Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A ETIQUETA, O CERIMONIAL E O PROTOCOLO NO CONTEXTO DOS EVENTOS Professora: Me. Cristiane Costa Esteves DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey Projeto Gráfico Thayla Guimarães Design Educacional Giovana Vieira Cardoso Design Gráfico Produção de Materiais DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; ESTEVES, Cristiane Costa; Organização e Gestão de Eventos. Cristiane Costa Esteves; Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 27 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gestão. 2. Eventos. 3. EaD. I. Título. ISBN: 978-85-459-1598-0 CDD - 22 ed. 658.4 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 22| ETIQUETA SOCIAL 6| CERIMONIAL E PROTOCOLO 16| SÍMBOLOS NACIONAIS E MESA DE HONRA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Apresentar as definições e os tipos de cerimonial utilizados de acordo com a tipologia de eventos, buscando, neste aprendizado, a compreensão sobre a sucessão de atos em uma cerimônia, a precedência e os símbolos nacionais; • Apresentar os principais símbolos nacionais — bandeira e hino — a serem considerados em um evento, bem como a mesa de honra, sua composi- ção e formatação. • Identificar as normas e os costumes aplicados a eventos, no que diz respei- to ao comportamento social; • Conhecer e aprimorar as regras de etiqueta profissional que facilitam a in- teração entre as pessoas, buscando, assim, novos desafios da profissão e colaborando com o seu crescimento profissional e sua comunicação organizacional. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Cerimonial e Protocolo • Símbolos nacionais e mesa de honra • Etiqueta Social • Etiqueta Profissional A ETIQUETA, O CERIMONIAL E O PROTOCOLO NO CONTEXTO DOS EVENTOS INTRODUÇÃO introdução Neste estudo, abordaremos a organização e gestão em eventos, e alguns elementos que são indispensáveis dentre eles: a etiqueta, o cerimonial e o protocolo, também definidos como comportamento, atitude, imagem, costu- mes e precedência. Você já conhecia esses termos? Consegue imaginar um evento sem a apli- cação deles? Discutiremos no tema cerimonial e protocolo a precedência das auto- ridades em eventos, ou seja, a composição de mesas e discursos, a qual é identificada pelo mestre de cerimônias de acordo com o cargo que ocupam ou com a formação acadêmica. Ainda sobre cerimonial, estudaremos bandei- ras, como arrumá-las e algumas principais regras que precisamos conhecer para evitar o desrespeito. E o Hino Nacional Brasileiro, você sabe cantar? O que mais precisamos saber sobre o nosso hino e as condutas quando ele é tocado ou cantado? Sobre etiqueta, apresentaremos a etiqueta social e a etiqueta profissional. Você sabia que ter etiqueta é saber as normas básicas para uma boa convivên- cia? Sabia que etiqueta não é supérfluo, nem frescura, e sim essencial, e, além disso, é um diferencial competitivo que o insere no mercado de trabalho e o destaca à frente dos demais colaboradores? Na etiqueta social, identificaremos a etiqueta à mesa e a linguagem corpo- ral e verbal, visto que essas regras, uma vez cumpridas, constroem atitudes de ordem para uma convivência saudável em sociedade. Abordaremos também os diferentes tipos de traje. Esse tipo de etiqueta também gera hospitalidade, elegância e bem-estar neste mundo contemporâneo. Na etiqueta profissional, descobriremos o que envolve a interação com pessoas, a postura nas reuniões e, principalmente, a nova tendência, que é a netiqueta. Esse tipo de etiqueta é novo para você? Com certeza você até já o utiliza e não sabe. Vamos então descobrir o que têm a nos revelar a etiqueta e o cerimonial. Boa leitura! cerimonial e protocolo Pós-Universo 7 Começaremos nosso encontro falando sobre cerimonial e protocolo, suas defini- ções e seus elementos. Definição De Cerimonial O Cerimonial surgiu nas sociedades primitivas. É uma linguagem de comunicação e rituais desde o aparecimento da humanidade, e foi criado para garantir o nascer do sol, o cair da chuva e a fertilidade do solo. Com o avanço da civilização, a conexão dos rituais com o místico e o sagrado di- minuiu, e as relações sociais entre os homens passaram a ser disciplinadas por uma estrutura conceitual e convencional regida por um conjunto de preceitos interpre- tados e dirigidos pelo Cerimonial (FREITAS, 2001). Cerimonial é a sequência introduzida pelo uso e pela vontade das pessoas. Do latim cerimônia, significa “atos regulamentados por lei, tradição, uso ou costumes em cultos religiosos ou questões profanas”. Objetivamente, representa um conjunto de normas estabelecidas com o propósito de ordenar corretamente o desenvolvimento de qualquer ato, público ou não, que necessite, por sua característica e importância, de formalidade ou formalização. Em resumo, o cerimonial está relacionado à progra- mação de um conjunto de formalidades que é sequência de acontecimentos que resultam em um evento (SPEERS, 1991). Na cultura brasileira, as relações sociais ou protocolares são sempre aquecidas pela informalidade. O Cerimonial, portanto, tem que ser adaptado aos costumes, ao clima tropical e subtropical e aos objetivos que se pretendem atingir. “O Cerimonial Brasileiro deve ter um sentido humano, social e lógico e os que determinam o Cerimonial devem ter a sensibilidade e o senso de estabelecer sua aplicação em função da cultura e da psicologia do povo brasileiro.” ( LINS, 1991). Definição de Protocolo O Protocolo compreende o conjunto de regras que estão intrinsecamente ligadas à etiqueta social e que servem de pré-requisitos para participação num ato público (VIANA, 1998). Pós-Universo 8 Protocolo é a ordem hierárquica que determina normas de conduta dos gover- nos e seus representantes em ocasiões oficiais ou particulares. O protocolo codifica as regras que regem o cerimonial, define a precedência, a forma de tratamento, lugares, trajes, regulamenta o uso de Símbolos Nacionais, valorizando o resultado do evento por meio da adequação de cada ato ou atividade (BRITTO, 2002). Os Tipos de Cerimonial Vamos estudar agora os tipos de cerimonial: o público e o privado (FREITAS, 2001). Cerimonial Público Conjunto de normas que rege o trato formal entre os Estados e a precedência entre eles; aos privilégios e imunidades