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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR. ESPÍRITO SANTO FARMÁCIA HOSPITALAR A farmácia hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico- científica e administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares. http://www.farmaciahospitalar.com.br/img/logos/logo-1.png É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre à eficácia da terapêutica, além da redução dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional. Um serviço de farmácia em um hospital é o apoio clínico integrado, funcional e hierarquicamente, em um grupo de serviços que dependem diretamente da Direção Central e estão em constante e estreita relação com sua administração. A principal razão de ser da farmácia é servir ao paciente, objetivando dispensar medicações seguras e oportunas. Sua missão compreende tudo o que se refere ao medicamento, desde sua seleção até sua dispensação, velando a todo o momento por sua adequada utilização no plano assistencial, econômico, investigativo e docente. O farmacêutico tem, portanto, uma importante função clínica, administrativa e de consulta. ADMINISTRAÇÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR A farmácia hospitalar vem passando por mudanças significativas nos últimos tempos. Hoje coexistem várias realidades em nosso país, desde farmácias extremamente modernas prestando toda a gama de serviços e no outro extremo hospitais sem farmacêutico. http://www.upf.br/hospitalveterinario/images/galeria/Farmacia/Farmacia%201.jpg O aumento na informatização das farmácias hospitalares propiciou melhor controle administrativo dos estoques. A introdução de novas legislações aumentou a exigência de cumprimento de boas práticas de dispensação e manipulação farmacêutica. DESAFIOS PARA A FARMÁCIA HOSPITALAR BRASILEIRA Ter farmacêuticos em 100% dos hospitais. Melhorar a gestão administrativa (estocagem, armazenamento, planejamento, compras, etc.). Melhorar a qualidade técnica (dispensação, manipulação, participação em grupos multiprofissionais e ações de farmácia clínica). http://www.farmaciahospitalar.com/wp-content/uploads/2015/03/2014021023094145716.jpg AÇÕES GERENCIAIS PARA FARMÁCIAS HOSPITALARES Princípios: • Farmacêuticos trabalham próximos com outros profissionais de saúde para atender as necessidades dos pacientes. • As várias necessidades dos pacientes requerem que as farmácias hospitalares desempenhem uma série de atividades organizadas. • Como agentes de Atenção Farmacêutica, os farmacêuticos são comprometidos com os resultados de seus serviços e não somente com o fornecimento deles. http://www.escuelafarmaceutica.com/images/cursos/virtuales/farmacia_hospitalaria.jpg Os elementos para o sucesso de uma farmácia hospitalar: I - Liderança e prática de gerenciamento; II - Informação sobre medicamentos e educação; III - Otimização da terapia medicamentosa; IV - Dispensação de medicamentos e controles; V – Estrutura, equipamentos e fontes de informação; e VI – Pesquisa farmacológica clínica. Liderança e prática de gerenciamento: • Uma efetiva liderança aliado a um perfil gerencial são necessários para a prestação de serviços farmacêuticos de maneira consistente com as necessidades do hospital e dos pacientes. • Objetivo: Melhorar continuamente os resultados dos pacientes. • O gerenciamento de uma farmácia hospitalar deve ser focado na responsabilidade do farmacêutico de fornecer Atenção Farmacêutica e desenvolver uma estrutura organizacional que dê suporte a esta missão. http://www.jornaldodiase.com.br/supremo/images/modulos/noticias/g_p18fgm8vqh1i521hjh18nunhp1c65.JPG O diretor de uma farmácia hospitalar deve ser responsável por: 1) Estabelecer as metas de curto e longo prazo da farmácia, baseado nas necessidades do paciente e do hospital; 2) Desenvolver planos e esquemas para atingir estes objetivos; 3) Direcionar as implementação destes planos e as atividades do dia-a- dia associadas a ela; 4) Acompanhar o cumprimento das metas; e 5) Instituir ações corretivas para o cumprimento das metas quando necessário. http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfUZMAB-27.jpg Missão da Farmácia Hospitalar: • A missão deve ser escrita e conhecida de todos os funcionários (refletindo o compromisso com pacientes e responsabilidades operacionais); e deve também ser compatível com a as características e missão do hospital. Recursos Humanos de Apoio: • A farmácia hospitalar deve ter pessoal de suporte (técnicos, escriturários, auxiliares, secretárias, etc.) em quantidade e perfil suficiente para implementação da atenção Farmacêutica. Esquemas de Trabalho: O diretor da farmácia hospitalar deve assegurar que as rotinas e procedimentos sejam seguidos e ajudem a atingir as metas estabelecidas. Educação e Treinamento: a) Todos os funcionários da farmácia hospitalar devem possuir as qualificações necessárias para cumprir suas tarefas; e b) Programas de educação continuada devem ser elaborados para manter e aumentar suas competências. https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT11GttfHTzTCpDuvIniV9- OdkCmuhheXnwSCqawLR8UrS1aNuD RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL Devem ser realizados baseados no desenho do cargo (qualificações e perfil desejado). Integração de Novos Funcionários: Deve-se ter bem estabelecida uma rotina de acolhimento (apresentação das missões, setores da farmácia e do hospital, atividades, cultura do hospital). http://www.santacasadefranca.com.br/assets/uploads/blog/images/images/Farm%C3%A1cia%20(6).JPG Descrição dos Cargos e Funções: As áreas de responsabilidade da farmácia devem ser claramente definidas; a descrição detalhada dos cargos e funções de todas as categorias de funcionários da farmácia deve existir e ser revisadas. Manual Operacional: Deve ser elaborado um manual operacional a fim de disciplinas as atividades da farmácia (administrativa operacional e clínica); Objetivos a curto, médio e longo prazo; Conter todos os Procedimentos Operacionais Padrões (POPs); Todos os funcionários devem conhecê-lo; e Mecanismos de fiscalização de cumprimento do manual devem ser estabelecidos. http://testobrasil.com.br/wp-content/uploads/2014/11/blog-testo-brasil-Armazenagem-e-Conserva%C3%A7%C3%A3o- de-Medicamentos.jpg Custos com medicamentos: Políticas e procedimentos para gerencias os gastos com medicamentos devem existir; e vem-se utilizar programas com estudos de uso de medicamentos (EUM), estudos farmacoeconômicos, etc. Gestão financeira: O diretor da farmácia hospitalar deve participar ativamente da gestão financeira do hospital, pois os gastos da farmácia representam um grande aporte dentro