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Manual de Monografia

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9
1. PROJETO DE MONOGRAFIA 
 
 1.1. Introdução: 
 
A partir das orientações inseridas no manual “Elaboração do Projeto e 
da Monografia de Bacharelado em Economia – apresentação” (www.ie.ufrj.br, 
acesso em: 25.07.02), “mais do que um requisito formal”, o Projeto de Monografia 
trata-se de uma importante e indispensável etapa da elaboração da Monografia, 
visto que já é exigido: a) “o recorte preciso do objeto”; b) “a definição do(s) 
método(s) de investigação e da(s) base(s) de dados a serem utilizados”; c) o 
“levantamento bibliográfico preliminar”; d) “a justificativa de relevância do tema”; 
e) “a demonstração da viabilidade da pesquisa proposta”; f) “a apresentação de 
um cronograma das tarefas a serem realizadas no período seguinte, até a entrega 
da versão final da monografia.” 
Além do mais, “como é nessa fase que tem início o trabalho conjunto 
do(a) aluno(a) com o(a) seu(sua) orientador(a), há a possibilidade de se detectar 
e solucionar, o quanto antes, eventuais problemas na relação de orientação” 
(Elaboração do Projeto e da Monografia de Bacharelado em Economia – 
apresentação” (www.ie.ufrj.br, acesso em: 25.07.02), mesmo porque, tais 
problemas “poderiam, mais tarde, vir a comprometer a qualidade da monografia 
e/ou o cumprimento do prazo previsto para a sua conclusão.” (Elaboração do 
Projeto e da Monografia de Bacharelado em Economia – apresentação” 
(www.ie.ufrj.br, acesso em: 25.07.02) 
Este capítulo tem como objetivo principal traçar as linhas iniciais a 
respeito do Projeto de Monografia, que deverá ser entregue, pelo acadêmico, na 
data previamente fixada pela Instituição, a saber, 08.11.02. Em razão disso, traz 
os caminhos que cada aluno deverá percorrer ao longo de seu trabalho, desde a 
escolha do tema até a entrega efetiva do Projeto, concluído, na Coordenação de 
Monografias. 
Postos assim os fatos, começamos com um questionamento: “[...] Por 
que elaborar um projeto de pesquisa?” (GIL, 1996, p. 21) 
Ensina Antonio Carlos Gil (1996, p. 21) que, primeiramente, temos que 
considerar, como se dá com qualquer atividade racional, que a pesquisa bem feita 
exige planejamento, motivo pelo qual todas as ações a serem desenvolvidas 
http://www.ie.ufrj.br/
http://www.ie.ufrj.br/
http://www.ie.ufrj.br/
 10
sejam cuidadosamente planejadas. Assim sendo, o planejamento é a primeira 
fase da pesquisa e envolve: a escolha do tema; “a formulação do problema, a 
especificação de seus objetivos, a construção de hipóteses [a fim de serem 
comprovadas no final da pesquisa], [....] etc.” Além disso, o planejamento deve 
levar em consideração os aspectos pertinentes ao tempo destinado na pesquisa e 
na elaboração da monografia e, vale lembrar, “os recursos humanos, materiais e 
financeiros” que serão necessários para a sua confecção. 
Esclarece o mesmo autor que, o projeto, portanto, é um documento 
que traz a explicitação de todas as ações que serão “desenvolvidas ao longo do 
processo de pesquisa.” Dessa forma, deve ele “especificar: os objetivos da 
pesquisa; [...] a justificativa de sua realização”; a definição da modalidade da 
pesquisa a ser realizada; os procedimentos que serão adotados tanto na coleta 
quanto na análise dos dados; a apresentação de alguns esclarecimentos a 
respeito do cronograma; “a indicação dos recursos” que serão utilizados. 
Trata-se, portanto, da fase inicial do trabalho monográfico, que objetiva 
nortear o discente na elaboração do trabalho final. 
Assim sendo, o projeto deverá ser dividido em pré-texto, texto e pós-
texto, cada um deles com suas subdivisões. 
 
1. PRÉ-TEXTO: 
- capa; 
- folha de rosto; 
- sumário. 
 
2. TEXTO: 
- tema; 
- delimitação do tema; 
- problema; 
- justificativa; 
- objetivos; 
- hipóteses; 
- metodologia; 
- fundamentação teórica; 
- cronograma. 
 11
 
3. PÓS-TEXTO: 
- referências bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12
1.2. Capa: é a folha de identificação e, por óbvio, deve possuir 
elementos que identifiquem o aluno, a instituição, a cidade, o ano da entrega do 
projeto e o título do mesmo. 
3 cm↓ 
NOME DO ALUNO 
(Centralizado e em letras maiúsculas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA 
 
 
PROJETO DE PESQUISA: DIREITO 
3 cm 2 cm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADES INTEGRADAS CÂNDIDO RONDON - UNIRONDON 
CUIABÁ 
2002 
↑2 cm 
 
 13
1.3. Folha de Rosto: afigura-se como uma página, logo após a capa, 
contendo, além dos elementos desta, a propositura do trabalho. 
3 cm↓ 
NOME DO ALUNO 
(Centralizado e em letras maiúsculas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado 
às Faculdades Integradas 
Cândido Rondon – UNIRONDON, 
como requisito para elaboração da 
monografia de conclusão de 
curso. 
 
3 cm 2 cm 
 
 
 
 
 
CUIABÁ 
2002 
↑2 cm 
 
 14
1.4. Sumário: é a transcrição sucinta do conteúdo do projeto de 
pesquisa monográfica. 
3 cm↓ 
SUMÁRIO 
 
PARTE I 
1. TEMA ................................................................................................ 0 
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA................................................................. 0 
3. COLOCAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................ 0 
4. JUSTIFICATIVA................................................................................. 0 
5. OBJETIVOS DA PESQUISA ............................................................. 0 
6. DEFINIÇÃO DA HIPÓTESE DE ESTUDO........................................ 0 
6.1. Hipótese geral .......................................................................... 0 
6.2. Hipótese específica .................................................................. 0 
3 cm 2 cm 
PARTE II 
7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................... 0 
8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................... 0 
9. CRONOGRAMA DE PESQUISA ...................................................... 0 
10. REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
↑2 cm 
 
 15
1.5. O tema: 
 
Disserta Luiz Antonio Rizzatto Nunes (1997, p. 5) que, analisando-se 
etimologicamente a palavra monografia, já se tem noção do “limite da 
investigação”. Mono quer dizer único, portanto, monografia significa trabalho 
sobre um único tema, ou seja, produção escrita sobre um só assunto. 
Desta forma, o primeiro passo para fazer uma monografia é a escolha 
do tema. Tal opção, porém, não deve ser feita de maneira aleatória, muito pelo 
contrário, exige uma certa cautela, visto que é essencial para o sucesso na 
elaboração do trabalho. 
Antes de tudo, o aluno deve escolher um tema do seu interesse. É 
nesse teor que Luiz Antônio Rizzatto Nunes (1997, p. 5) ensina que: 
Uma monografia tem forte chance de dar certo se o tema escolhido 
estiver de acordo com as características intelectuais do aluno, sua 
atração pelo assunto, o interesse despertado tendo em vista sua posição 
ideológica, sua atitude diante das circunstâncias que o assunto revela 
etc. 
Realmente, quanto maior a simpatia, o interesse do aluno pelo tema, 
maior será a motivação que ele terá, para desenvolver o trabalho. Assim, a 
escolha do tema errado, “põe por água abaixo” toda a motivação e, 
conseqüentemente, todo o entusiasmo criador, “[...] parte importante da produção 
intelectual [...].”(NUNES, 1997, p.6) E quando isso ocorre, nos deparamos com 
trabalhos monótonos e pobres. 
Segundo Délcio Vieira Salomon (1997, p. 191), oportuno se torna dizer 
que escolher o assunto significa elegê-lo em detrimento de qualqueroutro, isto é, 
decidir-se por uma questão que lhe seja apaixonante, “de acordo com as próprias 
inclinações e possibilidades.” Assim, em meio a tantas alternativas “que surgem 
no âmbito de cada objeto científico”, é preciso descobrir um problema relevante a 
tal ponto [afinal, a escolha é sua!], que mereça ser investigado cientificamente e 
tenha condições de ser formulado e delimitado tecnicamente em função da 
pesquisa. 
Podemos dizer, seguindo a orientação de Délcio Vieira Salomon (1997, 
p.195-196) que “o assunto deve ser adaptado à capacidade, inclinações e 
interesses de quem se propõe elaborar um trabalho científico”, afirmando ainda 
que, 
 16
A causa do insucesso de tantos alunos, que abandonam na metade o 
trabalho uma vez começado, está freqüentemente ligada ao fato de não 
terem previsto suficientemente as dificuldades inerentes ao próprio 
trabalho. Não mediram o próprio cabedal e não colocaram o assunto 
dentro de suas reais inclinações. 
Cabe salientar, dessa forma, que “o assunto deve estar sujeito a 
alguns elementos externos”, tais como: “a) tempo à disposição [...]; b) existência 
de bibliotecas para consultas;” realização de pesquisas e, por fim, 
“c)possibilidade de consultar especialistas no assunto, de ter acesso às fontes e 
outros subsídios.” (SALOMON, 1997, p. 196, grifo do autor) 
Em realidade, para esse primeiro passo, deve-se procurar obter 
informações a respeito do tema desejado. É esse o início da pesquisa. O aluno 
deve ler e buscar conhecer tudo o que puder sobre o que já foi falado e escrito a 
respeito do assunto, para que possa ter uma noção das diversas concepções que 
envolvem o tema a ser pesquisado. Toda essa preparação inicial irá auxiliar, em 
muito, na definição do ponto de partida para a elaboração da monografia e, 
sobretudo, na delimitação do tema, visto que o aluno terá uma melhor noção da 
amplitude do assunto que pretende pesquisar. 
Escolhido o tema, motivado real e verdadeiramente no interesse do 
aluno, podemos passar para o próximo passo. 
 
