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Violência Doméstica Contra a Mulher: Lei Maria da Penha

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Paulista/PE 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JACILENE MARIA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
CURSO BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL 
 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER: Lei Maria da Penha 
Solução ou mais uma Medida Paliativa 
Paulista/PE 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER: Lei Maria da Penha 
Solução ou mais uma Medida Paliativa 
Trabalho de Conclusão de curso Apresentado à 
Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, 
como requisito parcial para obtenção do título 
de Bacharel em Serviço Social. 
 
 
Tutora Orientadora: Silvia Helena T da Silva 
Professora Orientadora: Aiala 
 
 
JACILENE MARIA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esta monografia a minha família pela fé e confiança demonstrada 
Aos meus amigos pelo apoio incondicional 
Aos professores pelo simples fato de estarem dispostos a ensinar 
A orientadora pela paciência demonstrada no decorrer do trabalho 
Enfim a todos que de alguma forma tornaram este caminho mais fácil de ser 
percorrido. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Sou grata ao Senhor Jesus por todas as bênçãos! Pela a felicidade 
desta conquista! 
À minha mãe, exemplos de vida e amor. A minha eterna gratidão 
por ter me proporcionado a melhor educação. A amo incondicionalmente. 
Aos meus irmãos, pelo laço de amor e união, que temos. 
Ao meu pai, de quem muito me ama e acredita em mim. Te amarei 
SEMPRE! 
Ao meu namorado pelo carinho dedicado. Te amo! 
A minha tutora, pela capacidade como orientadora e pela brilhante 
condução no desenvolvimento do estudo. 
Aos meus colegas de Corso que tiveram bastante paciência comigo 
por estes anos de estudos. 
SILVA, Jacilene Maria da. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER: 
Lei Maria da Penha Solução ou mais uma medida paliativa. 2020. 38 páginas. 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço social) – Centro 
de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, 
Paulista, 2020. 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
O presente trabalho tem por objetivo analisar os aspectos da Lei 11.340/06, de 
Combate a Violência Doméstica e familiar contra a mulher, ou seja, lei “Maria 
da Penha”, abordando assim as falhas e eficácia mencionada lei, fazendo uma 
referência nas conquistas das mulheres e questionando se seria solução ou 
mais uma medida paliativa, assim como a inaplicabilidade da Lei 9099/95 (Lei 
dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais) nos casos de crimes praticados 
contra a mulher. Notar-se a violência doméstica contra a mulher como grave 
problema que carece de ser reconhecido e enfrentado, tanto pela sociedade 
como pelos órgãos governamentais, criando políticas públicas para prevenção 
e combate. O método utilizado foi bibliográfico, pois as teorias partiram de 
autores em fontes como livros, sites da internet, códigos e leis. Como o foco 
deste trabalho é impulsionar o reconhecimento da mulher que sofre violação 
em seus direitos. Explica-se o problema e a atenção insignificante a violência 
doméstica e como fica perante a lei. 
 
 
Palavras-chave: Violência doméstica. Direitos da Mulher. Lei Maria da Penha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SILVA, Jacilene Maria da. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER: 
Lei Maria da Penha Solução ou mais uma medida paliativa. 2020. 38 páginas. 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço social) – Centro de 
Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, 
Paulista, 2020. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
 
The present work aims to analyze the aspects of Law 11.340 / 06, to Combat 
Domestic and Family Violence against Women, that is, the “Maria da Penha” 
law, thus addressing the failures and effectiveness mentioned in the law, 
making a reference in the achievements questioning whether it would be a 
solution or a palliative measure, as well as the inapplicability of Law 9099/95 
(Law of Special Civil and Criminal Courts) in cases of crimes against women. 
Domestic violence against women is seen as a serious problem that needs to 
be recognized and addressed, both by society and government agencies, 
creating public policies for prevention and combat. The method used was 
bibliographic, since the theories came from authors in sources such as books, 
websites, codes and laws. As the focus of this work is to boost the recognition 
of women who suffer violations of their rights. The problem and the insignificant 
attention to domestic violence and how it is before the law are explained. 
 
 
 
Keywords: Domestic violence. Women rights. Maria da Penha Law. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 07 
1.1 Obetivo Geral ...................................................................................................... 08 
1.2 Objetivos Especificos .......................................................................................... 08 
1.3 Justificativa .......................................................................................................... 08 
1.4 Metodologia ......................................................................................................... 09 
2. ASPECTOS HISTÓRICOS .................................................................................... 10 
2.1 Período Pré Colonização..................................................................................... 10 
2.2 Período Pós Colonização .................................................................................... 11 
2.3 A Lei Maria da Penha e sua criação .................................................................... 14 
3. NOÇÕES SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER ................... 17 
3.1 Conceito .............................................................................................................. 17 
3.2 Espécies .............................................................................................................. 18 
3.3 Conduta Social em Face Dessa Violência........................................................... 20 
3.4 Violência Contra a Mulher Reconhecida como Violação das Liberdades 
Fundamentais ............................................................................................................ 22 
3.5 Tipos de Violência Contra a Mulher .................................................................... 23 
3.5.1 Violência física ................................................................................................. 24 
3.5.2 Violência psicológica ........................................................................................ 25 
3.5.3. Violência sexual .............................................................................................. 25 
3.5.4 Violência patrimonial ........................................................................................ 27 
3.5.5 Violência moral ................................................................................................. 27 
4. IDENTIFICANDO A LEI MARIA DA PENHA ......................................................... 28 
4.1 Eficácia da Lei nº. 11.340/06 ............................................................................... 28 
4.2 Falhas da referida lei ........................................................................................... 30 
4.3 A Lei Maria da Penha perante a Lei nº. 9099/95 ................................................. 32 
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 34 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
 71. INTRODUÇÃO 
 
O tema deste projeto será sobre a violência doméstica e familiar 
contra a mulher. Esta se torna a principal vítima desde o princípio da 
humanidade, consequência de uma sociedade machista que se denomina 
superior a mulher. Tal violência por muitas vezes faz com a mulher não se 
afaste do lar por causa da dependência financeira que ela convive com seu 
conjugue. 
Percebe-se assim que a violência doméstica contra a mulher recebe 
este nome por ocorrer no lar, e o agressor sempre é alguém que já manteve, 
ou ainda mantém uma relação íntima com a vítima. A violência, já por sua vez, 
pode ser caracterizada de diversas formas, a saber: através de marcas visíveis 
no corpo, caracterizando a violência física, muitas vezes de forma sutis, porém 
não menos importante como também pode ocorre de forma psicológica, 
trazendo danos significativos à estrutura emocional da mulher. 
Pode se notar que a violência doméstica contra a mulher constitui 
um grave problema que carece de ser reconhecido e enfrentado, tanto pela 
sociedade como pelos órgãos governamentais, criando políticas públicas para 
prevenção e combate, assim como o fortalecimento da rede de apoio à vítima. 
É importante que não seja compreendido em nível individual e privado, mas 
sim como uma questão de direitos humanos, pois, além de afrontar a dignidade 
da pessoa humana, impede o desenvolvimento pleno da cidadania da mulher. 
É neste contexto que o estudo do presente trabalho tem por objetivo 
principal a Lei 11.340/06, de Combate a Violência Doméstica e familiar contra a 
mulher, ou sela a lei “Maria da Penha”, abordando assim as falhas e eficácia 
mencionada lei, fazendo uma referência nas conquistas das mulheres e 
questionando se tal lei seria solução ou mais uma medida paliativa. 
Para atingir os objetivos pretendidos com este trabalho, a metodologia 
utilizada foi bibliográfica, pois as teorias partiram de autores em fontes como 
livros, sites da internet, códigos e leis. 
Este trabalho será divido em três capitulo, o primeiro capitulo se refere 
aos aspectos históricos, abordando a evolução da mulher na sociedade 
brasileira e como surgiu a lei 11.340/2006. 
 8 
O segundo capitulo fala sobre as noções em relação à violência 
doméstica contra a mulher, trazendo assim o seu conceito, qual a conduta 
social em fase dessa lei, se a violência contra a mulher é reconhecida como 
violação das liberdades fundamentais, e não esquecendo os tipos violência 
contra mulher como exemplo: violência física, psicológica e etc. 
Por sua vez, o terceiro capitulo, mostrará que a lei Maria da Penha é 
eficaz, mas existe falhas por parte do judiciário e da Administração Pública, em 
relação a aplicação e as formas de proteção, assegurando a integridade da 
mulher no momento da aplicação. 
Diante do exposto este trabalho busca direcionar e aprimorar o 
conhecimento, trazendo assim informações para as mulheres, sobre a lei Maria 
da Penha, quais as dúvidas em relação à lei e sim está de fato diminuído a 
violência doméstica contra a mulher. 
 