do hospital; e Devem ser implantados controles gerenciais de tratamentos de alto-custo no hospital. Envolvimento em comissões: O farmacêutico deve ser membro e participar ativamente de Comissões de Farmácia e Terapêutica (CFT), dor, curativos, grupos multiprofissionais de diabetes, hipertensão, gestantes, etc. http://www.univas.edu.br/Noticias/000000169200002.jpg Garantia de qualidade: O diretor da farmácia hospitalar deve garantir a implantação de programas de qualidade em todos os processos relacionados ao uso de medicamentos pelo paciente e em relação à logística. Serviços farmacêuticos 24 horas: O funcionamento da farmácia com a presença de farmacêutico deve ser ininterruptosempre que possível, principalmente em hospitais com programas clínicos que exijam farmacoterapia intensiva (transplantes, cirurgia cardíaca, UTI neonatal). a) A dispensação de medicamentos em horários que não há farmacêutico deve ser disciplinada pela CFT no que diz respeito aos medicamentos que podem ser dispensados; b) O uso de dispensadores eletrônicos deve ser estimulado nestas ocasiões; e c) Deve-se evitar e desencorajar a entrada de não farmacêuticos (ou funcionários da farmácia) nas dependências da farmácia hospitalar. http://www.univas.edu.br/Noticias/000000198900002.jpg Confidencialidade de Dados do Paciente: O farmacêutico deve garantir o sigilo das informações clínicas dos pacientes. Dispensação por dose-unitária: Sempre que possível, os medicamentos devem ser disponibilizados na forma de dose-única por horário e paciente, devidamente rotulados, e prontos para a administração. Embalagens multidoses devem ser evitadas ao máximo. http://portal.crfsp.org.br/images/stories/revista/rf111/rf111_farmhosp_farmacovigilancia_thais-noronha.jpg Recolhimento de medicamentos (recalls): Um procedimento escrito deve existir em casos de alertas sanitários (ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para recolhimento de produtos. Representantes comerciais: Políticas escritas para visitas e atuação de representantes comerciais de medicamentos e correlatos no hospital devem existir. Fabricantes e fornecedores: Devem ser estabelecidos critérios para selecionar e validar fornecedores para assegurar a máxima qualidade dos medicamentos e correlatos. https://i.ytimg.com/vi/PM3TVNZe2is/hqdefault.jpg Substâncias controladas: Seguir rigorosamente os procedimentos contidos na Portaria 344/98, em especial os controles físicos e livros (ou controles informatizados). Disciplinar e treinar as pessoas autorizadas a fazer tal dispensação. Inspeções na área de estocagem: Todos os estoques devem ser inspecionados rotineiramente para assegurar validade de produtos, rótulos, avariados. Condições que possam comprometer a segurança do processo de estocagem devem ser revistos e propostos modificações. Estoques periféricos: Estoques periféricos devem se limitar ao uso em situações de emergência e itens de segurança (enxaguatório bucal, antissépticos, curativos, etc.). O potencial de acontecer erros de medicação deve ser avaliado em relação a estes itens. http://www.huufma.br/site/fotos/8b995229fb2622d9ba2cf68689f2c1de.jpg Sistemas de dispensação e máquinas dispensadoras automáticas: A farmácia deve propor e monitorar a utilização dos sistemas de dispensação (dose-unitária, individualizada, coletiva, satélites, automatizados, etc.) no hospital e avaliar as mudanças necessárias e os riscos de erros associados a cada setor. Estrutura, equipamentos e fontes de informação: Para assegurar uma performance operacional ótima e qualidade no atendimento ao paciente, espaço adequado, equipamentos e suprimentos devem estar disponíveis para todos os profissionais e funções administrativas relacionadas ao uso de medicamentos. Estes recursos devem estar localizados em áreas que facilitem a provisão de serviços ao paciente, enfermeiros, prescritores e outros profissionais de saúde e devem estar integrados com os serviços gerais do hospital (comunicações, transportes, segurança, limpeza, lavanderia, etc.). http://www.pisosalarial.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Auxiliar-de-farmacia-hospitalar.jpg Estocagem de medicamentos: Deve existir uma estrutura para que a estocagem e preparação de medicamentos sejam realizadas dentro de parâmetros legais e de segurança. Medicamentos devem ser estocados e preparados em condições apropriadas de higiene, temperatura, luz, ventilação, segregação e segurança que assegurem integridade do medicamento e segurança do pessoal envolvido. Erros de medicação (medication errors): Farmacêuticos médicos e enfermeiros devem estabelecer políticas e procedimentos para prevenção e notificação de erros de medicação. Após análise dos ocorridos é necessário propor medidas corretivas para evitar novos episódios. Área de manipulação e estocagem: O espaço e a estrutura da área de manipulação devem atender as boas práticas de manipulação (RDC 33 e outras) e estocagem (portaria 802 e outras). Na manipulação de estéreis devemos ter os cuidados redobrados, evitando potenciais contaminações de produtos. https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSUEVM6M7GLzXEwDs0PCFfXxP3XluQjHlcZ4XGJl2h0NjRxMjJr Produtos citotóxicos e perigosos: Precauções especiais, equipamentos e treinamentos para estocagem, manipulação e eliminação de dejetos devem existir para garantir a segurança dos funcionários, pacientes e eventuais visitantes. Podemos incluir neste rol de produtos os inflamáveis, que devem possuir área segregada e rotinas escritas de prevenção de incêndios. Informação sobre medicamentos: Espaço adequado, fontes de consulta e tecnologia de comunicação devem estar disponíveis para facilitar a provisão de informações sobre medicamentos. Consultório farmacêutico: Para atendimento de pacientes ambulatoriais deve existir um espaço privativo com estrutura adequada para realização do processo de anamnese e orientação farmacêutica, com o objetivo de melhorar os resultados farmacoterapêuticos e a qualidade de vida dos pacientes. Escritórios e sala de reuniões: Devem estar disponíveis para atividades administrativas, reuniões, atividades educativas e de treinamento. Automação: Sistemas mecânicos automatizados (“robôs”) e softwares podem ser usados para promover a eficácia e eficiência nos processos de prescrição, dispensação, monitoração clínica, facilitando a intervenção técnica do farmacêutico antes da primeira dose. Manutenção de registros: Um espaço adequado deve estar disponível para arquivamento e manutenção de registros (psicotrópicos, inventários, relatórios e documentos administrativos e técnicos) para assegurar o cumprimento da legislação em vigor e órgãos