Buscar

Manual de Direito das Obrigacoes (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 103 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 103 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 103 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MANUAL DO CURSO DE 
LICENCIATURA EM DIREITO 
 
 
1º Ano 
Disciplina: DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
Código: 
Total Horas/1o Semestre: 125 
Créditos (SNATCA): 5 
Número de Temas: 07 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPER 
 
 
 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA- ISCED 
 
 
Direitos do autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCD), e 
contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total 
deste manual, sob qualquer forma ou por quaisquer meios (electrónico, mecânico, gravação, 
fotocópia ou outros) sem permissão expressa da entidade edito Instituto Superior de Ciências e 
Educação a Distância (ISCD). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível aplicação de processos judiciais 
em vigor no país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distâcia (ISCD) 
Direcção Acádemica 
Rua, Dr Alemeida Lacerda, No 211, Ponta-Gêa 
Beira-Moçambique 
Telefone: 23322501 
Cell: +258 823055839 
Fax: 23.324215 
Email: direccao.geral@isced.ac.ma 
Website: www.isced.ac.mz 
 
mailto:direccao.geral@isced.ac.ma
http://www.isced.ac.mz/
Agradecimento 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCD) e o autora do presente manual 
agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
Pela coordenação Direcção académica do IDCED 
Pelo design Direcção de qualidade e avaliação do ISCED 
Financiamento e logística Instituto Africano de Promoção de Edução à Distância 
(IAPED) 
 
Pela revisão final: 
 
Elaborado por: 
Dra. Cláudia Eunice Jone, Licenciada em Direito Pela Universidade Eduardo Mondlane 
Moçambique 
 
 
 
 
 
Índice 
Direitos do autor (copyright) ................................................................................................................ 1 
Agradecimento ...................................................................................................................................... 3 
Visão Geral ............................................................................................................................................ 9 
Bem vindo ao módulo de Direito das Obrigações ................................................................................ 9 
Objectivos do modulo ........................................................................................................................... 9 
Objectivos específicos ........................................................................................................................... 9 
Quem deveria estudar esse modulo ................................................................................................... 10 
Como está estruturado este módulo ........................................................................................................ 11 
Outros recursos ................................................................................................................................. 12 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação ........................................................................................ 12 
Ícones de actividade ................................................................................................................................ 12 
Habilidades de estudo ............................................................................................................................ 13 
Precisa de apoio? .................................................................................................................................... 14 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ..................................................................................................... 15 
Avaliação ................................................................................................................................................ 16 
TEMA I ................................................................................................................................................. 18 
Direito das obrigações e a definição legal de obrigação ..................................................................... 18 
Definição ............................................................................................................................................. 18 
Elementos da relação Obrigaciona ..................................................................................................... 19 
TEMA II ................................................................................................................................................ 20 
Objectivos e característica do direito das obrigações ........................................................................ 20 
Tipos de prestação .............................................................................................................................. 21 
TEMA III ............................................................................................................................................... 25 
Principios gerais do direito das obrigações ........................................................................................ 25 
Principio da autonomia privada .......................................................................................................... 25 
Restrições à liberdade de celebração ................................................................................................. 27 
Restrinções a liberdade de estipulação .............................................................................................. 28 
Clausulas contratuais gerais ................................................................................................................ 29 
Os contractos pré-formulados ............................................................................................................ 31 
O principio do ressarcimento dos danos ............................................................................................ 32 
Princípios da restrição do enriquecimento injustificado .................................................................... 32 
O princípio da fé .................................................................................................................................. 33 
O principio da responsabilidade patrimonial ...................................................................................... 33 
TEMA IV ............................................................................................................................................... 36 
Conceito e estrutura da obrigação ..................................................................................................... 36 
Generalidades ..................................................................................................................................... 36 
O credito como um direito a prestação (teoria classica) .................................................................... 37 
Teorias realistas .................................................................................................................................. 37 
Teorias Mista ....................................................................................................................................... 40 
Posição adoptoda ................................................................................................................................ 42 
TEMA V ................................................................................................................................................ 43 
Caracteristica da obrigacao ................................................................................................................. 43 
Generalidades .....................................................................................................................................43 
A mediação colabiração de vida ......................................................................................................... 44 
Autonomia .............................................................................................. Erro! Marcador não definido. 
Distinção entre direitos de creditos e direitos reais ........................................................................... 47 
A questão dos direitos pessoas de gozo ............................................................................................. 48 
Objectos da obrigação: a prestação .................................................................................................... 50 
Delimitação do conceito de prestação ............................................................................................... 50 
TEMA VI ............................................................................................................................................... 51 
Requisitos legais da prestação ............................................................................................................ 51 
Generalidades ..................................................................................................................................... 51 
Possibilidade física e legal ................................................................................................................... 51 
Licitude ................................................................................................................................................ 52 
Determinabilidade .............................................................................................................................. 52 
Não contrariedade à ordem pública e aos bons costumes................................................................. 53 
A complexidade intra obrigacional e os deveres acessorios de conduta ........................................... 53 
Modalidade de Obrigacoes ................................................................................................................. 54 
As obrigacoes naturais, problematicas da sua insercao no conceito de obrigacao ........................... 54 
Classificação das obrigações em função dos tipos de prestações ...................................................... 56 
Generalidades ..................................................................................................................................... 56 
Prestações fungiveis e infungiveis ...................................................................................................... 56 
Prestações estantaneas e prestações duradouras ............................................................................. 57 
Prestações de resultados e prestações de meios ............................................................................... 58 
Prestações determinadas e indeterminadas ...................................................................................... 59 
Obrigações de juro .............................................................................................................................. 62 
Indeterminação e pluralidade de partes na relação obrigacional ...................................................... 64 
A indeterminação do credor na relação obrigacional......................................................................... 64 
A pluraldade de partes na relação obrigacional ................................................................................. 65 
Generalidade ....................................................................................................................................... 65 
As obrigações conjuntas ou parciárias ................................................................................................ 65 
As Obrigações solidárias ..................................................................................................................... 66 
Generalidade ....................................................................................................................................... 66 
TEMA VII .................................................................................................. Erro! Marcador não definido. 
DA CONSTITUIÇÃO DAS OBRIGAÇÕES ................................................................................................ 67 
Capítulo VII .......................................................................................................................................... 67 
Classificacao das fontes das obrigacoes ............................................................................................. 67 
As diversas classificacoes de fontes das obrigacoes ........................................................................... 67 
Posicao adoptada ................................................................................................................................ 67 
TEMA VIII………………………………………………………………………………………………………………………………………….. 
Fontes das obrigacoes baseadas no principio da autonomia privada ................................................ 68 
O contrato ........................................................................................................................................... 68 
Generalidades ..................................................................................................................................... 68 
 Modalidades de contratos .................................................................................................................. 68 
Classificação dos contractos quanto a forma ..................................................................................... 68 
Classificação dos contractos quanto ao modo de formação .............................................................. 69 
Classificação dos contratos quanto aos efeitos .................................................................................. 69 
Contratos obrigacionais e reais ........................................................................................................... 69 
 A clausula de reserva da propriedade ................................................................................................. 70 
Clasificacao dos contratos entre sinalagmaticos e nao sinalagmatico ............................................... 70 
Classificação dos contratos entre onerosos e gratuitos ..................................................................... 72 
Classificação dos contratos entre comuntativos e aleatorios ............................................................ 72 
Contratos nominados e inominados ................................................................................................... 73 
Contratos típicos e atípicos ................................................................................................................. 73 
Contratos múltiplos ou combinados ................................................................................................... 73 
A união do contrato ............................................................................................................................ 74 
Formas de união de contrato .............................................................................................................. 74 
Os contratos priliminares .................................................................................................................... 75 
Generalidade, distinção entre contratos peliminares e contratação mitigada .................................. 75 
O contrato-promessa .......................................................................................................................... 75 
Modalidade de contracto-promessa................................................................................................... 76 
Forma de contrato-promessa............................................................................................................. 77 
Transmissão dos direitos e abrigações emergentes do contrato-promessa ...................................... 78 
A execução específica ......................................................................................................................... 78 
Articulação com o regime do sinal ...................................................................................................... 79 
Sinal e antecipação do cumprimento ................................................................................................. 79 
A eficacia real do contrato-promessa ................................................................................................. 80 
TEMA IX…………………………………………………………………………………………………………………………………………….. 
Pacto de preferencia ........................................................................................................................... 80 
Forma do pacto de preferencia .......................................................................................................... 81 
Os direitos de preferencia com eficacai real ...................................................................................... 81 
Modalidade de contrato a favor de terceiros ..................................................................................... 82 
O regime normal do contrato a favor de terceiros ............................................................................. 82 
A obrigacao de preferencia ................................................................................................................. 83 
A violacao de obrigacao de preferencia.............................................................................................. 84 
A indeminizacao por inccumpriment o em caso de simples eficacia obrigacional ............................. 84 
A accao de preferencia em caso de haver eficacaia real .................................................................... 84 
 ............................................................................................................................................................ 84 
O conteudo dos contratos .................................................................................................................. 85 
Regimes especiais ............................................................................................................................... 85 
A promessa de libertação de dívida como contrato falso a favor de terceiro ................................... 85 
As promessas em benefício de pessoas indeterminadas ou interesse público .................................. 86 
A promessa a cumprir depois da morte do promissário .................................................................... 86 
Contrato para pessoa a nomear ......................................................................................................... 87 
Noção e regime ................................................................................................................................... 87 
Natureza jurídica ................................................................................................................................. 87 
Negócios unilaterais ............................................................................................................................ 88 
O problema da eficácia dos negócios unilaterais ............................................................................... 88 
Promessa de cumprimento e reconhecimento de dívida ................................................................... 89 
Promessa pública ................................................................................................................................ 89 
Concurso publico................................................................................................................................. 90 
TEMA X……………………………………………………………………………………………………………………………………………… 
Fontes das obrigações no principio de resarcimento dos danos ........................................................ 91 
A resposábilidade civil por factos ilícitos ............................................................................................ 93 
O facto voluntario do lesante ............................................................................................................. 94 
Resposábilidade pre-contractual ........................................................................................................ 95 
Resposábilidade pelo risco .................................................................................................................. 96 
A resposábilidade comitente .............................................................................................................. 96 
Pressupos da responsábilidade pelo risco .......................................................................................... 97 
Casos de exlusão da resposábilidade .................................................................................................. 98 
Beneficio da resposábilidade .............................................................................................................. 99 
Responsábilidade pelo sacrificio ......................................................................................................... 99 
Obrigações de indmização ................................................................................................................ 100 
TEMA XI…………………………………………………………………………………………………………………………………………….. 
Enriquecimento Sem Causa .............................................................................................................. 101 
O enriquecimento sem causa como fonte das obrigações ............................................................... 101 
Bibliografia ........................................................................................................................................ 103 
 