1.6. Delimitação do tema. 
 
Para delimitar o tema, o acadêmico deve, primeiramente, fazer uma 
“leitura prévia de textos já escritos sobre o assunto” (NUNES, 1997, p. 6), vez que 
essa definição requer conhecimentos básicos a respeito. 
Ensinam Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi (2001, p. 
218) que, assim procedido, cabe, agora, realizar a “limitação geográfica e 
espacial” do tema escolhido, visando à pesquisa, para que a monografia não 
fique vaga e imprecisa. Assim, deverá o aluno “fazer um recorte” na questão, 
para não correr o risco de fugir do assunto. Para Luiz Antonio Rizzatto Nunes 
(1997, p. 8), um tema reduzido possibilita uma maior “concentração da pesquisa” 
e, com isso, “um aprofundamento do seu conteúdo.” 
Oportuno dizer que a descrição do caminho percorrido para se 
restringir um tema amplo, até se atingir o proposto para a pesquisa, demonstra de 
que forma se chegou ao tema final. 
 17
Assim, o “recorte” do tema é fundamental para o sucesso do trabalho. 
Por exemplo: “o casamento” – o tema refere-se a um único assunto, no entanto, é 
muito amplo para uma monografia de graduação, sendo necessária a eleição de 
um dos muitos aspectos desse tema. 
Quanto mais delimitado o assunto, melhor será a pesquisa e, 
conseqüentemente, a elaboração da monografia. Ressalta Luiz Antonio Rizzatto 
Nunes que, “trabalhar em cima de um assunto bastante restrito, facilita muito o 
trabalho de pesquisa e a elaboração do texto”, proporcionando maior 
aprofundamento e, em razão disso, melhor qualidade. 
Voltando ao exemplo supracitado, o aluno deverá se questionar: o que, 
especificamente, pretende falar a respeito do tema “O Casamento”? É plausível 
que ele opte por “A dissolução do casamento”. Ótimo, já iniciou a sua delimitação, 
porém, há muito a ser feito. Pode-se dizer que o tema está bem encaminhado, 
todavia o seu conteúdo ainda é muito extenso. 
Essencial se torna, neste momento, efetuar mais um “corte” no tema. 
Nesse sentido, é viável a fixação do assunto em um espaço: “A dissolução do 
casamento no Brasil”. 
Andou bem, já está quase bom, porém melhor seria proceder a mais 
um “recorte”, desta feita, localizando o tema, também, no tempo: “A dissolução do 
casamento, no Brasil, após a promulgação da Lei do Divórcio”. 
Pronto! Está delimitado o tema. Esta opção é, agora, um trabalho 
perfeitamente factível a um candidato a bacharel em Direito. 
 
1.7. Problema 
 
Disserta Luiz Antonio Rizzatto Nunes (1997, p. 9) que, ‘problematizar’ 
um tema é torná-lo um assunto controverso, porque ainda não satisfatoriamente 
respondido, daí ser objeto de pesquisa ou discussão acadêmica. 
À conta disso, problema é dificuldade, é mistério, é curiosidade e, 
notadamente, partimos de um problema, ou seja, a razão humana cerca suas 
atividades pela apresentação de um problema. Por que? Se agirmos com rigor, 
estabelecendo rumos claros, garantimos maior possibilidade de êxito? 
Seguindo o exposto por Rizzatto Nunes (1997, p. 10), podemos afirmar 
que a melhor maneira de problematizar um tema é “’submetê-lo’ a questões”, a 
 18
fim de verificar a sua resistência a elas. “Tais questões”, logicamente, devem ser 
“levantadas e respondidas pelo próprio estudante.” 
Antônio Henriques e João Bosco Medeiros (1999, p.30) ensinam a 
formular um problema afirmando que este será científico se for capaz de “ser 
testado e suas variáveis [...] observadas e manipuladas.” Podemos elucidar a 
explicação dada, da seguinte maneira: 
- Quais as inovações trazidas pela Lei do Divórcio para o Direito de Família? 
- Houve alguma alteração inserida pela referida lei às modalidades de dissolução 
do casamento? 
- Qual a importância desta lei para o sistema jurídico pátrio? 
Ressaltam ainda que devem ser evitadas questões que envolvam juízo 
de valor, que possam ensejar uma gama de discussões muito subjetiva e, além 
disso, “não [...] passíveis de verificação empírica.” (HENRIQUES; MEDEIROS, 
1999, p. 30). Podemos exemplificar o exposto da seguinte maneira: “Os pais 
devem dar palmadas nos filhos?” (GIL, 1996, p. 27). 
Seguindo a orientação de Antônio Carlos Gil (1996, p. 27), “um 
problema é de natureza científica quando envolve variáveis” passíveis de testes, 
a exemplo de: ‘A desnutrição determina o rebaixamento intelectual?’ 
Entendem Antonio Henriques e João Bosco Medeiros (1999, p. 31), 
que a problematização do tema deve levar em consideração, especialmente, 
alguns questionamentos: 
- “Por que pesquisar tal questão?” 
- “Qual a importância da questão?” 
- “Quem se beneficiará com a pesquisa?” (grifo nosso) 
Disserta Antônio Carlos Gil (1996, p. 29-30) que, na tentativa de 
facilitar esse trabalho, podemos citar algumas “regras práticas para a formulação 
de problemas científicos”, que deve, necessariamente, ser: 1) elaborado como 
pergunta; 2) claro e preciso; 3) “empírico [...]” (“não deve referir-se a valores”, “[...] 
a julgamentos morais e, [...] considerações subjetivas”); 4) “suscetível de 
solução”; 5) circunscrito a uma “dimensão viável.” 
Enfatiza Luiz Antonio Rizzatto Nunes (1997, p. 12) que não se há de 
esquecer que, ao fazer a escolha do tema a ser pesquisado, deve-se levar em 
consideração a facilidade, ou ao menos a “real possibilidade”, de encontrar-se o 
material bibliográfico indispensável. De nada adianta, pois, optar por um tema tão 
 19
inusitado, a ponto de não encontrar nenhum material que sirva de embasamento 
para a sua pesquisa. 
Finalmente, vale ressaltar que o tema não precisa ser definitivo. Pode 
acontecer que, durante as pesquisas, o aluno chegue à conclusão de que “não é 
bem isso...”. Sem problemas! Pequenas variações não comprometem o trabalho 
monográfico. 
 
1.8. A justificativa 
 
A justificativa do tema deve ser apresentada de maneira clara e 
sucinta. Trata-se da apresentação das razõesque dão fundamento à realização 
da pesquisa, devendo, por isso, indicar: a importância do tema a ser analisado e 
as contribuições que o trabalho pode trazer, proporcionando respostas aos 
problemas expostos ou, então, ampliando as discussões a respeito. 
Assim, a justificativa deve convencer os leitores do projeto, assim como 
às pessoas ligadas diretamente a ele, sobre a importância de sua realização. 
O conteúdo da justificativa deve inicialmente descrever a importância 
do tema ou do problema a ser tratado. Levando-se em consideração o contexto 
histórico no qual se qualifica o trabalho. Deve-se uma sucinta revisão bibliográfica 
sobre os estudos de autores vários já realizados sobre o tema. Por fim, deve-se 
apresentar a importância de seu desenvolvimento no contexto atual. 
 
1.9. Os objetivos 
 
1.9.1. A definição dos objetivos da pesquisa 
 
O objetivo define o ponto central do trabalho, o recorte específico do 
que será abordado no tema proposto, e divide-se em: 
 
a) Objetivo geral: relaciona-se à macroestrutura do trabalho. Indica a 
direção a ser seguida, a finalidade da pesquisa, o que motivou o acadêmico a 
fazer essa opção, enfim, os resultados pretendidos. Portanto, o objetivo deve 
dizer “o que” se pretende estudar ou aplicar. Situa o campo de estudos sobre o 
qual recai o problema anteriormente formulado, bem como destaca as hipóteses 
 20
de incidência suplementar. Está intimamente ligado aos títulos dos capítulos da 
monografia. 
 
b) Objetivos específicos: relacionam-se à microestrutura do trabalho. 
Devem descrever o que será obtido com a pesquisa. Buscam detalhar o tema, 
apontando para o estudo dos vários elementos que o compõe e para a forma de 
encadeamento dessas várias unidades, objetivando saber “o que” se pretende 
em cada subtema, que constitui elemento de construção do tema. O 
encadeamento lógico de cada um dos objetivos específicos tende, uma vez 
agrupado aos outros elementos, ao logro da finalidade expressa no objetivo geral. 
Convém não ampliar demasiadamente os objetivos específicos, uma 
vez que cada um, tomado isoladamente, poderia originar um outro projeto. Devem 
ser usados, preferencialmente, verbos como: analisar, identificar, interpretar, 
verificar etc. 
Enquanto o objetivo geral refere-se a conceitos implícitos, os objetivos 
específicos dizem respeito a características explícitas na pesquisa. Este é, 
portanto, o detalhamento daquele. 
 