1.1. Objetivo geral 
 
Analisar a eficácia da Lei n. 11340/2006 em relação a redução quanto a 
violência doméstica. 
 
1.2. Objetivos específicos 
 
Avaliar todas as medidas protetivas para a mulher; 
 Conhecer o papel do Ministério Público; 
 Analisar o atendimento pela autoridade policial. 
 
1.3. Justificativa 
 
A importância desta pesquisa é a polêmica da eficácia da aplicação da 
Lei Maria da Penha para com os que praticam esta violência contra mulher. Se 
a Lei oferece suporte às mulheres agredidas, as consequências psíquicas que 
as mulheres enfrentam. Este problema da aplicação e sua eficácia se 
caracterizam quando os agressores ficam impunes, pois eu mesma já fui vítima 
e após várias denúncias a delegacias especializadas não obtive nenhum 
resultado. 
 9 
É neste contexto que o estudo do presente trabalho tem por objetivo 
principal a Lei 11.340/06, de Combate a Violência Doméstica e familiar contra a 
mulher, ou sela a lei “Maria da Penha”, abordando assim as falhas e eficácia 
mencionada lei, fazendo uma referência nas conquistas das mulheres e 
questionando se tal lei seria solução ou mais uma medida paliativa. 
 
1.4. Metodologia 
 
Para o desenvolvimento da pesquisa serão utilizados estudos jurídicos, 
doutrinários, legislação nacional pertinente, jurisprudência e decisões 
relevantes. 
A pesquisa, sempre nos limites dos objetivos propostos, se desenvolverá 
da seguinte forma: 
 Levantamento e estudo bibliográfico referente a cada um dos objetivos 
propostos; 
Levantamento e análise da legislação nacional pertinente ao tema; 
Analisar artigos em revistas jurídicas; 
Estudo crítico de toda matéria doutrinária e legislativa; 
A metodologia adota terá caráter com qualidade, realizado com 
procedimento bibliográfico, com estudos de abordagem dos fatores históricos e 
sociais e o surgimento de novas formas de atuação perante tal realidade. 
Através de fontes doutrinarias, legislação e jurisprudência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
2. ASPECTOS HISTÓRICOS 
 
Este capitulo irá abordar os aspectos históricos, trazendo a evolução da 
mulher na sociedade brasileira desde o período pré-colonial até o período pós-
colonial e a Lei Maria da Penha e sua criação. 
 
 
2.1 Período Pré Colonização 
 
A evolução dos direitos das mulheres no Brasil seguiu de forma lenta e 
muitas vezes atrasada com relação aos países europeus, em razão da grande 
diferença do estágio cultural existente. 
O Brasil antes de ser colonizado pelos os portugueses era povoado 
pelas tribos indígenas, onde faziam diferenças pelos seus costumes. Em 
relação disso verificou que a mulher indígena ocupava posições diferentes na 
sociedade, como escravas dos maridos. As índias casavam cedo com os 
integrantes da mesma tribo. 
Esta época, em que o Brasil era colônia de Portugal estava sujeito aos 
regulamentos provenientes da metrópole. Essa relação de colônia e metrópole 
afetou significativamente o desenvolvi-me.nto de todo o Direito brasileiro, e 
consequentemente, os direitos relativos à mulher. Sobre esse assunto Silvia 
Pimentel analisa (PIMENTEL, 1978, p.14): 
 
O Brasil-colônia regulava-se pelas leis portuguesas. 
Quando se tornou independente politicamente, não 
possuindo capacidade de organização necessária para 
se auto-regular, continuou valendo-se de leis alienígenas. 
Isso passou a ser tradição. [...] Grande número de leis 
brasileiras são transplantes das legislações européia e 
americana. Historicamente, o fato se liga ä condição 
colonial do Brasil. Faltando no país escolas 
especializadas, grande parte dos filhos de brasileiros 
importantes e ilustres estudava fora do Brasil, e, ao 
voltar, trazia uma bagagem cultural que nada tinha a ver 
com a grande maioria dos problemas da realidade sub-
desenvolvida brasileira. 
 
 
Com a chegada desses colonos no país, passa-se a manter as índias 
como escravas, obrigando a mesmas a ter relações com eles, pois isso 
 11 
acontecia porque o número de mulheres portuguesas era muito pequeno. 
Todavia, com a chegada dos jesuítas no século XVI, que eram contrários a tal 
pratica, iniciou-se um apelo à coroa portuguesa para que enviasse ao país 
mulheres e moças brancas, órfãs e que não tivessem boa reputação em 
Portugal para que as enviasse ao pais, no intuito de cassar com os 
portugueses que colonizadores. Mesmo depois desta solicitação dos jesuítas, o 
número de mulheres brancas era escasso, motivo pelo qual tais mulheres 
passaram a um status mais elevado se comparada às mulheres indígenas. 
Pode-se dizer que relatos declaram que tais mulheres tinham liberdade 
perante a sociedade, diferentemente das mulheres escravas daquela época, 
que passavam o tempo todo enclausuradas por seus maridos, pois não havia 
permissão nem de ir à missa aos domingos e feriados. Tinha mais as mulheres 
que perdiam sua virgindade ou como erachamada na época “sua honra” sem 
se casar eram assassinadas, quando não era expulsa de casa e acabavam se 
prostituindo para sua sobrevivência. 
 
