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9 1. PROJETO DE MONOGRAFIA 1.1. Introdução: A partir das orientações inseridas no manual “Elaboração do Projeto e da Monografia de Bacharelado em Economia – apresentação” (www.ie.ufrj.br, acesso em: 25.07.02), “mais do que um requisito formal”, o Projeto de Monografia trata-se de uma importante e indispensável etapa da elaboração da Monografia, visto que já é exigido: a) “o recorte preciso do objeto”; b) “a definição do(s) método(s) de investigação e da(s) base(s) de dados a serem utilizados”; c) o “levantamento bibliográfico preliminar”; d) “a justificativa de relevância do tema”; e) “a demonstração da viabilidade da pesquisa proposta”; f) “a apresentação de um cronograma das tarefas a serem realizadas no período seguinte, até a entrega da versão final da monografia.” Além do mais, “como é nessa fase que tem início o trabalho conjunto do(a) aluno(a) com o(a) seu(sua) orientador(a), há a possibilidade de se detectar e solucionar, o quanto antes, eventuais problemas na relação de orientação” (Elaboração do Projeto e da Monografia de Bacharelado em Economia – apresentação” (www.ie.ufrj.br, acesso em: 25.07.02), mesmo porque, tais problemas “poderiam, mais tarde, vir a comprometer a qualidade da monografia e/ou o cumprimento do prazo previsto para a sua conclusão.” (Elaboração do Projeto e da Monografia de Bacharelado em Economia – apresentação” (www.ie.ufrj.br, acesso em: 25.07.02) Este capítulo tem como objetivo principal traçar as linhas iniciais a respeito do Projeto de Monografia, que deverá ser entregue, pelo acadêmico, na data previamente fixada pela Instituição, a saber, 08.11.02. Em razão disso, traz os caminhos que cada aluno deverá percorrer ao longo de seu trabalho, desde a escolha do tema até a entrega efetiva do Projeto, concluído, na Coordenação de Monografias. Postos assim os fatos, começamos com um questionamento: “[...] Por que elaborar um projeto de pesquisa?” (GIL, 1996, p. 21) Ensina Antonio Carlos Gil (1996, p. 21) que, primeiramente, temos que considerar, como se dá com qualquer atividade racional, que a pesquisa bem feita exige planejamento, motivo pelo qual todas as ações a serem desenvolvidas http://www.ie.ufrj.br/ http://www.ie.ufrj.br/ http://www.ie.ufrj.br/ 10 sejam cuidadosamente planejadas. Assim sendo, o planejamento é a primeira fase da pesquisa e envolve: a escolha do tema; “a formulação do problema, a especificação de seus objetivos, a construção de hipóteses [a fim de serem comprovadas no final da pesquisa], [....] etc.” Além disso, o planejamento deve levar em consideração os aspectos pertinentes ao tempo destinado na pesquisa e na elaboração da monografia e, vale lembrar, “os recursos humanos, materiais e financeiros” que serão necessários para a sua confecção. Esclarece o mesmo autor que, o projeto, portanto, é um documento que traz a explicitação de todas as ações que serão “desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa.” Dessa forma, deve ele “especificar: os objetivos da pesquisa; [...] a justificativa de sua realização”; a definição da modalidade da pesquisa a ser realizada; os procedimentos que serão adotados tanto na coleta quanto na análise dos dados; a apresentação de alguns esclarecimentos a respeito do cronograma; “a indicação dos recursos” que serão utilizados. Trata-se, portanto, da fase inicial do trabalho monográfico, que objetiva nortear o discente na elaboração do trabalho final. Assim sendo, o projeto deverá ser dividido em pré-texto, texto e pós- texto, cada um deles com suas subdivisões. 1. PRÉ-TEXTO: - capa; - folha de rosto; - sumário. 2. TEXTO: - tema; - delimitação do tema; - problema; - justificativa; - objetivos; - hipóteses; - metodologia; - fundamentação teórica; - cronograma. 11 3. PÓS-TEXTO: - referências bibliográficas. 12 1.2. Capa: é a folha de identificação e, por óbvio, deve possuir elementos que identifiquem o aluno, a instituição, a cidade, o ano da entrega do projeto e o título do mesmo. 3 cm↓ NOME DO ALUNO (Centralizado e em letras maiúsculas) TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA PROJETO DE PESQUISA: DIREITO 3 cm 2 cm FACULDADES INTEGRADAS CÂNDIDO RONDON - UNIRONDON CUIABÁ 2002 ↑2 cm 13 1.3. Folha de Rosto: afigura-se como uma página, logo após a capa, contendo, além dos elementos desta, a propositura do trabalho. 3 cm↓ NOME DO ALUNO (Centralizado e em letras maiúsculas) TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA Projeto de pesquisa apresentado às Faculdades Integradas Cândido Rondon – UNIRONDON, como requisito para elaboração da monografia de conclusão de curso. 3 cm 2 cm CUIABÁ 2002 ↑2 cm 14 1.4. Sumário: é a transcrição sucinta do conteúdo do projeto de pesquisa monográfica. 3 cm↓ SUMÁRIO PARTE I 1. TEMA ................................................................................................ 0 2. DELIMITAÇÃO DO TEMA................................................................. 0 3. COLOCAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................ 0 4. JUSTIFICATIVA................................................................................. 0 5. OBJETIVOS DA PESQUISA ............................................................. 0 6. DEFINIÇÃO DA HIPÓTESE DE ESTUDO........................................ 0 6.1. Hipótese geral .......................................................................... 0 6.2. Hipótese específica .................................................................. 0 3 cm 2 cm PARTE II 7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................... 0 8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................... 0 9. CRONOGRAMA DE PESQUISA ...................................................... 0 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 0 ↑2 cm 15 1.5. O tema: Disserta Luiz Antonio Rizzatto Nunes (1997, p. 5) que, analisando-se etimologicamente a palavra monografia, já se tem noção do “limite da investigação”. Mono quer dizer único, portanto, monografia significa trabalho sobre um único tema, ou seja, produção escrita sobre um só assunto. Desta forma, o primeiro passo para fazer uma monografia é a escolha do tema. Tal opção, porém, não deve ser feita de maneira aleatória, muito pelo contrário, exige uma certa cautela, visto que é essencial para o sucesso na elaboração do trabalho. Antes de tudo, o aluno deve escolher um tema do seu interesse. É nesse teor que Luiz Antônio Rizzatto Nunes (1997, p. 5) ensina que: Uma monografia tem forte chance de dar certo se o tema escolhido estiver de acordo com as características intelectuais do aluno, sua atração pelo assunto, o interesse despertado tendo em vista sua posição ideológica, sua atitude diante das circunstâncias que o assunto revela etc. Realmente, quanto maior a simpatia, o interesse do aluno pelo tema, maior será a motivação que ele terá, para desenvolver o trabalho. Assim, a escolha do tema errado, “põe por água abaixo” toda a motivação e, conseqüentemente, todo o entusiasmo criador, “[...] parte importante da produção intelectual [...].”(NUNES, 1997, p.6) E quando isso ocorre, nos deparamos com trabalhos monótonos e pobres. Segundo Délcio Vieira Salomon (1997, p. 191), oportuno se torna dizer que escolher o assunto significa elegê-lo em detrimento de qualqueroutro, isto é, decidir-se por uma questão que lhe seja apaixonante, “de acordo com as próprias inclinações e possibilidades.” Assim, em meio a tantas alternativas “que surgem no âmbito de cada objeto científico”, é preciso descobrir um problema relevante a tal ponto [afinal, a escolha é sua!], que mereça ser investigado cientificamente e tenha condições de ser formulado e delimitado tecnicamente em função da pesquisa. Podemos dizer, seguindo a orientação de Délcio Vieira Salomon (1997, p.195-196) que “o assunto deve ser adaptado à capacidade, inclinações e interesses de quem se propõe elaborar um trabalho científico”, afirmando ainda que, 16 A causa do insucesso de tantos alunos, que abandonam na metade o trabalho uma vez começado, está freqüentemente ligada ao fato de não terem previsto suficientemente as dificuldades inerentes ao próprio trabalho. Não mediram o próprio cabedal e não colocaram o assunto dentro de suas reais inclinações. Cabe salientar, dessa forma, que “o assunto deve estar sujeito a alguns elementos externos”, tais como: “a) tempo à disposição [...]; b) existência de bibliotecas para consultas;” realização de pesquisas e, por fim, “c)possibilidade de consultar especialistas no assunto, de ter acesso às fontes e outros subsídios.” (SALOMON, 1997, p. 196, grifo do autor) Em realidade, para esse primeiro passo, deve-se procurar obter informações a respeito do tema desejado. É esse o início da pesquisa. O aluno deve ler e buscar conhecer tudo o que puder sobre o que já foi falado e escrito a respeito do assunto, para que possa ter uma noção das diversas concepções que envolvem o tema a ser pesquisado. Toda essa preparação inicial irá auxiliar, em muito, na definição do ponto de partida para a elaboração da monografia e, sobretudo, na delimitação do tema, visto que o aluno terá uma melhor noção da amplitude do assunto que pretende pesquisar. Escolhido o tema, motivado real e verdadeiramente no interesse do aluno, podemos passar para o próximo passo. 