1.10. As hipóteses 
 
O presente tópico visa a fornecer uma “resposta” ao problema, 
estabelecida como algo a priori, podendo ser, ao final do estudo, confirmada ou 
rejeitada pelo pesquisador. Nesse tocante, a intuição é elemento positivo para 
essa fase do trabalho. Pode, ainda, haver uma ou várias hipóteses, daí estas 
deverem ser delimitadas. 
Cabe apresentar uma solução possível, demonstrada por meio de 
propositura suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa, a busca de resposta 
para o problema apresentado, uma teoria que pode ou não ser confirmada ao final 
da pesquisa. 
Dividem-se em: 
a ) hipótese geral: é a tese propriamente dita, é a idéia central que o 
trabalho se propõe demonstrar. 
 21
b) hipóteses específicas: são as etapas a serem seguidas para se 
alcançar a hipótese geral. 
 
1.10.1. A construção das hipóteses 
 
Essa etapa consiste em oferecer ao problema uma solução potencial, 
admissível, possível, fornecida através de uma proposição, denominada hipótese. 
Chamamos, portanto, de hipótese, à solução passível de ser 
demonstrada através de uma proposta, suscetível de ser declarada verdadeira ou 
falsa. Trata-se de uma solução testável, em suma, que pode vir a ser a solução 
do problema. Uma teoria que poderá ser confirmada, ou não, ao final da 
pesquisa. 
Para a construção de uma hipótese, é necessária a observação. 
Assim, existem, em primeiro plano, aquelas que se baseiam em resultados de 
outras investigações; em seguida, as que são provenientes de teorias; e, 
finalmente, há algumas que derivam de simples palpites ou de intuições. 
No entanto, nem toda hipótese é testável. Para que possa ser 
considerada aceitável, deve ela apresentar algumas características, conforme 
ensina Antônio Carlos Gil (1996, p.41): 
a) ser conceitualmente clara, simples e específica; 
b) ter referências empíricas (hipóteses que envolvam julgamentos de 
valor, não podem ser adequadamente testadas. 
 
1.11. A METODOLOGIA: 
 
Consiste na forma como a pesquisa será elaborada, isto é, no 
procedimento de trabalho, com relação à pesquisa propriamente dita, bem como 
de seus resultados. 
É certo que inúmeras são as possibilidades para se realizar uma 
pesquisa, dentre as quais podem servir de exemplo: 
 
a) Pesquisa bibliográfica: é bastante utilizada, inclusive, e consiste 
no estudo da documentação existente sobre o assunto, como a consulta de livros, 
 22
revistas, periódicos, jornais, teses, dissertações e quaisquer outros documentos 
que versem sobre o tema escolhido. 
b) Pesquisa de campo: nesta, o investigador assume o papel de 
observador e explorador, coletando dados diretamente no local em que se deram 
ou em que surgiram os fenômenos. No caso em tela, são utilizadas, geralmente, 
técnicas de observação e questionários, com vistas a buscar informações acerca 
do objeto do estudo. 
c) Pesquisa na Internet: com o avanço tecnológico, a pesquisa 
realizada na Internet passou a ser muito utilizada, devido à enorme facilidade e, 
ainda, à comodidade oferecida. Todavia, alguns cuidados devem ser tomados no 
momento da consulta, vez que não há um controle rígido, se comparado ao 
exercido pelas editoras, para a publicação de artigos. Para pesquisar em sites, é 
necessário que o aluno anote: o endereço eletrônico, o autor do texto e o título 
publicado, além da data da publicação. Assim, seguem alguns alguns links 
jurídicos: 
www.jusnavigandi.com.br 
www.advogado.com.br 
www.fgv.br 
www.ambitojuridico.com.br 
www.gontijo.com.br 
www.consultorjuridico.com.br 
www.aasp.com.br 
 
Posta assim a questão, é de ser verificado que, além das espécies de 
pesquisa acima tratadas, deve ser explicado, neste tópico, o método de 
pesquisa a ser utilizado, que pode variar, conforme segue: 
 
1.11.1. Os procedimentos metodológicos 
 
Método dedutivo 
 
É o que se utiliza do silogismo, que é, conforme nos ensina Ântonio 
Houaiss (2001, p. 2571) o “raciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir de 
duas proposições, ditas premissas, das quais, por inferência, se obtém necessariamente 
http://www.jusnavigandi.com.br/
http://www.advogado.com.br/
http://www.fgv.br/
http://www.ambitojuridico.com.br/
http://www.gontijo.com.br/
http://www.consultorjuridico.com.br/
http://www.aasp.com.br/
 23
uma terceira, chamada conclusão”. Assim, através de uma idéia geral, uma verdade 
estabelecida, decorrerão proposições, ou premissas particulares. Como exemplo 
de silogismo, tem-se a própria lei, que representa uma idéia geral, da qual 
decorrerão proposições particulares, no momento de sua aplicação a casos 
individuais. 
 
Método indutivo 
 
Ao contrário do método dedutivo, o processo de raciocínio se 
desenvolve a partir de fatos particulares, até atingir uma conclusão de ordem 
geral, valendo-se da experimentação e da comparação dos fatos ou dos 
elementos. 
 
Método comparado 
 
Verifica-se em trabalhos cujo tema visa ao cotejamento dos institutos 
jurídicos de vários países, podendo ser de ordem legislativa, doutrinária ou 
jurisprudencial. 
 
Método histórico 
 
Baseia-se na trajetória histórica de determinado assunto, de maneira 
que o núcleo do trabalho será a história e o seu desenvolvimento. Assim, pelo 
exposto, a metodologia versa sobre o programa ou método a ser utilizado durante 
a pesquisa, ou seja, a explicitação da forma em que aquela se dará, a ordem em 
que o trabalho será feito, enfim, o corpo de regras e diligências estabelecidas 
para realizar uma pesquisa. 
 
1.12. Afundamentação teórica 
 
Consiste no relato, com no máximo 40 (quarenta) linhas, dos itens 
essenciais que serão questionados no decorrer do trabalho, embasando-os em 
fundamentos de ordem legal, doutrinária e jurisprudencial. 
 
 24
1.13. O cronograma 
 
Nesta etapa, o aluno deve fazer uma previsão do tempo que irá levar 
para percorrer cada uma das fases já comentadas, desde a elaboração do projeto 
da monografia, o planejamento e a coleta dos dados, até a redação e a 
apresentação perante a Banca. 
Para isso, devem ser observadas algumas regras básicas: 
a) a fase do planejamento deve ser a mais rápida; 
b) a coleta dos dados deve demorar o suficiente para acumular um 
bom número de livros, periódicos, artigos etc, ou seja, material para a leitura e o 
fichamento; 
c) a classificação dos dados é breve, pois trata-se de mera “passagem 
de olhos” sobre o material coletado, visando escolher tão- somente o material útil 
à pesquisa; 
d) a fase de análise e interpretação dos dados é a mais demorada, 
tendo em vista a necessidade de leitura e fichamento dos textos selecionados. 
Assim, o cronograma da pesquisa compreende a estimativa do tempo. 
Eventualmente, algum prazo pode deixar de ser observado, sem que isso 
comprometa o sucesso da pesquisa. Cumpre ponderar, todavia, ser imperioso 
que o aluno disponha de cuidados básicos, como, por exemplo, organização e 
comprometimento suficientes. 
FASES INÍCIO FIM 
Planejamento 
Coleta de Dados 
Classificação dos Dados 
Análise dos Dados 
Interpretação dos Dados 
Redação do Relatório 
Banca 
 
 
 
 
 25
1.14. As referências bibliográficas 
 
 Deve-se, por último, relacionar todos os livros, artigos e demais 
publicações consultadas para o desenvolvimento da pesquisa, sempre 
observando as normas da ABNT pertinentes ao assunto. 
 
1.15. Etapas e normas gerais a serem cumpridas pelo acadêmico 
 
2º SEMESTRE DE 2002 
 
 Freqüentar as Oficinas de Monografia: estas consistem em 
um programa de atividades compreendidas em quatro aulas práticas e 
expositivas, a serem ministradas aos sábados, especificamente nos dias 10/08 
(dez de agosto), 14/09 (catorze de setembro), 05/10 (cinco de outubro) e 19/10 
(dezenove de outubro), todos do ano corrente, com os seguintes objetivos: 
a) Assessorar o(a) aluno(a) na escolha do tema a ser 
pesquisado, fornecendo-lhe as informações necessárias para tal; 
b) Transmitir as normas de apresentação do Projeto de 
Monografia, aplicáveis aos trabalhos técnico-científicos, referentes à estrutura, 
estilo, citações, notas de rodapé, bibliografia, sumário, anexos etc, através de 
exercícios feitos em sala de aula, conforme o disposto pela ABNT; 
c) Orientar individualmente o(a) discente na elaboração do 
Projeto de Monografia, discutindo a versão ou as versões preliminar(es), 
sobretudo quanto aos aspectos de forma e estrutura; 
 
 Entregar, na Coordenação de Monografias, até o dia 06 de 
Setembro de 2002, documento (à disposição na sala da Coordenação de 
Monografias), assinado pelo(a) acadêmico(a), com a especificação do tema 
escolhido. Pede-se que, além de indicar o título provisório da monografia, o(a) 
aluno(a) descreva, em um ou dois parágrafos, o assunto que pretende pesquisar; 
 
 Ler e fichara bibliografia básica, necessária à elaboração do 
Projeto de Monografia; 
 
 26
 Entregar os fichamentos até o dia 27 de Setembro de 2002; 
 
 Entregar a Versão Preliminar do Projeto de Monografia até o 
dia 11 de Outubro; 
 
 Entregar o Projeto de Monografia (versão definitiva) até o dia 
08 de Novembro; 
 
OBSERVAÇÃO: O Projeto deve ser elaborado conforme o disposto e 
especificado no presente Manual de Orientação de Trabalhos Técnicos e 
Científicos. 
 