 
2.2 Período Pós Colonização 
 
 
Já em 1808 estabelecida à corte no estado do Rio de Janeiro e com a 
chegada da família real portuguesa e no mesmo momento chegando no pais o 
mercador britânico o senhor John Luccok como era chamado, que passa a 
descrever em seu livro, a vida dessas mulheres. 
Havia poucas oportunidades de entrar em contato e se comunicar com o 
sexo oposto, onde seus pais ou responsável dava para o casamento com a 
idade de 12 e 14 anos. Sendo raras as vezes que saiam de suas casas e 
quando isso acontecia o seu corpo e seu rosto em mantos ou ocultos por trás 
de cortinas das cadeiras que era usado como meio de transportes carregados 
pelos índios escravos. 
Essas mulheres não possuem o poder de decisões nos negócios e na 
vida doméstica da família, quem decidia todos eram os maridos. Como não 
podiam opinar em nada passavam o tempo todos a fiar algodão, fazendo 
rendas, bordados, flores artificiais e em serviços domésticos, como por 
 12 
exemplo, cozinhar. 
As escolas só eram frequentadas pelos os jovens, pois a as jovens eram 
delicadas demais para frequentar as aulas. Segundo Luccok (LUCCOK, 1808, 
apud JUNE, 1978, página 32). 
No início da luta pela independência, foi surgindo heroínas no pais, 
destacando-se Maria Quitéria de Jesus como a mais famosa entres as 
mulheres brasileiras envolvida na luta pela independência, disfarçando assim 
de homem foi ao combate da Bahia na guerra da Independência. Isto 
aconteceu porque os emissários do governo estavam pelo o país à procura de 
voluntário para guerra, mas como o pai de Maria Quitéria não teve filho homem 
e estava com uma certa idade para ir à guerra e como ela tinha despertado um 
entusiasmo pelo ideal que era a liberdade do pais ela resolve fugir de casa ir a 
luta na guerra. 
No Rio de Janeiro no século XIX os números de escolas começaram a 
crescer e as mulheres de famílias ricas passaram a frequentar as escolas e 
recebiam em poucos anos a fina educação. 
Os pais das moças da época achavam o comprimento do seu dever era 
as filhas ser educadas para cursar a escola de moda, a qual estas escolas 
eram dirigidas pelo os estrangeiros. Quando as moças completavam trezes ou 
quatorze anos eram retiras da referida escola para que fosse apresentada o 
seu futuro marido e ai de quem falasse do arranjo do pai. 
Foi na nessa época que as mulheres começaram a frequentar os lugares 
públicos, como por exemplos, em algumas festas da cidade, igrejas teatros, 
isto só era possível para que o esposo exibisse a sua esposa que tinham 
obtido por causa do seu dinheiro. 
Já no início do século XIX, as mulheres tinham uma básica função de 
tomar conta da casa e dos filhos que nasciam. E como o casamento era 
arranjado pelos os pais por conta do doto que os pais das moças ofereciam ao 
rapaz que casasse com sua filha e também a heranças que elas herdariam 
com a morte do pai, e estas moças não tinham o direito de fazer a escolha de 
quem seriam seu marido. Deixam de ser dependente de seus pais e passaria a 
depender de seus maridos, e passavam a ser independente com a morte de 
seu marido, pois se torna viúva e as viúvas eram donas de se mesmo não 
teriam nenhuma subordinação, então poderiam administrar seus bens e 
 13 
dinheiros, ou até casasse com homens a sua escolha, muitas vezes por conta 
de que não tinham experiência caiam na lábia do caça dotes. 
No entanto as mulheres por serem considerados seres inferiores aos 
homens e só depende exclusivamente do poder de sua beleza e riqueza. Só na 
metade deste século é que os fazendeiros permitiram que suas filhas 
apreendessem a ler, escrever, falar francês e apreendesse a tocar piano, e 
ainda encontravam pais que zombava daqueles que permitiam suas filhas 
estudar, pois os pais que não deixavam eram por que achava inútil a sua filha 
apreendesse. 
As festas que aconteciam nos salões da casa grande nas fazendas e 
nos sobrados da cidade eram realizadas com intuito de aproximar os rapazes 
das moças que já tinham sido prometidas a eles precocemente. Seus pais não 
levavam em consideração o sentimento de suas filhas e sim a igualdade do 
nível social e financeira. Já que tinham sido educadas para serem submissas, 
elas aceitavam os maridos que já tinham sido prometidos no seu nascimento e 
também aceitava também a vida adúltera do seu marido com as escravas. 
Quando as escravas casavam não podiam viver juntos com seu marido, 
só era permitido os encontros à noite em algumas horas como o seu conjugue 
na senzala e também as escravas eram tratadas como mães produtoras. 
A poligamia era comum a pratica uma vez que era comum o nascimento 
de filhos de mães solteiras, pois enriqueciam os fazendeiros. No entanto o 
concubinato era comum entre os escravos, entre os portugueses feitores com 
as escravas para poder ter ocupação em posto administrativo e também entre 
as escrevas e seus senhores, ou seja, o seu dono. 
Pode-se dizer que no final do século, as mulheres começaram a editar 
jornais e nestes jornais defendem os direitos femininos. Através de texto 
importância sobre a educação para as mulheres e os benefícios que poderiam 
trazer a sociedade e passaram a reivindicar pela desigualdade das mulheres 
no país. Estas lutas e reivindicações as mulheres passam a usufruir o direito de 
trabalhar nas industrias, mas seus salários eram inferiores ao dos homens que 
exerciam a mesma função. 
Por outro lado, a bióloga e advogada, Bertha lutz foi uma das líderes 
em favor da reformulação do código eleitoral, que foi aprovado e sendo assim 
as mulheres começaram a ter direitos de votar e ser votada. Logo no ano de 
 14 
1932 e com o apoio da deputada Carlota de Queiroz é elaborado o primeiro 
estatuto da mulher. 
A partir das conquistas alcançados pelas as mulheres, foi criando o 
movimento feminista no Brasil e com a promulgação da constituição veio 
assegurar os direitos das mulheres, sendo reconhecida como cidadã e dando 
direitos trabalhistas. Passando assim a criar um espaço na posição política e 
social. 
Hoje são comuns que as mulheres possam exercer atividades que antes 
eram só dos homens poderiam exercer, ocupar cargo público e até mesmo 
fazer suas próprias escolha para poderem casar e ter filhos solteiras sem haver 
qualquer descriminação pela situação, a qual antes seria considerado uma 
frota moral e social a sociedade. 
 
 
2.3 A Lei Maria da Penha e sua criação 
 
A Lei 11.340, de 07 de agosto de 2006 que passa a reestrutura o 
ordenamento jurídico no diz respeito à violência contra a mulher, foi publicada 
no dia 08 de agosto de 2006. Como prevê vacatio de quarenta dias, passando 
a sim a vigorar no dia 22 de setembro de 2006. Como podemos observar a 
seguir: 
A nova lei, que passa a vigorar no dia 22 de setembro de 2006, 
vem para atender a um clamor contra a sensação de 
impunidade despertada em muitos pela aplicação da Lei do 
Juizado Especial Criminal aos casos de violência doméstica e 
familiar praticada, especialmente, contra a mulher. 
(NOGUEIRA, s.d., s.p.) 
 
 Assim, com a promulgação da Lei, ela passa a ser conhecida como Lei 
Maria da Penha, ganhou este nome em homenagem a Maria da Penha Maia 
Fernandes, que por vinte anos lutou para ver seu agressor preso, embora em 
seu texto não haja qualquer alusão sobre a tal denominação. 
 Maria da Penha é biofarmacêutica cearense, e foi casada como o 
professor universitário Mario Antonio Herredia Viveros. Em 1983 ela sofreu a 
primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro na costa enquanto 
dormia. O marido foi encontrado na cozinha, gritando por socorro, alegando 
 15 
que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da 
Penha ficou paraplégica. A segunda tentativa de homicídio aconteceu alguns 
meses depois, quandoo marido empurrou a mesa da cadeira de rodas e tentou 
eletrocuta-la no chuveiro. 
O autor premeditou todas as agressões, pois tentou convencer a esposa 
a fazer um seguro de vida, no qual ele seria o beneficiário deste seguro. A 
empregada do casal era testemunhas do que o marido teria tentado convencer 
sua esposa e também que a mesma passasse o seu veículo para o nome dele. 
E com o encontro da arma utilizada no crime contra vítima foi dado 
decisivos como prova da autoria. Como pode-se ver a seguir: 
 
Marco Antonio foi levado a júri em 1986 e acabou condenado. 
No entanto, a defesa recorreu e o júri foi anulado, por falha 
processual. Novamente julgado em 1996, o agressor pegou 10 
anos e 6 meses de reclusão. Houve apelação até os tribunais 
superiores, e Marco Antonio ainda permaneceu livre até 2002 
quando, finalmente, foi preso, passados 19 anos da primeira 
tentativa de homicídio. Atualmente, porém, já beneficiado pela 
progressão no regime prisional, cumpre pena em liberdade e 
reside no Estado do Rio Grande do Norte. (ELUF, 2007, s.p.). 
 