1.6. Delimitação do tema. Para delimitar o tema, o acadêmico deve, primeiramente, fazer uma “leitura prévia de textos já escritos sobre o assunto” (NUNES, 1997, p. 6), vez que essa definição requer conhecimentos básicos a respeito. Ensinam Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi (2001, p. 218) que, assim procedido, cabe, agora, realizar a “limitação geográfica e espacial” do tema escolhido, visando à pesquisa, para que a monografia não fique vaga e imprecisa. Assim, deverá o aluno “fazer um recorte” na questão, para não correr o risco de fugir do assunto. Para Luiz Antonio Rizzatto Nunes (1997, p. 8), um tema reduzido possibilita uma maior “concentração da pesquisa” e, com isso, “um aprofundamento do seu conteúdo.” Oportuno dizer que a descrição do caminho percorrido para se restringir um tema amplo, até se atingir o proposto para a pesquisa, demonstra de que forma se chegou ao tema final. 17 Assim, o “recorte” do tema é fundamental para o sucesso do trabalho. Por exemplo: “o casamento” – o tema refere-se a um único assunto, no entanto, é muito amplo para uma monografia de graduação, sendo necessária a eleição de um dos muitos aspectos desse tema. Quanto mais delimitado o assunto, melhor será a pesquisa e, conseqüentemente, a elaboração da monografia. Ressalta Luiz Antonio Rizzatto Nunes que, “trabalhar em cima de um assunto bastante restrito, facilita muito o trabalho de pesquisa e a elaboração do texto”, proporcionando maior aprofundamento e, em razão disso, melhor qualidade. Voltando ao exemplo supracitado, o aluno deverá se questionar: o que, especificamente, pretende falar a respeito do tema “O Casamento”? É plausível que ele opte por “A dissolução do casamento”. Ótimo, já iniciou a sua delimitação, porém, há muito a ser feito. Pode-se dizer que o tema está bem encaminhado, todavia o seu conteúdo ainda é muito extenso. Essencial se torna, neste momento, efetuar mais um “corte” no tema. Nesse sentido, é viável a fixação do assunto em um espaço: “A dissolução do casamento no Brasil”. Andou bem, já está quase bom, porém melhor seria proceder a mais um “recorte”, desta feita, localizando o tema, também, no tempo: “A dissolução do casamento, no Brasil, após a promulgação da Lei do Divórcio”. Pronto! Está delimitado o tema. Esta opção é, agora, um trabalho perfeitamente factível a um candidato a bacharel em Direito. 1.7. Problema Disserta Luiz Antonio Rizzatto Nunes (1997, p. 9) que, ‘problematizar’ um tema é torná-lo um assunto controverso, porque ainda não satisfatoriamente respondido, daí ser objeto de pesquisa ou discussão acadêmica. À conta disso, problema é dificuldade, é mistério, é curiosidade e, notadamente, partimos de um problema, ou seja, a razão humana cerca suas atividades pela apresentação de um problema. Por que? Se agirmos com rigor, estabelecendo rumos claros, garantimos maior possibilidade de êxito? Seguindo o exposto por Rizzatto Nunes (1997, p. 10), podemos afirmar que a melhor maneira de problematizar um tema é “’submetê-lo’ a questões”, a 18 fim de verificar a sua resistência a elas. “Tais questões”, logicamente, devem ser “levantadas e respondidas pelo próprio estudante.” Antônio Henriques e João Bosco Medeiros (1999, p.30) ensinam a formular um problema afirmando que este será científico se for capaz de “ser testado e suas variáveis [...] observadas e manipuladas.” Podemos elucidar a explicação dada, da seguinte maneira: - Quais as inovações trazidas pela Lei do Divórcio para o Direito de Família? - Houve alguma alteração inserida pela referida lei às modalidades de dissolução do casamento? - Qual a importância desta lei para o sistema jurídico pátrio? Ressaltam ainda que devem ser evitadas questões que envolvam juízo de valor, que possam ensejar uma gama de discussões muito subjetiva e, além disso, “não [...] passíveis de verificação empírica.” (HENRIQUES; MEDEIROS, 1999, p. 30). Podemos exemplificar o exposto da seguinte maneira: “Os pais devem dar palmadas nos filhos?” (GIL, 1996, p. 27). Seguindo a orientação de Antônio Carlos Gil (1996, p. 27), “um problema é de natureza científica quando envolve variáveis” passíveis de testes, a exemplo de: ‘A desnutrição determina o rebaixamento intelectual?’ Entendem Antonio Henriques e João Bosco Medeiros (1999, p. 31), que a problematização do tema deve levar em consideração, especialmente, alguns questionamentos: - “Por que pesquisar tal questão?” - “Qual a importância da questão?” - “Quem se beneficiará com a pesquisa?” (grifo nosso) Disserta Antônio Carlos Gil (1996, p. 29-30) que, na tentativa de facilitar esse trabalho, podemos citar algumas “regras práticas para a formulação de problemas científicos”, que deve, necessariamente, ser: 1) elaborado como pergunta; 2) claro e preciso; 3) “empírico [...]” (“não deve referir-se a valores”, “[...] a julgamentos morais e, [...] considerações subjetivas”); 4) “suscetível de solução”; 5) circunscrito a uma “dimensão viável.” Enfatiza Luiz Antonio Rizzatto Nunes (1997, p. 12) que não se há de esquecer que, ao fazer a escolha do tema a ser pesquisado, deve-se levar em consideração a facilidade, ou ao menos a “real possibilidade”, de encontrar-se o material bibliográfico indispensável. De nada adianta, pois, optar por um tema tão 19 inusitado, a ponto de não encontrar nenhum material que sirva de embasamento para a sua pesquisa. Finalmente, vale ressaltar que o tema não precisa ser definitivo. Pode acontecer que, durante as pesquisas, o aluno chegue à conclusão de que “não é bem isso...”. Sem problemas! Pequenas variações não comprometem o trabalho monográfico. 1.8. A justificativa A justificativa do tema deve ser apresentada de maneira clara e sucinta. Trata-se da apresentação das razõesque dão fundamento à realização da pesquisa, devendo, por isso, indicar: a importância do tema a ser analisado e as contribuições que o trabalho pode trazer, proporcionando respostas aos problemas expostos ou, então, ampliando as discussões a respeito. Assim, a justificativa deve convencer os leitores do projeto, assim como às pessoas ligadas diretamente a ele, sobre a importância de sua realização. O conteúdo da justificativa deve inicialmente descrever a importância do tema ou do problema a ser tratado. Levando-se em consideração o contexto histórico no qual se qualifica o trabalho. Deve-se uma sucinta revisão bibliográfica sobre os estudos de autores vários já realizados sobre o tema. Por fim, deve-se apresentar a importância de seu desenvolvimento no contexto atual. 1.9. Os objetivos 1.9.1. A definição dos objetivos da pesquisa O objetivo define o ponto central do trabalho, o recorte específico do que será abordado no tema proposto, e divide-se em: a) Objetivo geral: relaciona-se à macroestrutura do trabalho. Indica a direção a ser seguida, a finalidade da pesquisa, o que motivou o acadêmico a fazer essa opção, enfim, os resultados pretendidos. Portanto, o objetivo deve dizer “o que” se pretende estudar ou aplicar. Situa o campo de estudos sobre o qual recai o problema anteriormente formulado, bem como destaca as hipóteses 20 de incidência suplementar. Está intimamente ligado aos títulos dos capítulos da monografia. b) Objetivos específicos: relacionam-se à microestrutura do trabalho. Devem descrever o que será obtido com a pesquisa. Buscam detalhar o tema, apontando para o estudo dos vários elementos que o compõe e para a forma de encadeamento dessas várias unidades, objetivando saber “o que” se pretende em cada subtema, que constitui elemento de construção do tema. O encadeamento lógico de cada um dos objetivos específicos tende, uma vez agrupado aos outros elementos, ao logro da finalidade expressa no objetivo geral. Convém não ampliar demasiadamente os objetivos específicos, uma vez que cada um, tomado isoladamente, poderia originar um outro projeto. Devem ser usados, preferencialmente, verbos como: analisar, identificar, interpretar, verificar etc. Enquanto o objetivo geral refere-se a conceitos implícitos, os objetivos específicos dizem respeito a características explícitas na pesquisa. Este é, portanto, o detalhamento daquele. 1.10. As hipóteses O presente tópico visa a fornecer uma “resposta” ao problema, estabelecida como algo a priori, podendo ser, ao final do estudo, confirmada ou rejeitada pelo pesquisador. Nesse tocante, a intuição é elemento positivo para essa fase do trabalho. Pode, ainda, haver uma ou várias hipóteses, daí estas deverem ser delimitadas. Cabe apresentar uma solução possível, demonstrada por meio de propositura suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa, a busca de resposta para o problema apresentado, uma teoria que pode ou não ser confirmada ao final da pesquisa. Dividem-se em: a ) hipótese geral: é a tese propriamente dita, é a idéia central que o trabalho se propõe demonstrar. 21 b) hipóteses específicas: são as etapas a serem seguidas para se alcançar a hipótese geral. 