 O aluno que não entregar o Projeto de Pesquisa no prazo 
assinalado, ou não o tenha por aprovado, terá que cursar novamente as oficinas, 
entregando a versão definitiva do projeto no primeiro semestre de 2003, em data 
a ser definida, posteriormente, pela Coordenação de Monografias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27
2. TRABALHOS ACADÊMICOS E DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
2.1. Conceito e estrutura do trabalho de conclusão de curso 
 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2001b, p. 2) define este 
tipo de trabalho como o 
Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar 
conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente 
emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e 
outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. 
Portanto, o trabalho acadêmico, de conclusão de curso, graduação, 
interdisciplinar ou similar, contém o resultado do conhecimento orientado, 
adquirido ao longo de um estudo acerca de determinado assunto, relacionado a 
uma disciplina, curso ou parte do mesmo, ou independente. 
A estrutura do referido trabalho compreende elementos pré-textuais, 
textuais e pós-textuais, conforme será detalhadamente tratado ao longo do 
presente manual. 
 
2.1.1. Elementos pré-textuais 
 
Os elementos pré-textuais dividem-se em obrigatórios e opcionais, 
devendo sua disposição independer dessa classificação, pois que serão 
dispostos, necessariamente, na seguinte ordem: 
capa; 
folha de rosto; 
errata; 
folha de aprovação; 
dedicatória; 
agradecimentos; 
epígrafe; 
resumo na língua vernácula; 
resumo em língua estrangeira; 
sumário; 
 28
lista de ilustrações; 
lista de abreviaturas e siglas; 
lista de símbolo. 
 
A capa, folha de rosto, folha de aprovação, resumo na língua 
vernácula, resumo em língua estrangeira e sumário, são elementos pré-textuais 
obrigatórios, enquanto que a errata, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, lista 
de ilustração, lista de abreviaturas, lista de siglas e lista de símbolos são 
elementos pré-textuais opcionais. 
Assim, ora serão analisados os elementos obrigatórios, para, em 
seguida, passar-se ao estudo dos elementos opcionais. 
A capa (anexo B) constitui “proteção externa do trabalho” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 2) e deve 
conter as seguintes informações, indispensáveis à identificação do mesmo e 
impressas na seguinte ordem: 
a) nome do autor; 
b) título; 
c) subtítulo; 
d) número de volumes; 
e) local da instituição onde o trabalho será apresentado; 
f) ano da entrega ou depósito. 
Observação: O nome da instituição é considerado elemento 
complementar a ser inserido na capa. 
O nome do autor do trabalho deve constar no alto da capa, centralizado 
da margem esquerda para a direita, em letra maiúscula e na ordem natural; 
seguido do título, que deve ser inserido no centro da folha, em negrito e letra 
maior que o nome do acadêmico. Havendo subtítulo e mais de um volume, devem 
seguir os elementos que acabamos de mencionar, transcritos com o mesmo 
tamanho de letra do primeiro elemento referido, da mesma forma que o nome da 
 29
instituição, o local da entrega do trabalho e o ano devem estar inseridos logo 
acima da margem inferior, com espacejamento de 1,5. 
Observação: Normalmente os trabalhos de conclusão de curso não 
contém subtítulo, nem mesmo mais de um volume. 
O segundo elemento pré-textual é a folha de rosto (anexo C), que 
deve conter, no anverso e na seguinte ordem: 
a)nome do autor; 
b) título do trabalho; 
c) subtítulo; 
d) número de volumes; 
e) natureza; 
f) instituição; 
g) objetivo; 
h) nome do orientador e co-orientador (se houver); 
i) local da instituição; 
j) ano do depósito. 
 
Os 4 primeiros elementos devem ser inseridos na folha de rosto, como 
o foram na capa, seguidos da identificação do trabalho (anexo D), que conterá a 
natureza do mesmo (trabalho, resenha, projeto de pesquisa, relatório, etc.), nome 
da instituição, objetivo (obtenção de nota, aprovação no curso), ressaltando que 
trata-se de requisito parcial, visto que existem outras atividades a serem 
cumpridas, bem como, o nome do orientadore co-orientador (este, quando 
houver). O local da instituição e ano da entrega do trabalho também são apostos 
na folha de rosto, tal qual na capa. 
Para a elaboração da ficha catalográfica (anexo E), o autor do 
trabalho contará com o auxílio do professor-coordenador da Biblioteca. Para 
tanto, serão necessários a capa, a folha de rosto, o resumo e o sumário do 
trabalho. Vale dizer que a referida ficha deve aparecer no verso da folha de rosto. 
 30
Eventuais erros podem ser corrigidos através da errata (anexo F), a 
qual é um elemento opcional do trabalho, consistindo “em uma lista de folhas e 
linhas em que ocorrem erros, seguida das devidas correções” (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3), podendo ser inserida no 
trabalho, após a folha de rosto, ou entregue aos componentes da banca, em 
papel avulso. Segue exemplo: 
Outro elemento obrigatório é a folha de aprovação (anexo G) que 
deve conter o nome do autor, título e subtítulo, local e data de aprovação, bem 
como o nome, assinatura e instituição dos componentes da banca examinadora. 
Na dedicatória (anexo H) o autor poderá dedicar o trabalho ou prestar 
homenagem a alguém, enquanto que os agradecimentos (anexo I) se dirigem às 
pessoas cuja contribuição foi relevante. Nesses dois elementos, é importante que 
o acadêmico use do bom senso e da moderação, restando deselegante a 
linguagem do exagero ou da bajulação. 
O trabalho pode conter, também de modo opcional, a epígrafe (anexo 
J), que apresentará “uma citação, seguida da indicação de autoria, relacionada 
com a matéria tratada no corpo do trabalho.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3). Estas também poderão constar “nas folhas 
de abertura das seções primárias.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2001b, p. 3). 
Vale lembrar ser imprescindível que haja pertinência com o assunto, a 
fim de que a epígrafe sirva como elemento enriquecedor do tema, e não como 
mera oportunidade para ocupar mais uma folha de papel no documento. 
Em seguida, tem-se o resumo na língua vernácula (Anexo L), qual 
seja, a apresentação dos pontos relevantes do texto, que devem estar contidos no 
trabalho de conclusão de curso, logo após a epígrafe, porém com a conveniente 
brevidade que as normas exigem. Tal resumo não poder ultrapassar 500 
palavras, “deve dar uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do 
trabalho”, constituindo-se “em uma seqüência de frases concisas e objetivas e 
não de uma simples enumeração de tópicos, [...] seguido, logo abaixo, das 
palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou 
 31
descritores, conforme a NBR 6028.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2001b, p. 3). 
Registre-se, ainda, que o trabalho conterá um resumo em língua 
estrangeira (Anexo M), inclusive, “que consiste em uma versão do resumo em 
idioma de divulgação internacional (em inglês Abstract, em castelhano Resumen, 
em francês Resume, por exemplo)”, devendo “ser seguido das palavras 
representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, 
na língua.” ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3). 
Depois, deve vir o sumário (Anexo N), elemento obrigatório do 
trabalho, que traz as “principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na 
mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede, acompanhado do 
respectivo número da página”. Se o trabalho for composto de diversos volumes, 
cada um conterá o sumário completo do mesmo, conforme previsto na NBR 6027. 
Há que se assinalar, neste ponto,a lista de ilustrações, como 
elemento opcional do trabalho, a ser 
elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item 
acompanhado do respectivo número da página. Recomenda-se a 
elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (quadros, 
lâminas, plantas, fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas, 
esquemas, desenhos e outros). (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 3). 
 
Como derradeiros elementos pré-textuais, aparecem as listas de 
abreviaturas e siglas, que é opcional e “consiste na relação alfabética das 
abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões 
correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista 
própria para cada tipo.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2001b, p. 4). 
 
2.1.2. Elementos textuais 
 
Neste momento, analisados os elementos pré-textuais, passaremos ao 
estudo dos chamados elementos textuais, a saber, a introdução, o 
desenvolvimento e a conclusão, os quais são de fundamental importância, visto 
 32
serem o trabalho propriamente dito, razão pela qual merecem especial atenção do 
elaborador. 
A introdução é, por óbvio, a “parte inicial do texto, onde devem constar 
a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos 
necessários para situar o tema do trabalho.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4) 
O desenvolvimento é a “parte principal do texto, que contém a 
exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e 
subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método.” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4) 
A conclusão é, evidentemente, a “parte final do texto”, onde se 
“apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses”. A 
apresentação dos “desdobramentos relativos à importância, síntese, projeção, 
repercussão, encaminhamento e outros” é opcional. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4) 
 
