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SLIDE - DIreito das Obrigações - 2020 2-UNIDADE 01

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Curso Superior de Bacharelado em Direito
Direito das Obrigações – 2020-2
Prof. Marco Antonio Grillo dos Santos Lima
Unidade 01
Código Civil 
P A R T E E S P E C I A L
LIVRO I
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Artigos 233 ao 420.
1 - Teoria das Obrigações
1.1 - Conceito de obrigação e seus elementos constitutivos:
subjetivo, objetivo e espiritual da obrigação;
1.2 - Principais diferenças: direitos obrigacionais e Direitos
reais. Situações híbridas. Obrigação, dever, sujeição e ônus;
1.3 - Distinção entre obrigação e responsabilidade
1- Teoria das Obrigações
A noção de obrigação surgiu com o caráter coletivo, quando todo grupo empreendeu
negociações e estabeleceu o comércio. O desenvolvimento de tal prática passou da
obrigação coletiva para a individual, mas sempre tendo um caráter punitivo na hipótese de
descumprimento do avençado.
No Direito Romano, em razão da vinculação das pessoas, o devedor respondia com o
próprio corpo pelo cumprimento da obrigação. Com o surgimento da Lex Poetelia Papiria,
de 428 a.C., foi abolida a execução sobre a pessoa do devedor, deslocando-a para os seus
bens.
Idade Média: imperava o Direito Canônico e a obrigação tinha a mesma estrutura que no
direito romano. Sacramentalização da obrigação. Pacta sunt servanta. Nessa evolução, o
Direito Obrigacional passou por diversas transformações, acompanhando a expansão da
economia, o desenvolvimento do comércio, a Revolução Industrial, a mais recente evolução
tecnológica a aplicação de direitos fundamentais as relações cíveis.
Teoria das Obrigações
► Relação jurídica é, basicamente: “relação da vida social, reconhecida pelo
Direito”.
►Dois pólos, dois sujeitos: — um sujeito passivo, que é a pessoa que está adstrita
a realizar determinada atividade (dar, fazer ou não-fazer algo); e — um sujeito
ativo, que é a pessoa que tem a prerrogativa de exigir a realização da atividade e
que pode, face à recusa, contar com a intervenção do Estado em seu favor.
► A pessoa que está adstrita tem um dever jurídico; aquela que tem a prerrogativa
tem um direito.
►A obrigação é uma relação jurídica, distinguindo-se das demais relações jurídicas
por ter caráter patrimonial.
É o ramo do direito que regula o complexo das relações de direito patrimonial e que
têm por objetivo fatos ou prestações de uma pessoa em relação à outra (credor e
devedor).
Conceito de Obrigações
É o ramo do direito que regula o complexo das relações de direito patrimonial e que têm
por objetivo fatos ou prestações de uma pessoa em relação à outra (credor e devedor).
Para Orlando Gomes, “é um vínculo jurídico entre duas partes, em virtude do qual uma
delas fica adstrita a satisfazer uma prestação patrimonial de interesse da outra, que pode
exigi-la se não for cumprida espontaneamente, mediante agressão ao patrimônio do
devedor”.
Clóvis Bevilaqua, ressalta o caráter de temporariedade.
Observação: por quê usa-se o termo vínculo jurídico? A relação jurídica por virtude da
qual uma (ou mais) pessoa pode exigir de outra (ou outras) a realização de uma
prestação, pela qual uma pessoa (devedor) está adstrita a uma determinada prestação
para com outra (credor), que tem direito de a exigir, obrigando a primeira a satisfazê-la.
Elementos constitutivos das obrigações
1- As Partes
Elemento subjetivo da obrigação.
Sujeito ativo – credor ou accipiens – pode exigir o cumprimento da obrigação ou a execução –
art. 331 CC.
Sujeito passivo – devedor ou solvens – tem um dever perante o credor.
1.1- Características do elemento subjetivo:
Duplicidade ou dualidade.
Transmissibilidade ou Mudança subjetiva (ou seja, os sujeitos originais da obrigação podem
mudar).
Determinabilidade (partes determinadas ou determináveis).
Sinalagma: direitos e deveres para ambas as partes – equilíbrio.