1.10.1. A construção das hipóteses Essa etapa consiste em oferecer ao problema uma solução potencial, admissível, possível, fornecida através de uma proposição, denominada hipótese. Chamamos, portanto, de hipótese, à solução passível de ser demonstrada através de uma proposta, suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa. Trata-se de uma solução testável, em suma, que pode vir a ser a solução do problema. Uma teoria que poderá ser confirmada, ou não, ao final da pesquisa. Para a construção de uma hipótese, é necessária a observação. Assim, existem, em primeiro plano, aquelas que se baseiam em resultados de outras investigações; em seguida, as que são provenientes de teorias; e, finalmente, há algumas que derivam de simples palpites ou de intuições. No entanto, nem toda hipótese é testável. Para que possa ser considerada aceitável, deve ela apresentar algumas características, conforme ensina Antônio Carlos Gil (1996, p.41): a) ser conceitualmente clara, simples e específica; b) ter referências empíricas (hipóteses que envolvam julgamentos de valor, não podem ser adequadamente testadas. 1.11. A METODOLOGIA: Consiste na forma como a pesquisa será elaborada, isto é, no procedimento de trabalho, com relação à pesquisa propriamente dita, bem como de seus resultados. É certo que inúmeras são as possibilidades para se realizar uma pesquisa, dentre as quais podem servir de exemplo: a) Pesquisa bibliográfica: é bastante utilizada, inclusive, e consiste no estudo da documentação existente sobre o assunto, como a consulta de livros, 22 revistas, periódicos, jornais, teses, dissertações e quaisquer outros documentos que versem sobre o tema escolhido. b) Pesquisa de campo: nesta, o investigador assume o papel de observador e explorador, coletando dados diretamente no local em que se deram ou em que surgiram os fenômenos. No caso em tela, são utilizadas, geralmente, técnicas de observação e questionários, com vistas a buscar informações acerca do objeto do estudo. c) Pesquisa na Internet: com o avanço tecnológico, a pesquisa realizada na Internet passou a ser muito utilizada, devido à enorme facilidade e, ainda, à comodidade oferecida. Todavia, alguns cuidados devem ser tomados no momento da consulta, vez que não há um controle rígido, se comparado ao exercido pelas editoras, para a publicação de artigos. Para pesquisar em sites, é necessário que o aluno anote: o endereço eletrônico, o autor do texto e o título publicado, além da data da publicação. Assim, seguem alguns alguns links jurídicos: www.jusnavigandi.com.br www.advogado.com.br www.fgv.br www.ambitojuridico.com.br www.gontijo.com.br www.consultorjuridico.com.br www.aasp.com.br Posta assim a questão, é de ser verificado que, além das espécies de pesquisa acima tratadas, deve ser explicado, neste tópico, o método de pesquisa a ser utilizado, que pode variar, conforme segue: 1.11.1. Os procedimentos metodológicos Método dedutivo É o que se utiliza do silogismo, que é, conforme nos ensina Ântonio Houaiss (2001, p. 2571) o “raciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir de duas proposições, ditas premissas, das quais, por inferência, se obtém necessariamente http://www.jusnavigandi.com.br/ http://www.advogado.com.br/ http://www.fgv.br/ http://www.ambitojuridico.com.br/ http://www.gontijo.com.br/ http://www.consultorjuridico.com.br/ http://www.aasp.com.br/ 23 uma terceira, chamada conclusão”. Assim, através de uma idéia geral, uma verdade estabelecida, decorrerão proposições, ou premissas particulares. Como exemplo de silogismo, tem-se a própria lei, que representa uma idéia geral, da qual decorrerão proposições particulares, no momento de sua aplicação a casos individuais. Método indutivo Ao contrário do método dedutivo, o processo de raciocínio se desenvolve a partir de fatos particulares, até atingir uma conclusão de ordem geral, valendo-se da experimentação e da comparação dos fatos ou dos elementos. Método comparado Verifica-se em trabalhos cujo tema visa ao cotejamento dos institutos jurídicos de vários países, podendo ser de ordem legislativa, doutrinária ou jurisprudencial. Método histórico Baseia-se na trajetória histórica de determinado assunto, de maneira que o núcleo do trabalho será a história e o seu desenvolvimento. Assim, pelo exposto, a metodologia versa sobre o programa ou método a ser utilizado durante a pesquisa, ou seja, a explicitação da forma em que aquela se dará, a ordem em que o trabalho será feito, enfim, o corpo de regras e diligências estabelecidas para realizar uma pesquisa. 1.12. Afundamentação teórica Consiste no relato, com no máximo 40 (quarenta) linhas, dos itens essenciais que serão questionados no decorrer do trabalho, embasando-os em fundamentos de ordem legal, doutrinária e jurisprudencial. 24 1.13. O cronograma Nesta etapa, o aluno deve fazer uma previsão do tempo que irá levar para percorrer cada uma das fases já comentadas, desde a elaboração do projeto da monografia, o planejamento e a coleta dos dados, até a redação e a apresentação perante a Banca. Para isso, devem ser observadas algumas regras básicas: a) a fase do planejamento deve ser a mais rápida; b) a coleta dos dados deve demorar o suficiente para acumular um bom número de livros, periódicos, artigos etc, ou seja, material para a leitura e o fichamento; c) a classificação dos dados é breve, pois trata-se de mera “passagem de olhos” sobre o material coletado, visando escolher tão- somente o material útil à pesquisa; d) a fase de análise e interpretação dos dados é a mais demorada, tendo em vista a necessidade de leitura e fichamento dos textos selecionados. Assim, o cronograma da pesquisa compreende a estimativa do tempo. Eventualmente, algum prazo pode deixar de ser observado, sem que isso comprometa o sucesso da pesquisa. Cumpre ponderar, todavia, ser imperioso que o aluno disponha de cuidados básicos, como, por exemplo, organização e comprometimento suficientes. FASES INÍCIO FIM Planejamento Coleta de Dados Classificação dos Dados Análise dos Dados Interpretação dos Dados Redação do Relatório Banca 25 1.14. As referências bibliográficas Deve-se, por último, relacionar todos os livros, artigos e demais publicações consultadas para o desenvolvimento da pesquisa, sempre observando as normas da ABNT pertinentes ao assunto. 1.15. Etapas e normas gerais a serem cumpridas pelo acadêmico 2º SEMESTRE DE 2002 Freqüentar as Oficinas de Monografia: estas consistem em um programa de atividades compreendidas em quatro aulas práticas e expositivas, a serem ministradas aos sábados, especificamente nos dias 10/08 (dez de agosto), 14/09 (catorze de setembro), 05/10 (cinco de outubro) e 19/10 (dezenove de outubro), todos do ano corrente, com os seguintes objetivos: a) Assessorar o(a) aluno(a) na escolha do tema a ser pesquisado, fornecendo-lhe as informações necessárias para tal; b) Transmitir as normas de apresentação do Projeto de Monografia, aplicáveis aos trabalhos técnico-científicos, referentes à estrutura, estilo, citações, notas de rodapé, bibliografia, sumário, anexos etc, através de exercícios feitos em sala de aula, conforme o disposto pela ABNT; c) Orientar individualmente o(a) discente na elaboração do Projeto de Monografia, discutindo a versão ou as versões preliminar(es), sobretudo quanto aos aspectos de forma e estrutura; Entregar, na Coordenação de Monografias, até o dia 06 de Setembro de 2002, documento (à disposição na sala da Coordenação de Monografias), assinado pelo(a) acadêmico(a), com a especificação do tema escolhido. Pede-se que, além de indicar o título provisório da monografia, o(a) aluno(a) descreva, em um ou dois parágrafos, o assunto que pretende pesquisar; Ler e fichara bibliografia básica, necessária à elaboração do Projeto de Monografia; 26 Entregar os fichamentos até o dia 27 de Setembro de 2002; Entregar a Versão Preliminar do Projeto de Monografia até o dia 11 de Outubro; Entregar o Projeto de Monografia (versão definitiva) até o dia 08 de Novembro; OBSERVAÇÃO: O Projeto deve ser elaborado conforme o disposto e especificado no presente Manual de Orientação de Trabalhos Técnicos e Científicos. O aluno que não entregar o Projeto de Pesquisa no prazo assinalado, ou não o tenha por aprovado, terá que cursar novamente as oficinas, entregando a versão definitiva do projeto no primeiro semestre de 2003, em data a ser definida, posteriormente, pela Coordenação de Monografias. 27 2. TRABALHOS ACADÊMICOS E DE CONCLUSÃO DE CURSO 2.1. Conceito e estrutura do trabalho de conclusão de curso A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2001b, p. 2) define este tipo de trabalho como o Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. Portanto, o trabalho acadêmico, de conclusão de curso, graduação, interdisciplinar ou similar, contém o resultado do conhecimento orientado, adquirido ao longo de um estudo acerca de determinado assunto, relacionado a uma disciplina, curso ou parte do mesmo, ou independente. A estrutura do referido trabalho compreende elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, conforme será detalhadamente tratado ao longo do presente manual. 