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Procedimentos de auditoria e papeis de trabalho

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CARINA DOS SANTOS DUARTE
CLAUDIA PEREIRA
GLAUBER RANIERE SOUZA GAMA 
RAFAEL DIAS DOS SANTOS
SENHOR DO BONFIM
2019
CARINA DOS SANTOS DUARTE
CLAUDIA PEREIRA
GLAUBER RANIERE SOUZA GAMA 
RAFAEL DIAS DOS SANTOS
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA E PAPÉIS DE TRABALHO
Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade do Estado da Bahia
Orientado: Francisco Marton.
SENHOR DO BONFIM
2019
INTRODUÇÃO
Ao longo do trabalho, o auditor vai identificar uma série de evidências para poder fazer com que ele chegue à determinada conclusão a respeito das demonstrações contábeis. Pois bem, as ferramentas que ele vai utilizar para poder chegar a essas evidências são uma série de mecanismos que são denominados na contabilidade como procedimentos de auditoria.
 Esses mecanismos por sua vez, devem estar de acordo com os Princípios Fundamentais da Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, além disso, se for o caso, com a legislação específica em que a entidade se achar enquadrada. 
Em síntese, os procedimentos de auditoria são todas as formas utilizadas para reunir informações necessárias, afim de que se possa emitir um parecer imparcial.
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIAS
Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade-NBC T 11, de 17/12/1997, exarada pelo Conselho Federal de Contabilidade, em seu item 11.1.2.1, consta que:
“Os procedimentos de auditoria são o conjunto o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstração contábeis auditadas e abrangem testes de observância e testes substantivos” 
Assim os procedimentos de auditoria dividem-se em testes de observância e testes substantivos. Cada um destes testes tem características próprias e destinam-se á finalidades específicas.
PROCEDIMENTO DE OBSERVÂNCIA
O procedimento de observância ou de controle é descrito pela norma NBC TA 330 R1 como “procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações”. Assim, o teste de observância consiste em avaliar a qualidade dos controles internos da entidade auditada, se eles estão de acordo com os processos requeridos pela administração e se são seguros e confiáveis o bastante:
“Conjunto de procedimentos de auditoria destinados a confirmar se as funções críticas de controle interno, das quais o auditor dependerá nas fases subsequentes da auditoria, estão sendo efetivamente executadas” SANTI, (1998). 
“Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento” (NBCT 11, 11.1.2.2).
Ainda segundo a norma NBC TA 330 R1, ao planejar e executar os testes de controle, o auditor deve:
a) Executar outros procedimentos de auditoria juntamente com indagação para obter evidência de auditoria sobre a efetividade operacional dos controles, incluindo:
(i) o modo como os controles foram aplicados ao longo do período.
(ii) a consistência como eles foram aplicados;
(iii) por quem ou por quais meios eles foram aplicados
b) Determinar se os controles a serem testados dependem de outros controles (controles indiretos) e, caso afirmativo, se é necessário obter evidência de auditoria que suporte a operação efetiva desses controles indiretos
Esses testes não são, entretanto, realizados em todas as áreas da entidade. São realizados apenas nas mais críticas, que necessitam de maior controle, as quais estão mais expostas a fraudes ou manipulações por parte da administração da empresa ou qualquer outro funcionário. 
Feita a análise do sistema de controle interno, o auditor pode concluir a respeito do seu nível de confiança. A constatação ou não, da efetiva adequação dos controles internos, proporciona ao auditor a determinação da extensão a ser estabelecida para a aplicação dos testes substantivos. 
PRODECIMENTOS SUBSTANTIVOS
O procedimento substantivo é descrito pela norma NBC TA 330 R1 como sendo “um procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações”. É um procedimento de auditoria que avalia a veracidade ou não das transações contábeis registradas
A Norma Brasileira de Contabilidade-NBC T 11, de 17 de dezembro de 1997, do Conselho Federal de Contabilidade, em seu item 11.1.2.3, explica que “os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade”.