dos agentes diplomáticos e consulares e as normas protocolares e organização de Cerimônias Oficiais. É um código vigente em todos os países, tendo, portanto, valor internacional. No Brasil, o Cerimonial Público se divide em: Cerimonial da Presidência Relativo ao serviço de protocolo dos Ministérios das Relações Exteriores da Presidência. Estabelece um corpo de práticas aceitas que cresceram entre as nações no curso de seus contatos. Cerimonial Civil e Militar O Cerimonial Militar tem especial competência na interpretação de normas e leis do Cerimonial como precedência que é regulada pelas normas do Cerimonial Público (Decreto 70.274 de 9 de março de 1972), Hierarquia Militar, Cerimoniale Culto à Bandeira Nacional, compromissos éticos e hierárquicos com as corporações, desfi- les, entrega de condecorações, etc. Pós-Universo 9 Cerimonial dos Estados Prescreve a etiqueta nas cerimônias dos estados e corresponde à necessidade de: o uso correto dos símbolos nacionais e estaduais; a prestação de honras; a precedência em atos, solenidades e cerimônias oficiais, estaduais e municipais; a padronização no emprego de fórmulas protocolares de expressão e redação na correspondência oficial; e o cerimonial de audiências e visitas de autoridades a personalidades de Estado. Cerimonial Diplomático É um código vigente entre as elites de todos os países. Tem valor internacional, constituindo a síntese dos usos e costumes, das tradições, das leis e das normas internacionais. O Cerimonial Diplomático vem sofrendo simplificações ditadas por necessida- de de adaptá-las aos usos de novos países integrados na sociedade internacional, pelas transformações de comportamento em todos os países, ou mesmo influencia- das pelo processo de comunicação. O Cerimonial Diplomático regula a formalidade a ser observada nas peças diplo- máticas: indica os títulos a serem dados aos Estados, a seus chefes e a seus ministros, a medida das honras; o nível hierárquico ou categoria às quais têm direito; e as fór- mulas de cortesia usadas na redação dos atos diplomáticos de qualquer natureza (FREITAS, 2001). Cerimonial Religioso Condução dos rituais dentro de uma cerimônia, independente da religião. Cerimonial Real A Sua Alteza Real só é conduzida ao trono de Rei após uma cerimônia, na qual são seguidos todos os protocolos para esse fim. Pós-Universo 10 Cerimonial Social O Cerimonial social se divide em particular ou formal solene, sendo que os solenes se referem aos seguintes eventos: posses, inaugurações, formaturas, aberturas e en- cerramentos de congressos e as solenidades sociais como cocktails e jantares oficiais. E o cerimonial de eventos particulares envolvem os seguintes tipos: Casamentos, Bodas, 15 anos, Aniversários, Bar Mitzvah e Batizados. Mestre de Cerimônias Agora vamos identificar um dos profissionais indispensável na realização de um ce- rimonial: o mestre de cerimônias. Aquele que fará a leitura do script enviado pela comissão organizadora do evento. Muitas vezes, ele ajuda na construção e elabora- ção do script; outras vezes, ele apenas fará a leitura sem ter tido envolvimento com a criação do texto. Vamos destacar algumas principais qualidades desse profissional que o ajuda- rão a contratá-lo: • Discrição; • Jogo de cintura; • Boa dicção; • Boa entonação da voz; • Capacidade de improviso; • Sobriedade; • Boa memória • Possível domínio de outro idioma; • Cordialidade; • Pontualidade; • Habilidade para trabalhar com imprevistos; • Trabalho em equipe. Pós-Universo 11 A ele cabem as seguintes atribuições: ordenar e orientar a cerimônia, convidar as autoridades a comporem a mesa diretora, checar os itens do roteiro junto às recep- cionistas e comissão organizadora, verificar a pronúncia dos nomes difíceis e não sair do texto, apenas quando necessário o improviso. Outro destaque importante é para a sua apresentação pessoal, onde ele deve ser discreto, usar um traje formal, ter o cabelo, a barba, as mãos e a maquiagem em perfeita apresentação. Recursos do Mestre de Cerimônias Para que o mestre de cerimônias apresente de forma correta o seu script, ele precisa de apoio de uma tribuna – móvel que pode ser de madeira, de acrílico ou outro ma- terial, pode conter o logotipo do evento, da empresa promotora, ou até do local do evento. O importante é que esteja em condições de uso e nela o mestre de cerimô- nias possa apoiar seus papéis, o pedestal do microfone (se for de mesa), um ponto de luz se necessário e um copo de água. Precedência Precedência significa antecedência em uma ordem determinada e relaciona-se com o conceito de ocupar o primeiro posto em um grupo de pessoas. A ordem de pre- cedência é uma das Leis mais importantes na realização de uma cerimônia. A tribuna também é o local em que os palestrantes fazem o seu pronun- ciamento e deve estar, de preferência, no alto (tablado, palco) e no canto esquerdo, dando-se as costas para o palco e a frente para o plenário. Algumas pessoas também chamam a tribuna de púlpito, mas o púlpito é destinado para a pregação do padre ou pastor. Quando localizada em clubes, casa de festas, salões, hotéis, universidades e empresas, chama-se tribuna. Fonte: a autora. saiba mais Fonte: Shutterstock – ID da Imagem 538890253 Pós-Universo 12 Critérios de Precedência Vamos enumerar alguns critérios de precedência: • Costuma-se ceder, por cortesia, gentileza e precedência aos representan- tes estrangeiros e autoridades visitantes; • O anfitrião é o ponto de partida para organizar a precedência; • O mais velho tem precedência sobre o mais novo; • A mulher tem precedência sobre o homem; • O governador preside toda a cerimônia no seu Estado; • O prefeito preside toda a cerimônia no seu Município; • Ordem alfabética; • Interesse econômico, cultural ou político; • Chefe de estado (Rei ou Presidente) precede Chefe de governo. • Titulação, com base nos títulos acadêmicos (Bacharel, Especialista, Mestre, Doutor); • Bom senso (principalmente na precedência social). Pós-Universo 13 Precedência dos Ministérios O 1º ministro na hierarquia é o da Justiça, é ele quem dá a posse aos demais minis- tros (Lei 8490/92). Hoje o primeiro-ministro é Chefe da Casa Civil da Presidência. • Justiça. • Marinha. • Exército. • Relações exteriores. • Fazenda. • Transporte. O presidente da República