2.1.1. Elementos pré-textuais Os elementos pré-textuais dividem-se em obrigatórios e opcionais, devendo sua disposição independer dessa classificação, pois que serão dispostos, necessariamente, na seguinte ordem: capa; folha de rosto; errata; folha de aprovação; dedicatória; agradecimentos; epígrafe; resumo na língua vernácula; resumo em língua estrangeira; sumário; 28 lista de ilustrações; lista de abreviaturas e siglas; lista de símbolo. A capa, folha de rosto, folha de aprovação, resumo na língua vernácula, resumo em língua estrangeira e sumário, são elementos pré-textuais obrigatórios, enquanto que a errata, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, lista de ilustração, lista de abreviaturas, lista de siglas e lista de símbolos são elementos pré-textuais opcionais. Assim, ora serão analisados os elementos obrigatórios, para, em seguida, passar-se ao estudo dos elementos opcionais. A capa (anexo B) constitui “proteção externa do trabalho” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 2) e deve conter as seguintes informações, indispensáveis à identificação do mesmo e impressas na seguinte ordem: a) nome do autor; b) título; c) subtítulo; d) número de volumes; e) local da instituição onde o trabalho será apresentado; f) ano da entrega ou depósito. Observação: O nome da instituição é considerado elemento complementar a ser inserido na capa. O nome do autor do trabalho deve constar no alto da capa, centralizado da margem esquerda para a direita, em letra maiúscula e na ordem natural; seguido do título, que deve ser inserido no centro da folha, em negrito e letra maior que o nome do acadêmico. Havendo subtítulo e mais de um volume, devem seguir os elementos que acabamos de mencionar, transcritos com o mesmo tamanho de letra do primeiro elemento referido, da mesma forma que o nome da 29 instituição, o local da entrega do trabalho e o ano devem estar inseridos logo acima da margem inferior, com espacejamento de 1,5. Observação: Normalmente os trabalhos de conclusão de curso não contém subtítulo, nem mesmo mais de um volume. O segundo elemento pré-textual é a folha de rosto (anexo C), que deve conter, no anverso e na seguinte ordem: a)nome do autor; b) título do trabalho; c) subtítulo; d) número de volumes; e) natureza; f) instituição; g) objetivo; h) nome do orientador e co-orientador (se houver); i) local da instituição; j) ano do depósito. Os 4 primeiros elementos devem ser inseridos na folha de rosto, como o foram na capa, seguidos da identificação do trabalho (anexo D), que conterá a natureza do mesmo (trabalho, resenha, projeto de pesquisa, relatório, etc.), nome da instituição, objetivo (obtenção de nota, aprovação no curso), ressaltando que trata-se de requisito parcial, visto que existem outras atividades a serem cumpridas, bem como, o nome do orientadore co-orientador (este, quando houver). O local da instituição e ano da entrega do trabalho também são apostos na folha de rosto, tal qual na capa. Para a elaboração da ficha catalográfica (anexo E), o autor do trabalho contará com o auxílio do professor-coordenador da Biblioteca. Para tanto, serão necessários a capa, a folha de rosto, o resumo e o sumário do trabalho. Vale dizer que a referida ficha deve aparecer no verso da folha de rosto. 30 Eventuais erros podem ser corrigidos através da errata (anexo F), a qual é um elemento opcional do trabalho, consistindo “em uma lista de folhas e linhas em que ocorrem erros, seguida das devidas correções” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3), podendo ser inserida no trabalho, após a folha de rosto, ou entregue aos componentes da banca, em papel avulso. Segue exemplo: Outro elemento obrigatório é a folha de aprovação (anexo G) que deve conter o nome do autor, título e subtítulo, local e data de aprovação, bem como o nome, assinatura e instituição dos componentes da banca examinadora. Na dedicatória (anexo H) o autor poderá dedicar o trabalho ou prestar homenagem a alguém, enquanto que os agradecimentos (anexo I) se dirigem às pessoas cuja contribuição foi relevante. Nesses dois elementos, é importante que o acadêmico use do bom senso e da moderação, restando deselegante a linguagem do exagero ou da bajulação. O trabalho pode conter, também de modo opcional, a epígrafe (anexo J), que apresentará “uma citação, seguida da indicação de autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3). Estas também poderão constar “nas folhas de abertura das seções primárias.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3). Vale lembrar ser imprescindível que haja pertinência com o assunto, a fim de que a epígrafe sirva como elemento enriquecedor do tema, e não como mera oportunidade para ocupar mais uma folha de papel no documento. Em seguida, tem-se o resumo na língua vernácula (Anexo L), qual seja, a apresentação dos pontos relevantes do texto, que devem estar contidos no trabalho de conclusão de curso, logo após a epígrafe, porém com a conveniente brevidade que as normas exigem. Tal resumo não poder ultrapassar 500 palavras, “deve dar uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho”, constituindo-se “em uma seqüência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, [...] seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou 31 descritores, conforme a NBR 6028.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3). Registre-se, ainda, que o trabalho conterá um resumo em língua estrangeira (Anexo M), inclusive, “que consiste em uma versão do resumo em idioma de divulgação internacional (em inglês Abstract, em castelhano Resumen, em francês Resume, por exemplo)”, devendo “ser seguido das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, na língua.” ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3). Depois, deve vir o sumário (Anexo N), elemento obrigatório do trabalho, que traz as “principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede, acompanhado do respectivo número da página”. Se o trabalho for composto de diversos volumes, cada um conterá o sumário completo do mesmo, conforme previsto na NBR 6027. Há que se assinalar, neste ponto,a lista de ilustrações, como elemento opcional do trabalho, a ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item acompanhado do respectivo número da página. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (quadros, lâminas, plantas, fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos e outros). (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3). Como derradeiros elementos pré-textuais, aparecem as listas de abreviaturas e siglas, que é opcional e “consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4). 2.1.2. Elementos textuais Neste momento, analisados os elementos pré-textuais, passaremos ao estudo dos chamados elementos textuais, a saber, a introdução, o desenvolvimento e a conclusão, os quais são de fundamental importância, visto 32 serem o trabalho propriamente dito, razão pela qual merecem especial atenção do elaborador. A introdução é, por óbvio, a “parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4) O desenvolvimento é a “parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4) A conclusão é, evidentemente, a “parte final do texto”, onde se “apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses”. A apresentação dos “desdobramentos relativos à importância, síntese, projeção, repercussão, encaminhamento e outros” é opcional. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4) 2.1.3. Elementos pós-textuais: Em análise última, os elementos pós-textuais são os complementares, os quais objetivam, sobretudo, esclarecer eventuais necessidades que o trabalho venha a apresentar. Isto posto, é de se dizer que, dentre eles, tão-somente as referências não têm caráter opcional. As referências constituem “elemento obrigatório, que consiste em um conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação individual, conforme a NBR 6023, mesmo mencionados em notas de rodapé.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4). Em regra, a referência é “constituída de elementos essenciais” e, havendo necessidade, são acrescidos os complementares [...] apresentados em seqüência padronizada” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 2-3). Nessa vereda, os elementos essenciais das referências “são as informações indispensáveis à identificação do documento” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 2), enquanto os 33 complementares possibilitam “melhor caracterizar os documentos” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 2), quando acrescidos aos essenciais. As referências podem estar inseridas na nota de rodapé, ao final do texto ou capítulo, “em lista de referências” ou “antecedendo resumos, resenhas e recensões [...], alinhadas [...] à margem esquerda e de forma a se identificar individualmente cada documento” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 3). A seqüência dos elementos que compõem a referência está exemplificada nos modelos apresentados em 7.1 a 7.13 da NBR 6023 da ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) de agosto de 2000 e “a pontuação segue padrões internacionais e deve ser uniforme para todas as referências. Quanto às abreviaturas, estas devem ser conforme a NBR 10522 e “o recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o elemento título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 3). O item 3 da NBR 6023 apresenta as definições de alguns elementos essenciais da referência, assim como o item 4 proporciona uma noção de elementos essenciais e complementares, cuja transcrição é devidamente explicada e exemplificada em 8.1 a 9.2.3 da NBR 6023. Cumpre examinarmos, neste passo, os elementospós-textuais opcionais, conforme prossegue o presente manual. Pode