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TCC FINAL CORRIGIDO e aprovado

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CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
MYRELA PRUDENTE VASCONCELOS LISBOA 
ROBERTO AMARAL FLAQUER DUARTE 
RODRIGO AGUIAR FERRO 
 
 
 
 
ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DO REUSO DE ÁGUAS CINZAS 
 
 
 
 
 
 
 
MACEIÓ, 04 DE ABRIL DE 2023. 
 
 
 
MYRELA PRUDENTE VASCONCELOS LISBOA 
ROBERTO AMARAL FLAQUER DUARTE 
RODRIGO AGUIAR FERRO 
 
 
 
 
ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DO REUSO DE ÁGUAS CINZAS 
 
 
 
Monografia apresentada ao Centro 
Universitário Tiradentes como um 
dos pré-requisitos para a obtenção 
de grau de Bacharel em Engenharia 
Civil. 
 
 Orientador: Dr. Djair Felix da Silva 
 
 
 
Maceió, AL 
2023 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família é base, amizade é afinidade, compreensão. Familiares podem ser amigos! 
Amigos podem ser familiares! Ambos são eternos. Familiares a gente aprende a gostar, 
e ama mesmo assim. Amigos a gente escolhe e não abre mão. 
Hélène Françoise 
 
 
 
Agradeço a minha avó Bahia (já falecida) que sempre moveu todos os esforços para os estudos dos 
netos. Agradeço a minha mãe que nunca desistiu, que diante de todas as dificuldades se manteve forte 
e confiante, que um dia eu tenha a metade da fibra dela. Agradeço a Dedé, minha avó de coração, que 
nunca permitiu que eu desistisse e com quem fiquei ao lado até seu último suspiro. Agradeço ao meu 
pai que é a minha maior inspiração profissional. Agradeço aos meus amigos de trabalho Meraldo e 
Ayana que me passaram não só conhecimento, mas insigths e até a sugestão de tema para este estudo. 
Agradeço aos meus irmãos que nunca me deixaram desistir dos estudos, principalmente ao Cesinha 
que teve a dura missão de encher meu saco, me vigiar, me manter no trilho, foi um irmão, um pai, um 
amigo, um coronel, sem ele eu não estaria “literalmente” aqui. Hoje, a minha vitória é de todos vocês 
também. 
 Myrela Prudente Vasconcelos Lisboa 
 
Agradeço a minha família, amigo e professores e principalmente a Encibra S.A que me incentivou, 
apoiou e contribuiu muito com esse momento. 
Roberto Amaral Flaquer Duarte. 
 
Quero agradecer aos meus pais, irmãos e a minha noiva que incentivaram e me apoiaram em toda 
essa jornada nessa graduação e dedico a realização desse trabalho a eles. 
 
Rodrigo Aguiar Ferro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
A reutilização das águas cinzas é um mecanismo de gestão ambiental utilizado no mundo inteiro 
como meio eficiente de preservação dos efluentes de água potável, bem como, um recurso 
essencial à preservação ambiental. O presente trabalho visa analisar a eficiência dessa técnica 
quando aplicada às edificações públicas do tipo escolar, bem como, caracterizar um sistema de 
reuso de águas cinzas, apresentar os tipos de materiais e técnicas disponíveis para implantação 
do sistema em escolas públicas, analisar a eficiência dos sistemas já implantados e propor 
melhorias. A estrutura do estudo apresenta-se com um capítulo Introdutório, seguido dos 
Objetivos e Justificativas, em seguida, no capítulo quatro, apresenta-se o corpo teórico com 
relação de consumo de água em edificações, o reuso de águas cinzas, os meios de implantação 
de um sistema de tratamento de água, as normas técnicas obrigatórias no Brasil e o nível de 
eficiência desses sistemas em escolas públicas. No capítulo 5, é demonstrada a metodologia e 
no capítulo 6 os resultados, finalizando com o capítulo 7 para conclusão e o capítulo 8 com 
sugestões de pesquisas futuras. 
 
Palavras-chave: Reutilização de água. Águas cinzas. Escolas Públicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The reuse of gray water is an environmental management mechanism used worldwide as an 
efficient means of preserving drinking water effluents, as well as an essential resource for 
environmental preservation. The present work aims to analyze the efficiency of this technique 
when applied to public buildings of the school type, as well as to characterize a gray water reuse 
system, to present the types of materials and techniques available for the implementation of the 
system in public schools, to analyze the efficiency of systems already implemented and propose 
improvements. The structure of the study is presented with an Introductory chapter, followed 
by the Objectives and Justifications, then, in chapter four, the theoretical body is presented with 
relation to water consumption in buildings, the reuse of gray water, the means of implantation 
of a water treatment system, the mandatory technical standards in Brazil and the level of 
efficiency of these systems in public schools. In chapter 5, the methodology is demonstrated 
and in chapter 6 the results, ending with chapter 7 for conclusion and chapter 8 with suggestions 
for future research. 
 
Keywords: Water reuse. Gray waters. Public schools 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................09 
2. Objetivos ...........................................................................................................................12 
2.1. Objetivo Geral .............................................................................................................12 
2.2. Objetivos Específicos .................................................................................................12 
3. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................12 
4. ASPECTOS TEÓRICOS ................................................................................................13 
4.1. Consumo de água em edificações ...............................................................................13 
4.1.1. Reuso de água cinza em edificações ................................................................16 
4.2. Sistemas Experimentais de Tratamento de água cinza ...............................................20 
4.3. Normas técnicas e legislações sobre reuso de água cinza no Brasil ...........................23 
4.4. Eficiência do reuso de águas cinzas em escolas públicas ...........................................27 
5. METODOLOGIA ............................................................................................................29 
6. RESULTADO E PESQUISA ..........................................................................................30 
7. CONCLUSÃO ..................................................................................................................31 
8. REFERÊNCIA .................................................................................................................32 
 
 
 
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nosso planeta é formado em sua composição de 70% de água. Um bem considerado 
essencial para a existência de vida na Terra. Ocorre que apenas 3% dessa água é doce, e dentre 
elas 2% estão em geleiras e apenas 1% é disponível para consumo. 
Observamos que geograficamente essa água disponível para consumo é mais presente 
em alguns países que em outros. No Brasil, encontramos 12% de toda a água potável do Mundo, 
segundo Tomaz (2001), sendo muitas vezes mal distribuída aos próprios cidadãos. 
A demanda por água cresceu mais de seis vezes entre os anos 1900 a 1995, mantendo 
esse crescimento em constante elevação principalmente para consumo agrícola, industrial e 
residencial, segundo WHO (1997). Observando a taxa populacional de mais de oito bilhões de 
pessoas na Terra, fica razoável pensar que em breve teremos uma crise de abastecimento. 
Os desafios que se apresentam aos gestores públicos são diversos e nas mais variadas 
culturas do Mundo (PALMIER, 2001). 
Relatos dos estudos de Petry e Boeriu (2000) demonstram que o desenvolvimento de 
novas tecnologias para manejo de recursos hídricos vem crescendo, mas ainda falta muito a se 
aprimorar.Não bastasse a pouca oferta de água para consumo, têm-se o grave problema da falta de 
tratamento da água após o consumo, ou seja, o saneamento básico. Só no Brasil, metade dos 
municípios não tem rede de coleta de esgoto, bem como, dos que possuem alguma estrutura 
apenas 20% tratam o esgoto coletado (IBGE, 2002). 
O esgoto não tratado, geralmente, é despejado em rios, solo e mar. Levando a outro 
problema: contaminação das águas potáveis disponíveis para consumo. Ou seja, não bastasse a 
questão da pouca oferta da água para consumo, ela ainda é contaminada pela água consumida 
sem tratamento devido. 
Palmeira Junior (2004) afirma categoricamente que, em alguns municípios brasileiros, 
75% das águas utilizadas para uso urbano e residencial retornam aos corpos d’água na forma 
de esgoto. Quando isso ocorre, elas levam para esse ambiente águas poluídas com sólidos em 
suspensão, matéria orgânica, óleos, graxas, nutrientes, metais pesados e outras impurezas. 
Diante deste cenário, é fundamental a produção de artigos e debates científicos que 
ajudem a proposição de soluções para o problema que se arvora na nossa sociedade, 
principalmente as que se relacionam à conservação da água potável. O presente trabalho irá 
focar na reutilização de águas cinzas para consumo não potável, visto que, essa solução envolve 
não só o debate da disponibilidade de água doce como o manejo após o consumo. 
10 
 