é o dono de casa em seu país, em suas embai- xadas, aviões e barcos (LUZ, 2000). O presidente da República preside as cerimônias que comparecer dentro do território nacional. Se o presidente da República estiver ausente, a cerimônia é presidida pelo vice-presidente da República. Por analogia, sempre que o governador estiver ausente, a cerimônia é presidida pelo vice-governador. Os ministros de Estado presidem solenidades promovidas pelos seus ministérios. Quando estão presentes personalidades estrangeiras, o ministro de estado das Relações Exteriores terá precedência sobre colegas (menos sobre o mi- nistro anfitrião). Os governadores dos estados e do Distrito Federal têm sua precedência nor- matizada pela ordem de constituição histórica dessas entidades. Nenhum convidado pode fazer-se representar nas cerimônias em que com- parecer o presidente da República (SPEERS, 1991). Fonte: adaptado pela autora. atenção Pós-Universo 14 • Agricultura. • Educação e Cultura. • Trabalho e Previdência social • Aeronáutica. • Saúde. • Indústria, comércio e turismo. Precedência Nas Universidades • Reitor • Vice-reitor • Pró-reitor • Diretores • Chefe de departamento Precedência nas Empresas • Organograma • Entre empresas • Anfitrião • Convidado especial • Pessoa que ocupa cargo especial • Presidente da instituição mais antiga Pós-Universo 15 Ordem de Precedência dos Estados 1. Bahia 15.Rio Grande do Norte 2. Rio de Janeiro 16. Santa Catarina 3. Maranhão 17. Alagoas 4. Pará 18. Sergipe 5. Pernambucano 19. Amazonas 6. São Paulo 20. Paraná 7. Minas Gerais 21. Acre 8. Goiás 22. Mato Grosso do Sul 9. Mato Grosso 23. Rondônia 10. Rio Grande do Sul 24. Tocantins 11. Ceará 25. Amapá 12. Paraíba 26. Roraima 13. Espírito Santo 27. Distrito Federal 14. Piauí Pós-Universo 16 símbolos nacionais e mesa de honra Pós-Universo 17 Bandeiras Logo após a Independência do Brasil, D. Pedro I incumbiu Jean Baptiste Debret de desenhar a nossa primeira bandeira – a bandeira do Império (1822), que é rica de sig- nificados. D. Pedro I escolheu para a bandeira as cores verde e amarela. Verde era a cor da Casa de Bragança e o amarelo a cor da Casa de Habsburgo-Lorena,na Áustria, pátria de sua esposa, a Princesa Leopoldina. Escritores e poetas veem nas cores verde e amarelo a nossa eterna primavera, a cor do ouro, o verde das florestas, etc. O azul e o branco completam as cores da bandeira. Pelo decreto n° 4, de 19 de novembro de 1889, depois da Proclamação da República, foi substituída pela atual. O Cruzeiro do Sul mostra que o Brasil se localiza no hemisfério sul, de onde a constelação pode ser vista. É a única bandeira do Ocidente que traz uma mensa- gem escrita. As 27 estrelas representam os 26 Estados Brasileiros e o Distrito Federal. A Bandeira brasileira não tem avesso e suas 2 faces são exatamente iguais. É permitida sua reprodução sobre paredes, tetos, vidraças, veículos e aeronaves. Pode ser utilizada em todas as manifestações do sentimento patriótico dos brasilei- ros, de caráter oficial ou particular; apresentada hasteada em mastros ou adriças, nos edifícios públicos e particulares, templos, campos de esporte, escritórios, salas de aula, auditórios, embarcações, ruas e praças e em qualquer lugar no qual lhe seja assegu- rado o devido respeito. Também pode ser distendida sobre ataúdes, até a ocasião do sepultamento, quando será devida e respeitosamente dobrada e entregue a família. Pode ser utilizada em todas as manifestações de patriotismo, tanto em caráter oficial como particular. Poderá ser apresentada em mastro ou nos prédios públicos ou privados, igrejas, ginásios de esporte, colégios, auditórios, embarcações, praças ou em outros lugares de respeito. Pode ser conduzida por aeronaves, balões ou apli- cada sobre paredes. Pode, ainda, ser conduzida em formaturas ou em desfiles cívicos, ou sobre o caixão, até o momento do sepultamento. Em ocasiões de luto oficial, a Bandeira Nacional será hasteada até o topo e, em seguida, arriada a meio-mastro, permanecendo assim enquanto durar o luto. Nas cerimônias fúnebres, a bandeira pode ser estendida sobre o ataúde até a ocasião do sepultamento. Fonte: Speers (1991). saiba mais Pós-Universo 18 A Bandeira deve estar impecável, bem passada e conservada. Caso seu estado seja ruim, deverá ser entregue em qualquer unidade das Forças Armadas ou PM do Estado ou Município, para que seja incinerada no Dia da Bandeira. A Bandeira Nacional poderá permanecer hasteada durante todo o dia, mas à noite o local deverá estar muito bem iluminado. Caso o local não possua iluminação ade- quada, a Bandeira Nacional deverá ser arriada ao anoitecer (18 horas) e hasteada no dia seguinte (8 horas). Precedência entre Bandeiras A precedência entre bandeiras segue os mesmos critérios utilizados com relação às pessoas. Ao compor com outras bandeiras, pavilhões ou estandartes, em linhas de mastros ou escudos, devem ocupar a posição central, ou mais próxima do centro, e a sua direita. Num dispositivo de bandeiras, as estrangeiras deverão ficar distribuídas à direita e à esquerda da Nacional, por ordem alfabética dos países, de acordo com a língua do Estado onde estão hasteadas as bandeiras. A bandeira do estado deve estar sempre acompanhada da Bandeira Nacional. Em salões deve estar à direita da mesa de autoridades ou atrás, acima das cabeças. Quando colocada em ambiente fechado, ela deve ficar à direita da mesa princi- pal ou no centro, atrás da mesa principal. Pós-Universo 19 Quando as bandeiras são colocadas em número par, nenhuma fica no centro. A primeira é colocada à direita do centro, a segunda à esquerda, a terceira à direita, a quarta à esquerda da segunda e assim sucessivamente. As bandeiras estaduais são arrumadas pela constituição histórica da federação. Quando houver bandeiras estrangeiras e do estado, a do estado passa logo após a estrangeira, considerada a primeira (ordem alfabética), precedendo as demais es- trangeiras. Se participar, a municipal ficará em última prioridade. Se houver a de uma entidade ou empresa, essa passará a ser a última, e a municipal, a penúltima. A bandeira do Brasil fica no centro, que é o lugar mais importante. O segundo lugar mais importante é à direita da primeira bandeira. O terceiro lugar é à esquerda da primeira bandeira, e assim alternadamente. As