 Apesar de a investigação ter começado em junho do mesmo ano, a 
denúncia só foi apresentada ao Ministério Público em setembro do ano 
seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 
1996, o seu marido foi julgado culpado e condenado a dez anos de reclusão, 
mas conseguiu recorrer. 
No entanto Maria da Penha recebeu apoio da população, pois o seu 
companheiro demorou em receber a punição que a ele cabia, e como o apoia 
da sociedade começaram as reivindicações a comissão Internacional dos 
Direitos Humanos e foi elaborado um relatório que relatava as situações das 
mulheres brasileiras que sofriam violência doméstica. 
E por contas dessas reivindicações e a elaboração do relatório que a Lei 
Maria da Penha foi criada e promulgada, para tentar combater a violência 
doméstica contra a mulher. 
O analise do fato denunciado foi relatado através do Relatório nº. 
54/2001, relatando também as falhas cometidas pela omissão do Estado 
Brasileiro, assumindo assim um compromisso com a Convenção Americana e a 
Convenção de Belém do Pará um compromisso de implementar e cumprir 
 16 
dispositivos destes tratados. 
Em relação ao caso da Maria da Penha a comissão Internacional dos 
direitos Humanos decidiu o seguinte: 
 
A Comissão recomenda ao Estado que proceda a uma 
investigação séria, imparcial e exaustiva para determinar a 
responsabilidade penal do autor do delito de tentativa de 
homicídio em prejuízo da Senhora Fernandes e para 
determinar se há outros fatos ou ações de agentes estatais que 
tenham impedido o processamento rápido e efetivo do 
responsável; também recomenda a reparação efetiva e pronta 
da vítima e a adoção de medidas, no âmbito nacional, para 
eliminar essa tolerância do Estado ante a violência doméstica 
contra as mulheres. 
 
 Vale ressaltar a importância que o Brasil em não responder e omitiu as 
indagações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos decide publicar 
o relatório em questão por conta da inercia do país. Onde podemos verificar a 
seguir: 
Essa nova lei foi batizada de Maria da Penha, em homenagem 
à mulher que se tornou um símbolo de resistência à crueldade 
masculina. A Lei Maria da Penha protege especificamente a 
mulher e determina a criação de Juizados de Violência 
Doméstica e Familiar contra a Mulher, afastando a aplicação da 
Lei nº 9099/95 (Juizados Especiais Criminais) e estabelecendo 
importantes medidas de proteção à população feminina. Tais 
dispositivos, portanto, não abrangem os homens, o que 
causou, no princípio, alguma discussão sobre a 
constitucionalidade da lei que, de certa forma, discrimina a 
população masculina ao não determinar medidas de proteção 
ao marido ou ao companheiro. (ELUF, 2007, s.p.) 
 
 A lei em referência tem como objetivo proteger a mulher de várias 
violências a elas sometida, cabendo assim ao agressor a sua prisão em 
fragrante, ou prisão preventiva através de determinação judicial. A lei também 
acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, além de englobar, a 
violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial 
e o assédio moral. 
 
 
 
 
 
 
 17 
3. NOÇÕES SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER 
 
Neste capitulo vamos estudar sobre as noções de violência doméstica 
contra a mulher, trazendo o seu conceito, qual seria a conduta Social em face 
dessa violência, quais são os tipos de violência que viola o direito da liberdade 
fundamentais das mulheres e por fim deste quais são os tipos de violência 
contra mulher fazendo ênfase na violência física, psicológica, sexual, 
patrimonial e moral. 
 
3.1 Conceito 
 
A violência doméstica (ou familiar) é, portanto a acção ou a omissão que 
o integrante de um grupo familiar exerce contra outro (sendo o mais comum o 
marido em relação à sua esposa) e que provoca danos não acidentais (são 
propositados) no aspecto físico ou psíquico. Fala-se em violência doméstica 
por ter lugar essencialmente no lar, em casa (onde mora, portanto, a família). 
Porém, a violência contra a mulher foi analisada como fenômeno social 
inaceitável e mais absurdo, onde sempre existiu e não é restrito a raça, idade e 
muitos menos a condição social, porem todas as mulheres poder ser vítima 
dessa violência. Pois se trata de uma conduta em obter o poder e o controle da 
mulher. 
Para Costa a violência é um fenômeno bastante complexo e composto 
por diversos factores, sejam eles, “sociais, culturais, psicológicos, ideológicos, 
económicos, etc.”. (COSTA, 2003, s.p.) 
Já para Machado e Gonçalves, considera-se violência doméstica 
“qualquer acto, conduta ou omissão que sirva para infligir, 
reiteradamente e com intensidade, sofrimentos físicos, 
sexuais, mentais ou econômicos, de modo directo ou 
indirecto (por meio de ameaças, enganos, coacção ou 
qualquer outro meio) a qualquer pessoa que habite no 
mesmo agregado doméstico privado (pessoas – crianças, 
jovens, mulheres adultas, homens adultos ou idosos – a 
viver em alojamento comum) ou que, não habitando no 
mesmo agregado doméstico privado que o agente da 
violência seja cônjuge ou companheiro marital ou ex-
cônjuge ou ex-companheiro marital”. (Machado e 
Gonçalves, 2003, s.p). 
 
 18 
 
Ou seja, violência doméstica é a violência, explícita ou velada, 
literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos 
unidos por parentesco civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco 
natural pai, mãe, filhos, irmãos etc. 
 
3.2 Espécies 
 
No ordenamento jurídico a violência é uma espécie de coação em 
vencer a capacidade de resistência como outro, ou fazer algo contra a sua 
vontade. Observamos a seguir: 
 
Violência, em seu significado mais frequente, quer dizer uso da 
força física, psicológica ou intelectual para obrigar outra pessoa 
a fazer algo que não está com vontade; é constranger, é tolher 
a liberdade, é incomodar, é impedir a uma pessoa de 
manifestar seu desejo e sua vontade, sob pena de viver 
gravemente ameaçada ou até mesmo ser espancada, 
lesionada ou morta. É um meio de coagir, de submeter outrem 
ao seu domínio, é uma violação dos direitos essenciais do ser 
humano. (2004, s.p.) 
 
 
 O conselho Estadual de Comissão Feminina diferencia a Violência 
Doméstica contra a Mulher da violência social, como podermos ver abaixo não 
há resistência à força de outrem e a vítima é estanha ao agente: 
 
Qualquer ato de violência que tem por base o gênero e resulta 
em danos ou sofrimento de natureza física, sexual ou 
psicológicas, inclusive ameaças e coerção ou a privação 
arbitrária de liberdade, quer se produzam na vida pública ou 
privada. (2008, s.p.) 
 
 
A Constituição reconhece a violência doméstica conforme o artigo 226, 
parágrafo 8º., que diz: “O Estado assegurará a assistência à família na pessoa 
de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no 
âmbito de suas relações”.Este tipo de problema vem acontecendo há muito tempo, caracterizando 
assim a violência do homem contra a mulher independente da sua idade, cor, 
etnia, religião, nacionalidade ou opção sexual e condição social. O homem 
acha que é rei do seu lar familiar e aproveitando desse título que ele acha que 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia
 19 
tem dita regras, ou seja, ele pensa que manda assim lesionando e estupras as 
mulheres. O desequilíbrio desse ato está relacionado ao poder distribuindo ao 
poder dos homens. 
Subdividimos a violência doméstica em violência expressiva, que neste 
caso com um fim em si, na violência instrumental com forma de submeter à 
mulher inferior a imposições do homem. No entanto na primeira posição 
constitui assim o abuso sexual, e na segunda está se referido ao abuso físico e 
psicológico. 
Maria Amélia Azevedo (AZEVEDO, 1985, p.21) diz como o agressor 
violenta a sua esposa ou companheira: 
 
O agressor (homem) usa intencionalmente a força física com o 
propósito de causar dor ou ofensa como um fim em si (violência 
expressiva) empregar a dor, ofensa ou cerceamento físico 
como punição destinada a induzir a vítima a realizar 
determinado ato (violência instrumental). 
 
 
A violência doméstica traz grande consequência principalmente na forma 
social, afetando assim a segurança, a sua educação, e não podemos esquecer 
o desenvolvimento pessoal e interferindo na sua autoestima. Como se trata de 
questão social necessita a participação de toda a sociedade para sua 
prevenção. 
Como a violência doméstica caracteriza as pessoas como objeto e são 
as maiores vítimas desta violência são os idosos, crianças e pessoas 
incapacitadas, comprovado por pesquisa que esse é o público de pessoas que 
sofrem essa violência e especialmente a mulher vítima. 
No Plano Internacional de antigamente a violência doméstica via a 
moralidade, porque a sociedade era considerada normal, o fato do homem 
agredisse sua mulher. Após este período veio à fase que o agressor era 
imoderado na sua forma desumana, onde traz o homem bruto, que passa a ser 
considerado criminoso. Havendo aplicação de penalidade aos homens que 
excediam nos maus tratos a sua companheira. E com a promulgação e com as 
informações sobre a lei Maria da Penha, passa hoje a ser tratada como um 
problema social. 
 