Autores como Hespanhol (1997) defendem que a tese de substituição de fontes é a 
alternativa mais adequada e menos restritiva dentre as técnicas possíveis, deixando as águas de 
melhor qualidade para usos mais nobres. 
Já os trabalhos de Philippi (2003) demonstram que a reutilização de águas cinzas é o 
método com maior eficácia na conservação de águas potáveis, sendo um forte mecanismo de 
gestão ambiental e detector de tecnologias já consolidadas para sua aplicação. 
Sistemas de coleta e reuso de águas cinzas já existem em diversos países, com intuito 
de conscientizar e incentivar sobre a conservação da água potável, tais como Alemanha, Estado 
Unidos e o Japão. No Brasil, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), somente a proposta 
de reuso de águas cinzas para limpeza de vasos sanitários resultaria em uma economia de 1/3 
do volume utilizado para atender o consumo doméstico nacional (ANA, 2005). 
“Reusar a água é aproveitar a água residuária recuperada, através da remoção ou não 
de parte dos resíduos por ela carregada em uso anterior, e usá-la novamente em 
aplicações menos exigentes que o primeiro uso, encurtando assim o ciclo da natureza 
em favor do balanço energético” (METCALF; EDDY, 2003). 
 
A lógica é que as águas cinzas podem ser reutilizadas em outras situações que não o 
consumo primário, resultando em uma preservação da água potável para finalidades mais 
essenciais. Nos dizeres de Langergraber e Mullegger (2005), as águas residuárias são 
conhecidas como um recurso que pode ser disponível para reuso. 
Define-se águas cinzas aquelas que provêem de banheiras, chuveiros, lavatórios, 
máquinas e tanques de lavar roupas e pias de cozinha, entre outros. Nos trabalhos da Califórnia 
Graywater Standards (1994), as águas cinzas são definidas como resíduos líquidos não tratados 
originados de edificações sem contato com resíduos originados do vaso sanitário. 
Conquanto que nos dizeres de Otterpohl (2001) as águas residuárias são classificadas 
em: 
• Águas negras (clackwater): efluentes provenientes dos vasos sanitários, como urina, 
fezes e papel higiênico; 
• Águas cinzas (greywater): águas servidas, excluindo o efluente proveniente de vasos 
sanitários; 
• Águas amarelas: efluentes contendo somente urina; 
• Águas marrons: efluentes contendo somente fezes. 
Além desse, os estudos de Henze e Ledin (2001) existiriam duas categorias de águas 
cinzas: as claras, provenientes do chuveiro, do lavatório, máquina de lavar roupas, e similares; 
11 
 
e, as escuras, que apresentam em sua composição as águas provenientes das pias ou máquinas 
de lavar pratos, por exemplo. 
Quando são devidamente tratadas, as águas cinzas podem ser utilizadas no consumo 
não-potável das edificações como nas bacias sanitárias, nas torneiras do jardim, na irrigação de 
gramados, plantas e hortas, na lavagem de veículos, na lavagem de roupa, na limpeza de 
calçadas, na limpeza de pátios, na produção de concretos, na compactação de solos, na recarga 
de aquíferos para usos ornamentais (chafarizes e espelhos d’água), entre tantas outras 
finalidades. A classificação da qualidade dessa água será no sentido da finalidade do seu uso, 
como ensina Blum (2003). 
Para estimar a demanda de água não potável nas edificações poder-se-ia utilizar dos 
dados de: tarifa exercida pela companhia de saneamento, renda familiar, condições climáticas, 
características prediais, número de moradores/usuários e, ainda, faixa etária (ARBUÉS et al, 
2003). 
No Brasil foi realizado um diagnóstico dos serviços de água e esgoto, no ano de 2003, 
dentro do Programa de Modernização do Setor de Saneamento – PMSS (2004), onde constatou-
se o consumo per capita médio de 141L /hab.dia. Quanto que dentre as regiões do país, fica no 
Sudeste o maior índice de 174L/hab.dia (SNIS, 2006). 
No entanto, boa parte das críticas ao modelo de reuso de águas cinzas foca nos riscos 
relacionados à utilização inadequada de sistemas, tais como: 
• Disseminação de doenças por exposição à microrganismos presentes na água que podem 
causar danos à saúde pública; 
• Proliferação bacteriológica na água; 
• Proliferação de algas na água; 
• Presença de odores decorrentes de decomposição de matérias orgânicas; 
• Entupimento de tubulações de alimentação e distribuição das águas; 
• Corrosão de peças e equipamentos no uso de águas ácidas; e 
• Manchas em louças e metais que tiverem contato com as águas. 
Por este prisma, nota-se que a identificação e a caracterização desses riscos potenciais 
nas águas são uma base para análise do sucesso desse sistema, bem como, o conhecimento 
técnico profundo sobre os efluentes. De modo que se possa determinar, com o máximo de 
segurança e eficiência, os requisitos mínimos de qualidade para que essas águas sejam 
aproveitadas e reutilizadas da melhor forma. 
 
12 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
 
Analisar a eficiência do sistema de reuso de águas cinzas em escolas municipais. 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
• Caracterizar um sistema de reuso de águas cinzas; 
• Apresentar os tipos de materiais e técnicas disponíveis para implantação do 
sistema em escolas públicas; 
• Analisar a eficiência dos sistemas já implantados; e, 
• Elaborar propostas de melhorias e divulgação desses mecanismos para escolas 
públicas. 
 
3. JUSTIFICATIVA 
 
O termo ‘uso racional da água’ refere-se na realização de ações técnicas e mudanças 
culturais que impliquem na diminuição da demanda por água e redução do potencial poluidor 
deste consumo sobre os mananciais. Essas ações podem também ser chamadas de políticas 
públicas e se justificam, no mínimo, pela situação crítica da relação demanda e disponibilidade 
de água potável no mundo. 
Sendo o presente trabalho um esforço para propor e valorizar os resultados da aplicação 
da técnica de reuso de águas cinzas em algumas escolas públicas. Segundo a Agência Nacional 
de Águas (ANA) as bacias hidrográficas, ou os trechos de rios, que abastecem as regiões 
metropolitanas de várias capitais brasileiras estão em estado crítico ou muito-crítico (ANA, 
2005), o que se verificou verdadeiro quando sobreveio a crise hídrica de 2013. 
Um recurso técnico muito utilizado para o uso racional da água é o reuso racional da 
água cinza nas edificações, porém ainda encontra algumas barreiras para sua implementação. 
Trata-se o método da reutilização de água residuária (esgoto, água descartada, efluentes 
líquidos, tratados ou não). No Brasil, a necessidade ou não de tratamento da água residuária 
para transformá-laem água de reuso, refere-se ao padrão exigido para uso conforme a finalidade 
pretendida (CNRH, 54/2006) conforme se encontra na NBR 13.969/1996 descrição do grau de 
tratamento necessário para cada modalidade de uso. Ressalte-se que a NBR citada não 
13 
 
aprofunda a temática, sendo restritiva e até negligente como no caso do uso de água de enxágue 
das máquinas de lav… ar roupa, após desinfecção, para uso nas descargas dos vasos sanitário, 
por exemplo. 
Alerta Winward (2007) que os sistemas de reuso de águas cinzas deve ser altamente 
seguro do ponto de vista sanitário, bem como, de fácil operação e manutenção, principalmente 
nas edificações de uso contínuo como as escolas, comércios e residências. Além de ter de ser 
viável economicamente (ZANETI et al, 2012). 
Por ser esse tema essencial a sobrevivência da nossa sociedade, ainda mais após a 
repercussão da crise hídrica de 2013 que afetou grandes metrópoles esse estudo se justifica de 
per si pela urgência do tema, pela necessidade de divulgação das boas práticas e pelo fomento 
ao debate acadêmico tão essencial na proposição de soluções dos problemas sociais, 
econômicos e ambientais. 
 