posições devem ser levadas em consideração, colocando-se no lugar da bandeira e de frente para o público. Hino Nacional A execução do Hino Nacional é realizada depois que os componentes da mesa de honra tiverem ocupado os seus respectivos lugares. A execução poderá ser instru- mental ou vocal, de acordo com o cerimonial previsto em cada caso, obedecidas às prescrições da Lei 5.700, que dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, sendo proibido qualquer outro tipo de arranjo. Nas cerimônias em que se tenha de executar um hino de outra nação, este deve, por cortesia, anteceder o Hino Nacional Brasileiro. É proibido o uso da Bandeira Nacional nos casos em que possa provocar impressão desfavorável ou desapreço: - Apresentá-la em mau estado de conservação; - Mudar a sua forma, cores, proporções e dístico, ou acrescentar outras inscrições; - Usá-la como roupagem ou como cobertura de placa, retrato, painel ou monumento a ser inaugurado; - Reproduzi-la em rótulo ou invólucro de produto exposto à venda. reflita Pós-Universo 20 Não é correto aplaudir o Hino Nacional, com exceção de quando for tocado por uma orquestra sinfônica, em concerto. Em solenidades de extrema demonstração de amor à pátria – como em competições esportivas – também costuma-se aplau- dir o Hino Nacional É o símbolo que representa a nação. A música tem o poder de alterar o estado de espírito, provocando vários tipos de sentimentos: patriotismo, luta, saudade, ternura, etc. A Mesa de Honra Chama-se mesa de honra a mesa de autoridades formada em cerimônias. Essa mesa deverá ter, sempre que possível, um número ímpar de lugares, de forma que a au- toridade que presidir a cerimônia, ocupe o centro. À sua esquerda estará sempre o anfitrião e à sua direita a segunda maior autoridade presente. Quando o próprio anfitrião presidir a mesa, ele ocupará o lugar central e o ho- menageado ficará à sua direita. As pessoas são sempre colocadas à direita e à esquerda do centro da mesa (con- siderando-se o ponto de vista de quem está na mesa, de frente para o público). Quando for absolutamente necessário, é possível que a mesa tenha duas filas de cadeiras, mas deve-se evitar mesas muito grandes. Nesse caso a precedência é estruturada organizando a primeira fila do centro para os lados e, quando esta está completa, a segunda fila também do centro para os lados. Durante um mesmo evento a mesa pode ser composta mais de uma vez: mesa de abertura, mesa de trabalho, mesa de encerramento. A melodia do Hino Nacional Brasileiro é uma composição de Francisco Manuel da Silva e a letra foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada. Pode ser apresentado ao início de qualquer cerimônia oficial, ficando o público de pé e em silêncio, em sinal de respeito. Fonte: a autora. saiba mais Pós-Universo 21 Evento com Mesa Composta com Número Ímpar de Pessoas 1- Maior Autoridade que presidirá o evento 2- 2a Pessoa Mais Importante 3- Anfitrião 4- 3a Pessoa Mais Importante 5- 4a Pessoa Mais Importante 4 2 1 3 5 Evento com Mesa Composta com Número Par 1- Maior Autoridade que presidirá o evento 2- Anfitrião 3- 2a Pessoa Mais Importante 4- 3a Pessoa Mais Importante 5- 4a Pessoa Mais Importante 6- 5a Pessoa Mais Importante 5 3 1 2 4 6 etiqueta social Pós-Universo 23 Vamos começar essa aula falando sobre a etiqueta social, que está presente ao nosso lado, durante o convívio com os mais variados tipos de público, cada um com suas ideias, crenças e valores. O mais importante é entender que a etiqueta é um elemento de formação indi- vidual; ela é a base, tem ligação com a educação, hábitos e costumes diários, desde um simples ato deabrir a porta de um elevador, atender a uma chamada telefônica ou identificar e utilizar uma louça corretamente à mesa. O homem sempre precisou de rituais para viver, e esse conjunto de formalida- des nos dá referência e segurança. A etiqueta diz que você não tem razões para ficar desconfortável, pelo contrário, ela deixa você à vontade em qualquer tipo de evento se você é conhecedor das regras, e em qualquer tipo de convivência. Use sua habilidade para compreender as pessoas e reconhecer as limitações de cada uma. Já ouviu falar na palavra empatia? Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Portanto, respeite o outro para que a comunicação seja plena. Ter empatia é ter etiqueta. Sabemos que podemos nos comunicar não só pelas palavras, mas principalmente com a nossa linguagem não verbal: a postura, o olhar e os gestos; afinal, eles às vezes falam mais do que mil palavras. “A Etiqueta consiste na maneira de observar certos usos e costumes que integram o Cerimonial.” (MELLO, 1962). As boas maneiras na composição dos ambientes sociais através dos tempos sempre foram formas de implantar imagens. Isso demonstra que em todas as épocas, em todas as sociedades e culturas, sempre houve regras, rituais e códigos que tornaram os cenários mais bonitos, elegantes e repletos de emoções. Vale, portanto, salientar que nos dias atuais essas exigências não mudaram, elas têm que existir, até mesmo para serem contestadas, pois isso hoje é permitido, desde que seja feito de forma sutil, e ainda reflete certo charme. Fonte: Nakane (2016). saiba mais Pós-Universo 24 Algumas palavras resumem a etiqueta social: bom dia, boa tarde, boa noite, com licença, obrigado(a), desculpe-me e por favor ou por gentileza. E você, faz uso dessas palavras diariamente? Expressão verbal Agora vamos selecionar as principais posturas corretas, quando falamos em expres- são verbal: • Não interrompa uma conversa e não dê opiniões que não foram solicitadas; • Saiba ouvir e mantenha o diálogo; • Usar o tom de voz alto pode transparecer falta de paciência ou nervosismo; • Não gesticule muito, nem converse tocando ou segurando as pessoas; • Evite as gírias e nunca fale palavrão; • Não seja indiscreto, nem curioso demais, e tenha cuidado ao emitir suas opiniões. O hábito influencia a conversação mais do que podemos perceber. Temos expressões habituais para atender ao telefone, reagir a problemas, expres- sar emoções, etc. O aprendizado e a comunicação nos ajudam a adquirir novos hábitos, em substituição àqueles desagradáveis. É conveniente refle- tir sobre as áreas que necessitam reformulação. Questione-se: Falo muito alto? Critico as