 
 
 
 
Visão Geral 
 
Bem-vindo ao módulo de Direito das Obrigações 
 
 
Objectivos do módulo 
Ao terminar o estudo deste modulo de Direito da 
Obrigações deverás ser capaz de sabe quais são os 
sujeitos numa relação de credito a quem 
corresponde um dever de prestação, conhecer os 
direitos de credito, como eles nascem e como são 
cumpridos e como podem extinguir, saber que o 
Direito da Obrigações abrange a circulação de 
bens, prestação de serviços, instituição das 
organizações e sanções civis para comportamentos 
ilícitos e culposos e a compensação por danos, 
despesas ou pela obtenção de um enriquecimento 
ilícito. 
Objectivos específicos 
 Deverás conhecer o que é um contrato e os 
tipos de contractos; 
 Conhecer os fenómenos de transmissão de 
crédito e de dívidas; 
 Demonstrar a relevância da obrigação de 
indemnizar os danos causados a outrem; 
 Identificar os princípios gerais do Direito das 
Obrigações; 
 Saber que a constituição da obrigação é feita 
através de um negócio jurídico que tem em 
princípio que o resultado é um contrato; 
 Saber que o contrato deve ser pontualmente 
cumprido e só pode modificar ou extinguir por 
mútuo acordo ou consentimento dos 
contraentes ou nos casos admitidos pela lei. 
 Saber identificar ainda quando estamos em 
mora do devedor e como proceder; 
 Quando é que o pagamento pode ser feito a 
prestação; 
 Saber quando estamos em presença de um 
incumprimento. 
 
Quem deveria estudar esse módulo 
Este módulo foi concebido para estudantes do segundo ano do curso de 
licenciatura em direito. Poderá ocorrer contudo que hajam leitores que 
queiram-se actualizar e consolidar seus conhecimentos nesta disciplina, 
estes serão bem-vindos, não sendo necessário para tal se inscrever mas 
poderá adquirir o manual. 
 
Como está estruturado este móduloEste módulo de Contabilidade Geral, para estudantes do 1º ano do 
curso de licenciatura em Contabilidade e Auditoria, à semelhança dos 
restantes do ISCED, está estruturado como se segue: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, resumindo 
os aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor 
estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção com 
atenção antes de começar o seu estudo, como componente de 
habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades,. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e actividades 
práticas algumas incluído estudo de caso. 
 
Outros recursos 
A equipa de académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro 
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso 
como: Livros e/ou módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste 
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter 
acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresentam duas características: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de 
campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de 
correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame 
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os 
exercícios de avaliação é uma grande vantagem. 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em gozo de 
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser 
melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens 
das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do 
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de 
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, 
etc. 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar 
a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, 
dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se 
conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante 
saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões 
com as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo 
dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as 
de estudo de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido no 
início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de 
manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor 
com música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de 
intervalo em cada 30 minutos, em cada hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto 
da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar 
que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar 
o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada 
tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo 
superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 
10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-se descanso à 
mudança de actividades). Ou seja que durante o intervalo não se 
continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da 
aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume de 
trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando interferência 
entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por fim ao perceber 
que estuda tanto mas não aprende, cai em insegurança, depressão e 
desespero, por se achar injustamente incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões de 
alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto 
tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma 
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o 
curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a 
matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a 
estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, 
datas, nomes, pode também utilizar a margem para colocar 
comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor altura 
para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e 
não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que 
surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar; 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como 
falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou 
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e 
apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, SMS, 
E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a 
preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorare garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se torna 
incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, 
tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com 
tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigitada para 
acompanhar as sua sessões presenciais. Neste período pode apresentar 
dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do 
tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em que 
permite-lhe situar, em termos do grau de aprendizagem com relação 
aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se precisa de apoio 
ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de debater 
assuntos relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos 
diferentes temas e unidade temática, no módulo. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas 
semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo 
conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo 
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os 
direitos do autor. 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, 
sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e 
o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a realização dos 
trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
 
1
 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras pessoas, sem 
prévia autorização. 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do docente/tutor!? 
Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma avaliação mais 
fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um 
mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos 
do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial conta com um 
máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A avaliação do 
estudante consta detalhada no regulamento de avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo 
75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, determinam 
a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades praticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a 
identificação das referências bibliográficas utilizadas, o respeito pelos 
direitos do autor, entre outros. 
 Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA I 
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES E A DEFINIÇÃO LEGAL DE OBRIGAÇÃO. 
 