4. ASPECTOS TEÓRICOS 
 
4.1. Consumo de água em edificações 
 
De toda a água doce disponível no Planeta, 69% são destinada à agricultura, 23% à 
Industria e 8% para uso humano (HINRECHSEN; HOBEY; UPADHYAY, 1997). Dentre 
aquelas de consumo urbano, há ainda três categorias de consumo: 
• Residencial: Nas residências e edificações familiares; 
• Comercial: nos edifícios comerciais (restaurantes, hospitais, hotéis, lavanderias, 
lava-jatos, clubes, bares, lanchonetes, lojas e similares); 
• Público: edificações de órgãos públicos (escolas, parques, prédios de órgãos oficiais, 
cadeias e similares em qualquer esfera administrativa). 
Alguns autores americanos (BROW, 1986; CALDWELL, 1986; TOMAZ, 2000) 
estimaram que o consumo interno de uma residência padrão nos Estados Unidos consome, 
somente no vaso sanitário, cerca de 35% do consumo de água total dessa residência. 
Em segundo lugar, eles colocaram a máquina de lavar roupas, que consumiria 
aproximadamente 22% do consumo total da família, seguido do chuveiro (18%) e das torneiras 
(13%), configurando que menos da metade do consumo da família eram empregado em 
atividades essenciais como cozinhar, hidratar ou tomar banho (BROW, 1986; CALDWELL, 
1986; TOMAZ, 2000). 
14 
 
Numa pesquisa realizada na Holanda repetiu-se o padrão com o vaso sanitário podendo 
consumir até 41% de toda a demanda familiar, seguido de perto pelo consumo do banho e da 
lavagem de roupa que podem chegar até 37% dessa demanda (TOMAZ apud QASIM, 2000). 
Quando nós voltamos para estudos no Brasil, verifica-se que o consumo do vaso 
sanitário, do chuveiro e da pia da cozinha juntos somam mais de 74% da demanda residencial. 
Ressalta-se, porém, que o consumo dos vasos sanitários brasileiros é bem inferiores aos dos 
EUA e Holanda, devido a difusão do uso de vasos com caixa acoplada de até 6L por descarga, 
conforme o destaque do relatório Uso Racional de Água do DECA (USP, 2002; PNCDA, 2007; 
DECA, 2005). 
Para contextualizar, a bacia sanitária é o componente mais importante do sistema de 
descarga quando se observa o consumo de água, sendo o foco dos Programas Setoriais de 
Qualidade (PSQ) e do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade da Habitação (PBQP-
H). Nos quais há um objetivo específico sobre o uso racional da água com previsão de qualidade 
evolutiva das bacias sanitárias (e dispositivos de descarga) de modo que até o ano de 2002 já 
era para se ter alcançado a meta de volume máximo de descarga em 6 litros ou menor (ILHA; 
GONÇALVES; OLIVEIRA, 2002). 
O grande gargalo nacional ficou por conta do consumo de água em chuveiros e máquinas 
de lavar roupas, podendo o chuveiro sozinho chegar de 33% a 54% da demanda residencial 
(USP, 2002; PNCDA, 2007; DECA, 2005). Desse modo, fica evidente que o incentivo ao uso 
racional de água deve ser praticado ostensivamente de modo a minimizar a escassez de água 
potável, principalmente no consumo urbano, já que é onde o problema é mais cotidiano e 
massivo. 
Quando se busca conservar a água é preciso que se tenha um conjunto de atividades 
(TOMAZ, 1998) com o objetivo de: Reduzir a demanda de água, melhorar o uso dela, reduzir 
as perdas e o desperdício e implantar práticas de economia de água. Sendo, nos dizeres de 
Santos 
 (2002), um conjunto de ações que busque economizar as águas dos mananciais seja 
dentro do sistema público de abastecimento de água, ou dentro das casas. 
Dentro do Manual de Conservação e Reuso de Água (2005), elaborado pelo Sindicato 
da Industria da Construção Civil do Estado de São Paulo – SINDUSCON, a conservação de 
água é definida como qualquer ação que possa reduzir a quantidade de água extraída das fontes 
de suprimento, ou que reduzam o consumo de água, ou ainda que aumente a eficiência do uso 
da água, ou, por fim, que aumente a reciclagem e o reuso de água. 
15 
 
Nesse sentido, as medidas para a conservação de água utilizadas no meio urbano 
(residencial, comercial e industrial) podem ser convencionais ou não-convencionais. São 
exemplos de medidas convencionais: Mudança tarifária na tributação, conserto de vazamentos 
residenciais, conserto de vazamentos na rede pública, redução de pressão nas redes públicas, 
reciclagem e reuso de água, normativas para aparelhos sanitários, entre outros (TOMAZ, 2001). 
Conquanto que os não-convencionais seriam: Reuso de águas cinzas (águas servidas 
residenciais); utilização de excretas de vasos sanitários em compostagens; aproveitamento de 
água do mar ou salobra; aproveitamento da água de drenagem do subsolo de edifícios (TOMAZ, 
2011). 
Para as companhias de abastecimento o maior problema está no desperdício de água, 
segundo a SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), só no ano de 
2003 a perda física total de água foi de 34%, dentre as quais 16% foram perdida em vazamentos 
dentro da rede de distribuição e ramais e 17% em perdas aparentes por erro em medidores, 
ligações clandestinas ou falhas cadastrais (SABESP, 2004). 
Como uma das medidas para conscientização do uso racional da água, a SABESP em 
conjunto com a Universidade de São Paulo (USP) implantou o Programa de Uso Racional da 
Água – PURA. Nele buscava-se avaliar os potenciais de diminuição do volume de água 
fornecido aos edifícios da Universidade, por meio da redução de perdas e do uso racional de 
água. 
O PURA era composto por outros seis macro programas: Banco de Dados, Laboratório 
Institucional, Avaliação e Adequação de tecnologias, Caracterização de demandas e impactos, 
Programa de qualidade, e programas específicos de economia de água. Antes da sua 
implantação, foram realizados estudos de casos em edifícios como escolas, escritórios e 
hospitais para que houvesse a determinação de uma metodologia de auditoria e procedimentos 
de intervenção posteriores (SILVA, 2004). 
Falar em conservação de água é uma questão essencial do eixo do conhecimento 
chamado “meio ambiente”, além disso, o uso de medidas convencionais é extremamente 
necessário, para que seus resultados sejam percebidos e alcançados à longo prazo. 
Como solução para isso, foi criado o projeto Green Buildings, um programa do governo 
de Taiwan, com sete categorias de avaliação que buscam intensificar e promover a conservação 
de energia, a proteção das fontes hídricas, a diminuição do desperdício de material e do impacto 
ambiental. Tudo isso para alcançar eficientemente uma qualidade ecológica das edificações. E 
nesse trabalho há uma atenção especial aos sistemas de aproveitamento e reciclagem de água 
(CHENG, 2001). 
16 
 