 
 20 
3.3 Conduta Social em Face Dessa Violência 
 
A história das mulheres é marcada pela discriminação, esta 
discriminação marcada pelo fato de que os homens consideram as mulheres 
como seres inferiores e tem que ser submissa a eles. Mas muitas vezes este 
homem não tem culpa pois foram educados desta forma, com o conhecimento 
de que são dominantes e as mulheres são subordinada as diferenças sexuais. 
Eva Altermam Blay (BLAY, 2002, p. 45), relata o entendimento de gênero e 
diferença de sexo, afirmando que: 
 
(...) por gênero entendemos as diferenças sociais entre homens 
e mulheres que são adquiridas, são mutáveis ao longo do 
tempo e apresentam grandes variações entre e intraculturais. 
Por sexo entendemos as diferenças determinadas 
biologicamente entre homens e mulheres que são universais 
(...) Equidade de gênero refere-se à igualdade de oportunidade 
entre homem e mulher e às transformações das relações de 
poder que se dão na sociedade em nível econômico, social, 
político e cultural, assim como à mudança das relações de 
dominação na família, a comunidade e na sociedade em geral. 
 
 
 Se houvesse uma transformação cultural, podiam pensar em uma 
possível equidade de gênero, onde o homem e a mulher passariam a ter 
igualdade de oportunidades e inexistência de discriminação em diferente em 
diferentes gêneros. Observa-se que não só as diferenças biológicas entre o 
homem e a mulher, determinando assim o emprego da violência contra ela. Na 
sociedade ocorrem vários tipos de violência, notificas diariamente, e neste 
contexto a violência pode passar despercebida. 
 O modo que a sociedade pensa e sente é denominado senso comum, 
significando assim a representação de uma população sobre o tema. 
 Segundo Chauí (CHAUÍ, 1992, apud BLAY, 2002, s.p.) retrata o conceito 
de senso comum, devendo ser entendido como: 
 
(...) o conjunto de crenças, valores, saberes e atitudes que 
julgamos naturais porque transmitimos de geração a geração, 
sem questionamentos, nos dizem como são e o que valem as 
coisas e os seres humanos, como devemos avaliá-los e julgá-
los. (1992, p. 59) 
 
 
O senso comum leva a um procedimento que permeia todas as relações 
 21 
sociais e estabelece diferenças entre as pessoas, negando direitos 
fundamentais e gerando conflitos. Isso leva à perda do respeito pela pessoa 
humana, restrição à liberdade e manutenção da discriminação. 
O preconceito é uma forma de violência e estão relacionados à classe 
social, gênero, etnia, faixa etária, etc. O preconceito relacionado às diferenças 
entre homens e mulheres, deu nascimento à hierarquia em que a mulher ocupa 
uma posição socialmente inferior. A inferioridade social da mulher nem sempre 
é fácil de ser reconhecida e dá origem à violência contra ela. 
O modo de pensar da sociedade é, muitas vezes, o de que “vida de 
mulher é assim mesmo”, ou seja, a violência ocorrida no âmbito doméstico está 
ligada à sociedade conjugal ou união estável como sendo conflito familiar. 
Muitos casos são registrados na Delegacia de Polícia e logo retirados 
devido à pressão do próprio homem, dos familiares ou da vizinhança. A 
sociedade vem tolerando de forma tácita todas as agressões de que a mulher é 
vítima e há mesmo uma espécie de conspiração oculta que faz com que a 
violência contra a mulher seja inserida no contexto normal da relação entre 
sexos. 
Os estudos histórico-antropológicos indicam a dominação do homem em 
face da mulher configurando uma relação hierárquica entre os sexos. Com 
essa visão cultural surgiu à ideologia do “machismo” como sendo um 
imaginário sócio cultural resultante de um longo processo de construção do que 
é ser mulher e ser homem. 
Nas palavras de Maria Amélia Azevedo, é fácil constatar o significado de 
machismo: 
 
(...) o machismo é uma violência simbólica, uma forma de 
significados que viola seus próprios interesses, sem que ele o 
perceba. É uma violência sutil disfarçada cuja eficácia máxima 
consiste em fazer com que o pólo dominado se convença da 
inexistência de opressão ou de que a subordinação não 
apenas é natural como necessária porque benéfica. 
(AZEVEDO, 1985, p. 55). 
 
 
Vê-se, assim, que a ideia do “machismo” existe há muito tempo na 
sociedade. 
 
 
 22 
2.4 Violência Contra a Mulher Reconhecida como Violação das Liberdades 
Fundamentais 
 
O Brasil, como signatário da Convenção para Eliminação de Todas as 
Formas de Discriminação contra a Mulher, da ONU, comprometeu-se na luta 
pela Extinção das discriminações contra a mulher. 
Em 1983, a começar pelo Estado de São Paulo, no Governo de Franco 
Montoro, criou-se o Conselho Estadual de Condição Feminina (CECF). Esse 
órgão estadual foi criado com o objetivo de traçar uma política de ação global 
dentro da máquina administrativa do Estado, visando as necessidades 
específicas da mulher na área da saúde, violência, creches e trabalho. 
Com a Conferência Mundial de Direitos Humanos realizada em Viena, 
em 1993, reconheceram-se os direitos das mulheres como sendo direitos 
humanos. Significa dizer que toda mulher tem direito à uma vida livre de 
violência e de toda forma de discriminação, livre também de padrões 
estereotipados de comportamento e de conceitos de inferioridade e/ou 
subordinação. 
A Assembleia dos Estados Americanos (OEA), realizada na cidade de 
Belém do Pará, adotou, em 6 de junho de 1994, a Convenção Interamericana 
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher. Essa Convenção, 
que foi ratificada pelo Brasil em 27 de novembro de 1995, considera violência 
contra a mulher “qualquer ação ou conduta baseadano gênero, que cause 
morte, dano ou sofrimento físico sexual ou psicológico à mulher, tanto no 
âmbito público como no privado”. Declara que a violência contra a mulher 
constitui uma violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. 
O Brasil é, também, um dos signatários da Carta dos Direitos da Mulher, 
aprovada em 1979 pela Assembleia da Organização das Nações Unidas e que 
tinha como fundamento elidir a discriminação contra a mulher. 
No entanto, as mulheres não podem exercer seus direitos plenamente, 
devido à falta de conhecimento das leis nacionais e internacionais que estão 
em vigor e pelo fato dos governos e das comunidades não as respeitar. A 
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra 
as Mulheres estabelece normas internacionais para impedir a discriminação 
contra as mulheres, mas, em alguns países, a legislação nacional reflete essas 
 23 
normas, entretanto, muitas vezes, a igualdade da mulher ainda não está 
garantida. 
Tanto a incompatibilidade entre a lei e a prática social, como os esforços 
insuficientes dos governos para fazer valer os acordos internacionais nessa 
questão, constituem-se em negação dos direitos humanos, pois violência é 
uma agressão aos direitos humanos. 
Ainda há lacunas nas providências a serem tomadas em relação a essa 
temática. Foram implementados serviços de atendimento às vítimas, mas estes 
ainda devem ser intensificados e várias pesquisas devem ser realizadas para 
esclarecer e fundamentar o tratamento contra o mal desde a origem e para 
proteger as gerações futuras. 
Segundo dados da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 
33% das brasileiras já sofreram alguma forma de violência psíquica e 11% 
assédio sexual. O mais grave é que 70% dos crimes acontecem dentro de 
casa, sendo agressores os companheiros, maridos, padrastos, vizinhos e pais. 
É preciso conscientização de que a mulher sempre foi tratada de forma 
desumana devido à dominação do homem sobre a mulher. A população deve 
exigir do Governo leis severas e programas de atendimento específico para 
essa violência. Toda mulher violentada física ou moralmente, deve ter a 
coragem de relatar o caso, mas isso só será possível quando ela tiver 
conhecimento de seus direitos e de que há formas de prevenção e punição. Se 
não houver conhecimento e garantia de que o agressor pode ser punido, a 
mulher acaba aceitando a violência deixando sua vida marcada pelo medo e a 
vergonha, e sem amor próprio. 
Se toda mulher vítima agisse sem medo e revelasse a violência estaria 
se protegendo contra futuras agressões, além de servir como exemplo para 
outras mulheres, pois a ocultação do crime sofrido dificulta a procura de 
soluções para o problema. 
 