De conformidade com a norma NBC TA 520, quando planejar e executar procedimentos analíticos substantivos, isoladamente ou em combinação com testes de detalhes, tais como procedimentos substantivos de acordo com a NBC TA 330, item 18, o auditor deve:
a) determinar a adequação de procedimentos analíticos substantivos específicos para determinadas afirmações, levando em consideração os riscos avaliados de distorção relevante e testes de detalhes, se houver, para essas afirmações;
b) avaliar a confiabilidade dos dados em que se baseia a expectativa do auditor em relação a valores registrados ou índices, levando em consideração a fonte, comparabilidade, natureza e relevância das informações disponíveis, e os controles sobre a elaboração dos dados;
c) desenvolver uma expectativa de valores registrados ou índices, e avaliar se a expectativa é suficientemente precisa para identificar uma distorção que, individualmente ou em conjunto com outras distorções, pode fazer com que as demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes; e
d) determinar o valor de qualquer diferença entre valores registrados e valores esperados que seja aceitável sem exame adicional conforme requerido pelo item 7.
Destarte, os testes substantivos são destinados a fornecer evidência quanto aos saldos e valores apontados nas demonstrações contábeis, a fim de identificar ou não a ocorrência de erros ou fraudes.
Os testes de observância relacionam-se inversamente aos testes substantivos. Quanto maior for a confiança no sistema de controle interno, menor será a extensão a ser estabelecida para a aplicação de teste substantivos. Quanto menor for a confiança no sistema de controle interno, maior será a extensão a ser estabelecida para a aplicação de teste substantivos.
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE AUDITORIA
Exame Físico: É a verificação in loco. Proporciona ao auditor a formação de opinião quanto a existência física do objeto ou item examinado. Esse procedimento e utilizado para contas do ativo e consiste em identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações contábeis. 
Esse tipo de verificação precisa ter as seguintes características.
· Identificação por meio do exame visual do item específico a ser examinado;
· Existência física-comprovação por meio da constatação visual, de que o objeto ou item examinado existe realmente;
· Autenticidade-poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno;
· Quantidade-apuração das quantidades reais existentes fisicamente;
· Qualidade-exame visual de que o objeto examinado permanece em uso, não está deteriorado e merece fé. 
Dessa forma, o exame físico compreende contagem, identificação, verificação de pleno uso e qualidade do bem. A existência física serve para determinar que os registros contábeis estejam corretos e seus valores adequados, em função da qualidade do item examinado. 
Ativos que normalmente são submetidos à contagem física pelo auditor:
· Dinheiro em caixa;
· Estoques;
· Títulos;
· Ações;
· Bens do ativo imobilizado.
Circularização: Implica a obtenção de declaração formal e imparcial de pessoas independentes à empresa e que estejam habilitadas para confirmar. Consiste na obtenção, pelo auditor, de uma declaração escrita, junto a fontes externas capacitadas para tanto. Consiste na corroboração por escrito de terceiros, em relação a determinadas informaçõesimportantes. É utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de correspondência (carta), bens de propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações. 
A evidência corroborativa obtida de fontes independentes externas à empresa proporciona maior segurança, para fins de uma auditoria independente do que aquela obtida exclusivamente dentro da empresa. O pedido de informações a fonte externa deve ser preparado por um funcionário da empresa, sob a atenta supervisão do auditor. Ao receber as repostas, o auditor concilia as informações assim obtidas com os registros contábeis do cliente, analisando minuciosamente qualquer discrepância.
A falta de respostas pode ensejar a repetição do pedido. Persistindo o fato, o auditor após autorização do cliente, pode dirigir-se pessoalmente à fonte externa, afim de obter a confirmação desejada.
Exames de Documentos Originais: Trata-se de procedimento voltado para a comprovação das transações, que por exigências legais, comerciais ou de controle são evidenciadas por documentos comprobatórios destas transações.
A documentação hábil ou suporte acompanha e atesta a idoneidade da realização das transações comerciais, sendo à base de inúmeras ocorrências contábeis, fiscais e legais.
Os documentos representam os comprovantes hábeis que suportam os lançamentos contábeis nas contas de ativo, passivo, receita e despesa. O auditor examina esses documentos com o objetivo de constatar a veracidade dos valores registrados.
Tipos de documentos:
Documentos internos: São aqueles produzidos pela própria empresa:
· Relatórios de despesas;
· Boletim de caixa;
· Mapas demonstrativos;
· Requisição de compras;
· Mapa de licitação de compras
· Registro de empregados;
· Folha de pagamento.
Documentos externos: São fornecidos por terceiros à empresa, normalmente comprovando algum tipo de transação:
· Notas fiscais, faturas e duplicatas de fornecedores;
· Apólice de seguro;
· Contratos;
· Escrituras de imóveis;
· Certificados de propriedade de veículos.