DEFINIÇÃO 
 O direito das obrigações encontra-se essencialmente regulado no 
Livro II do Código Civil, no artigo 397º, que define a obrigação 
como “Vínculo jurídico por virtude do qual uma pessoa fica adstrita 
para com outra à realização de uma prestação”. 
 No entanto, o conceito de obrigação pode ser igualmente 
entendido em sentido amplo, podendo abranger todo e qualquer 
vínculo jurídico entre duas pessoas, como sejam os deveres 
jurídicos genéricos, os ónus e as sujeições. 
 Sujeição é correlata passiva dos direitos potestativos, consistindo 
na necessidade de suportar as consequências jurídicas 
correspondentes ao exercício de um direito potestativo2. Um 
exemplo é a situação de alguém que tem um prédio entre outros 
prédios e a via pública pode ver constituída sobre ele uma servidão 
legal de passagem em benefícios do prédio encravado (art. 1550º). 
Apesar de uma autorizada posição sustentar o contrário3, não 
parece possível incluir no conceito de obrigação a figura da 
sujeição, através da criação de uma categoria de direitos de 
créditos potestativos. Efectivamente, no estado de sujeição não é 
possível obstar a que surjam os efeitos jurídicos correspondentes 
ao exercício do direito potestativo, não havendo, portanto, 
possibilidade de violação da sujeição. Pelo contrário, a obrigação é 
eminentemente violável, ainda que o devedor acarrete nesses 
casos com a sanção da indemnização (art. 798º) ou da execução do 
seu património (art. 817º). 
 Ónus consiste na necessidade de adoptar uma conduta em 
proveito próprio, ou seja, na necessidade de realizar certo 
comportamento para beneficiar de uma situação favorável. Um 
exemplo de ónus da prova, referido no art. 342º. A obrigação não 
se confunde com o ónus uma vez que consiste num dever jurídico, 
imposto em benefício de outra pessoa, o credor (cfr. Art. 398º, nº 
 
2
Cfr. MANUEL DE ANDRE, Obrigações, p. 3 e ANTONIO MENEZES CORDEIRO, Tratado de direito civil 
português, I – Parte Geral, tomo 1, 3º ed., Coimbra, Almeida, 1987, pp. 357-358. 
3
Cfr. MENEZES CORDEIRO, Obrigação, 1º pp. 253 e ss. E 305 e ss. 
2). Pelo contrário, aquele que está onerado pelo ónus não tem 
qualquer dever, pelo que o seu não acatamento não se pode 
considerar ilícito, traduzindo-se apenas na perda ou na não 
obtenção de uma vantagem. 
O dever jurídico genérico consiste numa situação em que se 
encontram os outros sujeitos relativamente aos titulares de 
direitos absolutos. Relativamente a direitos de personalidade, 
como a vida, ou a direitos reais com a propriedade, todos os outros 
sujeitos estão obrigados a um dever geral de respeitos, cuja 
infracção pode acarretar responsabilidade civil com o 
correspondente dever de indemnizar os danos sofridos pelo titular 
(art. 483º). 
O que caracteriza a obrigação em relação a estas figuras é a 
circunstância de determinada pessoa se encontrar adstrita a 
realizar uma específica conduta, positiva ou negativa, no interesse 
de outra, também determinada (ou determinável). Esta conduta é 
designada por prestação. 
 
Elementos da relação Obrigacional 
{
− 𝑆𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜
− 𝑂𝑏𝑗𝑒𝑐𝑜
− 𝑉í𝑛𝑐𝑢𝑙𝑜
− 𝐺𝑎𝑟𝑎𝑛𝑡𝑖
 
 
Existem dois tipos de sujeitos, um sujeito activo (credor) e um 
passivo (devedor). 
Credor – é o titular do direito a prestação; 
Devedor – é o titular da obrigação passiva, a pessoa sobre a qual 
recai o dever de efectuar a prestação. 
 
Exercício 
1. O que entendes por obrigação? 
2. Quem pode efectuar a prestação? 
3. Quando é que a obrigação é solidaria? 
4. Será que todas as obrigações são deveres jurídicos? 
 
TEMA II 
OBJECTIVOS E CARACTERÍSTICA DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES. 
O direito das obrigações assume-se como um ramo do Direito Civil 
que constitui, como se sabe,o Direito privado comum. Por esse 
motivo goza das características do Direito Privado: a liberdade e a 
igualdade. Em princípio, os sujeitos das relações obrigacionais têm 
os mesmos poderes e são livres de fazer tudo o que não se 
encontre abrangido por uma proibição. Pelo contrário, o direito 
Público rege-se pelas características da autoridade e da 
competência. Uma das partes tem só por si poder provocar 
modificações na esfera jurídica alheia e só pode praticar actos para 
os quais a lei lhe atribui competência4. 
 Esta diferenciação tem reflexos no controle da motivação dos 
sujeitos. Enquanto no direito Público as decisões são vinculadas e, 
portanto, a sua motivação é sempre relevante, no direito privado a 
actuação dos sujeitos insere-se na sua liberdade de decisão, não 
relevando a motivação com que foi tomada, salvo em casos graves 
de desconformidade ao sistema jurídico, como hipótese de abusos 
de direito. 
 
No âmbito da classificação germânica Direito Civil que como se 
sabe distingue, além de uma parte geral, entre dois ramos de 
características estruturais, as obrigações e os Direitos Reais, e dois 
ramos de características institucionais, o Direito da Família e o 
Direito das Sucessões, e autonomização do Direito das Obrigações 
tem uma base estrutural: a distinção entre direitos de crédito e 
direitos reais, herdeira da velha contraposição romana entre as 
actiones in rem e as actiones in personam. Normalmente se refere 
que o Direito das Obrigações se refere à transição dos bens5. 
 
O direito das obrigações abrange matérias sujeitas a campos 
jurídicos distintos, as quais são unicamente unificadas através do 
conceito de obrigação. MENEZES CORDEIRO inclui entre esses 
campos a circulação de bens, as prestações de serviços, e as 
sanções civis6. 
 
4
Cfr. MENEZES CORDEIRO, Tratado, I-1, pp. 43 e ss. 
5
Cfr. OLIVEIRA ASCESSÃO, Direito Civil, Teoria Geral, I – Introdução. As Pessoas. Os bens, 2ª ed., Coimbra, 
Coimbra Editora, 2000, pp 12-13. 
6
Cfr. ANTONIO MENEZES CORDEIRO, Obrigações, 1º, p. 17. 
 
Para GERNHUBER aponta, entre as funções desempenhadas pelo 
Direito das Obrigações, a sua aptidão genérica para regular 
situações da vida, a transmissão dos bens, o gozo de bens alheios, 
a prestação de serviços, a compensação, a intervenção em 
património ou direito alheio, os elementos de organização e a 
segurança de existência7. 
 
O Direito das obrigações abrangerá essencialmente as seguintes 
realidades: 
Circulação de Bens: são abrangidas pelo Direito das Obrigações 
todas as situações das quais resulte alterações na ordenação 
jurídica dos bens através de negócios jurídicos. 
 
Assim, são regulados pelo Direito das Obrigações a transmissão 
dos direitos reais (cfr. Art. 408º) e os contratos que desencadeiam 
como a compra e venda (art. 874º e ss.) ou a doação (art. 940º e 
ss.) bem como a concepção de gozo de bens alheios – através de 
contractos como alocação (art. 1022º e ss) ou comodato (art. 
1129º e ss-) bem como os fenómenos de transmissão de créditos 
e dívidas – através de instituto da cessão créditos (art 577º e ss), 
sub-rogação (art 589º e ss), a solução de dívidas (art 595º e ss) e 
cessão da posição contractual (art. 424º e ss). 
 