de acreditação. Sistemas informatizados: Devem estar disponíveis para auxiliar nas funções administrativas (logísticas), gerenciar os perfis farmacoterapêuticos dos pacientes, e podem conter módulos interligados com bases de dados de interações medicamentosas e monografias de drogas. http://www.crfmg.org.br/novosite/images/farmacia-revista/ambito-sarah-silva.jpg PESQUISA FARMACOLÓGICA CLÍNICA Políticas e procedimentos: O farmacêutico deve assegurar a segurança e o uso de protocolos apropriados de ensaios clínicos de novas drogas. Distribuição e controle: A farmácia deve ser responsável pela distribuição e controle dos fármacos utilizados em pesquisa clínica no hospital. A CFT e a Comissão de Pesquisa Clínica devem aprovar a pesquisa bem como a Comissão de Ética em Pesquisa (CEP), e manter a documentação de consentimento do paciente arquivada. Comissão de Pesquisa Clínica: O farmacêutico deve ser incluído na comissão de pesquisa clínica. Informação sobre medicamentos: O farmacêutico deve ter acesso a informações de todos os estudos preliminares sobre o medicamento em pesquisa no hospital, e sobre experimentos similares realizados em outros centros de pesquisa. O farmacêutico deve elaborar informações escritas sobre segurança, interações, RAM, administração do medicamento testado. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS É o ato de entrega racional de medicamentos aos pacientes, prestando informações sobre as características farmacodinâmicas dos mesmos, bem como estudo da posologia, verificação de interações medicamentosas e com alimentos, contraindicações, dentre outras. Estas informações devem ser repassadas à clientelado hospital de forma clara e objetiva de modo que a mesma não tenha nenhuma dúvida acerca do esquema terapêutico proposto. Objetivos: Distribuir os medicamentos de forma ordenada e racional; Prestar informações sobre os mesmos no que diz respeito à estabilidade, características organolépticas, indicação terapêutica, contraindicação; Diminuir erros de medicação; Diminuir os custos com medicamentos; Aumentar a segurança para o paciente; Racionalizar a distribuição e administração; Aumentar o controle sobre os medicamentos, acesso do Farmacêutico as informações sobre o paciente. A elaboração de um sistema de distribuição de medicamentos requer uma investigação em profundidade, de atividades que possam garantir eficiência, economia e segurança. A sequência de eventos que envolvem a distribuição do medicamento começa quando o mesmo é adquirido e a partir de então um modelo é seguido até sua administração ao paciente ou, por algum motivo seja devolvido à Farmácia, para se concluir o processo. Um sistema de distribuição deve atender a todas as áreas da instituição onde são utilizados medicamentos e correlatos. Na prática existem 4 tipos de sistema de distribuição de medicamentos, a saber: Coletivo, Individual, Combinado E dose unitária. (Garrinson, 1979.p.257). http://www.verdevaleam.com.br/uploads/20141020151616.JPG Sistema De Distribuição Coletivo De Medicamentos É um sistema onde os pedidos de medicamentos à Farmácia são feitos através da transcrição da prescrição médica pela enfermagem. Estes pedidos não são feitos em nome dos pacientes, mas sim, em nome de setores. A Farmácia envia certa quantidade de medicamentos para serem estocados nas unidades de enfermagem e demais setores, que de acordo com as prescrições médicas vão sendo ministradas aos pacientes. É um sistema que apresenta falhas, pois não há a participação direta do Farmacêutico. Rotina Operacional: Médico: prescreve os medicamentos para os diversos pacientes nas folhas de prescrições médicas. Enfermagem: efetua a transcrição da prescrição médica para o “Formulário de Solicitação de Medicamentos” em nome de todo o setor. Funcionário da Enfermagem: envia o formulário para a Farmácia. Funcionário da Farmácia: através do formulário efetua a distribuição de medicamentos. Auxiliar de Enfermagem: deve devolver à Farmácia os medicamentos não ministrados. Vantagens: Grande arsenal terapêutico nas unidades, o que facilita o uso imediato dos medicamentos. Diminui os pedidos à Farmácia. Diminui as tarefas a serem executadas pela Farmácia. Desvantagens: Requisições são feitas através da transcrição da prescrição médica o que pode ocasionar erros de transação, tais como: omissões e trocas de medicamentos. Aumenta o gasto com medicamentos em consequência de: a) Incapacidade da Farmácia em controlar adequadamente os medicamentos. b) Desvio de medicamentos. c) Mau acondicionamento de medicamentos. d) Vencimento de prazo de validade. e) Devolução de medicamentos sem identificação. Pode ocorrer administração ao paciente de medicamentos vencidos. Aumenta o consumo de drogas. Aumenta o potencial de erros de administração de medicamentos resultante da falta de revisão feita pelo Farmacêutico das prescrições médicas de cada paciente. Sistema Individual De Distribuição De Medicamentos Sistema no qual os pedidos de medicamentos são feitos especificamente para cada paciente (24 horas), de acordo com a segunda via da prescrição médica. Este sistema está mais orientado para a Farmácia que o anterior, visto que se busca um melhor controle de medicamentos. Rotina Operacional: Médico: prescreve na folha de prescrição médica (duas vias). Funcionário da Farmácia: recolhe as segundas vias das prescrições médicas nas unidades e efetua o aviamento e distribuição dos medicamentos e Soluções de Grande Volume (S.G.V.) em sacos plásticos individuais devidamente identificados com os dados do paciente. Farmacêutico: Supervisiona o aviamento das segundas vias de prescrições médicas; Confere a dispensação de todos os medicamentos e (SGV); Controla o estoque e registra as receitas de psicotrópicos e entorpecentes de acordo com a legislação vigente; Realiza fiscalizações periódicas nas unidades; Analisa o perfil farmacoterapêutico do paciente; Supervisiona a reposição dos medicamentos de uso esporádico (se necessário); medicamentos da portaria 344 (psicotrópicos e entorpecentes) e armário de reservas das S.G.V. Vantagens: Diminuição dos estoques nas unidades assistenciais; Facilidade para devolução à Farmácia; Redução potencial de erros de medicação; Reduz tempo do pessoal da enfermagem quanto às atividades com medicamentos; Redução de custos com medicamentos; Controle mais efetivo sobre medicamentos; Aumento da integração do Farmacêutico com a equipe de saúde; Desvantagens: Incremento das atividades desenvolvidas pela farmácia; Necessidade de plantão na farmácia hospitalar; Permite ainda potencial erros de medicação. Exige um investimento inicial; Necessidade de Plantão na Farmácia