Exceções: I - Obrigações personalíssimas; II- O sujeito (ativo ou passivo) pode ser
indeterminado quando da constituição da obrigação ou no momento do pagamento – art. 335
CC; III - Auxiliares: não tem a condição de sujeitos, mas cooperam ajudando-os. São eles: os
representantes; os mensageiros; os auxiliares executivos.
Elemento constitutivo das obrigações 
2- Objeto
Imediato ou direto – a prestação;
Mediato ou remoto – é o bem material que se insere dentro da prestação; 
2.1 - Características do elemento objetivo (prestação): 
2.2.1 - Licitude (104 e 166, II, CC).
2.2.2 - Possibilidade física ou material (166, II, CC).
2.2.3 - Possibilidade jurídica (CC, art. 426).
2.2.4 - Determinado ou Determinável.
2.2.5- Patrimonialidade: a obrigação tem que ter valor econômico.
Elemento constitutivo da obrigação
Vínculo jurídico: consiste no dever do sujeito passivo de satisfazer a prestação e o
correlato direito do credor de exigir judicialmente o seu cumprimento, investindo
contra o patrimônio do devedor, visto que o mesmo fato gerador do débito produz a
responsabilidade.
TEORIAS
1- Teoria monista – o vínculo era um elo simples, que exigia o cumprimento e o
outro devia pagamento.
2- Teoria dualista da obrigação – o vínculo se subdivide em dois elementos (em
duas fases). Elementos que compõem seu conceito:
2.1. Dívida (debitum - shuld)
2.2. Responsabilidade (obligatio – haftung)
“Schuld” e “Haftung”: em alemão, “Schuld” pode significar culpa ou débito.
“Haftung”, por sua vez traduzem responsabilidade.
Elemento constitutivo da obrigação
O devedor responderá, havendo a responsabilidade, com todo o seu patrimônio
para o cumprimento da obrigação, ressalvadas as restrições legais dos bens de
família, bens absolutamente impenhoráveis e inalienáveis etc.
A execução não recai sobre a pessoa e sim sobre o patrimônio do próprio devedor,
há que se dizer que ela é real. Somente existe execução pessoal no caso de
recusa de alimentos e no direito penal.
Responsabilidade patrimonial: Código Civil artigo 391. Pelo inadimplemento das
obrigações respondem todos os bens do devedor.
Código de Processo Civil artigo 789. O devedor responde com todos os seus
bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as
restrições estabelecidas em lei.
O Supremo Tribunal Federal – STF editou, em 16 de dezembro de 2009, a Súmula
Vinculante nº 25, que traduz: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel,
qualquer que seja a modalidade do depósito”.
PROCESSO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. RELAÇÃO DE TRABALHO.
COMPETÊNCIA. Ação de obrigação de fazer proposta contra a empregadora
para autorizar e custear o tratamento médico no Autor. A causa de pedir decorre do
prévio vínculo jurídico existente entre as partes e de direito assegurado em
acordo coletivo de trabalho. Compete à Justiça Trabalhista processar e julgar as
ações oriundas das relações de trabalho e as controvérsias decorrentes da relação
de trabalho, conforme artigo 114, I e IX, da Constituição Federal. Orientação da
jurisprudência do E. Superior tribunal de Justiça. Afirmada a incompetência
absoluta da Justiça Estadual com a remessa do feito para a Justiça do Trabalho,
cassada a sentença. Rec Des(a). HENRIQUE CARLOS DE ANDRADE FIGUEIRA -
Julgamento: 29/04/2020 - QUINTA CÂMARA CÍVELurso provido. 0016473-
92.2019.8.19.0001 - APELAÇÃO
http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=2020.001.08059
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA NEGATIVA C/C INDENIZATÓRIA.
TUTELA DE URGÊNCIA. DEFERIMENTO. CANCELAMENTO/ABSTENÇÃO DE
NEGATIVAÇÃO CADASTRAL. PRESENÇA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES PARA A
CONCESSÃO DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. MANUTENÇÃO DA R.