Prestação – é objecto da obrigação, é conduta a que o devedor 
esta vinculado. 
 
 
 
Tipos de prestação 
Prestação ilícita – o objecto da obrigação é ilícito quando ele é 
contrário a uma norma legal constituindo, com tudo um 
comportamento materialmente passível 
 
7
Cfr.GERNHUBER, Das Schuldverhaltnis(Begrendung und Anderung, Pflichten und Strukturen, Drittwirkungen), 
Tubingen, Mohr, 1989, pp. 3 e ss. 
 
𝑃𝑟𝑒𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒
{
 
 
 
 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎 {
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐹𝑢𝑡𝑢𝑟𝑜 {
𝐴𝑏𝑠𝑜𝑙𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐹𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 
𝑅𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐹𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎
𝑓𝑎𝑐𝑡𝑜 {
𝑃𝑜𝑠𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝑓𝑎𝑧𝑒𝑟)
𝑁𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 {
𝑁ã𝑜 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑟
𝐷𝑒 𝑝𝑎𝑡𝑡𝑖
 
 
Prestação de serviços: esta é genericamente abrangida pelo 
direito das obrigações através do contracto de prestação de 
serviços (art 1154º e ss), uma modalidade contratual atípica, que 
a lei regula em 3 modalidades típicas: o mandato (art 1157º e ss), 
o depósito (art 1185º e ss) e a empreitada (art 1207º e ss). O 
importante contracto de trabalho (cfr. Art 1152º) é, no entanto 
deixado para legislação especial (art 1153º), a qual justifica a 
autonomização de um novo ramo do direito: direito do trabalho. 
Instituição de organizações: temos o contracto da sociedade civil 
(art 980º e ss), que aparece regulado pelo direito das obrigações 
como forma comum de associação de pessoas para exploração de 
actividade económica lucrativa. Já a maneiras das sociedades 
comerciais é, no entanto, relegada para o direito comercial sujeita 
inclusivamente para um código próprio. 
 
As sanções civis para comportamentos ilícitos e culposos dos 
privados consistem essencialmente na obrigação de indemnizar 
os danos causados (art 562º e ss), em relação a responsabilidade 
civil subjectiva o sistema do código distingue a responsabilidade 
delitual (art 483º e ss) da responsabilidade civil obrigacional (art 
798º e ss) consoante esteja em causa a violação de uma situação 
jurídica absoluta, ou antes a violação d obrigações, neste caso 
sanção civil é uma compensação dos danos sofridos pelo lesado, 
levando aqui por vezes seja obliterada perante a valorização deste 
ultimo aspecto. 
 
As três modalidades de prestação de serviços que a lei regula são: 
{
𝑀𝑎𝑛𝑑𝑎𝑡𝑜 (𝑎𝑟𝑡. 1157°)
𝐷𝑒𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑜 (𝑎𝑟𝑡. 1185°)
𝐸𝑚𝑝𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎𝑑𝑎 (𝑎𝑟𝑡. 1207°)
 
 
Compensação por danos, despesas e obtenção de 
enriquecimento, é abrangida pela responsabilidade e pelo risco 
(art 499º e ss) que, apesar de dar igualmente origem a uma 
obrigação de indemnização, não se apresenta neste caso como 
tendo natureza sancionaria, visando exclusivamente a 
compensação dos danos segundo critérios objectivos de 
repartição do risco. Já a compensação de despesas é abrangida 
pela gestão de negócio (art 464º e ss), instituto que visa tutelar as 
actuações realizadas sem autorização em benefícios de outrem. A 
compensação do enriquecimento sem causa (art 473º e ss), que 
visa precisamente determinar a compensação do enriquecimento 
obtido injustamente à custa de outrem. 
 
Importância do direito das obrigações: uma vez que abrange 
praticamente todo comércio jurídico-privado com a excepção das 
matérias reservadas ao direito comercial - e todas as sanções civis 
para actuação dos privados, bem como diversos institutos 
destinados a efectuar compensação por danos ou despesas 
verificadas ou por aquisições obtidas a custa alheia. 
 
Também como uma técnica desenvolvida desde os juristas 
romanos tornando-se assim um campo privilegiado para a 
investigação dogmática mais avançada. O direito das obrigações é 
entendido como o ramo do direito que mais importância 
desempenha na formação do jurista. 
 
𝑳𝒊𝒃𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒕𝒖𝒂𝒍 {
𝐿𝑖𝑏𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑒𝑙𝑒𝑏𝑟𝑎çã𝑜
𝐿𝑖𝑏𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑒𝑙𝑒𝑏𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑡í𝑝𝑜 𝑛𝑒𝑔𝑜𝑐𝑖𝑎𝑙
𝐿𝑖𝑏𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡í𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 
 
 
 
Exercício 
1. Quais são as partes num contracto de prestação de serviço? 
2. Quais são as modalidades tipificadas num contracto de prestação 
de serviços? 
3. Quando é que duas ou mais pessoas se obrigação a contribuir 
com bens ou serviços para exercício em comum de uma certa 
actividade económica? 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA III: 
PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES. 
𝑷𝒓𝒊𝒏𝒄í𝒑𝒊𝒐
{
 
 
 
 
𝑫𝒂 𝒂𝒖𝒕𝒐𝒏𝒐𝒎𝒊𝒂 𝑷𝒓𝒊𝒗𝒂𝒅𝒂
𝑫𝒐 𝑹𝒆𝒔𝒔𝒂𝒓𝒄𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒅𝒂𝒏𝒐𝒔
𝑫𝒂 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒊𝒓𝒖𝒊çã𝒐 𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒓𝒊𝒒𝒖𝒆𝒄𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑰𝒏𝒋𝒖𝒔𝒕𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂𝒅𝒐
𝑫𝒂 𝒃𝒐𝒂 𝒇é
𝑫𝒂 𝒓𝒔𝒑𝒐𝒔á𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍
 
Princípio da autonomia privada 
A autonomia privada e negócio jurídicoconsiste na possibilidade 
que alguém tem de estabelecer as suas próprias regras. 
Tecnicamente, porém, deve-se referir que as regras jurídicas 
caracterizam-se pela generalidade e abstracção, pelo que elas não 
podem ser criadas por actos privados. Efectivamente, o que os 
privados criam são comandos. A autonomia privada é assim a 
possibilidade de alguém estabelecer os efeitos jurídicos que se 
irão repetir na sua esfera jurídica. 
 
Por esse motivo, a autonomia privada não se confunde com o 
direito subjectivo, na autonomia privada existe uma permissão 
genérica de conduta, porque a todos os sujeitos da ordem jurídica 
é conhecida esta possibilidade de produção de efeitos jurídicos, 
não havendo nenhum que dela seja excluído. 
 
Pelo contrário, no direito subjectiva existe uma esfera de 
competência, já que relativamente a certo bem, quando ele é 
objectivo de um direito subjectivo, efectua-se a sua atribuição 
exclusivamente a uma pessoa, uma vez que todos outros sujeitos 
vêm a ser excluído dessa atribuição, subjectivo existe uma 
permissão de beneficiar das utilidades que aquele bem produz. 
 
Nos negócios jurídicos existe tanto liberdade de celebração como 
de estipulação, já que as partes não apenas têm a possibilidade de 
decidir celebrar ou não o negócio, mas também podem 
determinar quais são os seus efeitos jurídicos8. 
 
 
8
Cfr. MENEZES CORDEIRO, Tratado, I-1, p. 447 e ss. 
A simples promessa unilateral, sem que tenha ocorrido uma 
aceitação do seu benefício, que seja idónea à constituição do 
contrato, é por isso normalmente irrelevante9. 
 
