AVALIAÇÃO DE REUSO DE ÁGUAS CINZAS NO AMBIENTE BANHEIRO DE FORMA DIRETA: ESTUDO DE CASO EM UM APARTAMENTO RESIDENCIAL EM GOIÂNIA-GO

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Pontifícia Universidade Católica de Goiás 
Escola de Engenharia 
Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE REUSO DE ÁGUAS CINZAS NO AMBIENTE 
BANHEIRO DE FORMA DIRETA: ESTUDO DE CASO EM UM 
APARTAMENTO RESIDENCIAL EM GOIÂNIA-GO 
 
 
 
 
 
Igor Matheus Resende Reis 
Mateus Côrtes Marçal de Mendonça 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia, junho de 2019
 
 
 
Pontifícia Universidade Católica de Goiás 
Escola de Engenharia 
Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE REUSO DE ÁGUAS CINZAS NO AMBIENTE 
BANHEIRO DE FORMA DIRETA: ESTUDO DE CASO EM UM 
APARTAMENTO RESIDENCIAL EM GOIÂNIA-GO 
 
 
 
Igor Matheus Resende Reis 
Mateus Côrtes Marçal de Mendonça 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado à banca 
examinadora como parte dos requisitos para 
avaliação na disciplina ENG1091 – Trabalho Final 
de Curso I. 
 
 
 
 
Goiânia, junho de 2019
 
3 
 
TRABALHO FINAL DE CURSO I 
RESUMO 
A crescente escassez de água potável e o crescimento acelerado da população mundial são 
causas de grande preocupação, atualmente. Soma-se a isso o fato de que o mundo apresenta 
uma distribuição desequilibrada desse recurso no território mundial, existem áreas de grande 
densidade demográfica que apresentam pequena quantidade de água doce disponível, que 
exigem a criação e a utilização de novas formas de reuso da água. Diante deste panorama, o 
presente trabalho propõe a avaliação do reuso da água do lavatório e chuveiro na bacia sanitária, 
de forma direta com minimização de gastos. Visando realizar a mensuração dos volumes de 
cada aparelho em análise, serão instalados equipamentos medidores de vazão na passagem de 
água para chuveiro, pia e caixa acoplada da bacia do vaso sanitário de um banheiro de um 
apartamento residencial, deles serão realizadas leituras dias em um horário, a fim averiguar a 
quantidade de água que poderá ser reutilizada nesse ambiente e qual economia isso acarretará 
no consumo de água potável. 
 