Hospitalar. Combinação do sistema coletivo com o individual Sistema no qual alguns medicamentos são dispensados através de requisições (Sistema Coletivo) e outros por prescrição individual (Sistema Individual). Desvantagens: Consumo de tempo da enfermagem; Não há controle rigoroso do estoque; Os erros são frequentes; Aumenta o número de tarefas desenvolvidas na Farmácia. Sistema de dose unitária de distribuição de medicamentos “É uma quantidade ordenada de medicamentos com forma e dosagens prontas para serem ministradas ao paciente de acordo com a prescrição médica, num certo período de tempo”. (Garrinson, 1979). Objetivos: Dispensar o medicamento certo, ao paciente certo, na hora certa, levando-se em consideração que podem ser avaliados diversos aspectos, tais como: Erros de medicação, ou seja, verifica-se com a “dose unitária” se estes erros são frequentes; Fidelidade das doses (comparar as doses prontas com as prescrições médicas e verificar possíveis diferenças); Interações medicamentosas, reações adversas e outras causas podem ser estudadas; Acondicionamento dos fármacos pode ser estudado considerando-se o tipo de acondicionamento ao qual estão submetidos na “dose unitária”; Proporcionar à administração hospitalar um sistema de distribuição de medicamentos que seja financeiramente viável; Oferecer recursos ao Farmacêutico para melhor integrar-se à equipe de saúde. Rotina Operacional: A rotina operacional é cíclica e portanto deve ser vista como um processo dinâmico. Cada passo tem sua importância, não devendo haver atropelos, sob pena de interromper o processo em qualquer fase que se encontre. Médico: prescreve na folha de prescrição médica (duas vias). Atendente ou Auxiliar de Enfermagem: retira do prontuário as cópias (segundas vias) das prescrições médicas. Funcionário da Farmácia: vai ao posto de enfermagem, enfermarias ou apartamentos e recolhe: Cópias (das segundas vias) das prescrições; Receitas utilizadas para a retirada de medicamentos dos armários de urgências; Doses unitárias não ministradas. Funcionário da Farmácia prepara: Doses unitárias; “Bandejas” contendo os medicamentos a serem repostos nos armários com medicamentos de urgência (de acordo com as receitas); As etiquetas das doses unitárias e revisa as receitas rubricando-as (para identificar quem preparou e/ou aviou as doses e receitas, respectivamente). Farmacêutico: verifica se as doses unitárias preparadas estão de acordo com as segundas vias das prescrições médicas; faz ou supervisiona o controle de estoque e registra as receitas de psicotrópicos ou entorpecentes,de acordo com a legislação vigente; analisa o perfil farmacoterapêutico do paciente; efetua ou supervisiona a reposição dos medicamentos utilizados nas urgências; Atendente ou Auxiliar de Enfermagem: recebe e confere as doses unitárias e faz a reposição dos medicamentos utilizados na urgência; reintroduz as segundas vias das prescrições nos prontuários (se for o caso). Enfermeiro: ministra as doses unitárias. Tipos de sistemas de distribuição por dose unitária: São três os tipos de sistema distribuição por dose unitária: Centralizado. Descentralizado. Combinação dos dois tipos. Sistema Centralizado: As doses são preparadas na Farmácia Central e dali são distribuídas para todo o Hospital. Pelo fato da centralização, o controle de estoque e a supervisão da preparação das doses, pelo Farmacêutico, ficam mais contundentes. http://www.jaumais.com.br/thumbs.php?w=640&h=480&imagem=images/noticias/11692/DSC_0109.JPG Sistema Descentralizado: As doses são preparadas nas Farmácias Satélite (descentralizadas) e ao final de cada preparação, os quantitativos do consumo são enviados à Farmácia Central. Sistema Combinado: Diz-se que o sistema é combinado, quando ao mesmo tempo em que as Farmácias Satélites estão atuando na preparação de doses, a Farmácia Central deixara de operar e vice-versa. Este esquema facilita a adequação aos horários de administração de doses e objetiva uma redução nos recursos humanos, aproveitando da melhor forma possível, o horário de trabalho do pessoal existente no quadro de funcionários da Farmácia. DEFINIÇÃO, COMPETÊNCIAS E ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares têm por objeto o conjunto de atividades farmacêuticas, exercidas em organismos hospitalares ou serviços a eles ligados, que são designadas por “atividades de Farmácia Hospitalar”. Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares são departamentos com autonomia técnica e científica, sujeitos à orientação geral dos Órgãos de Administração dos Hospitais, perante os quais respondem pelos resultados do seu exercício. A direção dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares é obrigatoriamente assegurada por um farmacêutico hospitalar. Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares são o serviço que, nos hospitais, assegura a terapêutica medicamentosa aos doentes, a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos, integra as equipas de cuidados de saúde e promove ações de investigação científica e de ensino. http://www.torrevieja.com/es/images/news/hospital_elche_547150162.jpg RESPONSABILIDADES DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES São responsabilidades dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares: A gestão (seleção, aquisição, armazenamento e distribuição) do medicamento; A gestão de outros produtos farmacêuticos (dispositivos médicos, reagentes, etc.); São os principais responsáveis pela implementação e monitorização da política de medicamentos, definida no Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos e pela Comissão de Farmácia e Terapêutica; A gestão dos medicamentos experimentais e dos dispositivos utilizados para a sua administração, bem como os demais medicamentos já autorizados, eventualmente necessários ou complementares à realização dos ensaios; A gestão da segunda maior rubrica do orçamento dos hospitais. http://www.ebserh.gov.br/documents/147715/853064/farmacia1/4ae23496-4c08-461b-92e6- c88b589c02bc?t=1453222489734&width=500 FUNÇÕES DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES São funções dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares entre outras: 1 A seleção e aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos; 2 O aprovisionamento, armazenamento e distribuição dos medicamentos experimentais e os dispositivos utilizados para a sua administração, bem como os demais medicamentos já autorizados, eventualmente necessários ou complementares à realização dos ensaios clínicos; 3 A produção de medicamentos; 4 A análise de matérias primas e produtos acabados; 5 A distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde; 6 A participação em Comissões Técnicas (Farmácia e Terapêutica, Infecção Hospitalar, Higiene e outras); 7 A Farmácia Clínica, Farmacocinética, Farmacovigilância e a prestação de Cuidados Farmacêuticos; 8 A colaboração na elaboração de protocolos terapêuticos; 9 A participação nos Ensaios Clínicos; 10 A colaboração na prescrição de Nutrição Parentérica e sua preparação; 11 A Informação de Medicamentos; 12 O desenvolvimento de ações de formação. http://ww2.baguete.com.br/admin//cache/image/noticias/2015/02/1422985529_remedios.JPG PLANIFICAÇÃO GERAL DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS Planeamento e a Instalação de Serviços Farmacêuticos Hospitalares tem de considerar um conjunto de premissas, nomeadamente quanto ao: Tipo de hospital (central, distrital, especializado); Lotação do hospital; Movimento assistencial previsto para o hospital; Funções acrescidas solicitadas; Existência de distribuição de medicamentos a doentes ambulatórios; Desenvolvimento informático do hospital. LOCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES A localização dos Serviços Farmacêuticos deverá sempre que possível, observar os seguintes pressupostos: Facilidade de acesso externo e interno; Implantação de todas as áreas, incluindo os armazéns, no mesmo piso; O sector de distribuição de medicamentos a doentes ambulatórios, se existir, deverá localizar-se próximo da circulação normal deste tipo de doentes, como por exemplo junto das consultas externas e ter entrada exterior aos serviços farmacêuticos; Proximidade com os sistemas de circulação vertical como monta cargas e elevadores. O esquema seguinte individualiza as diversas relações preferenciais de proximidade dos Serviços Farmacêuticos com outros serviços. RECURSOS HUMANOS Os recursos humanos são a base essencial dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares, pelo que a dotação destes Serviços em meios humanos adequados, quer em número, quer em qualidade, assume especial relevo no contexto da reorganização da Farmácia Hospitalar. Embora os normativos técnicos da farmácia hospitalar, referenciem um rácio para a determinação de um número mínimo indispensável ao correto funcionamento dos Serviços Farmacêutico, a existência de um estudo que considere a natureza e as exigências das funções naqueles Serviços é imprescindível à definição e ao dimensionamento do quadro de pessoal e à sua gestão no futuro. Manual da Farmácia Hospitalar indica, para cada área funcional, o número mínimo de recursos humanos indispensável ao correto funcionamento dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares, nomeadamente farmacêuticos, técnicos de diagnóstico e terapêutica, administrativos e auxiliares de ação médica. Pretende-se assim identificar um quadro de referência da distribuição de recursos humanos pelas várias áreas de atividade dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares, sublinhando-se no entanto, que tal instrumento não dispensa, naturalmente, o recurso a outros indicadores e critérios complementares de planeamento e avaliação de necessidades de pessoal. Para melhor compreensão do quadro, esclarece-se que o exercício de determinada atividade a tempo parcial (TP), por parte do farmacêutico ou do técnico de diagnóstico de farmácia, significa que estes técnicos podem não estar exclusivamente afetos a uma atividade, podendo executar também outras. É o que se verifica, por exemplo, no caso do farmacêutico que tem a seu cargo a seleção e aquisição de medicamentos, que pode exercer outras atividades se o volume de aquisições não justificar a dedicação exclusiva a essa função. GESTÃO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS FARMACÊUTICOS E DISPOSITIVOSMÉDICOS A gestão de medicamentos é o conjunto de procedimentos realizados pelos Serviços Farmacêuticos Hospitalares, que garantem o bom uso e dispensa dos medicamentos em perfeitas condições aos doentes do hospital. A gestão de stocks dos produtos farmacêuticos, nomeadamente dos medicamentos, deverá ser efetuada informaticamente, com atualização automática de stocks. Quando a solução informática não estiver disponível, ter-se-á de recorrer ao modelo manual em suporte de papel, com fichas do movimento dos medicamentos (entradas e saídas). O controlo das existências dos medicamentos existentes nos serviços farmacêuticos deve ser efetuada pelo menos uma vez por ano e ser sujeito a contagens extraordinárias quando for caso disso, nomeadamente nos Medicamentos de Uso Condicionado. A gestão de medicamentos tem várias fases, começando na sua seleção, aquisição e armazenagem, passando pela distribuição e acabando na administração do medicamento ao doente. ÁREAS FUNCIONAIS DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES De acordo com as responsabilidades e funções, os Serviços Farmacêuticos Hospitalares são constituídos pelas seguintes áreas funcionais, no que respeita a Medicamentos, Produtos Farmacêuticos e Dispositivos Médicos: Seleção e Aquisição; Recepção e Armazenagem; Preparação; Controlo; Distribuição; Informação; Farmacovigilância, Farmacocinética e Farmácia Clínica. SELEÇÃO E AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS FARMACÊUTICOS E DISPOSITIVOS MÉDICOS A seleção de medicamentos para o hospital deve ter por base o Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos (FHNM) e as necessidades terapêuticas dos doentes do hospital. A adenda ao FHNM do hospital deverá estar permanentemente disponível para consulta. A seleção de medicamentos a incluir na adenda ao FHNM tem de ser feita pela Comissão de Farmácia e Terapêutica, com base em critérios baseados nas necessidades terapêuticas dos doentes, não contempladas no FHNM, na melhoria da qualidade de vida dos doentes e em critérios fármaco-económicos. O farmacêutico hospitalar é responsável por garantir aos doentes os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos de melhor qualidade e aos mais baixos custos. A aquisição dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, é da responsabilidade do farmacêutico hospitalar, devendo ser efetuada pelos Serviços Farmacêuticos em articulação com o Serviço de Aprovisionamento. Os Serviços Farmacêuticos têm de ter ligação à Internet para que seja possível o acesso direto ao “Catálogo do Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF)” e a outros catálogos electrónicos de consulta. O suporte documental das aquisições deve ser devidamente arquivado, durante o período exigido pela legislação. Estrutura Física Esta zona deve estar perto da zona de recepção de medicamentos e consta de um gabinete com cerca de 18 m². Equipamento Terminal de computador; Impressora; Fax; Telefone; Secretária e cadeiras; Arquivador. Instalações Técnicas Especiais a) AVAC – Aquecimento, Ventilação e Ar condicionado Tratamento ................................... ventiloconvetores (VC), a 4 tubos Extração ..................................... Específica da zona (limpos) Umidificação............................... Não Sobre pressão/Subpressão ........... Equilíbrio Ar novo ....................................... 