 
4.1.1. Reuso de água cinza em edificações 
 
As águas cinzas são aquelas servidas em residências e provenientes de lavatórios, 
chuveiros, banheiras, pias de cozinha, máquinas e tanques de lavar roupa (OTTONSON, 2003).No entanto, nos estudos de Nolde (1999) e Christova-Boal (1996) as águas efluentes de cozinha 
são consideradas altamente poluídas, putrescíveis e com grande número de compostos 
indesejáveis (óleos e gorduras, por exemplo). 
Utilizar-se águas cinzas como fontes alternativas de água é uma prática comum em 
outros países como Japão, EUA, Canadá, Alemanha, Reino Unido e Israel. Já no Brasil é mais 
comum haver aplicações de sistemas de reuso de água cinzas em condomínios residenciais 
(BRANCATELLI, 2007). Diferentemente das águas pluviais, onde os volumes de produzidos 
estão conectados com os índices pluviométricos da região, as águas cinzas são dependentes das 
vazões oriundas de água potável nas edificações e com coleta facilitada. 
Os efluentes domésticos podem ser pretos (blackwater) ou cinza (greywater), essa 
separação é importante para definição de qual tratamento será aplicado e qual o uso final dele 
(MENDONÇA. 2004). Existem outras classificações por cores, que são fruto dos trabalhos de 
Henze e Ledin (2001): 
• Preto → Todos os efluentes domésticos misturados; 
• Cinza escuro → Águas de banho, cozinha e lavatório; 
• Cinza claro → Águas de banho, lavatório e máquina de lavar roupas; 
• Amarelo → Somente urina (mictório); 
• Marrom → Somente fezes. 
Nas águas cinzas há componentes de sabão e outros produtos que são usados na lavagem 
corporal, de roupas e de limpeza geral (JEFFERSON et al, 1999). A qualidade dessas águas 
dependerá da localidade, do nível de ocupação da residência, da faixa etária, estilo de vida, 
classe social, cultura e costumes, de acordo com os estudos de Nolde (1999) que há variação 
também pela procedência. 
Para uso de águas cinzas alguns fatores serão essenciais como a qualidade do afluente e 
do efluente, o tratamento aplicado, o tipo de uso final. Além disso, há características distintas 
dependendo do ponto de amostra, se do chuveiro, se de máquina de lavar roupas, e afins. 
17 
 
Reutilização de água consiste no aproveitamento da água previamente utilizada, uma ou 
mais vezes, em alguma atividade humana, para suprir as necessidades de outros usos benéficos 
(LAVRADOR, 1987). Existem tipos de reuso de água: 
• Indireto: Quando as águas já utilizadas, uma ou mais vezes nas residências ou indústrias, 
são descarregadas nas águas superficiais ou subterrâneas, de modo que podem ser 
utilizadas novamente à jusante de forma diluída; 
• Direta: Quando há um uso deliberado e planejado do esgoto tratado para algumas 
finalidades, sem lançamento ou diluição prévia em corpos superficiais ou subterrâneos. 
• Planejado: Quando a reutilização é resultado da ação humana consciente, desde que 
atendidos os cuidados necessários previsto para a sua prática; 
• Não-planejado: Quando a água, fruto de atividade humana, é descartada no meio 
ambiente e novamente utilizada à jusante, na forma diluída, de modo não intencional e 
não controlado. 
A grande diferença, segundo Lavrador (1987), no uso planejado ou não-planejado fica 
por conta do reuso resultar de ação consciente, subsequente ao descarte do efluente, ou desse 
reuso ser um subproduto não esperado da descarga. 
Para autores como Mancuso e Santos (2003) a classificação seria entre reuso de água 
potável ou não-potável. O reuso potável direto ocorre quando o esgoto possui tratamento 
avançado e sua reutilização é direto no sistema. Já o reuso potável indireto ocorre quando o 
esgoto, após tratado, é descartado nas águas superficiais ou subterrâneas para diluição, 
purificação natural e posterior captação, tratamento e finalmente tornar-se água potável. 
Em relação ao reuso não-potável é dividido pela sua finalidade de: uso agrícola, 
industrial, doméstico, recreacionais, manutenção de vazões, aquicultura e na recarga de 
aquíferos subterrâneos. 
A instalação de um programa de conservação de água é preciso analisar o tipo de 
edificação, as formas de distribuição do consumo, além das especificidades dos sistemas e 
usuários envolvidos (SINDUSCON, 2005) 
Nas edificações residenciais, o uso de água interno está focado em atividades de limpeza 
e higiene, enquanto o uso externo é para irrigação, lavagem de veículos, piscina e outros. Nas 
edificações comerciais, há uso em escritórios, restaurantes, hotéis, museus, e etc., 
principalmente para uso doméstico (tipo vaso sanitário), sistemas de resfriamento de ar-
condicionado e irrigação. 
Figura 1. Ciclo do uso de sistema de águas cinzas em residências. 
18 
 
 
Fonte: adaptação do South East Water 
 
Leciona Mendonça (2004) que a implantação de um sistema de reuso de águas cinzas devem 
ser projetados e construídos de maneira sustentável e eco eficiente, atendendo os fatores que na 
maioria das vezes serão verificados em análises socioeconômicas e ambientais para a 
implantação do sistema com total segurança, como representado abaixo: 
 
 
 
Figura 2. Fatores para implantação do sistema de reuso de águas cinzas 
Águas cinzas 
(lavatório, chuveiro 
e máquina de lavar 
roupa)
USO PREVISTO
Requisitos de 
qualidade
Avaliação de Custo-
benefício
Coleta, tratamento e 
armazenamento
Instalação do 
sistema de reuso
Avaliação da 
qualidade
Uso não-potável
DESCARGA 
SANITÁRIA
19 
 
 
 
Fonte: Mendonça, 2004. 
 
Tem-se como vantagem nos sistemas de reuso de águas cinzas o estímulo ao uso racional 
e a conservação da água; a maximização da infraestrutura de abastecimento de água e 
tratamento de esgotos; e, a educação ambiental. Outro ponto é a variedade de uso não-potável 
como descargas de vasos sanitários, lavagens externas, irrigação, ornamentação, construção 
civil, limpeza de tubulações, espelhos d’água, chafarizes, fontes luminosas etc., ressaltando-se 
que o nível de tratamento é primordial para escolha do uso (ERIKSSON, 2002). 
Sobre a qualidade das águas cinzas no Brasil, pode citar alguns estudos específicos. O 
primeiro foi realizado em Santa Catarina, com a amostra de um reservatório de águas advindas 
de lavatórios, chuveiros e tanques de lavar roupas. O ambiente da pesquisa foi uma residência 
unifamiliar com 5 moradores, que juntos geravam 1000L de efluente por dia. 
A segunda foi realizada no Rio Grande do Sul, com três instalações habitacionais, 
divididos em com crianças, com animais, sem crianças e sem animais. As águas eram coletadas 
das caixas sifonadas dos banheiros e armazenadas as que provinham de lavatório e chuveiro. A 
terceira foi um estudo realizado em Curitiba, com coleta em mais de 26 caixas sifonadas de 
banheiros de um condomínio multe e unifamiliar. 
De modo geral, constatou-se da análise desses trabalhos que as amostras de água cinza 
do Brasil, possuem alta concentração de turbidez, concentração de sólidos dissolvidos totais em 
REUSO 
DE 
ÁGUA
Aplicaçã
o
Requisito
s de 
qualidade
Tipos de 
tratament
o
Legislaçã
o e 
normas 
técnicas
Instalaçõ
es 
hidráulic
as
Caracterí
sticas do 
efluente
20 
 
amostras provenientes de pias de cozinha, além de elevada concentração de nitrogênio Total 
(FIORINI; 2004). 
Com relação a presença de fósforo, constatou-se que ela pode variar conforme o ponto 
de coleta, sendo maior nos efluentes provenientes da máquina de lavar roupas, do tanque e da 
pia da cozinha. Com relação ao pH da água, são consideradas alcalinas. 
 