Palavras-chaves: águas cinzas, sustentabilidade, reuso.
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TRABALHO FINAL DE CURSO I 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5 
1.1 Justificativa .................................................................................................................. 7 
1.2 Objetivos ...................................................................................................................... 8 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 8 
3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 12 
4 CRONOGRAMA ............................................................................................................ 16 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
Estima-se que 97,5% da água existente no mundo é salgada e não é adequada ao nosso consumo 
direto nem à irrigação da plantação. Dos 2,5% de água doce, a maior parte (69%) é de difícil 
acesso, pois está concentrada nas geleiras, 30% são águas subterrâneas (armazenadas em 
aquíferos) e 1% encontra-se nos rios. Logo, o uso desse bem precisa ser pensado para que não 
prejudique nenhum dos diferentes usos que ela tem para a vida humana. (Agência Nacional de 
Águas, 2019). 
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) (2017) apesar de uma queda geral na taxa 
de natalidade, a população mundial saiu de 7,4 bilhões em 2015 para quase 7,6 bilhões em 2017, 
ou seja, mantendo-se esse ritmo é esperado que a população mundial chegue a 8,6 bilhões em 
2030, 9,8 bilhões em 2050 e que supere os 11,2 bilhões em 2100. O Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) (2019) estima que a população brasileira seja de quase 210 
milhões e projeta que essa população cresça para quase 225 milhões em 2030 e quase 233 
milhões em 2050. 
Em termos globais, o Brasil possui uma boa quantidade de água. Estima-se que o país possua 
cerca de 12% da disponibilidade de água doce do planeta. Mas a distribuição natural desse 
recurso não é equilibrada. A região Norte, por exemplo, concentra aproximadamente 80% da 
quantidade de água disponível, mas representa apenas 5% da população brasileira. Já as regiões 
próximas aos Oceano Atlântico possuem mais de 45% da população, porém, menos de 3% dos 
recursos hídricos do país. (ANA, 2019). 
Segundo o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos de 2014, realizado pelo Sistema 
Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 49,8% dos esgotos gerados no país são 
coletados. Destes, 70,9% são tratados (BRASIL, 2016). Considerando tal situação, e sabendo 
que dois terços da população mundial enfrentam uma severa escassez de água ao menos um 
mês por ano, sendo que 500 milhões de pessoas sofrem com a escassez o ano todo 
(MEKONNEN & HOEKSTRA, 2016), é imperativa a adoção de atitudes para reduzir o 
consumo e o desperdício dos recursos hídricos disponíveis, através da conscientização da 
população e da adoção de hábitos de conservação da água. 
De acordo com o relatório Água para um Mundo Sustentável, da Organização das Nações 
Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) (2015), a demanda global de água é 
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TRABALHO FINAL DE CURSO I 
fortemente influenciada pelo crescimento populacional e pela urbanização, ou seja, no cenário 
atual o consumo tende a aumentar em todos os setores de produção de tal forma que a projeção 
para 2030 é de que haja um déficit global de água de 40%. Entretanto, acredita-se que o mundo 
possui água suficiente para atender o crescimento do consumo, caso haja uma alteração drástica 
nos modos de uso e gerenciamento desse recurso. 
As empresas prestadoras de serviço de saneamento tradicionalmente dividem os consumidores 
de água em quatro grandes grupos: doméstico, comercial, industrial e público. A água para uso 
doméstico é utilizada tanto na área interna quanto na externa. Na área interna pode ser utilizada 
para bebida, higiene pessoal, preparo de alimentos, lavagem de roupa, limpeza em geral. Para 
a área externa, utiliza-se a água para regar jardins, limpeza de pisos e fachadas, limpeza de 
veículos. (TSUTIYA, 2006). 
Segundo Guerra Filho (2017) o reuso da água pode ser direto ou indireto. O reuso é considerado 
indireto e não planejado quando a água é descartada no meio ambiente e reutilizada a jusante 
de uma maneira não intencional e de uma forma diluída. O reuso é indireto planejado quando a 
água é tratada antes de ser descarregada, para ser utilizada a jusante, de maneira controlada. Por 
fim, é considerado reuso direto planejado quando a água é tratada e encaminhada diretamente 
até o local do reuso, não sendo descartada no meio ambiente. 
Águas cinzas, adequadamente tratadas, apresentem certo potencial de reuso para fins não-
potáveis. Tem pequena variação de vazão durante todo o ano, podem ser facilmente coletadas 
e, em razão de sua menor concentração de carga orgânica e de organismos termotolerantes, 
exigem um nível de tratamento inferior ao necessário para tratamento de esgotos domésticos. 
(HESPANHOL, 2008). 
Os usos urbanos não potáveis envolvem riscos menores e devem ser considerados como a 
primeira opção de reuso na área urbana. Entretanto, cuidados especiais devem ser tomados 
quando ocorre contato direto do público com gramados de parques, jardins e campos de esporte. 
Os maiores potenciais de reuso são os que empregamesgotos tratados para: irrigação de jardins 
públicos e centros esportivos, reserva de proteção contra incêndio, sistemas decorativos como 
fontes e chafarizes, descargas sanitárias e lavagem de automóveis. Os problemas associados ao 