25 m³ /h.p Condições de ambiente................ 25 º C no Verão; 20º C no Inverno Nível de ruído ............................... 40 dB (A), na velocidade média Notas: A Unidade de Tratamento de Ar Novo (UTAN) a utilizar, deverá ter filtragem final EU7. Instalações eléctricas Alimentação dos computadores por “Uninterrupted Power System “U.P.S”. Deverão ser previstas tomadas da rede estruturada de voz e dados – no mínimo uma tomada dupla junto de cada utilizador potencial de telefone e/ou computador e tomadas adicionais junto de todos os equipamentos com possibilidade de ligação à rede de informática para trânsito de dados, ou ao sistema de gestão técnica do edifício, nomeadamente equipamento de controlo de medicamentos e equipamento de frio. Esta rede deverá existir em todas as áreas do Serviços Farmacêuticos Hospitalares, sempre que tal se justifique, pelo que apenas se refere neste ponto, tornando-o extensivo aos restantes. Recursos Humanos Deverão existir nesta área, como mínimo: Farmacêutico (que pode ser em tempo parcial* (TP) se a dimensão do hospital o justificar). Administrativo Normas E Procedimentos Tal como descrito anteriormente, os medicamentos a adquirir são selecionados obrigatoriamente por um farmacêutico. Essa seleção faz-se seguindo o Formulário Nacional de Medicamentos Hospitalares e/ou a Adenda de Medicamentos do Hospital, resultante das diretrizes da Comissão de Farmácia e Terapêutica do hospital. A aquisição de medicamentos deve ser suportada pelo Sistema de Gestão dos Serviços Farmacêuticos, devendo ser registados os seguintes dados mínimos: Data e número do pedido Descrição do fornecedor Enumeração e identificação dos produtos e respectivas quantidades. O Diretor do Serviço será o responsável pelas aquisições dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. RECEPÇÃO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS FARMACÊUTICOS E DISPOSITIVOS MÉDICOS Os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, depois de devidamente requisitados pelos serviços farmacêuticos, serão entregues nesses serviços. Estrutura Física Deve ter acesso direto ao exterior (cais exterior de acesso) e ter fácil acesso ao armazém dos medicamentos; Deve possuir área de manobra e estacionamento de carros de transporte e possível instalação de tapete rolante, separado da circulação geral por cortina de borracha (15 m²); Deve ser separada do armazém mas ter fácil acesso a ele; Deve prever porta com largura suficiente para entrada de volumes grandes; Deve proteger devidamente as remessas em relação às condições climatéricas; Deve constar de uma área de recepção dos volumes e de uma área administrativa. A área mínima total deve ser de 40 m² (20+20). Equipamento Terminal de computador; Secretária e cadeiras; Arquivador; Balcão a separar a zona de recepção da zona de conferência das remessas. Instalações Técnicas Especiais Idêntica à anterior. Recursos Humanos Os recursos humanos que deverão existir na recepção de medicamentos são: TDT que pode ser em tempo parcial, TP AAM Administrativo http://www.hmtj.org.br/layout/HMTJ-Farmacia_g.jpg Normas E Procedimentos A Recepção de medicamentos e produtos de saúde implica: Conferência qualitativa e quantitativa dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos recepcionados; Conferência da guia de remessa com a nota de encomenda; Assinatura da nota de entrega e entrega de um duplicado ao transportador; Conferência, registo e arquivo da documentação técnica (certificados de análise); Registo de entrada do produto; Envio do original da guia de remessa para o Serviço de Aprovisionamento; Envio dos produtos para armazenamento, tendo em atenção os critérios técnicos (condições especiais de armazenagem, segurança especial de medicamentos); A conferência de hemoderivados exige ainda a conferência dos boletins de análise e dos certificados de aprovação emitidos pelo INFARMED, que ficam arquivados junto com a respectiva fatura em dossiers específicos (por ordem de entrada). ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS DE SAÚDE E DISPOSITIVOS MÉDICOS ARMAZENAMENTO GERAL Estrutura física O armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos deve ser feito de modo a garantir as condições necessárias de espaço,luz, temperatura, humidade e segurança dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. Assim, o armazém de medicamentos deverá ter as seguintes condições mínimas: Área de 150 a 200m2; Facilidade de limpeza; Fechadura exterior que permita o encerramento; Permitir condições de rotação de stock – primeiro entrada/primeira saída, exceto nos casos em que o prazo de validade do medicamento ou produto em causa, o determine; Janelas, se existirem, devidamente protegidas contra a intrusão de pessoas e animais; Portas largas onde possam circular palites no caso do armazém de injetáveis de grande volume; Dimensões adequadas à instalação de suportes para armazenamento de medicamentos e/ou soluções de grande volume, como prateleiras ou/e armários, para que nenhum produto assente diretamente no chão; Ter condições ambientais adequadas (temperatura inferior a 25º C, proteção da luz solar direta e humidade inferior a 60 %). Equipamento O equipamento básico deverá ser o seguinte: Estantes/armários, para armazenamento de medicamentos; Porta palites eléctrico; Bancadas de trabalho; Lavatório para lavagem de mãos; Termo higrômetro. Equipamento de segurança: Extintores; Sistema de alarme automático; Estojo de primeiros socorros em local visível e assinalado; Sinalética adequada. Instalações Técnicas Especiais a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extração.................................... geral da farmácia Umidificação............................... Não Sobre pressão/Subpressão ........... Equilíbrio Ar novo...................................... 1 ren/h Condições de ambiente................ temperatura inferior a 25º C Nível de ruído ............................... 40 dB (A), na velocidade média Notas: Sistema de extração sujos/limpos, separados a UTAN a utilizar deverá ter filtragem final EU7. 