A liberdade contratual é a parte mais importante da autonomia 
privada, enquanto princípio fundamental do Direito das 
Obrigações. 
 
Conforme se referiu a liberdade contratual admite 
tradicionalmente a liberdade de celebração, a liberdade de 
selecção do tipo negocial e a liberdade de estipulação. Por 
liberdade de celebração entende-se, as partes são assim livres de 
celebrar ou não o contracto, podendo recusar arbitrariamente 
qualquer proposta contratual, por muito vantajosa que ela seja, 
ou por muita necessidade que a outra parte tenha em relação a 
celebração do negócio. 
 
Relativamente à liberdade de selecção do tipo negocial, esta 
consiste em as partes não estarem limitadas aos tipos negociais 
reconhecidos pelo legislador (a enumeração dos contratos é 
meramente exemplificativo). Consequentemente, as partes 
podem livremente escolher os contractos que entenderem, 
mesmo que o legislador ignore totalmente a categoria escolhida 
(contractos inominados) ou não lhes tenha estabelecido qualquer 
regime (contracto atípico). 
 
Por liberdade de estipulação entende-se a faculdade de 
estabelecer os efeitos jurídicos do contracto, ou seja, a 
possibilidade conferida pela ordem jurídica, às partes de, por 
mútuo acordo, determinarem à sua vontade o conteúdo do 
conceito. 
 
Porém a igualdade jurídica não tem correspondência no plano 
económico, em certos contractos uma das partes, tem maior 
 
9
Fundamento desta solução é princípio invicto beneficium non datur, que impede que alguém seja credor de outrem 
sem a sua concordância. Há, porém excepções, como as dos arts. 459º e 463º. 
força económica e maior domínio da informação do que a outra 
parte. 
 
O princípio de igualdade, instituto pela Revolução Francesa, era 
hostil à protecção de certas categorias de pessoas, por outro lado, 
na soberania, os interesses assegurados pelos contractos a 
reconhecer, aparecessem por vezes como instrumento de 
exploração do mais fraco, o liberalismo económico exigia 
liberdade de comércio e de indústria, não podendo assim impor 
restrições baseadas nos direitos do contraente débil. 
 
Hoje não pode aceitar-se que genericamente todo e qualquer 
contracto seja sempre efectivamente baseado na livre 
determinação de ambos os sujeitos. Tal só sucederá se as partes 
estiverem constrangidas de forma idêntica à celebração daquele 
contracto, o que na nossa sociedade é um fenómeno raro. Da 
actual ordem económica fazem com que celebrar contractos para 
obter a satisfação das necessidades10, a parte economicamente 
mais fraca é facilmente constrangida à celebração do contracto, 
mesmo em condições que ela não aceitaria se tivesse outra 
possibilidade de satisfação das suas necessidades económicas. 
 
Assim, desigualdade económica das partes, a inovação da 
liberdade contratual torna-se meramente formal. Liberdade 
contratual consiste na proibição de celebração de negócios 
usuários, em que uma das partes consegue obter benefícios 
injustificados, outro tipo de restrições, que envolvem mesmo um 
certo afastamento da liberdade de celebração ou da liberdade de 
estipulação. 
 
Restrições à liberdade de celebração 
Restrição à liberdade de celebração consiste na obrigação de 
celebração do contracto, efectivamente, uma das partes (ou 
ambas) pode estar vinculadas, por obrigação contratual ou legal, à 
celebração do contracto com outra parte. A não celebração do 
 
10
As quais podem inclusivamente ser tão fundamentais como a sua habitação ou seu sustento (exs: o contracto de 
arrendamento ou no contracto de trabalho). 
contracto constitui, por isso nesses casos, um ilícito obrigacional, 
que gera obrigações de indemnização. 
 
Quando é, porém, a lei a impor obrigações de celebração de 
contratos, a autonomia privada encontra-se restringida, podendo 
essa restrição considerar-se como abusos de uma das partes que, 
em virtude de um maior poder económico poderia facilmente 
constranger a outra parte a aceitar condições contratuais 
desvantajosas. 
 
Os votos de consumidores levariam os fornecedores a alterar as 
suas condições contratuais, de acordo com a lei da oferta e da 
procura, em casos de monopólio ou de oligopólio. Hoje considera-
se prática restritiva de comércio e como tal proíbe, “recusar a 
venda de bens ou a de acordo com as disposições legais ou 
regulamentais aplicáveis, ainda que se trate de bens ou serviços 
não essenciais e que da recusa não resulte prejuízo para o regular 
abastecimentos do mercado”. 
 
O fracasso dos sistemas que ensaiaram estas tentativas levou, 
porém, à atenuação da importância desta função da obrigação de 
celebração dos contractos, que ficou regulada para situações 
excepcionais. 
 
Restrições a liberdade de estipulação 
As restrições a liberdade de estipulação são normalmente 
estabelecidas em virtude de uma função de ordenação do actual 
direito privado, que pretende disciplinar a liberdade contractual 
por forma a evitar que esta seja exercida em prejuízo da parte 
economicamente mais fraca. A autonomia privada pode em 
certos casos parecer insusceptível um de obter um adequado 
equilíbrio das prestações no contracto, o que leva o legislador a 
intervir em ordem a desempenhar uma função correctiva da livre 
negociação particular. 
 
Existem dois tipos de restrições a liberdade de estipulação, que 
são os contractos submetidos a um regime imperativo e as 
clausulas contractuais gerais ou contratos pré-formulados. 
 
Contractos submetidos a um regime imperativo - Diz respeito a 
imposição de uma disciplina contractual rígida em certos 
contractos. Essa imposição justifica-se em razão da maior 
relevância de certos contractos para satisfação das necessidades 
essenciais elementares que colocam uma das partes não 
dependência económica da celebração, levando a que ela seja 
forçada mesmo a aceitar condições iníquas, se a sua recusa em 
pedir a celebração do contracto. 
 
A única forma nesses contractos se proibir a estipulação de 
condições iníquas e o consequente abuso da economia privada 
que tal representa, consiste na imposição de uma disciplina 
injuntiva para esses contractos, que e vedado as partes a afastar. 
 
Clausulas contratuais gerais 
Consistem em situações típicas do trafegonegocial de massas em 
que as declarações negociais de uma das partes se caracterizam 
pela pré-elaboração, generalidade e rígidez. Cláusulas 
contractuais gerais caracterizam-se pela desigualdade entre as 
partes, pela complexidade e pela natureza formularia, umas das 
partes tem uma posição social ou económica mais relevante, que 
lhe serve de justificação para impor a situação à parte essas 
cláusulas são complexas e exaustivas. Cláusulas contractuais 
gerais constam normalmente de formulários, letras reduzidas e 
leitura difíceis, que o aderente não examina detalhadamente 
limitando-se a neles incluir os seus elementos de identificação. 
 
Nessas clausulas é manifestada a impossibilidade fáctica cujo uma 
das parte exerce a sua liberdade de estipulação conduzindo assim 
a efeitos perversos, pois o contracto pode ser celebrado sem que 
uma das partes se possa perceber do seu conteúdo, sendo 
confrontada com o regime contractual que aceitou no momento 
em que surge um litigio, demasiado tarde para reagir, também a 
possibilidade fáctica de serem introduzidas no contracto clausulas 
iníquas ou abusivas, em benefícios de um dos contraentes. 
 
Para evitar esses efeitos perversos a lei tem que intervir no 
sentido de restringir a liberdade de estipulação, o que realiza-se 
essencialmente através de dois vectores que são, procurar evitar 
a introdução no contracto de cláusulas de que o outro contraente 
não se apercebeu e impedir o surgimento de cláusulas iníquas ou 
abusivas. 
 