4.2. Sistema Experimental de tratamento de águas cinzas 
 
O sistema de reuso de águas cinzas em edificações tem componentes essenciais, tais como: 
 
1. Coletores: condutores horizontais e verticais que levam o efluente proveniente do 
chuveiro, do lavatório e da máquina de lavar roupas até o sistema de armazenamento, 
para posterior tratamento. Observe-se: 
 
 
2. Armazenamento: são os reservatórios de acumulação que viabilizam armazenar as 
águas cinzas coletadas de vários pontos. Inclusive, a relação entre volume gerado e 
demanda a ser atendida é fator fundamental para o sucesso do sistema. 
O volume de água cinza geradas e o volume usado em descargasde vasos sanitários 
durante um dia, são muito próximos. Porém, para produzir águas cinzas o espaço de tempo é 
curto, já para o uso nas descargas é ao longo do dia, ocasionando o fenômeno de déficit de água 
Durant a tarde e a madrugada. Problema que pode ser amenizado com a instalação de 
Águas de 
chuveiros e 
pias
Sistema de 
tratamento
Descargas de 
vasos 
sanitários
Rede Pública 
de Esgoto
21 
 
reservatórios acumuladores de águas cinzas, necessitando de mais espaço físico (JEFFERSON, 
1999). 
3. Tratamento: este depende da qualidade da água coletada e do tipo de uso final, essa 
decisão deve ser criteriosa e fundamentada nas características do efluente a ser tratado, 
além dos requisitos de qualidade que serão aplicados. Existe uma grande quantidade de 
processos cabíveis para essa fase, vindo de sistemas simples em residências até uma 
série de tratamentos avançados para reuso em larga escala. 
 
Também é feita a caracterização química das águas cinzas, que é classificada conforme 
o tipo de composto presente na amostra. 
Quanto aos compostos orgânicos, analisa-se a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) 
e a demanda química de oxigênio (DQO) para aferição do risco de depleção de oxigênio 
decorrente da degradação da matéria orgânica durante o transporte e a estocagem, além do risco 
de produção de sulfeto. O alto índice do DQO é decorrente dos produtos químicos residenciais, 
sendo esperado que eles sejam equânimes com aqueles encontrados em esgoto doméstico 
convencional, já o DBO deve ser baixo (ERIKSSON et al, 2002) 
Quanto aos compostos nitrogenados devem ter baixa concentração nas amostras, já que 
sua principal fonte é a urina, pouco presente na água cinza que deriva de ralos e pias, no que 
pese, algumas pessoas terem o hábito de urinar no banho (ERIKSSON et al, 2002). Os 
fosforados (nutrientes) têm como fonte principal o detergente, sendo a concentração média em 
70%, nos ambientes onde seu uso é maior (OTTERPOHL, 2001). 
Quanto aos compostos de enxofre deve-se observar com atenção sua concentração, já 
que a velocidade de produção é alta pois provem da respiração anaeróbica. Nessas condições 
os sulfatos tornam-se sulfetos, por meio de reações químicas, estes podem unir-se ao hidrogênio 
e produzir o sulfeto de hidrogênio, chamado de gás sulfídrico, que em índices maiores de 1 
mg/L geram odores insuportáveis (MERCALF; EDDY, 1991). 
Há ainda que se mencionar outros compostos, dependendo do pH da água de 
abastecimento ou dos produtos químicos utilizados no local, há também influencia da 
alcalinidade e dureza das amostras que dão informações sobre o entupimento de tubulações 
(ERIKSSON et al, 2002). Levando-se em consideração essas variáveis, espera-se encontrar nas 
amostras de águas cinza rastros químicos de sabões, detergentes, xampus, perfumes, tinturas, 
chás, café, amido, glicose, alvejantes, entre outros. Propondo Eriksson (2001) que se baseie em 
busca de compostos encontrados em produtos residenciais e identificação do risco ambiental 
22 
 
que potencialmente podem causar, alertando que o principal é o surfactante presente nos 
detergentes e nos artigos de higiene pessoal. 
Segundo Oliveira (2015) a microbiota encontrada nas águas cinzas, ressalta-se que as 
águas advindas dos vasos sanitários não compõem sua estrutura e seria nela que se encontraria 
maior parte dos microrganismos patogênicos. 
Mas ensina Ottoson (2003) que esses microrganismos possuem risco à saúde humana a 
depender do tipo, do tratamento dado a água e da rota de exposição. Encontrar Escherichia coli 
ou outros organismos entéricos demonstra que há contaminação fecal e possibilidade de 
presença de patógenos intestinais como Salmonella ou vírus entéricos na água cinza. Ressalta 
o autor que esse indicador pode, em alguns casos, superestimar os riscos devido ao seu potencial 
de crescimento no material coletado (OTTOSON, 2003). 
Por fim, deve-se observar os tipos de tratamento de águas cinza quais sejam: 
 
1. Sistema simplificados tipo dois-estágios 
 
A filtragem grosseira seguida de uma desinfecção é uma técnica amplamente difundida 
no Reino Unido para tratamento de água residencial e fabril. Leciona Jefferson (1999) que esse 
modelo leva em conta um período hidráulico curto, ou seja, a natureza química da água cinza 
fica intacta e o tratamento é mínimo. 
Essa desinfecção é feita com cloro ou bromo, que são dispersos no reservatório em 
formato de pastilhas efervescentes ou por meio de dosagem em solução líquida. Porém, uma 
alta concentração de matéria orgânica limita a eficácia do método, já que elas dificultam a 
penetração do desinfetante, aumentando a demanda dele, em especial do cloro que ainda pode 
favorecer a produção de subprodutos como cloraminas e trihalometanos. 
 
2. Sistemas físicos e físico-químicos 
 
Esse modelo foca na filtragem dos leitos de areia e nos processos de utilização de 
membranas, que precisam de pré-tratamento apropriado. Retirar os sólidos suspensos da água 
cinza é etapa fundamental para que seja destinada para a irrigação de jardins e descarga em 
vasos sanitários. 
Alguns sistemas essa retirada é feita em três etapas: pré-filtração que é a remoção de 
sólidos grosseiros do efluente de lavanderia, chuveiro e banheira; filtro de peneira que é a coleta 
principalmente de cabelo, partículas de sabões, fibra de tecidos; e filtro fino para reter os 
23 
 
elementos precipitados e o material sedimentado. Esses filtros necessitam de limpeza periódica 
de 15 a 20 minutos, uma ou duas vezes na semana, a depender do fluxo de atividades na 
residência; os resíduos desse método são descartados na rede de esgoto ou em latas de lixo 
(CHRISTOVA-BOAL et al, 1996). 
Já o sistema de membranas por outro lado oferece um barramento melhor das partículas 
suspensas que possuem dimensões maiores do que a do material da membrana (0,5 micrometros 
até as dimensões para osmose reversa). Porém, mesmo esse método gerando efluentes com 
baixíssima turbidez e densidade de coliformes eles demandam muita energia (JEFFERSON et 
al, 1999). 
 
3. Sistemas biológicos 
 
Esses modelos servem para remover o material biodegradável e é mais indicado para 
sistemas de reuso em grandes redes de distribuição. Por exemplo, o Japão adota esse modelo 
em biorreatores de membranas de edifícios residenciais e comerciais (KISHINO et al, 1996). 
Segundo Gunther (2000) esse modelo também funciona de forma eficaz nos parques 
recreacionais. 
 