DECISÃO. 1. Deferimento da tutela de urgência requerida para determinar o
cancelamento/abstenção de restrição cadastral dos dados do autor. 2. Probabilidade
do direito alegado, ante a impossibilidade da existência de obrigação de pagar
sem vínculo jurídico preexistente. 3. Inércia do réu em trazer aos autos prova do indigitado
contrato de mútuo, mesmo após ser instado pelo juízo a quo. 4. Perigo de dano
consubstanciado na restrição cadastral que inibe a liberdade do consumidor em contratar.5.
Preenchimento dos requisitos para a concessão da tutela de urgência, previstos no artigo 300
do CPC. 6. Manutenção da R. Decisão. 7. Negativa de provimento ao recurso 0078715-
90.2019.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO Des(a). GILBERTO CLÓVIS FARIAS
MATOS - Julgamento: 28/04/2020 - DÉCIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL
http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=2019.002.102288
APELAÇÃO CÍVEL. DECISUM OBJURGADO MERECE SER MANTIDO POR SEUS
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. A DISCUSSÃO SE CINGE À OBRIGAÇÃO DA RÉ,
SEGURADORA, DE SUPORTAR OS GASTOS COM O REPARO DO VEÍCULO DA
AUTORA, ASSIM COMO DE INDENIZA-LA POR DANOS MORAIS SUPORTADOS EM
RAZÃO DE ABALROAMENTO POR VEÍCULO DE PROPRIEDADE DE SUA SEGURADA.
EVIDENCIA-SE NOS AUTOS QUE NÃO HÁ QUALQUER RELAÇÃO
DE DIREITO MATERIAL ENTRE AS PARTES, TANTO QUE A AUTORA,
RECONHECENDO O INSUCESSO DESTA EMPREITADA, INFORMOU TER AJUIZADO A
AÇÃO EM FACE DO CONDUTOR DO VEÍCULO. VERBETE Nº 529 DA SÚMULA DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. NO CASO DOS AUTOS A AUTORA VOLTOU-SE
ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE CONTRA A SEGURADORA, SEM COM ELA MANTER
QUALQUER VÍNCULO JURÍDICO, DE MODO QUE EVIDENTE A ILEGITIMIDADE
PASSIVA, NÃO HAVENDO QUE SE FALAR EM REUNIÃO COM OUTRO FEITO
AJUIZADO POSTERIORMENTE E EM CURSO PERANTE OUTRO JUÍZO. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 0027703-35.2010.8.19.0038 - APELAÇÃO Des(a).
CARLOS AZEREDO DE ARAÚJO - Julgamento: 30/06/2020 - NONA CÂMARA CÍVEL
http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=2020.001.07991
DIREITO DO CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSCRIÇÃO DO NOME DO CONSUMIDOR
EM BANCO DE DADOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. PRETENSÃO CONDENATÓRIA EM OBRIGAÇÃO
DE FAZER, CUMULADA COM DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO E COMPENSATÓRIA DE
DANOS MORAIS. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. APELAÇÃO CÍVEL INTERPOSTA
PELA RÉ, VISANDO À REFORMA INTEGRAL DO JULGADO. 1) No caso concreto, a parte Autora nega a
existência de qualquer vínculo com a Ré, apresentando o documento que comprova a existência de
apontamento desabonador em seu nome, levado a efeito pela Ré junto aos bancos de dados de proteção ao
crédito, no período de julho de 2014 a novembro de 2014, em razão de dívida no valor de R$ 129,10 (fls.
22/23). 2) Destarte, caberia à Ré comprovar a existência da relação jurídica entre as partes (CPC, 373,
III). Não o fez, todavia, na medida em que não trouxe os autos qualquer comprovação da contratação do
serviço questionado. 3) A indevida inclusão do nome do consumidor em cadastro de proteção ao crédito, em
regra, gera o dano moral in re ipsa, porquanto a anotação restritiva tem o condão de lhe negar o acesso ao
crédito. Enunciado nº 89 do TJRJ. 4) Verba compensatória arbitrada em R$ 7.000,00 (sete mil reais),
adequada aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, sem olvidar a natureza punitivo-
pedagógica da condenação. 5) Majoração dos honorários advocatícios, com base no artigo 85, § 11, do
CPC. 6) RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 0188879-56.2018.8.19.0001 - APELAÇÃO
http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=2020.001.47425
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE ALIMENTOS. ESTABELECIMENTO, PELA SENTENÇA, DA VERBA RELATIVA
À OBRIGAÇÃO ALIMENTAR DE MODO A EQUACIONAR DEVIDAMENTE O BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE.