Além disso a lei tem que exigir o cumprimento de certas 
exigências específicas para permitir a inclusão clausulas 
contractuais gerais nos contractos singulares, essas exigências 
constam nos art. 5º a 7º LCCG que leva a três situações distintas 
que são: a comunicação das cláusulas contractuais gerais a outra 
parte (art. 5º LCCG); a pentenção de informação sobre os 
aspectos obscuros nelas compreendidas (art 6 LCCG); a existência 
de estipulações específicas de conteúdos distintos (7 LCCG). 
 
A lei específica que a comunicação à outra parte deve ser integral 
de modo a se tornar possível o conhecimento das clausulas, caso 
contrario as clausulas contractuais gerais consideram-se excluída 
do contracto singular e ainda deve se exigir informar a outra parte 
de todos aspectos existentes na clausula e prestar todo 
esclarecimento razoável solicitado a cerca das clausulas 
contractuais gerais, consideram-se excluídas dos contractos 
singulares pode, porém o contracto ser nulo quando essa 
exclusão conduzir a uma indeterminação insuprível de elementos 
essenciais ou a um desequilíbrio das prestações gravemente 
atentatório da boa-fé. Porém é possível visualizar ainda a 
possibilidade de a sua violação acarretar danos a outra parte. 
 
Caso aconteça deve haver uma indemnização, mas a 
interpretação e integração das clausulas contratuais gerais é 
sujeitas a regras específicas desfavoráveis a quem as pré-dispõe 
pois a lei determina que a sua interpretação e integração tem que 
ocorrer no contexto de cada contracto singular em que se incluam 
(art 10 LCCG, art 11, no 1 LCCG) e (art 11 no 2 LCCG), para impedir 
as clausulas iníquas ou abusivas cinge-se na proibição de certas 
clausulas contratuais gerais levando em conta a sistematização 
legislativa em três campos de regulação legislativas diversas, que 
são: as disposições comuns por natureza (arts 15 2 16 LCCG); as 
relações entre empresários ou profissionais liberais ou entre uns e 
outros, sejam pessoas singulares ou colectivas, desde que 
intervenham apenas nessa qualidade e no âmbito da sua 
actividade específica (art 17 a 19 LCCG); as relações com os 
consumidores finais, ou genericamente todas as não abrangidas 
pelas referências anterior (art 20 a 22 LCCG). 
 
Os contractos pré-formulados 
As proibições da LCCG deveriam aplicar-se não apenas em relação 
as cláusulas contratuais gerais, mais genericamente a todos 
contractos pré-formulados. A directiva 93/13/CEE veio assim 
estabelecer uma restrição a liberdade de estipulação: os 
contractos pré-formulados na relação entre profissionais e 
consumidores. 
 
Os contractos pré-formulados celebrados com os consumidores 
estabelece que ónus da prova que uma cláusula contratual 
resultou de prévia negociação recai sobre quem pretenda 
prevalecer-se do seu conteúdo, acrescida com a remição que o art 
9 nos 2 e 3 da lei 24/96, de 31 de Julho, estabelecida em relação 
aos contratos pré-formulados para o regime das cláusulas 
contratuais, permita cabalmente a aplicação do regime da LCCG 
perante contractos pré-formulados celebrados com os 
consumidores. 
 
A intervenção legislativa deve, porém considerar-se como 
totalmente desastrada, uma vez que estende a todos regimes do 
diplomas a todos os contractos pré-formulados, mesmo que 
tenham sido celebrados entre empresários e entidades 
equiparadas (Cfr: art 17 e ss. da LCCG), o que implica no fundo de 
rogar o requisito da generalidade em relação as cláusulas 
contratuais gerais, passando o diploma a ser indistintamente 
aplicável a todos contratos individualizados pré-formulados, mas 
os contractos pré-formulados celebrados entre empresários e 
entidades equiparadas deveram ser assim excluídos desse regime. 
 
O princípio do ressarcimento dos danos 
Esse principio pode enunciado sempre que exista uma razão de 
justiça que o dano deve ser suportado por outrem, que não o 
lesado, deve ser aquele e não este a suportar este dano, essa 
transferência de responsabilização dos danos do lesado é feita 
mediante a constituição de uma obrigação de indemnização mais, 
a injustiça do dano sofrido não é suficiente para se ter o direito a 
indemnização. 
 
Em muitas situações ocorre a imputação quando a lei, considera 
existir não apenas um dano injusto para o lesado, mas também 
uma razão de justiça que justifica que esse dano seja transferido 
para outrem. 
 
A consequência dessa é a de que o lesado não teria direito a 
qualquer indemnização a menos que demonstra-se a culpa do 
lesante. Em certos casos, a imputação de danos baseia-se em 
permissões legais de sacrificar bens alheios no interesse próprio, 
que têm como contrapartida o estabelecimento de uma obrigação 
de indemnização, esta situação denomina-se responsabilidade por 
factos lícitos ou pelo sacrifício que passa por três títulos de 
imputação de danos que são: imputação por culpa, imputação 
pelo risco e imputação pelo sacrifício. 
 
Princípios da restrição do enriquecimento injustificado 
Este principio já era expresso por POMPONIUS no Direito 
Romano, mas hoje encontra-se formalmente consagrado na 
norma do art. 473º, no 1, do código civil, constituindo por isso 
num princípio em forma de norma11, genericamente sempre que 
alguém obtenha um enriquecimento à custa de outrem sem causa 
justificativa tem que restituir aquilo com que injustamente se 
locupletou, por isso, que por vezes surjam posições a reclamar a 
não utilização deste principio, a sua formulação genérica não é 
destituída de valor jurídico, funcionando como uma ideia jurídica 
geral, que institui uma pauta de orientação segundo 
 
11
 Cfr. MENEZES LEITÃO, O enriquecimento, pp. 27 e ss, e notas, reed., pp29 e ss. 
determinados pontos de vista, que cabe à doutrina e 
jurisprudência concretizar em categoria jurídica especificas. 
 
O princípio da boa-fé 
Definindo-se como a ignorância de estar a lesar direitos os 
direitos alheios, sendo esse sentido de referência à posse de boa-
fé no art. 1260º. A obrigação consiste no dever de adoptar uma 
conduta em benefícios de outrem. Então assim em causa no 
vínculo obrigacional regras de comportamento que, 
adequadamente respeitadas, proporcionarão a satisfação do 
direito de crédito mediante a realização da prestação pelo 
devedor, sem que daí resultem danos para qualquer das partes. 
 
Por esse motivo a lei vem estabelecer deveres de boa-fé para 
ambos os sujeitos da relação obrigacional que visão por um ladopermitir o integral aproveitamento da prestação em termos de 
satisfação do interesse do credor e por outro lado evitar que a 
realização da prestação provoque danos ao credor, quer ao 
devedor. A boa-fé concretiza-se assim em regras impostas do 
exterior, que as partes devem observar na actuação do vínculo 
obrigacional, podendo servir para complementação do regime 
legal das obrigações, através de uma valoração a efectuar pelo 
julgador. 
 
O princípio da responsabilidade patrimonial 
Este princípio consiste na `possibilidade de o credor, em caso de 
não cumprimento, executar o património do devedor para obter a 
satisfação dos seus créditos. 
O credor poderia legitimamente apoderar-se dele e 
inclusivamente vendê-los como escravos ou mará-lo. O devedor 
esta por isso sujeito fisicamente ao poder dos credores que 
poderiam aplicar-lhe sanções físicas em caso de não 
cumprimento, o devedor se vincula a cumprir. Assim, a execuções 
das obrigações realizava-se de acordo com as seguintes fases: 
 
— Confissão ou condenação judicial do devedor; 
— Concessão de um prazo de trinta dias durante os quais o 
devedor ainda poderia cumprir a obrigação; 
— Prisão do devedor pelo credor (manus iniecto directa) ou pelo 
tribunal para entrega ao credor (manus iniectio indirecta) que 
poderia ser evitada com o cumprimento. 
 