4.3. Normas técnicas e legislações sobre reuso de águas cinzas no Brasil 
 
NBR 15527/2007 
A Norma Técnica nº 15527/2007 visa fornecer requisitos para projeto para captação, 
condução, armazenamento, bombeamento, instalações prediais, manutenção e qualidade da 
água de acordo com a utilização prevista. O sistema de aproveitamento de água da chuva é 
basicamente calhas e condutores, armazenamento, sistema de distribuição, tratamento e 
bombeamento. Constam nela também itens sobre qualidade da água que devem ser observados. 
Nela existe vinculação de outras normas como: a NBR 10844 (1989), com regras de 
instalação predial; a NBR 12213 (1992), sobre a captação de água de superfície para 
abastecimento público; a NBR 12217 (1994), sobre reservatório de distribuição de água; a NBR 
15527 (2007), sobre a altura do ponto de saída do reservatório; todas elas buscando evitar o 
escoamento de resíduos que estivessem porventura dentro do reservatório. 
Esta normativa ainda diz que caso o reservatório de água de chuva for também 
alimentado por água potável, será preciso instalar dispositivo que evite linha cruzada. Sendo 
definida como a ligação física por meio de peça, dispositivo ou arranjo que conecte duas 
24 
 
tubulações (uma com água potável e outra com água não-potável). Sendo o objetivo dessa regra, 
evitar contaminação. 
Leciona Tomaz (2009) que uma conexão cruzada pode ser classificada de forma direta 
ou indireta. A primeira permite a passagemde água não potável para o sistema de água potável, 
necessitando apenas da mudança de pressão para isso ocorrer, como por exemplo, uma ligação 
entre a tubulação de água potável e água não-potável. 
Conquanto que a conexão cruzada indireta ocorre quando há uma queda de pressão na 
rede de abastecimento de água potável ocasionada pela sucção da água proveniente da 
tubulação. Isso só acontece se o ponto de abastecimento de água potável estiver próximo o 
suficiente da água não-potável para succioná-la, isso se chama retrossifonagem. Um exemplo 
desse fenômeno é a mangueira colocada dentro do recipiente com água e a torneira aberta, vindo 
a ocorrer uma queda de pressão da rede, água não-potável do recipiente será sugada pela 
tubulação de água potável. 
Sobre os pontos de consumo alimentados pelo sistema de reaproveitamento de água da 
chuva a norma recomenda que eles devem ser identificados com placa de advertência contendo 
a inscrição ‘água não-potável’ e indicação gráfica. Desse modo evita-se o risco de uso de água 
não-potável equivocadamente. 
Ressalta-se ainda a existência da NBR 12721 (1992) que regula a necessidade de 
bombeamento da água da chuva. Quanto a manutenção do sistema há disposições específicas 
da NBR 15227 (2007) como: Dispositivos de descarte de detritos, deve ter manutenção de 
inspeção mensal e limpeza trimestral; dispositivo de descarte de escoamento inicial, deve ter 
limpeza mensal; Calhas, condutores verticais e horizontais, devem ter limpeza semestral; 
Dispositivos de desinfecção, devem ter limpeza mensal; Bombas, devem ter limpeza mensal; e, 
Reservatórios, devem ter limpeza e desinfecção anual. 
Além disso, segundo o Ministério da saúde portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 
(2011). Recomenda-se que se houver utilização de produtos nocivos à saúde humana na parte 
de captação, todo o sistema deve ser desconectado a fim de evitar entrada de produtos no 
reservatório, sendo reconectado logo após a limpeza e garantia de ausência de risco de 
contaminação. 
Quanto a qualidade da água, não há padrões claros dentro da NBR 15227 (2007) para 
uso de diversos tipos de água não-potável como: vaso sanitário, rega de jardim, limpeza externa 
de piso e etc. Ela apenas menciona o uso restritivo, como o quadro abaixo: 
 
25 
 
 
Fonte: ABNT NBR 15527:2007 
 
Em algumas cidades brasileiras existem leis sobre coleta de águas pluviais para diminuir 
os problemas com inundações nas áreas de alta permeabilidade e com alto índice de 
pavimentação das vias, além de buscar conservar água potável. 
Na cidade de São Paulo foi promulgada a Lei nº 12.526 de 2007 que obrigou a 
implantação do sistema de captação e retenção de águas pluviais coletadas por telhados, 
coberturas, terraços e pavimentos descobertos, em lotes edificados ou não. No artigo 3º desta 
normativa é estabelecido três destinos para essa reserva: primeiro, infiltração no solo; segundo, 
pode ser despejada na rede pública, depois de uma hora de chuva; e, terceiro, poderá ser 
utilizada para fins não-potáveis, em edificações que tenham instalações desse tipo (reuso em 
jardins, lavagens externas, entre outros). 
No município de Curitiba foi promulgada a Lei nº 10. 785 de 2003 que criou o Programa 
de Conservação e Uso Racional de Águas em Edificações, onde foram estabelecidas medidas 
de conservação de água, uso racional e utilização de fontes alternativas de captação de água. 
Com destaque para o artigo 7º, que aborda a coleta de água da chuva em cisternas ou tanques 
para serem utilizados em atividades de uso não-potável, como: irrigação de horta e jardim, 
lavagem de roupa, lavagem de veículos, lavagens de áreas externas. 
Na cidade de Maringá, no Estado do Paraná, foi estabelecida a Lei nº 6.345 de 2003 que 
cria o Programa de Reaproveitamento de Águas, com obrigatoriedade de instalar reservatórios 
para armazenar águas provenientes de chuveiros, banheiras e lavatórios, bem como, das chuvas. 
Esse reservatório deveria ser usado em descargas de vasos sanitários, lavagens de mictórios, 
26 
 
lavagens de áreas externas e similares. O destaque dessa lei encontra-se nos artigos 3º e 5º, que 
obrigam o projeto predial a ter especificações técnicas para instalação de coletores de água, 
bem como, a existência de visita técnica do Município para vistoriar obras e fiscalizar a 
instalação dos coletores. 
No Brasil existe pouquíssima legislação que trate sobre reuso de água, mas a NBR 
13.696/1997 encontra-se uma descrição sobre o reuso local no qual o esgoto de origem 
essencialmente doméstica ou com características similares, seria tratado para ser reutilizado em 
finalidades não potáveis (irrigação, lavagens externas, lavagem de veículos, descargas, 
manutenções paisagísticas, entre outros). 
Dentro da normativa aborda-se ainda a questão do planejamento do sistema de reuso, 
usos para o esgoto tratado, volume de esgoto para ser utilizado, grau de tratamento, sistema de 
reservação e distribuição, manual de operação e treinamento dos responsáveis. 
Há também definições de classes e parâmetros referentes a esgotos e suas finalidades de 
uso: 
 
• Classe 1: lavagem de veículos e similares onde há contato do usuário com a água, com 
possibilidade de o operador aspirar aerossóis incluído chafarizes; 
• Classe 2: lavagem de pisos, calçadas e irrigação de jardins, manutenção de Lagos e 
canais paisagísticos, com exceção de chafarizes. 
• Classe 3: reuso nas descargas de vasos sanitários; 
• Classe 4: reuso nos pomares, cereais, forragens, pastagens para gado e outros cultivos 
por meio de escoamento superficial ou num sistema de irrigação pontual. 
 
 O Manual de Conservação e Reuso de Água ressaltam que o reuso de água tem diversas 
aplicações, mas todas convergem para a mesma restrição que é a exposição ao usuário ou 
qualquer pessoa que venha a ter contato com o sistema de tratamento e distribuição dessa água 
de reuso. Além disso, traz a qualidade da água como sendo de duas espécies: A primeira para 
descarga de vasos sanitários, lavagens externas, fins ornamentais, ou lavagens de roupa e 
veículos; a segunda para lavagem de agregados, preparação de concretos, compactação de solos 
e controle de poeira (SINDUSCON, 2005). 
Existe ainda, a Resolução nº 54 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH 
que estabelece as modalidades, diretrizes e critérios gerais para a prática de reuso direto não 
27 
 