PROPORCIONALIDADE VERIFICADA. SENTENÇA MANTIDA. Insurgência de ambas as partes, alimentante e alimentanda, contra a
sentença que estabeleceu a prestação alimentícia no patamar de 15% dos rendimentos líquidos, deduzidos apenas os descontos
obrigatórios, e de 30% do salário mínimo nacional, na hipótese de inexistência de vínculo empregatício. Alegação do alimentante de que
não possuía condições financeiras de arcar com a prestação alimentícia nos moldes estipulados na sentença, uma vez que possuía renda
baixa e esporádica, fruto do trabalho informal exercido em empresa familiar, além do que tinha, sob sua guarda, os outros dois filhos
menores, frutos do relacionamento com a genitora da alimentanda. Argumentos da alimentanda no sentido de que a sentença não analisou
adequadamente o binômio necessidade-possibilidade, pois, necessitava, além das despesas ordinárias, custear medicamentos e
tratamentos específicos para o tratamento da doença que a acometia (TDHA), além do que os extratos bancários do alimentante
demonstraram capacidade econômica bem mais elevada do que a que por ele alegada. Irresignação de ambas as partes não acolhida.
Conjunto probante colacionado ao processo que não evidenciou com precisão os ganhos mensais do alimentante, mas que trouxe fortes
indícios de que ele auferisse rendimentos em torno de R$6.000,00, tendo em conta seus extratos bancários. Possível constatar, ainda, dos
elementos de prova que o alimentante detém a guarda dos outros filhos menores, Mario e Marina, frutos do relacionamento com a genitora
da alimentanda, e que arca, de maneira exclusiva, com os seus gastos, ou seja, sem que haja qualquer contribuição para o sustento da
prole. Importante consignar, de outro lado, que a patologia da qual a segunda apelante é portadora se apresenta também no irmão Mario,
que se encontra sob a guarda do alimentante. E, nesse contexto, impende destacar que não foram comprovados gastos com
tratamentos e medicamentos que pudessem influenciar no arbitramento do quantum da obrigação em nenhum dos dois casos.
Imprescindível considerar, também, que a genitora deve contribuir igualmente para o sustento da alimentanda, de modo que não cabe
apenas ao pai tal responsabilidade, ainda que seus ganhos sejam bem menos expressivos, em torno de um salário mínimo. De tudo isso,
tendo em conta as necessidades da alimentanda e as possibilidades do alimentante demonstradas neste processo, no decorrer
da instrução probatória, ausentes quaisquer motivos que justifiquem a elevação ou a redução do quantum da obrigação, como
pretendido pelas partes, de modo que correto o estabelecimento da prestação alimentícia pela sentença, que comporta integral
manutenção. CONHECIMENTO E DESPROVIMENTO DE AMBOS OS RECURSOS. 0001861-46.2019.8.19.0003 - APELAÇÃO
http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=2019.001.85224
Distinção entre Direito Obrigacional (Pessoal) e Direito Real
Direitos reais: definem-se como o poder jurídico, direto e imediato do titular sobre
a coisa, com exclusividade e contra todos. O sujeito passivo do direito real é
toda a coletividade que deve abster-se de violá-lo, sendo de caráter erga
omnes.
Direitos obrigacionais (pessoais): relação jurídica pela qual o sujeito ativo pode
exigir do sujeito passivo determinada prestação. No direito das obrigações
somente se vinculam aqueles que fizeram parte do que contrataram e anuíram para
comprometer-se a prestar ou exigir algo.
Relação Jurídica Obrigacional: Sujeito Ativo (credor) ----- relação jurídica obrigacional ----
- Sujeito Passivo (devedor)
Relação Jurídica Real: Titular do Direito Real ------------relação jurídica real------------
Bem/Coisa
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. COMODATO VERBAL ACERCA DE DOIS IMÓVEIS. SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA. IRRESIGNAÇÃO DA PARTE RÉ. 1. Cuida-se de ação reivindicatória, pretendendo os autores reaver dois
imóveis, um residencial e outro comercial, de sua propriedade, sob o fundamento de que o desdobramento da posse ocorreu
por comodato verbal, negando-se a ré em atender ao pedido para restituição dos bens. 2. Tese referente à usucapião.