Mais tarde admitiu-se que, quando o devedor ainda possuísse 
bens, fosse decretada a apreensão e venda desses bens para 
pagamento ao credor, em lugar de prisão do devedor. Admitiu-se 
que fosse o próprio devedor a ceder os seus bens ao credor, 
evitando assim a intervenção do tribunal. 
 
O aprisionamento do devedor foi posteriormente perdendo 
importância como sansão para o incumprimento das obrigações 
até desaparecer completamente. Hoje o credor apenas é apenas 
reconhecida a possibilidade de executar o património do devedor 
para obter a satisfação do seu crédito. 
 
Quanto a situação dos bens do devedor não susceptíveis de 
penhora, eles aparecem referidos nos arts. 822º à 824º - A do 
Código de Processo Civil. Trata-se de bens em que, por 
desempenharem uma função uma função essencial à subsistência 
ou à dignidade do devedor, ou em virtude de uma função a que 
estão afectos a ser superior à da garantia patrimonial dos 
créditos, a lei não autoriza a execução para fins da satisfação dos 
direitos de crédito. 
 
Exercício 
1. Quando é que um contrato é válido? 
2. Se alguém estiver obrigado a celebrar certo contrato e não 
cumprir a promessa pode a outra parte na falta de convecção em 
contrário obter sentença que obriga a outra parte a celebrar? 
3. Em que fase do contrato as partes estão obrigadas a agir de boa-
fé? 
4. Aquele que tira proveito de uma situação no prejuízo de outrem e 
daí resultar o enriquecimento será obrigado restitui-lo? Se sim, 
como será é que feito? 
 
TEMA IV 
CONCEITO E ESTRUTURA DA OBRIGAÇÃO GENERALIDADES 
 
Neste ponto abordar-se-á acerca do direito de credito que é a 
prestação ou o comportamento que o devedor esta vinculado a 
adoptar em benefício do credor, no entanto o objecto do direito 
do credito, alguns autores dizem que a prestação, outros 
defendem que e o património do devedor, outros ainda 
combinação dessa duas realidades e finalmente outros que 
sustentam que objecto do direito do credito consiste numa 
entidade complexa. 
 
No entanto existem várias teorias que sustentam essa ideia, 
tendo essa ideia que são: 
 
𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑎 {
𝑃𝑒𝑟𝑠𝑜𝑛𝑎𝑙𝑖𝑠𝑡𝑎 
𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠
𝑀𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠
𝐷𝑜𝑢𝑡𝑟𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑂𝑏𝑟𝑖𝑔𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
 
 
As teorias personalistas defendem que o direito do crédito é um 
vínculo pessoal ou seja, um direito que tem por objecto uma 
conduta do devedor, primeiro como um direito sobre a pessoa do 
devedor, segundo o crédito como um direito a prestação do 
devedor. 
 
O crédito como um direito sobre a pessoa do devedor era uma 
solução tradicional do direito romano na época arcaica que 
configurava o direito do crédito representando um direito de 
domínio sobre uma pessoa. Efectivamente nessa altura a 
obrigação como uma sujeição da pessoa do devedor ao credor, 
que tinha o direito de o reduzir a escravidão se não cumprisse a 
obrigação e de o manter cativo até que o fizessem, mais 
actualmente o direito moderno já não permite uma actuação 
directa sobre a pessoa do devedor. 
Savigny diz que o direito d e credito caracterizar-se-ia por 
representar um domínio sobre uma actuação de prestação do 
devedor, para ele o credito consistiria num domínio sobre uma 
pessoa, esse domínio não residiria sobre a pessoa em globo mas 
sobre uma actuação sua, a qual seria excluída da liberdade do 
devedor sendo submetido a vontade de outrem que exerceria um 
direito de domínio sobre essa actuação. 
 
O crédito como um direito a prestação (teoria clássica) 
A teoria clássica classifica o direito de crédito como um direito a 
prestação ou o direito a uma conduta do devedor, que consiste na 
faculdade de exigir de determinada pessoa a realização de 
determinada conduta (prestação) em benefício de outrem. É um 
direito exclusivamente pessoal, dirigido contra uma pessoa ainda 
que valor patrimonial desta adstrição pessoal permita a execução 
do património do devedor em caso de comprimento. 
 
Teorias realistas 
Diz que o direito do crédito é um direito sobre o património 
devedor esta teoria considera diversas modalidades como, o 
credito como um direito sobre os bens do devedor, o credito 
como uma relação entre o património, o credito como um direito 
a transmissão dos bens do devedor e o crédito como espectativa 
da prestação, acrescida de um direito real de garantia sobre o 
património do devedor. 
 
O credito como um direito sobre os bens do devedor, esta 
concepção assemelha-se ao direito real, um direito sobre bens, 
havendo apenas que considerar que não recaia sobre bens 
determinados, mais antes sobre todo património do devedor, 
entendido como universalidade, assim esta teoria nega a 
existência de um direito a prestação considerando que por ser 
incoercível o cumprimento da obrigação se apresenta como acto 
absolutamente livre, que não objecto de um direito do credor. 
Brinz considera que o património não objecto da 
responsabilidade, mais um meio para sua efectivação, sendo o 
objecto da responsabilidade a pessoa, já que a actio é somente in 
personan. 
 
Bekker conclui-o que o património é o verdadeiro objecto do 
direito do crédito, dispensando a pessoa, para tal ele sustenta 
apresentando os seguintes argumentos: todos componentes 
patrimoniais podem servir para satisfação do credor, 
independentemente da vontade do devedor. 
 
A responsabilidade patrimonial não se altera com a mudança de 
titular de património (como sucede em caso de sucessão); 
 
O facto de o património ficar sem sujeito (exe: herança jacente), 
não impede o exercício da responsabilidade patrimonial; 
 
Os patrimónios da pessoas colectivas respondem pelas dívidas da 
mesma forma que os patrimónios pessoas; 
 
Pequenas partes de um grande património podem responder por 
dívidas próprias; 
 
As obrigações podem recair sobre bens determinados como no 
caso das garantias reais. 
 
Sendo assim o autor considera que o direito de crédito apenas 
pode abranger o património, contestado a eventual crítica de que 
o direito sobre o património seria um direito inseguro, já que o 
devedor poderia decepar. 
 
BERUNETTI, fala da concepção realista distinguindo as normas 
absolutas e normas finais, em que a primeira impõe uma pena 
para sua inobservância e a segunda é aquela sujeitão a simples 
necessidade de agir ou não agir de certo modo para atingir 
determinados objectivos, o autor sustenta o caracter apenas de 
norma final, que atribui ao cumprimento da obrigação, através de 
quatro proposições que são: 
— o credor não tem o direito a que o devedor aja; 
— Correlativamente, o devedor não tem o dever de agir; 
— Não existe, portanto, ma lei o imperativo,a norma que 
imponha ao devedor acção; 
— Em corolário, a inacção do devedor não se pode considerar um 
facto antijurídico, pois não é contraria a uma norma jurídica. 
 
O credito como relação entre patrimónios – esta concepção é 
defendida por EUGÉNE GAUDENT na sua obra Étud Sur Le 
Transport de dettesa à titre particulier, de 1898, onde o autor 
sustenta tendo o direito de credito sido na origem um vínculo 
pessoa;, hoje essa configuração estaria abandonada, tendo ele se 
transformado num vínculo entre patrimónios sendo as pessoas do 
credor e devedor meros representante jurídicos dos seu bens. 
 
