chegar, que somente admite o particípio “chegado”; e do verbo trazer, que aceita apenas o particípio “trazido”. O gerente havia chegado atrasado à reunião. A professora havia trazido as provas corrigidas. Verificando o Aprendizado Atenção! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que responda corretamente uma das questões a seguir. 3. Assinale a alternativa que contém um vício de linguagem que prejudica a concisão do texto: a) Cacofonia b) Barbarismo c) Tautologia d) Ambiguidade Responder Comentário Parabéns! A alternativa C está correta. A tautologia e o pleonasmo consistem numa repetição desnecessária. No caso da tautologia, a mesma ideia ou informação é repetida com outras palavras. Os demais vícios de linguagem comprometem a clareza, a precisão, a objetividade e a correção gramatical do texto ou da mensagem. 4. Na linguagem organizacional, deve haver um esforço para garantir a concisão, a clareza e a objetividade. Os clichês, jargões e outros vícios de linguagem vão contra essas características desejáveis. Nas alternativas a seguir, assinale aquela em que os vícios de linguagem e clichês são evitados no texto. a) Vimos por meio desta acusar o recebimento de sua carta referente à cessão de nosso Salão Nobre. b) Venho por meio desta informar que a reunião de professores que foi marcada para que se discutam as normas que foram aprovadas está confirmada para amanhã. c) Nada mais havendo a tratar neste ofício, ficamos no aguardo e nos despedimos com renovados votos de estima e apreço. d) Comunicamos o cancelamento das aulas de reposição marcadas para a próxima semana. Responder Comentário Parabéns! A alternativa D está correta. A alternativa A apresenta o clichê e jargão “Vimos por meio desta acusar o recebimento”.A alternativa B, além de conter o jargão “Venho por meio desta”, apresenta queísmo (excesso de quês). A alternativa C apresenta inadequação na forma de finalizar uma correspondência ou ofício, que deveria usar como fecho apenas “Atenciosamente” ou “Respeitosamente”. VOCÊ CHEGOU AO FINAL DA EXPERIÊNCIA! E, com isso, conquistou: A capacidade de reconhecer os vícios de linguagem comuns no ambiente profissional. Os vícios de linguagem apresentados aqui devem servir de alerta para você evitar tudo que compromete a comunicação eficiente. Se quisermos priorizar mensagens objetivas e concisas no ambiente profissional, teremos que elaborar nosso texto livre de vícios de linguagem como queísmo, gerundismo, pleonasmo, tautologia e jargões ou clichês. Se nosso objetivo é tornar o texto claro, teremos cuidado para evitar vícios, como ambiguidade, uso de ordem invertida, barbarismo e cacofonia. Tenha sempre em mente as características desejáveis da linguagem no ambiente profissional e os vícios de linguagem que deverão ser evitados.
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