O exame realizado pelo auditor sobre tais documentos deve atender as seguintes condições:
· Autenticidade-verificar se a documentação examinada é fidedigna e merece fé;
· Normalidade-verificar se a transação é adequada em função da atividade da empresa;
· Aprovação-verificar se a transação e documentação suporte foram aprovadas por pessoa autorizada;
· Registro-comprovar que o registro das operações foi adequado, a documentação é hábil e houve correspondência contábil, fiscal etc.
Conferência dos Cálculos: Constata a adequação das operações aritméticas e é a única forma de verificar as várias operações que envolvem somas e cálculos.
Exame da Escrituração: Essa técnica da auditoria e utilizada para examinar a veracidade das informações. Este é o procedimento de auditoria usado para o levantamento de análise, composições de saldo, conciliações etc.
Inquérito: É formular perguntas para obter respostas satisfatórias. É um dos procedimentos de auditoria mais valiosos, desde de que seja corretamente aplicado, uma vez que a formulação de perguntas tolas não levarão a lugar algum.
O inquérito como procedimento de auditoria pode ser utilizado através de declaração formal, conversações ocasionais e sem compromisso. Quando da aplicação do inquérito, o auditor deve ter em mente que as respostas obtidas deverão ser examinadas para comprovação das informações recebidas.
O inquérito é provavelmente o método de coleta de informações de que o auditor mais se utiliza, tanto para a obtenção do conhecimento a respeito do controle interno, quanto para a obtenção de dados de identificação de várias tarefas executadas ou explicações necessárias às matérias em exame pelo auditor.
Exames de Registros Auxiliares: Estabelece o suporte de autenticidade dos principais registros examinados. Assim o uso desta técnica deve ser sempre conjugado com o uso de outras que possam comprovar a fidedignidade do registro principal. Ao examinar os registros auxiliares, o auditor deve estar atento à autenticidade e às possibilidades de serem adulterados.
Correlação das Informações Examinadas: Trata-se da harmonia interna ou da uniformidade das contas que se relacionam. Durante os trabalhos realizados pelo auditor, certamente executará serviços que terão relações com outras áreas do balanço ou do resultado do exercício. À medida que for observado o relacionamento entre estas, o auditor estará efetuando a correlação das informações obtidas.
Observação: É o poder de constatação visual do auditor, que pode revelar erros, problemas ou deficiências. Tudo vai depender da sutileza de argumentação dos conhecimentos e experiência do auditor.
PAPÉIS DE TRABALHO
Objetivos
Uma das normas de auditoria geralmente aceitas estabelece que o auditor deve colher elementos comprobatórios suficientes a fim de apoiar seu parecer sobre as demonstrações financeiras ( balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração das mutações do patrimônio liquido ou demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração dos fluxos de caixa, demonstração do valor adicionado e notas explicativas) examinadas. Com a finalidade de atender a essa norma, os auditores elaboram papéis de trabalho, que representam o registro de todas as evidências (por meio da observação, inspeção, indagação, investigação etc.) obtidas ao longo da execução do serviço de auditoria. Cabe informar que os papéis de trabalho podem ser elaborados manualmente ou via computador
Os principais objetivos dos papéis de trabalho de auditoria são os seguintes
- Atender às normas de auditoria geralmente aceitas; 
- Acumular as provas necessárias para suportar o parecer do auditor;
- Facilitar a revisão por parte do auditor responsável, para que ele se assegure de que o serviço foi efetuado de forma correta;
- Servir como base para avaliação dos auditores; 
- Ajudar no trabalho da próxima auditoria (um conjunto de papéis de trabalho bem preparados serve de guia na auditoria do outro exercício social, concorrendo para que ela seja conduzida e forma mais eficiente);
- Representar na Justiça ( no caso de ser movido uma ação contra o auditor ou a firma de auditoria) as evidências do trabalho executado.
Tipos de papéis de trabalho
Programa de auditoria
Normalmente, as firmas de auditoria preparam programas-padrões, a serem preenchidos pelos auditores, para todas as áreas das demonstrações financeiras e também para outros assuntos relacionados com o exame auditora ( planejamento, supervisão, riscos em auditoria, avaliação do controle interno etc.). 
O programa de auditoria é dividido em três partes :
- Listagem dos procedimentos de auditoria;
- Espaço para o auditor assinar ou rubricar, a fim de evidenciar que o serviço foi feito e quem o fez;
- Espaço pata comentários, observações, referências etc.