reuso urbano não potável são, principalmente, custos elevados de sistemas duplos de 
distribuição e dificuldades operacionais juntamente com riscos potenciais de ocorrência de 
conexões cruzadas. Os custos, entretanto, devem ser considerados em relação ao benefício de 
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conservar água potável e de adiar ou eliminar a necessidade de desenvolvimento de novos 
mananciais para abastecimento. (HESPANHOL, 2002). 
Segundo SANTANA e SILVA (2014) no Nordeste, tem sido adotado o Programa Águas para 
todos, que consiste na instalação de grandes caixas d’água com capacidade de até 18 mil litros 
de água armazenada, para abastecer as famílias carentes, que não tem acesso à água canalizada. 
Essas caixas d’água são preenchidas por água da chuva coletada por calhas instaladas nos 
beirais dos telhados. É afirmado ainda que nos casos de reuso da água de esgoto doméstico, 
deve ser feito o tratamento adequado, mesmo que seja para fins não potáveis. Por fim, observa-
se que a situação atual da disponibilidade de água, requer alternativas urgentes de reciclo e o 
reuso da mesma, além de uma mudança de “cultura”, que deve conscientizar a população da 
necessidade de redução do desperdício de água. 
1.1 Justificativa 
A água é um recurso indispensável a todos os ecossistemas terrestres, e a substância mais 
reciclável que há na natureza, porém, o ciclo hidrológico – que inclui enchentes e secas, 
causadoras de drásticas consequências – está sofrendo grande interferência das mudanças 
climáticas ocorridas no mundo, decorrentes das ações desrespeitosas do homem. Isso tem 
interferido negativamente no seu ciclo, principalmente no que se refere à disponibilidade de 
água doce, cujo consumo diário vem aumentando a cada dia, especialmente nas grandes 
metrópoles, devido ao aumento populacional e ao uso irracional, dentre outros fatores. A ONU 
considerou que 20% da população mundial não têm acesso à água própria para consumo, e que 
atualmente muitos países já apresentam dificuldades de abastecimento (MÂCEDO, 2001, apud 
DANTAS e SALES, 2009). 
O aumento de demanda e a diversificação dos usos múltiplos intensificaram a crise hídrica. A 
redução da demanda doméstica e industrial é um imperativo e deve ser orientada por 
comunicação adequada, novos processos de gestão e mobilização e tecnologia avançada. 
Tecnologias para a redução da demanda doméstica devem ser incentivadas (JIMENEZ-
CISNEROS, 2015). 
Principalmente em região de pouca água disponível devem-se aproveitar os recursos hídricos 
ao máximo com o mínimo de desperdício, tornando eficiente a utilização da água, implantando 
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métodos de racionalização do seu uso, como o reuso de água de efluentes domésticos e 
industriais, ou a recarga artificial de aquíferos (DANTAS e SALES, 2009). 
Segundo Hespanhol (2010), o tratamento de esgotos induzirá ao reuso de água para diferentes 
finalidades e proporcionará economia de água e impactos nas economias regionais e até 
nacionais dependendo do volume de reuso. Para tanto é necessário estabelecer no Brasil padrões 
para água de reuso, ampliando sua capacidade e o tratamento de esgotos. 
1.2 Objetivos 
1.1.1 Objetivos Gerais: 
• Avaliar a possibilidade de reuso da água do lavatório e chuveiro na bacia 
sanitária, de forma direta sem maiores gastos. 
1.1.2 Objetivos específicos: 
• Instalar o medidor de vazão no lavatório, chuveiro e bacia sanitária. 
• Realizar as leituras nos equipamentos instalados 
• Quantificar o volume de água utilizada no lavatório, vaso sanitário e 
chuveiro de um banheiro. 
• Calcular as porcentagens de utilização de cada equipamento 
• Avaliar o quanto esta economia impacta na conta de água do consumidor 
unitário; 
• Avaliar o quanto esta economia impacta na conta de água do 
empreendimento completo, incluindo a área comum; 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
A redução do consumo de água potável de alta qualidade implica tanto na adoção de medidas 
que visem o uso racional, tais como redução de pressão nos pontos de consumo, uso de 
tecnologias economizadoras, manutenção eficiente, de forma a possibilitar a detecção e 
conserto de vazamentos, entre outros, como também no emprego de fontes alternativas para 
usos que não necessitam de água potável. (LIMA, 2010). 
De acordo Gonçalves et al (2010), o consumo de água doméstico pode constituir mais da metade 
do consumo total de água nas áreas urbanas, do ponto de vista estratégico, atuar no controle da 
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demanda residencial é a melhor alternativa para prorrogar a ocorrência de estresse hídrico nas 
cidades. 
O esgoto sanitário gerado nas residências pode ser segregado da seguinte forma: água negra: 
efluente proveniente dos vasos sanitários, incluindo fezes, urina e papel higiênico; água cinza: 
águas servidas, excluindo o efluente dos vasos sanitários; água amarela: representando somente 
a urina; água marrom: representado somente pelas fezes (OTTERPOHL,2001 apud 
BAZZARELLA, 2005). 
O termo água cinza para reuso é definido como todo esgoto gerado por uma localidade que não 
possui contribuição dos vasos sanitários e pias de cozinha, e sim, de locais como lavatórios, 
chuveiros, tanques e máquinas de lavar roupas (ANA, 2005). 
A ABNT NBR 13969 (1997) preconiza que a água de reuso após captada e tratada pode ser 
usada para atividades como: irrigação de jardins, lavagem de piso, descarga de vasos sanitários, 
dentre outros. 
De acordo com Hespanhol (2002), a água proveniente de pias, lavatórios e chuveiros, podem 