1) Monitorização contínua dos parâmetros de temperatura e humidade, pelos serviços farmacêuticos e gestão técnica. Água e esgotos Lavatório para lavagem de mãos Segurança contra incêndios Extintores Sistema de alarme automático Recursos humanos Os recursos humanos mínimos que deverão existir no armazém dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, são: Farmacêutico que pode ser em tempo parcial, TP TDT 1 AAM Normas e Procedimentos Os parâmetros de temperatura e humidade devem ser monitorizados continuamente e registados; Os medicamentos devem ser arrumados nas prateleiras ou gavetas (nunca em contato direto com o chão), de modo a haver circulação de ar entre eles; Todos os medicamentos devem estar devidamente rotulados (nas prateleiras ou gavetas) e arrumados segundo a classificação do FHNM ou por ordem alfabética; Os prazos de validade dos medicamentos devem estar devidamente verificados e controlados, preferencialmente por via informática para permitir a sua traceabilidade; Os medicamentos deverão ser armazenadas segundo o princípio de “primeiro chegado – primeiro saído” ou pelo prazo de validade. http://fs.unb.br/farmacia/ppg/wp-content/uploads/2015/10/DSC00569.jpg ARMAZENAMENTO ESPECIAL Estrutura física Inflamáveis Local individualizado do restante armazém com: Acesso pelo interior com porta corta-fogo de fecho automático, a abrir para fora; Paredes interiores reforçadas e resistentes ao fogo; Vão exterior fusível; Chão impermeável, inclinado, rebaixado e drenado para bacia coletora, não ligado ao esgoto. Gases Medicinais Área separada do restante armazém. Estupefacientes Local individualizado com fechadura de segurança; Prateleiras que permitam a arrumação dos medicamentos estupefacientes de forma correta (separados e rotulados). Citotóxicos Armazenamento separado dos outros medicamentos; Estojo de emergência em local visível e assinalado. Medicamentos e reagentes que necessitam refrigeração Câmara frigorífica; Sistema de controlo e registo de temperatura; Sistema de alarme automático. Equipamento Inflamáveis Detector de fumos; Sistema de ventilação; Instalação eléctrica (incluindo lâmpadas, interruptores etc.) deverá ser do tipo anti-deflagrante; Chuveiro de teto acionado por alarme; Sinalética apropriada. Gases Medicinais Nada de especial a referir. Estupefacientes O local individualizado com fechadura de segurança, deve ter prateleiras que permitam a arrumação dos medicamentos estupefacientes de forma correta (separados e rotulados). Citotóxicos Armário específico, separado dos outros medicamentos; Estojo de emergência em local visível e assinalado. Medicamentos que necessitam refrigeração Frigoríficos se não existir câmara frigorífica; Sistema de controlo e registo de temperatura; Sistema de alarme automático. Medicamentos que necessitam congelação Existência de arcas congeladoras com controlo e registo permanente da temperatura. Instalações Técnicas Especiais Inflamáveis a) AVAC Tratamento ................................... Apenas extração forçada (10 a 15 r/h), com grelhas localizadas em ponto baixo e em ponto alto; Ventilador...................................... Privativo, motor anti-deflagrante; Temperatura ................................. Idêntica à do armazém geral; Rejeição........................................ Para o exterior; Admissão de ar ............................ Do interior do armazém, garantindo o varrimento total pela extração com 2 grelhas intumescentes, desniveladas e interligadas por caixa de ar. Notas: Com vão ou elemento de fachada fusível e porta interior a abrir para fora, metálica, corta-fogo. Água e esgotos Chuveiro de teto acionável por fusível; Piso rebaixado com ralo para esgoto. Segurança contra incêndios Extintor; Sistema de alarme automático. Instalações eléctricas Equipamento anti-deflagrante. Gases Medicinais AVAC Ventilação natural Segurança contra incêndios Proteger do contato com óleos e gorduras Estupefacientes a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extração ..................................... Específica de zona (limpos) Umidificação............................... Não Sobre pressão/Subpressão ........... Equilíbrio Ar novo ....................................... 1 ren/h Condições de ambiente................ Cerca de 21º C Nível de ruído ............................... 40 dB (A), na velocidade média Notas: A UTAN a utilizar deverá ter filtragem final EU7. Termo higrômetro para monitorizar os parâmetros de temperatura e humidade Temperatura e humidade monitorizadas através dos Serviços Farmacêuticos e da Gestão Técnica centralizada Citotóxicos a) AVAC Nada a referir Medicamentos que necessitam de refrigeração Câmara frigorífica: Temperatura entre 2º e 8º C; Sistema de controlo e registo de temperatura; Sistema de alarme automático. Nota: Condensadores em zona ventilada Recursos Humanos Os recursos humanos técnicos nos medicamentos que necessitam armazenamento especial devem obedecer ao legislado, nomeadamente no que diz respeito aos hemoderivados, estupefacientes e psicotrópos. Normas e Procedimentos Os medicamentos que, por força da legislação tenham condições especiais de segurança (estupefacientes e psicotrópicos, hemoderivados e eritropoietinas), deverão obedecer ao legislado; Assim, para os estupefacientes e psicotrópicos: O controlo pode ser feito em suporte de papel, informático ou misto. Os movimentos de entradas e saídas destes medicamentos são registados no “Livro de Registos de Estupefacientes e Psicotrópicos” segundo o legislado na Portaria n.º 981/98 de 18 de Setembro, matéria regulada no DecretoRegulamentar n.º 61 /94 de 12 de Outubro e Decreto-Lei n.º 15/93 de 22 de Janeiro, com retificação de 20 de Fevereiro. PREPARAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTÉRICA E/OU MISTURAS INTRAVENOSAS – MIV Estrutura Física Idênticas às das preparações estéreis, podendo ser utilizada a mesma sala. Equipamento Idênticas às preparações estéreis, com mais os seguintes equipamentos: Sistema automático para preenchimento de bolsas (Pediatria); Câmara de vácuo para enchimento de bolsas (Adulto); Frigorífico com sistema de alarme e controlo de temperatura. Instalações Técnicas Adequadas Idênticas às preparações estéreis. Recursos Humanos Idênticos às preparações estéreis. Normas e Procedimentos Deve haver procedimentos escritos, elaborados e assinados por um farmacêutico; Esses procedimentos incluem: Manual de procedimentos de trabalho na zona de preparação destas misturas; Documentação relativa à elaboração de MIV, guia e procedimento normalizado de elaboração e controlo de cada tipo de MIV. O procedimento inclui a identificação da mistura com os seus componentes, método de elaboração, material de acondicionamento, via e condições de administração, condições