pessoas? O tom da minha voz é negativo? Tenho sempre o mesmo assunto? Não se pode deixar de considerar a linguagem do corpo como parte da conversação, pois reflete a personalidade, a cultura e a inteligência emocional de uma pessoa. Há certos aspectos da comuni- cação não verbal que fazem parte de nossa rotina e para os quais devemos estar atentos: - Você deve manter as suas mãos quietas e não mexer em anéis. - Quando apertar as mãos, tenha um toque firme. - Sente-se corretamente. - Prestar sempre atenção audiovisual à pessoa com quem se está falando. Fonte: Freitas (2001). atenção Pós-Universo 25 Condutas Agora abordaremos algumas principais condutas na etiqueta social que farão a di- ferença nos eventos que você participar ou organizar. Apresentações • Se alguém solicitar para comparecer a algum lugar acompanhado, deverá procurar imediatamente o anfitrião para apresentar o seu acompanhante. • Em um grande evento, não há necessidade de que todos sejam apresen- tados a todos. O anfitrião cuidará, no entanto, de que pelo menos aqueles que se sentarem lado a lado se conheçam, principalmente apresentando os cavalheiros às senhoras. • O inferior é sempre apresentado ao superior. • As despedidas, após uma apresentação, também envolvem a comunica- ção semântica a que nos referimos, quanto ao momento da apresentação. As expressões válidas são: foi um prazer; até breve; obrigado, igualmente; obrigado, assim espero (SPEERS, 1991). Escadas Quando um cavalheiro acompanha uma senhora numa escada, ao subir, ele deve ir à frente e quando descer ele o faz atrás, acompanhando a senhora (SPEERS, 1991). Elevadores • Em prédios comerciais, não é necessário que se permita às senhoras passarem primeiro. Sai ou entra quem estiver mais próximo à porta. O procedimen- to em outros elevadores deve ser sempre entrando primeiro a pessoa de mais alto nível, seguindo-se as demais, por ordem decrescente de prece- dência. Para a saída será o inverso. A pessoa de menor status segurará a porta para as demais. Pós-Universo 26 • Uma norma que está sendo esquecida: a saída dos passageiros de um ele- vador deve sempre preceder a entrada de outros. • Se no elevador houver ascensorista, solicitamos o andar que desejarmos, antecedendo um “por favor”. Ao chegarmos em nosso destino, não fará mal algum dirigir ao ascensorista um “muito obrigado”. • Em elevadores deve-se falar o absolutamente necessário. Não devemos expor nossa vida, nossos problemas e mesmo nossas vantagens a estranhos. • (SPEERS, 1991). Flores • Os arranjos de flores denotam cortesia e homenagem para aqueles que os recebe. • É recomendável o envio de flores sempre em número ímpar. Entendemos que, como a homenagem é a oferta de um ramo, não fica bem o fazer- mos às dúzias. O florista deve fazer o ramo com 11, 13, 23, 25 exemplares, e assim por diante. • Há culturas que consideram que não se manda, a uma moça solteira, rosas vermelhas. • (SPEERS, 1991). Fumo Eis algo que nas últimas décadas mudou muito, e continua a mudar. • Não se fumava à frente de uma senhora sem pedir à mesma permissão para tal. • O acender um cigarro, sem que saibamos onde vamos depositar as cinzas, mostra de nossa parte uma displicência pouco recomendável. Nesses casos, convém que perguntemos se incomoda ao fumarmos. Pós-Universo 27 • Em uma mesa de refeição em que haja cinzeiros, é possível fumar, mas fazê-lo antes de terminar seria de mau tom (SPEERS, 1991). Diversidade Cultural Em um mundo global, onde as barreiras geográficas em primeiro momento foram excluídas, a etiqueta poderia vincular-se a um comportamento universal, porém, nesse ramo, o uso da globalização, que significa pensar globalmente, mas agir local- mente, valoriza as diferenças culturais e por isso todo cuidado será pouco para não ofender ou magoar os cidadãos dessas regiões. Além dos hábitos, é bom também ter algum conhecimento do idioma local para evitar interpretações na base do pen- samento do achismo ou da proximidade de sonoridade (NAKANE, 2016). Trajes “Bom gosto no vestir é uma questão puramente individual, mas tem suas exigên- cias.” (WILSON, 1945). Vestir-se bem não envolve ser um grande conhecedor da moda ou ter muito di- nheiro. Hoje em dia, temos uma bibliografia vasta, além dos recursos da internet que nos ajudam, não é mesmo? Você já teve alguma dificuldade em identificar o tipo de traje que veio no convite? Já ficou na dúvida no momento de colocar o traje no Na Argentina, os homens se cumprimentam com um beijo no rosto, e na Itália é comum homens andarem abraçados como gesto de amizade. Na Índia, é preciso entrar descalço nos templos e locais sagrados, e não é de bom tom cumprimentar pessoas ou comer com a mão esquerda. Para chamar um garçom, na França, jamais deverá se erguer a mão, o correto é aguardar o contato visual para sinalizar que há interesse em fazer o pedido ou acres- centar algo a mais a ele. A questão de gorjetas tem uma grande variação de país para país, como exemplo pode-se citar a China, que não tem como costume dar gorjeta em restaurantes. No Japão, a reverência com a cabeça levemente abaixada é um dos mais nobres e educados gestos e deve ser retribuído, já que evidencia respeito mútuo. Fonte: Nakane (2016). saiba maisPós-Universo 28 convite para um evento que você estava organizando? Normal, mas é preciso estudar, pesquisar e se atualizar para não errar. Atualmente podemos classificar os tipos de trajes em: esporte, passeio, social e gala. • Traje Esporte Este traje pode ser utilizado em batizados, festas infantis, churrascos, almoço ou jantar informal. É considerado o mais simples. Vestidos leves, calça e camiseta, e sandálias baixas para as mulheres. Para os homens, calças de jeans ou brim, camisas polo ou xadrez. Dispensa paletós e gravatas. Blazer só se estiver frio. • Traje Passeio Pode ser utilizado em eventos com um pouco de formalidade, como congressos, pa- lestras, seminários, solenidades de premiação, shows, homenagens. Significa estar mais bem vestido. Para as mulheres, tailleurs, terninhos, calça ou saia social com blusa social, salto alto e bolsa menor. Para homens, a camisa sem gravata, calça e blazer em cores diferentes. • Traje Social Serve para uma situação mais formal. É a roupa para coquetéis, inaugurações, jan- tares formais, realizados quase sempre