Inovação recursal. Questão não suscitadas perante o Juízo a quo na contestação apresentada pela ré, a impedir o exame da
matéria nesta fase processual, sob pena de violação aos princípios da estabilização da demanda e da congruência recursal. 3.
Ação reivindicatória, de natureza real, cujo fundamento é o direito de propriedade, manejada pelo titular quando este
tem por obstado o exercício das faculdades inerentes ao domínio, quais sejam, usar, gozar, dispor e rever o bem do
poder de quem o possua injustamente. Inteligência do contido no art. 1.228 do Código Civil. 4. A função social
da propriedade (art. 5º, XXIIIda CF e art. 1.228, § 1º, do Código Civil), avoca a aplicação conjugada dos dois institutos,
domínio e finalidade do bem, sobre a situação fática. Circunstância que, por si só, não afasta o direito dos autores de
reaver os imóveis. A destinação para fins de moradia suscitada pela ré, não tem o condão de elidir o direito dos proprietários
de perceber os frutos oriundos dos seus bens. 5. O direito real de habitação constitui uma garantia do cônjuge ou
companheiro sobrevivente de continuar residindo no imóvel comum, onde o casal morava antes do passamento do outro
componente da sociedade afetiva. Entretanto, o direito apenas é oponível aos herdeiros e quando o bem integra o espólio.
Cônjuge falecido que não era proprietário do imóvel. 6. Pelo contrato de comodato, há uma transferência da posse do bem
infungível, de forma gratuita, tendo o comodatário o dever de restituir a coisa ao final da avença. Ademais, uma vez
constituído em mora, resta ao comodatário a obrigação de restituição, sob pena de ser obrigado ao pagamento de aluguel até
a entrega do bem, consoante disposto no art. 582 do Código Civil. Correção da sentença, neste ponto. 7. Por se tratar de
contrato benéfico e gratuito, não seria possível à ré reaver os valores despendidos com o uso dos imóveis, haja vista a
obrigação de conservar a coisa objeto da avença. Disposição contida no art. 584 do Código Civil. 8. Manutenção da sentença
quanto ao colhimento do pedido contraposto, em observância ao óbice a reformatio in pejus. 9. NEGA-SE PROVIMENTO AO
RECURSO.
Apelação Cível. Embargos de Terceiro. Civil. Processo Civil. Postulantes que objetivam a desconstituição de
constrição decorrente de decisão judicial exarada em feito em apenso, que reintegrou a Embargada
na posse dos lotes de terreno nº 24 e 25 do Loteamento "Mar do Norte", alegando serem os proprietários dos
imóveis. Sentença de improcedência. Irresignação dos Embargantes. Autores que respaldam a
alegada propriedade em Escrituras de Compra e Venda desprovidas de registro. Aquisição do domínio que
se opera pelo registro do título aquisitivo no Cartório de Registro de Imóveis competente, a teor do disposto
nos arts. 1.227 e 1.245 do Código Civil de 2002. Ausência de demonstração da efetiva constituição
do direito real de propriedade em favor dos Embargantes. Impossibilidade de também se analisar, in casu,
a cadeia dominial do bem, já que, na única certidão proveniente de Registro de Imóveis apresentada, juntada
pela ora Embargada na Ação de Reintegração de Posse, consta terceira pessoa absolutamente estranha
ao feito como proprietária. Incidência do Verbete Sumular nº 84 do Insigne Superior Tribunal de Justiça ("É
admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do compromisso de
compra e venda de imóvel, ainda que desprovido de registro") que, ademais, não beneficiaria os Postulantes,
já que não comprovado sequer o exercício da posse sobre os bens, fundando os Requerentes seu pedido
unicamente no direito de propriedade. Apelantes que não lograram demonstrar o fato constitutivo do
seu direito, não se desincumbindo do ônus que lhes cabia, a teor do art. 373, I, do CPC. Precedentes deste
Nobre Sodalício. Manutenção da sentença. Incidência do disposto no art. 85, §11, do CPC. Conhecimento e
desprovimento do recurso.

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