3.5. Tipos de Violência Contra a Mulher 
 
A violência, em muitos casos, é elemento constitutivo do crime ou 
circunstância qualificadora. Consiste em um desenvolvimento de força física 
para vencer resistência real ou suposta. 
 24 
Nesse contexto, o legislador preocupou-se não só em definir a violência 
doméstica e familiar, mas também em especificar suas formas, até porque, no 
âmbito do Direito Penal, vigoram os princípios da taxatividade e da legalidade, 
em que não se admitem conceitos vagos. Entretanto, o rol trazido pela Lei não 
é exaustivo, podendo haver o reconhecimento de ações outras que configurem 
violência doméstica e familiar contra a mulher gerando a adoção de medidas 
protestativas no âmbito civil, mas não em sede de Direito Penal. 
A Lei Maria da Penha reconhece como violência doméstica e familiar 
contra a mulher a violência física, a psicológica, a sexual, a patrimonial e a 
moral. 
 
3.5.1 Violência física 
 
O Artigo 7°, I da Lei 11.340/06: “a violência física, entendida como 
qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal”. Violência 
física é o uso da força, mediante socos, tapas, pontapés, empurrões, 
arremesso de objetos, queimaduras etc, visando, desse modo, ofender a 
integridade ou a saúde corporal da vítima, deixando ou não marcas aparentes, 
naquilo que se denomina tradicionalmente, vis corporalis, expressão que define 
a violência física. 
Para Cunha e Pinto a violência física é aquela utilizada com o uso da 
força, visando ofender a integridade ou a saúde corporal da vítima, através de 
tapas, empurrões, pontapés, podendo ou não deixar marcas no corpo da 
pessoa ofendida. (CUNHA e PINTO, 2008, P. 61). 
A integridade física e a saúde corporal são protegidas juridicamente pela 
lei penal (CP, art. 129). A violência doméstica já configurava forma qualificada 
de lesões corporais, foi inserida no Código Penal em 2004, com o acréscimo do 
§ 9° ao artigo 129 do CP. A Lei Maria da Penha limitou-se a alterar a pena 
desse delito: de 6 meses a um ano, a pena passou para de 3 meses a 3 anos. 
Embora não tenha havido mudança na descrição do tipo penal, ocorreu 
a ampliação do seu âmbito de abrangência. Como foi dilatado o conceito de 
família, albergando também as unidades domésticas e as relações de afeto, a 
expressão “relações domésticas” constante do tipo penal passa a ter uma nova 
leitura. 
 25 
Não só a lesão dolosa, também a lesão culposa constitui violência física, 
pois nenhuma distinção é feita pela lei sobre a intenção do agressor. 
 
3.5.2 Violência psicológica 
 
No Art. 7°, II da Lei 11.340/06, diz que: 
 
“a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que 
lhe cause danos emocional e diminuição da auto-estima ou que 
lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise 
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e 
decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, 
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição 
contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e 
limitaçãodo direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe 
cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”. 
 
 
A violência psicológica é a agressão emocional. Ocorre quando o agente 
inferioriza, ameaça, discrimina a vítima, é a denominada vis compulsiva. 
Trata-se de previsão que não estava contida na legislação pátria, mas a 
violência psicológica foi incorporada ao conceito de violência contra a mulher 
na Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência 
Doméstica, conhecida como Convenção de Belém do Pará. Trata da proteção 
da autoestima. 
Tal violência encontra forte alicerce nas relações desiguais de poder 
entre os sexos. É a mais frequente e talvez seja a menos denunciada. A vítima 
muitas vezes nem se dá conta de que agressões verbais, silêncios 
prolongados, tensões, manipulações de atos e desejos, são violência e devem 
ser denunciados. 
Para a configuração do dano psicológico não é necessária a elaboração 
de laudo técnico ou realização de perícia. Reconhecida pelo juiz sua ocorrência 
é cabível a concessão de medida protetiva de urgência. Praticado algum delito 
mediante violência psicológica, a majoração da pena se impõe. 
 
3.5.3 Violência sexual 
 
Art. 7º, III da Lei 11.340/06, dispões que: 
 26 
 “a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a 
constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação 
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação 
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de 
qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar 
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à 
gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, 
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o 
exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos”. 
 
 
Dias, analisa a violência sexual como “qualquer conduta que constranja 
a mulher a presenciar, manter ou a participar de relação sexual não desejada”. 
(DIAS, 2008, p. 63). 
A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência 
Doméstica - chamada Convenção de Belém do Pará – reconheceu a violência 
sexual comoviolência contra a mulher. Ainda assim, houve certa resistência da 
doutrina e da jurisprudência em admitir a possibilidade da ocorrência de 
violência sexual nos vínculos familiares. A tendência sempre foi identificar o 
exercício da sexualidade como um dos deveres do casamento e a legitimar a 
insistência do homem. 
O Código Penal é mais severo com relação aos crimes perpetrados com 
o abuso da autoridade decorrente de relações domésticas. Porém a Lei Maria 
da Penha ampliou o rol do artigo 61, II, “f” do CP que ficou assim redigido: “[...] 
com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de 
coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da 
lei específica”. 
Os crimes contra a liberdade sexual configuram violência sexual quando 
praticados contra a mulher. Também os crimes denominados “contra os 
costumes” constituem violência sexual. 
Os delitos sexuais são identificados pela lei como de ação privada, 
dependendo de representação da vítima. Entretanto, quando o crime é 
perpetrado com abuso do poder familiar, por padrasto, tutor ou curador, a ação 
é pública incondicionada. 
A segunda parte do inciso III, mencionado acima, enfoca a sexualidade 
sob o aspecto do exercício dos direitos sexuais e reprodutivos. É a violência 
que traz diversas consequências à saúde da mulher. Vale ressaltar que para a 
interrupção de gravidez decorrente de violência sexual não é necessária 
 27 
autorização judicial. 
 
3.5.4 Violência patrimonial 
 
Dispões o art. 7°, IV da Lei Maria da Penha: 
 
“Violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que 
configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de 
seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, 
bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os 
destinados a satisfazer suas necessidades”. 
 
Cunha e Pinto entendem a violência patrimonial como: 
 
 “Qualquer conduta que configure retenção, subtração, 
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de 
trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas 
necessidades”. (CUNHA e PINTO, 2008, p 61) 
 
 
A Lei Maria da Penha positiva como violência patrimonial o ato de 
subtrair, apropriar e destruir objetos da mulher dentro de um contexto de ordem 
familiar, o crime não desaparece e nem fica sujeito à representação, podendo 
até ocorrer agravamento da pena caso o crime seja contra mulher com quem o 
agente mantém vínculo familiar ou afetivo. (DIAS, 2008, p. 52). 
 
3.5.5 Violência moral 
 
Art. 7°, V da Lei em referência: “a violência moral, entendida como 
qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria”. 
A violência moral encontra proteção penal nos delitos contra a honra: 
calúnia, difamação e injúria. A calúnia ocorre quando o agente imputa à vítima 
a prática de determinado fato criminoso sabidamente falso; difamação quando 
imputa à vítima a prática de determinado fato desonroso e injúria quando se 
atribui à vítima qualidades negativas. Normalmente se dá concomitante à 
violência psicológica. 
 