ser utilizadas para descarga de bacias sanitárias e lavagem de pisos. Já a água originária de 
efluentes com resíduos de bacias sanitárias (águas negras) só pode ser utilizada novamente para 
os mesmos fins após tratamento. 
Segundo Lima (2010), as águas cinzas devidamente tratadas podem ser utilizadas no consumo 
não potável como descarga de vasos sanitários, lavagem de calçadas e ruas, irrigação de jardins, 
irrigação de faixas verdes decorativas ao longo de ruas e estradas, construção civil 
(compactação do solo, controle de poeira, lavagem de agregados), limpeza de tubulações, 
sistemas decorativos tais como espelhos d’água, chafarizes, fontes luminosas, entre outros. 
Santana e Silva (2014) afirmam que as águas de reuso devem apresentar algumas características 
de acordo com suas respectivas finalidades, como por exemplo: para irrigação de jardim, 
lavagem de pisos não deve apresentar mau-cheiro, não deve conter componentes que agridam 
as plantas, não deve ser abrasiva, não deve manchar superfícies, não deve propiciar infecções 
ou contaminações que prejudiquem a saúde humana. Água para descarga em bacias sanitárias: 
não deve apresentar mau-cheiro, não deve ser abrasiva, não deve manchar superfícies, não deve 
deteriorar os metais sanitários, não deve propiciar infecções ou a contaminação por vírus ou 
bactérias prejudiciais à saúde humana. Água para lavagem de roupa: deve ser incolor, não deve 
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ser turva, não deve apresentar mau-cheiro, deve ser livre de partículas sólidas, deve ser livre de 
metais, não deve deteriorar os metais sanitários e equipamentos, não deve propiciar infecções 
ou a contaminação por vírus ou bactérias prejudiciais à saúde humana. 
Para May (2009),a fim de possibilitar o reuso de águas cinzas é necessário efetuar um 
tratamento dessa água e adequá-la aos padrões de qualidade compatível com o uso destinado. 
Deve-se considerar o comportamento do usuário, sendo que o volume e a concentração de 
contaminantes podem variar de acordo com a tipologia da edificação, localidade, nível de 
ocupação da residência, faixa etária, estilo de vida, classe social, cultura e costumes dos 
moradores. 
De acordo com Santos (2002), a configuração básica de um sistema de água cinza consta 
basicamente do subsistema de coleta de água servida, do subsistema de condução da água 
(ramais, tubos de queda e coletores), da unidade de tratamento (gradeamento, decantação, filtro 
e desinfecção) do reservatório de acumulação, e, se necessário, de um sistema de recalque, 
reservatório superior e distribuição. 
Freitas (2018) afirma que o custo de implementação de um sistema de tratamento de águas 
cinzas e de sua manutenção são baixos devido a simplicidade do tratamento, a não ser pela 
aquisição do coletor solar comercial, que tem a função de pasteurizar a água. O objetivo 
principal do sistema é evitar o desperdício e realizar o aproveitamento de água que ocorre nas 
residências, atualmente. Foi visto, também, que há muita variação das análises físico-químicas 
nas amostras das águas cinzas e, por isso, não há como ser feito um tratamento específico para 
alguns poluentes nessas águas. 
Segundo Santos (2002), é possível fazer uma simulação a respeito da quantidade de água cinza 
necessária para cada usuário. Considerando um chuveiro com uma vazão de 0,10 l/s e que o 
mesmo seja acionado apenas uma vez por dia durante 10 minutos, o volume de água seria de 
60 litros. Considerando também que utilize o lavatório cinco vezes por dia, durante 30 
segundos, cada utilização com vazão específica de 0,10 l/s, o volume de água consumido é de 
15 litros. Logo, o volume total é de 75 litros. Considerando esse volume como volume potencial 
de água cinza, e admitindo perdas e aproximadamente 5% no sistema predial de água cinza, o 
volume disponibilizado seria em torno de 71 litros. Por outro lado, a descarga de uma bacia 
sanitária consome cerca de 10 a 12 litros de água potável por vez que é acionada, supondo que 
a mesma seja utilizada quatro vezes ao dia, o consumo é cerca de 48 litros de água. Então, se a 
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água cinza puder ser reutilizada em lugar da água potável na descarga da bacia sanitária, haveria 
a possibilidade de uma economia de 48 litros de água potável, restando ainda 23 litros para 
outros fins não nobres. 
Fiorin (2005), em um estudo de caso realizado em Ijuí - RS, expõe que a reutilização das águas 
cinzas trazem benefícios tanto para os moradores, quanto para as estações de tratamento de 
água. Possibilita a maximização da eficiência na utilização dos recursos hídricos, uma garantia 
na qualidade da água tratada; a viabilização de um sistema "fechado", com descarte mínimo de 
efluentes; além da redução expressiva de custos com água e esgotamento sanitário. Porém, o 
controle do processo de reuso de águas é fase de grande importância, devendo começar pela 
obrigatoriedade de separação das canalizações de água potável e água de reuso. Além disso, 
deve-se primar pelo monitoramento da operação em particular no desempenho da desinfecção 
realizada no sistema. 
Lima (2010) apresenta a porcentagem do uso final da água no setor residencial em diferentes 
países e explica que as variações de consumo podem ser explicadas pelas diferentes condições 
climáticas, aspectos sociais, econômicos e culturais. É apresentado ainda que no Brasil o 
equipamento responsável pelo maior consumo de água é o chuveiro, seguido das bacias 
sanitárias. A Figura 1 apresenta o gráfico com a distribuição do consumo de água em uma 
residência no Brasil. 
 