haver complementação da argumentação, denominada apêndice, desde que não prejudique a “unidade nuclear do trabalho” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4). Esta será elaborada pelo autor do mesmo, em texto ou documento opcional, a ser inserido após as referências. “Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4), como poderá ser observado no exemplo proposto pela própria ABNT (NBR 14724) em 4.3.2. Na seqüência, vem o anexo, constitutivo de textos ou documentos que fundamentam, comprovam e ilustram o trabalho, mas não foram elaborados pelo autor do mesmo. Tal elemento é opcional e identificado “por letras maiúsculas 34 consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4), conforme poderá ser observado no presente trabalho, haja vista que as normas da ABNT e os modelos dos elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais serão anexadas ao mesmo na condição de anexos. Finalmente, pode ser apresentado o glossário, “elemento opcional, que consiste em uma lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4) 2.2. ESTRUTURA DO TRAGALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Todos os trabalhos acadêmicos devem ter uma estrutura composta de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Como pode ser observado no esquema abaixo, os elementos pré- textuais são dispostos na seguinte ordem: capa, folha de rosto, errata (opcional), folha de aprovação, dedicatória (opcional), agradecimentos (opcional), epígrafe (opcional), resumo na língua vernácula, resumo em língua estrangeira, sumário, lista de ilustrações (opcional), lista de abreviaturas e siglas (opcional) e lista de símbolos (opcional), seguidos dos elementos textuais, que é a introdução, o desenvolvimento e a conclusão e dos pós-textuais, a saber, referências, apêndice (opcional), anexo (opcional) e glossário (opcional). 35 36 2.3. FORMAS DE APRESENTAÇÃO Em primeiro plano, as margens devem ser delimitadas, antes de ser iniciada a digitação do trabalho. Prevêem as normas da ABNT que “as folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5) Quanto ao formato, os textos devem ser “apresentados em papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), digitados ou datilografados no anverso da folha, exceto a folha de rosto (ver 4.1.2).” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). Atualmente, a utilização de textos datilografados encontra-se praticamente superada, recomendando-se, “para digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e tamanho 10 para citações longas e notas de rodapé.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). Com relação ao tamanho da fonte, cabe ressaltar que há uma recomendação, perfeitamente aplicável para a fonte arial, no entanto, não recomendável para o times new roman, que, segundo entendemos, deve ter aplicado com tamanho 14 e 12, respectivamente, tendo em vista a apresentação visual do mesmo. Com relação ao espacejamento, “todo texto deve ser digitado ou datilografado, com 1,5 de entrelinhas.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). Notas, citações longas, ou seja, com mais de 3 linhas, referências e resumos em língua estrangeira e em vernáculo serão digitados ou datilografados em espaço simples e “os títulos das seções devem ser separados do texto que os precede ou que os sucede por uma entrelinha dupla (um espaço duplo ou dois espaços simples).” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). As notas de rodapé serão digitadas ou datilografadas “dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). O indicativo numérico de seção “precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere. Nos títulos, sem indicativo numérico, como lista de ilustrações, sumário, resumo, referências e outros devem 37 ser centralizados, conforme a NBR 6024.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5) Quanto à paginação, cabe a observação de algumas regras básicas, a saber: Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas seqüencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 com da borda direita da folha. No caso do trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma única seqüência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume. Havendo apêndice e anexos, as suas folhas devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5) A numeração progressiva também é adotada nas seções do texto “para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho.” As seções primárias, cujos títulos são considerados as “principais divisões de um texto”, devem ser iniciadas em outra folha. Os títulos devem ser gradativamente destacados em negrito, itálico, grifo e redondo, caixa alta ou versal, ou outra forma, em conformidade com a já mencionada NBR 6024. A informação extraída de outra fonte, ou seja, de outro autor, deve ser mencionada no texto, por meio da chamada citação, cuja orientação encontra-se inserida na NBR 10520. Assim, tenha-se presente que a inobservância a este procedimento acarreta violação ao direito autoral e desonestidade acadêmica, tendo em vista que o autor do artigo está fazendo parecer como seu o que pertence a terceiro. A transcrição literal, também denominada cópia fiel ou citação direta, deve ser feita exatamente como contida no texto e entre aspas(“ ”). Quando esta ocorrer de maneira superior “a três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto [...] e sem as aspas” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001, p. 2). Eventuais erros de redação ou edição e construções sem sentido, estranhas ou contraditórias ao que o autor já havia dito, contidas no texto (nas normas jurídicas e jurisprudência, inclusive), devem ser conservados, acrescentando-se, ao final do termo ou proposição inadequados, a expressão “sic”, entre parênteses. 38 O uso de paráfrases, ou seja, da idéia ou pensamento do autor com as nossas palavras, requer muita cautela, o que exige diversas e atentas leituras do texto escolhido, com a exata compreensão do que o mesmo deseja transmitir e a checagem da forma como redigimos, que deverá ser diferente, ou seja, “o que irá variar é a construção das frases, do conjunto das palavras” (NUNES, 1997, p. 83). Esta forma de expressar-se, denominada citação indireta, também requer a indicação da fonte, ou seja, da referência bibliográfica, bem como a utilização de aspas duplas. Na indicação da fonte, deve ser mencionado em primeiro lugar o autor citado (obra indiretamente consultada - clássica), seguido da expressão “apud” e da obra diretamente consultada, conforme previsto no item 6.1.2 “a” da NBR 10520, sendo que, o autor e obra citados indiretamente não constarão da bibliografia final. As normas jurídicas poderão ser citadas literalmente ou por meio de paráfrase. Neste segundo caso, deverá haver referência à mesma, ou seja, lei, decreto, artigo, etc, além do número e outros dados considerados necessários. Normas jurídicasconhecidas podem ser citadas apenas pelo nome, como, por exemplo, os Códigos, sem necessidade de se mencionar o número e data da promulgação, exceto se os mesmos fizerem parte da nossa argumentação. Tratando-se de lei estadual ou municipal, este dado deve ser indicado, pois normalmente a referência à lei tem sentido de Lei Federal. Também poderão ser literalmente transcritas as decisões judiciais, o que não quer significar que as paráfrases não são aceitas. Deve ser evitada a citação de citação, ou seja, o que já foi citado por outro autor, transcrição que deve aparecer entre aspas simples (‘), pois, o correto é pesquisar o texto original. Se isso for impossível, como ocorre quando trabalhamos com clássicos ou obras de doutrinadores estrangeiros, devemos observar se a citação foi realizada entre aspas duplas, o que quer significar transcrição literal e, portanto, necessidade de ser realizada entre aspas simples, indicando-se o autor citado, a expressão latina apud e o pesquisado, com os dados da obra analisada. A exemplificação do exposto estará inserida nos anexos do presente trabalho. Todas “as citações devem ser indicadas no texto por um sistema numérico ou autor data” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 2). 39 Acerca das regras gerais estabelecidas nos itens 4.1 e 4.2 da NBR 10520, cabe observar que “nas citações do sistema numérico ou autor-data, as entradas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título incluído na sentença, devem ser em letras maiúsculas e minúsculas, e quando estiverem entre parênteses devem ser em letras maiúsculas.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 2). Havendo página, volume, tomo ou seção da fonte consultada, este deve ser indicado no texto, após a data, “separado por vírgula e precedido (s) pelo designativo, de forma abreviada, conforme a NBR 10522, que o(s) caracteriza.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 2). No sistema autor-data, método recomendado pela ABNT para as citações realizadas no texto, indica-se a fonte, de acordo com os itens 4.1 e 4.2 da NBR 10520, “seguido da data da publicação do documento, separados por vírgula e entre parênteses” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001, p. 3), e com o número da página, volume etc, conforme acabamos de proceder, o que encontra-se exemplificado no item 5.3 da NBR 10520. No entanto, considerando o previsto nos itens 5.1.1 a 5.1.5 da NBR 10520, estando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões) responsável(eis) [...] incluído(s) na sentença, indicam-se a data e a(s) página(s), entre parênteses [...]