potável de água. No seu artigo 3º descreve o reuso não potável de água nos tipos: reuso urbano, 
agrícola e florestais, ambientais, industriais e aquicultura. 
Particularmente, alguns municípios resolveram implantar legislações específicas sobre 
reuso de águas cinzas, é o caso de Curitiba que promulgou a Lei 10.785/2003 que regulamenta 
o Programa de Conservação e Uso Racional de Águas em Edificações. Nele foi proposto 
medidas de conservação de água, uso racional de água e a utilização de fontes alternativas de 
captação de água em novas edificações. 
Merecendo destaque para os artigos 2º e 8º, no primeiro há descrição da origem das 
águas servidas como sendo de tanque, máquina de lavar, chuveiros e banheiras; conquanto que 
no segundo, são aquelas servidas por encanamento próprio, com reservatório destinado às 
descargas dos vasos sanitários e, somente após a utilização, são descarregadas na rede de 
saneamento. 
Outro município que também aprovou normativa foi Maringá, que promulgou a Lei nº 
6.345/2003 para criar o Programa de Aproveitamento de Águas e a Lei 6.076/2003 para 
regulamentar o uso de água não-potável. Com atenção especial ao artigo 1º desta última que 
especifica o uso de água não-potável será proveniente das estações de tratamento de esgotos, 
para lavagens de ruas, praças, passeios públicos, bem como, para irrigação de jardins, praças, 
campos esportivos, entre outros, considerando sempre o custo-benefício dessas operações. 
Por fim, o município de São Paulo também possui a Lei nº 13.309/2002e o Decreto nº 
41.814/2002 que descrevem a utilização, por parte da Prefeitura, de água não-potável para 
lavagem de ruas, praças e passeios públicos, irrigação de jardins, praças, campos esportivos e 
outros equipamentos. Sendo essa água não-potável proveniente de Estações de Tratamento de 
Esgoto, com base em estudos de viabilidade técnica e vantagem econômica para sua utilização. 
 
4.4. Eficiência do reuso de águas cinzas em escolas públicas 
 
As águas cinzas são aquelas águas residuais que advém da utilização de pias, chuveiros, 
máquina de lavar, pias de cozinha, sanitários, bidês, entre outros. Para que essa água seja trata 
se faz necessária a observância de alguns fatores de influência: água do abastecimento, rede de 
distribuição, uso de produtos, local coletado, faixa etária, classe social etc. (RAMPELOTTO, 
2014). 
Deve-se ainda observar as características físicas como: presença de areia, cabelo, fibras de 
roupas etc. Materiais que podem causar entupimento do sistema, sendo essencial sua remoção 
antes de qualquer tratamento ser iniciado (MAY, 2009). 
28 
 
Nos estudos de May (2009) é constatado que as águas provenientes da pia da cozinha ou 
máquina de lavar são as que possuem o maior índice de concentração de sólidos suspensos 
totais, sendo o da máquina de lavar o com maior concentração de sólidos dissolvidos. 
Quanto ao pH da água, deve-se observar dois fatores: o ponto onde a amostra foi coletada 
e o pH da água de abastecimento do local, devendo o pH das águas cinzas ser de preferência 
sensível a alcalinidade já que contém muito produto químico semelhante ao sabão. Quanto ao 
índice de óleo e graxas, há uma variação de 8,0 mg/L-1 
a até 78 mg/L-1 o que se justifica pelo preparo de alimentos e pelo resíduo de material humano 
da transpiração. 
O processo de desinfecção se refere a destruição parcial dos organismos vivos que são 
causadores de doenças, microrganismos que podem ser colocados em quatro grandes grupos: 
bactérias, protozoários, helmintos e vírus. Há várias formas de realizar o processo, sendo a 
cloração o mais difundido. 
Esse método usa a clorina como meio de tratamento, sendo o mais antigo do mundo e um 
dos mais eficientes, com alto índice de satisfação das exigências de segurança no uso e 
manuseio, homogeneidade, capacidade de eliminação de organismos, preço de custo, entre 
outros (EDDY et al, 2003). 
O sistema de reuso de água cinza possui diversas formas e até ferramentas para sua melhor 
implementação, sendo necessária uma análise minuciosa da estrutura local, do modelo de bacias 
sanitárias, da análise da qualidade do abastecimento de água, bem como do modo de tratamento 
que melhor se adapta aquela realidade e a finalidade de uso dessa água em reuso. 
Sendo possível esboçar uma estrutura geral para melhor aplicação da técnica de reuso, qual 
seja, ligação dos efluentes ao local de tratamento e depois conexão do armazenamento aos 
locais de utilização. Abaixo, segue um esquema gráfico elaborado por Greenhouse (2005) e 
citado nos estudos de Peters (2006): 
29 
 
 
Para aferição da eficiência da implantação de um sistema de reuso de águas cinza é preciso 
realizar um estudo econômico que avalie a viabilidade financeira do projeto. Dentro da ciência 
da Engenharia esse estudo é chamado de análise econômica de decisões (FILHO, 2011). 
Existem diversos métodos para que essa análise seja feita, sendo o mais difundido o Método 
de prazo de retorno ou prazo de recuperação de investimento. Ele refere-se ao prazo temporal 
para um projeto pagar o investimento inicial (HIRSCHFELD, 2009), podendo ser realizado de 
duas formas: o prazo de retorno simples, onde o foco é a recuperação do investimento inicial 
sem ponderações sobre os índices de influência temporal, como inflação e juros; ou o prazo de 
retorno descontado, que irá observar os indicativos de inflação, juros, entre outros, de modo 
que se aproxime mais da realidade do custo de implantação do projeto. 
Nos estudos de Pinto et al (2021) foi analisada a implantação de um projeto de bioágua da 
Escola de ensino médio do campo Irmã Tereza Cristina, no Ceará. A tecnologia consiste em 
um tanque forrado internamente com camadas de húmus, minhocas, serragem, areia lavrada, 
cascalhos e seixos; a água é conduzida pela força da gravidade até o tanque de reuso, depois é 
conduzida aos pontos de destino. O sistema se configura conforme imagem abaixo: 
 
 
 
Figura 3. Sistema de reuso de águas cinzas da escola Florestan Fernandes 
30 
 
 
Fonte: PINTO et al, (2021). 
Nesse estudo concluiu-se que o reuso de águas cinza são uma alternativa eficiente, que 
viabiliza o aumento da disponibilidade hídrica para a produção de alimentos, na qualidade de 
vida das famílias beneficiadas. 
Em outro estudo, Barbosa (2016) analisa a implantação do sistema de reuso de águas 
cinza no Colégio Padre Júlio Maria, em Minas Gerais. A técnica empregada é a coleta de água 
das torneiras dos lavatórios, bebedouros e torneiras do tanque que são reutilizadas em descargas 
de mictórios e vasos sanitários. 
A conclusão desse experimento foi que o reuso de águas cinzas possui o menor tempo 
de retorno dos investimentos, no que pese, não conseguir atender toda a demanda da Escola, 
sendo conjuntamente apoiado pelo sistema de aproveitamento de água pluvial. 
Nos trabalhos de Fonini et al (2004) buscou-se verificar o reaproveitamento das águas 
cinzas no complexo esportivo universitário de Passo Fundo - RS. Foi analisado o reuso de águas 
cinza dos chuveiros que eram utilizadas nas descargas sanitárias e na limpeza das áreas 
externas. Nesse caso foi comprovado um aproveitamento efetivo e uma redução de consumo 
de água nas descargas. 
Outro estudo importante foi o de Fasola et al (2011) que analisa o reuso de águas cinza 
nas escolas do município de Florianópolis – SC. O sistema considera as águas advindas dos 
efluentes provenientes das torneiras de banheiros e da máquina de lavar roupas na escola 
municipal e exclusivamente dos banheiros na escola estadual. Ficou constatado que o volume 
de água desse sistema era pouco e dependia de um aparelho que melhorasse a oferta de água 
das máquinas e dos chuveiros. 
Por fim, os trabalhos de Rocha (2020) fora analisado o reuso de águas cinza de vasos 
sanitários e lavatórios. Para isso, foi instalado uma Estação de Tratamento de Água Cinza 
31 
 
(ETAC) que funciona com filtro biológico, de modo que os efluentes percorrem a superfície 
enquanto a Zeolite absorve os nutrientes orgânicos, eliminando amônia e purificando a água. 
O laboro concluiu que a produção de água cinza é regular e supre as descargas sanitárias 
de modo satisfatório, desde que seja implantada uma estação ETAC para melhorar o fluxo de 
filtragem e reutilização. 
Sendo assim, as águas cinzas são fontes eficientes de preservação da água e de reuso 
inteligente das águas descartadas nos meios escolares. O que pode alterar essa eficiência são 
situações em que há uma maior demanda de abastecimento, sendo uma via possível a conexão 
de um sistema de utilização da água pluvial, ou instalação de um sistema híbrido com reuso de 
água cinza e água da rede normal. Ficando mais que comprovada que a técnica de reuso de 
águas cinzas tem impacto positivo na economia das escolas, mesmo nas que precisaram adaptar 
o método de tratamento ou aumentar o sistema com anexo de águas pluviais. 
 