2.1.3. Elementos pós-textuais: 
 
Em análise última, os elementos pós-textuais são os 
complementares, os quais objetivam, sobretudo, esclarecer eventuais 
necessidades que o trabalho venha a apresentar. Isto posto, é de se dizer que, 
dentre eles, tão-somente as referências não têm caráter opcional. 
As referências constituem “elemento obrigatório, que consiste em um 
conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que 
permite sua identificação individual, conforme a NBR 6023, mesmo mencionados 
em notas de rodapé.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2001b, p. 4). 
Em regra, a referência é “constituída de elementos essenciais” e, 
havendo necessidade, são acrescidos os complementares [...] apresentados em 
seqüência padronizada” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2000, p. 2-3). 
Nessa vereda, os elementos essenciais das referências “são as 
informações indispensáveis à identificação do documento” (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 2), enquanto os 
 33
complementares possibilitam “melhor caracterizar os documentos” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 2), quando 
acrescidos aos essenciais. 
As referências podem estar inseridas na nota de rodapé, ao final do 
texto ou capítulo, “em lista de referências” ou “antecedendo resumos, resenhas e 
recensões [...], alinhadas [...] à margem esquerda e de forma a se identificar 
individualmente cada documento” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2000, p. 3). 
A seqüência dos elementos que compõem a referência está 
exemplificada nos modelos apresentados em 7.1 a 7.13 da NBR 6023 da ABNT 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) de agosto de 2000 e “a 
pontuação segue padrões internacionais e deve ser uniforme para todas as 
referências. 
Quanto às abreviaturas, estas devem ser conforme a NBR 10522 e “o 
recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o elemento 
título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento.” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 3). 
 O item 3 da NBR 6023 apresenta as definições de alguns elementos 
essenciais da referência, assim como o item 4 proporciona uma noção de 
elementos essenciais e complementares, cuja transcrição é devidamente 
explicada e exemplificada em 8.1 a 9.2.3 da NBR 6023. 
Cumpre examinarmos, neste passo, os elementospós-textuais 
opcionais, conforme prossegue o presente manual. 
Pode haver complementação da argumentação, denominada 
apêndice, desde que não prejudique a “unidade nuclear do trabalho” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4). Esta será 
elaborada pelo autor do mesmo, em texto ou documento opcional, a ser inserido 
após as referências. “Os apêndices são identificados por letras maiúsculas 
consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4), como poderá ser observado no exemplo 
proposto pela própria ABNT (NBR 14724) em 4.3.2. 
Na seqüência, vem o anexo, constitutivo de textos ou documentos que 
fundamentam, comprovam e ilustram o trabalho, mas não foram elaborados pelo 
autor do mesmo. Tal elemento é opcional e identificado “por letras maiúsculas 
 34
consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 4), conforme poderá ser observado no 
presente trabalho, haja vista que as normas da ABNT e os modelos dos 
elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais serão anexadas ao mesmo na 
condição de anexos. 
Finalmente, pode ser apresentado o glossário, “elemento opcional, 
que consiste em uma lista em ordem alfabética de palavras ou expressões 
técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas 
das respectivas definições.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2001b, p. 4) 
 
2.2. ESTRUTURA DO TRAGALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
Todos os trabalhos acadêmicos devem ter uma estrutura composta de 
elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. 
Como pode ser observado no esquema abaixo, os elementos pré-
textuais são dispostos na seguinte ordem: capa, folha de rosto, errata (opcional), 
folha de aprovação, dedicatória (opcional), agradecimentos (opcional), epígrafe 
(opcional), resumo na língua vernácula, resumo em língua estrangeira, sumário, 
lista de ilustrações (opcional), lista de abreviaturas e siglas (opcional) e lista de 
símbolos (opcional), seguidos dos elementos textuais, que é a introdução, o 
desenvolvimento e a conclusão e dos pós-textuais, a saber, referências, 
apêndice (opcional), anexo (opcional) e glossário (opcional). 
 35
 
 
 
 
 
 
 36
2.3. FORMAS DE APRESENTAÇÃO 
 
Em primeiro plano, as margens devem ser delimitadas, antes de ser 
iniciada a digitação do trabalho. Prevêem as normas da ABNT que “as folhas 
devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 
cm.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5) 
Quanto ao formato, os textos devem ser “apresentados em papel 
branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), digitados ou datilografados no anverso 
da folha, exceto a folha de rosto (ver 4.1.2).” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). 
Atualmente, a utilização de textos datilografados encontra-se 
praticamente superada, recomendando-se, “para digitação, a utilização de fonte 
tamanho 12 para o texto e tamanho 10 para citações longas e notas de rodapé.” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). 
Com relação ao tamanho da fonte, cabe ressaltar que há uma 
recomendação, perfeitamente aplicável para a fonte arial, no entanto, não 
recomendável para o times new roman, que, segundo entendemos, deve ter 
aplicado com tamanho 14 e 12, respectivamente, tendo em vista a apresentação 
visual do mesmo. 
Com relação ao espacejamento, “todo texto deve ser digitado ou 
datilografado, com 1,5 de entrelinhas.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). Notas, citações longas, ou seja, com mais de 
3 linhas, referências e resumos em língua estrangeira e em vernáculo serão 
digitados ou datilografados em espaço simples e “os títulos das seções devem ser 
separados do texto que os precede ou que os sucede por uma entrelinha dupla 
(um espaço duplo ou dois espaços simples).” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). 
As notas de rodapé serão digitadas ou datilografadas “dentro das 
margens, ficando separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por 
filete de 3 cm, a partir da margem esquerda.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5). 
O indicativo numérico de seção “precede seu título, alinhado à 
esquerda, separado por um espaço de caractere. Nos títulos, sem indicativo 
numérico, como lista de ilustrações, sumário, resumo, referências e outros devem 
 37
ser centralizados, conforme a NBR 6024.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 5) 
Quanto à paginação, cabe a observação de algumas regras básicas, a 
saber: 
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser 
contadas seqüencialmente, mas não numeradas. A numeração é 
colocada, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos 
arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, 
ficando o último algarismo a 2 com da borda direita da folha. No caso do 
trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma 
única seqüência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume. 
Havendo apêndice e anexos, as suas folhas devem ser numeradas de 
maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto 
principal. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2001b, p. 5) 
A numeração progressiva também é adotada nas seções do texto 
“para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho.” As seções primárias, 
cujos títulos são considerados as “principais divisões de um texto”, devem ser 
iniciadas em outra folha. Os títulos devem ser gradativamente destacados em 
negrito, itálico, grifo e redondo, caixa alta ou versal, ou outra forma, em 
conformidade com a já mencionada NBR 6024. 
A informação extraída de outra fonte, ou seja, de outro autor, deve ser 
mencionada no texto, por meio da chamada citação, cuja orientação encontra-se 
inserida na NBR 10520. Assim, tenha-se presente que a inobservância a este 
procedimento acarreta violação ao direito autoral e desonestidade acadêmica, 
tendo em vista que o autor do artigo está fazendo parecer como seu o que 
pertence a terceiro. 
A transcrição literal, também denominada cópia fiel ou citação direta, 
deve ser feita exatamente como contida no texto e entre aspas(“ ”). Quando esta 
ocorrer de maneira superior “a três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 
cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto [...] e sem as aspas” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001, p. 2). 
Eventuais erros de redação ou edição e construções sem sentido, 
estranhas ou contraditórias ao que o autor já havia dito, contidas no texto (nas 
normas jurídicas e jurisprudência, inclusive), devem ser conservados, 
acrescentando-se, ao final do termo ou proposição inadequados, a expressão 
“sic”, entre parênteses. 
 38
O uso de paráfrases, ou seja, da idéia ou pensamento do autor com as 
nossas palavras, requer muita cautela, o que exige diversas e atentas leituras do 
texto escolhido, com a exata compreensão do que o mesmo deseja transmitir e a 
checagem da forma como redigimos, que deverá ser diferente, ou seja, “o que irá 
variar é a construção das frases, do conjunto das palavras” (NUNES, 1997, p. 83). 
Esta forma de expressar-se, denominada citação indireta, também requer a 
indicação da fonte, ou seja, da referência bibliográfica, bem como a utilização de 
aspas duplas. Na indicação da fonte, deve ser mencionado em primeiro lugar o 
autor citado (obra indiretamente consultada - clássica), seguido da expressão 
“apud” e da obra diretamente consultada, conforme previsto no item 6.1.2 “a” da 
NBR 10520, sendo que, o autor e obra citados indiretamente não constarão da 
bibliografia final. 
As normas jurídicas poderão ser citadas literalmente ou por meio de 
paráfrase. Neste segundo caso, deverá haver referência à mesma, ou seja, lei, 
decreto, artigo, etc, além do número e outros dados considerados necessários. 
Normas jurídicasconhecidas podem ser citadas apenas pelo nome, como, por 
exemplo, os Códigos, sem necessidade de se mencionar o número e data da 
promulgação, exceto se os mesmos fizerem parte da nossa argumentação. 
Tratando-se de lei estadual ou municipal, este dado deve ser indicado, pois 
normalmente a referência à lei tem sentido de Lei Federal. 
Também poderão ser literalmente transcritas as decisões judiciais, o 
que não quer significar que as paráfrases não são aceitas. 
Deve ser evitada a citação de citação, ou seja, o que já foi citado por 
outro autor, transcrição que deve aparecer entre aspas simples (‘), pois, o correto 
é pesquisar o texto original. Se isso for impossível, como ocorre quando 
trabalhamos com clássicos ou obras de doutrinadores estrangeiros, devemos 
observar se a citação foi realizada entre aspas duplas, o que quer significar 
transcrição literal e, portanto, necessidade de ser realizada entre aspas simples, 
indicando-se o autor citado, a expressão latina apud e o pesquisado, com os 
dados da obra analisada. A exemplificação do exposto estará inserida nos anexos 
do presente trabalho. 
Todas “as citações devem ser indicadas no texto por um sistema 
numérico ou autor data” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2001a, p. 2). 
 39
Acerca das regras gerais estabelecidas nos itens 4.1 e 4.2 da NBR 
10520, cabe observar que “nas citações do sistema numérico ou autor-data, as 
entradas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título incluído 
na sentença, devem ser em letras maiúsculas e minúsculas, e quando estiverem 
entre parênteses devem ser em letras maiúsculas.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 2). 
Havendo página, volume, tomo ou seção da fonte consultada, este 
deve ser indicado no texto, após a data, “separado por vírgula e precedido (s) 
pelo designativo, de forma abreviada, conforme a NBR 10522, que o(s) 
caracteriza.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 
2). 
No sistema autor-data, método recomendado pela ABNT para as 
citações realizadas no texto, indica-se a fonte, de acordo com os itens 4.1 e 4.2 
da NBR 10520, “seguido da data da publicação do documento, separados por 
vírgula e entre parênteses” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2001, p. 3), e com o número da página, volume etc, conforme 
acabamos de proceder, o que encontra-se exemplificado no item 5.3 da NBR 
10520. 
No entanto, considerando o previsto nos itens 5.1.1 a 5.1.5 da NBR 
10520, estando 
o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões) responsável(eis) [...] 
incluído(s) na sentença, indicam-se a data e a(s) página(s), entre 
parênteses [...]. Quando houver coincidência de autores com o mesmo 
sobrenome e data, acrescentam-se as iniciais de seus nomes; se mesmo 
assim existir coincidência, colocam-se os prenomes por extenso. As 
citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num 
mesmo ano são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas após a 
data e seu espacejamento. As citações de diversos documentos de um 
mesmo autor, publicados em anos diferentes e mencionados 
simultaneamente, tem as suas datas separadas por vírgula. As citações 
de diversos documentos de vários autores, mencionados 
simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 3). 
 As notas de rodapé (ou sistema numérico) são recomendadas 
para “notas explicativas, indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos 
pelo autor, tradutor ou editor [...]”(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2001, p. 3). 
 Considerando o que acabamos de mencionar e o previsto nos itens 
6.1 e 6.2 NBR 10520 da ABNT (2001a, p. 3), a numeração das “notas que 
 40
indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto 
foi abordado” devem ser feitas em “algarismos arábicos, devendo ter numeração 
única e consecutiva para todo o capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a 
cada página [...] A primeira citação de uma obra deve ter referência completa”, ou 
seja, nome do autor(es), título, subtítulo, edição, editora, data de publicação e 
página e as “subseqüentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de 
forma abreviada”(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, 
p. 3), mediante a utilização das expressões latinas mencionadas no item 6.1.2 da 
NBR 10520, que somente são utilizadas em notas de rodapé, com exceção da 
palavra apud, que também é utilizada no texto. 
 A numeração poderá ser indicada “entre parênteses ou colchetes, 
alinhada ao texto ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha 
do mesmo, após a pontuação que fecha a citação.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 3) 
 As notas de rodapé poderão conter informações acessórias e 
relevantes (ex. significado de uma palavra), referência de reforço ou contradição 
ao argumentado no texto ou remitir o leitor ao que já foi explicado a respeito em 
outro trecho da obra ou texto. 
 Admite-se a utilização de citações de textos em língua estrangeira, 
desde que a tradução esteja contida na nota de rodapé ou que a tradução ou 
paráfrase esteja no corpo do texto e o original da língua estrangeira inserido na 
nota de rodapé, entre aspas. 
 Termos e brocardos latinos podem ser utilizados sem tradução, 
desde que comuns e quando não dirigidos a iniciantes ou leigos. Não sendo de 
uso comum, seguem-se as regras apresentadas para textos em língua 
estrangeira. 
 Supressões de palavras ou parte do texto literalmente copiado 
devem ser substituídas por reticências entre colchetes, o que pode ser observado 
no presente texto. Acréscimos, comentários e interpolações devem ser feitos 
entre colchetes, previsto no item 4.5 da NBR10520, que também admite o 
negrito, itálico, grifo etc como formas de se destacar ou enfatizar partes da 
citação, devendo-se indicar a “alteração com a expressão grifo nosso entre 
parênteses, após a idealização da citação” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
 41
NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p. 2), conforme exemplo contido no item 4.8 da 
NBR 10520. Entretanto, se o destaque for do autor que estamos consultando, 
utilizamos a expressão “grifo do autor”, como bem exemplificado no item 4.8.1 da 
norma que acabamos de mencionar. 
 Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2001a, p. 2), 
se os dados forem obtidos em palestras, debates etc, ou seja, por meio de 
“informação oral”, a expressão “informação verbal” deve constar entre parênteses 
e os “dados disponíveis, [...] em nota de rodapé.”, em conformidade com o 
estabelecido no item 4.6 da NBR 10520. Tratando-se de trabalho “em fase de 
elaboração, deve ser mencionado o fato, indicando-se os dados disponíveis, 
somente em notas de rodapé”, como exposto no exemplo previsto no item 4.7 da 
NBR 10520. 
 Bom é dizer que quando se refere pela primeira vez a uma sigla ou 
abreviatura no trabalho, deve-se apresentar o seu significado por extenso, bem 
como a sigla ou abreviação entre parênteses, ao modo que foi procedido neste 
texto, ao mencionar a ABNT. 
 Quanto às ilustrações, há que se fazer alusão a figuras ou tabelas. 
As primeiras, que em conformidade com o previsto no item 5.9.1 da NBR 10520, 
podem ser “quadros, lâminas, plantas, fotografias, gráficos, organogramas, 
fluxogramas, esquemas, desenhos” etc. são “elementos demonstrativos de 
síntese que constituem unidade autônoma e explicam ou complementam 
visualmente o texto” e, independentemente do “tipo, sua identificação aparece na 
parte inferior precedida da palavra Figura, seguida de seu número de ordem de 
ocorrência no texto em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda 
explicativa e da fonte, se necessário.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2001b, p. 6) 
 As ilustrações devem estar inseridas próximas ao texto a que se 
referem, contendo legendas claras e breves, que possibilitem o entendimento sem 
consulta ao texto. 
 Outraunidade autônoma que demonstra síntese é a tabela, pois 
apresenta, de forma sucinta, as “informações tratadas estatisticamente” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 6), com 
“numeração independente e consecutiva; [...] o título é colocado na parte superior, 
 42
precedido da palavra Tabela e de seu número de ordem em algarismos arábicos; 
[...] as fontes citadas, na construção de tabelas, e notas eventuais aparecem no 
rodapé após o fio de fechamento” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2001b, p. 6). 
 A utilização de “tabelas reproduzidas de outros documentos”, requer 
“a prévia autorização do autor [...], não sendo mencionada na mesma” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 6) 
 Recomenda-se a inserção da tabela “o mais próximos possível do 
trecho a que se referem” e, se a mesma “não couber em uma folha, deve ser 
continuada na folha seguinte”, dispensando-se a delimitação “por traço horizontal 
na parte inferior, sendo o título e o cabeçalho repetidos na folha seguinte.”, além 
de se utilizar “fios horizontais e verticais para separar os títulos das colunas no 
cabeçalho e fechá-las na parte inferior, evitando-se fios verticais para separar as 
colunas e fios horizontais para separar as linhas. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2001b, p. 6) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43
3. ARTIGOS CIENTÍFICOS 
 