. Quando houver coincidência de autores com o mesmo sobrenome e data, acrescentam-se as iniciais de seus nomes; se mesmo assim existir coincidência, colocam-se os prenomes por extenso. As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas após a data e seu espacejamento. As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, tem as suas datas separadas por vírgula. As citações de diversos documentos de vários autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 3). As notas de rodapé (ou sistema numérico) são recomendadas para “notas explicativas, indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor [...]”(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001, p. 3). Considerando o que acabamos de mencionar e o previsto nos itens 6.1 e 6.2 NBR 10520 da ABNT (2001a, p. 3), a numeração das “notas que 40 indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado” devem ser feitas em “algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página [...] A primeira citação de uma obra deve ter referência completa”, ou seja, nome do autor(es), título, subtítulo, edição, editora, data de publicação e página e as “subseqüentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada”(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 3), mediante a utilização das expressões latinas mencionadas no item 6.1.2 da NBR 10520, que somente são utilizadas em notas de rodapé, com exceção da palavra apud, que também é utilizada no texto. A numeração poderá ser indicada “entre parênteses ou colchetes, alinhada ao texto ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do mesmo, após a pontuação que fecha a citação.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 3) As notas de rodapé poderão conter informações acessórias e relevantes (ex. significado de uma palavra), referência de reforço ou contradição ao argumentado no texto ou remitir o leitor ao que já foi explicado a respeito em outro trecho da obra ou texto. Admite-se a utilização de citações de textos em língua estrangeira, desde que a tradução esteja contida na nota de rodapé ou que a tradução ou paráfrase esteja no corpo do texto e o original da língua estrangeira inserido na nota de rodapé, entre aspas. Termos e brocardos latinos podem ser utilizados sem tradução, desde que comuns e quando não dirigidos a iniciantes ou leigos. Não sendo de uso comum, seguem-se as regras apresentadas para textos em língua estrangeira. Supressões de palavras ou parte do texto literalmente copiado devem ser substituídas por reticências entre colchetes, o que pode ser observado no presente texto. Acréscimos, comentários e interpolações devem ser feitos entre colchetes, previsto no item 4.5 da NBR10520, que também admite o negrito, itálico, grifo etc como formas de se destacar ou enfatizar partes da citação, devendo-se indicar a “alteração com a expressão grifo nosso entre parênteses, após a idealização da citação” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 41 NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 2), conforme exemplo contido no item 4.8 da NBR 10520. Entretanto, se o destaque for do autor que estamos consultando, utilizamos a expressão “grifo do autor”, como bem exemplificado no item 4.8.1 da norma que acabamos de mencionar. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2001a, p. 2), se os dados forem obtidos em palestras, debates etc, ou seja, por meio de “informação oral”, a expressão “informação verbal” deve constar entre parênteses e os “dados disponíveis, [...] em nota de rodapé.”, em conformidade com o estabelecido no item 4.6 da NBR 10520. Tratando-se de trabalho “em fase de elaboração, deve ser mencionado o fato, indicando-se os dados disponíveis, somente em notas de rodapé”, como exposto no exemplo previsto no item 4.7 da NBR 10520. Bom é dizer que quando se refere pela primeira vez a uma sigla ou abreviatura no trabalho, deve-se apresentar o seu significado por extenso, bem como a sigla ou abreviação entre parênteses, ao modo que foi procedido neste texto, ao mencionar a ABNT. Quanto às ilustrações, há que se fazer alusão a figuras ou tabelas. As primeiras, que em conformidade com o previsto no item 5.9.1 da NBR 10520, podem ser “quadros, lâminas, plantas, fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos” etc. são “elementos demonstrativos de síntese que constituem unidade autônoma e explicam ou complementam visualmente o texto” e, independentemente do “tipo, sua identificação aparece na parte inferior precedida da palavra Figura, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda explicativa e da fonte, se necessário.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 6) As ilustrações devem estar inseridas próximas ao texto a que se referem, contendo legendas claras e breves, que possibilitem o entendimento sem consulta ao texto. Outraunidade autônoma que demonstra síntese é a tabela, pois apresenta, de forma sucinta, as “informações tratadas estatisticamente” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 6), com “numeração independente e consecutiva; [...] o título é colocado na parte superior, 42 precedido da palavra Tabela e de seu número de ordem em algarismos arábicos; [...] as fontes citadas, na construção de tabelas, e notas eventuais aparecem no rodapé após o fio de fechamento” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 6). A utilização de “tabelas reproduzidas de outros documentos”, requer “a prévia autorização do autor [...], não sendo mencionada na mesma” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 6) Recomenda-se a inserção da tabela “o mais próximos possível do trecho a que se referem” e, se a mesma “não couber em uma folha, deve ser continuada na folha seguinte”, dispensando-se a delimitação “por traço horizontal na parte inferior, sendo o título e o cabeçalho repetidos na folha seguinte.”, além de se utilizar “fios horizontais e verticais para separar os títulos das colunas no cabeçalho e fechá-las na parte inferior, evitando-se fios verticais para separar as colunas e fios horizontais para separar as linhas. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 6) 43 3. ARTIGOS CIENTÍFICOS Inicialmente, artigo é o “texto com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 1). Oportuno, também, o conceito apresentado por Eva Lakatos e Marina Marconi (2001, p. 259), para quem “artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de um livro.” Considerando os conceitos apresentados, podemos afirmar que, apesar do conteúdo ou dimensão reduzidos, os artigos em análise objetivam tornar conhecido os resultados de pesquisas e estudos bibliográficos, de campo ou documentais, constituindo-se na principal seção de periódicos ou revistas especializadas em determinada área ou assunto. Assim, ampliam a compreensão de algumas questões, proporcionando ainda a obtenção do mesmo ou de resultados próximos, mediante a observação da “descrição da metodologia empregada, do processamento utilizado.”(LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 259) Os artigos científicos são compostos de elementos pré-textuais, como um título, um subtítulo, autoria, local de atividades ou endereço para contato, agradecimentos, data e sinopse, além dos elementos textuais, que são a introdução, o desenvolvimento, a conclusão e as referências bibliográficas. Podem contar, também, com o apêndice, o anexo e a tradução do resumo, que constituem os elementos pós-textuais. O título é o “termo ou expressão que indica o conteúdo do artigo” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 1). O(s) nome(s) e credenciais do(s) autor(es) devem estar contidos na autoria, que aparecerá em nota de rodapé, juntamente com “o endereço para contato, eventuais agradecimentos do(s) autor(es) e a data de entrega dos originais à redação do periódico [...]”. Como credenciais entende-se um “breve currículo que o(s) qualifique na área de conhecimento do artigo” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 1-2). A data constitui informação relevante em virtude da evolução científica e tecnológica, salvaguardando a responsabilidade do autor quando da demora na publicação do trabalho. 44 A sinopse ou resumo é um “parágrafo que sintetiza os objetivos pretendidos, a metodologia empregada e as conclusões alcançadas no artigo.