5. METODOLOGIA 
 
O presente trabalho valeu-se de uma pesquisa bibliográfica e documental com a finalidade 
de reunir informações sobre o assunto e delimitar o tema de pesquisa, melhorar a formulação 
da problemática de estudo e alinhar os objetivos, bem como, a metodologia a ser utilizada. Essa 
pesquisa bibliográfica utilizara-se de materiais acerca do tema da pesquisa, tais como: livros, 
Portal de Periódicos da Capes, indexador SciELO, a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e 
Dissertações, o indexador Google Acadêmico, o repositórioda Universidade Federal de 
Alagoas, e o ProQuest Dissertações e Teses Open (PQDT Open). 
A presente pesquisa optou pelo estudo de caso de característica exploratória, com 
abordagem quanti-qualitativa. As pesquisas com desenhos de estudos de caso permitem “uma 
investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da 
vida real [...]” (Yin, 2012 p. 32). Segundo Selltiz (et al. (1967) apud Gil (2002), pode-se dizer 
que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de 
instruções. 
Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos 
mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas 
envolvem: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências 
práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que “estimulem a compreensão" 
(GIL, 2002). 
32 
 
A abordagem quanti-qualitativa foi aplicada por meio do levantamento de dados sobre os 
resultados de trabalhos envolvendo a implementação de reuso de águas cinzas em projetos 
residenciais. 
Segundo Flick (2004) a convergência dos métodos quantitativos e qualitativos proporciona 
mais credibilidade e legitimidade aos resultados obtidos, evitando o reducionismo à apenas uma 
opção. Essa pesquisa pode ser classificada como exploratória, pois se vale da pesquisa 
bibliográfica e documental de forma a fundamentar e aprofundar o assunto em estudo 
Este estudo realizou a coleta de dados em quatro etapas. Primeiro, realizou o levantamento 
de artigos e estudos científicos referentes a instalação de sistema de reuso de águas cinzas em 
projetos residenciais e do referencial teórico da pesquisa exploratória. Em seguida, foi realizado 
tratamento dos textos para elaboração de gráficos e tabelas que irá instruir a parte quantitativa 
da pesquisa. 
Por fim, os dados tratados foram confrontados a fim de aprofundar a discussão sobre a 
eficácia da instalação de sistemas de reuso de águas cinza em residências. Na coleta de dados 
documentais institucionais, dentre eles os relatórios, portarias, resoluções, leis, foram 
analisados os aspectos referentes aos resultados da instalação dos sistemas de reuso. Dessa 
forma, se podem conhecer as iniciativas da engenharia civil que foram impactantes nos 
resultados obtidos em relação à eficácia do sistema, bem como, os aspectos formais da 
instalação do sistema dentro das escolas. 
 
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Diante dos estudos analisados infere-se que a coleta de águas cinza deve advir de fontes 
como chuveiro, lavatórios, tanques, máquinas de lavar roupa, máquinas de lavar louças e da 
cozinha. Essas amostras sempre serão comparadas com as características de água cinza obtidas 
em outros estudos e também na rede de esgoto doméstico com classificação das características 
fortes, médias e fracas. 
As águas cinza geralmente contêm sólidos suspensos em concentração elevada, o que 
resulta da sua turbidez. Resíduos de comida, de cabelo, de fibras de tecidos são compostos 
comuns em águas cinza de cozinhas, banheiros e lavanderias; quando estão suspensos no 
reservatório causam aspecto desagradável e desleixado ao tratamento. 
Comparando-se os dados de turbidez nos estudos de Cristova-Boal (1996), Borges 
(2004), entre outros, nota-se que suas concentrações médias de SST são quase as mesmas. Já 
comparando-as com a do esgoto doméstico, estas são mais fortes. 
33 
 
Quanto aos compostos, as concentrações de nitrito são baixas ou iguais a do esgoto 
bruto; os fosforados são maiores do que as usuais a depender da origem e dos produtos químicos 
utilizados; as concentrações de DQO variam de 521-1712 mg/L, conquanto o de DBO varia de 
165-633mg/L, em alguns casos elas ficam quase iguais a do esgoto doméstico; já as 
concentrações de enxofre foram baixas. 
Quanto a microbiologia, nota-se que ela provém dos vasos sanitários, principalmente 
com presença de E. Coli, provavelmente advinda da lavagem das mãos no toalete, lavagem de 
roupas e alimentos contaminados ou do próprio banho. 
 
7. CONCLUSÕES 
 
Diante de todo o exposto, este estudo almeja retirar algumas conclusões gerais. 
Primeiramente, as características das águas cinza possuem muitas variáveis, principalmente 
quando comparadas entre si, seja pela origem, seja pelos produtos domésticos utilizados ou 
mesmo a forma de tratamento. 
Segundo, na maioria dos estudos foi identificada forte presença de material orgânico de 
rápida biodegradação, o que pode favorecer o surgimento de ácido sulfeto, caso o tratamento 
não seja eficaz. Em terceiro, há também concentração razoável de nutrientes (nitrogênio e 
fósforo) já que suas fontes são urina e fezes. Em quarto ponto, houveram estudos que 
identificaram presença de E. Coli, mesmo com a ausência de efluentes de vasos sanitários, o 
que alerta para contaminação fecal. 
Quanto a eficácia dessa técnica para economia em escolas, foi observado em diversos 
trabalhos acadêmicos que a eficiência do sistema é real, tendo como variáveis pontos que são 
pertinentes a realidade estrutural da escola. 
As águas cinzas são fontes eficientes de preservação da água e de reuso inteligente das 
águas descartadas nos meios escolares, salvo em situações em que há uma maior demanda de 
abastecimento, sendo uma via possível a conexão de um sistema de utilização da água pluvial, 
ou instalação de um sistema híbrido com reuso de água cinza e água da rede normal. Ficando 
mais que comprovada que a técnica de reuso de águas cinzas tem impacto positivo na economia 
das escolas, principalmente nas zonas rurais onde o abastecimento de água costuma ser 
intermitente, mesmo nas que precisaram adaptar o método de tratamento ou aumentar o sistema 
com anexo de águas pluviais 
34 
 
Por fim, notou-se que os efluentes de lavanderias e chuveiros possuem características 
similares ao esgoto residencial, conquanto as de tanques, máquinas de lavar e pias apresentam 
características mais fortes. 
 
8. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 
 
• Criar índices de avaliação da presença de metano e sulfetos nos reservatórios de águas 
cinza; 
• Realizar estudos sobre remoção de microrganismos que podem estar presentes nas águas 
cinza como: salmonela, giárdia, ovos de helmintos, vírus entéricos, entre outros; 
• Criar um índice de qualidade da água cinza que melhore a avaliação do método de 
filtragem; 
• Realizar mais estudos com outros métodos de desinfecção como as que se valem da 
utilização de radiação UV; 
• Realizar um estudo para avaliar cenários de possíveis reuso de água cinza, de modo que 
se possa analisar as variáveis de origem de abastecimento, pH, produtos utilizados, entre 
outros fatores; 
• Estudar um modelo genérico e mais econômico possível para implantação de um 
sistema de reuso em edificações escolares. 
 
 
 
 
 
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