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CÂNCER DE PELE NÃO MELANOMA

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Gabrielle Azambuja 
CÂNCER DE PELE NÃO-MELANOMA
	Os cânceres de pele não-melanoma são o carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide e o CID dos mesmos é C44.X. São lesões reincidivantes e tem relação com o tipo de pele, se salientando nas peles que tem exposição prolongada ao sol.
	
Carcinoma basocelular	
	O carcinoma basocelular é a lesão mais comum e é recidivante. A lesão provém da camada basal da epiderme e não há lesão precursora; é um tumor localmente invasivo e destrutivo e com baixo potencial de metástase. Os fatores de risco são o sol e as mutações no DNA, nos genes p53 e pTCH1 e em imunossuprimido (HIV, uso de corticoides e transplantados). O local mais acometido é a face e a lesão tem crescimento lento, não cicatriza nunca, forma crosta, tem bordas peroladas, centro ulcerado e presença de telangiectasias. Os tipos são o nodular (mais comum), superficial (lesão plana), esclerosante (lesão com bordas não definidas; margem profunda não definida tem maior recidiva), pigmentado (invasivo localmente) e cístico.
	O diagnóstico pode ser clínico, via BP excisional e incisional, punch ou shave; diagnóstico definitivo é dado pelo anatomopatológico. O TTO depende da idade do paciente, do local, da tolerância ao procedimento e do subtipo de CA. TTO clínico com 5-FU tópico, imiquimod e interferon alfa 2B pode ser feito; excisão cirúrgica é feita se o tumor tem até 2 cm e margens livres (ressecção entre 4 e 6mm); a criocirurgia é indicada se o tumor tem até 1 cm. A cirurgia de Mohs pode ser feita se o tumor tem mais de 2cm, recidivante ou lesão de alto risco, inclusive em área H da face.
	O prognóstico é muito bom, e só ocorre morte quando há invasão do SNC. O seguimento do paciente deve ser por 5 anos, com prescrição de filtro solar FPS pelo menos 30.
Carcinoma epidermóide
	A lesão provém da proliferação maligna dos queratinócitos da pele e dos anexos; pode ocorrer em mucosas. A lesão precursora é a ceratose actínica e há alto potencial de metástase linfonodal e hematogênica. Os fatores de risco são mutação em p53 pelo sol, xeroderma pigmentoso, imunossupressão e HPV 6, 11, 16 e 18. Quando a lesão se desenvolve sobre área de inflamação crônica, como quelóide, é chamado de Marjolin. Os locais que aparecem as lesões são onde pega sol; para lesão in situ, usa-se o nome de lesão de Bowen, apresentando uma placa eritematosa descamativa e bem delimitada; para lesão em mucosas, fala-se em leucoplasia; lesão em glande, Queyart.
	O TTO para lesões de baixo risco (que provém de ceratose actínica, não tem invasão local e são menores de 2 cm) é feito com qualquer meio; para lesões de alto risco, se faz excisão cirúrgica ou cirurgia de Mohs. O prognóstico é bom e o seguimento do paciente deve ser feito por 5 anos e ele deve usar filtro solar FPS pelo menos 30.

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