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 2). O objetivo do artigo e a metodologia empregada para alcançá-lo devem ser apresentados na introdução, que será seguida do desenvolvimento e da conclusão. “O desenvolvimento trata da matéria de forma abrangente e objetiva e a conclusão destaca os resultados obtidos” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 2). Nas referências bibliográficas estarão inseridas as informações elementares de cada trabalho pesquisado para a elaboração do artigo, conforme orientações contidas nas normas da ABNT publicadas em agosto de 2000 (NBR 6023). O apêndice é o ”desenvolvimento autônomo, que complementa a argumentação principal do artigo” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 2), cabendo a observação de que deve ser evitada a separação de partes do texto do artigo em apêndices. Convém consignar, ainda, os anexos, que são documentos que fundamentam, comprovam ou ilustram o assunto abordado, de mesma autoria do autor do artigo ou não, podem ser inseridos ao final do artigo. Outro elemento pós-textual é a tradução do resumo, que consiste na “apresentação do resumo, precedido do título, em língua diferente daquela em que o artigo está escrito” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 2). Se o artigo for dividido em seções, deve ser adotado um “sistema de numeração progressiva [...] com subtítulos de caráter informativo” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 2). A excessiva subdivisão pode prejudicar a leitura, fazendo com que o leitor perca a seqüência ou sentido lógico do que está sendo transmitido. No entanto, quando a mesma torna-se indispensável, aconselha-se a utilização de subtítulos que objetivem a formação de um conjunto. O artigo científico normalmente adota temas novos, atuais, podendo apresentar um “estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrário ao já conhecido” (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 260), além de tentar solucionar polêmicas ou tornar conhecidas aos especialistas ou intelectuais em determinado 45 assunto as atualizações, novas idéias ou opiniões. Aspectos interessantes, porém secundários à determinada pesquisa, e não considerados na mesma, podem ser analisados no artigo. A elaboração de um artigo requer organização das idéias, o que pode ser conseguido via da elaboração de esquemas lógicos e da sistematização dos itens que serão desenvolvidos, objetivando evitar omissões e repetições. Especial atenção deve ser dada ao público alvo do trabalho, levando- se em consideração a natureza da revista ou periódico, que tanto pode ser didático, de divulgação ou científico. Posta assim a questão, cabe ao autor desenvolver a redação com clareza, objetividade, coerência, precisão, simplicidade e linguagem correta, evitando repetições, explicações inúteis e adjetivos desnecessários, da mesma forma que o conteúdo deve corresponder ao título do artigo. O artigo pode ser classificatório, de análise, ou de argumento teórico. No artigo classificatório, cabe ao autor explicar os aspectos de determinado assunto, previamente classificados. O tema deve ser dividido levando-se em consideração as características principais de cada classe, possibilitando o desenvolvimento da “definição, descrição e análise.” (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 262) O artigo de argumento teórico objetiva apresentar determinado assunto, considerando as opiniões contrárias e favoráveis ao mesmo. Para tanto, torna-se necessário enfocar o argumento, demonstrando os fatores capazes de prová-lo ou contestá-lo, tomando-se posição no desenrolar dos argumentos que estão sendo utilizados, o que requer um trabalho de pesquisa que possibilite a coleta de informações válidas e suficientes à formação do discurso, além da exposição da teoria, dos fatos considerados, da visão genérica que se tem dos mesmos e da conclusão. No artigo de análise, o autor deve investigar minuciosamente os elementos que compõem o assunto, relacionando-os com o todo, buscando descobrir e comprovar a natureza do mesmo e a relação entre os elementos que o constituem. Esse tipo de artigo requer detalhada definição,descrição e classificação do tema em análise e considerações acerca de sua estrutura, finalidade, objetivo e forma, trabalhando-se com exemplos. 46 Para produzir um artigo científico, deve o autor definir o assunto, selecionando os aspectos principais e secundários, elementos e relações entre os mesmos. Muitos são os motivos que levam à elaboração de um artigo científico, a saber: o fato de que determinado aspecto de um assunto não foi ainda analisado ou o foi apenas superficialmente; a apresentação de novas pesquisas, que proporcionam uma outra visão ou interpretação do tema; a falta de material suficiente para a elaboração de um livro, aliada ao desejo de que seja demonstrado o resultado da pesquisa ou a análise de questões secundárias que não serão tratadas no mesmo; a demonstração de lacunas, falhas, assuntos controvertidos , que necessitam de preenchimento, correção ou solução conveniente e satisfatória, entre outros. Todo trabalho científico requer do autor suficiente conhecimento do assunto, exposição exata de idéias e fiel referência às fontes pesquisadas, além da já mencionada linguagem acessível e elegante. O artigo científico, da mesma forma que qualquer trabalho desta natureza, deve ser elaborado em conformidade com as normas técnicas propostas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Quando a idéia de outro autor é aproveitada no artigo, isto deve ser feito através de citação, acompanhada da indicação da fonte. Como exemplo, vale citar o procedimento do presente manual, quando menciona Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi. A inobservância a este procedimento acarreta violação ao direito autoral e desonestidade acadêmica, tendo em vista que o autor do artigo está fazendo parecer como seu o que pertence a terceiro. O procedimento a ser observado já foi analisado na parte que trata do trabalho científico. 47 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: Apresentação de artigos em publicações periódicas. Rio de Janeiro, 1994. ______. NBR 6023: Informação e documentação – Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2000. ______. NBR 10520: Informação e documentação – Apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2001. ______. NBR 14724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2001. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2001. NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Manual da monografia jurídica. São Paulo: Saraiva, 1997. 48 ANEXO A - RESOLUÇÃO Nº 003/2002/CA/UNIRONDON A Presidente do Conselho Acadêmico das Faculdades Integradas Cândido Rondon, no uso das atribuições que lhe confere o Regimento Unificado, e considerando o que dispõe a legislação específica, bem como a deliberação tomada em reunião ordinária do dia 31 de Janeiro de 2002, RESOLVE: Art. 1º - O presente regulamento tem como finalidade normatizar as atividades relacionadas com o Trabalho de Conclusão do Curso de Direito, indispensável para colação de grau. Art. 2º - O Trabalho de Conclusão de Curso consiste em uma pesquisa individual orientada, relatada sob a forma de Monografia, em qualquer ramo jurídico. Art. 3º - O objetivo do Trabalho de Conclusão de Curso é propiciar aos alunos do Curso de Direito a ocasião de demonstrar o grau de habilitação adquirida, o aprofundamento temático, o estímulo à produção científica e à consulta bibliográfica especializada, bem como o aprimoramento da capacidade de interpretação e crítica do Direito. Art. 4º - O Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia - terá um Coordenador de Monografia escolhido pelo colegiado, entre os docentes do curso e designado pela Diretoria Acadêmica. Parágrafo Único - São competências do Coordenador de Monografia: a) coordenar e supervisionar todos os trabalhos de orientação e realização da Monografia; b) elaborar o calendário anual para os trabalhos de Monografia e submetê-lo à aprovação do Colegiado de Curso; c) elaborar e encaminhar aos professores orientadores as fichas de freqüência e de avaliação; 49 d) atender aos alunos nos períodos diurno e noturno, proporcionando orientação básica na fase de elaboração do projeto de Monografia e, posteriormente, tirando dúvidas e sugerindo alternativas de trabalho; e) convocar, sempre que necessário, reuniões com os professores orientadores e alunos; f) manter, junto à Coordenação de Curso, arquivo atualizado com os projetos de Monografia em desenvolvimento; g) manter atualizado o registro de atas das reuniões das Bancas Examinadoras; h) tomar, no âmbito de sua competência, todas as demais medidas necessárias ao efetivo cumprimento deste regulamento. Art. 5º - A Monografia, requisito indispensável para a obtenção do título de Bacharel em Direito e prescrita como obrigatória no art. 9º da Portaria 1886/94 - MEC, consiste num trabalho individual de pesquisa, com tema e orientador escolhido pelo aluno, dentre os professores do quadro ou profissionais do Direito, previamente indicados pelos Coordenadores do Curso e de Monografia e aceitos pelo Colegiado do Curso. Art. 6º - A Monografia deverá ser elaborada levando-se em consideração: a) na sua estrutura formal, os critérios técnicos estabelecidos nas normas da ABNT sobre documentação, no que forem eles aplicáveis; b) no seu conteúdo, o objetivo estabelecido no Art. 3º deste Regulamento, a vinculação direta do seu tema com a ciência do Direito, e a sua inserção nas áreas de conhecimento jurídico, identificadas pelas disciplinas afetas ao currículo pleno do Curso de Direito. Art. 7º - A aprovação na disciplina Metodologia da Pesquisa Jurídica constitui pré-requisito para o desenvolvimento da atividade curricular de Monografia. Art. 8º - A Monografia compreenderá duas etapas: 1ª (primeira) - Projeto de Monografia 50 2ª (segunda) - Monografia propriamente dita. § 1º - Os trabalhos de orientação, correspondentes