Os principais objetivos dos programas de auditoria são:
- Estabelecer por escrito a politica da firma de auditoria; 
- Padronizar os procedimentos de auditoria dos profissionais de uma mesma organização;
- Evitar que sejam omitidos procedimentos importantes de auditoria;
- Melhorar a qualidade dos serviços de auditoria.
Papéis elaborados pelo auditor
Representam os papéis de trabalho que o auditor prepara à medida que vai analisando as diversas contas do razão geral da contabilidade, com objetivo de ter um registro de serviço executado. Os auditores utilizam folhas quadriculadas de 6, 12 e 16 colunas no caso de papéis de trabalhos preparados manualmente. Também são utilizadas folhas de blocos para redigir explicações mais longas ou memorandos.
Outros papéis de trabalho
- Cartas de confirmação de terceiros:
· Contas correntes bancárias;
· Aplicações financeiras;
· Conta a receber
· Estoques, investimentos e imobilizados em poder de terceiros;
· Seguros;
· Fornecedores a pagar;
· Empréstimos a pagar;
· Advogados
- Copias de documentos importantes:
· Estatuto social;
· Contratos;
· Manuais de procedimentos internos;
· Atas de reuniões de acionistas, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal;
· Carta derepresentação da administração.
Natureza dos papéis de trabalho
Os papéis de trabalho podem ser de natureza corrente ou permanente. Os correntes são utilizados em apenas um exercício social, já os permanentes são utilizados em mais de um exercício social.
São exemplos de papéis de trabalhos correntes:
- Caixa e bancos;
- Contas a receber;
- Estoques;
- Aplicações financeiras;
- Investimentos;
- Imobilizado; 
- Intangível;
- Contas a pagar;
- Imposto de renda;
- Provisões;
- Patrimônio liquido;
- Receitas e despesas;
- Revisão analítica;
- Demonstrações financeiras;
- Questionário de controle interno.
São exemplos de papéis de trabalhos permanente:
- Estatuto social ou contrato social;
- Cópias de contratos bancários de financiamentos a longo prazo;
- Cópias de contratos de assistência técnica;
- Cartões de assinaturas e rubricas das pessoas responsáveis pela aprovação das transações;
- Manuais de procedimentos internos;
- Cópias de atas de reuniões (as decisões tomadas devem abranger mais de um exercício social );
- Legislações específicas aplicáveis à empresa auditada.
Técnicas de elaboração de papéis de trabalho
- Os papéis de trabalho manuais devem, sempre que possível, ser escriturados a lápis (preto), a fim de facilitar possíveis alterações durante a execução do serviço, principalmente em função de revisões feitas por auditores mais experientes. Atualmente, a maioria dos auditores já elabora seus papéis de trabalho no computador;
- Na parte superior do papel de trabalho devem ser colocados o nome da empresa auditada, a data-base do exame e o título (caixa, bancos, teste de amortização, teste das depreciações etc.);
- Não deve ser utilizado o verso da folha do papel de trabalho;
- Os números e as informações devem ser colocados na parte superior do papel de trabalho (logo após o título) e as explicações sobre o trabalho executado na parte inferior;
- Os tiques ou símbolos são apostos ao lado do número auditado e explicados na parte inferior do papel de trabalho, evidenciando dessa forma o serviço executado;
- O auditor deve evitar a utilização excessiva de tiques em uma mesma folha (o ideal é até 8 símbolos), devido ao fato de que dificulta consultas e revisões dos papéis de trabalho. Caso seja necessário, o auditor poderá usar letras ou números dentro de círculos, em vez de símbolos;
- Os tiques ou as letras ou números dentro de círculos devem ser escriturados com lápis de cor (normalmente vermelho), a fim de identificar claramente o trabalho executado e também para facilitar a revisão dos papéis de trabalho;
- O auditor também pode o utilizar o sistema de notas para dar explicações necessárias nos papéis de trabalho;
- somente devem ser elaborados os papéis de trabalho que têm um fim útil;
- As informações nos papéis de trabalho devem limitar-se aos dados necessários;
- Os comentários devem ser sucintos e com redação clara e compreensível;
- A forma de apresentação e o conteúdo dos papéis de trabalho devem ser de modo a permitir que uma pessoa que não participou do serviço de auditoria possa compreendê-los de imediato;
- Os papéis de trabalho devem indicar as conclusões alcançadas.