Figura 1 – Percentuais de consumo de água em uma residência no Brasil (Lima, 2010). 
 
 
 
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3 METODOLOGIA 
Para a realização do presente estudo inicialmente serão adquiridos aparelhos de medição de 
vazão em tubulação de água fria, com selo do INMETRO para garantir credibilidade das leituras 
que serão realizadas. 
Os equipamentos serão instalados nas entradas de água dos aparelhos hidráulicos, do banheiro 
social ou de suíte do apartamento residencial escolhido, utilizado por moradores e eventuais 
visitas. 
Estes dispositivos serão colocados na entrada de água para pia, Figuras 2 e 3, chuveiro, Figura 
4, e caixa acoplada da bacia do vaso sanitário, Figuras 5 e 6, e com a finalidade de aferir a 
quantidade de água utilizada por cada um deles. 
Figura 2 – Lavatório 
 
Fonte: Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 3 – Engate do lavatório 
 
 Fonte: Autor 
 
Figura 4 – Chuveiro elétrico 
 
Fonte: Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local previsto para 
instalação do medidor 
 
Local 
previsto para 
instalação do 
medidor 
 
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Figura 5 – Vaso sanitário com caixa acoplada 
 
Fonte: Autor 
 
Figura 6 – Engate da caixa acoplada do vaso sanitário 
 
Fonte: Autor 
 
 
 
Local previsto 
para instalação 
do medidor 
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O apartamento escolhido para a realização deste estudo localiza-se no banheiro de um 
apartamento localizado no Setor Leste Universitário, Goiânia – Goiás. O empreendimento é 
um apartamento residencial com dois quartos, sendo um suíte, um banheiro social, sala de estar, 
cozinha, área de serviço e sacada. É habitado por duas pessoas do sexo masculino, ambas com 
23 anos de idade, as quais eventualmente recebem visitas de amigos e familiares. 
As leituras que serão realizadas em horário padrão, diariamente durante um período de três 
meses (agosto, setembro e outubro). 
Finalizadas as leituras, todos os dados serão utilizados para elaborar as porcentagens de 
utilização de cada equipamento dentro do ambiente banheiro, onde a somatória das vazões totais 
dos 3 equipamentos será um valor específico divergente do total de 100%, que será o da 
residência completa, incluindo o segundo banheiro, cozinha e área de serviço. 
Com os dados de vazão total de cada equipamento e porcentagem de utilização de água de cada 
um deles, serão feitos gráficos que ilustrem a situação observada. 
No final será avaliada a porcentagem de água que pode ser reutilizada dentro desse próprio 
ambiente. E a partir desse dados fazer a verificação, com cálculos, do impacto que esse 
reaproveitamento de água trará na conta de água do consumidor e por consequência ampliar 
essa verificação para todo edifício, incluindo as áreas comuns existentes no local, como áreas 
de lazer, banheiros sociais e de serviço. Tais verificações serão feitas a partir do modelo 
utilizado para estudo, no qual os cálculos utilizados serão replicados de acordo com o total de 
apartamentos e ambientes equivalentes nas áreas comuns que apresentarem as mesmas 
características do banheiro analisado. 
 
 
 
 
 
 
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4 CRONOGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Apesar de baixa fertilidade, mundo terá 9,8 bilhões de pessoas 
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98-bilhoes-de-pessoas-em-2050/ >. Acesso em 29 de março de 2019. 
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https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
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