Inicialmente, artigo é o “texto com autoria declarada, que apresenta e 
discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do 
conhecimento”(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 
1). Oportuno, também, o conceito apresentado por Eva Lakatos e Marina Marconi 
(2001, p. 259), para quem “artigos científicos são pequenos estudos, porém 
completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não 
se constituem em matéria de um livro.” 
Considerando os conceitos apresentados, podemos afirmar que, 
apesar do conteúdo ou dimensão reduzidos, os artigos em análise objetivam 
tornar conhecido os resultados de pesquisas e estudos bibliográficos, de campo 
ou documentais, constituindo-se na principal seção de periódicos ou revistas 
especializadas em determinada área ou assunto. Assim, ampliam a compreensão 
de algumas questões, proporcionando ainda a obtenção do mesmo ou de 
resultados próximos, mediante a observação da “descrição da metodologia 
empregada, do processamento utilizado.”(LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 259) 
Os artigos científicos são compostos de elementos pré-textuais, como 
um título, um subtítulo, autoria, local de atividades ou endereço para contato, 
agradecimentos, data e sinopse, além dos elementos textuais, que são a 
introdução, o desenvolvimento, a conclusão e as referências bibliográficas. 
Podem contar, também, com o apêndice, o anexo e a tradução do resumo, que 
constituem os elementos pós-textuais. 
O título é o “termo ou expressão que indica o conteúdo do artigo” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 1). 
O(s) nome(s) e credenciais do(s) autor(es) devem estar contidos na 
autoria, que aparecerá em nota de rodapé, juntamente com “o endereço para 
contato, eventuais agradecimentos do(s) autor(es) e a data de entrega dos 
originais à redação do periódico [...]”. Como credenciais entende-se um “breve 
currículo que o(s) qualifique na área de conhecimento do artigo” (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 1-2). A data constitui informação 
relevante em virtude da evolução científica e tecnológica, salvaguardando a 
responsabilidade do autor quando da demora na publicação do trabalho. 
 44
A sinopse ou resumo é um “parágrafo que sintetiza os objetivos 
pretendidos, a metodologia empregada e as conclusões alcançadas no artigo.” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 2). 
O objetivo do artigo e a metodologia empregada para alcançá-lo devem 
ser apresentados na introdução, que será seguida do desenvolvimento e da 
conclusão. “O desenvolvimento trata da matéria de forma abrangente e objetiva 
e a conclusão destaca os resultados obtidos” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 2). 
Nas referências bibliográficas estarão inseridas as informações 
elementares de cada trabalho pesquisado para a elaboração do artigo, conforme 
orientações contidas nas normas da ABNT publicadas em agosto de 2000 (NBR 
6023). 
O apêndice é o ”desenvolvimento autônomo, que complementa a 
argumentação principal do artigo” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 1994, p. 2), cabendo a observação de que deve ser evitada a 
separação de partes do texto do artigo em apêndices. 
Convém consignar, ainda, os anexos, que são documentos que 
fundamentam, comprovam ou ilustram o assunto abordado, de mesma autoria do 
autor do artigo ou não, podem ser inseridos ao final do artigo. 
Outro elemento pós-textual é a tradução do resumo, que consiste na 
“apresentação do resumo, precedido do título, em língua diferente daquela em 
que o artigo está escrito” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
1994, p. 2). 
Se o artigo for dividido em seções, deve ser adotado um “sistema de 
numeração progressiva [...] com subtítulos de caráter informativo” (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 2). A excessiva subdivisão pode 
prejudicar a leitura, fazendo com que o leitor perca a seqüência ou sentido lógico 
do que está sendo transmitido. No entanto, quando a mesma torna-se 
indispensável, aconselha-se a utilização de subtítulos que objetivem a formação 
de um conjunto. 
O artigo científico normalmente adota temas novos, atuais, podendo 
apresentar um “estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrário ao 
já conhecido” (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 260), além de tentar solucionar 
polêmicas ou tornar conhecidas aos especialistas ou intelectuais em determinado 
 45
assunto as atualizações, novas idéias ou opiniões. Aspectos interessantes, porém 
secundários à determinada pesquisa, e não considerados na mesma, podem ser 
analisados no artigo. 
A elaboração de um artigo requer organização das idéias, o que pode 
ser conseguido via da elaboração de esquemas lógicos e da sistematização dos 
itens que serão desenvolvidos, objetivando evitar omissões e repetições. 
Especial atenção deve ser dada ao público alvo do trabalho, levando-
se em consideração a natureza da revista ou periódico, que tanto pode ser 
didático, de divulgação ou científico. Posta assim a questão, cabe ao autor 
desenvolver a redação com clareza, objetividade, coerência, precisão, 
simplicidade e linguagem correta, evitando repetições, explicações inúteis e 
adjetivos desnecessários, da mesma forma que o conteúdo deve corresponder ao 
título do artigo. 
O artigo pode ser classificatório, de análise, ou de argumento teórico. 
No artigo classificatório, cabe ao autor explicar os aspectos de determinado 
assunto, previamente classificados. O tema deve ser dividido levando-se em 
consideração as características principais de cada classe, possibilitando o 
desenvolvimento da “definição, descrição e análise.” (LAKATOS; MARCONI, 
2001, p. 262) 
O artigo de argumento teórico objetiva apresentar determinado 
assunto, considerando as opiniões contrárias e favoráveis ao mesmo. Para tanto, 
torna-se necessário enfocar o argumento, demonstrando os fatores capazes de 
prová-lo ou contestá-lo, tomando-se posição no desenrolar dos argumentos que 
estão sendo utilizados, o que requer um trabalho de pesquisa que possibilite a 
coleta de informações válidas e suficientes à formação do discurso, além da 
exposição da teoria, dos fatos considerados, da visão genérica que se tem dos 
mesmos e da conclusão. 
No artigo de análise, o autor deve investigar minuciosamente os 
elementos que compõem o assunto, relacionando-os com o todo, buscando 
descobrir e comprovar a natureza do mesmo e a relação entre os elementos que 
o constituem. Esse tipo de artigo requer detalhada definição,descrição e 
classificação do tema em análise e considerações acerca de sua estrutura, 
finalidade, objetivo e forma, trabalhando-se com exemplos. 
 46
Para produzir um artigo científico, deve o autor definir o assunto, 
selecionando os aspectos principais e secundários, elementos e relações entre os 
mesmos. 
Muitos são os motivos que levam à elaboração de um artigo científico, 
a saber: o fato de que determinado aspecto de um assunto não foi ainda 
analisado ou o foi apenas superficialmente; a apresentação de novas pesquisas, 
que proporcionam uma outra visão ou interpretação do tema; a falta de material 
suficiente para a elaboração de um livro, aliada ao desejo de que seja 
demonstrado o resultado da pesquisa ou a análise de questões secundárias que 
não serão tratadas no mesmo; a demonstração de lacunas, falhas, assuntos 
controvertidos , que necessitam de preenchimento, correção ou solução 
conveniente e satisfatória, entre outros. 
Todo trabalho científico requer do autor suficiente conhecimento do 
assunto, exposição exata de idéias e fiel referência às fontes pesquisadas, além 
da já mencionada linguagem acessível e elegante. 
O artigo científico, da mesma forma que qualquer trabalho desta 
natureza, deve ser elaborado em conformidade com as normas técnicas 
propostas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
Quando a idéia de outro autor é aproveitada no artigo, isto deve ser 
feito através de citação, acompanhada da indicação da fonte. Como exemplo, 
vale citar o procedimento do presente manual, quando menciona Eva Maria 
Lakatos e Marina de Andrade Marconi. A inobservância a este procedimento 
acarreta violação ao direito autoral e desonestidade acadêmica, tendo em vista 
que o autor do artigo está fazendo parecer como seu o que pertence a terceiro. O 
procedimento a ser observado já foi analisado na parte que trata do trabalho 
científico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: Apresentação 
de artigos em publicações periódicas. Rio de Janeiro, 1994. 
______. NBR 6023: Informação e documentação – Referências - Elaboração. 
Rio de Janeiro, 2000. 
______. NBR 10520: Informação e documentação – Apresentação de citações 
em documentos. Rio de Janeiro, 2001. 
______. NBR 14724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos - 
Apresentação. Rio de Janeiro, 2001. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de 
metodologia científica. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2001. 
NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Manual da monografia jurídica. São Paulo: 
Saraiva, 1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48
ANEXO A - RESOLUÇÃO Nº 003/2002/CA/UNIRONDON 
 