Codificação e arquivamento dos papéis de trabalho
Os papéis de trabalho devem ser codificados de forma a possibilitar que as informações sejam facilmente encontradas. A codificação pode ser feita por sistema numérico ou alfabético, ou a combinação dos dois. O código deve ser feito com lápis cor (normalmente azul) e aposto na parte direita superior do papel de trabalho. 
Exemplos utilizando o sistema numérico:
1. Demonstrações financeiras.
2. Caixa e bancos.
3. Contas a receber.
4. Estoques.
5. Aplicações financeiras.
6. Despesas antecipadas.
7. Investimentos.
8. Imobilizado.
9. Intangível.
10. Contas a pagar.
11. Empréstimos.
12. Imposto de renda.
13. Provisões.
14. Patrimônio liquido.
15. Receitas e despesas.
16. Revisão analítica.
17.Planejamento.
18. Lançamentos de ajustes, reclassificações e eliminações.
19. Pontos para a inclusão do relatório-comentário.
20. Programa de revisão e supervisão.
21. Eventos subsequentes.
22. Carta de representação da administração.
23. Carta dos advogados.
24. Atas de reuniões de acionistas, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal.
25. Levantamento e avaliação do controle interno.
26. Controle de horas.
- Todos papéis de trabalhos devem ser codificados;
- Os números das demonstrações financeiras devem ser referenciados ou cruzados para as análises gerais, e dessas para as análises especificas;
- O sistemas de codificação e cruzamento deve permitir também que se saia da análise específica até chegar aos números das demonstrações financeiras.
Os papéis de trabalho são arquivados em pastas próprias, ou seja, uma para os papéis correntes e outra para os papéis permanentes. Evidentemente, se o volume de papéis de trabalho for muito grande poderá ser aberta a mais de uma pasta corrente ou permanente. Essa segregação prende-se ao fato de que os papéis permanentes serão utilizados durante vários exercícios sociais, enquanto os correntes são apenas usados no ano-base em que foi realizada a auditoria e pra consultas no exercício social seguinte. Na frente da pasta, são apostos o nome da empresa, a data-base do exame e o índices dos papéis de trabalho.
Revisão dos papéis de trabalho
O objetivo principal da revisão dos papéis de trabalho é garantir que o serviço foi executado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas. 
Importa ressaltar que a revisão dos papéis de trabalho é um excelente instrumento para o treinamento e a avaliação de auditores.
A seguir, relataremos alguns pontos a serem observados na revisão dos papéis de trabalho:
- Se todos os programas de auditoria foram completados e assinados:
- Se as falhas de controle interno foram consideradas no escopo do exame;
- Se as análises específicas foram adequadamente preparadas, ou seja, se definem, com clareza, natureza, extensão e datas dos procedimentos de auditoria, e identificam o nome da empresa auditada, a data-base do balanço e quem fez o papel de trabalho;
- Se todos os papéis de trabalho foram codificados existe perfeita relação entre eles e as demonstrações financeiras;
- Se os devidos princípios fundamentais de contabilidade geralmente aceitos ou inconsistências na aplicação desses princípios foram considerados no parecer do auditor.
Controle físico dos papéis de trabalho
Os papéis de trabalho são de propriedade dos auditores e representam o registro do trabalho executado e a base para emissão do parecer; por tanto, eles devem ser adequadamente controlados no sentido de evitar que terceiro não autorizados tenham acesso aos papéis de trabalho. Esse fato exige que os papéis de trabalho, durante sua permanência no escritório do cliente sejam guardados em malas com fechaduras, por ocasião do almoço e à noite. Na empresa de auditoria os papéis de trabalho devem ser arquivados em local fechado, com controle de entrada e saída e protegidos contra incêndio. Esses procedimentos de controle são para evitar possíveis modificações no conteúdo dos papéis de trabalho, resguardar as técnicas específicas desenvolvidas pela empresa e impedir a divulgação de assuntos confidenciais da empresa auditada.
Cabe informar que, de acordo com as regras da CVM do CFC, os papéis de trabalho devem ser conservados em boa guarda pelo prazo de 5 anos, contando a partir da data de publicação da ata que aprovou as demonstrações financeira da companhia auditada.
Referências 
Almeida.M.C. Auditoria .8.ed São Paulo: Atlas,2012.
Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TA 330 (R1), de 19 de agosto de 2016.
 Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TA 520, 04 de dezembro de 2009

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