 
 28 
4. IDENTIFICANDO A LEI MARIA DA PENHA 
 
Neste capitulo trata-se da eficácia da lei Maria da Penha e quais foram 
suas falhas, fazendo uma comparação com a Lei nº. 9099/95. 
 
4.1 Eficácia da Lei nº. 11.340/06 
 
Mulheres são violentadas a todo instante no Brasil. Muitos casos não 
são denunciados por medo. As mulheres agredidas se escondem e omitem a 
triste realidade porque vivem amedrontadas diante das ameaças de seus 
parceiros. 
A chamada cultura machista tem destruído sonhos, calando a voz 
feminina e destruindo famílias. Foi tentando acabar com essa situação 
vivenciada por mulheres que surgiu a Lei Maria da Penha, que as encorajou a 
pedir socorro, bem como dar um fim na realidade violenta vivida em seus lares. 
É perceptível que toda violência doméstica e familiar praticada contra a 
mulher que traga ofensa à integridade física ou a saúde, se trata de lesão 
corporal. Para que seja configurada lesão corporal é preciso que a vítima tenha 
sofrido algum dano no seu corpo, podendo este vir a prejudicar a sua saúde, 
causando até abalos psíquicos. (NUCCI ,2009, p. 635 e 636). 
Para Jesus (JESUS, 2009, p. 149) diz que embora haja proteção às 
vítimas de violência doméstica, estas situações não podem somente ficar a 
cargo do Direito Penal, devendo o Estado implantar programas para que os 
agressores sejam submetidos a tratamentos. 
Para que isso ocorra é que o Código Penal Brasileiro listou algumas 
penas restritivas de direito, que servem para os agressores que praticam a 
violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
Uma delas é a limitação de fim de semana (CP, art. 43, VI). 
Seu cumprimento consiste na obrigação do réu permanecer, 
aos sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa de 
albergado ou outro estabelecimento adequado (CP, art. 48). 
Durante esse período faculta a lei que sejam ministrados 
cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas. (CP, art. 
48, parágrafo único; LEP, art. 152) (DIAS, 2008, p. 104 e 105). 
 
Depois de aplicada a pena que determina a limitação dos finais de 
 29 
semana, a Lei Maria da Penha autoriza que o juiz determine ao réu o seu 
comparecimento a programas de recuperação e reeducação, sendo este 
obrigatório. Poderá também o juiz determinar a aplicação de outras medidas ao 
réu, como “prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, além 
da interdição temporária de direitos e perda de bens e valores (CP, art. 43, II, 
IV, V e VI)”. 
Para Cunha este motivo, foram articuladas ações entre a União, Estado, 
Distrito Federal, Municípios e entes não governamentais, visando coibir a 
violência doméstica e familiar contra a mulher, adotando programas de 
prevenção. (CUNHA, 2008, p. 67) 
 
Fomentar o conhecimento e a observância do direito da mulher 
a uma vida livre de violência e o direito da mulher a que se 
respeitem e protejam seus direitos humanos. Modificar os 
padrões socioculturais de conduta de homens e mulheres, 
incluindo a construção de programas de educação formais e 
não-formais apropriados a todo nível do processo educativo. 
Fomentar a educação e capacitação do pessoal na 
administração da justiça, policial e demais funcionários 
encarregados da aplicação da lei assim como o pessoal 
encarregado das políticas de prevenção, sanção e eliminação 
da violência contra a mulher. 
Aplicar os serviços especializados apropriados para o 
atendimento necessário à mulher, por meio de entidades dos 
setores público e privado, inclusive abrigos, serviços de 
orientação para toda família. 
Fomentar e apoiar programas de educação [...] Oferecer à 
mulher, acesso a programas eficazes de reabilitação e 
capacitação que lhe permitam participar plenamente da vida 
pública, privada e social. 
 
A Lei Maria da Penha estabelece que a autoridade policial deverá adotar 
providências legais cabíveis, assim que tiver conhecimento da prática de 
violência doméstica. Deve ainda: garantir à mulher a proteção policial; 
encaminhá-la ao hospital, posto de saúde ou ao Instituto Médico Legal; fornece 
abrigo ou local seguro quando ficar configurado o risco de vida; acompanhá-la 
ao local da ocorrência, a fim de assegurar a retirada dos seus pertences; e 
informar os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis. Tais 
medidas dão suporte às mulheres que buscam ajuda às autoridades 
competentes, visando a sua segurança. 
As medidas protetivas são justamente para proteger a vítima, reprimindo 
 30 
o agressor. No dia a dia isso não tem sido real, pois a mulher fica a mercê do 
seu companheiro violento. 
A Lei Maria da Penha foi criada para proteger a vítima do seu agressor. 
Se por um lado é aplicada com eficiência, por outro, falham os órgãos 
competentes para executá-la mediante a falta de estrutura dos órgãos 
governamentais. 
Outro fatode violência doméstica ocorreu na cidade de Guairá. A 
brasileira Rosemary Fracasso, uma mulher de 37 anos, compareceu a 
delegacia e denunciou as agressões e ameaças sofridas. Porém a lei 
11.340/06, que prevê medidas de proteção à vítima, como também a prisão 
preventiva ou o afastamento do agressor, proibindo-o de aproximar-se da 
ofendida, não foi aplicada, sendo a queixosa morta a golpes de facão. 
É notável que a mulher, vítima de agressão, tem comparecido com 
maior frequência nas delegacias apropriadas, denunciando o seu algoz, porém 
as medidas de proteção não são aplicadas como determina a Lei. 
 
O Brasil avançou muito desde a década de 80 na criação de 
instituições destinadas a frear a violência machista contra as 
mulheres. Em 1985 foi criada a primeira Delegacia da Mulher e 
depois surgiram as casas-abrigo para as vítimas e os órgãos judiciais 
especializados, até entrar em vigor, finalmente, a Lei Maria da Penha. 
Mas falta aplicar a legislação com eficiência e que os órgãos criados 
para executá-la operem adequadamente, queixam-se ativistas, 
vítimas e parentes de vítimas. 
 
Por isso, não há ineficácia na Lei Maria da Penha, uma vez que, está 
claro que a lei é muito bem assistida. As mulheres comparecem às delegacias 
e denunciam seus agressores. Entretanto, é verificado falhas na execução da 
lei, pois o Estado não dá suporte necessário, montando uma estrutura, como: 
preparar o agente policial, equipar viaturas, construir abrigos dignos com 
profissionais competentes na área de psicologia, assistência social, etc., que 
possa amparar as vítimas, assegurando a elas uma vida livre de violência. 
 
4.2. Falhas da referida lei 
 
 
Como é já mencionando que a Lei Maria da Penha é eficaz e 
competente, mas, há falhas quando se refere a sua aplicabilidade, e isto só 
 31 
acontecem por conta do Poder Executivo, Judiciário e no Ministério Público, 
PIS estes poderes gera impunidade na apuração do fato em si, como afirma o 
jurista Miguel Reale Júnior através de entrevista ao Jornal Recomeço, da 
Tribuna do Direito. 
 
TD — De quem é a falta de vontade para que a lei se cumpra? 
Reale Jr. — Do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público. 
TD — Como resolver a situação? 
Reale Jr. — Não adianta reformar a lei se não ocorrer uma 
mudança de mentalidade. Há uma resistência, especialmente 
na Magistratura, na adoção de novas medidas. Não é um 
fenômeno que ocorre só no Brasil, mas também em vários 
outros países, onde foram criadas as penas restritivas, que são 
fáceis de ser aplicadas, de ser controladas e cujo resultado no 
plano preventivo e também como punição é extraordinário. E se 
não se aplica gera-se a impunidade. 
 