à primeira etapa, serão iniciados no 2º semestre do 4º ano do Curso e constarão de aulas práticas, oficinas e seminários, em horário extra-classe, oportunizando ao aluno definir o tema, objeto de sua pesquisa, e elaborar o seu Projeto de Monografia. § 2º - O Projeto de Monografia será elaborado pelo aluno e protocolado na Coordenação do Curso ao final do 4º ano do curso, segundo requisitos estabelecidos neste Regulamento e observada a seguinte estrutura: I- tema; II- objetivos; III- justificativa; IV- metodologia a ser utilizada e instrumentos de pesquisa; V- cronograma; VI- bibliografia. Art. 9º - Aprovado o Projeto de Monografia pelo colegiado de curso e designado o orientador, terá início a 2ª etapa dos trabalhos pelo acadêmico. Art. 10 - A responsabilidade pelo resultado final da Monografia será inteiramente do acadêmico que a elaborou, contudo, não eximirá o professor- orientador de bem desempenhar sua função, como co-responsável pelos trabalhos. Art. 11 - O acadêmico, em fase de elaboração da Monografia terá, junto ao professor-orientador, os seguintes deveres: I – Freqüentar as reuniões de estudo e de orientação descritas no calendário e as convocadas pelo professor-orientador; II – Elaborar a versão final de sua Monografia de acordo com o presente Regulamento e as instruções do professor orientador; III – Entregar 03 (três) cópias ao professor orientador, em forma de brochura, e, após a defesa e aprovação da Monografia, entregar ao Coordenador de Monografia, uma cópia encadernada; 51 IV – Cumprir o calendário para a entrega do Projeto e do Trabalho Final, devendo comparecer em dia, hora e local marcados pelo Coordenador para apresentar e defender a versão final desua Monografia. Art. 12 – O professor-orientador terá, entre outros, os seguintes deveres específicos: I - Orientar e corrigir o seu orientando, apontando-lhe as falhas e sugerindo bibliografia; II – Comparecer às reuniões de Monografia convocadas pela Coordenação do Curso e pela Coordenação de Monografia; III – Assinar, juntamente com o aluno, o Projeto da Monografia, após o aceite, bem como a Versão Final e a Ata de Defesa Oral. IV – Comparecer em dia, hora e local marcados para presidir as defesas de Monografia de seus orientandos; V – Receber e devolver à Coordenação de Monografia a folha Ata de Monografia ao término das atividades; VI – Responsabilizar-se, como Presidente da Banca, pela redação e escrituração da Ata de Monografia, devendo anotar toda e qualquer ocorrência que a Banca julgar necessária, assim como certificar-se de que os membros e o aluno a assinem, ao término da atividade. Parágrafo Único - Cada professor-orientador poderá responsabilizar-se pela orientação de, no máximo, 05 (cinco) orientandos. Art. 13 - A versão final da Monografia será defendida pelo aluno perante Banca Examinadora composta pelo professor-orientador, que a presidirá, e por outros dois membros, aprovados pelo Colegiado do Curso. § 1º - Poderá fazer parte da Banca Examinadora um membro escolhido entre os professores de outros cursos, com interesse na área de abrangência da pesquisa, ou entre profissionais de nível superior que exerçam atividades afins com o tema da Monografia. § 2º - Quando da designação da Banca Examinadora, deverá também ser indicado um membro suplente, encarregado de substituir qualquer dos titulares em caso de impedimento. 52 Art. 14 – A Banca Examinadora somente poderá executar seus trabalhos com a presença três membros. § 1º - O impedimento de professor designado para a Banca Examinadora, deverá ser comunicado, antecipadamente, por escrito, à Coordenação para imediata convocação do suplente. § 2º - Não havendo o comparecimento de 3 (três) membros da Banca Examinadora, deverá ser marcada nova data para a defesa, sem prejuízo do cumprimento da determinação presente no parágrafo anterior. Art. 15 – Todos os professores do Curso de Direito poderão ser convocados para participarem das Bancas Examinadoras, em suas respectivas áreas de atuação. Parágrafo Único - Deverá, sempre que possível, ser mantida a eqüidade no número de indicações de cada professor para compor as Bancas Examinadoras, procurando, ainda, evitar-se a designação de qualquer docente para um número superior a 10 (dez) comissões examinadoras por ano. Art. 16 – As sessões de defesa das Monografias serão públicas. Parágrafo Único. Não será permitido aos membros das Bancas Examinadoras tornarem públicos os conteúdos das Monografias antes de suas defesas. Art. 17 – O Coordenador de Monografia, em conjunto com os professores-orientadores, deverá elaborar calendário anual, fixando prazos para a entrega das Monografias, designação das Bancas Examinadoras e realização das defesas, submetendo-o à aprovação do Colegiado de Curso. § 1º - Quando a Monografia for entregue com atraso, a relevância do motivo deverá ser avaliada pelo Coordenador do Curso. § 2º - Um segundo atraso não será admitido, significando este a reprovação do acadêmico na respectiva disciplina. Art. 18 – Após a data limite para a entrega das cópias finais das Monografias, o Coordenador de Monografia divulgará a composição das Bancas Examinadoras, os horários e as salas destinadas às defesas. 53 Art. 19 – Os membros das Bancas Examinadoras, a contar da data de sua designação, terão o prazo de 15(quinze) dias para procederem à leitura das Monografias. Art. 20 – Na defesa, o aluno terá até 30(trinta) minutos para apresentar seu trabalho, e cada componente da Banca Examinadora, até 10(dez) minutos para fazer sua argüição, dispondo, ainda, o discente de outros 10(dez) minutos para responder a cada um dos examinadores. Art. 21 – A atribuição das notas dar-se-á após o encerramento da etapa de argüição, obedecendo ao sistema de notas individuais por examinador, levando em consideração o texto escrito, a sua exposição e a defesa na argüição pela Banca Examinadora. § 1º - Utilizar-se-á, para a atribuição das notas, fichas de avaliação individuais, onde o examinador aporá sua nota para cada item a ser considerado. § 2º - A atribuição de nota final, em processo sigiloso e obedecendo ao sistema adotado pelo Colegiado do Curso de Direito, dar-se-á após o encerramento da etapa de argüição, pelo cálculo da média das notas atribuídas por cada membro da Banca de Avaliação, anotadas na “Ficha de Avaliação de Monografia”. § 3º - O aluno cuja Monografia não obtiver, na avaliação da Banca Examinadora, grau igual ou superior a 7,0 (sete) será considerado reprovado. Art. 22 – Verificando o Orientador e demais membros da Banca que o aluno não terá condições de apresentar o trabalho, deverá o mesmo ser convocado pelo orientador, que poderá sugerir as medidas necessárias para nova apresentação no prazo máximo de 15 (quinze) dias. § 1º - Entregues as novas cópias da Monografia, já cumpridas as diligências, reunir-se-á a Banca Examinadora, devendo proceder à avaliação, na forma prevista nos artigos 20 e 21. 54 § 2º - Nessa situação, ficará a defesa marcada para 30 (trinta) dias após, contados da devolução da Monografia ao aluno, feita esta mediante protocolo. Art. 23 – A avaliação final, assinada por todos os membros da Banca Examinadora, deverá ser registrada em ata e, em caso de aprovação, na cópia da Monografia, que será destinada à Biblioteca da Faculdade. Art. 24 – O aluno que não entregar a Monografia, ou que não se apresentar para a sua defesa oral, sem motivo justificado na forma da legislação em vigor, está automaticamente reprovado na disciplina. Art. 25. Será permitida a troca de orientador, mediante justificativa plausível apresentada, por escrito, à Coordenação de Monografia, que tomará as providências cabíveis para a substituição. Art. 26 – Este Regulamento só poderá ser alterado através do voto da maioria absoluta dos membros do Colegiado do Curso Jurídico e das demais instâncias competentes para a sua análise nas Faculdades. Art. 27 – Competirá ao Colegiado do Curso de Direito dirimir dúvidas referentes à interpretação deste Regulamento, bem como, suprir as suas lacunas, expedindo os atos complementares que se fizerem necessários. Art. 28 - Este Regulamento entrará em vigor na data de sua aprovação e assinatura. Cuiabá, 31de Janeiro de 2002. Profª. Luzia Guimarães Presidente do Conselho Acadêmico 55 ANEXO B – CAPA AUTOR DO TRABALHO TÍTULO FACULDADES INTEGRADAS CÂNDIDO RONDON – UNIRONDON CUIABÁ 2002 56 ANEXO C – FOLHA DE ROSTO AUTOR DO TRABALHO TÍTULO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito das Faculdades Integradas Cândido Rondon, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Direito, sob orientação do Prof. ???????????????????????????? CUIABÁ 2002 57 ANEXO D: IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO 1) Trabalho, resenha, revisão bibliográfica, projeto de pesquisa, relatório etc, apresentado às Faculdades Integradas Cândido Rondon, como requisito para obtenção da nota parcial do ..... bimestre, da disciplina ........................................................, ministrada pelo professor.......................................................... 2) Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Direito das Faculdades Integradas Cândido Rondon, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em direito,
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