à noite. A roupa seria, para as mulheres, com tecidos que podem ter um brilho mais precioso; o uso de longuetes, por exemplo, seria ideal. Para homens, significa que eles têm de usar terno e gravata, com sapato social. • Traje Black-Tie É o traje de gala, com bastante requinte. Para as mulheres é a hora dos longos, dos de- cotados, tecidos brilhantes e bordados. Para homens, smoking, meio-fraque, fraque, summer jacket, dinner jacket, casaca. Pós-Universo 29 Etiqueta à Mesa Diversas vezes ouvimos as pessoas comentarem que têm dificuldades ao se depa- rarem com uma variedade de talheres e taças em uma refeição. Você já passou por isso ou teve suas próprias dificuldades? Aqui vai a dica: utilize-os de fora para dentro da mesa. Para cada tipo de comida, um talher e uma taça para acompanharem. A essa correta arrumação da louça, damos o nome de mise en place. Vamos detalhar as principais dicas da etiqueta à mesa: • O guardanapo deve ficar no colo durante a refeição e dobrado ao meio com as bordas voltadas para dentro. • Se precisar levantar após a refeição, coloque o guardanapo do lado esquerdo. • Não é necessário dobrar o guardanapo novamente após a refeição. • Cuidado com as manchas de batom no guardanapo. Utilize-o sempre quando necessário para limpar a boca e antes de beber. • A refeição deve ter um ritmo que permita a todos terminarem juntos a se- quência dos pratos. Recomenda-se que a anfitriã seja a última a terminar. • Mastigue devagar, não fale com a boca cheia e não corte os alimentos todos de uma só vez. • Segure os talheres firmemente para não caírem, porém cuidado para não conversar gesticulando com eles nas mãos. O tipo de convite pode variar de acordo com a modalidade, hora, tipo, obje- tivo e importância do evento, e deve informar ao convidado a sua conduta. O tipo do convite indica se o evento será formal ou informal. Quer seja formal ou informal, ele contém os mesmos elementos básicos e o traje deve ser especificado. Fonte: Iris (2001). atenção Pós-Universo 30 • Faça sempre uma pausa na refeição para beber e conversar. Nessa pausa, os talheres ficam dentro do prato, abertos. Ao terminar a refeição, junte-os no meio do prato, com os cabos voltados para você, sendo sempre o garfo do lado esquerdo e a faca do lado direito com a lâmina para a esquerda. • Caso algum talher ou guardanapo caia no chão, solicite o garçom que o pegue. • Não faça ruídos ao comer e leve à boca pequenas porções de alimentos. • Lembre-se sempre de colocar os cotovelos fora da mesa. • Corte o pão do couvert ou da sopa com as mãos, em pequenos pedaços e a medida que for comer. • Não palite os dentes à mesa e nem retoque a maquiagem. Vá ao banheiro para essas funções após a refeição. • Sobre a mesa, apenas a louça. Evite colocar celulares, bolsas, cigarros, óculos. • Nunca fume durante uma refeição. • Não assopre a sopa e leve a colher à boca, sempre pelos lados. • Para cortar os alimentos, coloque a faca na mão direita e o garfo na mão esquerda, a lâmina e os dentes voltados para baixo e maneje-os com o polegar, o indicador e o dedo médio, dirigindo-os mais para baixo. • Para comer peixe, segure o garfo e a faca como um lápis e desfie o peixe. Coloque a faca na mão direita e o garfo na esquerda com os dentes volta- dos para cima e maneje-o com elegância, desfiando o peixe e colocando-o sobre o garfo. • Não enrole o macarrão com a colher nem o corte com a faca. • Come-se com o garfo na mão esquerda ou direita, porém, quando for cortar ou desfiar um alimento, o garfo fica na mão esquerda e a faca na direita. • Ao terminar uma refeição, não afaste o prato. Pós-Universo 31 etiqueta profissional Pós-Universo 32 No mundo empresarial, não podemos esquecer que a etiqueta será sempre um di- ferencial nos ambientes coletivos, nas reuniões, nos negócios à mesa, nas viagens empresariais e na comunicação, favorecendo a imagem do colaborador. Conhecer as condutas esperadas e adequadas fará sem dúvida alguma que o profissional acres- cente ainda mais admiração, possibilitando ascensão. Outro fator importante é saber que independente da posição que se ocupe, deve-se saudar e respeitar a todos, transformando assim o clima organizacional pro- pício ao sucesso da equipe. Ser bem articulado, ter bom humor, não criar apelidos, cumprir horários, não usar trajes inadequados, com decotes e transparências, amassados, sujos ou esportivos demais, fará com que o ambiente de trabalho seja a extensão da sua casa. Saiba também elogiar um colega ou compartilhar o sucesso dele. O seu isola- mento pode demonstrar que você não ficou satisfeito e colocá-lo em isolamento, ao invés de fazer parte de uma equipe. A etiqueta corporativa está desde a hora em que você sai de casa, com a apre- sentação pessoal impecável (cabelo, maquiagem, unhas, barbas, acessórios, sapatos e bolsas) até o momento em que você se apresenta no trabalho, entra no elevador e cumprimenta as pessoas. Ambientes Coletivos Nos ambientes coletivos, como sala de reuniões, copa e toaletes, mantenha a limpeza, para que todos se sintam bem, afinal, é um espaço otimizado. Na sua célula de traba- lho não coloque muitos adornos, pois essa não é a sua mesa de casa; não coma no escritório, pois insetos e roedores podem aparecer, além do cheiro da comida que poderá ficar no ambiente; não deixe papéis e outros pertences espalhados, pois você está em um ambiente coletivo e pessoas de outros setores ou até mesmo seus su- periores podem fazer uma supervisão a qualquer momento. Se você trabalha em uma empresa prestadora de serviços, lembre-se que qual- quer pessoa pode ser seu futuro cliente, por isso dê as informações necessárias, pare de fazer o que estiver fazendo e responda com total atenção. Um visitante deve sen- tir-se à vontade e nunca como alguém que veio interromper o seu trabalho (BENNETT, 2012). Pós-Universo 33 Ao apresentar pessoas, diga o nome, sobrenome e o cargo que elas ocupam. Todos merecem ser tratados com respeito, e essa atitude significa cuidar bem das relações de trabalho. Negócios à Mesa E negócios à mesa? Você já participou de algum? Mais uma vez o cumprimento do horário, além da utilização correta da louça, a elegância na utilização dos talheres e a sua postura farão de você um excelente colaborador. Coloque no prato apenas o que vai comer