Então se pode dizer que o Estado é negligente em relação às 
providências tomadas para coibir e prevenir os atos de violência contra a 
mulher, mas, com positivação da lei 11.340/06 e por ser eficiente na sua 
aplicação, determinando punição para o agressor que comete este tipo de 
violência e garantido proteção a quem foi violentada. O que está faltando é 
poder público agir com responsabilidade. Podendo criar mais ações que possa 
dá uma maior segurança para as mulheres vítimas de violência. 
Conforme entrevista do Ministro Gilmar Mendes ao site O Globo, afirmou 
que: 
O juiz tem que entender esse lado e evitar que a mulher seja 
assassinada. Uma mulher, quando chega à delegacia, é vítima 
de violência há muito tempo e já chegou ao limite. A falha não 
é da lei, é na estrutura, disse, ao se lembrar que muitos 
municípios brasileiros não têm delegacias especializadas, 
centros de referência ou mesmo casas de abrigo. 
 
 
É dever do poder público criar mecanismo para a política em proteção 
as vítimas de violência. Pois como é papel do governo em promover política, 
com criação de abrigos com profissionais para tenta fazer a ressocialização 
deste público que foram vítimas de traumas como psicológico, moral e até 
mesmo físico. Já que a lei positiva este ato da administração pública. Como 
relata o jurista Miguel Reale Júnior através de entrevista já mencionada. 
 32 
 
Se a administração pública não cria as casas de albergados, o 
Judiciário acaba sendo obrigado a transformar a prisão 
albergue em prisão domiciliar, apesar de a lei de execução 
proibir terminantemente isso. O que é a prisão domiciliar? É 
nada, é a impunidade. Você tem uma impunidade que decorre 
do fato de a administração pública não criar os meios 
necessários de a magistratura aplicar a lei, de o Ministério 
Público controlar. De outro lado, a inoperância policial. Porque 
a impunidade não está na fragilidade da lei, está na fragilidade 
da apuração do fato. 
 
 
 
Por isto, se faz a necessidade em relação à celeridade na forma da 
aplicabilidade da mesma, para punir com mais rigor os agressores que 
praticam violência contra mulher. No entanto, esta lei é eficaz, o que está 
faltando é uma maior eficácia em relação às vítimas em denunciar o agressor. 
 
4.3. A Lei Maria da Penha perante a Lei nº. 9099/95 
 
 
De acordo com o artigo 41 da Lei 11.340/06 diz que “Aos crimes 
praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de 
setembro de 1995”. 
Conforme Luiz Flávio Gomes e Alice Bianchini o dia a dia do judiciário 
não agrava os setores da sociedade. Mas tem algumas associações de 
mulheres que protestam contra a forma de solução dos conflitos de violência 
doméstica pelos juízes. (2006, s.d., s.p.) 
Pode-se dizer que o legislador é franco no sentido de afastar do âmbito 
do JECrim o caso de crimes perpetrados com violência doméstica. O 
fundamento deste argumento se profunda por conta da banalização dos crimes 
que são praticados contra a mulher, pois o legislador fala que não que não 
cabe os delitos de potencial ofensivo ser julgado por este órgão. 
Observar-se Gomes e Bianchini (GOMES; BIANCHINI, 2006, p. 7-15) que: 
 
 
 
No caso de violência doméstica ou familiar contra a mulher não 
mais se lavra o termo circunstanciado (mesmo quando a 
infração não conta com pena superior a dois anos), sim, 
 33 
procede-se à abertura de inquérito policial. Já não se pode 
questionar, de outro lado, o cabimento da prisão em flagrante, 
lavrando-se o respectivo auto. Uma vez concluído o inquérito, 
segue-se (na fase judicial) o procedimento pertinente previsto 
no CPP. A ação penal nos crimes de lesão corporal dolosa 
simples contra a mulher nas condições previstas na Lei 
11.340/2006 passou a ser pública incondicionada. 
 
 
A Lei 9099/95 impede a possibilidade do artigo 74 que dispõe da 
composição civil, o artigo 76 que traz a transação penal não deixou de falar do 
impedimento da suspensão condicional do processo como está previsto no 
artigo 88. Assim relata Gomes e Bianchini (GOMES; BIANCHINI. 2006, p. 7-15): 
 
 
No que diz respeito aos delitos praticados até o dia 21.09.06, 
impõe-se a aplicação da legislação anterior, mais benéfica 
(juizados criminais, penas alternativas etc.). A lei nova (Lei 
11.340/2006) é mais severa, logo, em todos os pontos em que 
prejudica o réu não retroage. Por força do art. 41 antes citado 
somente os institutos e o procedimento da Lei 9.099/1995 é 
que não terão aplicação a partir de 22.09.06. Daí se infere que 
outros institutos penais, não contemplados na referida lei, 
continuam tendo incidência normal. 
 
 
O desencadeamento da ação penal necessita do que ofereça a queixa 
crime em relação aos delitos de ação privada, como também a representação 
dos crimes de ação pública condicionada, por que é admitida a retratação a 
representação. 
Diante do exposto, pode se dizer que afastada a competência dos 
Juizados Especiais Criminais, tendo em vista a consequência de que não há 
recursos para as Turmas Recursais. Pôr os recursos são apreciados no 
Tribunal de Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
5. CONCLUSÃO 
 
 
Diante dos estudos, posso relatar sobre as informaçõesque obteve na 
construção deste trabalho, onde concluímos que a mulher teve uma grande 
evolução perante a sociedade, citamos como, por exemplo, à evolução da 
mulher, e a conquista do direito do voto como também a conquista das 
mulheres no mercado de trabalho onde só seriam exclusivas de homem, as 
mulheres eram educadas para cuidar do Lar, mas hoje este conceito e a nossa 
cultura evoluir. 
 Não podemos deixar de relatar a oportunidade da mulher no meio onde 
vive, pois hoje ela tem a liberdade de expressar e opinar sobre todos os 
assuntos que envolvem a sociedade principalmente decidir questões interesse 
coletivas. 
 O artigo 226, § 8° da Constituição Federal diz que: “O Estado 
assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, 
criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações”. 
 Este artigo refere-se ao princípio da Proteção onde resguardar a 
integridade dos membros da família. Foi baseado neste princípio e nas lutas 
dos movimentos feminista, que entra em vigor a Lei 11.340 em 7 de agosto de 
2006, onde esta lei em referência cria mecanismo para prevenir e coibir a 
violência doméstica familiar contra a mulher. 
 Esta lei denominada Lei Maria da Penha, não fere o princípio da 
Isonomia, de acordo com a redação do artigo 226, § 5º da CF, ou seja, ela não 
é inconstitucional. Conforme o parágrafo acima mencionado não fala sobre o 
homem e mulher e sim como a violência contra mulher são costumeiras, em se 
tratando da mulher ser mais vulnerável, o legislador infraconstitucional foca a 
violência doméstica contra a mulher. 
 As lutas de combate contra a violência no pais, vem cumprindo todas as 
disposições da Convenção sobre eliminação de Todos as Formas de 
Discriminação Contra as Mulheres, e não podemos deixar de dizer a 
convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a 
Mulher, no caso de violência. Pois estás convenções diz que absolutamente 
constitucional a presença de regramento próprio para a proteção da mulher. 
 Conclui-se, no entanto, eu as medidas protetivas de urgência são 
 35 
eficazes, porém é difícil colocar em pratica os dispositivos da referida lei. Esta 
lei garante o atendimento especializado criando assim as delegacias polícia 
especializada contra os crimes de violência contra a mulher, mas diz como será 
concretizado este serviço de atendimento. 
 Como prever a inaplicabilidade desta, em questões referentes aos 
juizados especiais civis e criminais, nos casos de delitos de violência contra a 
mulher. Deu mais ênfase, tendo em vista que os homens agressores não 
saírem impunes de penalidades. 
 No entanto a positivação desta lei foi um marco nas conquistas dos 
direitos das mulheres. Uma vez que esta lei trata exclusivamente de violência 
contra as mulheres, extinguindo a descriminação e violências sofridas por elas, 
o que está faltando facilitar e colocar em pratica o que está positivado. 
E a política pública voltada para as mulheres possa erradicar de vez a 
violência doméstica e familiar contra as mulheres. Ou seja, fazer valer o que a 
lei determina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
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