A concepção da obrigação como relação entre patrimónios 
apresenta-se igualmente como falsa na medida em que os 
patrimónios são complexos de bens e as relações jurídicas apenas 
se estabelecem entre pessoas, não se identificando a titularidade 
de um património como a representação que consiste na 
substituição de pessoas na celebração de actos jurídicos. 
 
O credito como um direito à transmissão dos bens do devedor – 
esta tese realista defere das anteriores pois qualifica o direito de 
credito como um direito a transmissão dos bens do devedor, ou 
seja que vem a obrigação como um processo de aquisição de 
bens, os defensores dessa teoria acreditam que o fim da 
obrigação seria sempre a aquisição da propriedade, pelo que a 
diferença entre o direito de credito e o direito real residiria na 
circunstancia deste ser exercido directamente sobre a coisa, 
enquanto naquele haveria um fenómeno de propriedade 
indirecta, um direito à aquisição dos bens do devedor. 
 
Umas das concepções dessa teoria corresponde a tese que 
qualifica a obrigação como uma alienação da propriedade do 
devedor, nesta concepção tanto o direito de crédito como o 
direito real seriam direitos sobre bens, mais o direito real incidiria 
sobre bens em si e o direito de crédito sobre bens devidos. 
 
A outra concepção qualifica o credor como sucessor do devedor, 
esta concepção foi defendida sucessivamente por DURANTON, 
MARCADÉ, LAURENT e BAUDRY, LACANTINERIE para esses o 
fenómeno de sucessão estaria presente no direito de credito uma 
vez que o credor partiria dos direitos de outra pessoa designada 
como autor da sucessão, deste modo estaria na mesma posição 
que ele. Assim o direito de credito tem sempre como objecto a 
prestação do devedor, sendo o direito de uma conduta de outrem 
não caindo sobre os bens ou valores do seu património mesmo 
que o credor possa penhorar bens do devedor em caso de 
incumprimento, estes são sujeitos a venda executivo para 
pagamento, não fiando o credor proprietário desses bens . 
 
O crédito como espectativa da prestação, acrescida de um direito 
real de garantia sobre o património do devedor – esta é uma das 
teses realistas que nega a existência de um direito a prestação 
pois de acordo com PACCHIONI, diz que é possível distinguir na 
obrigação duas relação fundamentais, o debito que corresponde a 
um dever do devedor e responsabilidade corresponde a um 
estado de sujeição seja de uma pessoa, seja de um inteiro 
património. 
 
Teorias Mista 
 Para estas doutrinas a obrigação tanto tem por objecto a 
prestação como património do devedor, posição que se considera 
corresponder ao antigo direito romano, que distinguia entre a 
vinculação pessoal do devedor e a sua responsabilidade, bem 
como ao antigo direito germânico que estabelecia uma distinção 
entre a divida e responsabilidade. 
 
O credor teria assim dois direitos fundamentais o direito a 
prestação que seria um direito pessoal que seria satisfeito media 
o cumprimento voluntario por parte do devedor, e o segundo 
seria um direito sobre o património devedor que seria um direito 
real de garantia que se exerceria através da intervenção dos 
órgãos coactivos do estado mediante o processo de execução 
forçada. 
 
As doutrinas sustentando a complexidade de vínculo 
obrigacional – a obrigação como organismo, como estrutura, e 
como processo esta concepção é defendida HEINRICH SIBER este 
autor fala de obrigação em dois sentidos, sentido restrito que 
corresponde ao direito de credito individual, e sentido amplo que 
corresponde a relação casual que existe entre o credor e devedor 
da qual surge o direito de credito e a obrigação e ainda outras 
posições jurídicas de que o direito de credito é um mero 
elemento, de acordo com HEHROLZ esta concepção é dualista. 
 
A tese de KARL LARENZ configurou o vinculo obrigacional como 
uma estrutura e um processo, na qual a relação obrigacional não 
só consiste simplesmente no direito a prestação e no dever de a 
realizar mas também consiste numa relação jurídica global, assim 
esta relação obrigacional abrangeria um conjunto de deveres de 
prestação e de outros deveres de conduta, mais também poderes 
potestativos e situações de sujeição. 
 
A obrigação apresenta-se também como uma estrutura temporal, 
que admite um decurso de tempo com objectivo final, na qual o 
decurso de tempo pode implicar o surgimento a extinção de 
certos deveres secundários ou assessores, e o objectivo final da 
obrigação implica a sua extinção nesse momento, assim pode-se 
considerar a obrigação como um processo evolutivo. 
 
Para PESSOA GEORGE a obrigação constitui uma estrutura 
complexa. De acordo com preceitos modernos tem-se evitado a 
sobrevalorização da complexidade do vínculo obrigacional, dado 
que esta formulação é essencialmente descritiva, além de que, 
como salientaram ESSER/SCHMIDT, no processo civil não surge o 
direito do credor como complexo, mas o direito do credor como 
elemento insolado. 
 
Posição adoptoda 
A obrigação não pode-se considerar um direito incidente sobre os 
bens do devedor, sendo antes um vínculo pessoal entre os dois 
sujeitos, através do qual um deles pode exigir que o outro adopte 
determinado comportamento em seu benefício. 
 
É esta aliás a concepção adoptada pelo legislador que no art. 387º 
consagra a teoria clássica, definindo a obrigação como o vínculo 
jurídico por virtude do qual uma pessoa fica adstrita para com 
outra à realização de uma prestação. 
 
É também a posição adoptada pela grande maioria da doutrina 
portuguesa, que entende o direito de crédito como tendo por 
objecto a prestação, negando a existência de qualquer direito do 
credor sobre o património do devedor. 
 
Efectivamente, a acção executiva representa apenas a aplicação 
pelo estado de uma sansão pelo incumprimento das obrigações, 
através da qual se assegura protecção jurídica ao direito de 
crédito. Assim, no processo de execução o estado substitui-se na 
satisfação do direito de crédito, obtendo para o efeito os meios 
necessários através da execução do seu património. Ao credor 
não é, porém reconhecido qualquer direito sobre os bens do 
devedor. 
 
Exercício 
1. Quais são os objectos da Teoria Personalista Realista, Mista e a 
doutrina da complexidade obrigacional? 
2. Qual é a posição adoptada pelo legislador moçambicano? 
3. Para si qual é a teoria mais abrangente e por que motivo? 
TEMA V 
CARACTERISTICA DA OBRIGAÇÃO GENERALIDADES 
 
 As características obrigação são: 
{
− 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
− 𝐴𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎çã𝑜 𝑜𝑢 𝑐𝑜𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑎
− 𝐴 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
− 𝐴 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑛ó𝑚𝑖𝑎 
 
 
 
Entende-se por patrimonialidade a susceptibilidade de a 
obrigação ser avaliável em dinheiro, tendo, portanto conteúdo 
económico. 
 
Esta tese foi rejeitada por WINDSCHEID e JHERING que afirmou 
ser um erro a doutrina da patrimonialidade da prestação, já que o 
direito civil não tutela apenas o património das pessoas, mas 
também outros interesse seus, admitindo, por isso não apenas 
que a prestação não tivesse valor pecuniário, mas também que o 
interesse do credor fosse tanto material como ideal excluindo 
apenas do âmbito da obrigação, relações extras-jurídicas como as 
de trato social. 
 
O actual código português afastou-se porém, dessa orientação 
referindo que a prestação não necessita de ter caracter 
pecuniário,

Outros materiais