e lembre-se, não escolha alimentos que nunca tenha provado, nem alimentos que precisem ser ingeridos com as mãos. Esse não é o momento para ino- vações! Ah! Outra coisa: quem convida arca com as despesas das refeições. A escolha do restaurante para essa reunião deve levar em consideração a proxi- midade ao local de trabalho, onde os ambientes sejam propícios à conversação e a variedade no cardápio, caso alguém tenha alguma restrição alimentar. Reuniões Se você é um colaborador que participade reuniões, saiba que a pontualidade é um dos requisitos básicos. Prepare-se antes, leve o material necessário, conheça os demais convidados e apresente-se caso esteja presente alguém novo. Dê sua opinião no momento certo e expresse com firmeza e conhecimento os fatos. Se você tem reclamações a fazer, seja objetivo e apresente soluções pelas quais você mesmo possa colaborar. Caso contrário, você poderá ser visto como um pro- blema e não alguém que quer “somar” com a empresa. Telefone O que precisamos saber é que você deve fazer a identificação de forma clara, com tom de voz adequado. O tom da sua voz já diz muita coisa para quem está do outro lado da linha, sabia? Se você estava ocupado, se você está nervoso ou até mesmo se não gostou de estar ao telefone. Ao atender, diga sempre o nome da empresa ou Pós-Universo 34 setor, o seu nome e sobrenome e, logo em seguida, faça uma saudação de bom dia ou boa tarde. Se não souber dar a informação, sinalize que outro setor se encarrega- rá disso. Se a ligação não for para você, transfira. Se tiver que anotar um recado, não se esqueça de transmiti-lo posteriormente. Viagens Empresariais Lembre-se sempre que as viagens empresariais devem ser encaradas com muita res- ponsabilidade, principalmente com relação a gastos. Estes devem estar previamente aprovados pela organização que custeará as despesas. Ao retornar da viagem, é im- portante a prestação de contas junto ao setor responsável. Leve roupas adequadas ao clima e ao tipo de reunião ou evento que partici- pará; cumpra com os horários e não leve uma mala muito grande, afinal, você não voltará com brindes para toda família, não é mesmo? Você ainda terá permissão para a bagagem de mão. Faça seu check-in antecipadamente, quando permitido, e não se esqueça de levar nenhuma documentação. Se for trabalhar com eletrônicos, leve os carregadores e certifique-se da volta- gem e normas elétricas. Você já ouviu falar em networking? Essa é uma das mais importantes estra- tégias de relacionamento do mundo dos negócios do século XIX, traduzida do inglês como conceito que representa uma rede de contatos. É a união dos termos em inglês net, que significa “rede”, e working, que sig- nifica “trabalhando”. A quantidade de contatos que sua rede tem sem dúvida alguma favorece relacionamentos que poderão colaborar com sua perfor- mance profissional. Contudo, o mais importante é a manutenção correta e efetiva desses contatos. Fonte: adaptado de Nakane (2016). saiba mais Pós-Universo 35 Netiqueta Vivemos na era do grande avanço tecnológico, você não acha? O desafio é constante, principalmente nos negócios, mas a tecnologia nos permitiu agilizar esse proces- so de comunicação. De todas as inovações, com certeza a linguagem é a que mais merece a nossa atenção. Passamos a utilizar uma linguagem cada vez menos formal, com gírias, abreviações e vários termos técnicos. Será que não estamos esquecen- do a importância da comunicação de forma correta? Foi pensando nisso que vários autores estão falando sobre a NETIQUETA. Você sabe o que significa? Netiqueta é um desses novos termos. Net-etiqueta, um código de comportamen- to para relacionamento na rede. A palavra surge para realçar uma realidade óbvia: a de que duas ou mais pessoas, mesmo em um ambiente virtual, precisam ter alguns parâmetros de comportamento comuns para que a comunicação possa ser mais efi- ciente e agradável (MATARAZZO, 1999). Sabemos que a internet nos favorece na vida profissional, mas como será que estamos fazendo uso dessa rede? A postura e a hierarquia devem ser respeitadas no ambiente de trabalho, por isso, atente para a troca de e-mails. Eles devem ser sempre formais, direcionados apenas a quem é de interesse, sendo o de hierarquia superior o endereçado e os demais em cópia. Os e-mails são práticos, mas lembre-se que determinados assuntos precisam ser discutidos em reunião, pessoalmente. E você, assina seus e-mails? Revisa suas mensagens antes de enviá-las? Anexa material ao invés de colocar muito texto no corpo do e-mail? Sempre se lembra de preencher o assunto do e-mail? Não utiliza caixa alta, para não parecer que está gritando? Responde seus e-mails com no máximo 24 horas depois de recebidos? Não utiliza o e-mail da empresa para assuntos par- ticulares? Tem o costume de enviar e-mails com cópia oculta? Lembre-se de começar com uma saudação inicial e terminar com um agradecimento. Fonte: a autora. reflita Pós-Universo 36 Etiqueta Ambiental Você já ouviu falar em etiqueta ambiental? Cada um tem uma parcela em construir um mundo melhor dentro do ambiente em que vive. Para tanto, estabeleça princí- pios ambientalistas, evitando desperdícios de materiais e de recursos humanos. No seu trabalho você também é peça importante para contribuir com o meio ambiente. Já pensou em divulgar essas dicas? Faça a sua parte! Agora que já aprendemos bastante sobre etiqueta, cerimonial e protocolo, vamos en- tender o passo a passo para se organizar eventos e descobrir mais sobre a tipologia. Como contribuir com a etiqueta ambiental: - Coleta seletiva de lixo - Evitar desperdício de energia e água - Utilizar o mínimo de papel possível - Uso de transporte alternativo ou solidário - Planejar o descarte de material poluente - Arrumar tempo para trabalho voluntário - Participar de ações comunitárias Fonte: Nakane (2016). saiba mais atividades de estudo 1. Ao recebermos autoridades em um evento, devemos cumprir o cerimonial de diver- sas formas e uma delas é a através da ordem de precedência para arrumá-las em uma mesa diretora. Sobre essa precedência de mesa, devemos identificar algumas ne- cessidades, exceto: a) Os prismas devem estar previamente arrumados na mesa diretora antes do início do evento. b) O nome da autoridade deve constar na frente e no verso do prisma. c) Um recepcionista poderá ajudar a autoridade a localizar o seu assento. d) Basta colocar o nome da autoridade, não é necessário colocar o cargo da mesma. e) Além do nome, devem constar o cargo e a empresa da autoridade. 