A Presidente do Conselho Acadêmico das Faculdades Integradas 
Cândido Rondon, no uso das atribuições que lhe confere o Regimento Unificado, 
e considerando o que dispõe a legislação específica, bem como a deliberação 
tomada em reunião ordinária do dia 31 de Janeiro de 2002, 
 
RESOLVE: 
 
Art. 1º - O presente regulamento tem como finalidade normatizar as 
atividades relacionadas com o Trabalho de Conclusão do Curso de Direito, 
indispensável para colação de grau. 
Art. 2º - O Trabalho de Conclusão de Curso consiste em uma pesquisa 
individual orientada, relatada sob a forma de Monografia, em qualquer ramo 
jurídico. 
 
Art. 3º - O objetivo do Trabalho de Conclusão de Curso é propiciar aos 
alunos do Curso de Direito a ocasião de demonstrar o grau de habilitação 
adquirida, o aprofundamento temático, o estímulo à produção científica e à 
consulta bibliográfica especializada, bem como o aprimoramento da capacidade 
de interpretação e crítica do Direito. 
 
Art. 4º - O Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia - terá um 
Coordenador de Monografia escolhido pelo colegiado, entre os docentes do curso 
e designado pela Diretoria Acadêmica. 
Parágrafo Único - São competências do Coordenador de Monografia: 
a) coordenar e supervisionar todos os trabalhos de orientação e 
realização da Monografia; 
b) elaborar o calendário anual para os trabalhos de Monografia e 
submetê-lo à aprovação do Colegiado de Curso; 
c) elaborar e encaminhar aos professores orientadores as fichas de 
freqüência e de avaliação; 
 49
d) atender aos alunos nos períodos diurno e noturno, proporcionando 
orientação básica na fase de elaboração do projeto de Monografia e, 
posteriormente, tirando dúvidas e sugerindo alternativas de trabalho; 
e) convocar, sempre que necessário, reuniões com os professores 
orientadores e alunos; 
f) manter, junto à Coordenação de Curso, arquivo atualizado com os 
projetos de Monografia em desenvolvimento; 
g) manter atualizado o registro de atas das reuniões das Bancas 
Examinadoras; 
h) tomar, no âmbito de sua competência, todas as demais medidas 
necessárias ao efetivo cumprimento deste regulamento. 
 
Art. 5º - A Monografia, requisito indispensável para a obtenção do título 
de Bacharel em Direito e prescrita como obrigatória no art. 9º da Portaria 1886/94 
- MEC, consiste num trabalho individual de pesquisa, com tema e orientador 
escolhido pelo aluno, dentre os professores do quadro ou profissionais do Direito, 
previamente indicados pelos Coordenadores do Curso e de Monografia e aceitos 
pelo Colegiado do Curso. 
 
Art. 6º - A Monografia deverá ser elaborada levando-se em 
consideração: 
a) na sua estrutura formal, os critérios técnicos estabelecidos nas 
normas da ABNT sobre documentação, no que forem eles aplicáveis; 
b) no seu conteúdo, o objetivo estabelecido no Art. 3º deste 
Regulamento, a vinculação direta do seu tema com a ciência do Direito, e a sua 
inserção nas áreas de conhecimento jurídico, identificadas pelas disciplinas afetas 
ao currículo pleno do Curso de Direito. 
 
Art. 7º - A aprovação na disciplina Metodologia da Pesquisa Jurídica 
constitui pré-requisito para o desenvolvimento da atividade curricular de 
Monografia. 
 
Art. 8º - A Monografia compreenderá duas etapas: 
1ª (primeira) - Projeto de Monografia 
 50
 2ª (segunda) - Monografia propriamente dita. 
 
§ 1º - Os trabalhos de orientação, correspondentes à primeira etapa, 
serão iniciados no 2º semestre do 4º ano do Curso e constarão de aulas práticas, 
oficinas e seminários, em horário extra-classe, oportunizando ao aluno definir o 
tema, objeto de sua pesquisa, e elaborar o seu Projeto de Monografia. 
§ 2º - O Projeto de Monografia será elaborado pelo aluno e protocolado 
na Coordenação do Curso ao final do 4º ano do curso, segundo requisitos 
estabelecidos neste Regulamento e observada a seguinte estrutura: 
 
I- tema; 
II- objetivos; 
III- justificativa; 
IV- metodologia a ser utilizada e instrumentos de pesquisa; 
V- cronograma; 
VI- bibliografia. 
 