de conservação e validade; Diário de registo da sala da câmara de fluxo laminar; Ficha de controle/garantia de qualidade. O farmacêutico é responsável pela validação da prescrição médica, devendo comprovar a concentração final da mistura, estabilidade, incompatibilidades, posologia e volume prescrito, de acordo com as características do doente, condições de administração e duração do tratamento; Outros requisitos indispensáveis a verificar são a data de prescrição, os dados do doente e dados de cada componente da mistura; A prescrição depois de validada pelo farmacêutico, e se não for efetuada por via informática, deve ser transcrita de preferência com apoio informático de maneira que sejam gerados etiquetas com toda a informação necessária para uma identificação correta do doente, da mistura, via de administração e data de validade. Deve ser também elaborada uma folha de trabalho para a preparação da mistura. Essa folha de trabalho deve ser normalizada; Todas as operações devem obedecer às técnicas e procedimentos de preparações estéreis; Os técnicos que preparam essas misturas (farmacêutico e/ou TDT) devem ter formação e treino adequados e devem estar equipados de acordo com o trabalho em condições assépticas; A câmara de fluxo laminar deve ser ligada, pelo menos 30 minutos antes de se iniciar a manipulação; Antes de iniciar o trabalho deve-se assegurar que todo o material necessário à preparação está presente e em boas condições. A superfície das embalagens deve ser desinfetadas com gaze e álcool de 70º. O resto do material tem de estar em condições estéreis. A câmara de fluxo de ar laminado deve ser limpa e depois desinfetada com álcool de 70º; Os materiais devem ser colocados na câmara, permitindo a circulação de ar, a 15 cm da parte frontal da mesma; Antes, durante e depois da preparação de MIV, devem realizar-se verificações da mistura, tais como identificação, cor, limpidez; O enchimento da bolsa com a MIV pode ser feita de modo manual ou automático. Tanto num caso como noutro tem de estar perfeitamente definido a ordem de mistura dos diversos componentes; A folha de trabalho deve ser assinada pelo técnico que procedeu à preparação da mistura; Todo o processo de preparação deve ser supervisionado por um farmacêutico; Deve existir um sistema de controlo de qualidade das operações realizadas e do funcionamento do sistema. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAUJO, L. U. et al. Medicamentos genéricos no Brasil: panorama histórico e legislação. Revista Panamericana de Salud Publica, v. 28, n. 6, p. 480-492, 2010. BASTIANI. A et al. O uso abusivo de medicamentos. Ciências da Saúde, v. 6, n. 1, 2005. ALMEIDA S. M.; BRUMATTI, V. C. Centro de Informações de Medicamentos. In: FERRACINI, F. T.; BORGES FILHO, W. M. Farmácia Clínica: Segurança na prática hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2011, cap. 6, p. 127-141. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos. 1. ed. Anvisa, 2011, 56 p. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/497d908047458b5f952bd 5 3fbc4c6735/vocabulario_controlado_medicamentos_Anvisa.pdf?MOD=AJPER ES>. Acesso em: 15 abr. 2017. BARROS, E.; BARROS, H. M. T. Medicamentos na Prática Clínica. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. BAUMANN, P. et al. The AGNP-TDM expert group consensus guidelines: therapeutic drug monitoring in psychiatry. Pharmacopsychiatry, Switzerland, n. 37, p. 243-65, 2004. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15551191>. Acesso em: 01 abr. 2017. BISSOW, M. P. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica. 2. ed. São Paulo: Manole, 2007. BORGES, A. L. et al. Interacciones Medicamentosas. Acta Farm. Bonaerense, v. 21, n. 2, p. 139-148, 2002. Disponível em: < http://www.latamjpharm.org/trabajos/21/2/ LAJOP_21_2_2_2_3B9FQZINM4.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2017. BRUNTON L. L.; LAZO J. S.; PARKER, K. L.; GOODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGrawHill, 2005. COMMISIÓN DE NORMAS Y PROCEDIMIENTOS DE LA SEFH. Recomendaciones para el Desarrollo de Actividades Clínicas. Espanha: Sociedad Española de Farmácia Hospitalar, jun. 2002. Disponível em: <http://www.sefh.es/normas/Desarrollo_actividades_clinicas.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2017. CORRER C.J; OTUKI M.F. Método Clínico de Atenção Farmacêutica. Disponível em: www. saude.sp.gov.br/ipgg/assistencia-farmaceutica/otuki- metodoclinicoparaatencaofarmaceutica. pdf. Acesso em: 15 abr. 2017. CRF-SP, Conselho Regional de Farmácia. Serviços farmacêuticos. Fascículo III. São Paulo, 2010 (Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde). GLOBALRPH – The Clinician’s Ultimate Reference. Disponível em: <www.globalrph.com>. Acesso em: 15 abr. 2017. GROSS, A. S. Best Practice in therapeutic drug monitoring. British Journal of Clinical Pharmacology, Department of Clinical Pharmacology, Royal North Shore Hospital, St. Leonards Nsw, Austrália, v. 1, n. 52, p. 95-99, ago. 1998. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ pmc/articles/PMC1873661/>. Acesso em: 01 abr. 2017. INSTITUTO PARA EL USO SEGURO DE LOS MEDICAMENTOS ESPANHA. Disponível em: <http://www.ismp-espana.org>. Acesso em: 01 abr. 2017. INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS – ISMP BRASIL. Disponível em: <http://www.ismp-brasil.org>. Acesso em: 01 abr. 2017. JOHNSON, K. W.; KASILO O. M. J. Drug and Therapeutics Information. In: QUICK J. D.; RANKIN, J. R.; LAING, R. O.; O’CONNOR, R. W.; HOGERZEIL, H. V.; DUKES, M. N. G.; GARNETT, A. Managing drug supply: The selection, procurement, distribution, and use of pharmaceuticals. 2nd ed. rev. and expanded. Management Sciences for Health in collaboration with World Health Organization. Connecticut: Kumarian Press, 1997. p. 450-463. JONES, David. Therapeutic drug monitoring. The British Journal Clinical Pharmacy, Alemanha, v. 01, p. 171 jun. 2009. Disponível em: <http://www.clinicalpharmacy.org.uk/volume1_2/ June/therapeutics.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2017. LIMA, G.; NEGRINI, N. M. M. Assistência Farmacêutica na Administração de Medicamentos Via Sonda: Escolha da Forma Farmacêutica Adequada. São Paulo: Einstein, 2009; v. 7, n. 1, p. 9-17. MALAGOLI, B. G. et. al. Manual farmacoterapêutico para melhoria das práticas em farmácia hospitalar. 1. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2009. NATIONAL COORDINATING COUNCIL FOR MEDICATION ERROR REPORTING AND PREVENTION. Disponível em: <http://www.nccmerp.org>. Acesso em: 01 abr. 2017. ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD. 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