2. Várias abordagens envolvem o cerimonial, desde a ligação dele com o protocolo, os símbolos nacionais e a mesa diretora. Sobre esse assunto, marque V ou F, identifican- do as questões de cerimonial: protocolo é o registro prévio das normas a serem seguidas pelo cerimonial. ( ) O local onde colocamos o mastro das bandeiras é panóplia. ( ) Em uma mesa diretora a maior autoridade é a primeira a fazer o seu discurso. ( ) Quando o hino for tocado por um CD, podemos aplaudi-lo, no final. ( ) Quando estamos de luto, no hasteamento da bandeira ele vai até o topo, para depois ficar a meio mastro. Baseado nas respostas anteriores, qual a opção correta? a) V, F, V, V, F. b) F, F, F, V, F. c) V, V, F, V, F. d) V, V, F, V, V. e) nenhuma das alternativas está correta. atividades de estudo 3. Sempre que formos encarregados de arrumar as bandeiras para um evento, sabemos que, através do decreto 70274, temos algumas exigências a serem cumpridas de acordo com a precedência. Baseado nesta precedência, a posição correta ao ar- rumarmos as bandeiras abaixo é: a) Brasil, empresa, estado, município. b) Estado, Brasil, município, empresa. c) Município, Brasil, estado, empresa. d) Empresa, estado, município, Brasil. e) Empresa, Brasil, município, estado. 4. Sabemos que a etiqueta será sempre um diferencial nos ambientes coletivos, nas reuniões, nos negócios à mesa, nas viagens empresariais, na comunicação e na vida social, favorecendo o bom convívio e a ascensão profissional. Sobre etiqueta social e profissional, marque a opção correta. a) O uso de caixa-alta durante a escrita em um e-mail é considerado como falta de elegância na netiqueta. b) Conhecer as regras de etiqueta melhora a competitividade no mercado de trabalho. c) O traje adequado é aquele que estiver de acordo com o ambiente profissional em que você está inserido. d) O Casual Day é permitidoem algumas empresas e você pode aderi-lo. e) Todas as respostas estão corretas. resumo Abordamos neste encontro alguns aspectos importantes sobre a organização de eventos. Importante lembrarmos que um evento começa com a sua fase de planejamento, passa para as fases de organização, evento e pós-evento. Em cada fase temos atribuições impor- tantes a serem cumpridas. Ao pensarmos em organizar eventos, temos que ter em mente o sentimento de equipe, de planejamento e inovação, pois sem eles não teremos a capa- cidade de fazer cumprir a fase de organização de um evento. Aliados ao sucesso de um evento, precisamos colocar em prática as regras de etiqueta, de cerimonial e de protocolo que aprendemos neste estudo. Um cerimonial se constrói com o cumprimento do protocolo e com a aplicação das regras de etiqueta. Descobrimos que o cerimonial é definido como o conjunto de formalidades regulamenta- das por lei, tradição, usos e costumes que devem ser observadas em qualquer ato solene ou festa pública. O protocolo é definido como o conjunto de regras referentes ao cerimo- nial, estabelecido por decreto ou por costume. Sobre etiqueta, discutimos ser o conjunto de estilos, usos e costumes que devem ser observados em atos públicos e solenes. Refere- se ao tratamento formal entre as pessoas. Apresentamos os diversos tipos de cerimonial que você pode trabalhar e identificamos as peculiaridades de cada um. Ainda sobre cerimonial, identificamos como arrumar as ban- deiras, como colocar autoridades em uma mesa diretora, de acordo com a precedência, e abordamos algumas regras essenciais sobre a execução do nosso Hino Nacional. Ainda em cerimonial, demos destaque ao profissional que é essencial para o sucesso das cerimônias: o mestre de cerimônias. Vimos as habilidades para ser um e identificamos as qualidades necessárias que esse profissional necessita para desempenhar as suas funções. No encontro sobre etiqueta, aprimoramos nossos conhecimentos com as principais regras sociais e corporativas que nos causarão impacto e diferencial no mercado atual, tão globalizado. material complementar Tudo sobre eventos Autor: Gilda Fleury Meirelles Editora: Sts Sinopse: o que você precisa saber para criar, organizar e gerenciar eventos que promovem sua empresa e seus produtos. Comentário: esse livro é uma obra completa sobre eventos e traz muitos exemplos de bandeiras e composição de mesas, podendo agregar co- nhecimento sobre cerimonial e protocolo. referências BENNETT, Carole. Etiqueta nos negócios. Tradução Thais La Rosa. São Paulo: Cengage Learning; Editora Senac Rio de Janeiro, 2012. (Série profissional). BRITTO, Janaina; FONTES, Nena. Estratégias para eventos: uma ótica do marketing e do turismo. São Paulo: Aleph, 2002. ( Turismo). FREITAS, Maria Íris Teixeira de. Cerimonial e etiqueta: ritual das recepções. Belo Horizonte: UNA Editoria, 2001. LUZ, Olenka Ramalho. Introdução ao cerimonial e protocolo: público, social e empre- sarial. 1. ed. Curitiba: Editora Santa Mônica, 2000. MATARAZZO, CLAUDIA Net.com.classe/Claudia Matarazzo.- São Paulo. Compzanhia Melhoramentos, 1999. MATARAZZO, Claudia. Net.com.classe. São Paulo. Companhia Melhoramentos, 1999. NAKANE, Andréa; VIEIRA, Francisco de Canindé Gentil. Excelência em comportamento profissional, etiqueta contemporânea: civilidade que gera hospitalidade. 1. ed. Santa Cruz do Rio Pardo, SP: Editora Viena, 2016. SPEERS, Nelson. Cerimonial de conduta: a conduta com boas maneiras. São Paulo: Hexágono Cultural, 1991. SPEERS, Nelson. Cerimonial para relações públicas. São Paulo: Hexágono Cultural, 1984. VIANA, Flávio Benedicto. Universidade: protocolo, rito e cerimonial. São Paulo: Lúmen, 1998. resolução de exercícios 1. d) Basta colocar o nome da autoridade, não é necessário colocar o cargo da mesma. 2. d) V, V, F, V, V. 3. c) Município, Brasil, estado, empresa. 4. e ) Todas as respostas estão corretas. h.wxnbvridrvuy h.hyoytsvs9308 h.uht1y52ducb7 h.q36t15wwm8vo h.b23w0qhfvfv0 h.k15jmodqit9q h.hibcydb7f1sb h.q4as9c6s2c03 h.caud221vzngp h.e7u92dgdz7jy h.vg6k1hldufj2 h.ybhr5qrsz233 h.c8kuijfweht h.ne1selnak2yc h.35nkun2 h.mf6oozvvh8b8 h.ukpptibzwhuv h.a7iags6b2wuc h.eb6kpromx0ox etiqueta social
Compartilhar