Art. 9º - Aprovado o Projeto de Monografia pelo colegiado de curso e 
designado o orientador, terá início a 2ª etapa dos trabalhos pelo acadêmico. 
 
Art. 10 - A responsabilidade pelo resultado final da Monografia será 
inteiramente do acadêmico que a elaborou, contudo, não eximirá o professor-
orientador de bem desempenhar sua função, como co-responsável pelos 
trabalhos. 
 
Art. 11 - O acadêmico, em fase de elaboração da Monografia terá, junto 
ao professor-orientador, os seguintes deveres: 
I – Freqüentar as reuniões de estudo e de orientação 
descritas no calendário e as convocadas pelo professor-orientador; 
II – Elaborar a versão final de sua Monografia de acordo com o 
presente Regulamento e as instruções do professor orientador; 
III – Entregar 03 (três) cópias ao professor orientador, em forma 
de brochura, e, após a defesa e aprovação da Monografia, entregar ao 
Coordenador de Monografia, uma cópia encadernada; 
 51
IV – Cumprir o calendário para a entrega do Projeto e do 
Trabalho Final, devendo comparecer em dia, hora e local marcados pelo 
Coordenador para apresentar e defender a versão final desua Monografia. 
 
Art. 12 – O professor-orientador terá, entre outros, os seguintes 
deveres específicos: 
I - Orientar e corrigir o seu orientando, apontando-lhe as 
falhas e sugerindo bibliografia; 
II – Comparecer às reuniões de Monografia convocadas pela 
Coordenação do Curso e pela Coordenação de Monografia; 
III – Assinar, juntamente com o aluno, o Projeto da Monografia, 
após o aceite, bem como a Versão Final e a Ata de Defesa Oral. 
IV – Comparecer em dia, hora e local marcados para presidir 
as defesas de Monografia de seus orientandos; 
V – Receber e devolver à Coordenação de Monografia a folha 
Ata de Monografia ao término das atividades; 
VI – Responsabilizar-se, como Presidente da Banca, pela 
redação e escrituração da Ata de Monografia, devendo anotar toda e qualquer 
ocorrência que a Banca julgar necessária, assim como certificar-se de que os 
membros e o aluno a assinem, ao término da atividade. 
Parágrafo Único - Cada professor-orientador poderá 
responsabilizar-se pela orientação de, no máximo, 05 (cinco) orientandos. 
 
Art. 13 - A versão final da Monografia será defendida pelo aluno 
perante Banca Examinadora composta pelo professor-orientador, que a presidirá, 
e por outros dois membros, aprovados pelo Colegiado do Curso. 
§ 1º - Poderá fazer parte da Banca Examinadora um membro 
escolhido entre os professores de outros cursos, com interesse na área de 
abrangência da pesquisa, ou entre profissionais de nível superior que exerçam 
atividades afins com o tema da Monografia. 
§ 2º - Quando da designação da Banca Examinadora, deverá 
também ser indicado um membro suplente, encarregado de substituir qualquer 
dos titulares em caso de impedimento. 
 
 52
Art. 14 – A Banca Examinadora somente poderá executar seus 
trabalhos com a presença três membros. 
§ 1º - O impedimento de professor designado para a Banca 
Examinadora, deverá ser comunicado, antecipadamente, por escrito, à 
Coordenação para imediata convocação do suplente. 
§ 2º - Não havendo o comparecimento de 3 (três) membros da 
Banca Examinadora, deverá ser marcada nova data para a defesa, sem prejuízo 
do cumprimento da determinação presente no parágrafo anterior. 
 
Art. 15 – Todos os professores do Curso de Direito poderão ser 
convocados para participarem das Bancas Examinadoras, em suas respectivas 
áreas de atuação. 
Parágrafo Único - Deverá, sempre que possível, ser mantida a 
eqüidade no número de indicações de cada professor para compor as Bancas 
Examinadoras, procurando, ainda, evitar-se a designação de qualquer docente 
para um número superior a 10 (dez) comissões examinadoras por ano. 
 
Art. 16 – As sessões de defesa das Monografias serão públicas. 
Parágrafo Único. Não será permitido aos membros das Bancas 
Examinadoras tornarem públicos os conteúdos das Monografias antes de suas 
defesas. 
 
Art. 17 – O Coordenador de Monografia, em conjunto com os 
professores-orientadores, deverá elaborar calendário anual, fixando prazos para a 
entrega das Monografias, designação das Bancas Examinadoras e realização das 
defesas, submetendo-o à aprovação do Colegiado de Curso. 
§ 1º - Quando a Monografia for entregue com atraso, a 
relevância do motivo deverá ser avaliada pelo Coordenador do Curso. 
§ 2º - Um segundo atraso não será admitido, significando este 
a reprovação do acadêmico na respectiva disciplina. 
 
Art. 18 – Após a data limite para a entrega das cópias finais das 
Monografias, o Coordenador de Monografia divulgará a composição das Bancas 
Examinadoras, os horários e as salas destinadas às defesas. 
 53
 
Art. 19 – Os membros das Bancas Examinadoras, a contar da data de 
sua designação, terão o prazo de 15(quinze) dias para procederem à leitura das 
Monografias. 
 
Art. 20 – Na defesa, o aluno terá até 30(trinta) minutos para apresentar 
seu trabalho, e cada componente da Banca Examinadora, até 10(dez) minutos 
para fazer sua argüição, dispondo, ainda, o discente de outros 10(dez) minutos 
para responder a cada um dos examinadores. 
 
Art. 21 – A atribuição das notas dar-se-á após o encerramento da 
etapa de argüição, obedecendo ao sistema de notas individuais por examinador, 
levando em consideração o texto escrito, a sua exposição e a defesa na argüição 
pela Banca Examinadora. 
§ 1º - Utilizar-se-á, para a atribuição das notas, fichas de 
avaliação individuais, onde o examinador aporá sua nota para cada item a ser 
considerado. 
§ 2º - A atribuição de nota final, em processo sigiloso e 
obedecendo ao sistema adotado pelo Colegiado do Curso de Direito, dar-se-á 
após o encerramento da etapa de argüição, pelo cálculo da média das notas 
atribuídas por cada membro da Banca de Avaliação, anotadas na “Ficha de 
Avaliação de Monografia”. 
§ 3º - O aluno cuja Monografia não obtiver, na avaliação da 
Banca Examinadora, grau igual ou superior a 7,0 (sete) será considerado 
reprovado. 
 
Art. 22 – Verificando o Orientador e demais membros da Banca que o 
aluno não terá condições de apresentar o trabalho, deverá o mesmo ser 
convocado pelo orientador, que poderá sugerir as medidas necessárias para nova 
apresentação no prazo máximo de 15 (quinze) dias. 
§ 1º - Entregues as novas cópias da Monografia, já cumpridas 
as diligências, reunir-se-á a Banca Examinadora, devendo proceder à avaliação, 
na forma prevista nos artigos 20 e 21. 
 54
§ 2º - Nessa situação, ficará a defesa marcada para 30 (trinta) 
dias após, contados da devolução da Monografia ao aluno, feita esta mediante 
protocolo. 
 
Art. 23 – A avaliação final, assinada por todos os membros da Banca 
Examinadora, deverá ser registrada em ata e, em caso de aprovação, na cópia da 
Monografia, que será destinada à Biblioteca da Faculdade. 
 
Art. 24 – O aluno que não entregar a Monografia, ou que não se 
apresentar para a sua defesa oral, sem motivo justificado na forma da legislação 
em vigor, está automaticamente reprovado na disciplina. 
 
Art. 25. Será permitida a troca de orientador, mediante justificativa 
plausível apresentada, por escrito, à Coordenação de Monografia, que tomará as 
providências cabíveis para a substituição. 
 
Art. 26 – Este Regulamento só poderá ser alterado através do voto da 
maioria absoluta dos membros do Colegiado do Curso Jurídico e das demais 
instâncias competentes para a sua análise nas Faculdades. 
 
Art. 27 – Competirá ao Colegiado do Curso de Direito dirimir dúvidas 
referentes à interpretação deste Regulamento, bem como, suprir as suas lacunas, 
expedindo os atos complementares que se fizerem necessários. 
 
Art. 28 - Este Regulamento entrará em vigor na data de sua aprovação 
e assinatura. 
 
 
 Cuiabá, 31de Janeiro de 2002. 
 
 
 
Profª. Luzia Guimarães 
Presidente do Conselho Acadêmico 
 55
ANEXO B – CAPA 
 
AUTOR DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADES INTEGRADAS CÂNDIDO RONDON – 
UNIRONDON 
 
CUIABÁ 
 
2002 
 56
ANEXO C – FOLHA DE ROSTO 
 
AUTOR DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado ao Curso de 
Direito das Faculdades Integradas 
Cândido Rondon, como requisito 
parcial para obtenção do título de 
bacharel em Direito, sob orientação 
do Prof. 
???????????????????????????? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIABÁ 
 
2002 
 57
ANEXO D: IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO 
 
 
1) Trabalho, resenha, revisão bibliográfica, projeto de pesquisa, 
relatório etc, apresentado às Faculdades Integradas Cândido Rondon, como 
requisito para obtenção da nota parcial do ..... bimestre, da disciplina 
........................................................, ministrada pelo 
professor.......................................................... 
 
 
2) Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Direito 
das Faculdades Integradas Cândido Rondon, como requisito parcial para 
obtenção do título de bacharel em direito,

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